Buscar

Livro Santíssima Trindade - quase dois mil anos de engano religioso

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 255 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 255 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 255 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

7 
 
 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SANTÍSSIMA TRINDADE 
Quase dois mil anos de 
engano religioso 
 
 
 
 
3 
 
Marcelo Victor Nascimento 
 
 
 
 
 
 
SANTÍSSIMA TRINDADE 
Quase dois mil anos de 
engano religioso 
 
 
 
 
 
Itapetininga – SP 
2020 
 
 
4 
 
 
Santíssima Trindade - quase dois mil anos de 
engano religioso 
 
Copyright 2020 
Marcelo Victor Nascimento 
 
O conteúdo deste livro (textos, ilustrações e imagens) é da 
inteira responsabilidade do autor, não podendo ser 
reproduzido sem a expressa autorização do mesmo. 
 
O contacto do autor é o seguinte: 
https://clubedeautores.com.br/livros/autores/marcelo-
victor-rodrigues-do-nascimento 
 
Ilustrações: Carla Gonçalves 
Ilustração da página 67: 
http://weareisrael.org/wp-content/ 
uploads/2016/06/elohim.jpg 
Ilustração da página 73: 
htpp://hermesfernandes.blogspot.com/2016/03;o-
silencio-do-cordeiro-vs-o-ugido.html 
 
2ª Edição: Janeiro de 2020. 
 
Editoração: Ana Flávia Corrêa 
 
Impressão e acabamento: GRÁFICA REGIONAL 
www.graficaregional.com.br 
 
Prefixo Editorial: 65703 
ISBN: 978-85-65703-44-4 
 
 
 
https://clubedeautores.com.br/livros/autores/marcelo-victor-rodrigues-do-nascimento
https://clubedeautores.com.br/livros/autores/marcelo-victor-rodrigues-do-nascimento
http://weareisrael.org/wp-content/
http://www.graficaregional.com.br/
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
Índice 
 
 
PREFÁCIO DO AUTOR................................................07 
PRIMEIRO CAPÍTULO: 
A “Santíssima trindade”: um breve histórico de sua 
origem...................................................................15 
SEGUNDO CAPÍTULO: 
A Palavra de Yahweh, o Espírito Santo de Yahweh e 
o próprio Yahweh são um..........................................57 
TERCEIRO CAPÍTULO: 
A onipotência e a onipresença divinas.................77 
QUARTO CAPÍTULO: 
Quem é verdadeiramente Jesus Cristo?.................87 
QUINTO CAPÍTULO: 
A Palavra esvaziou-se da Sua glória ou acrescentou 
a natureza humana ao seu ser?...............................103 
SEXTO CAPÍTULO: 
Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa 
semelhança............................................................121 
SÉTIMO CAPÍTULO: 
Elohim: um hebraísmo ou uma expressão 
profética?...............................................................139 
OITAVO CAPÍTULO: 
Subiu ao céu e assentou-Se à destra da majestade nas 
altura.....................................................................149 
6 
 
NONO CAPÍTULO: 
Deus necessita ser ungido....................................159 
DÉCIMO CAPÍTULO: 
E eu rogarei ao Pai e ele vos dará outro 
consolador..........................................................177 
DÉCIMO PRIMEIRO CAPÍTULO: 
A kenosis.........................................................191 
POST-SCRIPTUM............................................229 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA.......................249 
7 
 
 
 
Prefácio do Autor 
 
 
 
 
Quando um coração se abre 
verdadeiramente para o Evangelho de 
Jesus Cristo (as boas novas de salvação) 
uma profunda transformação passa a 
ocorrer no íntimo daquela pessoa, 
reproduzindo, espiritualmente, o 
primeiro milagre feito pelo divino Mestre, 
quando transformou a água em vinho 
(João 2:9). 
Todas as faculdades do novo 
discípulo passam a vivenciar uma 
revolução contínua e progressiva como 
reflexo do cumprimento da promessa feita 
pelo Mestre de que tal coração tornar-se-
8 
 
ia templo e morada do Espírito Santo, 
nascendo uma nova criatura, agora 
possuidora da mente de Cristo (Efésios 
2:22 e 1 Coríntios 2.16). 
Pela presença de Yahweh1, em 
espírito, os conceitos vão mudando, as 
máscaras vão caindo, o discernimento 
vai chegando, as trevas vão se dissipando 
e a luz começa a brilhar até que, naquela 
alma, se torne um dia perfeito (Provérbios 
4:18). 
Por essa razão, tudo aquilo que 
contraria a verdade e a santidade de 
Yahweh, interna e externamente, por 
mais belo e sábio que pareça, acaba se 
tornando um peso para o coração recém- 
_______________ 
1Yahweh: refere-se ao tetragrama YHWH (conjunto 
de quatro letras que qualificam o nome do Deus de 
Israel na Bíblia. 
9 
 
convertido, por absoluta impossibilidade de 
haver comunhão entre a luz e as trevas 
(Gênesis 1:4 e 2 Coríntios 6:14). 
Os velhos conceitos, dia-a-dia, 
acabam entrando em choque com novas 
realidades outrora desconhecidas e a 
revolucionária descoberta ganha contornos 
de uma guerra espiritual, cujo teatro de 
operações é a mente e o coração do novo 
soldado (Gálatas 5:17). 
Munido das armas espirituais 
doadas pelo Espírito Santo, a mente do 
novo combatente não se contenta mais com 
as “fórmulas prontas”, de sorte que o 
guerreiro de Jesus arregaça as mangas e 
parte para o combate em busca de penetrar 
nas entranhas das verdades d’Aquele que o 
alistou para a batalha e o chamou das 
trevas para a perfeita luz (Oséias 6:3). 
10 
 
Nesse clima de guerra, esta obra 
literária surge como uma espécie de 
convocação aos verdadeiros soldados de 
Cristo para uma missão bastante árdua e 
desafiadora, qual seja: lançar mão da unção 
que foi dada a cada combatente do 
Evangelho, por ocasião da conversão, e, 
juntos (1 João 2:27), fazermos uma análise 
bíblica de uma das doutrinas que tem sido 
considerada, há quase dois milênios, como 
verdadeira coluna da fé cristã - a Doutrina da 
Santíssima Trindade ² 
Via de regra, as discussões acerca 
desse tema parecem enfrentar uma barreira 
_______________ 
² Doutrina da Santíssima Trindade: é a doutrina 
central da fé cristã católica que apresenta o único 
deus como uma divindade formada por três pessoas 
distintas: deus-pai, deus-filho e deus-espírito santo. 
 
 
11 
 
quase que intransponível, numa reprodução 
do que ocorreu no passado com aqueles 
que ousaram desafiar a “divindade” 
desse dogma cristão (católico), alguns dos 
quais, por causa da coragem de fazê-lo, 
foram excomungados e outros, 
devidamente silenciados em combate de 
forma brutal e desumana, como conta a 
história. 
Embora o cenário seja outro, a 
dificuldade de tratar desse assunto insiste 
em permanecer até o dia de hoje, 
principalmente pelo fato da cristandade 
ter feito, da aceitação da Trindade3, uma 
_______________ 
3 Trindade: do latin trinitas (tríade), é uma 
abreviação da expressão “Santíssima Trindade”; foi 
um termo usado pela primeira vez por tertuliano, 
um teólogo proeminente do período pós-apostólico, 
considerado um dos “pais da igreja” (padres da 
igreja romana), para referir-se à natureza triuna de 
deus, revelada (segundo ele) nas Escrituras 
Sagradas. 
12 
 
condição sine qua non4 para que 
determinado movimento religioso seja 
classificado como cristão ou herege5. 
Assim sendo, nesse ambiente em que 
os ânimos dos algozes do passado estão 
temporariamente contidos, esta obra, como 
uma trombeta que chama os guerreiros 
para a batalha, vem conclamar os valentes 
soldados de Cristo a aceitar tão grande 
desafio. 
Que Yahweh nos ajude e nos guie 
pelo Seu santo espírito, a fim de que a 
missão possa ser cumprida com 
honestidade e fidelidade às Escrituras 
Sagradas, para que em tudo o Seu nome 
_______________ 
4 Sine qua non: é uma locução adjetiva, do latim, 
que significa “sem a qual não”. 
5 Herege: aquele que é contrário aos dogmas de 
uma determinada religião. 
 
13 
 
venha ser glorificado e os soldados 
possam se aproximar um pouco mais do 
Capitão das nossas almas, o Senhor dos 
Exércitos, aquele que, ao invés de torturar e 
matar os Seus opositores, deu Sua vida 
para salvá-los. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
PRIMEIRO CAPÍTULO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coliseo de Roma, onde os cristãos eram jogados 
aos leões pelo Império Romano.16 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
A “santíssima trindade”: um breve 
histórico de sua origem. 
 
 
 
Os fatos históricos que marcaram a 
origem de determinada doutrina religiosa, 
o caráter de quem as desenvolveu e os 
frutos que ela produziu são elementos 
que, de uma forma ou de outra, acabam 
por influenciar sua credibilidade, ainda 
mais se levarmos em consideração as 
palavras do Mestre Jesus Cristo nos 
alertando para o fato de que “de uma 
fonte não pode jorrar dois tipos 
distintos de água” e que “pelos 
frutos se conhece a árvore” (Tiago 
3.12 e Lucas 6.44). 
 
 
18 
Por isso, este capítulo reveste-se de 
fundamental importância para que o leitor 
possa ter uma compreensão histórica do 
ambiente em que a “Doutrina da 
Santíssima Trindade” foi formulada e 
dos frutos que ela produziu no seio 
religioso, político e social da época, de 
forma que é possível termos uma noção da 
confiabilidade desse dogma, pelo menos do 
ponto de vista histórico de sua origem. 
Os acontecimentos que antecederam a 
formulação dessa doutrina remontam ao 
período pós-apostólico, quando se cumpriram 
as diversas profecias proferidas pelo Mestre 
e pelos Seus apóstolos, acerca dos falsos 
cristos, falsos profetas, falsos apóstolos e 
falsos irmãos que surgiriam em meio à igreja 
primitiva (Mateus 24.4-5; Mateus 24.11; 
Atos 20.29-30; 2 Coríntios 11.13-15; 
 
 
19 
Gálatas 1.6; Gálatas 2.4; 2 Timóteo 4.2-4; 2 
Pedro 2.1-2; 1 João 2.18-19, 26; e 1 João 
4.1-3). 
O apóstolo João, perto do final do 
primeiro século, testificou que as 
condições da igreja primitiva naquela 
ocasião haviam se tornado tão terríveis que 
os falsos ministros se recusavam 
abertamente a receber os seus 
representantes e até excluíam os 
verdadeiros cristãos da Igreja (3 João 9-
10). 
Em sua clássica obra “A História do 
declínio e queda do Império Romano”, o 
historiador Edward Gibbon fez o seguinte 
relato sobre esse período pós-apostólico: 
“uma nuvem negra pairava sobre a 
primeira era da igreja” (Gibbon, 1821). 
Outro historiador, Jesse Hurlbut, 
 
 
20 
sugeriu que o período em pauta marcou um 
tempo de transformação sofrido pela igreja 
primitiva: 
 
“Nós intitulamos a última 
geração do primeiro século, 68-100 
d.C., ‘A Era das Trevas’, em parte 
porque as trevas da perseguição 
vieram sobre a igreja, mas mais 
especificamente porque de todos os 
períodos da história [da Igreja], é essa 
a era sobre a qual sabemos 
pouquíssimo. Não temos mais a 
brilhante luz do Livro de Atos para nos 
guiar, e nenhum autor dessa era tem 
preenchido o espaço vazio na 
história... Por cinquenta anos, após a 
vida de São Paulo, uma cortina pairou 
sobre a igreja, através da qual nos 
esforçamos em vão para olhar, e 
quando finalmente ela se levanta, 
cerca do ano 120 d.C. com os escritos 
 
 
21 
dos mais antigos padres da igreja, 
encontramos uma igreja, em muitos 
aspectos, muito diferente daquela dos 
dias de São Pedro e São Paulo” 
(Hurlbut, 1979). 
 
Não obstante, se os relatos bíblicos e 
históricos mostram que a situação interna 
da igreja primitiva era delicada, fora dos 
“muros” a situação certamente era bem pior, 
pois os cristãos eram “arrastados até as 
arenas, onde eram massacrados entre 
os gritos e as risadas de uma multidão 
de apaixonados pelo genocídio lúdico” 
(Fo, J.; Malucelli L.; Tomat, Sergio. 
2009, pág. 11). 
A principal razão das perseguições 
que sofriam os cristãos naquela época, por 
parte do Império Romano, segundo 
estudiosos, era a ameaça da secessão que 
 
 
22 
eles representavam, uma vez que “as 
autoridades romanas reputavam 
subversivo qualquer movimento que 
agregasse grupos populares e expoentes 
da aristocracia longe do seu controle” 
(Fo, J., Malucelli L., Tomat, Sergio. 
2009,pág. 27). 
Além disso, a manutenção dos cultos 
tradicionais (pagãos) era “um elemento de 
estabilidade indispensável à própria vida 
do Estado, tanto que o sacrilégio e a não 
observância dos ritos constituíam um 
crime comparável à traição”, sem contar 
que os ensinos de Jesus eram tidos pelos 
romanos como algo que tinha implicações 
sociais, pois exaltava os pobres e 
desfavorecidos e condenava pessoas 
julgadas “intocáveis”, como, por exemplo, os 
coletores de impostos (Fo, J. et al., 2009, 
 
 
23 
pág. 27). 
Por fim, outro elemento que fazia com 
que os cristãos reunissem as características 
que o poder imperial temia e que explica as 
perseguições periódicas das quais foram 
vítimas entre 112 a 311, é a espera de um 
apocalipse iminente em que Deus desceria 
sobre a Terra e faria justiça, de forma que os 
perseguidos se assentariam em tronos para 
assistir ao suplício de seus dominadores, 
conforme relatado no “Livro Negro do 
Cristianismo” (Fo, J. et al. 2009, pág. 28). 
Diante de tantas razões contrárias à 
sobrevivência da igreja primitiva, um fato 
inquestionável foi o poder sobrenatural que 
envolveu os cristãos primitivos, pois, apesar 
das terríveis perseguições que o império 
romano promoveu contra a igreja cristã, os 
discípulos do Mestre resistiram 
 
 
24 
milagrosamente à opressão interna e externa, 
impelidos por uma força divina que os 
encorajava a não fazer caso da própria 
vida. 
Enquanto tais perseguições romanas 
assolavam a igreja, fazendo os cristãos 
migrarem para outras regiões em busca de 
liberdade para servir a Deus, dentro das 
comunidades surgiram “indivíduos 
inescrupulosos e maliciosos, dispostos a 
usar a fé e o misticismo com o único 
objetivo de obter riqueza e autoridade” 
(Fo, J. et al., 2009, pág. 8). 
Para alguns historiadores, aquele 
período marcou o aparecimento, no seio da 
igreja primitiva, de uma religião 
comprometida com conceitos e práticas 
enraizadas no antigo paganismo (uma 
mistura de crenças religiosas conhecidas 
 
 
25 
como sincretismo religioso, muito comum 
na época do Império Romano) que se 
apoderou da igreja e modificou a fé 
estabelecida por Jesus Cristo, influenciando 
os conceitos doutrinários e religiosos da 
cristandade, com reflexos até os dias de 
hoje. 
Por isso, a uniformidade de crença da 
igreja primitiva acabou por se perder e os 
novos pensamentos que surgiram 
tomaram emprestados ou adaptaram 
ideias provenientes de religiões pagãs, 
substituindo os ensinamentos de Jesus e 
dos apóstolos por vãs filosofias. 
O artigo “Trindade: Golpe de mestre do 
Anticristo! - Parte 2”1 menciona a seguinte 
______________________ 
1 Evangelho Perdido: 
http://www.evangelhoperdido.com.br/trindade-golpe- 
de-mestre-do-anticristo-parte-2. 
 
http://www.evangelhoperdido.com.br/trindade-golpe-
 
 
26 
 
 
citação, feita pelo Dr. Alvan Lamson, em 
seu livro “The Church of the First Three 
Centuries” (A Igreja dos Primeiros Três 
Séculos): 
 
“A doutrina da Trindade ‘teve sua 
origem numa fonte inteiramente alheia 
às Escrituras judaicas e cristãs; que 
se desenvolveu e foi enxertada 
[introduzida] no cristianismo pelas 
mãos dos Padres que promoviam o 
platonismo”. Quem eram esses ‘Padres 
que promoviam o platonismo’? Eram 
clérigos apóstatas que ficaram 
fascinados com os ensinos de Platão, 
filósofo grego pagão” (Molulo, 2014). 
 
Sobre a influência helenística que 
 
 
 
27 
atacou a igreja primitiva, o artigo citado no 
parágrafo anterior menciona uma 
passagem do livro “The Theology of 
Tertullian” (A Teologia de Tertuliano), 
que diz o seguinte: 
 
“[Era] uma mistura curiosa de 
ideias e termos jurídicos e filosóficos, 
que habilitaram Tertuliano a ela- 
borar a doutrina trinitária numa 
forma que, apesar das suas 
limitações e imperfeições, forneceu a 
estrutura para a posterior 
apresentação da doutrina no 
Concílio² de Nicéia”. 
_______________ 
² Concílio: é uma reunião de autoridades 
eclesiásticas com o objetivo de discutir e 
deliberar sobre questões pastorais, de doutrina,fé e costumes (moral). 
 
 
 
28 
Assim sendo, a fórmula criada pelo 
Tertuliano (das “três pessoas distintas 
em um só Deus”) parece ter sido 
originada como resultado da forte 
influência das concepções gregas dos 
pensadores daquela época, concorrendo 
para a divulgação de um grave engano que 
perdura até os nossos dias. 
No ano de 313 d.C., um fato novo 
modificou o cenário político-religioso do 
Império Romano, transformando, num 
passe de mágica, os brutais perseguidores 
dos cristãos em “paladinos da igreja”: a 
suposta conversão do Imperador 
Constantino3 ao cristianismo. Com essa 
_______________ 
3 Imperador Constantino: imperador romano 
(288-337 d.C.), em cujo governo, a fé cristã 
(católica) se tornou a religião oficial do Império. 
 
 
 
 
29 
façanha, as teologias, os rituais, as 
interpretações do Evangelho acabaram por 
ser cuidadosamente transformados e 
adaptados à linguagem e ao pensamento do 
poder romano (Fo, J. et al., 2009, pág. 11). 
O historiador Henry Chadwick atesta, 
“Constantino, tal como seu pai, adorava o 
deus Sol Invicto” (Chadwik, 1993, pág. 
122, como referido por Ashiley, S., 
Robinsom, T., Schoroeder, J. R., 2012). 
Quanto ao imperador abraçar o Cristianismo, 
ele admite: 
 
“Sua conversão não deve ser 
interpretada como uma experiência 
interna de graça… Era uma questão 
militar. O seu nível de compreensão da 
doutrina cristã nunca foi muito bem 
entendido” (pág. 125). 
 
 
 
30 
Norbert Brox, um professor de história 
da igreja, confirma que o Imperador 
Constantino nunca foi realmente um 
cristão convertido: 
 
“Constantino não experimentou 
qualquer conversão, não há sinais de 
uma mudança de fé nele. Ele nunca 
disse que se converteu a outro deus… 
No momento em que se voltou para o 
Cristianismo, ele adorava o Sol 
Invictus (o vitorioso deus Sol)” (Brox, 
1996). 
 
Esse foi o cenário pitoresco em que a 
“Doutrina da Trindade” começou a 
surgir, ou seja, em meio a fatos políticos 
e várias discussões teológicas acerca dos 
mistérios do nascimento, do ministério 
terreno, da morte e da ressurreição de Jesus 
Cristo, com questões do tipo: “Jesus 
 
 
31 
Cristo foi um homem? Era Deus? Era 
Deus em figura de um homem? Foi uma 
ilusão? Foi um simples homem que se 
tornou Deus? Foi criado por deus-pai ou 
existia eternamente com o Pai?”. 
No ano 325 d.C., com claras intenções 
de unificar o poder político e religioso, o 
Imperador Constantino aproveitou-se de 
uma controvérsia acerca da natureza de 
Jesus Cristo e de Sua relação com “deus-
pai” e convocou o Concílio de Nicéia (na 
atualidade, localizado a oeste da 
Turquia), em 325 d.C. 
A disputa envolvia duas correntes de 
pensamento, uma liderada por Ário, um 
padre de Alexandria, e outra por 
Atanásio, um diácono da mesma cidade. O 
primeiro argumentava que Cristo, sendo 
Filho de Deus, deveria ter tido um começo e 
 
 
32 
que, portanto, era uma criação especial de 
Deus, sendo necessariamente mais novo 
por ser Filho. 
Atanásio, por sua vez, opunha-se a 
Ário, apresentando a visão de uma forma 
primitiva de trinitarianismo, onde o Pai, o 
Filho e o Espírito Santo eram um, mas ao 
mesmo tempo, distintos entre si. 
Karen Armstrong explica, em “Uma 
História de Deus”, que a decisão sobre qual 
ponto de vista o conselho da igreja aceitaria 
foi, em grande medida, arbitrária: 
 
“Quando os bispos se reuniram 
em Nicéia em 20 de maio de 325 d.C. 
para resolver a crise, muitos poucos 
demonstraram apoio ao ponto de vista 
de Atanásio sobre Cristo. A maioria se 
deteve no meio do caminho entre a 
posição de Atanásio e a de Ário” 
(Armstrong, 1993, pág. 110). 
 
 
33 
 
Acerca do Concílio de Nicéia, a 
“Enciclopédia Britânica” declara: 
 
“O próprio Constantino o presidiu, 
ativamente orientando as discussões, e 
pessoalmente propôs a fórmula 
fundamental para expressar a relação 
de Cristo com Deus no credo emitido 
pelo conselho. Intimidados pelo 
imperador, os bispos, com duas únicas 
exceções, assinaram o credo, embora, 
muitos deles, a contragosto” (The 
Encyclopaedia Britannica, 1971, como 
referido por Ashiley, S., Robinsom, T., 
Schoroeder, J. R., 2012). 
 
O resultado é que, com a aprovação 
do imperador, o concílio rejeitou o ponto de 
vista minoritário de Ário e, não tendo 
nada definitivo para substituí-lo, aprovou 
 
 
34 
a visão de Atanásio (também minoritária), 
preparando o terreno para a aceitação oficial 
da “Doutrina da Trindade”, a qual levaria 
mais de três séculos, após a morte e 
ressurreição de Jesus Cristo, para ser 
estabelecida. 
A controvérsia, no entanto, parece não 
ter acabado com o Concílio de Nicéia. Karen 
Armstrong (citada anteriormente) explica: 
 
“Atanásio conseguiu impor sua 
teologia aos bispos com o imperador no 
seu encalço… A demonstração de 
concordância agradou a Constantino, 
que não compreendia as questões 
teológicas, mas na verdade não havia 
unanimidade em Nicéia. Depois do 
Concílio, os bispos continuaram a 
ensinar como antes e a crise ariana 
continuou por mais sessenta anos. Ário 
e seus seguidores lutaram e 
 
 
35 
conseguiram recuperar o favor imperial. 
Atanásio foi exilado pelo menos cinco 
vezes. E foi muito difícil fazer valer seu 
credo” (págs. 110-111). 
 
O que se segue são relatos históricos de 
divergências violentas e sangrentas como 
consequência do Concílio de Nicéia, 
conforme narra o historiador Will Durant: 
 
“Provavelmente mais cris- tãos 
foram massacrados por cristãos nestes 
dois anos (342-343) do que em todas 
as perseguições de cristãos pelos 
pagãos na história de Roma” (Durant, 
1950). 
 
Com crueldade, enquanto 
reivindicavam o título de cristãos, muitos 
religiosos lutaram e mataram uns aos 
outros por causa dos seus pontos de vista 
 
 
36 
diferentes acerca da pessoa do Deus de 
Israel. 
A respeito das décadas seguintes, o 
professor Harold Brown (citado 
anteriormente), escreve: 
 
“Em meados das décadas desse 
século, 340-380, a história da 
doutrina parece mais com a história 
de tribunais, de intrigas entre 
igrejas e de conflitos sociais... As 
doutrinas centrais elaboradas nesse 
período, frequentemente parecem ter 
sido apresentadas através de intrigas 
ou pela violência popular, e não de 
comum acordo da cristandade guiada 
pelo Espírito Santo” (Brown, 2003, pág. 
119, como referido por Ashiley, S., 
Robinsom, T., Schoroeder, J. R., 2012). 
 
Alguns anos mais tarde, os desacordos 
 
 
37 
passaram a centrar-se em torno de outra 
questão: a natureza do Espírito Santo. A esse 
respeito, a declaração divulgada no Concílio 
de Nicéia simplesmente disse: “Cremos no 
Espírito Santo”, tornando-se algo que 
“parece ter sido adicionado ao credo 
Atanasiano em uma reflexão posterior”. 
Karen Armstrong (citada 
anteriormente) afirma, sobre tal fato, o 
seguinte: “As pessoas estavam confusas 
sobre o Espírito Santo. Era simplesmente 
um sinônimo de Deus ou era algo mais?” 
(pág. 115). 
O professor Charles Ryrie, citado por 
por Ashiley, S., Robinsom, T., 
Schoroeder, J. R. (2012)., referiu-se a esse 
momento e aos teólogos da província da 
Capadócia da seguinte maneira: 
 
 
 
38 
“Na segunda metade do século IV, 
três teólogos da pro- víncia da 
Capadócia, no leste da Ásia Menor 
[hoje Turquia central] deram a forma 
definitiva à doutrina da Trindade... Eles 
propuseram uma ideia que foi um 
passo além da visão de Atanásio, 
dizendo o seguinte: ‘Deus, o Pai, 
Jesus, o Filho, e o Espírito Santo eram 
coiguais e juntos em um único ser, 
mas também distintos entre si” (pág. 65 
e 89). 
 
No ano 381, quarenta e quatro anos 
após a morte de Constantino, o imperador 
Teodósio convocou o Concílio de 
Constantinopla (hoje Istambul, Turquia) 
para resolver essas disputas. Gregório de 
Nazianzo, recém-nomeado arcebispo de 
Constantinopla, presidiutal conselho e 
pediu a adoção de seu ponto de vista sobre 
 
 
39 
o Espírito Santo, dizendo que “ele era 
consubstancial com o Pai” (significando 
que se tratavam de “pessoas do 
mesmo ser, uma vez que substância 
era uma qualidade individual”). 
O historiador Charles Freeman 
afirma: 
 
“Praticamente nada se sabe dos 
debates teológicos do Concílio de 
381, mas Gre- gório foi certamente 
na esperança de obter alguma 
aceitação de sua crença. Seja pela 
falta de habilidade para lidar com o 
assunto ou se simplesmente por não 
terem chance de consen- so, os 
bispos ‘macedônios’, que se 
recusaram a aceitar a plena divindade 
do Espírito Santo, deixaram o concílio. 
Portanto, Gregório repreendeu os 
bispos por preferirem ter uma maioria 
ao invés de simplesmente aceitarem a 
 
 
40 
sua declaração da ‘Palavra Divina’ da 
Trindade” (Freeman, 2008). 
 
Pouco depois, Gregório ficou doente 
e teve que retirar-se do concílio, 
assumindo a presidência do concílio um 
tal Nectarius, senador idoso, popular ex-
prefeito da cidade, mas que ainda não era 
um cristão batizado. Acerca dele, 
Freeman diz: 
 
“Nectarius parecia não conhecer a 
teologia, e teve que ser iniciado na fé 
necessária antes de ser batizado e 
consagrado” (Freeman, 2008). 
 
Estranhamente, um homem que até 
aquele momento não era cristão, segundo 
a histótia, foi nomeado para presidir um 
importante concílio da igreja romana, 
 
 
41 
encarregado de determinar o que seria 
ensinado sobre a natureza de Deus aos 
quatro cantos da terra. 
Dessa forma, o ensinamento dos três 
teólogos capadócios (citados anteriormente) 
“tornou possível que o Concílio de 
Constantinopla (381) afirmasse a 
divindade do Espírito Santo, que até 
aquele momento não havia sido 
claramente estabelecida, nem mesmo 
nas Escrituras” (A Enciclopédia Harper-
Collins do Catolicismo [The Harper-
Collins Encyclopedia of Catholicism], 
como referido por Ashiley, S., Robinsom, 
T., Schoroeder, J. R., 2012). 
Conforme a matéria “A Surpreendente 
Origem da Doutrina da Trindade”, da Igreja 
de Deus Unida (Ashiley et al., 2012), o 
referido Concílio de Constantinopla aprovou, 
 
 
42 
então, a seguinte declaração: 
 
“Nós cremos em um só Deus, Pai 
Todo-Po- deroso, Criador do céu e da 
terra, e de todas as coisas visíveis e 
invisíveis. E em um só Senhor, Jesus 
Cristo, Filho Unigênito de Deus, gerado 
do Pai antes de todos os séculos … E 
acreditamos no Espírito Santo, Senhor 
e Vivificador, que procede do Pai, que 
com o Pai e o Filho é adorado e 
glorificado, que falou através dos 
profetas …”(Ashiley, S., Robinsom, T., 
Schoroeder, J. R., 2012). Importante 
lembrar que tal declaração também afirma 
a crença “na Igreja Una, Santa, Católica 
[ou seja, neste contexto, universal, total 
ou completa] e Apostólica …”. 
 
 
Salvo erro, a última parte do referido 
credo é a confissão explicita do desvio 
doutrinário das Sagradas Escrituras por 
 
 
43 
parte dessa comunidade religiosa, visto que 
nenhuma instituição deve ser objeto de fé, 
uma vez que o próprio Mestre declarou 
que Ele (e unicamente Ele) é “o caminho, 
e a verdade, e a vida” e que “ninguém 
vem ao Pai senão por Ele” (João 
14.6). 
Assim sendo, com essa declaração 
datada de 381 d.C., que se tornaria 
conhecida como o “Credo Niceno-
Constantinopolitano”, a “Doutrina da 
Trindade” (da forma que 
majoritariamente é entendida nos dias de 
hoje) tornou-se a crença oficial e o 
ensinamento quase que unânime sobre a 
natureza do Deus de Israel. 
O professor de teologia, Richard 
Hanson, observa, acerca do resultado obtido 
na decisão do conselho, o seguinte: 
 
 
44 
 
 “Foi reduzir as explicações do signi- 
ficado da palavra ‘Deus’, de uma extensa 
lista de alternativas, a uma só 
explicação”, de modo que “quando o 
homem ocidental de hoje diz ‘Deus’ ele 
está duma maneira geral a referir-se ao 
único e exclusivo Deus [Trinitário] e 
nada mais” (Hanson, 1985, como referido 
por Ashiley, S., Robinsom, T., Schoroeder, J. 
R., 2012). 
 
 
Assim, o Imperador Teodósio – que 
tinha sido batizado apenas um ano antes 
da convocação do concílio – foi, como 
Constantino, quase seis décadas antes, 
instrumento central no estabelecimento de 
importante doutrina para a igreja romana. 
Acer a de Teodósio, o historiador 
Charles Freeman (citado anteriormente) faz a 
 
 
45 
seguinte observação: 
 
“É importante lembrar que Teodósio 
não tinha qualquer formação teológica e 
estabeleceu como se fosse um dogma uma 
fórmula contendo problemas filosóficos 
difíceis de resolver dos quais ele não estaria 
ciente. Com efeito, as leis do imperador 
silenciaram o debate quando ainda não 
estava resolvido” (pág. 103). 
 
Segundo Richard Rubenstein, a partir 
dessa decisão, Teodósio demonstrou não 
tolerar opiniões divergentes, fazendo um 
decreto que dizia: 
 
“Agora, nós ordenamos que todas 
as igrejas sejam entregues aos bispos 
que professam Pai, Filho e Espírito 
Santo como uma única majestade, de 
mesma glória, e de esplendor único, aos 
 
 
46 
[bispos] que não estabelecem nenhuma 
distinção por separação sacrílega, mas 
(que afirmem) a ordem da Trindade, 
reconhecendo as Pessoas e unindo a 
Divindade” (Richard Rubenstein, 1999, 
como referido por Ashiley, S., Robinsom, 
T., Schoroeder, J. R., 2012). 
 
Bettenson declara que em outro 
edito, Teodósio foi ainda mais longe, ao 
exigir o cumprimento da nova doutrina, 
no seguintes dizeres: 
 
“Devemos acreditar na divindade 
única do Pai, do Filho e do Espírito 
Santo, em igual majestade e em santa 
Trindade. Nós autorizamos os 
seguidores desta lei a assumirem o 
título de Cristãos Católicos, mas para 
os outros, uma vez que, em nosso 
julgamento, eles são loucos insensatos, 
nós decretamos que sejam marcados 
 
 
47 
com o nome ignominioso de hereges, e 
não deverão ousar dar a seus 
conventículos [assembleias] o nome de 
igrejas. Eles sofrerão, em primeiro 
lugar, o castigo da condenação 
divina, e em segundo, a punição que 
a nossa autoridade decidir aplicar, de 
acordo com a vontade do céu” 
(Bettenson, 1967). 
 
Essa cadeia incomum de eventos é a 
razão pela qual os professores de teologia, 
Anthony e Richard Hanson, no livro “A 
crença razoável: Um Estudo da Fé Cristã”, 
resumiram a história, destacando que a 
adoção da “Doutrina da Trindade” foi o 
resultado de: 
 
“Um processo de exploração 
teológica que durou pelo menos 
trezentos anos … Na verdade, foi um 
 
 
48 
processo de tentativa e erro (ou de 
muitos erros e poucos acertos), onde o 
erro não foi limitado ao que não era 
ortodoxo … Seria tolice representar a 
doutrina da Santíssima Trindade como 
tendo sido alcançada por qualquer 
outro meio... Este foi um longo e 
confuso processo, em que diferentes 
escolas de pensamento na Igreja 
trabalhavam de maneira independente, 
e depois tentavam impor sobre as 
outras, a resposta deles à pergunta: 
‘Quão divino é Jesus Cristo?’ … Se 
alguma vez houve uma controvérsia 
decidida pelo método de tentativa e 
erro, certamente foi esta” (Hanson, A., 
Hanson, R., 1980, como referido por 
Ashiley, S., Robinsom, T., Schoroeder, J. R., 
2012, pág. 175). 
 
 
O clérigo anglicano e conferencista 
da Universidade de Oxford, K.E. Kirk, 
 
 
49 
escreve, de forma esclarecedora, sobre a 
adoção da “Doutrina da Trindade”, o 
seguinte parecer: 
 
“A justificativa teológica e 
filosófica da divindade do Espírito 
começa no século IV; nós naturalmente 
nos voltamos para os escritores desse 
período para descobrir quais os motivos 
da sua crença. Para nossa surpresa, 
somos forçados a admitir que eles não 
tinham nenhum… Este fracasso da 
teologia cristã… em produzir uma 
justificativa lógica do ponto 
fundamental de sua doutrina trinitária 
é de máxima importância. Antes de 
voltar à questão da defesada prática da 
doutrina, somos forçados a perguntar 
se a teologia ou a filosofia já forneceu 
alguma razão pela qual sua crença deve 
ser trinitária” (“A Evolução da Doutrina 
da Trindade” [The evolution of the 
 
 
50 
Doctrine of the Trinity], publicado em 
Ensaios sobre a Trindade e a 
Encarnação [Essays on the Trinity and 
the Incarnation ], editor A.E.J. Rawlinson, 
1928, págs. 221-222, como referido por 
Ashiley, S., Robinsom, T., Schoroeder, J. 
R., 2012). 
 
Assim sendo, conforme nos mostra o 
“Livro Negro do Cristianismo”, o que 
ocorreu com o cristianismo pós-apostólico 
é o retrato do que se passa com grande 
parte das religiões do mundo: “tornaram-
se cultos ao Estado”. Em tais religiões, o 
centro de poder dos principais templos 
acabou sendo conquistado por falsos 
cristãos que usaram a fé para satisfazer os 
seus prazeres carnais e obter riqueza e 
autoridade (Fo, J., Malucelli L., Tomat, 
Sergio, 2009, pág. 8). 
 
 
51 
É claro que não se pode generalizar 
(dizem os autores do citados livro), pois 
existiram homens religiosos com grandes 
incumbências na esfera eclesiástica que 
agiram com justiça e notável honestidade, 
alguns dos quais colocaram suas vidas em 
risco para defender aquilo que 
acreditavam ser a verdade. 
Não obstante, também é verdade 
que, por séculos, os líderes do catolicismo 
romano venderam os cargos religiosos a 
quem lhes oferecia mais dinheiro, alguns 
dos quais macularam suas vidas com 
crimes horrendos por torpe ganância (Fo, 
J., Malucelli L., Tomat, Sergio, 2009, 
pág. 8). 
À luz da palavra de Deus sobre a 
impossibilidade de “uma fonte jorrar 
dois tipos distintos de água” (Tiago 
 
 
52 
3:11) e de que “pelos frutos 
conhecereis as árvores” (Lucas 
6:44), algumas importantes lições podem 
ser tiradas dos fatos narrados acima: 
• Como era de se esperar, as 
profecias bíblicas acerca da terrível 
perseguição que a igreja primitiva 
sofreria na era pós-apostólica (em seu 
seio e fora dele) tiveram total 
cumprimento; 
• A verdadeira igreja não 
participou dos debates intelectuais e 
teológicos nos séculos que levaram à 
formulação da “Doutrina da 
Trindade”, tendo sido escorraçada 
e empurrada para a clandestinidade, 
de forma a criar comunidades 
alternativas (O Livro Negro do 
Cristianismo. Fo, J., Malucelli L., 
 
 
53 
Tomat, Sergio, 2009, pag. 28); 
• Apesar da feroz perseguição, 
as portas do inferno não pre valeceram 
contra a igreja primitiva (como 
profetizou Jesus) e a dispersão dos 
cristãos genuínos, decorrentes das 
per seguições religiosas, serviu como 
uma ferramenta para a disseminação 
do Evangelho de Cristo para outras 
regiões do império romano (Mateus 
16.18); 
• A uniformidade de crença da 
igreja primitiva acabou por se perder 
em meio às perseguições internas e 
externas, surgindo novos 
entendimentos que tomaram 
emprestados ou adaptaram ideias 
provenientes de religiões pagãs, 
substituindo os ensinamentos de 
 
 
54 
Jesus e dos apóstolos por um 
“cristianismo romano” (posteriormente 
oficializado como “catolicismo”); 
• O cristianismo do período pós-
apostólico foi nitidamente usado para 
fins políticos, de forma que os concílios 
religiosos foram presididos por 
autoridades romanas de fé duvidosa e 
convocados para supostamente 
“defender a fé cristã contra falsos 
ensinos que ameaçavam introduzir-
se no seio da igreja” (igreja católica 
romana). 
• Algo tão importante e central 
para a fé cristã (a pessoa de Yahweh) 
acabou por ser um subterfúgio para o 
uso da força, ao ponto dos discordantes 
serem estigmatizados como “hereges” e 
tratados como tal de acordo com os 
 
 
55 
decretos do imperador romano da 
época, sob os auspícios das 
autoridades da igreja católica 
romana, algumas das quais 
conhecidas como padres da igreja 
(“pais da igreja”). 
 
56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
SEGUNDO CAPÍTULO 
 
 
 
 
Yahweh na criação dos Céus e da Terra. 
 
 
58 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
59 
 
 
A Palavra de Yahweh, o Espírito Santo de 
Yahweh e o próprio Yahweh são um. 
 
 
 
 
Ainda que as Escrituras Sagradas não 
tenham estabelecido um método de 
interpretação para si, cuido ser salutar 
para a investigação de alguns versículos 
bíblicos, que ora iniciamos, o devido 
respeito às cinco regras da hermenêutica 
bíblica (a arte de interpretar textos 
sagrados), não por serem verdades 
absolutas (pois não o são), mas para 
utilizarmos critérios que trarão maior 
confiabilidade às nossas 
argumentações. 
Por isso, o quanto for possível, 
 
 
60 
tomaremos as palavras em seu sentido 
usual e comum, considerando o conjunto 
da frase, o contexto, o objetivo do livro em 
que estiverem inseridas e as passagens 
paralelas que se referem ao assunto. 
A rigor, o fato de não haver qualquer 
tipo de contradição na pessoa de Yahweh, 
tanto em Seu espírito, quanto em Sua 
Palavra, obriga-nos a entender que todo e 
qualquer dogma religioso, formulado a 
partir das Sagradas Escrituras, não pode, em 
hipótese alguma, contrariar qualquer 
passagem bíblica por mais insignificante 
que pareça, sob pena de ferir a perfeita 
harmonia que existe entre todos os 
versículos, capítulos e livros inspirados pelo 
Espírito Santo de Yahweh (2Tm 3.16; 
2Pe 1.20-21). 
Para tanto, convido os leitores a lerem 
 
 
61 
comigo o Salmo 33.6: “Pela palavra 
(voz, verbo) do Senhor foram feitos os 
céus, e todo o exército deles pelo 
espírito (pneuma1) da sua boca” (Sl 
33.6). 
Tais afirmações revelam-nos as 
seguintes verdades bíblicas 
inquestionáveis, as quais estão em 
harmonia com outras passagens bíblicas: 
 Pela Sua Palavra, Yahweh 
criou os Céus: “No princípio criou 
deus o céu e a terra... E chamou 
Deus à expansão Céus” (Gênesis 1:8); 
 Yahweh disse e logo tudo 
apareceu: “Porque falou, e foi 
feito; mandou, e logo apareceu” 
(Salmos 33.9); 
 
_________________ 
1 Pneuma: é uma palavra em grego antigo que 
significa “respiração”, mas que, num contexto 
religioso, pode significar “fôlego de vida”, 
“vento”, “espírito” ou alma”. 
https://www.bibliaonline.com.br/acf/gn/1/8+
 
 
62 
 Não há nada que não 
tenha sido criado pela Palavra de 
Yahweh: “Todas as coisas 
foram feitas por ele (o verbo, a 
palavra), e sem ele nada do que 
foi feito se fez” (João 1:3). 
 Entre as coisas criadas 
estão os mundos celestial e terreno, 
material e espiritual: “Pela fé 
entendemos que os mundos 
pela palavra de Deus foram 
criados; de maneira que aquilo 
que se vê não foi feito do que é 
aparente” (Hebreus 11:3); 
 
Entretanto, a segunda parte do 
Salmos 33.6 afirma que o exército dos 
Céus foram criados “pelo espírito (que 
saiu) da Sua boca (de Yahweh)”. Ou seja, 
https://www.bibliaonline.com.br/acf/jo/1/3+
https://www.bibliaonline.com.br/acf/hb/11/3+
 
 
63 
através do Seu fôlego (sopro), Yahweh 
criou as estrelas, os luminares e tudo que 
nos Céus existe, exatamente como está 
dito no livro de Salmos, acerca do espírito 
criador que sai da boca de Deus: 
“Envias o teu Espírito (fôlego), e são 
criados, e assim renovas a face da 
terra” (Salmos 104.30). 
Ocorre que, se Deus criou TODAS 
AS COISAS (grifo do autor) pela Sua 
Palavra e o Salmo 33.6 diz que o 
exército dos Céus foram criados pelo 
ESPIRITO DA SUA BOCA (grifo do 
autor), logo, quando Yahweh fala, sai-
Lhe um espírito de Sua boca e, pelo 
poder desse espírito, milagrosamente, 
todas as coisas são criadas: “As 
palavras que eu (Jesus) vos digo são 
espírito e vida” (João 6:63). 
https://www.bibliaonline.com.br/acf/sl/104/30+
https://www.bibliaonline.com.br/acf/jo/6/63+
 
 
64 
Assim sendo, por esse verso, 
entendemos que PALAVRA (grifo do 
autor) e ESPÍRITO (grifo do autor) de 
Yahweh são uma coisa só, ou seja, 
uma única pessoa e não duas pessoas 
distintas. 
Mas, que espírito(pneuma) teria 
saído da boca de Yahweh para criar o 
exército dos Céus, senão o ESPÍRITO 
SANTO DE YAHWEH (grifo do autor)? 
Haveria outro espírito na pessoa de Deus? 
Julgo que não! 
Portanto, as Escrituras Sagradas 
estão a assegurar que, quando Yahweh 
abriu Sua boca, na criação de todas as 
coisas, e pronunciou a Sua Palavra 
criadora (o verbo), esse ato significou o 
Espírito Santo vindo das Suas entranhas 
(do coração) e saindo pela Sua boca para 
 
 
65 
realizar as Suas obras maravilhosas, pois: 
 “A boca fala daquilo que há 
em abundância no coração” 
(Lucas 6:45); 
 “A palavra está junto de 
ti, na tua boca e no teu 
coração” (Romanos 10:8); 
 “Nem só de pão viverá o 
hmem, mas de toda palavra 
que procede da boca de Deus” 
(Mateus 4:4); 
 “Assim será a minha 
palavra, que sair da minha 
boca; ela não voltará para mim 
vazia, antes fará o que me 
apraz” (Isaías 55:11). 
 
É possível que alguém lance mão da 
questão do antropomorfismo (forma de 
https://www.bibliaonline.com.br/acf/rm/10/8+
https://www.bibliaonline.com.br/acf/is/55/11+
 
 
66 
pensamento que atribui características ou 
aspectos humanos a Deus) para dizer que 
o conceito de “boca” não pode ser 
aplicado a Yahweh (dizendo que Deus 
não possui boca), despersonalizando-O 
totalmente. 
Todavia, se o conceito de “boca” não 
pode ser aplicado a Ele, tão pouco, todos os 
demais conceitos referentes ao homem, 
tais como “olhos”, “voz”, “palavra” e até 
mesmo “pessoa”, inviabilizando, assim, 
uma infinidade de convicções e doutrinas 
religiosas, tal como a própria “Doutrina da 
Trindade” (a qual usa a expressão 
“pessoas da trindade”). 
Outrossim, quando as Escrituras 
Sagradas tratam da criação do homem à 
imagem de Yahweh e conforme Sua 
semelhança, parece mais coerente 
 
 
67 
entender que isso ocorreu no ser humano 
por inteiro (aspectos morais, intelectuais, 
espirituais e de aparência física também). 
Digo isso, pois o termo usado para 
“imagem” (zelem) aparece 17 (dezessete) 
vezes na Bíblia, sendo 12 (doze) vezes 
referindo-se a uma imagem física de 
pessoas, de ídolos e de deuses (como, por 
exemplo, em Êxodo 20.4, Deuteronômio 5.8 
e Romanos 1.23), e as outras 5 (cinco) vezes, 
relacionando o homem com outro homem 
e com Deus (Gênesis 1.26,27; Gênesis 
5.3; Gênesis 9.6). 
Além disso, há textos que retratam 
claramente a forma física de Yahweh (a 
forma do seu corpo espiritual), a qual 
Ele comunicou aos seres humanos e 
anjos, quando os criou, tais como as 
passagens que citam um “ancião de 
 
 
68 
dias” assentado sobre um trono (Daniel 
7:9,13) e um ser glorioso “semelhante a 
um homem”: “E por cima do 
firmamento, que estava por cima 
das suas cabeças, havia algo 
semelhante a um trono que parecia 
de pedra de safira; e sobre esta 
espécie de trono havia uma figura 
semelhante a de um homem, na 
parte de cima, sobre ele” (Ezequiel 
1:26). 
Outro argumento que poderia ser usado 
para manchar a clareza do Salmo 33.6 seria a 
afirmação de que a tradução mais comum 
para o termo pneuma é “respiração” (e não 
propriamente um “espírito”). Porém, 
como afirma Herman Brandt, a palavra 
pneuma é polissêmica (possui multiplicidade 
de sentidos), sendo traduzida, por exemplo, 
https://www.bibliaonline.com.br/acf/ez/1/26+
https://www.bibliaonline.com.br/acf/ez/1/26+
 
 
69 
no Velho Testamento, da seguinte maneira: 
 
“Das 389 ocorrências do substantivo 
no Velho Testamento, 113 vezes significa 
vento, 136 vezes significa o Espírito de 
Deus, 116 vezes significa fôlego do 
homem, 10 vezes relaciona-se aos 
animais e 3 vezes relaciona-se a ídolos” 
(Herman Brandt, O Espírito Santo [São 
Leopoldo, RS: Sinodal, 1985], pag. 124). 
 
Portanto, a diversidade do uso da 
palavra pneuma sugere cautela na sua 
interpretação; do contrário, o termo poderia 
ser reduzido a uma mera dimensão 
antropológica (estudo do homem), 
obscurecendo o fato de que, por sua 
natureza complexa, pneuma deve ser visto 
como um conceito “téo-antropológico” (H.W. 
Wolff, Antropologia do Antigo Testamento 
 
 
70 
[São Paulo, SP: Hagnos Ltda, 2009], 68). 
Apoiando tal raciocínio, o Reverendo 
Hermisten, em sua obra “Teologia 
Sistemática II”, acerca do termo pneuma, 
afirma: 
 
“É imperioso considerar a 
variedade de emprego do mesmo 
(pneuma), tornando-se, em 
determinados casos, necessário um 
exame cuidadoso do contexto no qual o 
termo ocorre” (Reverendo Hermisten, 
2009, pág. 131). 
 
Resumindo, no caso de Salmo 33.6, o 
contexto parece deixar claro que o escritor 
bíblico, ao usar a palavra pneuma 
(“espírito da Sua boca”), quis se referir 
ao Espírito Santo de Yahweh e não 
indicar “fôlego de vida”, “vento”, “ar” ou 
“respiração”, como referindo-se a algo 
 
 
71 
mecânico (que ocorre nos seres 
humanos e na natureza). 
Os argumentos apresentados acima já 
seriam suficientes para comprovar que 
duas das supostas “três pessoas da 
Trindade” são, na verdade, uma só. Porém, 
gostaria de convidar os leitores a lerem 
outro verso bíblico que diz o seguinte: 
“Deus é Espírito (pneuma), e importa 
que os que o adoram o adorem em 
espírito e em verdade” (João 4.24). 
Diante de mais essa verdade bíblica, 
eu perguntaria: que “espírito” (pneuma) 
seria Yahweh senão o Espírito Santo? Ou 
então, que espírito formaria o corpo 
espiritual de Yahweh? Haveria outro 
espírito senão o Espírito Santo? Julgo 
que não! 
Portanto, além de mostrar que a 
 
 
72 
Palavra de Yahweh e o Espírito Santo são 
uma só pessoa (como mostra o Salmo 
33.6), as Escrituras Sagradas também são 
inequívocas em nos revelar que Yahweh e o 
espírito santo (duas das supostas “pessoas 
distintas da Trindade”) são a 
mesmíssima e única pessoa. 
O fato é que grande parte dos teólogos 
e estudiosos dos Livros Sagrados, numa 
feroz tentativa de defender a “Doutrina da 
Trindade”, concentram seus esforços em 
provar que o Espírito Santo é Deus (uma 
verdade pura e cristalina, diga-se de 
passagem). Todavia pouquíssimos deles 
(ou quase nenhum) conseguem ler o verso 
citado assim como ele foi escrito: “Deus 
é espírito (pneuma)” (João 4:24). 
Claro que muitas conjecturas 
podem ser feitas em cima do verso 
 
 
73 
supracitado (João 4.24), no entanto, 
olhando o contexto remoto, dentro da 
perspectiva que estamos abordando, o 
apóstolo Paulo, na sua segunda carta aos 
Coríntios, faz uma afirmação 
surpreendente: “Ora, o Senhor é o 
Espírito (pneuma); e onde está o 
Espírito do Senhor, aí há liberdade” 
(2 Coríntios 3.17). 
Paulo, nessa última passagem, 
simplesmente está dizendo que o termo 
pneuma pode ser usado para indicar 
“pessoa” (incluindo a pessoa de Yahweh) 
e que o Senhor Jesus Cristo é o próprio 
Espírito (Santo). 
Assim sendo, juntando as afirmações 
contidas no Salmo 33.6, em João 4.24 e em 2 
Coríntios 3.17, podemos concluir que a 
Palavra de Yahweh, o Espírito Santo de 
 
 
74 
Yahweh e o próprio Yahweh são UM (grifo 
meu), ou seja, a mesmíssima e única 
pessoa, conforme diz 1 João 5.7: “Porque 
três são os que testificam no céu: o 
Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e 
estes três são um (concordam)”. 
Há passagens bíblicas que mostram a 
impossibilidade de se separar aquilo que 
as Escrituras comprovam ser uma unidade 
(única pessoa), como, por exemplo, a 
declaração feita pelo profeta Isaías, em 
Isaías 6.1-11, afirmando que o Pai, 
assentado em um trono, falou-lhe 
pessoalmente em uma visão (“ouvi a voz 
do Senhor que dizia...”). Contudo, o 
apóstolo João, em João 12.39- 44, disse-
nos que Isaías havia visto a Jesus Cristo 
assentado sobre tal trono, ou seja, não eram 
duas pessoas distintas, mas uma única 
 
 
75 
pessoa. 
Já, em Atos 28.25-26, o escritor 
bíblico, comentando acerca da mesma 
passagem, reputou a fala ouvida pelo 
profeta Isaías como sendo a fala do 
Espírito Santo de Deus, de tal formaque, 
quando a pessoa de Deus fala, trata-se da 
voz do Espírito Santo. Assim sendo, 
mediante essas verdades, é possível admitir 
a pluralidade de ofícios, manifestações, 
papeis e atributos, mas jamais a pluralidade 
de pessoas, caindo por terra a concepção 
filosófica da Trindade. 
Claro que as discussões não terminam 
por aqui, pois existem outras passagens 
bíblicas que precisam ser esclarecidas 
mediante as verdades que foram 
reveladas neste capítulo. 
Para tanto, vistamos o capacete da 
 
 
76 
salvação, tomemos o escudo da fé, cinjamos 
o cinturão da verdade, calcemos os sapatos 
do Evangelho da paz e empunhemos a 
espada do espírito (que é a Palavra de 
Yahweh) para prosseguirmos no combate 
e para nos protegermos dos dardos 
inflamados do maligno (Efésios 6.13-17). 
 
 
77 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
78 
TERCEIRO CAPÍTULO 
 
 
 
 
Onipotência e Onipresença de Deus.
 
79 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
80 
 
 
A onipotência e a onipresença divinas 
 
 
 
 
Seria trágico se não fosse cômico o fato 
de grande parte dos teólogos 
contemporâneos confessarem, em seus 
escritos, que não acreditam, de fato, que 
Yahweh tenha poder para estar em dois 
ou mais lugares ao mesmo tempo quando 
se referem à “Doutrina da Trindade”, 
ignorando, praticamente, os atributos da 
onipotência1 e onipresença2 divinas, 
_________________ 
1 Onipotência: capacidade de fazer tudo; de 
não ter nenhum tipo de dificuldade; todo-
poderoso. 
2 Onipresença: qualidade ou condição do 
que está em todos os lugares ao mesmo 
tempo. 
 
 
81 
grandemente enaltecidos, por exemplo, no 
Salmo 139. 
Isso parece ficar claro quando a maior 
parte desses estudiosos prefere virar as 
costas para as verdades bíblicas e lançar 
mão de uma doutrina de origem 
duvidosa (a “Doutrina da Trindade”), 
sustentada em conceitos filosóficos, 
usando-a inclusive para determinar, 
segundo o que pensam, quem é cristão (e 
vai para o céu) e quem não passa de um 
herege (e, consequentemente, está 
condenado ao lago de fogo). 
O fato é que essa “fórmula pronta” nos 
revela claramente que os teólogos foram (e 
estão sendo) condicionados a ler as 
Escrituras Sagradas com os óculos do 
cristianismo romano, profundamente 
arraigado na cultura ocidental e transmitida 
 
82 
de geração em geração pelos seminários 
teológicos. 
Mas, olhando para as verdades 
bíblicas (como as explicitadas pelo Salmo 
139 que trata da onipresença), quem, em 
sã consciência, poderia garantir que, há 
quase dois mil anos atrás, Yahweh não 
tenha tido poder para estar assentado no 
trono e, ao mesmo tempo: 
 Fazer-se homem no ventre 
de uma mulher (João 1.14); 
 Ser em tudo semelhante aos 
homens (Hebreus 2.17); 
 Esvaziar-se da Sua glória, ou 
seja, dos atributos incomunicáveis3 
(Filipenses 2.7); 
_________________ 
3Atributos incomunicáveis: qualidades que o 
supremo Deus não compartilha com nenhuma das 
suas criaturas, tais como: onipotência, 
onipresença, onisciência, eternidade, auto-
existência, unicidade e imutabilidade. 
 
83 
 Ausentar-se de si próprio por 
quase 33 anos, constituindo-se em duas 
pessoas distintas durante esse período 
(João 1:8, João 3.13; João 8.17-18 e 
Hebreus 1.1-3); e 
 Oferecer-se (enquanto um 
homem perfeito) como sacrífico vivo 
pelo pecado de toda a humanidade, 
derramando Seu sangue, na morte, 
pelos pecadores (2 Coríntios 5. 19; Isaías 
53.4-5 e João 19.30)? 
 
Salvo erro, é exatamente isso que tais 
versos bíblicos nos revelam, ou seja, que 
Yahweh foi capaz de estar assentado no 
trono e, ao mesmo tempo, de forma 
milagrosa, fazer-se perfeitamente homem no 
ventre de uma mulher, estando, enquanto 
Palavra de Deus, lá no céu e aqui na terra 
 
84 
simultaneamente (João 3:13 e João 1:18). 
Para tanto, Ele obrigou-se a esvaziar-se 
da Sua glória (dos atributos incomunicáveis), 
para que, na forma humana, tivesse 
condições de receber o pecado da 
humanidade e pudesse morrer pelos 
pecadores, realizando assim um sacrifício 
perfeito. 
Em outras palavras, o todo poderoso 
Yahweh milagrosamente, por cerca de 33 
anos, tornou-se duas pessoas distintas, 
porém, ambas perfeitamente Deus, de tal 
sorte que uma delas permeneceu no céu, 
assentada sobre trono da Sua glória, com 
todos os atributos, e a outra se fez carne no 
ventre de uma mulher, esvaziando-se dos 
atributos incomunicáveis, para que pudesse 
tornar-se um homem perfeito e viesse a 
nascer, crescer e morrer pelos pecadores, 
 
85 
sem, contudo, deixar de ser o próprio 
Yahweh. 
Claro que é plenamente 
compreensível a dificuldade da mente 
humana em conhecer o real significado dos 
atributos da onipresença e onipotência 
divinas, visto que o ser humano possui 
um raciocínio linear4 . 
No entanto, com a mente de Cristo é 
plenamente possível alcançar luz para 
enxergar as verdades bíblicas assim como 
elas verdadeiramente são, despindo-se dos 
óculos das religiões e de seus dogmas, 
principalmente aqueles que tiveram origens 
bastante obscuras, como é o caso da 
“Santíssima Trindade”. 
_________________ 
4 Linear: é o modo mais predominante do 
homem pensar, em que o objeto de estudo é 
dividido em várias partes e, em seguida, é feito 
uma análise de cada parte em separado. 
 
86 
Cheios do Espírito Santo é possível 
compreender que, há dois mil anos atrás, a 
Palavra de Deus foi capaz de caminhar sobre 
a Terra e, ao mesmo tempo, pelo atributo da 
onipresença, continuar sustentando todas as 
coisas que foram criadas. De tal forma que as 
leis que regem o universo se mantiveram 
intactas, sem que o mundo se tornasse um 
caos e perdesse a direção, subsistindo na 
mais perfeita ordem e harmonia: “...todas 
as coisas subsistem por ele (Jesus)” 
(Colossenses 1:17) e “O qual (Jesus), 
sendo o resplendo da sua glória, e 
sustentando todas as coisas pela 
palavra do seu poder... assentou-se 
à destra da majestade na auturas ” 
(Hebreus 1:3). 
Contudo, para os que preferem crer em 
filosofias humanas, que dividem Yahweh em 
https://www.bibliaonline.com.br/acf/hb/1/3+
 
87 
três pessoas eternamente distintas, podemos 
dizer que se cumpre neles a seguinte 
profecia: “O Deus deste século, cegou o 
entendimento dos incrédulos, a fim 
de que não vejam a luz do Evangelho 
da glória de Cristo, que é a imagem 
de Deus” (2 Coríntios 4:4). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
88 
QUARTO CAPÍTULO 
 
 
 
O verbo eterno se fez carne.
 
 
89 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
90 
 
Quem é verdadeiramente Jesus Cristo? 
 
 
 
 
O Livro de Apocalipse traz, em seu 
conteúdo, uma informação bastante 
esclarecedora acerca da pessoa de Jesus 
Cristo: “E vi o céu aberto, e eis um 
cavalo branco; e o que estava 
assentado sobre ele chama-se Fiel e 
Verdadeiro; e julga e peleja com 
justiça. E os seus olhos eram como 
chama de fogo; e sobre a sua cabeça 
havia muitos diademas; e tinha um 
nome escrito, que ninguém sabia 
senão ele mesmo. E estava vestido 
de veste tingida em sangue; e o 
nome pelo qual se chama é a 
Palavra de Deus” (Apocalipse 19.11-
 
 
91 
13). 
Mediante tal verdade bíblica, 
entendemos que Jesus Cristo nada mais é 
do que a Palavra de Yahweh que se fez 
carne e habitou entre nós há quase dois mil 
anos, exatamente como disse o apóstolo 
João pelo Espírito Santo: “E o Verbo se 
fez carne, e habitou entre nós, e 
vimos a sua glória, como a glória do 
uni- gênito do Pai, cheio de graça e 
de verdade” (João 1.14). 
Ou seja, Jesus Cristo, enquanto 
Filho de Yahweh, passou a existir 
somente há dois mil anos atrás, sendo, antes 
disso, a eterna Palavra de Yahweh, ou o 
espírito que saiu da Sua boca para criar 
todas as coisas (Salmo 33.6), proveniente 
das Suasentranhas santas (do Seu 
coração), uma vez que, como vimos, 
 
 
92 
segundo a Bíblia: “A boca (também a de 
Yahweh) fala daquilo que há em 
abundância no coração” (Mateus 
12.34). 
Há teólogos que acreditam que 
Yahweh gerou Seu Filho na eternidade, 
um pensamento que parece existir 
unicamente para dar suporte à “Doutrina 
da Trindade”. Todavia parece-nos que tal 
ideia não guarda nexo algum com as 
Escrituras Sagradas, pois afetaria a suposta 
“eternidade do Filho” (apregoada pelo 
catolicismo romano). 
A geração do Filho na eternidade faria 
com que houvesse um tempo em que, na 
eternidade, Ele não existia (antes de Sua 
geração), não sendo, portanto, eterno. 
Por isso, biblicamente falando, parece 
estar claro que a geração do Filho ocorreu, 
 
 
93 
de fato, há quase dois mil anos atrás, sendo 
Ele, antes disso, tão somente a eterna 
Palavra de Deus: “Tu és meu filho; eu 
hoje te gerei” (Salmos 2:7). 
Aliás, se olharmos para a geração de 
Jesus Cristo, por exemplo, já encontramos 
um problema sério para a ideia de que 
existem “três pessoas distintas” em 
Yahweh, pois as Escrituras Sagradas 
mostram: 
 Yahweh dizendo que Jesus 
era Seu filho e que Ele o havia gerado 
(Salmos 2.7), sendo, portanto, Seu 
Pai; 
 O Anjo Gabriel dizendo a Maria 
que a criança que estava em seu ventre 
havia sido gerada pelo espírito santo 
(Mateus 1.18,20), transferindo a 
paternidade à suposta “terceira pessoa da 
 
 
94 
Trindade”; e 
 O apóstolo João nos 
assegura que “O verbo se fez 
carne”, por si mesmo (João 1.14). 
 
O fato é que a geração milagrosa da 
Palavra de Yahweh no ventre de Maria 
ocorreu sem a participação humana, de 
sorte que Maria foi, tão somente, a gestora 
(fez a gestação), como uma espécie de 
“barriga de aluguel”1. Isto porque, se 
___________________ 
1 Barriga de aluguel: nome popular dado à 
gestação por substituição que representa um 
tratamento utilizado quando determinada 
mulher não pode engravidar, seja pelo fato de 
não ter útero ou pela presença de doenças 
graves que contraindicam a gravidez, mas tem 
óvulos capazes de gerar um bebê. Nesta 
situação, este casal gera o embrião através de 
técnicas de fertilização in vitro (FIv), o qual é 
transferido para o útero de outra mulher, que 
“carrega” o bebê por 9 meses e dá a luz. Após o 
nascimento, o bebê é devolvido aos pais 
biológicos. 
 
 
 
95 
tivesse havido participação dela na geração 
do Filho de Deus, Jesus teria nascido com a 
semente do pecado (Romanos 5.12). 
Talvez, há algumas décadas, fosse 
difícil compreender a ideia da gestação por 
substituição (“barriga de aluguel”), mas, 
no século atual, isso é muito simples, 
pois, conforme fatos reais, noticiados pela 
imprensa, se um óvulo de uma 
mulher negra fecundado por um 
espermatozoide de um homem negro 
(embrião) for introduzido no ventre de 
uma mulher branca, a fim de que esta 
realize a gestação, a criança nascerá negra, 
provando que a única participação da 
mulher branca no processo da gestação é a 
nutrição da criança, ou seja, sem 
participação genética alguma (Prodham, 
2002). 
 
 
96 
Assim sendo, Maria não foi a mãe 
biológica do Filho de Deus, mas uma mãe 
adotiva que teve o ventre santificado pela 
Sua presença (e somente isso), pois ela 
também precisava crer em Jesus para ser 
salva. 
Vendo dessa maneira, fica fácil 
entender que Jesus, de fato, foi o “segundo 
Adão” (1 Coríntios 15.45), gerado em 
estado de perfeição moral (sem pecado), 
trazendo, como o primeiro Adão, a imagem 
e a semelhança de Deus (Hebreus 1.3), ou 
seja, possuindo todos os Seus atributos 
morais, porém vazio dos atributos 
inerentes. 
Mas, se a Palavra de Deus esvaziou-se 
dos atributos inerentes, então como Jesus 
realizava os sinais, prodígios e maravilhas? 
E como Ele conhecia os acontecimentos 
 
 
97 
futuros, os pensamentos e os sentimentos 
humanos? 
Pelo simples fato de que se cumpriu 
n’Ele o que estava profetizado em Isaías 
11.2, Isaías 42.1 e Isaías 61.1. Ou seja, 
quando Jesus foi batizado nas águas do rio 
Jordão (Mateus 3.16 e Lucas 3.22), o 
Espírito Santo (a plenitude da divindade) 
desceu sobre Ele sem medida (João 3.34) e 
Lhe deu todo o poder para realizar os 
milagres, para conhecer os mistérios dos 
corações dos homens e para penetrar nas 
profundezas de Deus (João 8.55). 
Aliás, o próprio Jesus confessou, em 
certa ocasião, que não era Ele quem 
realizava os sinais, prodígios e 
maravilhas, mas o Pai que estava n’Ele era 
quem os operava, não podendo de si 
mesmo fazer coisa alguma (João 14.10-11 e 
 
 
98 
João 5.19). Será que Ele teria mentido? 
Claro que não! 
Vejamos o que dizem as Escrituras 
Sagradas a respeito da ausência, em Jesus 
Cristo, dos atributos da onipotência, 
onisciência e onipresença: 
 Onisciência: “Mas daquele 
dia ou daquela hora ninguém 
sabe, nem os anjos no céu, nem 
o Filho, senão só o Pai” (Marcos 
13.32). Como aceitar a ideia ilógica e 
absurda, defendida pelos 
adoradores da Trindade, de que 
Jesus tinha o poder da onisciência, 
mas “escolheu não saber”? Como 
acreditar na heresia de que só o Pai 
sabia o dia e a hora da volta de Jesus, 
mas o Espírito Santo (que em Jesus 
estava e que conhece as profundezas e os 
 
 
99 
pensamentos de Deus) não sabia, 
tornando estes dois (Filho e espírito 
de Deus), automaticamente, 
submissos e inferiores ao Pai? 
 Onipresença: “Então Jesus 
lhes disse claramente: Lázaro 
morreu; e, por vossa causa, folgo 
de que eu lá não estivesse, para 
que creiais; mas vamos ter com 
ele” (João 11.14,15). Será que mais 
uma vez Ele fez de conta que não 
estava lá pessoalmente, mas no 
fundo estava? 
 Onipotência: “E, 
chegando-se Jesus, falou-lhes, 
dizendo: É-me dado todo o poder 
no céu e na terra” (Mateus 28.18). 
Essa passagem mostra claremente 
que Jesus não possuia todo o poder, 
 
 
100 
mas recebeu-o quando ressuscitou, 
ou será que Ele era onipotente, mas fez 
de conta que não tinha todo o poder? 
 
Por essas verdades bíblicas é que os 
homens devem dar glória e honra ao grande 
Deus, o qual, por infinito amor, obrigou-se 
a: 
 Esvaziar-se de si mesmo, 
fazendo-se, em tudo, semelhante aos 
homens (Filipenses 2.7 e Hebreus 
2.17); e 
 Depositar nas mãos do homem 
Jesus Cristo (Sua encarnação) os 
destinos dos Céus e da Terra (Mateus 
11.27 e João 13.3). 
 
Na pessoa daquele homem 
(“corporalmente”), estavam escondidos 
 
 
101 
todos os tesouros da ciência e da 
sabedoria divinas (reservados àquele que 
crer), bem como toda a obra da 
reconciliação, tanto das coisas que estão 
nos Céus como as que estão na Terra 
(Colossenses 1.20, Colossenses 2.3 e 
Efésios 1.10). 
Enquanto em nós, seres humanos, só 
havia as trevas do pecado, o vazio, a 
desolação e a vaidades, habitava n’Ele (e 
não em qualquer outro), a plenitude de tudo 
que diz respeito à vida, sendo, Ele próprio, a 
plenitude da divindade (para os que 
estavam irremediavelmente condenados à 
morte eterna), e não uma mera sombra, ou 
uma história que alguém havia 
contado. 
Jesus era a realidade divina (em toda a 
sua plenitude) descrita nas profecias; era a 
 
 
102 
imagem exata das coisas: o nosso altar, o 
nosso sacrifício, o nosso sacerdote, o 
nosso incenso, o nosso tabernáculo, o 
nosso tudo em todos (Hebreus 10.1 e 
Colossenses 3.11); era a expressão 
perfeita da glória de Yahweh (Hebreus 
1:3); e, enquanto Palavra de Deus 
(Apocalipse 19.13), Jesus é o princípio e o 
fim de todas as coisas (Apocalipse 2.8), em 
quem, por quem e para quem foram 
criadas todas as coisas que estão nos 
Céus e na Terra (João 1.3 e Colossenses 
1.16). 
Glória, pois, a Ele eternamente!!! 
Amém!!! 
 
103 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
104 
QUINTO CAPÍTULO 
 
 
 
Jesus Cristo, homem. 
 
 
105106 
 
 
 
A Palavra esvaziou-se da sua glória ou 
acrescentou a natureza humana ao seu 
ser? 
 
 
 
 
Para entendermos melhor o que 
significa o esvaziamento da Palavra de 
Yahweh, gostaria de citar uma parábola 
retirada de um site evangélico chamado 
“Encontro com a Verdade”1, de 27 de 
junho de 2013, intitulada “Trindade ou 
Unicidade”, que, parafraseado, diz o 
seguinte: 
__________________ 
1 Encontro com a Verdade: 
http://evangelhoeternoaverdade. blogspot. com/ 
2013/07/trindade-ou-unicidade.html. 
 
 
107 
 
 
“Não há sentido em dizer que um 
sujeito extremamente rico abriu 
mão da sua riqueza, caso ele não 
tenha assinado um documento e 
transferido, de fato, toda a sua 
riqueza para outrem. Somente 
assim, essa pessoa poderia dizer que 
verdadeiramente se tornou pobre. 
Todavia, se tal pessoa apenas disse 
que abriu mão da sua riqueza, mas 
não foi ao cartório e não transferiu 
todos os seus bens a outrem, ela não 
tornou-se pobre de fato, mas apenas 
fez de conta que abriu mão da sua 
riqueza, continuando a ser a 
verdadeira dona dos bens (ou seja, 
não passou de uma grande 
hipocrisia)”. 
 
Portanto, se a Palavra de Deus não 
tivesse se despojado dos seus atributos 
 
 
108 
incomunicáveis, para que, através da 
morte, pudesse condenar o pecado na 
carne, Ela jamais teria sido um ser 
humano à semelhança dos demais e Seu 
sacrifício não teria sido perfeito (tornando-
se inválido). 
Alguns teólogos, para sustentar o 
insustentável, sugerem que Deus tenha 
acrescentado a natureza humana à divina, 
de forma que ora a Palavra de Yahweh 
(feita carne) agia como Deus e ora como 
homem. Contudo, se assim fosse, Deus 
não teria se esvaziado, mas, acrescentado 
algo ao Seu ser contrariando as próprias 
Escrituras (Filipenses 2:7). 
Portanto, se o esvaziamento não 
ocorreu de fato, não haveria sinceridade 
nas seguintes palavras do apóstolo Paulo: 
“Pois conheceis a graça de nosso 
 
 
109 
Senhor Jesus Cristo, que sendo rico, 
se fez pobre por amor de vós, para 
que, pela sua pobreza, vos 
tornásseis ricos” (2 Coríntios 8.9). 
Outro detalhe importante é o fato da 
Bíblia declarar que a Palavra de Deus 
(feita carne) tornou-se menor do que os 
anjos quando desceu a estas partes baixas 
da terra (Hebreus 2.7). Se isso ocorreu de 
fato, necessariamente a infinita e eterna 
Palavra de Yahweh despojou-se dos Seus 
atributos inerentes, caso contrário, com 
toda a Sua glória, Ela jamais teria sido feita 
menor do que os anjos. 
Em outra passagem bíblica, está dito 
que “em tudo” a Palavra de Yahweh 
tornou-se semelhante aos homens 
(Hebreus 2.7). Salvo erro, tal afirmação 
bíblica comprova de modo categórico que 
 
 
110 
houve o real esvaziamento dos atributos 
inerentes de Yahweh para que a Palavra 
(feita carne) fosse um homem perfeito. 
A não ser é claro que creiamos (como 
defendem certas religiões) que Jesus era 
uma espécie de “deus menor”, ou um 
“semideus”, ou uma espécie de “divindade 
humana” (na essência da palavra: 
deus+homem), ignorando as verdades 
bíblicas aqui apresentadas, fazendo coro 
com os católicos romanos ao repetir o 
sofisma: “não podemos compreender 
perfeitamente, pois tudo isso faz parte 
do mistério da Santíssima Trindade”. 
A grande verdade bíblica, pelas 
razões ora expostas, é que a Palavra de 
Yahweh despojou-se de seus atributos 
incomunicáveis para tornar-se um ser 
humano perfeito (como o primeiro Adão), 
 
 
111 
possuindo, tão somente, todos os atributos 
morais de Yahweh e mantendo a 
identidade de verdadeiro Deus e vida eterna 
(1 João 5.20). 
Aliás, é exatamente isso que o 
apóstolo João (um judeu que condenava o 
politeísmo [adoração a mais de um deus]), 
inspirado pelo Espírito Santo, numa 
afirmação clara e cristalina, disse acerca 
de Jesus: “Este é o verdadeiro Deus 
(Yahweh) e a vida eterna” (1 João 
5.20). 
Há uma versão da Bíblia em 
português, escrita por João Biermanski2, 
que, buscando mostrar as principais 
falsificações do Novo Testamento das 
Bíblias atuais e recolocar os versos em sua 
_______________ 
2
A Bíblia Sagrada: excerto do Novo testamento de 
João Ferreira A. de Almeida, por João Biermanski. 
 
 
112 
origem, reflete melhor a passagem 
supracitada (1 João 5.20) nos seguintes 
termos: “Porém sabemos que já o 
Filho de Yahweh é vindo, e nos tem 
dado entendimento, para 
conhecermos o verdadeiro (o Todo-
Poderoso YAHWEH Elohim3/D-us , o 
Pai); e no verdadeiro (o Elohim/D-us, 
o Pai) estamos, e em seu Filho 
Yahshua o Messias. Este é o Elohim 
(D-us) verdadeiro (YAHWEH, o Pai) e 
a vida eterna” (1 João 5.20). 
Mediante tal verdade bíblica, é possível 
compreender as constantes orações que a 
Palavra (feita carne) dirigia a Yahweh, não 
como uma mera prática pedagógica ou 
_______________ 
3 Elohim: é um substantivo que se refere a 
Deus, usado na língua hebraica moderna e 
antiga. 
 
 
113 
um “jogo de faz-de-conta”, mas como 
algo que indicava 
Sua real dependência de Yahweh 
para realizar as obras, para resistir ao 
pecado e para vencer a morte (como um 
perfeito ser humano). Por sinal, a morte de 
Jesus é algo que tira o sono dos 
defensores da Trindade, pois não há base 
bíblica alguma para afirmar que, 
possuindo a imortalidade divina, Jesus 
pudesse vir a morrer. 
A morte está em completa 
oposição a Yahweh (a fonte da vida), por 
isso é preciso recorrer às filosofias 
humanas e extra bíblicas, a fim de 
arrumar uma explicação para o paradoxo 
da morte do chamado “deus-filho” (da 
“Santíssima Trindade Católica”). No 
entanto, sendo um verdadeiro homem, que 
 
 
114 
recebeu a unção do Espírito Santo (no 
batismo), é fácil compreender o motivo que 
levou Jesus, na hora da morte, a bradar: 
“Eli, Eli, lamá sabactâni?” [Deus meu, 
Deus meu, por que me desamparaste?], 
pois, naquele momento, Ele experimentou a 
retirada do Espírito Santo de Seu 
maravilhoso ser (Mateus 27:46). 
A matéria “O Deus que se Tornou um 
ser humano”4, postada em 26 de janeiro de 
2011, pela Igreja de Deus Unida, trata com 
muita propriedade do processo de 
encarnação, aperfeiçoamento (Hebreus 5.9 
ARA e NVI5) e morte de Jesus (Bill, 2010). 
__________________ 
4A Igreja de Deus Unida: 
 https://portugues.ucg.org/ferramentas-de-estudo- da-
biblia/ guias-de-estudo/a-verdadeira-historia-de-
jesus-cristo/o-deus- que-se-tornou-um-ser-
humano. 
5 ARA: versão Almeida Revista e Atualizada da 
Bíblia Sagrada; e NVI: Nova versão 
Internacional da Bíblia Sagrada. 
 
 
115 
Especificamente sobre a morte da 
Palavra que se fez carne, o autor de tal 
matéria diz: 
“Algumas pessoas não gostam de 
contemplar essa possibilidade quando 
se diz respeito a Deus, ou seja, de Ele 
poder morrer. Como Deus poderia 
deixar de existir? Como um ser 
espiritual, infinito e imortal, Ele não 
podia. Mas quando Ele se ofereceu 
para se tornar um ser humano e 
possuir todos os atributos e a 
existência física da natureza humana, 
então Ele poderia morrer. E, de fato, 
Ele morreu, e, quando morreu, Ele 
estava realmente morto. Se Ele não 
tivesse realmente morrido, da mesma 
forma que qualquer um de nós 
morre, então, a Sua vida não 
poderia ser um substituto autêntico da 
nossa, isto é, a Sua vida pela nossa” 
(United Church of God). 
 
 
116 
A Bíblia diz, de forma clara, que Deus 
não pode, em hipótese alguma, ser tentado 
pelo mal (Tiago 1:13). Logo é impossível que 
houvesse naquele homem (em Jesus 
Cristo) os atributos incomunicáveis de 
Deus, pois, segundo o escritor bíblico, 
Jesus, em tudo, foi tentado (Hebreus 2.18, 
Hebreus 4.15, Isaías 7.15). 
Além do que, seria inconcebível 
acreditar que aquele que não pode mentir 
tenha participado de uma representação 
teatral, sem que houvesse possibilidade de 
queda. Mesmo porque, Jesus confessou 
com Seus lábios, quando ia ser entregue 
aos romanospara a crucificação, que 
precisava, Ele próprio, vigiar para não 
entrar em tentação (Tito 1.2 e Mateus 
26.4). 
Depois de ressuscitado, há, na 
 
 
117 
Bíblia, revelações bastante 
interessantes a respeito da pessoa de 
Jesus, as quais acabam por colocar em 
xeque alguns conceitos aceitos como 
verdade por muitos teólogos. São 
passagens que parecem ratificar a 
humanidade pura e simples de Jesus e 
Sua total dependência do Pai, tais 
como: 
 Ele apresentou-se aos 
discípulos, dizendo que tinha 
carne e osso, não sendo um 
espírito, ou seja, seu corpo 
ressurreto estava tomado pelo 
poder de Deus (o Espírito Santo), 
tornando-O incorruptível (Lucas 
24.39); 
 Ele disse não saber o dia 
da Sua volta, tão pouco o Espírito 
 
 
118 
Santo, mas unicamente o Pai 
(Mateus 24.36), inviabilizando, 
assim, a possibilidade de existirem 
três pessoas distintas e de 
coexistir, em Jesus, a humanidade 
e os atributos imanentes); 
 Ele deu instruções aos 
discípulos pelo Espírito Santo e 
não por si mesmo (Atos 1.2), o que 
mostra que a capacidade de Jesus 
vinha totalmente do Pai, mesmo 
depois de ressurreto (incluindo a 
incorruptibilidade), sendo 
glorificado apenas quando foi 
elevado ao céus. 
 
Portanto, alguns conceitos muito 
utilizados pela cristandade acerca de 
Jesus precisam ser melhor explicados, 
 
 
119 
como a máxima que diz que “Jesus é 
100% Deus e 100% homem”. A Bíblia 
nos mostra que Jesus, enquanto 
Palavra de Deus, é o verdadeiro Deus (1 
João 5.20), porém Ela também nos 
mostra que Ele esvaziou-se dos 
atributos inerentes e se fez um homem 
perfeito em todos os aspectos (Hebreus 
2:14-17). 
Claro que alguns apoiadores da 
Doutrina da Trindade irão afirmar que 
apenas o corpo de Jesus morreu e que 
o “ser espiritual”, interior ao corpo, 
continuou a viver, confirmando a 
crença no conceito platônico de que o 
“corpo é a prisão da alma”. 
Tal tentativa de desmerecer as 
verdades bíblicas são bastante 
plausíveis, pois uma inverdade acaba 
 
 
120 
por originar outra, e assim 
sucessivamente. Contudo, o profeta 
Isaías nos revela que, além do corpo, 
Jesus “derramou a sua alma na 
morte” (Isaías 53:12), o que é bastante 
ineteressante, sobretudo no caso dos 
trinitarianos que não acreditam que o 
homem é um ser integral (holismo), 
mas apostam que ele é um “ser 
indenpendente do corpo”. 
Claro que alguns poderão 
argumentar que a palavra “alma”, 
nesse caso, quer dizer tão somente 
“vida”, ou “sangue”, ou qualquer outra 
coisa que não seja o “ser interior”, 
negando, assim, seus próprios 
conceitos e mostrando a clara 
tendenciosidade das suas palavras. No 
entanto, nas mesma passagem de 
 
 
121 
Isaías, fica claro, no v.11, que o profeta 
não estava falando de “sangue” e nem 
de “vida”, mas do trabalho realizado 
pelo ser humano Jesus como um todo 
(integral). 
A grande verdade bíblica é que 
podemos dizer que, de uma maneira real e 
concreta, em Cristo, o infinito Deus se fez 
finito; o eterno Deus se fez mortal; o 
onipotente Deus limitou-se ao poder 
humano; o onipresente Deus limitou-se a 
ser apenas presente; o onisciente Deus 
limitou-se a ser somente ciente; o imutável 
Deus se fez mutável (em termos físicos); o 
Senhor de todas as coisas se fez servo; o 
invisível Deus se fez visível; aquele que não 
pode ser tentado, deixou-se tentar; e aquele 
que é três vezes Santo, tornou-se maldição 
por nós. 
 
122 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
123 
SEXTO CAPÍTULO 
 
 
Assembleia celestial. 
 
 
124 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
125 
 
 
 
“Façamos o homem à nossa imagem e 
conforme a nossa semelhança” 
 
 
 
Nos capítulos anteriores, pudemos 
entender que Jesus nada mais é do que a 
própria Palavra de Yahweh (que se fez 
carne), ou o Espírito Santo que saiu da 
boca de Yahweh para criar todas as coisas 
(Salmo 33.6), proveniente do Seu 
coração, uma vez que, como dito 
anteriormente, a boca fala daquilo que o 
coração está cheio (Mateus 12.34). 
Portanto, quando Yahweh criou 
todas as coisas por meio da Sua eterna 
Palavra, Ele não poderia estar falando 
 
 
126 
com Ela ou com o Seu espírito, pois 
ambos são a Sua própria pessoa. Mas, 
então, com quem Yahweh teria falado 
quando criou o homem, dizendo: 
“Façamos o homem à nossa imagem, 
conforme a nossa semelhança” 
(Gênesis 1.26)? 
As Escrituras Sagradas mostram, no 
Livro de Jó, que, por ocasião da criação de 
todas as coisas, havia seres celestiais 
contemplando as obras criadoras de 
Deus: “Onde estavas tu, quando eu 
fundava a terra? Faze-mo saber, se 
tens inteligência. Quem lhe pôs as 
medidas, se é que o sabes? Ou quem 
estendeu sobre ela o cordel? Sobre 
que estão fundadas as suas bases, 
ou quem assentou a sua pedra de 
esquina, quando as estrelas da alva 
 
 
127 
juntas alegremente cantavam, e todos 
os filhos de Deus jubilavam?” (Jó 38.4-
7). 
Assim sendo, Yahweh só poderia estar 
falando com tais criaturas, ou seja, com os 
anjos, os quais já existiam quando o homem 
foi criado. Aliás, a Bíblia nos mostra que Deus 
sempre usou tais seres celestiais para realizar 
Suas obras, os quais, segundo as Escrituras 
Sagradas, possuem, como os homens, a 
semelhança de Deus: “Boca a boca falo 
com ele, claramente e não por 
enigmas; pois ele vê a semelhança do 
Senhor; por que, pois, não tivestes 
temor de falar contra o meu servo, 
contra Moisés?” (Números 12.8). 
Eis algumas passagens que comprovam a 
ação angelical realizando as obras de Yahweh 
tanto no Velho como no Novo Testamento: 
 
 
128 
 “...pela mão do anjo que 
lhe aparecera na sarça...com o 
ANJO (grifo meu) que lhe falava 
no monte Sinai” (Atos 7.35,38); 
 “Vós que recebestes a lei 
por ministério de ANJOS (grifo 
meu) e não a guardastes” (Atos 
7.53); 
 “Logo, para que é a lei? 
Foi ordenada por causa das 
transgressões, até que viesse a 
posteridade a quem a promesa 
tinha sido feita; e foi posta 
pelos ANJOS (grifo meu) na mão 
de um medianeiro. Ora, o 
medianeiro não o é de um só, 
mas Deus é um” (Gálatas 3.18-
19); 
 “Porque, se a palavra 
 
 
129 
falada pelos ANJOS (grifo meu) 
permaneceu firme, e toda a 
transgressão e desobediência 
recebeu a justa retribuição” 
(Hebreus 2.2); e 
 “Em todas as agruras e 
crises do seu povo ele também 
se afligiu, e o ANJO (grifo meu) 
da sua presença os salvou. Em 
sua extrema compaixão e em 
seu amor misericordio so ele os 
resgatou; foi ele que sempre os 
acompanhou e os conduziu nos 
tempos passados” (Is 63.9). 
Tais passagens nos revelam a 
importância da participação dos anjos nas 
obras de Yahweh, os quais, por vezes, 
receberam o próprio nome de Deus 
(Êxodo 23.21) ou foram referenciados, 
 
 
130 
nas Escrituras Sagradas, como se fossem 
o próprio Deus, pelo uso da expressão 
“face-a-face” (Números 12.8), até porque a 
Bíblia diz que Yahweh nunca foi visto 
por alguém (João 1.18). 
Outro exemplo claro da 
importância dada por Yahweh aos 
anjos está em Êxodo 3.7-8, quando 
vemos um anjo designado por Deus, 
falando em nome d’Ele e usando a 
primeira pessoa do singular (“eu”): 
“Disse ainda o SENHOR: 
Certamente, vi a aflição do meu 
povo, que está no Egito, e ouvi o seu 
clamor por causa dos seus 
exatores. Conheço-lhe o sofrimento; 
por isso, DESCI (grifo meu) a fim de 
LIVRÁ-LO (grifo meu) da mão dos 
egípcios e para fazê-lo subir 
 
 
131 
daquela terra a uma terra boa e 
ampla, terra que mana leite e 
mel...” (Êxodo 3.7-8). 
Até mesmo para certas decisões, 
Yahweh consulta Seus anjos, acatando 
Seus conselhos, o que nos faz crer que 
eles não são meros expectadores: “E 
disse o SENHOR: Quem induzirá 
Acabe, para que suba, e caia em 
Ramote de Gileade? E um dizia 
desta maneira e outro de outra. 
Então saiu um espírito, e se 
apresentou diante do SENHOR,

Continue navegando