Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
SIMULAÇÃO REALÍSTICA Lidiely Mello Síndromes hemorrágicas do final da gestação Descolamento prematuro de placenta • É o descolamento da placenta normoinserida antes do nascimento do feto, em gestações com mais de 20 semanas – antes de 20 semanas é considerado aborto. - Descolamento da descídua uterina (face interna); - Descolamento começa na margem e evoluiu retroplacentario; • Ocorre em certa 1% das gestações; • Representa mais de 30% das hemorragias do terceiro trimestre; • Cerca de 50% ocorre antes do trabalho de parto, 40% durante o período de dilatação e 10% no período expulsivo; • 40-80% de mortalidade perinatal, 2% de mortalidade materna; • Etiologia: Maioria das vezes desconhecida, imprecisa e, provavelmente, multifatorial. • - Hipertensão; - Idade avançada; - Trauma; - Gravidez gemelar; - Tabagismo: envelhecimento do vaso sanguíneo; - Multiparidade: a musculatura miometrial se modifica após a primeira gravidez → útero passa de 90 cm³ (da primeira gravidez) para 110 cm³ (segunda gestação), para 130 cm³ na terceira gestação. - Gravidez gemelar e polidramnio: útero cresce demais e destente a área de inserção da placenta; - Placenta circunvalada: placenta sem tamanho único e com uma área de inserção menor; - Miomatose uterina; - Rotura prematura de membrana; - Corioamnionite: infecção; • - Início do deslocamento – hemorragia decidual; - Hematoma retroplacentário; - Infiltração de sangue no líquido amniótico, miométrio, peritônio uterino, trompas,ligamentos redondo, largo e ovários, logo, impedindo o útero de contrair-se; (útero de Couvalaire – atonia); - Tromboplastina decidual>circulação materna>cascata de coagulação>CIVD e ativação do sistema fibrinolítico. • - Morte fetal quando mais que 50% da área da placenta esta descolada; - 80% dos casos: Hemorragia externa – hemorragia ativa em coágulos. - 20% dos casos: Hemorragia oculta - mulher não sabe que está com sangramento, então posterga a ida ao pronto- socorro; - Ocasionalmente hemoâmnio – líquido cor de vinho. → Imagem à esquerda: hemorragia externa comum; Imagem à direita: sangramento oculto. • - Sintomatologia variada; - Dor abdominal leve ou intensa; - Hipertonia uterina (útero em pedra); - Sangramento vaginal (80%); - Contração do útero reativa à irritação do sangue; SIMULAÇÃO REALÍSTICA Lidiely Mello - Associação com HAS ou fumo; - Sinais de choque (sinais iniciais de choque), taquicardia, taquipneia, sudorese; - Cardiotocografia *, USG, Dopplerfluxometria; • - Palidez cutâneo e mucosa; - Hipotensão; - Queda do débito urinário; - Dor abdominal de intensidade variável; • No pré-parto - Internação hospitalar rápida; - Acesso venoso; - Reposição volêmica; - Sondagem vesical; - Exames laboratoriais; No parto: - Trabalho de parto adiantado (período expulsivo): Amniotomia e parto via baixa; - Fora do período expulsivo: Cesariana imediata ❖ 8 a 30% evoluem para CIVD – alterações na coagulação. Passagem para à circulação materna de tromboplastina deciduoplacentária estimulando a cascata de coagulação, com consequente consumo de fibrinogênio. (Paciente sangra por todas as mucosas). Placenta previa • Toda a placenta inserida no segmento inferior do útero após 28 semanas de gestação; - Não é normoinserinda – diferente da placenta que sofre DPP; • A placenta está inserida no segmento (conhecido com istmo no útero não gravídico), que é a parte mais estreita do útero. • - Entre as primigestas é de 1:1500; - Entre as multíparas de 1:20; - A incidência é ascendente até a 4ª década de vida. • - Cicatrizes endometriais prévias: cesáreas, abortos, curetagens, biópsias; - Endometrites anteriore; - Placentas grandes:gestação gemelar, isoimunização RH; - Idade avançada; - Multiparidade. • - Parcial: atinge um lado do orifico do colo; - Marginal; - Centro total • Diagnóstico: - Clínico: sangramento rutilante indolor; - Ultrassonografico: a partir da 28ª semana de gestação. ❖ CARDIOTOCOGRAFIA -PROVA • Pode identificar uma DPP; • Linha de base (frequência do batimento cardíaco fetal: 110 a 160); • Variabilidade (pelo menos 5 ascendentes e descendente) • Acelerações transitórias (aumento de 15 batimentos com duração de pelo menos 15 seg. ou ¼ da coluna); • Desacelerações: - DIP I – fisiológica ou cefálica, espelho com a contração (a contração comprime a cabeça e dá bradicardia); - DIP II – desaceleração tardia em relação a contração; - DIP III – compressão umbilical ou variável -> queda abrupta - DIP II com bom prognóstico: retorna com uma aceleração transitória - DIP II com mal prognóstico: cai tenta voltar, cai de novo e depois volta -> DIP em “W” SIMULAÇÃO REALÍSTICA Lidiely Mello ATENÇÃO: PROIBIDO O TOQUE VAGINAL OU AMNIOSCOPIA QUANDO A MULHER CHEGAR COM SINTOMAS - FAZER PRIMEIRO O EXAME FÍSICO ESPECULAR) SE FIZER O TOQUE É POSSÍVEL CAUSAR O DESLOCAMENTO DA PLACENTA; Ao fazer o exame especular, visualizará a placenta pelo colo uterino. • - Maior causa de hemorragia do 3º trimestre; - Indolor; (DPP tem dor) - Sem causa aparente; - Insidioso - Coloração rutilante; - Sem fatores desencadeantes identificáveis; - Pequena intensidade; - Cessa espontáneamente; - ↑ com os sucessivos episódios; - Sinal de Barnes: Fenda da rotura das membranas com distância inferior a 10 cm do disco placentário • - Descolamento prematuro da placenta; - Rotura uterina; - Inserção velamentosa de cordão; - Rotura de seio marginal; - Ginecopatias da vagina e do cérvix • - O manejo depende de: ▪ Quantidade de sangramento; ▪ Idade gestacional; ▪ Tipo de placentação; ▪ Apresentação fetal; ▪ Trabalho de parto; • Quando a placenta previa tem associação (grudada) com cicatriz de cesárea anterior, a placenta invade, se insere – acretismo. • Terapia expectante - Internação hospitalar/ manejo domiciliar; - Reposição líquida ou sanguínea; - Repouso no leito; - Abstinencia sexual; - Monitorização eletrônica fetal (CTG); - Corticoterapia; • Interrupção da gestação - Cesariana (80% dos casos); - Parto via baixa: sangramento leve, placentações laterais e/ou marginais; - Amniotomia. Rotura uterina • É a separação completa de todas as camadas uterinas com a saída de parte ou de todo feto da cavidade; - Lugar mais provável de romper: segmento uterino (istmo no útero não gravídico); • - Incidência é de 1:100 a 1:1000; - Mortalidade materna de 6,5%; - Mortalidade neonatal de 60% • - Uso imprudente de misoprostol (amadurecer o colo, deixa-o mais fino); - Ocitocina (contração uterina); - Multiparidade; SIMULAÇÃO REALÍSTICA Lidiely Mello - Hipertensão uterina; - Desproporção cefalo-pélvica; - Manobra intra-uterinas intraparto; - Uso inadequado do fórcipe; - Trabalho de parto após 2 ou mais cesarianas. OBS: Se a paciente tiver duas ou mais cesáreas anteriores – mulher iterativa – iteratividade: Obrigatóriamente o próximo parto deve ser Cesárea. • - Fúndica; - Corporal; - Segmentar (mais comum); - Segmento-corporal. • - Distensão do segmento inferior, com a visualização de um relevo próximo ao pube (Sinal de Bandl) - Palpação do ligamento redondo, “parece uma corda dura” (Sinal de Frommel); - Sinal de Frommel + Sinal de Bandl = a iminência de rotura uterina. Se o bebê tava 2 Delee e volta para 0, e o útero fica inerte, houve uma rotura uterina; - Após a ruptura o útero fica inerte; - Sinais de choque; - Enfisema no subcutâneo (sinal de Clark); - Sangramento genital escuro; • - Laparatomia de urgência; - 60% óbito fetal - Histerorrafia com preservação do útero quando possível; - Reparo de órgãos acometidos; - Hematoma de lig. Largo: drenagem; - Hematomade retroperitônio: não manipular - • - Qualidade da cicatriz uterina durante a cesariana; - Evitar rafias isquemiantes; - Evitar interposição de serosa ou mucosa entre as bordas de miometrio.
Compartilhar