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de medicamentos, sob qualquer modalidade de compra, assim como as prescrições médicas e odontológicas de medicamentos, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS, adotarão obrigatoriamente a Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na sua falta, a Denominação Comum Internacional (DCI)." • "2.1. A dispensação de medicamentos no âmbito do SUS será feita mediante a apresentação de receituário emitido em conformidade com o disposto na Lei n.º 9.787, de 1999, e observará a disponibilidade de produtos no serviço farmacêutico das unidades de saúde." NORMAS – DESTAQUES A Resolução RDC 53/07 item 2.1 determina que para o Serviço Público a dispensação observará a disponibilidade de produtos no serviço farmacêutico das unidades de saúde, não sendo necessário seguir as determinações quanto à intercambialidade. Dessa forma é possível que um medicamento similar seja dispensado em substituição ao medicamento genérico caso este não esteja disponível na unidade de saúde. A RDC 53/07 revogou de maneira tácita os itens (1.2 e 2.1 do item VI, do Anexo da Resolução RDC nº 17, de 2 de março de 2007) publicados na Resolução RDC nº 51 de 15 de agosto de 2007 (que previam a possibilidade de dispensação de medicamentos similares em caso de prescrição pela DCB ou DCI), conforme esclarecimentos da Assessoria Técnica da Anvisa ao CRF-SP na época da publicação dessas resoluções. Assim, as farmácias e drogarias privadas devem seguir o disposto no item 2.3 da Resolução RDC nº 16/07, não sendo permitida Fernanda Iachitzki a dispensação do medicamento similar em casos de prescrição com a DCB ou DCI. 2.3. Nos casos de prescrição com a Denominação Comum Brasileira (DCB) ou a Denominação Comum Internacional (DCI), somente será permitida a dispensação do medicamento de referência ou de genérico correspondentes; Situação clínica Na farmácia privada, prescrição contendo a DCB do medicamento. Quais o farmacêutico poderia dispensar? Para ser dispensado o similar tem que ter o nome da marca na receita. (nesse caso os que não constam na lista da ANVISA) Situação clínica Na farmácia privada, prescrição contendo o nome referência do medicamento. Quais o farmacêutico poderia dispensar? Aspectos clínicos da dispensação Aspectos terapêuticos que interferem na adesão -Objetivo do tratamento -Complexidade do regime terapêutico -Interações medicamentosas e contraindicações Nas situações urgentes, ou que impedem a dispensação, deve-se utilizar o contato telefônico procurando manter um diálogo de alto nível, centrado no problema do paciente Objetivos do tratamento - O farmacêutico deve compreender a fisiopatologia da doença, a fim de reconhecer claramente o objetivo terapêutico proposto e poder orientar o paciente com exatidão As vezes para compreender os objetivos do tratamento é necessário conversar com o paciente, fazendo perguntas do tipo “Sabe pq vai utilizar esse medicamento?” ou “Já usa esse medicamento a bastante tempo ou é a primeira vez?” Exemplo: Prescrição de enalapril 5 mg- paciente alega que não tem hipertensão e por isso não quer utilizar o medicamento ↳ O enalapril além de ser utilizado para hipertensão, nessa dose é cardioprotetor para pacientes com insuficiência cardíaca congestiva Objetivos gerais do tratamento -Cura de uma doença (ex. infecção) -Controle de uma doença (ex. hipertensão) -Alívio de sintomas (ex. cefaleia, congestão nasal, cuidados paliativos) -Prevenção de doenças (ex. vacinas, diabetes- período pré- patogênico, IAM) -Normalização de exame laboratorial (ex. vitamina D, hemoglobina) Fernanda Iachitzki Regime terapêutico – instruções ao paciente Uma das funções do farmacêutico é diminuir a complexidade da farmacoterapia do paciente para melhorar a adesão e a qualidade de vida do paciente. -Dose prescrita -Frequência e horários de administração -Duração total do tratamento -Instruções adicionais |(ex. uso com alimento, preparo do medicamento, partição do comprimido) Todo regime terapêutico exige da paciente aprendizagem, disciplina e cumprimento de uma rotina, que determinarão certo grau de complexidade. Precisamos avaliar a adequação da dose diária do paciente, quanto do medicamento ele está utilizando por dia, se está adequada ou não. Pode estar insuficiente, adequada ou até acima. Também disposição e capacidade do paciente em cumprir o regime, o quanto ele está disposto a tomar o medicamento. Simplificando o regime terapêutico - Agrupar medicamentos que possam ser usados conjuntamente -Organizar horários -Instruir claramente sobre as orientações adicionais Interações medicamentosas -Interações medicamento-medicamento (p. ex. anlodipino e sinvastatina) -Interações medicamento-alimento (p. ex. varfarina e vegetais verde escuros; orlistat e vitaminas lipossolúveis) -Interações medicamento-doença (p. ex. betabloqueadores em asmáticos) Avaliar relevância clínica e gravidade Contraindicações -Relativas (p.ex. AINEs para hipertensos) -Absolutas (alergias; critério de Beers para medicamentos potencialmente inadequados em idosos; categoria X para gestantes) Dispensação Mesmo dispondo de todas as informações clínicas sobre o diagnóstico, o prognostico e a gravidade do quadro clínico do paciente, é preciso que o farmacêutico compreenda as consequências da não dispensação do medicamento, que privam o paciente do benefício, tanto quanto as consequências da dispensação, que expõe o paciente ao risco Fernanda Iachitzki Fernanda Iachitzki Atenção farmacêutica 1 Manejo de problema de saúde autolimitado Sumário Conceitos e definição de semiologia e anamnese farmacêutica Seleção da terapia ou intervenção ao individuo Elaboração e orientação da prescrição Avaliação de resultados e documentação Hierarquia de necessidades de Maslow -5 Categorias de necessidades humanas Para chegar na prestação do serviço é necessário entender de onde veio o processo no manejo de problema de saúde autolimitado, Maslow elaborou essa pirâmide tratando das necessidades humanas além da necessidade de saúde. Na base as necessidades fisiológicas, necessárias para a sobrevivência como: respiração, comida, água, sexo, sono, homeostase, excreção. Acima das necessidades fisiológicas estão as necessidades de segurança envolvendo segurança do corpo, do emprego, de recursos, da moralidade, da família, da saúde, da propriedade. Acima das necessidades de segurança estão as necessidades de amor ou relacionamento envolvendo amizade, família, intimidade sexual. Acima temos as necessidades referentes a estima contendo a auto-estima, confiança, conquista, respeito dos outros, respeito aos outros. E acima da estima as necessidades referentes a realização pessoal incluindo moralidade, criatividade, espontaneidade, solução de problemas, ausência de preconceito, aceitação dos fatos. Um indivíduo só sente o desejo de satisfazer a necessidade de um próximo estágio se a do nível anterior estiver sanada. De acordo com Maslow “Se você planeja ser qualquer coisa menos do que aquilo que você é capaz, provavelmente você será infeliz todos os dias de sua vida.” De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) saúde como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de afecções e enfermidades”. Fernanda Iachitzki Necessidade em saúde Quando falamos de necessidade em saúde, temos 4 eixos 1. Garantia de acesso a tecnologias Tecnologias que melhorem e prolonguem a vida, dentro dessas tecnologias se encontram os medicamentos e outros produtos para saúde como os de higiene por exemplo. 2. Necessidade de vinculo com profissional e equipe de saúde Em que