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Prévia do material em texto

Ética e Legislação 
Profissional 
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Samuel Dereste Dos Santos
Prof. Dr. Silvio Pinto Ferreira Junior
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Ética no Mercado de Trabalho Atual
• A Ética do Consumo;
• A Ética do Trabalho;
• Ética Profissional e Mercado De Trabalho;
• A Ética Capitalista do Trabalho;
• A Ética Empresarial;
• Virtudes Profissionais.
• Discutir os conceitos de Ética no Mercado de Trabalho;
• Discutir a importância da Ética nas relações Empresariais;
• Discutir o impacto da Ética no exercício profi ssional e seu papel social.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Ética no Mercado de Trabalho Atual
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Ética no Mercado de Trabalho Atual
A Ética do Consumo
O consumo apresenta-se como uma das características mais determinantes na 
Sociedade atual, sendo, inclusive, caracterizada como “Sociedade de consumo” ou 
“Sociedade do espetáculo”. 
Tal Sociedade implica o surgimento de valores próprios do consumo, que repre-
sentam um rompimento com valores construídos ao longo da consolidação e do 
desenvolvimento da Sociedade, abordando aspectos como o coletivismo, a coope-
ração e o espírito comunitário (EFING; SOARES, 2016).
Figura 1 – A moeda da dinastia ptolemaica representa Arsínoe II, que era irmã e mulher de Ptolomeu II.
A moeda indica a relação de consumo que sempre permeou as relações humanas
Fonte: Wikimedia Commons
O filósofo Aristóteles já afirmava que tudo que o homem precisava para ter uma 
vida confortável já havia sido descoberto ou inventado e, estando realizado mate-
rialmente, restaria somente dedicar-se à elevação do espírito. 
Entretanto, Aristóteles apontava, também, para 
o momento em que o homem sentiria uma insatis-
fação absoluta assim que tivesse conquistado todos 
os bens materiais que desejasse.
A Academia tem dado a devida importância ao tema do consumismo, demons-
trando as implicações desse comportamento em nossa Sociedade. 
Pode-se definir consumismo como o consumo pelo prazer de consumir, o qual 
assume aspecto patológico quando se torna compulsivo. Tal comportamento ter-
mina por instigar o consumo além do necessário (superconsumo) e um estilo de 
vida pouco preocupado com as consequências ambientais desse consumo (EFING; 
SOARES, 2016).
A Ética do Consumo pode ser dividida em duas correntes: crítica e liberal. 
A tradição crítica remete aos estudos da Sociedade consumista a partir dos 
autores da Teoria da Cultura de Massa, como Horkheimer, Adorno, Marcuse e
Galbraith. Nessa Teoria, entende-se que o indivíduo tem sua vontade compelida 
Será que haveria alguma 
forma de o homem não 
desejar consumir?
8
9
pelo Sistema Produtivo, que determina suas prioridades de consumo, assim como 
gera necessidades fúteis.
A tradição liberal, por sua vez, reflete a “exaltação do consumo como exercício 
autêntico da autonomia pessoal por parte de certas ‘éticas do capitalismo’”. Nele, a 
autonomia do indivíduo é soberana, e sua decisão (individual) de consumo determi-
nará o sistema produtivo, que se subjuga a essa vontade (EFING; SOARES, 2016).
Uma discussão muito arraigada no contexto do consumo é o papel do consumi-
dor x objeto consumido. 
Alguns autores fazem provocações no sentido de colocar o consumidor como 
“herói ou idiota”.
Dessas provocações se pode depreender que o consumidor é o herói, superando 
até mesmo o conceito de cidadão, pois além de direitos e deveres constitucionais, 
sua renda determinará os bens e fornecedores que figurarão no mercado, mas por 
outro lado, alguns podem entender o consumidor como uma peça manipulável 
dentro de um Sistema Produtivo, que passa ao consumidor o falso entendimento 
de que ele está fazendo suas escolhas, quando, na realidade, tais ações estão sendo 
indiretamente decididas por esse Sistema.
Figura 2 – Consumidor x Produtos – Será que necessitamos de tudo o que consumimos?
Fonte: Adaptado de Getty Images
Apesar de o consumo significar, em certos contextos, melhorias, ele pode gerar 
consequências indiretas, como poluição e perda da qualidade de vida (o que os 
economistas denominam externalidades negativas de dados do sistema produtivo), 
assim como disfunções no próprio individuo consumidor, como consumismo, en-
dividamento, angústia e insatisfação, ou seja, a promessa de bem-estar e felicidade 
proporcionada pelo consumo não está cumprida (EFING; SOARES, 2016).
9
UNIDADE Ética no Mercado de Trabalho Atual
Figura 3 – Figura que ilustra uma metáfora entre o consumismo exagerado e o consumo do dia a dia. 
Até que ponto o nosso Planeta suportará a extração de recursos de forma desordenada?
Fonte: funverde.org.br
Diversos autores explanam que o consumo não vai implicar, necessariamente, 
aumento de felicidade. Nesse entendimento, cabe destacar os conceitos de felicida-
de objetiva e felicidade subjetiva. 
A felicidade objetiva corresponde a abordagens psicológicas passíveis de serem 
observadas, apuradas e medidas em condições de acesso a bens de consumo, e 
seus reflexos em estatísticas sociais, ambientais e econômicas, tais como o nível de 
renda e a expectativa de vida, entre outros. 
Já a felicidade subjetiva recorre à avaliação dos indivíduos com relação à felici-
dade ou à satisfação com a vida, em que se observa a presença das dimensões cog-
nitivas e emocionais no seu processo de julgamento, envolvendo, principalmente, a 
figura do outro e do meio social no qual se insere.
A Ética do Trabalho
A palavra trabalho deriva do latim tripalium, que era o nome de um instrumento 
formado por três paus aguçados, com o qual os agricultores batiam o trigo, as es-
pigas de milho, o linho, para rasgá-los e desfiá-los. 
Na maioria dos dicionários, contudo, encontra-se a palavra tripalium relaciona-
da a um instrumento de tortura. O fato é que esse termo está, geralmente, ligado à 
ideia de tortura e sofrimento, algo obrigatório e nada prazeroso.
Figura 4 – Trabalhadores das mais diversas profissões, cada um desempenhando seu papel, 
para que as pessoas possam usufruir de serviços e bens e se sustentar de maneira digna
Fonte: Getty Images
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O trabalho, de forma simplificada, pode ser entendido como a disposiçãoda 
energia física e mental humana para uma determinada atividade útil. 
O homem, assim, coloca-se a serviço do trabalho e é capaz de modificar a pró-
pria natureza. 
Já a profissão é o nome que se dá ao trabalho exercido de forma qualificada, 
mediante preparo técnico-científico específico para determinada atividade. 
A atividade de um Médico ou de um Engenheiro, por exemplo, é uma profissão, 
pois exigiu dele a capacitação técnica para exercê-la.
Na Linguagem Bíblica, a ideia de trabalho também está ligada à ideia de sofrimento 
e de punição: “Ganharás o seu pão com o suor de seu rosto” (Gênese). 
Assim, é por um esforço doloroso que o homem sobrevive na natureza. Os gregos 
consideravam o trabalho a expressão da miséria do homem; os latinos opunham o 
otium (lazer, atividade intelectual) ao vil negotium (trabalho, negócio). 
Há séculos, desde que surgiu a propriedade privada e os meios de produção 
(terra, ferramentas, matéria-prima, máquinas etc.), a prática dominante nas rela-
ções de trabalho ocidentais foi o escravismo, ou seja, o emprego de trabalho for-
çado existiu no desenvolvimento da Agricultura, da Pecuária, na Extração Mineral 
e no Comércio.
Na Grécia antiga, o trabalho era algo reservado apenas aos escravos, pois o 
homem deveria ter tempo livre para poder filosofar e buscar novos conhecimentos. 
Esse argumento foi utilizando durante muito tempo, como justificativa ética para 
a escravidão.
Escravos na Grécia antiga. Era muito comum que os mais abastados tivessem escravos para 
realizar suas tarefas: http://bit.ly/2ZsxMFCEx
pl
or
A decadência do Império Romano culminou na ascensão do período denomi-
nado Idade Média, cujas relações de produção na Europa Ocidental evoluíram do 
escravismo puro para o servilismo, ou seja, da sujeição do indivíduo mais fraco ao 
trabalho, passando para o servo prisioneiro da terra e trabalhador explorado, que 
produzia com suas próprias mãos quase tudo que necessitava. 
Nesse período, a partir de meados do século XII, a Igreja Católica pregava a 
adoração a Deus e defendia o desapego das riquezas terrenas. 
Para a Igreja manter seu poder, ela condenava o trabalho como forma de enrique-
cimento, pois ele deveria ser visto apenas como meio de subsistência, de disciplina 
do corpo e de purificação da mente. Assim, o trabalho servia como instrumento de 
dominação social e de condenação a qualquer rebeldia contra a ordem estabelecida.
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UNIDADE Ética no Mercado de Trabalho Atual
Era para o homem se dedicar às funções consideradas nobres, como a política, 
a caça, a guerra, o sacerdócio e o exercício do poder que se valorizava o ócio entre 
as classes senhoriais, assim como ocorrera na Grécia antiga. 
A ociosidade não era sinônimo de preguiça, mas de 
abstenção das atividades manuais. Essa ordem feudal, 
fundada na subsistência e na servidão, juntamente com 
o desenvolvimento do comércio e das atividades manu-
fatureiras, é que dará origem à base de uma nova estru-
tura social: a Sociedade capitalista. 
O surgimento de um Mercado consumidor não só conviverá por algum tem-
po com antigas formas de servidão, como fará renascer a escravidão: o trabalho 
compulsório de africanos nas colônias das Américas é um fato. Para as elites que 
criaram esse novo Sistema (o Capitalista), o trabalho livre assalariado passava a ser 
o ideal para estimular o consumo.
A essência do modelo capitalista está na separação do capital e do trabalho. 
Essa separação criou dois tipos de homens livres: o trabalhador livre assala-
riado, que vive exclusivamente de seu trabalho, ou seja, da venda de sua força de 
trabalho, e o burguês, ou capitalista, proprietário dos meios de produção. 
Em relação aos modelos anteriores de Sociedade, o que aparecia de novo ao se 
conceder a liberdade para todos os indivíduos seria o estabelecimento de direitos e 
deveres por meio de um Contrato Social. 
Dessa forma, ficam definidos os compromissos de ambas as partes – Estado e 
Sociedade – para garantir um desenvolvimento político e econômico com base na 
produção e no consumo, desenhando a sociedade atual, que virá a ser conhecida 
como Sociedade moderna.
Ética Profissional e Mercado De Trabalho
Ocorrem sérios problemas quando o ser humano coloca em primeiro lugar seus 
próprios interesses. Por conta disso, a consciência de grupo e de Ética Empresarial tem 
surgido e ocupado espaço importante dentro das grandes Organizações corporativas, 
e grande parte delas vem desenvolvendo o seu próprio Código de Conduta Ética.
Às vezes, a conduta do ser humano pode tender ao egoísmo, mas, para o bem 
dos interesses de uma classe, de toda uma Sociedade, é preciso que se acomode 
às normas, porque elas devem estar apoiadas em princípios de virtude. Como as 
atitudes virtuosas podem garantir o bem comum, a Ética tem sido o caminho justo 
e adequado para o benefício geral.
Perceba como o 
conceito de trabalho 
foi sendo desenhado 
desde o início da 
Humanidade.
12
13
Sendo assim, algumas virtudes profissionais passaram a ser extremamente ob-
servadas e valorizadas dentro do Quadro Funcional de uma Empresa, como vere-
mos a seguir.
A Ética Capitalista do Trabalho
Se antes a riqueza era vista como pecado, agora não é mais, passando a ser vista 
como um estado relacionado à vontade de Deus. 
Max Weber, em seu livro Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, diz que 
essa necessidade de acumulação de riquezas ultrapassou os limites do bom senso 
comercial e passou a ser um fim em si mesma, uma concepção de vida, um ethos.
Segundo o autor, o homem é dominado pela produção do dinheiro, pela aquisi-
ção encarada como finalidade última de sua vida. A aquisição econômica não mais 
está subordinada ao homem como meio de satisfazer as suas necessidades mate-
riais. Esta inversão do que poderíamos chamar de relação natural, tão irracional 
de um ponto de vista ingênuo, é evidentemente um princípio orientador do capita-
lismo, tão seguramente quanto ela é estranha a todos os povos fora da influência 
capitalista. Mas, ao mesmo tempo, ela expressa um tipo de sentimento que está 
inteiramente ligado a certas ideias religiosas.
Entre as classes mais abastadas, a ociosidade passou a ser sinônimo de negação 
de Deus. 
A fé era demonstrada pela submissão ao trabalho incessante e produtivo e, a 
partir do momento em que a produção se torna mecanizada, o trabalho é glorifica-
do como a essência da Sociedade capitalista. 
Não se concebe mais a possibilidade de existir uma ordem social fora da ética 
do trabalho produtivo.
A Ética Empresarial
A Ética Empresarial tem sido discutida por diversos autores no sentido de norte-
ar a conduta moral de uma Empresa, seja ela pública ou privada. 
Uma Empresa que tem ética em seus processos é aquela que consegue motivar 
seus colaboradores a se comportarem de modo ético e colaborativo no ambiente 
de trabalho.
Muitos problemas de origem ética podem ser evitados por meio da habilidade das 
pessoas na consideração dos interesses de todos os envolvidos nas ações e decisões. 
13
UNIDADE Ética no Mercado de Trabalho Atual
Para que haja harmonia entre os colaboradores e todo o aparato que sustenta 
uma Empresa, deve-se seguir uma conduta ética e fomentar uma Sociedade mais 
unida em busca de bens comuns a todos, com olhos em seu papel social (SAR-
MENTO et al, 2014).
A Ética Empresarial pode ser definida como o 
comportamento da Empresa quando age em confor-
midade com os princípios morais e as regras éticas 
aceitas pela coletividade, ou seja, um conjunto de cos-
tumes que leva um determinado grupo de pessoas a 
agirem em conformidade com aquele organismo vivo, minimizado naquele determi-
nado local, considerando que o ser ético, para um local, poderá não ser para outro.
A Ética Empresarial refere-se à conduta ética das Empresas, ou seja, é a forma 
moralmente correta como as Empresas interagem com o seu meio envolvente, 
buscando equilíbrio entre as partes envolvidas por meio de condutas que busquem 
sempre o bem comum. 
A Empresa pode ser consideradaética quando cumpre, de forma clara e trans-
parente, todos os seus compromissos, deveres e ações, em todos os âmbitos pos-
síveis, seja entre colaboradores, fornecedores, clientes, seja na Sociedade na qual 
está inserida (SARMENTO et al, 2014).
Vantagens da Ética Empresarial
Apesar de a ética e de a competitividade serem vistas como heterogêneas, elas 
estão diretamente relacionadas. 
Apesar de poucas Empresas possuírem Códigos de Conduta, a ética passou a 
ser um fator de competitividade, por isso é crescente a preocupação com a adoção 
de padrões éticos, sendo, atualmente, uma condição necessária para a sobrevivên-
cia da Sociedade como um todo, e não apenas uma questão de conveniência. 
Grande parte dos Códigos de Ética abordam assuntos como conduta dos em-
pregados, comunidade e meio ambiente, acionistas, consumidores, fornecedores e 
prestadores de serviços, atividade política e tecnologia. 
Para alcançar os devidos objetivos, os Códigos de Ética devem ser cuidadosa-
mente adaptados à cultura da Empresa, levando-se em conta todas as suas caracte-
rísticas (SARMENTO et al., 2014).
A credibilidade de uma Instituição se reflete na prática efetiva de valores éticos, 
como integridade, honestidade, transparência, qualidade do produto, eficiência do 
serviço e respeito ao consumidor, entre outros. 
A Ética Empresarial é hoje 
considerada valor agre-
gado das Organizações
e Corporações.
14
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Quando se fala em Empresa ética, quer-se dizer que tanto as pessoas que nela 
trabalham quanto os valores eleitos pelos fundadores são éticos e que todos os seus 
colaboradores, desde o nível mais baixo até o mais alto, zelam pela conduta ética, e 
procuram sempre exercer a liberdade com responsabilidade no seu relacionamento 
interno e externo.
A ética, nesse sentido, ganha atualmente grande valor, pois alguns consumidores 
estão fazendo suas escolhas em função justamente da conduta ética das Organizações. 
Dessa forma, mais do que um documento norteador das ações institucionais, o 
Código ganha o valor de marca, posicionando a Empresa dentro de sua concorrên-
cia (SARMENTO et al., 2014).
Virtudes Profissionais
Os deveres que cabem a cada profissional devem ser cumpridos da melhor ma-
neira possível. Tais deveres, que são obrigatórios, deverão levar em conta os talen-
tos e as qualidades pessoais, para que o trabalho possa ser desenvolvido da melhor 
forma possível. 
As qualidades profissionais poderão ser adquiridas por meio de esforço e de boa 
vontade, o que aumenta o mérito do profissional que, no decorrer de sua atividade, 
consegue incorporá-las à sua personalidade, procurando vivenciá-las ao lado dos 
deveres profissionais.
Podem ser consideradas virtudes fundamentais do ambiente Empresarial e do 
Mercado de Trabalho a lealdade, a responsabilidade e a iniciativa. Tais itens são 
imprescindíveis para a formação de recursos humanos, sendo que um profissional 
que almeja uma carreira de sucesso pode depender dessas virtudes.
Assim, vejamos.
Manter-se empregado pode depender do senso de responsabilidade. Numa Em-
presa, um indivíduo sem responsabilidade não poderá demonstrar lealdade e nem 
espírito de iniciativa. 
O responsável pelos resultados de uma determinada Equipe terá maior probabili-
dade de agir de maneira mais favorável aos interesses da equipe e de seus clientes, 
dentro e fora da Organização. 
Sentir-se responsável e ser reconhecido como tal, fortalece a autoestima de todas 
as pessoas. 
Essas pessoas percebem um sentido na vida, alcançam metas e se beneficiam com 
isso, tendo mais oportunidades de trabalho, de promoção e de melhores salários, e 
podem assumir trabalhos que demandam maior comprometimento.
15
UNIDADE Ética no Mercado de Trabalho Atual
A lealdade de um funcionário faz com que ele fique contente quando a Organização 
ou seu Departamento são bem-sucedidos.
Ele defende a Organização, toma medidas concretas quando a Empresa é ameaçada, 
tem orgulho de fazer parte da Organização, fala positivamente sobre ela e a defende 
de críticas.
Lealdade não quer dizer obediência. Ser leal significa fazer críticas construtivas, agir 
com a convicção de que seu comportamento vai promover os legítimos interesses da 
Organização, mas também pode significar a recusa em fazer algo que não se con-
sidera correto ou que se pensa que poderá prejudicar a Organização ou a Equipe de 
funcionários.
As virtudes da responsabilidade e da lealdade são completadas pela iniciativa 
capaz de colocá-las em movimento.
Ter iniciativa ou fazer algo de interesse da Organização significa, ao mesmo tempo, 
demonstrar lealdade, bem como assumir responsabilidade por essa atitude.
Há, também, outras qualidades que podem ser consideradas importantes no 
exercício de uma profissão, como, por exemplo:
Tabela 1
Honestidade Ser honesto é atrair para si a confiança do outro, sendo verdadeiro. 
Sigilo Uma informação sigilosa é aquela que é confiada a alguém, cuja preservação da discrição é obrigatória. 
Competência Competência é o exercício do conhecimento, de forma adequada e persistente a um trabalho ou a uma profissão. 
Prudência Precisão e cuidado na execução de um trabalho
Coragem A coragem nos ajuda a reagir às críticas, a não ter medo de defender a verdade e a justiça.
Perseverança Capacidade do profissional de prosseguir em seu trabalho, sem se entregar a decepções ou mágoas. 
Compreensão Qualidade que facilita a aproximação e o diálogo, imprescindível no relacionamento profissional.
Humildade Capacidade de reconhecer suas limitações e de buscar a colaboração de outros profissionais mais capazes e experientes. 
Imparcialidade Destina-se a se contrapor aos preconceitos, a defender os verdadeiros valores sociais e éticos, assumindo, principalmente, uma posição justa nas situações que terá de enfrentar.
Otimismo Diante dos desafios que encontrará, o profissional precisa e deve acreditar na capacidade de realização, no poder do desenvolvimento, enfrentando os desafios com energia e bom humor.
Fonte: ALENCASTRO, 1997
Obviamente, existem outras virtudes que não foram citadas, porém aqui foram 
apresentadas as principais. 
Valorize-as, dissemine-as e as coloque em prática. Precisamos de uma Socieda-
de que valorize os princípios e as virtudes, pois assim teremos uma vida digna e 
deixaremos um bom legado para as próximas gerações.
16
17
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Leandro Karnal fala sobre Ética em Ambientes Profissionais
A herança deixada pela escravidão nas relações de trabalho no Brasil, assédio moral 
e sexual, hierarquia e respeito ao espaço do outro – Esses foram alguns dos assuntos 
abordados pelo professor e historiador Leandro Karnal em entrevista à Revista TST.
https://youtu.be/pEXhGE7Fd6s
Declaração Universal dos Direitos 
Ética no exercício profissional e Mercado de Trabalho, com o professor Eduardo 
Fransozo Cardozo, e participação de Universitários que trazem suas dúvidas. A direção 
é de Hilda Ciglioni, Walter Ciglioni e a apresentação é do professor Leopoldo Luis 
Lima Oliveira.
https://youtu.be/hB-51JhIf-U
Opinião Livre – Ética, Gentileza e Cordialidade 
Neste programa, Silvia Vinhas conversa com o filósofo e escritor Mario Sergio Cortella, 
que fala sobre a importância das pequenas atitudes no dia a dia e dos princípios 
básicos, como: Ética, gentileza e cordialidade.
https://youtu.be/GtcClwpYIOY
 Leitura
A Ética e o Mercado: O Que Está em Jogo?
ARAÚJO, G. A.; GOMES, J. S. A ética e o mercado: o que está em jogo? Revista de 
Administração de Empresas
https://bit.ly/2kp9qcG
17
UNIDADE Ética no Mercado de Trabalho Atual
Referências
ALENCASTRO, M. A Importância da Ética na Formação de Recursos Hu-
manos. São Paulo. Registrado na Fundação Biblioteca Nacional sob n. 197.147 
livro:339 fl:306. Artigo publicado em 1997.
ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: Introdução à Filosofia. 
2.ed. São Paulo: Moderna, 1993.
EFING, A. C.; SOARES, A. A. C. Ética do Consumo, Consumo Conscientee Fe-
licidade. Revista do Direito UNISC, n. 48, 2016. Disponível em: <https://online.
unisc.br/seer/index.php/direito/index>.
PESSANHA, J. A. M. Vida e obra de Aristóteles: Tópicos dos argumentos sofís-
ticos. São Paulo: Nova Cultural, 1987.
SARMENTO, E. B. et al. Ética Empresarial: Estudo de Caso em uma Empresa de 
Segurança Privada. 2014. Disponível em: <http://www.convibra.com.br/upload/
paper/2014/40/2014_40_10164.pdf>. Acesso em: 2 jul. 2019.
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