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nós temos o estabelecimento de uma relação continua no tempo, pessoal e intransferível, calorosa 3. Necessidade de autonomia e autocuidado Satisfação de suas necessidades da forma mais ampliada possível, eu deixo de assumir a completa responsabilidade por esse paciente, e nós vamos compartilhar essa responsabilidade pela saúde do individuo. Então individuo também é responsável pela sua saúde. 4. Necessidade de boas condições de vida Determinantes socias de saúde, uma cidade saudável, uma atenção integral, o acesso aos cuidados, acesso ao sistema de saúde. Queremos atingir um estado de bem-estar social e para isso precisamos promover saúde sempre levando em consideração as inter- relações das dimensões individuais e coletivas. Então é um conjunto de ações envolvidas na promoção da saúde que vão fazer com que o indivíduo atinja o bem-estar social Autocuidado É um comportamento do individuo que atua de maneira autônoma para estabelecer e mantes a própria saúde, prevenir e lidar com as doenças. Trata-se de um amplo conceito, que inclui: ↳Higiene (geral e pessoal) ↳Alimentação (tipo e qualidade dos alimentos ingeridos) ↳Estilos de vida (atividade desportivas, lazer, etc.) ↳Fatores ambientais (condições de vida, hábitos sociais, etc) ↳Fatores socioeconômicos (níveis de renda, níveis culturais, etc;) ↳Automedicação “A automedicação é a escolha e o uso de medicamentos, feitos pelos indivíduos, para tratar distúrbios e sintomas autorreconhecíveis.” “A automedicação é um elemento do autocuidado.” Os medicamentos envolvidos na automedicação são os Medicamentos Isentos de Prescrição Fernanda Iachitzki Medicamentos isentos de prescrição Medicamentos isentos de prescrição são medicamentos disponíveis ao autosserviço em farmácias e drogarias e que, dessa forma, não necessitam de prescrição médica para que sejam dispensados Quais são os critérios que um medicamento tem que atender para ser um MIP? 1. O MIP deve ser indicado para o tratamento de doenças não graves e com evolução lenta ou inexistente; 2. O MIP deve possuir reações adversas com casualidades conhecidas, baixo potencial de toxicidade e de interações medicamentosas; 3. O MIP deve ser utilizado por um curto período ou pelo tempo previsto em bula no caso de medicamentos de uso preventivo (não existe, “MIPs de uso continuo”); 4. O MIP deve ser de fácil manejo pelo paciente, cuidador ou mediante orientação pelo farmacêutico; 5. O MIP deve apresentar baixo potencial de risco ao paciente; 6. O MIP não deve possuir potencial de gerar dependência química ou psíquica; RDC N° 98, DE 1° DE AGOSTO DE 2016 Dispõe sobre os critérios e procedimentos para o enquadramento de medicamentos como isentos de prescrição e o reenquadramento como medicamentos sob prescrição e dá outras providências. LMIP- Lista de Medicamentos Isentos de Prescrição São considerados medicamentos isentos de prescrição aqueles cujos grupos terapêuticos e indicações terapêuticas estão descritos na Lista de Medicamentos Isentos de Prescrição (LMIP) *Essa lista só da os grupos, para saber o nome do medicamento procurar na lista CMED. Cuidado farmacêutico Processo de cuidado Fernanda Iachitzki Manejo de problema de saúde autolimitado Conceito: Serviço pelo qual o farmacêutico acolhe uma demanda relativa a problema de saúde autolimitado, identifica a necessidade de saúde, prescreve e orienta quanto a medidas não farmacológicas, medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica e, quando necessário, encaminha o paciente a outro profissional ou serviço de saúde. Termos relacionados: indicação farmacêutica, automedicação responsável, indicación farmacêutica, automedicación responsable, managemente of minor illness e responsible self medication Legislação RESOLUÇÃO N° 586 DE AGOSTO DE 2013 Regula a prescrição farmacêutica e dá outras providências. Art. 6°- O farmacêutico poderá prescrever medicamentos cuja dispensação exija prescrição médica, desde que condicionado à existência de diagnostico prévio e apenas quando estiver previsto em programas, protocolos, diretrizes ou normas técnicas, aprovados para uso no âmbito de instituições de saúde ou quando da formalização de acordos de colaboração com outros prescritores ou instituições de saúde. Caso clínico Sofia, 37 anos de idade, vai à farmácia com queixa de tosse, coriza e dor de cabeça, com inicio há 3 dias. Não apresenta febre (temperatura de 36,7°C- você mediu). Aparentemente parece ser um resfriado. Como manejar esse caso? Começa com a anamnese Método clínico Anamnese Coleta de dados, identificação da farmacoterapia, plano de cuidado e retorno Avaliação dos sinais e sintomas É importante avaliar o tempo para saber se é um caso crônico, pq nesse caso tenho que fazer o encaminhamento, se for agudo eu posso manejar na farmácia mesmo. Fernanda Iachitzki Situações especiais e precauções (podem requerer um encaminhamento) Plano de cuidado O plano de cuidado contempla tanto terapia farmacológica, quanto não farmacológica e encaminhamento a outro profissional ou serviço de saúde e/ou outras intervenções relativas ao cuidado Para elaborar o plano de cuidado contemplando tanto terapia farmacológica como a não farmacológica ou até mesmo o encaminhamento temos que verificar qual é a indicação clínica, sinais e/ou sintomas que justificam a escolha da terapia farmacológica. Qual é o objetivo terapêutico, o que eu pretendo atingir com o uso do medicamento (cura, alivio, prevenção de uma complicação, entre outros. Meta terapêutica, parâmetros para mensuração, frequência e forma de avaliação dos resultados, em termos de efetividade e segurança, como avaliar isso? Por exemplo, se é um paciente que apresenta febre, qual a temperatura que ele tem que atingir com o uso do medicamento?. Via de administração, conforme necessidade de local ou velocidade de inicio de ação, ciclo de vida, preferências pessoais, crenças. Classe farmacológica e princípio ativo, a gente vai escolher de acordo com a segurança, efetividade e conveniência e relação custo- benefício para o alcance dos objetivos terapêuticos pretendidos (pensar no acesso, o medicamento pode ser maravilhoso, mas as vezes o paciente não vai poder pagar). O medicamento em si que a gente vai escolher, nome do medicamento ou formulação, concentração/dinamização e forma farmacêutica. Regime terapêutico, qual vai ser a dose, frequência de administração do medicamento e duração do tratamento e instruções adicionais quando tiver necessidade. Orientações -Como seguir o plano de cuidado -Como utilizar corretamente os medicamentos e a terapia não farmacológica -Quais são os efeitos esperados, e quanto tempo aguardar para que eles ocorram -O que fazer, caso os sinais e/ou sintomas não melhorem com as medidas adotadas -Reações adversas a medicamentos e as interações medicamentosas relevantes -Informações relativas ao armazenamento do medicamento e de outros produtos relacionados à saúde Fernanda Iachitzki Manejo da tosse-algoritimo Fernanda Iachitzki Atenção farmacêutica 1 Revisão da farmacoterapia e conciliação de medicamentos Sumário • Revisão da farmacoterapia -Indicação clínica -Regime terapêutico -Interações -Otimização da posologia -Reações adversas Conciliação de medicamentos nos diferentes níveis de assistência Revisão da farmacoterapia “Identificar problemas relacionados à farmacoterapia está para o cuidado farmacêutico assim como o diagnóstico a doença está para a medicina” ↳ Essa etapa é importantíssima na nossa conversa com