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GE - Organização e Legislação da Educação_01

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Organização e Legislação 
da Educação
UNIDADE 1
1
Para início de conversa
Olá, prezado(a) aluno(a)! Tudo bem?
É com imensa satisfação que iniciamos a disciplina de Organização e Legislação da Educação que tem 
por objetivos: 
•	 Refletir sobre o processo de elaboração da LDB no contexto do projeto político-econômico em 
consolidação na sociedade brasileira; 
•	 Analisar a aplicação dos dispositivos legais da LDB e da legislação educacional complementar 
relacionada à Educação Básica;
•	 Discutir a luz da atual legislação educacional em vigor e do contexto político-econômico, os 
problemas do sistema educacional brasileiro e as perspectivas de avanços e retrocessos quanto a sua 
organização e funcionamento.
Realizar uma disciplina na modalidade a distância é uma experiência enriquecedora, porém desafiadora 
no que diz respeito à troca e à aquisição de conhecimento, pois o tempo e o ritmo de estudo serão 
definidos pela maneira como você lidará com o desenvolvimento dos conteúdos e das possibilidades 
extras de ampliação do conhecimento à você apresentadas. Se você souber alinhá-los, tenho certeza, que 
muito contribuirão para o seu sucesso profissional.
orientações da disciPlina
Nesta unidade, nos propomos a fazer uma breve reflexão sobre a relação educação, escola e sociedade; 
a educação no contexto político da Reforma do Estado; e, ainda, sobre o processo Constituinte de 1988 e 
o processo de discussão, elaboração e aprovação da nova LDB.
A educação, a partir da sanção da Constituição Federal de 1988, foi elevada à condição de direito público 
subjetivo, o que permite aos cidadãos o direito à educação nas instâncias das diversas legislações. 
Discutir a organização e a legislação do ensino nos norteará quanto à compreensão sobre o processo 
de escolarização em seus aspectos legais, pois a legislação educacional se traduz em um conjunto 
de preceitos sobre a temática da educação, na qual tratamos da educação escolar em seus níveis e 
modalidades de forma abrangente, englobando características e fundamentos que vão da educação 
básica à educação superior. 
Estudar a legislação educacional possibilita aos diversos atores educacionais entender a regulamentação 
existente nas relações sociais de cada área, representando um nível de igualdade na garantia do direito, 
pois em um Estado democrático, estas existem para garantir a igualdade desses direitos.
2
A discussão sobre legislação educacional do Brasil tem seu início na Constituição de 1824 (a qual 
continha um artigo sobre educação escolar primária gratuita) prosseguindo até a Constituição Federal 
de 1988, da qual demandam também as Constituições Estaduais, as Leis Orgânicas dos Municípios e 
toda a legislação ordinária, com ênfase especial na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nos 
diferentes momentos históricos em que elas ocorreram, considerando principalmente para nosso estudo 
a LDBN nº 9394/96, vigente em nosso país e que regulamenta a nova ordem geral da educação nacional. 
Há autores que fazem a defesa de que a legislação educacional recairia sobre o estudo e o interesse 
dos profissionais da área do Direito ou, mais precisamente, do Direito Educacional, porém um olhar 
interdisciplinar a configura como uma diretriz central na Pedagogia ligada ao estudo da organização escolar. 
Desta forma, a legislação educacional pode ser entendida como a soma de regras instituídas historicamente 
a respeito da educação. Todas as normas educacionais relativas à área, na contemporaneidade e no 
passado.
Sendo assim, as leis de educação serão aqui discutidas como determinações que expressam as 
contradições presentes na sociedade e nos ajudarão a compreender que os processos históricos dos 
diversos períodos, fundamentam o contexto educacional atual e as relações entre educação, escola e 
sociedade.
Vamos começar!
Palavras do Professor
Agora, querido (a) estudante, que você já sabe como esta unidade está organizada, vamos iniciá-la 
abordando as relações entre educação, escola e sociedade; a educação no contexto político da Reforma 
do Estado, conhecendo um pouco sobre o contexto de articulação das políticas educacionais; o processo 
constituinte de 1988 e o processo de discussão, elaboração e aprovação da nova LDB; bem como os desafios 
para a educação do século XXI e a trajetória histórica da educação no Brasil, a partir da redemocratização. 
É muito importante que você assista aos vídeos propostos, bem como realize a leitura do livro-texto e 
dos textos indicados. Eles servirão de referência para a ampliação da sua perspectiva, bem como, para 
a reflexão da realidade e, ainda, auxiliará na reflexão sobre a temática. Assim, desejo que você obtenha 
êxito e que essas discussões sejam um elemento motivador para ampliação do seu arcabouço teórico e 
prático. 
Muito sucesso!
a construção histórica da Política educacional brasileira: 
refletindo sobre educação, escola e sociedade
A educação surge quando o ser humano sente a necessidade de repassar as suas práticas cotidianas 
ao seu semelhante, ou seja, como meio de garantir às outras pessoas àquilo que um determinado grupo 
aprendeu.
3
Na história da humanidade, o espaço “escola” surgiu a partir de uma necessidade social e a ela imbricada, 
surgiu também a necessidade de definição de conteúdos, currículos e metodologias para o espaço escolar. 
No decorrer da história educacional, podemos identificar várias mudanças e afirmar que não apenas a 
escola, mas também a sociedade pauta as mudanças sociais e, consequentemente, as práticas educativas.
Essas mudanças educacionais, ao longo da história do Brasil, definiram a atual estrutura do sistema 
educacional brasileiro. Durante muitos anos, o sistema educacional vigente apresentou um caráter 
excludente, deixando à margem uma grande parte da população, privilegiando e garantindo o acesso à 
educação apenas à elite brasileira. Segundo Meksenas (2002), em uma visão funcionalista, a educação 
nas sociedades tem a tarefa de mostrar que os interesses individuais só se realizam plenamente através 
dos interesses sociais. 
Nos tempos atuais, a educação se apresenta com um caráter democratizante e libertador. Segundo 
Gerhardt (2001), a educação libertadora ou transformadora, é aquela que trabalha com uma visão de 
sujeitos potencialmente autônomos, capazes de praticar a solidariedade, instruindo-se de forma a 
promover a autorreflexão. Porém Gadotti (1995) afirma que ela não pode fazer sozinha a transformação 
social, pois ela não se consolida e efetiva-se sem a participação da própria sociedade. 
Essa transformação configura-se como um dos maiores desafios da educação no século XXI, pois exige que 
a escola seja ressignificada e, nessa essência, se faz necessária uma alteração não apenas da concepção 
de ensino e do papel da escola enquanto instituição social. Busca-se uma escola democrática, pluralista, 
que venha valorizar a diversidade frente às problemáticas sociais perpassadas pelos educadores e 
educandos. Para Gadotti, “a força da educação está no seu poder de mudar comportamentos. Mudar 
comportamentos significa romper com certas posturas, superar dogmas, desinstalar-se, contradizer-se”. 
a função da escola e o trabalho educativo
Caro(a) aluno(a), saiba que todas as habilidades adquiridas pelos indivíduos são fruto dos diversos 
processos de educação que passamos ao longo da vida. Dentre eles, o processo educacional é um dos 
meios da sociedade manter sua estrutura e fundamento, pois a educação integra o centro do processo 
da formação social de um cidadão, não acontecendo apenas na escola, mas ainda em outras instituições 
educadoras, das quais herdamos nossas ferramentas sociais. 
Como grande parte de nossa formação enquanto indivíduo está ligada às nossas experiências de vida e 
às próprias interpretações que damos a elas, a educação no âmbito escolar precisa ser flexível, dinâmica 
e inclusiva. A sociedade contemporânea está permeada de exigências que levam o campo de educação a 
ter como papel principalalém de fornecer conhecimentos, o de ser tratada como uma política social, que 
tem como compromisso fundamental a garantia dos direitos do cidadão, assumindo um novo papel na 
sociedade, que é o de propiciar ações para a efetivação dos direitos sociais.
A nova forma de organização da sociedade, imposta pelo advento do capitalismo, reconfigurou as relações 
sociais de produção, a concepção de homem, de trabalho e de educação, pois nessa sociedade embasada 
pela lógica de produção capitalista, a educação subordina sua função social para responder às demandas 
do capital.
4
Então, pensando em tudo isso, você tem ideia de como é tratada a escola na atualidade? 
Pois bem, na atualidade, a escola deve estar conectada com uma concepção de educação que pense o 
indivíduo em sua totalidade, enquanto ser biológico, material, estético, lúdico e afetivo, devendo as práticas 
educativas considerar suas múltiplas necessidades, ser pautadas na realidade e visar a transformação, 
por compreender que a realidade é algo em constante mutação. Dessa maneira, estaremos reconhecendo 
o papel social da escola no desenvolvimento, sistematização e socialização de processos educativos que 
propagam uma cultura historicamente produzida pelos homens.
Assim, educação em seu sentido amplo, se dá nas relações sociais que os indivíduos estabelecem entre 
si, nas diversas instituições e movimentos sociais, constituindo-se e construindo-se a partir dessas 
relações, como uma disputa hegemônica que “na perspectiva de articular as concepções, a organização 
dos processos e dos conteúdos educativos na escola e, mais amplamente, nas diferentes esferas da vida 
social, aos interesses de classes” (FRIGOTTO, 1999, p. 25). 
Culturalmente, com base no senso comum, a escola é um espaço para ensinar e aprender, no qual o 
professor ensina e o aluno aprende, dentro de um projeto educativo de transmissão do conhecimento. Na 
visão contemporânea, a escola é um espaço democrático que serve para discutir questões, desenvolver o 
pensamento crítico, contextualizar informações, possibilitando ao aluno a busca de novos conhecimentos, 
além de se caracterizar como importante espaço de difusão sociocultural.
Agora, você irá conhecer outra problemática existente na educação brasileira! É para refletir!
Para refletir
Outra discussão significativa é a da problemática das questões e condições da educação que ocasionou uma 
crise educacional desencadeada por fatores como despreparo profissional dos educadores, superlotação 
de salas de aula, insuficiência de cursos de formação, baixos salários, falta de recursos, currículos, 
programas e projetos pré-estabelecidos, longas jornadas de trabalho, tudo isso vem impedindo uma 
melhoria efetiva da educação no Brasil. Mesmo assim, oferecer uma educação de qualidade configura-
se como uma tarefa da escola. A escola hoje, mais do que nunca, tem como papel diante da sociedade, 
propiciar ações para a efetivação dos direitos sociais.
Nesse contexto, precisa possibilitar e ofertar alternativas para que as pessoas que estejam excluídas 
do sistema se reintegrem através da participação, da universalidade de direitos sociais e do resgate da 
cidadania.
 
Assim sendo, um dos maiores desafios apresentados à escola na modernidade é trabalhar a visão 
crítica e reflexiva do estudante, preparando-o para o enfrentamento às desigualdades existentes 
na sociedade e utilizando as ferramentas dispostas na escola em instrumentos de crescimento 
pessoal e profissional, considerando a sua realidade, transcendendo-a e transformando-a. A escola 
deve, então, estar pautada na lógica de um espaço ideal para a construção de uma sociedade 
sadia, uma escola democrática com formação para a cidadania, combatendo todas as formas de 
exclusão social, entendendo o aluno como ser integral e trabalhando a relação escola/aluno/família. 
5
visite a Página
Para ilustrar essa discussão, leia o artigo de Marta Góes (1999), intitulado A Escola Cai 
na Real disponível no link a seguir. No artigo, é feita uma crítica à demora da escola 
para se adequar às demandas dos novos tempos. Muito interessante, você vai gostar!
Clique aqui para acessar.
Políticas educacionais na sociedade brasileira - a educação no 
contexto Político da reforma do estado
Apesar da escola atual ainda se configurar como um modelo ultrapassado para promoção da educação e 
do aprendizado, não podemos deixar de evidenciar as inúmeras iniciativas governamentais desenvolvidas 
no campo educacional nas últimas décadas. Foram desenvolvidos planos e reformas nos quais a educação 
é defendida como instrumento de cidadania e inclusão social, redefinindo-se leis para os níveis de ensino, 
reformulando-se os currículos e instrumentos de avaliação e até mesmo o próprio conceito de educação 
que foi revisto e reinterpretado sob o enfoque socioeconômico e político.
Para discutir a implementação de políticas educacionais, a questão central a ser levantada é a análise das 
intervenções do Estado, sendo ele considerado como o agente principal dessa ação. Porém, no cenário 
brasileiro as políticas educacionais fazem parte de um projeto de reforma do Estado, reduzindo-se assim 
seu papel no que tange às políticas sociais. Desde os anos 80, essa mudança quanto ao papel do Estado 
vem sendo desencadeada, mas só nos anos 90 é que de fato ela entra em colapso quanto à garantia e 
provimento dos direitos fundamentais do cidadão. 
Assim, segundo Sousa Júnior (2001), resolveram compensar o tempo perdido implementando um conjunto 
de medidas em diversos setores da economia e das políticas públicas, sendo a área educacional atingida 
em todos os níveis e modalidades de ensino, em um curto espaço de tempo.
visite as Páginas
Para aprofundar um pouco mais essas informações, sugerimos que você amplie seus 
estudos com a leitura dos materiais indicados. Link 1 Link 2
educação e democracia
A Constituição Federal de 1988 representa no contexto educacional brasileiro um salto qualitativo pois 
introduz não apenas o direito ao acesso, permanência e sucesso na escola, mas com maior precisão os 
instrumentos jurídicos para a sua garantia. 
http://istoe.com.br/28361_A+ESCOLA+CAI+NA+REAL/
revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faced/article/download/5514/4011
http://23reuniao.anped.org.br/textos/0508t.PDF
6
visite a Página 
Conheça os artigos relativos à área de educação – Arts. 205 a 214, disponível clicando 
aqui.
Explicita pela primeira vez na história Constitucional os direitos sociais, com destaque para a educação, 
o que posteriormente foi replicado na sanção da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB n°9394 
em 1996, lei orgânica e geral da educação brasileira que dita as diretrizes e as bases da organização do 
sistema educacional, sem, porém, ser detalhista, mas dando muita autonomia às escolas e aos sistemas 
de ensino dos municípios e dos estados, fixando normas gerais. Seus dispositivos legais proporcionam um 
impulso à legislação educacional brasileira, constituindo-se como um avanço frente às épocas anteriores.
visite a Página 
Conheça um pouco mais sobre a Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB, acessando 
o link a seguir. Clique aqui para acessar.
Dentre esses avanços, o mais importante foi proporcionado pela proteção do direito público subjetivo 
à educação e ainda ao compromisso do Estado em assegurar esse direito. O direito público subjetivo 
confere ao cidadão um instrumento jurídico de controle da atuação do poder estatal, pois o permite 
exigir judicialmente do Estado a execução dos direitos sociais. As prestações positivas desses serviços 
são o que na verdade se configuram como políticas públicas, ações objeto de garantia dos direitos 
constitucionalmente reconhecidos. 
visite a Página 
Saiba mais sobre o direito público subjetivo, clique aqui para acessar.
Querido(a) estudante, destacamos que a principal fonte de implementação da educação nacional e das 
políticas que assim as definem é a LDB, que no avanço dos anos foi reformulada deacordo com as 
demandas sociais do campo educacional, o contexto histórico e os interesses da ação dos governos, pois 
as políticas podem estar condicionadas estritamente à determinada perspectiva política com duração 
condicionada a um mandato governamental, o que se caracterizam como políticas de governo; ou serem 
incorporadas à estrutura do Estado cuja continuidade não está condicionada às mudanças ocorridas na 
transição de governo, se caracterizando como políticas de Estado. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_subjetivo
7
guarde essa ideia!
Vale salientar ainda, que a política é um conjunto de procedimentos que expressam as relações de poder 
entre os membros de uma sociedade e que se destinam à resolução pacífica de conflitos em torno dos 
bens públicos, ou seja, a diretriz maior da direção do Estado. Já o Estado, transcende os indivíduos e 
a sociedade. Arbitra as regras e normas estruturadoras da sociedade. É o elemento mediador entre as 
leis e os indivíduos de uma sociedade. Preocupa-se com o bem-estar do povo para atendimento de suas 
necessidades.
leitura comPlementar
Recomendo como forma de complementar o estudo sobre Políticas Educacionais 
e Direito Público Subjetivo, que você leia o artigo sugerido clicando aqui.
 
desafios Para a educação do século xxi
a globaliZação - a cartilha neoliberal - a influÊncia dos atores externos
As mudanças na educação brasileira, implantadas a partir da LDB 9.394/96, fazem parte de um contexto 
econômico maior, no qual a integração à economia mundial muda o papel da educação, pois diante das 
demandas da sociedade do conhecimento, as instituições educacionais são pressionadas a tornarem-se 
mais autônomas, independentes da direção do Estado, e mais voltadas às exigências do mercado. 
Na transição da escola tradicional para a escola capitalista, assistimos ao ápice do processo de 
desqualificação do docente, ocasionado não apenas pela incorporação da tecnologia e divisão do trabalho, 
mas, sobretudo, pelas políticas neoliberais que potencializaram a educação enquanto mercadoria, 
valorizando o capital e descaracterizando a função docente. Houve nesse período, uma ampliação das 
desigualdades sociais e a intervenção de organismos internacionais como o FMI e o Banco Mundial que 
passaram a atuar de maneira decisiva na educação brasileira, devido à subserviência do governo brasileiro 
à economia mundial, na qual a estratégia liberal na crise do capitalismo apresentava a educação como 
ferramenta para a ascensão social e democratização das oportunidades à população. Nesse contexto, 
a escola se fortaleceu e se constituiu como um espaço potencial de reflexão e de forças contrárias à 
dominação e à exclusão social existente.
Na atualidade, as esferas da economia, da política, da cultura, da ciência passam por transformações 
com a globalização, o que na verdade caracteriza-se como a mundialização do capitalismo, o que causou 
grandiosas mudanças nos processos de produção e transformações nas condições de vida e de trabalho em 
todos os setores da atividade humana, inclusive a educação. Tudo isso afeta a organização do trabalho e o 
perfil docente e implica em valorizar a educação geral, fazendo com que a escola propicie aos estudantes 
o desenvolvimento de novas habilidades cognitivas e competências sociais e pessoais, com objetivos 
mais compatíveis aos interesses do mercado e à formação cidadã. 
http://www.scielo.br/pdf/spp/v18n2/a12v18n2.pdf
8
As constantes mudanças e as exigências de um mercado de trabalho extremamente competitivo, deixam 
explícita uma diferença entre a educação do século XIII e o atual e confirmam o significado de um perfil 
de professores que lecionem dentro de um novo modelo educacional que ao mesmo tempo busca dar 
uma formação humanística, crítica e analítica aos alunos, instrumentalizando-os ou tornando-os aptos a 
exercer atividades que os coloquem rapidamente no mercado de trabalho.
a mudança do Paradigma educacional
Prezado(a) aluno(a), a sociedade atual necessita de linguagens plurais para dialogar e interagir com a 
diversidade e a educação, por ser social e historicamente construída pelo homem, reproduz a sociedade. 
Ao analisarmos as práticas pedagógicas, cabe-nos analisar a dicotomia existente entre a teoria e a 
prática, assim também é a formação docente, é construída historicamente e o sujeito se faz também 
no social, a partir de suas experiências anteriores e durante a docência, por isso podemos dizer que 
depende tanto das teorias, quanto das práticas desenvolvidas na vida escolar. De acordo com o currículo 
por competências, a nova ênfase educacional baseia-se na mobilização dos saberes construídos para 
solucionar problemas específicos, não podendo assim supervalorizar a teoria em detrimento da prática. 
O saber docente não é formado apenas da prática, ele é retroalimentado pelas teorias educacionais, 
fazendo com que o docente se aproprie do conhecimento e conjuntamente com as bases teóricas 
referentes às compreensões de aprendizagem, selecione as melhores formas de trabalhar, vencendo as 
dificuldades e criando novas possibilidades de atuação. A teoria tem importância fundamental, pois ao 
nos apropriarmos de fundamentação teórica nos beneficiamos de variados pontos de vista para uma 
tomada de decisão dentro de uma ação contextualizada, adquirindo perspectivas de julgamento para 
compreender os diversos contextos do cotidiano, porém a interação dialógica entre saberes gera o 
desenvolvimento de uma prática pedagógica autônoma e emancipatória. Os professores precisam refletir 
sobre a constituição e interligação dos saberes que ratificam a prática do fazer docente. O grande desafio 
é garantir condições para que diante das teorias, se modifique atitudes, posturas, pontos de vista e 
principalmente sua atuação no exercício da docência.
Na atualidade, se defende a implementação de uma pedagogia crítica que defende que o aluno assimila o 
objeto de estudo a partir de uma prática dialética com a realidade. A educação e o sistema de ensino não 
modificam a sociedade, mas a sociedade é que pode mudar o sistema educacional e mesmo a educação 
ocupando um lugar de destaque não se pode a ela somente creditar o poder de transformar o mundo. 
Seu objetivo maior é o de conscientizar o aluno, levando as camadas desfavorecidas da sociedade a 
entenderem sua situação de oprimido e agir em favor da própria libertação. Essa Educação Libertadora 
tem por finalidade a conscientização, em uma perspectiva não desumanizante.
veja os vídeos!
Para complementar o debate, é imprescindível que você assista aos vídeos abaixo, 
ambos tratam dos desafios educacionais no século XXI. O primeiro tem cinco minutos e 
cinquenta e sete segundos, e o segundo dois minutos e dez segundos. Link 1 Link 2
https://www.youtube.com/watch?v=yOcqJ93ZsJQ
https://www.youtube.com/watch?v=_RqDSCl5h3U
9
o Processo constituinte de 1988 e o Processo de discussão, 
elaboração e aProvação da nova ldb
A década de 80 foi marcada pelo fim da ditadura e o início da redemocratização do Brasil. Nesse contexto, 
a educação volta a ser pensada de forma ampla, o que demandou a criação de um projeto de lei para a 
nova LDB, aprovada em 1996 e vigente até os dias atuais.
 
Os modelos educacionais implantados no Brasil pós-constituição, na gestão de Fernando Collor de Melo, 
embasaram as reformas em princípios de mercado com ênfase na livre concorrência e na profissionalização, 
pois o contexto democrático implantado atendia o modelo das instâncias internacionais neoliberais. Esse 
período culminou com o impeachemant do gestor em 1992, sendo nomeado como sucessor, o então 
vice-presidente Itamar Franco. O presidente empossado deu continuidade à educação voltada para as 
necessidades de mercado e implantou o Plano Real sem que, contudo, pudesse reverter os entraveseducacionais.
Em seguida, Fernando Henrique Cardoso assumiu a presidência por dois mandatos consecutivos 
amparando a educação em modelos ortodoxos e neoliberais. Apesar do cenário democrático, os governos 
dos anos 90 se apoiaram em ideais neoconservadores que defendiam a flexibilização da economia interna 
para as transnacionais estrangeiras, seguindo doutrinas internacionais. 
Segundo Frigotto, “é o governo Cardoso que pela primeira vez em nossa história republicana, transforma o 
ideário empresarial e mercantil de educação escolar em política unidimensional do estado. Dilui-se, dessa 
forma o sentido de público e o estado passa a ter dominantemente uma função privada. Passamos assim, 
no campo da educação no Brasil, das leis do arbítrio da ditadura civil-militar para a ditadura da ideologia 
do mercado”.
Na sequência, eleito em 2002, assumiu o governo Luiz Inácio Lula da Silva e com ele vieram mudanças no 
ensino que tentavam resgatar os valores sociais dos indivíduos, tendo como premissa a inclusão social, 
na tentativa de redução da pobreza. Apesar de manter os modelos adotados pelo governo de Fernando 
Henrique implementou a perspectiva de uma escola pública para todos, mas sob concepções alinhadas 
ao social, apesar da continuidade dos modelos neoliberais.
leitura comPlementar
Como leitura complementar, sugiro aprofundar um pouco mais sobre o período de 
redemocratização com o texto sugerido. Clique aqui para acessar.
Palavras finais
Prezado(a) aluno(a), para concluir este primeiro guia da disciplina de Organização e Legislação da 
Educação, destaco, por fim, algumas questões importantes: 
http://www.ojs.ufpi.br/index.php/fundamentos/article/view/3780
10
•	 Leia seu livro-texto, este guia de estudo, os textos sugeridos e assista aos vídeos indicados 
antes de participar dos fóruns. Todo este material é muito importante para que você consiga realizar 
satisfatoriamente e com segurança suas atividades;
•	 Organize um roteiro síntese com as principais ideias apresentadas e destaque tudo o que lhe 
chamar atenção, aprofundando as leituras;
•	 Não acumule leituras ou atividades, fazê-las de última hora deixa seu desempenho comprometido. 
Na próxima unidade, iremos dialogar sobre a formação e o exercício da docência, conhecer os prós e os 
contras da Lei n. 9.394/96, entender o impacto da Lei n. 9.394/96 sobre a organização do ensino e analisar 
a estrutura do sistema educacional brasileiro. Mais uma vez destaco a necessidade de que você assista 
aos vídeos propostos para que possas entender e ampliar seus conhecimentos sobre a Organização e 
Legislação da Educação. 
Sucesso!
acesse o ambiente virtual
Não se esqueça de fazer suas atividades disponíveis no Ambiente Virtual, pois elas possuem caráter 
avaliativo.
No caso de dúvida (a), não deixe de entrar em contato com seu/sua tutor (a)!
Até a próxima unidade!
referÊncias bibliográficas
FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação e a crise do trabalho real. 3ª ed., São Paulo: Ed. Cortez, 1999. 
___________________. CIAVATTA, Maria. Educação Básica no Brasil na Década de 1990: Subordinação 
Ativa e Consentida à Lógica do Mercado. São Paulo: Unicamp, 2003.
GADOTTI, Moacir. Pedagogia da práxis. São Paulo: Cortez, 1995.
GERHARDT, Heinz Peter. Educação libertadora e globalização. In: A pedagogia da libertação em Paulo 
Freire. São Paulo: Unesp, 2001.
MEKSENAS, Paulo. Sociologia da educação: introdução ao estudo da escola no processo de transformação 
social. 10 ed. São Paulo: Loyola, 2002.
SOUSA JUNIOR, Luiz de. Reformas educativas e qualidade de ensino. In: Reunião Anual da ANPED, 24, 
2001, Caxambu.

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