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NESTE CAPÍTULO VOCÊ IRÁ APRENDER: As doenças do sistema esquelético. O tecido ósseo e suas características. A osteoporose e a osteoartrose e o efeito do exercício físico. As doenças do sistema respiratório. O sistema respiratório e suas características. A asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e o efeito do exercício físico. INTRODUÇÃO Nesse nosso sexto e último capítulo, iremos conhecer as doenças do sistema esquelético. Caracterizaremos o tecido ósseo, periósteo e endósteo, e osso compacto e osso esponjoso. Dentre as doenças que acometem o sistema esquelético, abordaremos a osteoporose e a osteoartrose, assim como estudaremos o efeito do exercício físico nessas patologias. A seguir, veremos as doenças do sistema respiratório, iniciando com uma caracterização desse sistema. Abordaremos as doenças mais relevantes do sistema respiratório, a asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), onde verificaremos a bronquite crônica e o enfisema pulmonar. Finalmente, estudaremos o efeito do exercício físico nessas doenças, encerrando nossos conteúdos de Biopatologia Humana. Procuramos sedimentar uma base teórica que relacione conceitos em patologia humana às diversas etiologias e suas implicações morfofisiológicas na Educação Física. Bons estudos a todos! DOENÇAS DO SISTEMA ESQUELÉTICO O TECIDO ÓSSEO O tecido ósseo contém uma matriz inorgânica, correspondente a 65% do tecido, formada por sais minerais e água, e uma matriz orgânica, constituída por proteínas estruturais e células ósseas, constituindo os demais 35%. A matriz inorgânica é formada por sais minerais, com predominância de cálcio, na forma de cristais de hidroxiapatita, e também magnésio, citrato, bicarbonato, sódio e potássio, entre outros. A matriz orgânica é constituída por proteínas estruturais e também por células ósseas. As proteínas estruturais são o colágeno tipo I, proteoglicanas e glicoproteínas multiadesivas, a osteocalcina, responsável pela ligação do cálcio na mineralização e a osteonectina, que promove a união entre o colágeno e o componente mineral. As células ósseas são de duas linhagens celulares, a linhagem osteoblástica, constituída por células osteoprogenitoras, osteoblastos e osteócitos, e a linhagem monócito-macrófago-osteoclasto. Células osteoprogenitoras – derivam de células mesenquimais e constituem a camada mais interna do periósteo e do endósteo. Apresentam grande atividade durante o crescimento ósseo e originam os osteoblastos. Osteoblastos – são células ósseas jovens que apresentam atividade metabólica intensa, produzindo a matriz orgânica. Apresentam grande síntese proteica e promovem a regeneração óssea. Osteócitos – são células maduras, derivadas de osteoblastos, que secretam substâncias necessárias à manutenção do tecido ósseo. Osteoclastos – são células móveis, gigantes e ramificadas, responsáveis pela destruição do tecido ósseo. PERIÓSTEO E ENDÓSTEO O periósteo é formado por células osteoprogenitoras, osteoblastos ou osteoclastos e também por tecido conjuntivo, que revestem a superfície externa dos ossos, com função de nutrição, crescimento e regeneração, apresentando vasos e nervos. O endósteo é constituído pelos mesmos tipos de células do periósteo e por tecido conjuntivo, revestindo internamente o canal medular dos ossos longos e qualquer cavidade do osso esponjoso. OSSO COMPACTO E OSSO ESPONJOSO O osso compacto é formado de partes sem cavidades e apresenta o sistema de Havers, conjunto de lamelas concêntricas de fibras colágenas, de formato cilíndrico, entre as quais estão dispostos os osteócitos, que se ligam entre si por canalículos. Esses canalículos permitem que o cálcio saia do sangue e participe do processo de formação do tecido ósseo. Apresenta, também, canais por onde passam vasos e nervos, denominados canais de Volkmann e canais de Havers. Já o osso esponjoso é formado por estruturas denominadas trabéculas, que conferem grande resistência, apresentando muitas cavidades que se comunicam, lamelas dispostas irregularmente e ausência de sistema de Havers. Imagem da camada externa do tecido ósseo (osso compacto), onde observamos as lamelas concêntricas constituintes do sistema de Havers. Fonte: Wikipedia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_%C3%B3sseo#/media/Ficheiro:Co mpact_bone_-_ground_cross_section.jpg As epífises dos ossos longos são constituídas, basicamente, por osso esponjoso recoberto por uma camada delgada de osso compacto. A diáfise é constituída, preponderantemente, por osso compacto e uma pequena porção de osso esponjoso, mais profunda. Imagem de corte transversal de osso longo, mostrando osso compacto e osso esponjoso. A legenda ósteon refere-se a sistema de Havers. Fonte: Wikipedia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Tecido_%C3%B3sseo#/media/Ficheiro:Os so_-_esponjoso_e_compacto.gif O tecido ósseo é renovado constantemente, dependendo esse processo da genética, de uma alimentação adequada, da manutenção dos níveis hormonais e da prática regular de exercícios físicos. A solidez característica do osso é resultante da combinação de sais cristalizados e fibras colágenas, sendo o cálcio responsável pela formação e manutenção da matriz óssea e o colágeno pela construção de uma estrutura de sustentação óssea, sendo sua presença obrigatória para que ocorra o processo de calcificação. Dentre as doenças que acometem o sistema esquelético, abordaremos a osteoporose e a osteoartrose. OSTEOPOROSE A osteoporose é uma condição caracterizada por perda significativa de massa óssea, evidenciada por ossos ocos, finos e com muita sensibilidade, sujeitos a fraturas. Faz parte do processo natural de envelhecimento, sendo mais comum em mulheres do que em homens. Progredindo lentamente, não apresenta sintomas, sendo percebida em situação de fratura não relacionada a trauma. Na osteoporose é importante a análise da qualidade óssea, relacionada ao grau de deterioração do colágeno ósseo, uma vez que quanto melhor for a qualidade óssea, menor será a probabilidade de acontecer fratura. Imagem de osso normal e osso osteoporótico (círculos fora do corpo) e sítios de osteoporose na coluna vertebral – região lombar e articulação do quadril (círculos pequenos dentro do corpo). Fonte: Wikipedia - https://en.wikipedia.org/wiki/Osteoporosis#/media/File:Osteoporosis_L ocations.png O aparecimento da osteoporose está associado ao nível de estrogênio, hormônio sintetizado pelos ovários e relacionado ao equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea. Como o nível de estrogênio diminui significativamente na menopausa, as mulheres são as mais atingidas. As localizações clássicas para as fraturas em decorrência da osteoporose são coluna vertebral, punho, quadril e fêmur, existindo outras, sendo as mais comuns: Fratura por compressão vertebral Fratura do punho Fratura da região do quadril e da epífise proximal do fêmur Fraturas dos arcos costais Fratura da pelve óssea Fratura do úmero Os fatores de risco são de ordem genética ou biológica ou comportamentais e comportamentais. Entre os de ordem genética ou biológica, temos história familiar, grupo étnico branco, escoliose (curvatura lateral da coluna, osteogênese imperfeita e menopausa precoce. Entre os comportamentais, alcoolismo, tabagismo, sedentarismo, alimentação inadequada, baixa ingestão de cálcio e amenorreia (ausência de menstruação em idade fértil) induzida por excesso de exercícios, entre outros. OSTEOPOROSE E EXERCÍCIO FÍSICO Em seu artigo “A influência de um programa de atividade física na qualidade de vida de mulheres com osteoporose”, publicado por Navega et al. em 2006, os autores relatam que “estudos têm comprovado osefeitos benéficos promovidos pela prática regular de exercícios físicos em indivíduos com osteoporose, entre eles a melhora da capacidade funcional, ganho ou manutenção de massa óssea, melhora na força muscular e no equilíbrio, aumento da capacidade aeróbia e coordenação e melhora da flexibilidade.” O trabalho pode ser acessado em https://periodicos.pucpr.br/index.php/fisio/article/view/18777/18162 OSTEOARTROSE A osteoartrose, também denominada osteoartrite ou artrose, é a doença reumatológica mais comum, atingindo, de uma maneira geral, a cartilagem articular das articulações sinoviais. À medida que vai progredindo, atinge os demais elementos anatômicos da articulação, levando à degeneração da mesma. A articulação sinovial é aquela que permite a maior amplitude de movimentos. Nela, as superfícies dos acidentes ósseos envolvidos estão recobertas pela cartilagem articular, uma membrana lisa e resistente, sem vascularização e inervação, que permite que eles se movimentem entre si sem contato direto, evitando o desgaste desses elementos anatômicos. Os acidentes ósseos, recobertos individualmente pela cartilagem articular, estão confinados dentro da cápsula articular, uma estrutura constituída por duas membranas, uma externa e uma interna. A externa é a membrana fibrosa, apresentando os ligamentos capsulares. A interna é a membrana sinovial, que produz o líquido sinovial, de natureza viscosa, conferida pela presença de ácido hialurônico. O líquido sinovial fica confinado nos limites da cápsula articular, nutrindo a cartilagem e diminuindo o atrito entre as peças ósseas envolvidas no movimento. Imagem de articulação sinovial. Em azul observamos a cartilagem articular forrando a superfície dos acidentes ósseos e em vermelho a cápsula articular, cuja membrana sinovial produz o líquido sinovial. Fonte: Wikipedia - https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1psula_articular#/media/Ficheiro: Gray299.png A patologia atinge a cápsula articular, a membrana sinovial, a cartilagem articular e o osso subcondral (abaixo da articulação), principalmente os dois últimos, levando ao comprometimento do movimento e da estabilidade na articulação, tendo como sintomas dor e rigidez na articulação, sempre agravando com a idade do portador. A osteoartrose pode atingir somente uma ou várias articulações, sendo as mais frequentes as articulações da mão (presença de nódulos de Bouchard e nódulos de Heberden nas articulações interfalângicas), joelho, quadril, coluna vertebral e pés. A patologia é classificada em primária, de natureza idiopática (sem causa conhecida) e secundária, com contribuição de uma patologia adjacente. Os fatores de risco mais relevantes são idade, sobrepeso, lesão articular, doenças metabólicas e endócrinas, artropatias inflamatórias e fatores genéticos. Imagem de osteoartrose, com nódulos de Bouchard nas articulações interfalângicas proximais e nódulos de Heberden nas articulações interfalângicas distais. Fonte: Wikipedia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Artrose#/media/Ficheiro:Heberden- Arthrose.JPG OSTEOARTROSE E EXERCÍCIO FÍSICO Estudos relatam que a falta de atividade física em indivíduos portadores de osteoartrose pode levar a um aumento da dor e aceleração do comprometimento físico. Em seu artigo de revisão “Osteoartrose e atividade física”, publicado por Matsudo e Calmona em 2009, os autores afirmam que “estamos ainda nos primeiros passos de uma longa jornada que levará médicos e outros profissionais de saúde a prescreverem exercícios para pacientes com osteoartrose” e concluem que “as evidências apontam positivamente para o uso da atividade física no tratamento da patologia, benefício esse que será tanto maior quanto mais precocemente for introduzido na evolução natural da enfermidade”. O artigo pode ser acessado em http://files.bvs.br/upload/S/1413-9979/2009/v14n4/a146-151.pdf DOENÇAS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO O SISTEMA RESPIRATÓRIO Uma das funções do sistema respiratório é a de respiração, que envolve: Ventilação – movimento de entrada e saída de ar dos pulmões. Respiração externa – troca gasosa entre o ar nos pulmões e o sangue. Transporte de oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2) no sangue. Respiração interna – troca gasosa entre o sangue e os tecidos. Ele é formado pelo trato respiratório superior, constituído pelo nariz externo, cavidade nasal, faringe e laringe, e pelo trato respiratório inferior, constituído pela traqueia, brônquios e ramificações (bronquíolos) e pulmões. A zona respiratória está localizada dentro dos pulmões e é o local de trocas gasosas entre o ar e o sangue, sendo constituída pelos brônquios, alvéolos e membrana respiratória. Os alvéolos são estruturas de pequenas dimensões, agrupados em sacos alveolares, ao redor dos ductos alveolares, e que proporcionam aproximadamente, em conjunto, cerca de 70 m2 de superfície para trocas gasosas. Imagem de alvéolo. Observamos os alvéolos (em formato esférico) agrupados em sacos alveolares. Fonte: Wikipedia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Alv%C3%A9olo_pulmonar#/media/Ficheiro :Bronchial_anatomy.jpg Dentre as doenças do sistema respiratório, abordaremos a asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). ASMA A asma é uma inflamação crônica das vias respiratórias, associada com hiperreatividade e constrição (estreitamento) anormal das mesmas, resultando em diminuição da ventilação. A patologia está relacionada à interação entre fatores genéticos e ambientais, que se manifestam como episódios de falta de ar em decorrência ao edema (inchaço) da mucosa brônquica, hiperprodução de muco e broncoespasmo (estreitamento do diâmetro bronquial decorrente da contração da musculatura lisa dos mesmos). Imagem de vias respiratórias sem crise de asma (B) e durante a crise (C) onde observamos as vias estreitadas em decorrência ao edema da mucosa brônquica, hiperprodução de muco e broncoespasmo. Fonte: Wikipedia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Asma#/media/Ficheiro:Asthma_attack- illustration_NIH.jpg É extremamente comum e de natureza atópica. Atopia é uma tendência familiar para produzir anticorpos contra alérgenos (substâncias que podem induzir uma reação alérgica) ambientais. Pode se desenvolver em decorrência de alterações climáticas, contato com poeira, mofo e pólen, pela percepção de cheiros fortes e fumaça, pela poluição, pela presença ácaros e de pelos de animais e em decorrência de gripe e resfriado, entre outros. Imagem de ácaros do pó, que estão entre os alérgenos mais comuns associados ao desenvolvimento e exacerbação da asma. Fonte: Wikipedia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Asma#/media/Ficheiro:House_dust_mites_ (5247996458).jpg Os principais sintomas, que aparecem de forma cíclica, são dispneia (dificuldade respiratória), podendo estar acompanhada de dor ou ardência no peito, sibilância (chiado) e tosse, acompanhada ou não de expectoração (catarro), sendo a asma a principal causa de tosse crônica em crianças e uma das principais em adultos. A asma pode ser classificada em persistente grave, persistente moderada, persistente leve e intermitente. Asma persistente grave – apresenta sintomas diários, crises frequentes e sintomas noturnos frequentes. Asma persistente moderada – apresenta sintomas diários, crises que podem afetar o sono e as atividades diárias e sintomas noturnos pelo menos uma vez na semana. Asma persistente leve – apresenta sintomas pelo menos uma vez na semana e sintomas noturnos mais de duas vezes ao mês. Asma intermitente – apresenta sintomas menos de uma vez na semana, crises são de curta duração e sintomas noturnos esporádicos. ASMA E EXERCÍCIO FÍSICO A literatura tem apontado benefícios ao indivíduo asmático ao praticar exercícios físicos regularmente: aumento da tolerânciaao esforço, diminuição do desconforto respiratório e do broncoespasmo, melhora do sono, diminuição do uso de drogas no tratamento farmacológico, melhora da mecânica respiratória, prevenção e correção de alterações posturais e prevenção de complicações pulmonares. É recomendada, preferentemente, a prática de esportes de resistência, principalmente a natação, sobretudo quando praticada em ambiente quente e úmido. Apesar disso, o exercício físico pode desencadear o broncoespasmo induzido pelo exercício (BIE). Para diminuir o risco do BIE são recomendados a administração de broncodilatador 15 minutos antes da prática, aquecimento prévio, controle da intensidade do exercício parar a atividade gradualmente. Algumas modalidades esportivas podem, mais facilmente, desencadear crises, entre elas o atletismo, a corrida, o judô, o futebol e o ciclismo. Em princípio, o indivíduo asmático pode praticar qualquer modalidade de esporte ou exercício físico, desde que esteja sob a supervisão de um profissional qualificado. No artigo de revisão “Efeitos do exercício físico no controle clínico da asma”, publicado por Freitas e colegas em 2015, os autores afirmam que “evidências científicas recentes têm reforçado a importância do treinamento físico no programa de reabilitação para pacientes asmáticos, uma vez que a melhora do condicionamento físico exerce um importante papel na melhora clínica e funcional desses pacientes, principalmente naqueles com diagnóstico moderado a grave da doença.” O artigo pode ser acessado em http://www.periodicos.usp.br/revistadc/article/view/108796/107224 DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA (DPOC) Doença pulmonar obstrutiva crônica é o termo utilizado para descrever obstrução das vias respiratórias na bronquite e no enfisema pulmonar. BRONQUITE CRÔNICA Existe confusão entre os leigos entre as doenças asma e bronquite, uma vez que é utilizado o termo bronquite para nomear asma. Bronquite crônica refere-se a uma inflamação ao nível de trato respiratório inferior, causada por lesão recorrente ou irritação do epitélio brônquico, resultando em inflamação crônica, edema e aumento da secreção de muco, num período variando, em média, de três meses a dois anos. Os sinais e sintomas mais relevantes são tosse, expectoração, dispneia, sibilância, cianose (coloração azulada da pele em decorrência de oxigenação sanguínea insuficiente), edema nas extremidades causado por piora do trabalho cardíaco, febre (quando em associação com processo infeccioso) e catarro mucoide. ENFISEMA PULMONAR O enfisema pulmonar é uma doença caracterizada pela destruição do tecido pulmonar, notadamente das paredes dos alvéolos, resultando num alargamento dos espaços aéreos terminais, reduzindo drasticamente a superfície pulmonar para trocas gasosas. Imagem de enfisema pulmonar, onde observamos a destruição dos alvéolos (na seta amarela). Fonte: Wikipedia - https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_pulmonar_obstrutiva_cr% C3%B3nica#/media/Ficheiro:Copd_2010.jpg É uma patologia grave, tendo como causa principal o tabagismo, tendo também importância o tabagismo passivo, fumaças e a poluição atmosférica. O sintoma inicial é dispneia ao se efetuar grandes esforços. Na evolução da doença a dispneia de ar também se manifesta em pequenos esforços e no estágio avançado temos hipóxia, dispneia quando em repouso, fraqueza muscular generalizada e desnutrição, podendo levar à morte. DPOC E EXERCÍCIO FÍSICO Estudos têm apontado melhoras nas condições físicas de indivíduos portadores de DPOC. No artigo de revisão “Programas de exercício físico para pessoas com DPOC: uma revisão sistemática”, publicado em 2017 por Lottermann e colegas, os autores relatam que “a prática supervisionada de exercício físico em qualquer estágio da doença é altamente recomendada”, salientando “a importância de incorporar ao tratamento convencional do DPOC um programa regular de exercícios físicos, tendo por base o desenvolvimento dos componentes da aptidão física relacionada à saúde: capacidade aeróbia, força e resistência muscular, flexibilidade e composição corporal.” O artigo pode ser acessado em https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/5340 REFERÊNCIAS ANGELO, Isabele da Costa (Org.). Patologia Geral. São Paulo: Pearson, 2016. BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo: Patologia Geral. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. FREITAS, Patrícia Duarte; SILVA, Ronaldo Aparecido da; CARVALHO, Celso Ricardo Fernandes de. Efeitos do exercício físico no controle clínico da asma. Revista de Medicina, v. 94, n. 4, p. 246- 255, Out.-Dez., 2015. Disponível em: http://www.periodicos.usp.br/revistadc/article/view/108796/107224. Acesso em: 01 ago. 2020. GOLDMANN, Lee.; SCHAFER, Andrew I. (Eds.) Cecil Medicina. 24. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, John C. Robbins & Cotran Patologia: Bases Patológicas das Doenças. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016. LOTTERMANN, Paula Cecília; SOUSA, Clovis Arlindo de; LIZ, Carla Maria de. Programas de exercício físico para pessoas com DPOC: uma revisão sistemática. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 21, n. 1, p. 65-75, Jan.-Abr., 2017. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/5340. Acesso em: 01 ago. 2020. MATSUDO, Victor Keihan Rodrigues; CALMONA, Carlos Odair. Osteoartrose e atividade física. Diagnóstico e tratamento, v. 14, n. 4, p. 146-151, 2009. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1413- 9979/2009/v14n4/a146-151.pdf. Acesso em: 01 ago. 2020. NAVEGA, M. T.; AVEIRO, M. C.; OISHI, J. A influência de um programa de atividade física na qualidade de vida de mulheres com osteoporose. Fisioterapia em Movimento, v. 19, n. 4, p. 25-32, Out.- Dez., 2006. Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/index.php/fisio/article/view/18777/18162. Acesso em: 01 ago. 2020. STAINFIELD, C. Fisiologia Humana. 5. ed. São Paulo: Pearson, 2016.
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