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Área Temática: Gestão de Pessoas A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO COMO FATOR DE INFLUÊNCIA NO DESEMPENHO ORGANIZACIONAL AUTORES RONIE GALEANO FAP-Faculdade de Apucarana roniegaleano@pop.com.br VALTER AFONSO VIEIRA PPGA/UnB VALTER23@YAHOO.COM KÊNIA ARAÚJO Universidade de Brasília kvba2006@hotmail.com RESUMO Frente ao cenário organizacional no qual as empresas estão inseridas, envoltas por constantes e fortes mudanças estruturais e de gestão, mediante a latente exigência de agilidade e produtividade atreladas a produtos e serviços com altos padrões de qualidade e competitividade, o colaborador vem recebendo uma maior atenção como fator central do crescimento das instituições empresariais, visto como seu capital principal, o humano, no que tange a sua qualidade de vida dentro das organizações, destaca-se a temática Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), a qual reflete na competitividade e produtividade da organização de forma direta. O novo modelo de gestão, baseado no aspecto biopsicossocial do colaborador, passa a tratá-lo como um ser indissociável, dotado de desejos, necessidades e ambições, que influem e interferem em sua capacidade de produção, devendo tais fatores serem levados em conta pelos gestores das instituições. A presente pesquisa, baseada no Modelo de investigação de QVT de Walton, teve seu instrumento de investigação analisado a partir do Coeficiente de Correlação de Pearson, no intuito de identificar a existência de relação entre a QVT e Desempenho organizacional na empresa Bancorbrás, no setor jurídico, ambiente de pesquisa deste trabalho. A análise das respostas obtidas através de 27 respondentes identificou uma significativa insatisfação por parte dos funcionários referentes à compensação financeira oferecida pela empresa e à segurança no trabalho. Já as variáveis “Condições de Trabalho e Relevância do Trabalho” foram as que obtiveram as melhores avaliações por parte dos colaboradores entrevistados, refletindo pontos fracos e fortes da instituição, que podem ser trabalhados de maneira a gerar um ambiente mais saudável e produtivos. Palavras-chave: Qualidade de vida no trabalho, Desempenho organizacional e Gestão de Pessoas. 2 Abstract Front to the organizational scenery in which the companies are inserted, wrapped up for constants and strong structural changes and of administration, by the latent agility demand and productivity harnessed to products and services with high quality patterns and competitiveness, the collaborator is receiving a larger attention as central factor of the growth of the business institutions, seen as his/her main capital, the human, with respect to his/her life quality inside of the organizations, he stands out the theme Quality of Life in the Work (QVT), which contemplates in the competitiveness and productivity of the organization in a direct way. The new administration model, based on the collaborator's aspect biopsicossocial, starts to treat him as a being indissociável, endowed with desires, needs and ambitions, that influence and they interfere in his/her production capacity, owing such factors be taken into account by the managers of the institutions. To present he/she researches, based on the Model of investigation of QVT of Walton, he/she had his/her investigation instrument analyzed starting from the Coefficient of Correlation of Pearson, in the intention of identifying the relationship existence between QVT and organizational Acting in the company Bancorbrás, in the juridical section, atmosphere of research of this work. The analysis of the answers obtained through 27 respondents identified a significant dissatisfaction on the part of the employees regarding the financial compensation offered by the company and to the safety in the work. Already the variables "Conditions of Work and Relevance of the Work" were the ones that obtained the best evaluations on the part of the collaborators interviewees, weak and strong points of the institution, that can be worked from way to generate a healthier and productive atmosphere contemplating. Word-key: Life quality in the work, organizational Acting administration of People. INTRODUÇÃO O mundo vive hoje uma fase de constante transição e adaptação que se reflete na busca incessante pelo diferencial da competitividade no ambiente organizacional. Tal desafio, por sua vez, pode ser apontado como um dos principais responsáveis pela necessidade da qualidade. Nesse contexto, é crucial às organizações pensar na sedimentação de suas habilidades e ponteciais para inserir em sua filosofia e estrutura o novo conceito de trabalho, bem como os desafios a ele inerentes. Para tanto, torna-se necessário falar em qualidade de vida no trabalho, ressaltando-se, sempre a abordagem desse assunto como questão de competitividade organizacional. Assim sendo, é perfeitamente pertinente e muito relevante o desenvolvimento de aspectos que favoreçam o atendimento e o desenvolvimento do ser humano como ser multidisciplinar, reconhecendo suas mais variadas e amplas necessidades. Vale ressaltar que o ser humano traz consigo sentimentos, desejos e ambições; cria expectativas, envolvendo-se; busca o crescimento dentro daquilo que desenvolve e realiza. Logo, é necessário que as empresas, independente de seu porte estrutural, deixem de lado a idéia de que o homem trabalha exclusivamente para a obtenção do salário, que nega seus sentimentos e emoções, que não se frustra com a falta de crescimento, que não se aborrece com o total descaso dos seus gestores que apenas lhe cobram a tarefa e não o orientam para a real situação da empresa, negando-lhe o acesso às informações, tratando-os apenas como uma peça a mais no processo de produção. Destaca-se a necessidade de que saibamos que, cada vez que esse indivíduo entra na empresa, está entrando um “ser” integrado e indivisível, com direito a todos os sonhos de auto-estima e auto-realização. 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Qualidade de Vida Na atualidade, principalmente na que interfere no meio econômico, mais especificamente, nas organizações, é crescente a preocupação com a qualidade de vida do trabalhador, ou seja, com o potencial humano. A origem desta preocupação com os colaboradores tem suas raízes nas convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que em seus países de origem, convencionaram uma legislação específica para a melhoria do trabalho, com um foco especial direcionado à saúde, higiene, satisfação e segurança do trabalhador. A relação que existe entre a qualidade de vida no trabalho e a produtividade traduz uma latente realidade: a de que empresas deixam de lucrar, gastam em excesso e têm grande custo social, devido a sua má gestão dos processos nos quais os trabalhadores estão envolvidos. Hoje o enfoque primordial da Qualidade de Vida (QV) encontra-se no aspecto biopsicossocial (BPS), ou seja, o homem passa a ser visto como um complexo dinâmico, indissociável, encarado como um todo (visão holística). Essa nova forma de encarar o indivíduo abre um leque de oportunidades de investimento no capital humano, agregando a estes, valores que irão refletir sobre a organização na qual está inserido, assim sendo, é necessário ao gestor a percepção da importância da qualidade de vida na organização. O conceito BPS expresso por Limongi-França (2001) declara que este tem suas raízes na medicina psicossomática, que classifica o homem por meio de uma visão integrada, na qual todo ser humano é um complexo sociopsicossomático, ou seja, é constituído por potencialidades biológicas, psicológicas e sociais que reagem simultaneamente às mais variadas condições de vida. Por sua vez, estas respostas apresentam-se combinadas de formas diferentes e em variadas intensidades nos três níveis apresentados, podendo suas manifestações serem evidentes em um ou outro aspecto, no entanto, todas as camadas são interdependentes. A autora Limongi-França (2001)assim define as camadas do aspecto BPS, que são ilustrados na figura 1: Camada biológica – expressa as características físicas herdadas e/ou adquiridas ao nascer e durante toda a vida, incluindo metabolismo, resistência e vulnerabilidade de órgãos e/ou sistemas; Camada psicológica – incorpora os processos afetivos, emocionais e de raciocínio, sendo estes conscientes ou inconscientes, formando a personalidade de cada pessoa e o seu modo de ver e posicionar-se diante das situações e sociedade; Camada social – caracteriza-se por valores, crenças, o papel na família, trabalho e nos demais grupos e comunidades em que cada indivíduo esta inserido, participando deste último também o meio ambiente e a localização geográfica. 4 Figura 1 – A Visão Biopsicossocial Fonte: Limongi-França (Working papers nº 01/007, 2001, p. 4). No ambiente de trabalho, a abordagem biopsicossocial associa-se à ética da condição humana, indo esta última, desde a identificação, eliminação, neutralização ao controle de riscos ocupacionais que podem ser identificados no ambiente físico, assim como os padrões das relações de trabalho, carga física e mental exigida de cada atividade desempenhada, não esquecendo das atribuições políticas e ideológicas, dinâmica de liderança organizacional e do poder formal ou informal, o significado e importância do trabalho em si até o relacionamento e satisfação das pessoas em seu cotidiano. Os novos desafios impostos pelo trabalho, conjuntos as necessidades de cada indivíduo, têm servido de estímulo à estruturação das atividades voltadas a QVT dentro das organizações, criando assim, uma nova competência, ou seja, uma nova especialização gerencial: a Gestão da Qualidade de vida no trabalho, assim definida por Limongi-França (2001, p.04): A capacidade de administrar o conjunto das ações, incluindo diagnóstico, implantação de melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho, alinhada e construída na cultura organizacional, com prioridade para o bem-estar das pessoas da organização. A compreensão da importância e necessidade do oferecimento de condições favoráveis ao colaborador, é o ponto de partida para o desenvolvimento e implantação de um programa de QVT, que irá favorecer além dos funcionários, à própria organização, fornecedores e seus clientes diretos e indiretos. Partindo deste pressuposto, será tratado a seguir o significado da Qualidade de Vida (QV) para as instituições, no cenário abordado por este estudo. Compreendendo-se a importância do bem-estar e satisfação dos colaboradores para o sucesso da organização e a conseqüente redução de custos e maximização de seu capital, torna-se pertinente uma revisão da definição teórica do quem vem a ser a Qualidade de Vida no Trabalho e a sua evolução. A Qualidade de Vida no Trabalho A QVT se apresenta como uma preocupação humana desde os primórdios de sua existência, com o objetivo de facilitar ou trazer satisfação e bem-estar aos trabalhadores no desenvolvimento de suas tarefas. Limongi-França (1996) a descreve como sendo um conjunto de ações/atividades de uma organização no sentido de buscar e implementar melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais no ambiente de trabalho. 5 A constante evolução dos métodos de gestão empresarial, embora tenha permitido uma maior eficiência na utilização dos recursos produtivos disponíveis, trouxe uma série de efeitos negativos aos recursos humanos, como a excessiva especialização do trabalho, a padronização da mão-de-obra e a rigidez das hierarquias. Em conseqüência, os trabalhadores insatisfeitos com seu trabalho, passam a apresentar elevados índices de absenteísmo, rotatividade e acidentes de trabalho, desenvolvendo assim baixos índices de produtividade e pouca qualidade dos produtos e serviços. As primeiras pesquisas sobre QVT surgiram na década de 50, na Inglaterra, quando Eric Trist e uma equipe de colaboradores estudavam um modelo para agrupar o trinômio: indivíduo – trabalho – organização, baseando-se na análise e reestruturação da tarefa e que recebeu a nomeação de Qualidade de Vida no Trabalho, tendo como objetivo tornar a vida dos trabalhadores menos penosa (FERNANDES, 1996 apud DETONI, 2001). Na década de 70, a QVT foi introduzida publicamente, entretanto, em 1974, devido a uma crise energética mundial, o tema perde espaço, ressurgindo mais uma vez em 1979, com o aparecimento das teorias japonesas sobre estilos de administração. Mas foi na década de 90 que o termo “Qualidade de Vida no Trabalho” tomou espaço, passando a interagir com os discursos acadêmicos, sendo proposto por Louis Davis, ao desenvolver um projeto sobre desenho de cargos. Segundo ele, o conceito de QVT refere-se à preocupação com o bem-estar geral e a saúde dos trabalhadores no desempenho de suas atividades dentro da empresa. Hoje o conceito de QVT engloba tanto os aspectos físicos e ambientais da organização, como os aspectos psicológicos do local de trabalho onde os colaboradores passam a maior parte do seu tempo. O termo QVT, tão pouco divulgado, assimila duas posições contrárias, de um lado as reivindicações dos empregados quanto ao bem-estar e satisfação no trabalho e em contrapartida o interesse das empresas quanto aos seus efeitos potenciadores sobre a produtividade e a qualidade de seus serviços. Este novo movimento configura duas faces da qualidade de vida dos colaboradores: a individual e a organizacional. A QVT tem sido avaliada e questionada através dos anos, caracterizando-se não apenas como modismo passageiro, mas como um processo que consolida a busca do desenvolvimento humano e organizacional, por se tratar de um tema muito amplo e flexível, permite uma diversidade de interpretações. O conhecimento das teorias que tentam delimitar ou esclarecer esse assunto, relacionadas a outros aspectos como: a relação desempenho organizacional x satisfação; a abrangência do termo qualidade vinculada à qualidade de vida no trabalho; a motivação e satisfação e como estas podem influenciar a QVT. É fundamental que se conheça a interação entre estes assuntos e como cada um deles pode contribuir para melhor compreensão e desenvolvimento da própria organização frente ao acirrado e competitivo mercado no qual se encontra inserida. A QVT é utilizada como uma ferramenta de indicação das experiências humanas no local de trabalho e uma forma de mensurar o grau de satisfação dos indivíduos que desenvolvem as tarefas. Este conceito implica em profundo respeito pelas pessoas que compõem a organização. Ao se falar de competitividade organizacional, conjuntamente ao desempenho, sem esquecer da qualidade e da produtividade, todas passam obrigatoriamente pelo programa de qualidade de vida no trabalho; ou seja, para entender claramente o cliente externo, a organização não deve de forma alguma ignorar o cliente interno. Logo, para que possa se satisfazer o consumidor externo, as estruturas organizacionais, necessitam primeiramente atender as necessidades de seus colaboradores, que são responsáveis pelo produto e/ou pelos serviços oferecidos. 6 QVT e Gestão de Pessoas Segundo Fernades (1988 apud RODRIGUES, 1997), a QVT é um tema novo na literatura brasileira, embora existam esforços por parte de algumas organizações em implantar e consolidar tais conceitos que buscam especialmente a participação dos colaboradores na instituição, mas o que se distancia muito daquilo que se observa no chão-de-fábrica. Comenta que, somente a partir de uma sólida compreensão do que consiste QVT impedirá que tal tecnologia se torne em mais uma entre tantos modismos de gestão de pessoas que têm certamente diminuído a credibilidade dos profissionais de recursos humanos. De acordo com LIMA (2007) a valorização das relações humanas, ou como também é chamada: administração de pessoal, no trabalho surgiu da necessidade de considerar a importânciadas variáveis psicológicas e sociais na produtividade. Considera-se como o pioneiro desse movimento o psicólogo Elton Mayo (1890-1949) que em 1927 nos Estados Unidos, desenvolveu uma experiência no campo do comportamento humano no trabalho (Gil, 2001). Na década de 60, passa-se a utilizar o termo Administração de Recursos Humanos (ARH), o qual foi fortemente influenciado pelos conceitos oriundos da Teoria Geral dos Sistemas. Apenas no final da década de 70 que a ARH passa a ter as pessoas não unicamente como fatores de custo para a empresa, mas também como recursos que estão à disposição (Davel & Vergara, 2001 apud Lima, p. 02, 2007). Em meados de 90, surgem questionamentos ao que já existia no campo da ARH; dentre estes, destaca-se a visão que se tem das pessoas como custos e o tratamento delas como recursos. O tratamento dos seres humanos é destituído de conteúdo ético, filosófico e auto-reflexivo. As criticas enfatizam também a incerteza, a variação, as contradições e a ambigüidade inerentes à função da Gestão de Pessoas (Gil, 2001). Efeitos da QVT no ambiente de trabalho O termo “ambiente” pode ser empregado de maneira a incluir equipamento, ferramentas, materiais, métodos de trabalho e a própria organização do trabalho; sendo caracterizado também, pelo envolvimento do ambiente físico e dos aspectos organizacionais em todas as situações em que pode ocorrer a existência do relacionamento humano como o trabalho. Segundo Grabarschi (2001) a QVT pode ser vista como um instrumento capaz de produzir um ambiente mais humanizado, sendo seu objetivo o de servir tanto as aspirações mais altas dos colaboradores quanto para suas necessidades básicas (pirâmide de Maslow). A Qualidade de vida no Trabalho vem como uma ferramenta que visa aproveitar as habilidades mais exímias dos funcionários, proporcionando aos mesmos um ambiente mais agradável e saudável ao desenvolvimento de suas atividades laborais. Grabarschi (2001) cita em sua pesquisa que: Um local de trabalho, seja um escritório ou uma oficina, deve ser sadio e agradável. O homem precisa encontrar aí condições capazes de lhe proporcionar um máximo de proteção e, ao mesmo tempo satisfação no trabalho. Mais ainda, o ambiente deve poder cumprir uma finalidade social de educar, criando no homem hábitos de higiene e de ordem que venha a estender ao seu lar. Um ambiente de trabalho é o resultado de um complexo de fatores, materiais ou subjetivos, todos importantes e 7 que, tantas vezes, são mais fáceis de serem entendidos. (VERDUSSEN, 1978, p. 49 apud GRABARSCHI, 2001, p. 39). Pode-se diferenciar no ambiente de trabalho, dois tipos de fatores que o constituem, sendo estes denominados como fatores Principais e Secundários. Os fatores principais relacionam-se a: temperatura, ruídos, vibrações, odores e cores; como Secundários encontram-se: arquitetura, relações humanas, remuneração, estabilidade e apoio social. Para que possa haver uma análise mais completa do ambiente organizacional e da presença e importância de um programa de qualidade de vida no trabalho, voltado aos colaboradores e com conseqüente impacto sobre a satisfação dos clientes finais, é de fundamental importância o conhecimento dos modelos de investigação da QVT, que serão abordados a seguir e para a compreensão de tal processo, é crucial o conhecimento dos componentes que integram a QVT. O modelo de Walton Por se tratar de um dos primeiros pesquisadores desta temática, sendo pioneiro na sistematização dos critérios e conceitos da QVT, Walton (1973 apud LIMONGI-FRANÇA; ARELLANO; FLEURY, 2002, p. 298) definiu-o como “algo além dos objetivos da legislação trabalhista” que surgiu no começo do século XX, advindo da regulamentação do trabalho de menores, jornada de descanso, descanso semanal, etc. Diz ainda em sua obra que a QVT deve ser vista e trabalhada como uma ferramenta para construção de uma organização mais humanizada, onde os trabalhadores possam usufruir relativo grau de responsabilidade e autonomia, recebendo sempre um considerável grau de feedback no desempenho de suas atribuições, recebendo ainda, por parte de seu ambiente organizacional uma significativa ênfase no seu desenvolvimento pessoal. O artigo produtivo por Walton pode ser considerado como um clássico, por ter demonstrado um modelo de análise importante sobre a Qualidade de Vida no Trabalho. O autor em sua proposta apresentou oito critérios conceituais onde são incluídos indicadores de QVT, sendo estes apresentados a seguir: TABELA 1 – Critérios de Investigação do Modelo de Walton CRITÉRIOS INDICADORES DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO Compensação justa e adequada Equidade interna e externa Justiça na compensação Partilha dos ganhos de produtividade Proporcionalidade entre salários Condições de trabalho Jornada de trabalho razoável Ambiente físico seguro e saudável Ausência de insalubridade Uso e desenvolvimento de capacidade Autonomia Autocontrole relativo Qualidades múltiplas Informação sobre o processo total do 8 trabalho. Oportunidade de crescimento e segurança Possibilidade de carreira Crescimento pessoal Perspectiva de avanço salarial Segurança de emprego Integração social na organização Ausência de preconceitos Igualdade Mobilidade Relacionamento Senso comunitário Constitucionalismo Direitos de proteção ao trabalhador Privacidade pessoal Liberdade de expressão Tratamento imparcial Direitos trabalhistas O trabalho e o espaço total de vida Papel balanceado no trabalho Estabilidade de horários Poucas mudanças geográficas Tempo para lazer da família Relevância social do trabalho na vida Imagem da empresa Responsabilidade social da empresa Responsabilidade pelos produtos Práticas de emprego Fonte: Walton (1973, p.11-21 apud DETONI, 2001, p. 58) Adaptado. Os critérios demonstrados na Tabela 1, não estão dispostos em ordem de prioridade. Este modelo estabelece que dependendo do grupo de trabalhadores ou do ambiente, podem ser gerados conjunto distintos de critérios que, dependendo do contexto, podem assumir novas hierarquias de importância na QVT. Operacionalmente os termos do modelo de Walton foram assim definidos no estudo feito por Detoni (2001). A EMRESA Objetivando investigar a correlação entre a QVT e o Desempenho Organizacional, e se esta é positiva ou negativa para a instituição, foi escolhida uma empresa em Brasília para a realização deste estudo. O presente estudo teve por área de pesquisa a Bancorbrás Administradora de Consórcio, localizada em Brasília/DF, sendo o instrumento de investigação aplicado na área Jurídica. A organização foco tem ainda como outros ramos de atuação o turismo e o seguro, possuindo filiais em Belo Horizonte, Goiânia, Imperatriz, São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Constitui-se como sua missão: “Ser uma empresa prestadora de serviços, atuando com visão moderna e inovadora, para oferecer aos clientes qualidade e preço compatíveis com suas expectativas”. (Fonte: Manual Interno). A administradora de Consórcio da Bancorbrás conta com um efetivo de 50 colaboradores na unidade de Brasília. 9 A Bancorbrás está no mercado desde 1983, criada por funcionários aposentados do Banco do Brasil e do Banco Central, atua nas áreas de consórcio, seguro e turismo. A origem de seu nome vem da moeda internacional proposta pelo célebre economista inglês John Maynard Keynes, a Bancor, e o sufixo brás, uma alusão ao Brasil. Após conhecer a organização analisada, cabe a descrição do método de pesquisa aplicado neste. MÉTODODOLOGIA A pesquisa de campo contou com uma amostra de 27 colaboradores pertencentes ao setor jurídico da Administradora de Consórcios da Bancorbrás, que abordou desde a diretoria até o setor operacional. O instrumento de pesquisa foi entregue aos colabores em forma impressa, com prazo de 02 dias para devolução, havendo a possibilidade de o mesmo poder responder ao questionário em casaou no local de trabalho. O presente trabalho foi desenvolvido por meio de uma metodologia de pesquisa focado no estudo descritivo. Segundo Samara e Barros (2007), os estudos descritivos são realizados através de dados primários por meio de entrevistas pessoais ou discussões em grupo, o qual procura abranger aspectos gerais e amplos de um contexto social, tais como: salário e consumo, mão de obra ativa, entre outros. Esta forma de estudo possibilita o desenvolvimento de um nível de análise em que se permite identificar as diferentes formas dos fenômenos, sua ordenação e classificação. O estudo descritivo dá margem também à explicação das relações de causa e efeito dos fenômenos, ou seja, analisar o papel das variáveis que, de certa maneira, influenciam ou causam o aparecimento dos fenômenos. Foi trabalhada uma abordagem quantitativa (busca numerar e classificar a relação entre as variáveis), tendo como instrumento de coleta de dados, um questionário com perguntas fechadas e objetivas, no qual o respondente atribuía uma nota a situação exposta de acordo com sua percepção, baseadas no modelo de investigação de QVT de Walton, sendo a análise de correlação feita por meio do Coeficiente de Pearson. Coeficiente de correlação de Pearson Segundo Virgillito (2006), o coeficiente de correlação de Pearson é uma medida do grau de relação linear entre duas variáveis quantitativas. Este coeficiente varia entre os valores -1 e +1. O valor 0 (zero) significa que não há relação linear, o valor +1 indica uma relação linear perfeita e o valor -1 também indica uma relação linear perfeita mas inversa, ou seja quando uma das variáveis aumenta a outra diminui. Quanto mais próximo estiver de +1 ou -1, mais forte é a associação linear entre as duas variáveis. O coeficiente de correlação de Pearson é normalmente representado pela letra r e a sua fórmula de cálculo é: 10 RESULTADOS A tabulação dos dados estatísticos da amostra da pesquisa traz que 60% dos entrevistados são do sexo feminino e 40% masculino, dentro os quais, mais de 80% estão entre a faixa etária de 25 a 30 anos. No que se refere ao grau de instrução dos colaboradores participantes da pesquisa, destacou-se que 33,33% possuem o 3º completo e 22,22% o 2º completo, ficando os demais entre 3º e 2º incompletos e pós-graduação (3,70%). Quanto ao estado civil, tem-se respectivamente 51,85% e 44,44% casados e solteiros. Os percentuais obtidos no tópico “tempo de serviço na organização”, transparece o baixo grau rotatividade na organização, atestado por 54% dos colaboradores terem entre 01 e 10 anos de empresa. Ao mensurarem-se as respostas obtidas através dos questionários aplicados, primeiramente foram calculadas as médias das respostas por variável da QVT e Desempenho organizacional, conforme representado nos gráficos a seguir. GRÁFICO 1 – Média das variáveis da QVT 5,37 8,25 6,60 5,99 6,64 7,38 7,73 7,95 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Co mp en sa çã o Co nd içõ es de T rab alh o De se nv . C ap ac ida de Op ort . C res c. Se gu ra nç a Int eg raç ão So cia l Co ns titu cio na l Tra ba lho Es p. T. Vid a Re lev ân cia d o T rab alh o Variáveis M éd ia s Fonte: Elaborado pela autora. Analisando as repostas obtidas dentre os 27 colaboradores pesquisados, referente às médias das variáveis que compõem o modelo de investigação de QVT de Walton, estruturadas no Gráfico 1, tem-se que a variável “Condição de Trabalho” foi a que obteve a maior média de satisfação dentre os funcionários, o que contrasta com o quesito Compensação, que ficou em último lugar na opinião dos respondentes. A diferença numérica entre as varianvéis: Constitucionalismo, Trabalho e o Espaço Total de Vida e a Relevância Social do Trabalho na Vida, na opinião dos colaboradores, não se distanciam significativamente, onde a variação não chega a 1%, o que nos leva a concluir que estes tem um grau semelhante de atendimento por 11 parte da organização na opinião dos pesquisados. No entanto, os dois últimos colocados (Oportunidade de Crescimento/Segurança e Compensação), com 5,99 e 5,37 respectivamente, abrem margem para um aperfeiçoamento no método de gestão da Bancorbrás voltado ao reestruturamento do seu Plano de Cargos e Salários. A maior média das respostas obtidas (8,25), representada pela Condição de Trabalho, reflete a ótima estrutura oferecida pela organização aos seus colaboradores para o desempenho de suas atividades, uma vez que estes dispõem de equipamentos, mobiliário e insumos adequados as suas atividades, assim como um ambiente salubre para convivência diária. No entanto, a menor média (5,37) explicitada pela variável Compensação, traduz uma latente insatisfação demonstrada pelos colaboradores, dentro do setor pesquisado, fato este confirmado pelas constantes queixas entre os colaboradores em canais informais, uma vez que a instituição oferece uma remuneração fixa agregada a benefícios (vale transporte, vale alimentação, plano de saúde e auxílio creche), não havendo possibilidades de ganhos adicionais por competência, especializações ou produtividade, o que pode estagnar o colaborador profissionalmente em sua capacitação, uma vez que o aumento desta não irá gerar benefícios proporcionais ou adicionais. Os fatores Desenvolvimento de Capacidade e Integração Social obtiveram respectivamente as médias 6,60 e 6,64, colocando-os em uma representação de aproximadamente 66% de satisfação por partes dos colaboradores da Bancorbrás, o que leva a classificação de uma satisfação moderada, abrindo margem à Instituição para criação de planos de ação voltados a pesquisa de Clima Organizacional, no que se refere a Integração Social, com vistas a melhorar tal fator no intuito de proporcionar a seus colaboradores um ambiente de trabalho mais agradável e consequentemente propício ao desempenho mais eficaz e qualificado. Já no quesito Desenvolvimento de Capacidade, a atenção deve ser voltada para programas de Aprendizagem e Capacitação dos funcionários, com o objetivo de torná-los mais preparados para o desempenho de suas tarefas e até a assunção de novas atividades dentro de sua área de atuação, proporcionando a estes uma sensação de reconhecimento, autonomia e confiança a ele por parte da instituição organizacional. Em suma, em uma análise geral do Gráfico 1, as médias das respostas referentes as variáveis de investigação da QVT, ficaram acima de 50% de satisfação, o que denota que o trabalho da Bancorbrás para a melhoria dentro de seus processos de gestão não sofrerão grandes resistência por parte de seus associados e nem tão pouco terão que enfrentar grandes obstáculos em suas Políticas de ação e processos. A seguir, no Gráfico 2, será analisada a média das respostas obtidas na variável desempenho abordada no instrumento de pesquisa aplicado. GRÁFICO 2 – Média da Variável Desempenho 12 7,18 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Desempenho Variante M éd ia Fonte: Elaborado pela autora O Gráfico 2 traz a média dos respondentes, referente à variante Desempenho, a qual esta tendo medida a sua correlação com as 08 dimensões do Modelo de QVT proposto por Walton, analisadas no Gráfico 1. Para tal compreensão, torna-se fundamental a prévia análise da percepção dos colaboradores no que tange a sua organização no aspecto de sua performance no mercado atual. Obteve-se a média 7,18 que equivale a 70%, o que representa um desempenho satisfatório na visão dos associados que participaram da pesquisa em questão, não sendo um desempenho ótimo, mas que é considerado adequado para o mercado competitivo no qual se encontra a organização em estudo. Assim sendo, cabe uma análise mais minuciosa, visto que este desempenho pode ser melhorado por intermédio de ações dentro da organização, que nesta pesquisa, está voltada para ações ligadas a QVT, envolvendo consequentemente e diretamente os colaboradores,os quais são responsáveis pela atuação eficaz da instituição na qual estão inseridos. Logo, a satisfação e auto-desenvolvimento dos funcionários, dotados de um ambiente qualificável de trabalho, irão refletir em sua atuação dentro da organização, gerando resultados que reflitam as metas e objetivos estratégicos traçados pela Alta administração, gerando ganhos a ambas as partes, inclusive para os clientes externos e fornecedores diretos e indiretos, que serão beneficiados com o crescimento da organização. Após a abordagem das variáveis de forma individual, feita nos gráficos 1 e 2, o terceiro gráfico, traz uma comparação entre as mesmas, onde a QVT é ilustrada pela média geral. GRÁFICO 3 – QVT x Desempenho 13 6,99 7,18 6,00 6,20 6,40 6,60 6,80 7,00 7,20 7,40 7,60 7,80 8,00 Média Geral da QVT Desempenho Variantes M éd ia s Fonte: Elaborado pela autora A analise do Gráfico 3, traz a comparação entre a média geral obtida por meio das médias das respostas das dimensões que compõem o modelo de Walton de investigação de QVT aplicado e a média da variável Desempenho. Denota-se deste, que a diferença menor que 1% entre as variáveis reflete uma organização que preza seus colaboradores como seres humanos, dotados de necessidades e busca atendê-las, tendo como conseqüência certa, um aumento em seu desempenho no mercado competitivo, trabalhando com mais qualidade e eficiência. Uma comparação entre o Gráfico 1 e o 3, trará caminhos que podem ser traçados pela organização, no intuito de melhorar este Desempenho da empresa no mercado de negócios no qual está inserida, embora tenha uma Performace com uma média de 70% de satisfação, está representatividade pode e deve ser melhorada, a partir da própria adequação interna da empresa as reais e efetivas necessidades de seu Capital Humano, que são os verdadeiros responsáveis por sua qualidade e eficiência nos serviços e crescimento no mercado global. Em seqüência, tem-se a Tabela 2, que traz os índices de correlação e de significância entre as oito dimensões do modelo de investigação de Walton e a variável Desempenho. Através da análise desta tabela, será verificada a existência da influência de um Programa de QVT no desempenho da Bancorbrás. TABELA 2 – Análise de Correlação de QVT x Desempenho C om pe ns aç ão ju st a e ad eq ua da C on di çõ es d e Tr ab al ho U so e D es en vo lv im en t o C ap ac id ad e O po rtu ni da de d e C re sc im en to e Se gu ra nç a In te gr aç ão So ci al n a O rg an iz aç ão C on st itu ci on al is m o Tr ab al ho e Es pa ço T ot al d e V id a R el ev ân ci a So ci al d a V id a no T ra ba lh o Compensação r 1 14 p- valor justa e adequada N 27 r 0,373 p- valor 0,055 Condições de Trabalho N 27 r 0,526 0,537 p- valor 0,005 0,004 Uso e Desenvolvimento Capacidade N 27 27 r 0,614 0,526 0,629 p- valor 0,001 0,005 0,000 Oportunidade de Crescimento e Segurança N 27 27 27 r 0,558 0,463 0,670 0,661 p- valor 0,002 0,015 0,000 0,000 Integração Social na Organização N 27 27 27 27 r 0,642 0,583 0,834 0,726 0,769 p- valor 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 Constitucionalismo N 27 27 27 27 27 r 0,433 0,578 0,540 0,678 0,400 0,631 p- valor 0,024 0,002 0,004 0,000 0,039 0,000 Trabalho e Espaço Total de Vida N 27 27 27 27 27 27 r 0,609 0,447 0,674 0,686 0,777 0,803 0,559 p- valor 0,001 0,019 0,000 0,000 0,000 0,000 0,002 Relevância Social da Vida no Trabalho N 27 27 27 27 27 27 27 r 0,425 0,353 0,252 0,635 0,381 0,516 0,629 0,654 p- valor 0,027 0,071 0,205 0,000 0,050 0,006 0,000 0,000Desempenho N 27 27 27 27 27 27 27 27 Fonte: Elaborada pela autora. Utilizando o cálculo do Coeficiente de correlação de Pearson, obtiveram-se os índices de correlação (associação: forte / fraca) entre as variáveis estudadas: QVT e Desempenho, representadas pela última linha da Tabela 2 e a expressividade desta correlação, representadas pelo “r” e a significância desta correlação pelo “p-valor” (significativa / não-significativa), onde que para este ser significativa deve ter valor menor que 0,05. A análise dos índices obtidos traz as seguintes conclusões: Todos os índices Pearson Correlation (r) foram positivos, situados entre -1 e +1, o que leva a dedução que existe a correlação entre as variáveis da QVT e o Desempenho organizacional, sendo esta correlação positiva, ou seja, quanto mais QVT, maior a Performance da Instituição e vice-versa; 15 As variáveis “Oportunidade de Crescimento e Relevância Social do Trabalho na Vida”, foram as que obtiveram o índice mais alto (mais próximo de +1), assim sendo, são as que demonstram a mais forte associação com o desempenho organizacional. Não houveram correlações negativas, ou seja, as quais o aumento/diminuição de uma variável implica na diminuição/aumento da outra, respectivamente. As variantes “Condições de trabalho e Uso e desenvolvimento de capacidade” apresentaram p-valor maior que 0,05 (respectivamente 0,071 e 0,205), o que significa que mesmo havendo a correlação positiva entre QVT e desempenho, esta não é significativa. Todos os demais fatores apresentaram associação significativa entre as variáveis pesquisadas na Bancorbrás, destacando-se as dimensões “Oportunidade de Crescimento e Segurança, Trabalho e Espaço Total de Vida e Relevância Social da Vida no Trabalho”, que obtiveram p-valor igual 0,00, ou seja, 100% de significância para a correlação positiva das variáveis analisadas neste estudo, logo, se tem que fatores como ascensão profissional, estabilidade no emprego, tempo para lazer com a família, clima organizacional favorável e reconhecimento, são itens que devem ser observados como premissas dentro desta instituição, para que a mesma alcance o mais elevado grau de motivação e satisfação de seus colaboradores, uma vez que a sua correlação é extremamente significativa em relação ao desempenho da empresa, de forma positiva. CONCLUSÃO Ao fim desta pesquisa, chega-se a conclusão de que existe e é positiva a correlação entre as variáveis QVT e Desempenho Organizacional, onde o investimento na primeira irá impactar no desenvolvimento da empresa, pois os colaboradores que são a essência de um Programa de QVT, serão os fatores de geração deste crescimento e aperfeiçoamento da performance da empresa foco deste estudo, a Bancorbrás, setor de Consórcios, filial Brasília/DF. Nas oito dimensões pesquisadas da QVT, a partir do modelo de investigação de Walton, obtiveram-se fatores com maior e menor grau de satisfação por parte dos colaboradores, o que proporciona a empresa uma porta de investimento para melhoria de sua participação de mercado, pois a partir do momento em que os funcionários da Bancorbras Consórcio forem motivados e sua satisfação for elevada por intermédio de ações dentro de um Programa de QVT, estas transformações irão refletir em seu perfil profissional e paralelamente em seu desempenho dentro da instituição de forma positiva. Através do Coeficiente de Correlação de Pearson o gestor poderá identificar os índices que foram mais expressivos, podendo desta maneira focar seu plano de ação dentro da instituição, uma vez que todas as variáveis de QVT demonstraram ter correlação com o Desempenho da organização, alguns de uma forma mais significativa do que outra, contudo todas de maneira positiva, onde a ação de uma impacta de forma diretamente proporcional no desempenho da empresa. A partir desta análise o gestor tem a sua disposição uma avaliação preliminar daquele fator do Programa de QVT de oferecerá maiores resultados para sua ação e também aquele, que na perspectiva do colaborador não está sendo bem administrado pela instituição. Para uma melhor utilização dos dados obtidos por esta pesquisa, a administração da empresa pode dispor de uma reunião com seus gestores ou colaboradoresdiretamente ligados á área abordada neste estudo para o oferecimento de idéias e sugestões de melhoria e aperfeiçoamento das ações voltadas para o Programa de Qualidade de Vida no Trabalho da Bancorbrás. 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DETONI, Dimas José. Estratégias de avaliação da qualidade de vida no trabalho: estudos de caso em agroindústrias. Florianópolis, 2001. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Produção, UFSC, 2001. RODRIGUES, Cláudia Medianeira Cruz. Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) e sua influência na filosofia de qualidade total: Estudo realizado a nível gerencial em indústrias frigoríficas. Cruz Alta, RS, 1997. Disponível em: www.abepro.org.br/ biblioteca/ENEGEP1997_T2610.PDF. LIMA, Helena Karla Barbosa de. Gestão de pessoas e qualidade de vida no trabalho: Limite e perspectivas. Tese de Mestrado. Julho, 2007. LIMONGI-FRANÇA, Ana Cristina; ARELLANO, Eliete Bernal; FLEURY, Maria Tereza Leme (coord.). As pessoas na organização. São Paulo: Gente, 2002. LIMONGI-FRANÇA, Ana C. Identificadores empresariais de qualidade de vida no trabalho: esforço empresarial e satisfação dos empregados no ambiente de manufatura com certificação ISO 9000. São Paulo: FEA-USP, 1996. Tese de Doutorado. ______________________. Treinamento e qualidade de vida. Série de working papers nº 01/007. Faculdade de economia, administração e contabilidade – Departamento de administração, 2001. Disponível em < http://www.ead.fea.usp.br/W Papers/2001/01-007.pdf.
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