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DEGENERAÇÃO CELULAR - GLICOGÊNICA - MUCOIDE - HIALINA Relembrando e resumindo o conteúdo da aula passada... Lesões celulares reversíveis: • Danos celulares não letais, caracterizados por um acúmulo intracelular de quantidades anormais de determinadas substâncias, devido a alterações metabólicas das células. As lesões celulares reversíveis são estudadas à partir das degenerações celulares. Degeneração hidrópica: • acúmulo de água e eletrólitos no citoplasma das células; • lesões diretas ou indiretas a bomba de sódio e potássio: • características microscópicas e macroscopicas: • vacuolizações citoplasmáticas. Degeneração gordurosa: • acúmulo de lipídios no citoplasma das células; • defeitos no metabolismo e exportação de lipídios: • características microscópicas e macroscópicas: • macro e micro gotículas lípidicas. Degeneração glicogênica: acúmulo de glicogênio Degeneração hialina: acúmulo de proteínas Degeneração hidrópica: acúmulo de água e eletrólitos Degeneração gordurosa: acúmulo de lipídeos Degeneração mucoide: acúmulo de muco Degeneração Hialina • Definição: processos degenerativos mais grave decorrentes do metabolismo proteico alterado com consequente acúmulo de proteínas no meio intra ou extracelular. Degenerações Hialinas Degeneração hialina goticular (Tub.contorcido – néfrons) Corpúsculos de Russell (plasmócitos) Degeneração hialina de Zenker (defeitos no dobramento da proteína) Queloide Amiloidose Intracelulares Acúmulo de proteínas sob a forma de pequenos grânulos no citoplasma das células Extracelulares Acúmulo de proteínas nos interstícios (entre as células), tecidos e parede de vasos sanguíneos (endotélio) Degeneração Hialina Goticular Néfron: unidade de filtração dos rins 1) glomérulos cápsula de Bowman ou cápsula renal 2) T.C.P 3)A.H 4) T.C.D Fisiologia Renal 4) Túbulo contorcido distal: células tubulares renais contém bombas de sódio e potássio (passível da ocorrência de degeneração hidrópica!) 1) Glomérulos realizam a filtração sanguínea produzindo o “filtrado glomerular’’ 2) Túbulo contorcido proximal: reabsorção de substâncias úteis ao organismo pelas células tubulares renais 3) Alça de Henle: reabsorção de água 5) Túbulo coletor conduz o filtrado glomerular, agora já designado como urina, aos ureteres, bexiga e uretra para excreção ureteres 5) T.C bexiga uretra Fisiologia Renal Glomérulos Podócitos: bloqueiam a passagem de proteínas (macromoléculas) Podócitos: células que formam uma barreira de filtração glomerular, restringindo, principalmente, a passagem de proteínas para composição do filtrado glomerular Glomérulos e podócitos Patogenia Degeneração Hialina Goticular comprometem a integridade dos podócitos proteínas serão capazes de transpor as barreiras dos podócitos e compor o filtrado glomerular células do túbulo contorcido proximal reabsorvem essas proteínas que fundem-se com os lisossomos formando fagolisossomos (vesículas contendo proteínas) Lesões glomerulares fagolissomos acumulam-se no citoplasma das células tubulares renais X X glomérulo • Degeneração hialina goticular: rins fagolissosomos contendo proteínas: gotículas hialinas acumuladas no glomérulo e/ou citoplasma das células tubulares renais túbulo contorcido proximal Microscopia Doenças em que ocorre • Glomerulonefrite: • ocorre devido a deposição de imunocomplexos (complexos: antígeno + anticorpo) nos glomérulos (ocasionando lesões glomerulares), comprometendo a integridade dos podócitos; • proteínas são capazes de transpor as barreiras dos podócitos e compor o filtrado glomerular, acumulando-se nos glomérulos e/ou citoplasma das células tubularesrenais. Rim pálido com superfície irregular Glomerulonefrite: glomérulo Glomerulonefrite: células tubulares renais Degeneração Hialina – ação tóxica do etanol sobre o Fígado Hepatócitos de alcoólatras crônicos Corpúsculo Hialino de Mallory (queratina) Degeneração Hialina Intracelular Corpúsculos de Russell Fisiologia do Sistema Imune Linfócitos B: Células de defesa do organismo Plasmócito Anticorpos (proteínas) Antígenos Plasmócito Anticorpos Antígenos Corpúsculos de Russell Patogenia Hiperestimulação do sistema imune infecção por vírus, bactérias, agentes tóxicos... Microscopia • Corpúsculos de Russell: anticorpos (proteínas) acumulam-se no retículo endoplasmático rugoso dos plasmócitos e cristalizam-se. Grânulos eosinofílicos de proteínas acumulados no citoplasma dos plasmócitos Doenças em que ocorre Corpúsculos de Russell • Pododermatite Plasmocitária Felina: • etilogia: desconhecida; • Corpúsculos de Russell (acúmulo de anticorpos/proteínas no citoplasma dos plasmócitos); • coxins palmares e/ou plantares edemaciados, contendo lesões, estriações e descamações. Degeneração Hialina Intracelular Degeneração Hialina de Zenker Ribossomos são organelas responsáveis pela síntese proteica Fisiologia da Síntese Proteica aminoácido 1) RNA mensageiro transportando DNA vindo do núcleo da célula 3) junção nos ribossomos: DNA + proteína resulta em síntese proteica 2) RNA transportador transportando aminoácido (proteína) vindo do citoplasma • Fatores capazes de comprometer a síntese e/ou metabolismo proteico celular: • agentes infecciosos (vírus) ou neoplasias: responsáveis por causarem mutações genéticas (relacionadas ao DNA celular e a síntese proteica); • agentes tóxicos (plantas tóxicas). Etiologia Degeneração Hialina de Zenker Plantas tóxicas do gênero Senna Defeitos no dobramento (enovelamento) e transporte de proteínas no citoplasma das células, culminando para o acúmulo de proteínas anormais no meio intracelular. Patogenia Degeneração Hialina de Zenker Microscopia Degeneração hialina de Zenker: músculo estriado esquelético: • acúmulo de proteínas intracitoplasmáticas (aspecto róseo, homogêneo, hialino); • fibras musculares perdem as estrias. Degeneração hialina de Zenker Músculo estriado esquelético normal Microscopia Degeneração hialina de Zenker: músculo estriado esquelético: • intoxicação espontânea pela ingestão da planta tóxica Senna obtusifolia em bovinos. Degeneração hialina segmentar das fibras musculares Degeneração Hialina Extracelular Queloide Patogenia Queloide: resposta cicatricial exacerbada: • produção acelerada e excessiva de proteínas com função estrutural (colágeno); • perda da elasticidade do tecido resultando em uma cicatriz muito espessa; • externamente pode ocorrer na pele ou internamente nos órgãos após incisões cirurgias, lesões, processos inflamatórios, etc; • surgimento depende da susceptibilidade individual. lesões cutâneas, incisões cirúrgicas, queimaduras Proliferação excessiva de fibroblastos e deposição extracelular de colágeno na epiderme. pele Fibras colágenas dispostas nas camadas mais profundas da pele Degeneração Hialina Extracelular Amiloidose Patogenia Amiloidose: acúmulo de proteínas nos interstícios (entre as células) ou parede de vasos sanguíneos (endotélio) • Causas: • infecção: agentes infecciosos (antígenos) promovem a mobilização de células de defesa para o local da infecção resultando na produção excessiva de anticorpos (proteínas) (formação de complexos: antígeno + anticorpo); • defeitos no dobramento de proteínas durante a síntese proteica nosribossomos. Glomérulo Órgãos geralmente acometidos: pele, baço, fígado, rins e coração. Macroscopia sanguínea devido ao acúmulo de proteínas nos • Amiloidose: • órgãos pálidos devido a isquemia: • comprometimento da vascularização interstícios e no endotélio; • aumento de volume e consistência firme: • acúmulo de proteínas no meio extracelular promovendo a dilatação do órgão. Rins com amiloidose Microscopia Amiloidose: • substância amorfa e hialina localizada nos interstícios; • atrofia celular (induzida devido a compressão celular). amiloidose no fígadoPrognóstico • Amiloidose: a atrofia celular e a isquemia podem evoluir para morte celular (lesão celular irreversível). Degeneração Mucóide Degeneração Mucóide • Definição: acúmulo de muco no citoplasma das células; • hiperprodução de muco pelas células epiteliais produtoras de muco (células mucíparas). Patogenia • O que pode levar ao aumento da produção de muco? • processos inflamatórios ou infecciosos; • alterações no processo de degradação do muco produzido normalmente; • doenças auto-imunes; • neoplasias que atingem órgãos constituídos por células mucíparas. sarcoma gástrico em cães piometra em cadelas Macroscopia Degeneração Mucóide Aumento da produção de muco: • órgãos aumentados de volume: • Preenchidos por grande quantidade de substância fluída de consistência viscosa e aspecto translúcido. sarcoma gástrico em cães piometra em cadelas: infecção bacteriana uterina: secreção muco purulenta Microscopia Degeneração Mucóide • Aumento da produção de muco: • citoplasma das células preenchidos por muco; • núcleo deslocado para a periferia da célula (célula em anel de sinete). Degeneração Mucoide Degeneração Glicogênica Degeneração Glicogênica Definição: acúmulo de glicogênio no citoplasma das células. sinônimos: infiltração glicogênica, glicogenose. Fisiologia hepática Glicose liberada no sangue para ser usada pelas células 6) Em períodos de jejum ou ausência de alimentos... Promove a entrada de glicose nas células Altas taxas de glicose: hiperglicemia Baixas taxas de glicose: hipoglicemia 1) Ingestão de 3) 2) 7) 8) 5) Patogenia (1ª Possibilidade) Em períodos de jejum jejum ou ausência de alimentos... Em casos de redução da produção de insulina ocorre manutenção do estado de hiperglicemia (altas taxas de glicose no sangue): Promove a entrada de glicose nas células Altas taxas de glicose: hiperglicemia Causas da hiperglicemia (aumento das concentrações de glicose no sangue): • Diabetes mellitus ocorre devido a uma deficiência na secreção ou na ação do hormônio insulina produzido pelas células beta pancreáticas; • uso abusivo de medicamentos corticosteroides que estimulam a neoglicogênese hepática (síntese de glicose à partir de substâncias que não são carboidratos). 4) glicose pode acumular-se na forma de glicogênio nas células tubulares renais 3) aporte excessivo de glicose nas células 1) altas taxas de glicose no sangue 2) reabsorção de glicose pelas células tubulares renais Patogenia (2ª Possibilidade) • Acúmulo de glicogênio nos hepatócitos: • deficiências enzimáticas que dificultam a quebra do glicogênio armazenado no fígado e a liberação de glicose (via glicogenólise); • neoplasias hepáticas: dificultam a degradação do glicogênio hepático. Hepatócitos com degeneração glicogênica • Macroscopia: • órgãos aumentados de volume e pálidos; • sem alterações macroscópicas evidentes. • Microscopia: • células aumentadas de volume; • citoplasma exibindo grandes áreas claras. Microscopia Fígado normal Fígado com degeneração glicogênica Histopatologia das Degenerações Celulares Degeneração Hidrópica (rim, fígado, coração) Degeneração Gordurosa (fígado) Degeneração Mucoíde Degeneração glicogênica Degenerações Hialinas: Intracelulares Degeneração Hialina Goticular (Glomerulonefrite) Degeneração Hialina de Zenker (Músculo estriado esquelético) Extracelulares Queloide (Pele) Amiloidose (Fígado) Degeneração Hidrópica • Características histopatológicas: • células tumefeitas (aumento de volume) com coloração clara; • citoplasma vacuolar (presença de vacúolos no citoplasma); • células com contornos irregulares (mal delimitadas); • edema celular (células distendidas/dilatadas); • núcleo deslocado para periferia (descentralizado). Rim com degeneração hidrópica Degeneração Gordurosa • Características histopatológicas: • citoplasma vacuolar (presença de macro e micro gotículas lipídicas); • hepatócitos degenerados, perda do limite das células; • núcleo deslocado para periferia (descentralizado). Fígado com degeneração gordurosa (lipidose hepática ou esteatose hepática) • Rins (Glomerulonefrite): • gotículas hialinas acumuladas no glomérulo e/ou citoplasma das células tubulares renais. glomérulo túbulo contorcido proximal Degeneração Hialina Goticular Degeneração Hialina de Zenker • Músculo estriado esquelético: • acúmulo de proteínas intracitoplasmáticas (aspecto róseo, homogêneo, hialino); • músculos perdem as estrias. Degeneração hialina de Zenker Músculo estriado esquelético normal Pele: • hiperproliferação de fibroblastos e fibras colágenas na epiderme; • acúmulo de colágeno formando camadas espessas e hialinizadas; • fibras colágenas dispostas em forma nodular ou fibrilar nas camadas mais profundas da pele; • ausência de anexos como glândulas sebáceas, sudoríparas e folículos pilosos. Queloide Amiloidose Fígado: • substância amorfa e hialina localizada nos interstícios; • atrofia celular (induzida devido a compressão celular). Amiloidose no fígado: depósito de substância amiloide entre os sinusoides e hepatócitos, culminando para atrofia dos hepatócitos Amiloidose na glândula adrenal
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