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UNIVERSO - QUESTIONÁRIO DE PROCESSO PENAL I - VT

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
CURSO DE DIREITO 
CAMPUS GOIÂNIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I – TURMA N1 
PROF.º SILVIO ARAÚJO DE OLIVEIRA 
 
 
 
QUESTIONÁRIO 
 
 
 
 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
MATRÍCULA: 600090165 
 
 
 
 
 
Goiânia – Goiás 
2020 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
DENÚNCIA/QUEIXA/AÇÃO PENAL 
 
1 - Quais são os elementos ou requisitos essenciais da denúncia ou queixa? 
 Conforme aduz o Art. 41, do Código de Processo Penal: “Art. 41. A denúncia ou queixa conterá 
a exposição do fato criminoso, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado ou 
esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo, a classificação do crime e, quando necessário, o rol 
das testemunhas. 
2 - Quais os prazos para o oferecimento da denúncia? 
 Os prazos estão definidos no Art. 46, primeira parte, do Código de Processo Penal, in verbis: 
“O prazo para oferecimento da denúncia, estando o réu preso, será de 5 dias, contado da data em que 
o órgão do Ministério Público receber os autos do inquérito policial, e de 15 dias, se o réu estiver solto 
ou afiançado”. 
3 - A denúncia poderá ser rejeitada? Quais os motivos legais? Da referida decisão caberá recurso? 
 Sim. A denúncia pode ser rejeitada, conforme aduz o Art. 395, do CPP: “A denúncia ou queixa 
será rejeitada quando: I - for manifestamente inepta; II- faltar pressuposto processual ou condição para 
o exercício da ação penal; III - faltar justa causa para o exercício da ação penal.” 
 O recurso cabível para combater a rejeição da denúncia ou queixa, como se lê do artigo 581, I, 
do Código de Processo Penal, é o recurso em sentido estrito. Se for recebido, caberá da parte do réu 
a impetração de habeas corpus, se for o caso, objetivando trancar o processo. 
4 - O Ministério Público poderá aditar a queixa para acrescentar pessoas? Justifique! 
 Há duas correntes doutrinárias que se debruçam sobre o Art. 45, do Código de Processo Penal, 
que estabelece: “A queixa, ainda quando a ação penal for privativa do ofendido, poderá ser aditada 
pelo Ministério Público, a quem caberá intervir em todos os termos subsequentes do processo”. 
 Tal debate doutrinário se dá no sentido em que “o Ministério Público não pode aditar a queixa-
crime e incluir outro autor” ou “o Ministério Público pode aditar a queixa-crime e incluir outro autor”. 
 A doutrina majoritária se opõe à intervenção do Ministério Público aditando a queixa-crime. 
5 - Quais os princípios da ação penal púbica incondicionada? 
 A ação penal pública é aquela cujo titular é o Ministério Público, na figura dos promotores de 
justiça ou dos Procuradores da República, que exercem seu direito de ação por meio da denúncia (peça 
inicial da ação penal pública). 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
 A Ação Penal Pública Incondicionada se conceitua como aquela que não depende da satisfação 
de nenhuma condição para que o Ministério Público exerça sua titularidade oferecendo a denúncia. Tal 
modalidade de ação penal pública não depende de representação. 
Os princípios que regem as Ações Penais Públicas são: Princípio da Oficialidade, Princípio da 
Indisponibilidade, Princípio da Obrigatoriedade, Princípio da Indivisibilidade e Princípio da 
Transcendência. 
6 - Comente acerca do princípio da (in)divisibilidade da denúncia? 
 O Princípio da Indivisibilidade alude que o Ministério Público deve denunciar todos os 
envolvidos do crime. 
7 – É possível haver retratação da representação? Justifique! 
 Após o oferecimento da denúncia, a representação é irretratável (art. 25 do CPP e art. 102 do 
CP). Somente é cabível a retratação antes de a denúncia ser oferecida, isto é, antes de ela ser 
protocolada na Justiça. Quem representou é que pode se retratar. Note que a retratação da 
representação somente pode acontecer até o oferecimento da denúncia. É até o oferecimento, e não 
até o recebimento da denúncia. 
8 - Quais os princípios da ação penal privada? 
 São quatro os princípios que regem a Ação Penal Privada: o Princípio da Conveniência ou 
Oportunidade; o Princípio da Disponibilidade; o Princípio da Intranscendência e o Princípio da 
Indivisibilidade. 
9 - O querelante poderá desistir ou abandonar a queixa uma vez proposta? Justifique! 
 O ofendido pode desistir ou abandonar a ação penal privada até o trânsito em julgado da 
sentença condenatória, por meio do perdão ou da perempção, conforme disposto nos artigos 51 e 60 
do Código de Processo Penal: Art. 51 - O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, 
sem que produza, todavia, efeito em relação ao que o recusar. [...] Art. 60 - Nos casos em que somente 
se procede mediante queixa, considerar- se-á perempta a ação penal: I - quando, iniciada esta, o 
querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 (trinta) dias seguidos; II - quando, 
falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no 
processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo, 
ressalvado o disposto no Art. 36; III - quando o querelante deixar de comparecer, sem motivo 
justificado, a qualquer ato do processo a que deva estar presente, ou deixar de formular o pedido de 
condenação nas alegações finais; IV - quando, sendo o querelante pessoa jurídica, esta se extinguir 
sem deixar sucessor. 
Deve-se recordar que a desistência com a aceitação do ofendido equivale ao perdão. 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
Há, porém, ressalvas que devem ser observadas quanto a este princípio, como leciona Vicente 
Greco Filho: 
“Não pode, porém, transigir, porque a transação envolveria o próprio jus puniendi, que não é seu, mas 
do Estado. Aliás o querelante é substituto processual do Estado, porque age em nome próprio sobre 
direito de terceiro. O querelante tem disponibilidade sobre a ação, não sobre o direito de punir.” 
Portanto, entende-se que não há a possibilidade de o querelante optar por transacionar o 
conteúdo da punição ou, após sentença condenatória, desistir de punir o querelado. 
10 – Quais os prazos previstos para a ação penal privada exclusiva, ação penal privada personalíssima, 
ação penal privada subsidiária da pública e ação penal pública condicionada à representação? 
 Via de regra, consoante artigo 103 do Código Penal e artigo 38 do Código de Processo Penal, 
o prazo decadencial é de 6 (seis) meses, contados da seguinte forma: a) da data em que o ofendido 
veio a saber quem é o autor do crime (ciência inequívoca da autoria), no caso de ação penal privada e 
ação penal pública condicionada à representação; b) do dia em que se esgota o prazo para o 
oferecimento da denúncia, nos demais casos. 
11 – Os institutos do perdão e da perempção poderão ser utilizados na ação penal privada subsidiária 
da pública? Justifique! 
 Perempção é uma previsão penal e processual penal, onde o primeiro está insculpido no Artigo 
107, inciso IV e no segundo, está insculpido no Artigo 60. 
Esta modalidade de extinção de punibilidade é definida como a perda do direito de prosseguir 
na ação privada, ou seja, a sanção jurídica cominada ao querelante em decorrência de sua inércia ou 
negligência. E na ação subsidiária, a negligência do querelante não causa a perempção, devendo o 
Ministério Público retomar a ação como parte principal. 
Não existe perempção na Ação Penal Pública Incondicionada e Condicionada. 
 Perdão é a manifestação do desinteresse em prosseguir com a ação penal privada. Perdoar 
significa: desculpar ou absolver e ocorre somente depois de iniciada a ação penal. 
O instituto do perdão é ato bilateral, exigindo, pois, a concordância do querelado (agressor). 
Salientando que não comporta perdão na ação penal privada subsidiária da pública, pois o 
titular, em última análise, é o Ministério Público (art. 29, do CPP). 
 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
12- Qual o marco inicial para que o contraente enganado ingresse com a queixa-crimena ação penal 
privada personalíssima? Com a morte do contraente enganado alguém poderá ingressar com a queixa 
ou substitui-lo? 
 Há somente uma hipótese de ação penal privada personalíssima, que é a do art. 236 do CP 
(induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento), in verbis: 
“Art. 236 – Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou ocultando-lhe 
impedimento que não seja casamento anterior: 
Pena – detenção, de seis meses a dois anos. 
Parágrafo único – A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não pode ser intentada 
senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de erro ou impedimento, anule o 
casamento.” 
Nesse caso, não se admite sucessão processual, isto é, se a vítima falecer, o processo não poderá 
iniciar ou prosseguir por meio das pessoas mencionadas no art. 31 do CPP. Trata-se de uma 
interpretação do art. 236, parágrafo único, do Código Penal, que menciona a exigência de “queixa do 
contraente enganado”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
COMPETÊNCIA 
1 – De que forma está dividida a competência material? 
 No que se refere à competência material, tem-se que esta é a própria divisão dos órgãos 
jurisdicionais, sabendo que todas as suas funções e atribuições estão dispostas na Constituição Federal 
de 1988. Vale salientar que os órgãos jurisdicionais de competência militar, eleitoral, trabalhista e o 
senado federal integram os órgãos jurisdicionais especiais ou Justiça Especial, ao passo que a Justiça 
Estadual e do Distrito Federal e Territórios são designados à exceção da Justiça Especial. A competência 
material é delimitada por três componentes básicos, são eles: a) em razão da natureza da relação de 
direito (“ratione materiae”): ocorre quando um determinado crime ocorre, e, na maioria das vezes, este 
se encontra previsto em lei, bem como a competência para que ele seja julgado; b) em razão da 
qualidade da pessoa do réu (“ratione personae”): os Juízes de Direito que se encontram distribuídos 
em diversas comarcas possuem a incumbência de julgar determinado sujeito por ter cometido 
determinado delito. Ressalva-se que, determinados indivíduos não podem ser julgados pelo mesmo 
Tribunal onde todos são julgados, tendo em vista que ocupam algum cargo; c) em razão do território: 
um delito sempre será conduzido na localidade onde este foi cometido. Caso não se tenha 
conhecimento de onde o delito ocorreu, este deverá ser julgado no foro do domicílio do réu. 
02 - Comente acerca da Súmula 704 do STF. 
 Súmula 704 do STF: Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido 
processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa 
de função de um dos denunciados. 
 A regra geral é de que haja o desmembramento dos processos quando houver corréus sem 
prerrogativa de foro no STF. 
 A competência penal do STF é de direito estrito, estando prevista taxativamente na CF/88. Logo, 
não pode ser ampliada indevidamente por normas de direito infraconstitucional, como é o caso dos 
dispositivos do CPP que tratam sobre a reunião de processos em caso de conexão. 
Em outras palavras, não se pode ampliar a competência constitucional do STF por força de uma 
lei ordinária (CPP) que determina o julgamento em conjunto. 
O STF definiu, no dia 13/02, que a regra geral passa a ser o desmembramento. No entanto, em 
casos excepcionais, será possível que os demais réus que não têm foro por prerrogativa de função 
também sejam julgados pelo STF em um único processo. Isso se justifica quando o julgamento em 
separado puder trazer algum prejuízo relevante à prestação jurisdicional. 
03 – Comente acerca da Súmula 721 do STF. 
 ● A Súmula 721 foi convertida em Súmula Vinculante 45. 
 Uma súmula do STF que merece uma explicação adicional é a 721, que cuida do alcance da 
competência constitucional do Tribunal do Júri, nestes termos: 
Súmula 721 – “A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa 
de função estabelecido exclusivamente pela Constituição estadual.” 
Há muito, o STF entende que a competência do foro especial estabelecido na Constituição 
Federal prevalece sobre a competência do Tribunal do Júri, no julgamento dos crimes dolosos contra 
a vida. Assim, se um governador de Estado praticar um crime doloso contra a vida, será ele julgado 
pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), e não pelo Tribunal do Júri, haja vista que o governador dispõe 
de foro especial por prerrogativa de função estabelecido na Constituição Federal (CF, art. 105, I, “a”). 
 
Acontece que o STF entende que, além das hipóteses já previstas na Constituição Federal 
(explícita ou implicitamente), a Constituição Estadual pode outorgar foro especial por prerrogativa de 
função a autoridades locais, desde que essa medida não implique prejuízo ao exercício das atribuições 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
da autoridade. Observe que tal foro especial será estabelecido EXCLUSIVAMENTE na Constituição 
Estadual (já que não é previsto explicitamente na Constituição Federal, tampouco é decorrente desta, 
por força da simetria). 
Ah, quer dizer que a Constituição Estadual pode estabelecer outras hipóteses de foro especial 
por prerrogativas de função além daquelas previstas na Constituição Federal? Sim, segundo o STF, 
pode! Porém, nesse caso, tal foro especial estabelecido EXCLUSIVAMENTE na Constituição Estadual 
NÃO prevalecerá sobre a competência do Tribunal do Júri, isto é, se uma autoridade detentora de foro 
especial estabelecido EXCLUSIVAMENTE na Constituição Estadual praticar um crime doloso contra a 
vida, será ela julgada pelo Tribunal do Júri, e não pelo foro especial. É exatamente isto que reza a 
transcrita Súmula 721 do STF. 
 
04 – Qual a teoria adotada pelo C.P.P em relação ao lugar da infração para crimes praticados dentro 
do território brasileiro? E entre países diferentes? 
 A Teoria Mista ou da Ubiquidade é adotada pelo Código Penal Brasileiro, de acordo com o Art. 
6º: “Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, 
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.” 
 Por considerar tanto o local da conduta como o local do resultado, essa teoria consegue 
solucionar o problema dos crimes à distância e também os conflitos de Direitos Penal Internacional, 
fazendo com que o Direito Brasileiro tome a frente de questões que apesar de serem começadas ou 
terminadas em outros países, sejam resolvidas e decididas de acordo com as normas do nosso país. 
 De acordo com essa teoria, uma pessoa que estão em Madri, mas tem a animus novandi 
(intenção de matar) uma vítima que reside no Brasil. Dessa forma, ele envia de Madri uma carta-bomba 
ao destino. Assim, ao chegar ao Brasil, a vítima recebe a carta-bomba e, ao abri-la, detona o seu 
mecanismo de funcionamento, explodindo a bomba, provocando a morte da vítima. Portanto, mesmo 
estando em Madri, o agente da ação poderá responder pelo seu dolo. Isso se não houver convenções, 
tratados e regras internacionais que o Brasil seja signatário, deixando de aplicar sua lei penal. 
 
05 – Para os crimes dolosos contra a vida qual a teoria adotada? 
 
 O crime em sua forma dolosa está previsto no Código Penal com a seguinte redação: 
 
Art. 18 - Diz-se o crime: 
 
I - Doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; 
 
Dessa maneira, segundo o Código, há crime doloso quando o agente quer o resultado (dolo 
direto) ou quando assume o risco de produzi-lo (dolo eventual). Portanto, na hipótese do dolo direto, 
o legislador adotou a teoria da vontade e, no dolo eventual, a teoria adotada é a do assentimento. 
 
06 – Qual o primeiro critério adotado pelo CPP para determinar a competência? 
 O Código de Processo Penal (CPP), discrimina nos incisos de seu artigo 69 os critérios para 
fixação de competência,sendo eles: I – o lugar da infração; II – o domicílio ou residência do réu; III – a 
natureza da infração; IV – a distribuição; V – a conexão ou a continência; VI – a prevenção e a VII – 
prerrogativa de função. 
 Portanto, o primeiro critério a ser adotada é o lugar da infração. 
 
 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
07 – De que forma está dividida a conexão intersubjetiva? 
 
De acordo com a doutrina, a conexão se divide em três espécies: a) intersubjetiva; b) objetiva e 
c) instrumental. 
Fala-se em conexão intersubjetiva quando houver necessariamente vários crimes e vários 
agentes, pouco importando se esses se uniram em concurso, reciprocidade ou simultaneidade. 
 
a) Conexão intersubjetiva por concurso: duas ou mais infrações penais praticadas por várias pessoas 
em concurso; 
 
b) Conexão intersubjetiva por reciprocidade: duas ou mais infrações penais cometidas por duas ou mais 
pessoas, umas contra as outras; 
 
c) Conexão intersubjetiva por simultaneidade: duas ou mais infrações penais praticadas, ao mesmo 
tempo, por várias pessoas reunidas, sem qualquer ajusto prévio, sem uma saber da outra. Falas-se em 
conexão intersubjetiva ocasional. 
 
08 – Um crime de roubo praticado por duas pessoas – existe conexão ou continência? Qual? 
Justifique! 
 Por tratar-se de um mesmo crime (neste caso, o crime de roubo, Art. 157, do CP), existe 
continência. 
 Verifica-se a competência por continência no artigo 77 do Código de Processo Penal que 
estabelece a ocorrência desta quando houver concurso de pessoas acusadas pela prática do mesmo 
crime, ou nos casos de crime continuado, aberratio ictus e concurso formal, razão pela qual o 
julgamento deve ocorrer em um único processo. É a chamada vis atractiva. 
 
Veja-se: 
 
Art. 77. A competência será determinada pela continência quando: 
 
I - Duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração; 
 
II - No caso de infração cometida nas condições previstas nos artigos 70, 73 e 74 do Código Penal. 
 
09 - Quando houver conexão ou continência entre crimes do Tribunal do Júri e a jurisdição comum, 
qual deles prevalecerá? 
 O foro prevalente (art. 78, CPP) ocorre quando houver competência do júri e do foro comum, 
vai tudo para o júri e informa que quem julga é o juiz da comarca em que ocorreu a infração mais 
grave. Se ambas forem de igual gravidade (ex. Furto e furto), julga e o juiz da comarca com mais crimes 
é quem julga. Se tiver a mesma gravidade e o mesmo número de crimes, escolhe o juiz por prevenção. 
 
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes 
regras: 
 
I - No concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a 
competência do júri; 
 
Il - No concurso de jurisdições da mesma categoria: 
 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave; 
 
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas 
forem de igual gravidade; 
 
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos; 
 
III - No concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação; 
 
IV - No concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta. 
 
10 – Em quais situações haverá a separação obrigatória dos processos? 
 São hipóteses de separação obrigatória de processos: 
 
a) Concurso entre a jurisdição comum e a militar; 
 
b) Concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores; 
 
c) Doença mental superveniente à prática delituosa; 
 
d) Citação por edital de um dos corréus, seguida de seu não-comparecimento e não-constituição de 
defensor; 
 
e) Recusas peremptórias no júri. 
 
OBS: Com a Lei nº 11.689/08, que alterou o procedimento do júri, a hipótese de separação obrigatória 
de processos na ausência de intimação da pronúncia ou de não-comparecimento do acusado à sessão 
de julgamento do júri, em se tratando de crime inafiançável, deixou de existir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
PROVA NO PROCESSO PENAL 
 
01 – O que significa ônus da prova? 
 A palavra ônus, segundo o dicionário, significa encargo. Ônus da prova, portanto, é o encargo 
de trazer elementos capazes de certificar uma situação. Ou seja, de comprová-la. No entanto, não pode 
ser confundido com dever, porquanto o dever implica em um direito de outrem. 
Assim, uma relação é caracterizada pela existência de um dever de uma parte em contraposição 
ao direito de outra. Enquanto o descumprimento de um dever implica em uma sanção e interfere no 
direito de outros, o descumprimento do ônus desfavorece a própria parte. Isto porque significa o 
encargo que ela possui em prol do alcance de um interesse. 
Desse modo, no Direito, o indivíduo que possui o ônus da prova está incumbido do dever de 
comprovar o seu interesse e os fatos que o favorecem em um processo. 
A princípio, aquele que afirma tem dever de sustentar suas alegações. Ou seja, de reforçar sua 
tese com as provas necessárias. O art. 319, Novo CPC, por exemplo, já indica, em seu indico VI, que a 
petição inicial deverá ser instruída das provas que demonstrem a verdade dos fatos alegados pelo 
autor. 
No entanto, como se observará, existem exceções à regra. Há casos, então, em que a veracidade 
das alegações é presumida. E, portanto, cabe ao demandado apresentar prova em contrário, no que se 
conhece por inversão do ônus da prova. 
 
 
02 – Defina meio de prova. 
 Meio de prova é tudo aquilo que liga a fonte de prova ao processo judicial, isto é, o meio 
funciona como uma ponte, ao passo de trabalhar como um conector entre as provas e processo judicial, 
quais sejam: meio de prova documental, meio de prova pericial, meio de testemunhal etc. 
 
03 - Quais os fatos que não necessitam ser provados? 
 Prova é todo elemento pelo qual se procura mostrar a existência e a veracidade de um fato. Sua 
finalidade, no processo, é influenciar no convencimento do julgador. No processo penal, somente no 
que diz respeito ao estado de pessoa é que se observará a restrição à prova, imposta pela lei civil (art. 
155, CPP), no mais, tem-se plena liberdade para a sua produção, principalmente pela necessidade da 
busca da verdade real. 
 
 Alguns fatos independem de prova, isto é, não necessitam ser provados. São eles: 
 
a) fatos axiomáticos ou intuitivos: aqueles que são evidentes. Se o fato é evidente, se a convicção já 
está formada, não necessita de prova. Exemplo: um ciclista atropelado por um caminhão e tem o corpo 
dilacerado. O exame cadavérico interno é dispensado para provar a morte, pois sua causa é evidente, 
nos termos do parágrafo único do art. 162, CPP. 
 
b) fatos notórios: são os de conhecimento geral, a “verdade sabida”. Exemplo: não é necessário provar 
que no dia 7 de setembro comemora-se a Independência do Brasil. 
 
c) presunções legais: conclusões decorrentes da própria lei. Exemplo: menor de 18 anos é inimputável. 
 
d) fatos inúteis: são os que não influenciam na decisão da causa. Exemplo: saber a cor preferida da 
testemunha. 
 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
O direito em regra independe de prova, segundo o brocardo jura novit curia, ou seja, presume-
se que o juiz o conhece. Há exceções, porém, quanto a: 
 
a) leis estaduais e municipais; 
 
b) normas administrativas; 
 
c) costumes; 
 
d) leis estrangeiras. 
 
 Cumpre lembrar que o fato incontroverso (admitido pela outra parte) necessita de prova, pois, 
como já dito, em nosso Direito Processual Penal vigora o princípio da “verdade real” e não o da 
“verdade formal”, não devendo o juiz se conformar com a verdade admitida pelas partes. 
 
04 – O que são fatos incontroversos? 
 Torna-se incontroverso o fato quando a parte que tinha o ônus de se manifestar sobre 
determinada declaração, silencia. Ou seja, é o silêncio da parte que tinha a incumbência denão silenciar 
que torna o fato incontroverso. Previsto no art. 334, inciso III, do Código de Processo Civil (12), o fato 
incontroverso pode recair tanto em desfavor do autor como do réu, sempre quando um silenciar 
quando tinha o ônus de se manifestar quanto à declaração do outro. 
Embora não esteja previsto em nenhum dispositivo do Código de Processo Civil, o silêncio ganha 
relevância quando se fala de fatos incontroversos, inclusive sendo considerado um meio de prova. Isso 
ocorre porque ele é capaz de influenciar e convencer o juiz em suas decisões, tanto quanto qualquer 
outro tipo de prova.(13)Imaginemos uma situação onde o autor de uma ação refere na sua petição 
inicial que o réu lhe pagou determinado título após o prazo de vencimento, exigindo, assim, os 
competentes encargos moratórios. Em contestação, o réu afirma apenas que o valor principal não 
estaria correto, silenciando quanto ao atraso no pagamento. O fato "pagamento após o vencimento" 
fica considerado como incontroverso. 
No entanto, importante esclarecer que, sobre os fatos incontroversos, podem recair provas em 
contrário. No caso acima exemplificado, na fase de instrução processual poderia sobrevir um ofício do 
banco, em que se comprovaria nos autos mediante o extrato bancário que, em verdade, o título foi 
pago no dia do vencimento, prejudicando aquilo que se tinha como incontroverso. Quer-se dizer que 
o silêncio de quem tinha o ônus de se manifestar gera uma presunção iuris tantum, passível, portanto, 
de prova em contrário. 
Muitas vezes questiona-se se, na réplica, o autor tem o ônus de se manifestar em relação aos 
fatos arrolados pelo réu na sua contestação. Afinal, o silêncio na réplica tornaria incontroversos os 
fatos deduzidos pelo réu na contestação? Acreditamos que seria de rigor excessivo admitir esta 
hipótese, pois, em verdade, o autor não tem o ônus de "não silenciar" em réplica; mas, por cautela, 
prima pelo razoável impugnar na primeira oportunidade as manifestações fáticas trazidas pela 
contraparte. 
 
05 – O que vem a ser prova emprestada? 
 Para Nelson Nery Jr. prova emprestada é "aquela que, embora produzida em outro processo, se 
pretende produza efeitos no processo em questão. Sua validade como documento e meio de prova, 
desde que reconhecida sua existência por sentença transitada em julgado, é admitida pelo sistema 
brasileiro." 
 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
06 – Quais os sistemas de apreciação das provas? Qual deles é o vigente no processo penal? 
 São três os principais sistemas probatórios catalogados até então, quais sejam, sistema legal de 
provas (prova tarifada), sistema da intima convicção e sistema do livre convencimento motivado 
(persuasão racional). 
 o Brasil adota o sistema do livre convencimento motivado (Art. 155, do CPP), bem como o 
sistema da íntima convicção (apenas para o júri). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
DO EXAME DO CORPO DE DELITO E CORPO DE DELITO 
 
1 - Diferencie corpo de delito de exame de corpo de delito. 
 Denomina-se materialidade a prova da existência do crime. Para haver condenação, é 
imprescindível a prova da materialidade e da autoria. Algumas infrações penais deixam vestígios reais, 
ou seja, rastros que podem ser visualizados (ex.: o cadáver, no crime de homicídio). 
Por isso, quando o delito deixar esse tipo de vestígio material é indispensável o exame de corpo 
de delito (art.158, do CPP). 
Ocorre que há uma confusão gerada na doutrina acerca das denominações, que implicam coisas 
diversas. Corpo de delito é a materialidade do crime. Exame de corpo de delito é a perícia que se faz 
para apontar a referida materialidade. Logo, não são sinônimos. 
 
02 – O que significa exame de corpo de delito direto e indireto? 
 Corpo de delito direto e indireto. De forma direta, realiza-se por perícia, a forma científica mais 
próxima de se atestar a existência ou inexistência de algo (ex.: drogas). De forma indireta, o corpo de 
delito advém da prova testemunhal (art. 167, CPP). Não é a forma correta e ideal, mas um escape para 
evitar a impunidade de certos delitos (ex.: testemunhas veem o agente desferir vários tiros na vítima, 
jogando-a, depois, de um penhasco nas águas do mar, onde desaparece). A possibilidade de atestar a 
morte de alguém por testemunhas é capaz de gerar erro, mas, conforme o exemplo dado, o percentual 
é muito baixo. Diante disso, aceita-se o corpo de delito indireto para a condenação. 
03 – Quais os requisitos para a realização do exame de corpo de delito? 
 Sabemos que determinados crimes, dada a sua natureza, deixam vestígios materiais (facta 
permanentes), ao passo que outros, sem resultado naturalístico, não permitem que se constatem 
vestígios (facta transeuntes). Em relação aos primeiros, por força de expressa disposição do art. 158 
do CPP, há necessidade da realização do exame de corpo de delito: 
“Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto 
ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.” 
04 – A quem caberá a iniciativa do exame de corpo de delito? Quando deverá ser realizada? 
 O exame de corpo de delito diferencia-se de outras periciais porque ele maneja o resultado do 
crime, enquanto as demais provas técnicas vão dar conta das circunstancias do delito, quer dizer: 
 
“Essas são as perícias realizadas para a demonstração de circunstâncias do crime (modo, tempo de 
execução etc.), que, inclusive, poderão ser úteis na identificação da autoria, como ocorre com o exame 
de balística, bem como de todos aqueles realizados sobre o instrumento do delito, como a autópsia 
(art. 162), a perícia realizada no local do crime (em caso de incêndio, por exemplo) e, por fim, com os 
exames laboratoriais (art. 170)”. 
 
Como dito, é um meio de prova elaborado por pessoas com conhecimentos técnicos ou 
científicos, preferencialmente pelo perito oficial, portador de diploma de curso superior na área, e, na 
ausência deste, será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, que detenham de diploma de curso 
superior, com preferência no campo específico ou ligado à natureza do exame (CPP, art. 159, § 1º). 
 
A realização do exame de corpo de delito pode ser realizada em qualquer dia e hora (CPP, art. 
161), e ser determinado pela Autoridade Policial e pelo juízo a requerimento da acusação, contudo, 
em que pese detentores de tal poder, nunca podem determinar qual a conclusão que o perito deverá 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
chegar, pois, ao exercer a atividade de perito oficial de natureza penal, é assegurado ao expert a 
autonomia técnica, cientifica a funcional para firmar sua conclusão (Lei nº 12.030/09, art. 2º). 
 
05 – A confissão do acusado supre a necessidade do exame de corpo de delito? 
 Com fundamento no art. 158 do Código de Processo Penal (in verbis: “Quando a infração 
deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo 
supri-lo a confissão do acusado.”), inclusive confundindo-se o exame de corpo de delito indireto 
com a prova testemunhal, esta, a última hipótese. 
06 – A prova testemunhal poderá substituir o exame de corpo de direto? Justifique! 
 O art. 167 do CPP é taxativo em prever que a prova testemunhal poderá suprir a falta do exame 
de corpo de delito por haverem desaparecido os vestígios quando pretendida a prova em tempo. Não 
se fala em desídia, ou em faculdade, mas apenas em desaparecimento dos vestígios por força maior. 
Não diz o texto do dispositivo legal “porque demandada em destempo”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
INTERROGATÓRIO 
 
01 – Qual a natureza jurídica do interrogatório? 
 Acalorada discussão surge acerca da natureza jurídica de tal ato processual: seria um meio de 
prova ou um meio de defesa? Trata-se de meio de defesa, nalição de Ada, Scarance e Magalhães, para 
quem “ainda que se quisesse ver o interrogatório como meio de prova, só o seria em sentido 
meramente eventual, em face da faculdade de o acusado não responder. A autoridade estatal não pode 
dispor dele, mas deve respeitar sua liberdade no sentido de defender-se como entender melhor, 
falando ou calando-se. O direito ao silêncio é o selo que garante o enfoque do interrogatório como 
meio de defesa e que assegura a liberdade de consciência ao acusado”. 
02 – Quais as características do interrogatório? 
 Apontam-se algumas características próprias do interrogatório. Assim, ele é marcado pela 
publicidade, isto é, tal qual os demais atos judiciais, ele é público, realizado de portas abertas, 
ressalvada a exceção tratada no § 1º, do art. 792, do Código. 
É também um ato personalíssimo, na medida em que somente o próprio réu pode a ele 
submeter-se, vedada, assim, a possibilidade de sua realização através de representação. 
A oralidade é outra característica do interrogatório. Consiste o interrogatório no único ato 
processual no qual o réu pode, de viva voz, dar ao juiz sua explicação para os fatos que se lhe imputam. 
O interrogatório ainda se caracterizava pela judicialidade, pois não admitia o contraditório, 
cabendo somente ao juiz dele participar, com a formulação de perguntas ao acusado. Saliente-se, 
porém, que a atual redação do art. 188 autoriza que as partes intervenham no ato, a fim de que algum 
fato seja esclarecido. Não há mais que se falar, portanto, em judicialidade, afastada quer pela 
possibilidade de participação das partes, quer porque obrigatória a presença delas ao ato. 
 
03 - Qual a consequência da ausência do interrogatório? 
 O não acatamento dos pressupostos elencados nos Art. 185 a 196, ferirá o princípio da ampla 
defesa, direito constitucional assegurado. 
Ausência de interrogatório no curso da ação: há dois posicionamentos, a nulidade relativa e a 
nulidade absoluta. Este último é prevalecente, pois que viola a ordem constitucional da ampla defesa. 
04– Qual o conteúdo do interrogatório? 
 Conteúdo: O interrogatório será constituído por duas partes (art.187, CPP): 
I - Versará sobre a pessoa do acusado (interrogatório de classificação); 
II - Trará questões sobre os fatos apurados (interrogatório de mérito). 
 
05 – Qual o momento processual em que ocorrerá o interrogatório? 
 Sabemos que a persecução criminal se divide em duas fases, a fase de investigação e a fase 
processual. O interrogatório se dará nessas duas fases da persecução criminal. 
Em sede de investigação criminal, aquela fase onde será angariando os elementos de convicção 
que irão respaldar a denúncia/queixa, ou seja, juntar elementos de convicção de materialidade e autoria. 
juntar provas e suspeito por, supostamente, cometer crime. Ocorrerá o interrogatório do suspeito ou 
indiciado que será conduzido pela autoridade policial. 
Já na fase processual teremos o interrogatório do acusado e será conduzido pela autoridade 
judicial que presidirá a audiência, o juiz. 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
Dentro do desenvolvimento do processo o interrogatório do réu ocorrerá, como regra, ao final 
da instrução, ou seja, após ouvir todos participantes (peritos, vitima, testemunhas, etc.) então, o juiz 
ouvirá o réu. 
O réu está na posição passiva, está na retranca, é o sujeito passivo, pois ele precisa saber tudo 
que está acontecendo no processo e tudo que foi dito pelos outros atores processuais para, então, 
exercer plenamente seu direito de defesa. 
Por outro lado, tratando-se do procedimento especial da lei de drogas, lei 11.343/06, e da lei 
4898/65, lei do abuso de autoridade, o réu, nesses dois casos, será ouvido primeiro e não ao fim da 
instrução. Segundo o STJ NÃO trata-se de violação a ampla defesa pois são duas leis especiais e que 
tem previsão em seu texto, o exato momento em que o réu será ouvido. Esse fato derroga a previsão 
do Código de Processo Penal que é uma lei geral. 
O interrogatório também poderá ser realizado, a priori ou novamente, em sede de Tribunal de 
Justiça. (art. 616, CPP). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
CONFISSÃO 
 
01 – O que vem a ser confissão qualificada? 
 Confissão Qualificada: Confirma o fato que lhes foi atribuído, porém, o réu opõe-se devido a um 
fato impeditivo ou modificativo, procurando uma excludente de antijuridicidade, culpabilidade ou 
eximentes de pena. P. ex. O réu confessa ter emitido cheque sem provisão de fundos, porém alegou 
que a vítima já sabia e que iria descontá-lo posteriormente; 
 
02 – Quais as características da confissão? 
 Com vista à validade da confissão, aponta a doutrina a necessidade da presença de requisitos 
intrínsecos e de requisitos formais. Como requisitos intrínsecos, destacam-se a verossimilhança, que se 
traduz como a probabilidade de o fato efetivamente ter ocorrido da forma como confessada pelo réu; 
a clareza, caracterizada por meio de uma narrativa compreensível e com sentido inequívoco; a 
persistência, que se revela por meio da repetição dos mesmos aspectos e circunstâncias, sem 
modificação no relato quanto aos detalhes principais da ação delituosa; e a coincidência entre o relato 
do confitente e os demais meios de prova angariados ao processo. Por outro lado, como requisitos 
formais estão a pessoalidade, devendo a confissão ser realizada pelo próprio réu, não se admitindo 
seja feita por interposta pessoa, como o defensor e o mandatário; o caráter expresso, pois deve ser 
reduzida a termo; oferecimento perante o juiz competente, qual seja, o que está oficiando no processo 
criminal; a espontaneidade, impondo-se que seja oferecida sem qualquer coação; e a saúde mental, 
possibilitando-se o convencimento do juízo de que o relato não está sendo fruto da imaginação ou de 
alucinações do acusado. 
Desses requisitos, convém destacar a pessoalidade e a espontaneidade. O primeiro se refere ao 
caráter personalíssimo da confissão: somente o acusado pode confessar o fato delituoso, sendo vedada 
a confissão por procuração, fato esse que diferencia da confissão do processo civil. 
A propósito, confira-se o magistério de TOURINHO FILHO (p. 293): 
 
‘No Processo Civil, admite-se, até a confissão por intermédio de mandatário com poderes 
especiais, conforme prescreve o art. 349, parágrafo único do CPC. No Processo Penal, isso não é 
possível, não só porque a confissão, no campo penal, é um ato processual personalíssimo, como 
também porque há em jogo interesse público e, por isso mesmo, indisponível. Não é possível, pois, 
confessar por intermédio de procurador, por mais extensos e especiais que sejam os poderes a ele 
conferidos.’ 
 
Já a espontaneidade, que também se confunde com uma característica da confissão, nas palavras 
de Renato Brasileiro de LIMA, significa que “não pode haver qualquer forma de constrangimento físico 
e/ou moral para que o acusado confesse a prática do fato delituoso. Aliás (...) constitui crime de tortura 
constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou 
mental com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa” (p. 
982). 
 
Portanto, para que a confissão seja válida é necessário o preenchimento dos requisitos formais 
e intrínsecos. 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
Além da pessoalidade e da espontaneidade, duas outras características são de extrema 
relevância na figura da confissão. É a divisibilidade e a retratabilidade, consoante regra do artigo 200 
do CPP. 
A divisibilidade, segundo Edilson Mougenot BONFIM, “traduz-se na possibilidade, fundada na 
vigência do princípio do livre convencimento motivado, de que o juiz aceite a confissão parcialmente, 
repudiando, ao mesmo tempo, a parte que reputar inverossímil” (p. 347). 
Já a retratabilidade consiste na possibilidade do confessado de se retratar,ou seja, de desdizer 
a sua afirmação anterior, a qualquer momento. Nesse raciocínio, Norberto AVENA informa que “a 
retratabilidade quer dizer que se o réu, mesmo confesso em juízo, voltar atrás, caberá ao magistrado 
confrontar a confissão e a retratação que lhe sucedeu com os demais meios de prova incorporados ao 
processo, verificando, então, qual delas deve prevalecer. Assim, tal circunstância não significa que uma 
vez retratada a confissão de um crime, perca ela seu valor como prova. Nada impede, assim, que venha 
o juiz, a partir de seu livre convencimento, considerar como verdadeira a confissão e falsa a retratação” 
(p. 493). 
Ainda sobre esse tema, convém destacar o posicionamento de Aury LOPES JR (p. 647): 
(...) A questão mais relevante diz respeito à confissão obtida na fase policial e, posteriormente, 
retratada em juízo. Seguindo a linha de pensamento desenvolvida, somente a confissão feita em juízo 
poderia ser utilizada no julgamento (junto com as demais provas, é claro). Assim, quando houver 
confissão na fase pré-processual e retratação na fase processual, não existiu confissão alguma a ser 
valorada na sentença. Advertimos, contudo, que ainda predomina o entendimento na jurisprudência 
que o juiz pode formar seu convencimento a partir da confissão feita na fase policial, o que nos parece 
um absurdo. (...) 
Assim, pode-se concluir que a confissão tem como características principais, além da 
pessoalidade e da espontaneidade, a divisibilidade e a retratabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
PROVA TESTEMUNHAL 
 
01 – Quais as características da prova testemunhal? 
a) Judicialidade: só é prova testemunhal aquela produzida em juízo. 
b) Oralidade: deve ser colhida por meio de uma narrativa verbal prestada em contato direto com o 
magistrado e as partes e seus representantes. 
c) Objetividade: a testemunha deve depor sobre os fatos sem externar opiniões ou emitir juízo de 
valor. 
d) Retrospectividade: a testemunha deverá falar sobre os fatos em que assistiu. 
e) Imediação: a testemunha deverá dizer em juízo aquilo que captou imediatamente por meio de seus 
sentidos. 
f) Individualidade: cada qual prestará seu depoimento isoladamente da outra. 
02 – Quais as testemunhas dispensadas de depor? 
 Estão dispensados o cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, e os afins em linha reta do 
acusado. 
03 – Quais as testemunhas proibidas de depor? 
 Art. 207, do CPP - São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, 
ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem 
dar o seu testemunho. 
“Trata-se de norma ditada por razões de conveniência ou de moralidade. A proteção ao segredo 
profissional, segundo Tornaghi, decorre do interesse de todos, da necessidade que cada um tem de 
confiar e de estar seguro de que seu segredo não será revelado, e sua revelação poderá até 
constituir crime, nos termos do art. 154 do CP”. 
Função é o encargo que cabe a uma pessoa por força de lei, decisão judicial ou convenção (tutor, 
curador, diretor de banco ...); 
Ministério o encargo que pressupõe um estado ou condição individual de fato (padre, irmão de 
caridade ...); 
Ofício a ocupação habitual consistente em prestação de serviços manuais (mecânico, eletricista, 
digitador ...); 
Profissão é toda e qualquer forma de atividade habitual com fim de lucro (advogado, médico, 
engenheiro ...)” 
04 – O que vem a ser contradita e em qual momento processual deverá ocorrer? 
 “Contradita é impugnação, contestação. Ora, se a contradita ocorre antes da tomada do 
depoimento da testemunha (RT, 744/518), isto é, antes de o Juiz indagar-lhe sobre o que sabe a 
respeito dos fatos, é evidente que deve versar sobre o que foi por ela declarado até então. Isto é, a 
testemunha forneceu a sua identidade, disse não ter parentesco nem com o réu nem com a vítima e 
prestou o compromisso. Logo, a contradita deve referir-se a esses dados. Poder-se-á alegar sua falsa 
identidade, seu parentesco ou relação de amizade com qualquer das partes, ou, então, a 
impossibilidade de depor, por se tratar de pessoa cujo depoimento é proibido, nos termos do art. 
207.” 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
05 – Qual o número de testemunhas previsto para os procedimentos comum ordinário e sumário? 
O número máximo de testemunhas que podem ser arroladas pelas depende do procedimento. 
• Procedimento ordinário – máximo 8 (oito) 
• Procedimento sumário – máximo 5 (cinco) 
• Procedimento sumaríssimo – máximo 3 (três) 
 
06 – O que são testemunhas impróprias? 
 Na lição do emérito jurista, Dr. Luiz Flávio Gomes, a testemunha imprópria, instrumentária ou 
fedatária é a que "depõe sobre a regularidade de um ato, ou seja, são as testemunhas que confirmam 
a autenticidade de um ato processual realizado. Depõem, portanto, sobre a regularidade de atos que 
presenciaram, não sobre os fatos que constituem o objeto principal do julgamento". 
Cite-se como exemplo, as testemunhas instrumentárias do interrogatório extrajudicial (art. 6º, V, 
parte final, do CPP), do auto de prisão em flagrante (art. 304, § 2º e 3º, do CPP) entre outras hipóteses. 
 
07 – Qual o momento processual para a oitiva das testemunhas? 
 O art. 414, § 1º, do Código de Processo Civil, dispõe que o momento oportuno para contraditar 
a testemunha é durante a audiência instrutória, devendo a arguição de incapacidade, impedimento ou 
suspeição anteceder o seu depoimento. Passada a oportunidade sem a comprovação da contradita 
pela parte, resta preclusa a questão, não sendo lícito discuti-la em momento processual posterior”. 
TJERJ, Apelação no Processo 0012744-22.2005.8.19.0204 – Desembargadora Letícia Sardas, 20ª Câmara Cível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
RESOLUÇÃO DE CASOS 
CASO I – Um policial civil (estadual) e um policial militar (estadual), em atividade conjunta das duas 
polícias, cometeram o delito de lesões corporais dolosas e de abuso de autoridade na cidade de 
Goiânia. Supondo esteja presente uma das situações de conexão previstas no art., 78 do CPP, qual 
será a justiça e órgão competente para o julgamento dos réus? 
Seguindo a regra geral, haveria a necessidade de reunião para julgamento simultâneo. Contudo, 
especificamente no caso de militar, não haverá essa reunião de processos, pois o art. 79, I, faz com que se 
opere uma cisão processual (Militar e Civil não se misturam). 
Diante da cisão imposta pelo art. 79, I, o policial militar será julgado na Justiça Militar Estadual pelo 
delito de lesões corporais (crime militar, praticado por militar em atividade militar) e o policial civil, na Justiça 
Estadual pelos dois crimes praticados. 
Mas e o abuso de autoridade praticado pelo militar? Não, esse não é crime militar, logo, não será julgado na 
Justiça Militar. Pelo crime de abuso de autoridade, o policial militar será julgado na Justiça Comum Estadual 
(pois não é crime militar) juntamente com o policial civil (união por força da conexão). 
Incide, no caso, a conjugação das Súmulas ns. 172 e 90 do STJ, que definem: 
172. “Compete à Justiça Comum processar e julgar militar por crime de abuso de autoridade, ainda que 
praticado em serviço.” 
90. “Compete à Justiça Estadual Militar processar e julgar o policial militar pela prática de crime militar, e à 
Comum pela prática do crime comum simultâneo a aquele.” 
 
CASO 2 – E se, hipoteticamente, além desses dois delitos (lesões corporais dolosas e abuso de 
autoridade), na mesma operação policial, esses mesmos agentes cometessem ainda um delito de 
homicídio doloso contra um civil, como ficaria a situação processual? 
Partindo da premissa de que os crimes são conexos (art. 78 do CPP) e de que está presente o peculiar 
interesse militar em relação aos crimes praticados pelo policial militar, a competência para o julgamento 
ficará assim: 
Policial Militar:será julgado pelo delito de lesões corporais na Justiça Militar estadual. Mas essa Justiça não 
tem competência para julgá-lo pelos delitos de abuso de autoridade (pois não é crime militar) e tampouco pelo 
delito de homicídio doloso praticado contra um civil (pois a Lei n. 9.299, já incorporada à Constituição, 
determina que os crimes dolosos contra a vida, cometidos por militares contra civis, serão julgados na Justiça 
Comum, mesmo quando praticados em serviço, com arma militar etc. Sendo praticado por militar contra 
militar, segue a competência da Justiça Militar). Logo, como fica o processo e julgamento por esses dois delitos 
(homicídio doloso e abuso de autoridade)? Serão julgados na Justiça Comum estadual, junto com o policial 
civil, conforme será explicado abaixo. 
Policial Civil: será julgado na Justiça Comum Estadual, no Tribunal do Júri (a competência do Júri atrai o 
julgamento de todos os delitos), pelos três crimes (homicídio doloso + lesões corporais dolosas + abuso de 
autoridade). A reunião dos processos para julgamento simultâneo decorre da conexão (art. 78, I). Juntamente 
com o policial civil \u2013 também na Justiça Comum Estadual, no Tribunal do Júri \u2013 será julgado o 
policial militar, pelos delitos de homicídio doloso e abuso de autoridade. O primeiro por imposição 
constitucional e o segundo por não ser um crime militar. 
Pedro Luiz Pereira de Macedo 
 
CASO 3 – Arnaldo, Sebastião e Alex, previamente ajustados, subtraem em Porto Alegre três veículos 
com os quais, na cidade gaúcha de Guaíba, cometem um roubo a banco, atingindo na fuga um policial 
militar que reagiu, causando-lhe a morte. No outro dia, na cidade de São Lourenço, abordam um rapaz 
e, para subtrair o veículo que ele conduzia, matam-no. Finalmente, semana após, em Camaquã, são 
presos em cumprimento de mandado de prisão preventiva decretada pelo juiz estadual de São 
Lourenço (todas as cidades estão no mesmo estado). No momento da prisão, também é lavrado o 
flagrante pelo porte de 800 g de maconha, comprada com o dinheiro do roubo e destinada a venda. 
O flagrante é homologado e, dez dias depois, o juiz de direito da comarca de Camaquã recebe a 
denúncia por tráfico de substância entorpecente. 
a) – Explique se existe e qual a modalidade de conexão ou continência. 
b) - Qual a justiça será competente para julgá-lo? 
c) – Qual será o órgão? 
d) – Onde (foro) serão julgados? 
e) – O que deverá fazer o juiz com competência prevalente quando receber a denúncia e verificar a 
instauração de processo-crime na cidade de Camaquã? 
 
a) Existe conexão intersubjetiva concursal, art. 76, I, do CPP, devendo todos os crimes e pessoas ser reunidos 
para julgamento simultâneo. 
b) João, Mané e Bráulio serão julgados, por todos os delitos, na Justiça Comum Estadual. Atenção: não é de 
competência da Justiça Militar Estadual, ainda que um dos crimes tenha sido cometido contra militar, pois a 
Justiça Militar Estadual nunca julga civis, só militares (art. 125, § 4º, da Constituição). 
c) Os crimes praticados são: furto (art. 155, do CP), dois latrocínios (art. 157, §§ 1 º e 3º, do CP) e tráfico de 
substâncias entorpecentes (art. 14 da Lei n. 11. 343, Lei de Drogas). Não há crime de homicídio (Art. 121, do 
CP), mas sim de latrocínio (roubo impróprio, pois a violência é empregada após a subtração para assegurar a 
posse ou impunidade), por isso serão julgados pelo Juiz de Direito e não pelo Tribunal do Júri. Se, ao invés de 
latrocínio, fosse homicídio, a situação se alteraria completamente, sendo todos os fatos e réus julgados no 
Tribunal do Júri. 
d) Quanto ao foro, será competente o juiz da comarca de São Lourenço, local da infração mais grave 
(latrocínio), art. 78, II, “a”, do CPP, e prevento (art. 78, II, “c”, do CPP). Existe um “empate” no critério local da 
infração mais grave entre São Lourenço e Guaíba. O desempate se dá pela utilização da alínea “c”, ou seja, a 
prevenção, pois na primeira cidade existe um mandado de prisão expedido pelo juiz. 
e) Caso o processo tenha sido instaurado em diversas comarcas, o juiz de São Lourenço (competência 
prevalente), deverá avocar os demais processos, nos termos do art. 82, do CPP.

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