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Circunferência Lugar geométrico Lugar geométrico plano é um conjunto de pontos que atendem a uma propriedade de modo que: todos esses pontos atendam à propriedade; e somente esses pontos tenham essa propriedade. Definição de circunferência A distância r é a medida do raio e C, o centro da circunferência. Dados um ponto fixo C e um número positivo r, a circunferência λ é o lugar geométrico dos pontos P do plano que estão à mesma distância r de C. Observe a figura: O ponto P(x, y) pertence à circunferência se, e somente se, dC,P = r. Logo: = r Elevando os dois membros da equação ao quadrado, temos: A equação descrita acima é conhecida como equação reduzida da circunferência de centro C(a, b) e raio r. Equação da circunferência (x – a)2 + (y – b)2 = r 2 a) Vamos determinar a equação reduzida da circunferência com raio de medida r = 3 e centro C(–2, 1). Tomando um ponto P(x, y) qualquer da circunferência, temos: (x – a)2 + (y – b) 2 = r2 [x – (–2)]2 + (y – 1)2 = 32 (x + 2)2 + (y – 1)2 = 32 Logo, (x + 2)2 + (y – 1)2 = 9 é a equação reduzida dessa circunferência. Equação da circunferência Exemplo b) Agora, vamos determinar a equação reduzida da circunferência que tem centro no ponto C(–1, –3) e que passa pelo ponto P(3, –6). Observe: Por meio da figura, verificamos que a medida do raio dessa circunferência é igual à distância dC,P. Equação da circunferência Exemplo b) Assim: r = dC,P ⇒ r = ⇒ r = ⇒ r = ⇒ r = 5 Substituindo as coordenadas do centro da circunferência e o valor de r na equação da circunferência, temos: (x – a)2 + (y – b)2 = r2 ⇒ (x + 1)2 + (y + 3)2 = 52 Logo, a equação reduzida dessa circunferência é: (x + 1)2 + (y + 3)2 = 25 Equação da circunferência Exemplo Exercício resolvido R1. Determinar as coordenadas do centro C e a medida r do raio de uma circunferência a partir de sua equação (x + 1)2 + y2 = 16. Podemos encontrar o centro e a medida do raio da circunferência comparando a equação dada com a equação na forma reduzida: (x – a)2 + (y – b)2 = r2 (x + 1)2 + (y – 0)2 = 16 Como a = –1 e b = 0, então: C(–1, 0). Como r2 = 16, então: r = 4. Portanto, o centro é C(–1, 0) e o raio mede 4. Exercício resolvido R1. Resolução R2. Determinar o centro, a medida do raio e a equação reduzida de cada circunferência, sabendo que a reta y = 1 é tangente às duas circunferências. Resolução A circunferência λ1 tem centro C1 (–4, 4) e raio r = 3. Logo, a equação reduzida de λ1 é: (x + 4) 2 + (y – 4)2 = 9. A circunferência λ2 tem centro C2 (0, 0) e raio r = 1. Logo, a equação reduzida de λ2 é: x 2 + y2 = 1 Exercício resolvido Para obter a equação geral da circunferência de centro C(a, b) e raio de medida r devemos desenvolver os quadrados da equação reduzida. Veja: (x – a)2 + (y – b)2 = r2 ⇒ x2 – 2ax + a2 + y2 – 2by + b2 – r2 = 0 Portanto, a equação geral da circunferência é: Equação geral da circunferência x2 + y2 – 2ax – 2by + a2 + b2 – r2 = 0 a) Vamos determinar a equação geral da circunferência com centro no ponto (–2, 1) e raio de medida r = 2. Substituindo os valores C(–2, 1) e r = 2 na equação reduzida (x – a)2 + (y – b)2 = r2 e desenvolvendo os quadrados, temos: (x + 2)2 + (y – 1)2 = 22 ⇒ x2 + 4x + 4 + y2 – 2y + 1 = 4 ⇒ ⇒ x2 + 4x + 4 + y2 – 2y + 1 – 4 = 0 Assim, encontramos a forma geral da equação da circunferência: x2 + y2 + 4x – 2y + 1 = 0 Exemplo Equação geral da circunferência b) Agora, vamos representar a circunferência de centro C(–3, 1) e raio de medida r = 2 na forma da equação geral. Podemos escrever a equação reduzida da circunferência e depois desenvolver os quadrados: (x + 3)2 + (y – 1)2 = 4 ⇒ x2 + 6x + 9 + y2 – 2y + 1 = 4 ⇒ ⇒ x2 + y2 + 6x – 2y + 9 + 1 – 4 = 0 Portanto, a equação geral da circunferência é: x2 + y2 + 6x – 2y + 6 = 0 Exemplo Equação geral da circunferência c) Dada a equação da circunferência x2 + y2 – 6x + 8y – 24 = 0, vamos determinar o centro C e a medida r do raio. Para obter o centro e a medida do raio da circunferência, podemos formar o trinômio quadrado perfeito. x2 + y2 – 6x + 8y – 24 = 0 ⇒ x2 – 6x + + y2 + 8y + = 24 (II)(I) Exemplo Equação geral da circunferência c) Para que (I) e (II) sejam trinômios quadrados perfeitos, precisamos completá-los respectivamente com os números 9 e 16. Adicionando 9 e 16 ao primeiro membro, para que a igualdade se mantenha, é preciso adicionar 9 e 16 ao segundo membro. Assim: x2 – 6x + 9 + y2 + 8y + 16 = 24 + 9 + 16 (x – 3)2 + (y + 4)2 = 49 Portanto, o centro da circunferência é C(3, –4) e o raio mede 7. Exemplo Equação geral da circunferência R3. Seja Ax2 + By2 + Cxy + Dx + Ey + F = 0 uma equação completa do 2o grau. Determinar as condições que os coeficientes A, B, C, D, E e F devem cumprir para que a equação dada seja uma circunferência. Exercício resolvido Vamos transformar em 1 o coeficiente de x2. Para isso dividimos a equação por A: x2 , com A ≠ 0. Comparando essa equação com a equação geral da circunferência, temos: Exercício resolvido R3. Resolução Observe: Portanto, as condições são: A = B ≠ 0, C = 0 e D2 + E2 – 4AF > 0 Exercício resolvido R3. Resolução B A = 1 ⇒ A = B≠0 E A = –2b ⇒ b = – E 2A C A = 0 ⇒ C = 0 F A = a2 + b2 – r2 D A = – 2a ⇒ a = – D 2A D2 + E2 – 4AF 4A2 r = com D2 + E2 – 4AF ˃ 0 Posição relativa entre um ponto e uma circunferência d = r d > r d < r O ponto P pertence à circunferência. O ponto P é exterior à circunferência. O ponto P é interior à circunferência. Exemplo Vamos determinar a posição dos pontos P(1, 5), Q(0, 4) e R(3, 2) em relação à circunferência de equação x2 + (y – 2)2 = 9. Para determinar a posição que cada ponto ocupa em relação à circunferência, devemos calcular a distância entre cada ponto e o centro da circunferência. Da equação da circunferência x2 + (y – 2)2 = 9, temos o centro C(0, 2) e r = 3. Posição relativa entre um ponto e uma circunferência Como 2 < 3, então dC,Q < r; logo, o ponto Q é interior à circunferência. dC,R = Então, dC,R = r; logo, o ponto R pertence à circunferência. Exemplo Calculando as respectivas distâncias: dC,P = Como > 3, então dC,P > r; logo, o ponto P é exterior à circunferência. dC,Q = Posição relativa entre um ponto e uma circunferência R4. Dada a circunferência ao lado: a) determinar sua equação; b) determinar a posição dos pontos A( , ) e B(–2, –2) em relação à circunferência; c) indicar as coordenadas dos pontos pertencentes à circunferência e à bissetriz dos quadrantes ímpares. Exercício resolvido a) A circunferência tem centro C(0, 0) e raio r = . Portanto, a equação da circunferência é: x2 + y2 = 5. b) Vamos determinar a distância entre cada ponto e o centro da circunferência: dC,A = Então, dC,A = r; logo, o ponto A pertence à circunferência. dC,B = Então, dC,B > r; logo, o ponto B é exterior à circunferência. Exercício resolvido R4. Resolução c) Precisamos determinar os pontos de intersecção entre a circunferência (x2 + y2 = 5) e a bissetriz dos quadrantes ímpares (y = x). Então, Para , temos: e, para , temos: Portanto, os pontos são: e . Exercício resolvido R4. Resolução Posição relativa entre uma reta e uma circunferência d = r d > r d < r s é tangente à circunferência. s é exterior à circunferência. s é secante à circunferência. Da observação dos três casos anteriores concluímos que: Se d = r, então s ∩ λ = {A} (s é tangente à circunferência λ); Se d > r, então s ∩ λ = Ø (s é exterior à circunferência λ); Se d < r, então s ∩ λ = {A, B} (s é secante à circunferência λ). Posição relativa entre uma reta e uma circunferência Exemplo Vamos determinar a posição relativa entre a reta s de equação x + y + 1 = 0 e a circunferênciade equação x2 + y2 + 2x + + 2y + 1 = 0. Primeiro, obtemos o centro e a medida do raio da circunferência de equação x2 + y2 + 2x + 2y + 1 = 0, comparando-a com a equação geral: x2 + y2 – 2ax – 2by + a2 + b2 – r2 = 0 Como –2a = 2, então: a = –1. Como –2b = 2, então: b = –1. Portanto, o centro da circunferência é: C(–1, –1). Posição relativa entre uma reta e uma circunferência Exemplo Substituindo a = b = –1 em a2 + b2 – r2 = 1, obtemos: r = 1. Agora, calculamos a distância do centro da circunferência à reta s: Como dC,s < r, então a reta s é secante à circunferência. Posição relativa entre uma reta e uma circunferência R5. Obter os valores de k para que a reta da equação y = x + k seja tangente à circunferência da equação x2 + y2 – 9 = 0. Resolução Vamos resolver o sistema: Substituindo y = x + k na equação da circunferência, temos: x2 + (x + k)2 – 9 = 0 ⇒ x2 + x2 + 2kx + k2 – 9 = 0 ⇒ ⇒ 2x2 + 2kx + k2 – 9 = 0 Δ = (2k)2 – 4 ∙ 2(k2 – 9) = 0 –4k2 + 72 = 0 ⇒ k2 = 18 ⇒ k = ou k = Exercício resolvido R6. Dada a equação da circunferência μ: x2 + y2 – 2x – 2y –18 = 0, determinar a equação da reta v tangente a μ no ponto P(–3, –1). Exercício resolvido R6. Resolução Vamos determinar as coordenadas do centro C da circunferência: x2 + y2 – 2x – 2y – 18 = 0 ⇒ (x – 1)2 + (y – 1)2 = 20 ⇒ C(1, 1) Lembremos que, se v é tangente a μ, então v é perpendicular à reta que passa por C(1, 1) e P(–3, –1), que chamamos de w. Agora, calculamos o coeficiente angular mw da reta w: mw = Com isso, determinamos o coeficiente angular mv da reta v: mv = Logo, a equação da reta v é: y + 1 = –2(x + 3) ⇒ 2x + y + 7 = 0. Exercício resolvido –1 –1 –3 –1 –2 –4 1 2 Posição relativa entre duas circunferências Circunferências secantes Circunferências tangentes Circunferências disjuntas Têm dois pontos em comum. Têm um ponto em comum. Não têm nenhum ponto em comum. É importante observar que, quando d = 0, as circunferências λ1 e λ2 são concêntricas, ou seja, têm o mesmo centro. Quando d = 0 e r1 = r2, as circunferências são coincidentes. Para determinar quantos são os pontos comuns entre duas circunferências, basta conhecer seus raios e a distância entre seus centros. E, para identificar esses pontos, é preciso resolver o sistema formado pelas equações das circunferências. Posição relativa entre duas circunferências Posição relativa entre duas circunferências a) Vamos determinar a posição relativa entre as circunferências de equações (x + 2)2 + (y – 12)2 = 169 e x2 + y2 – 6y + 9 = 25. Primeiro, determinamos os centros C1 e C2 e as medidas r1 e r2 dos raios de cada circunferência. Como (x + 2)2 + (y + 12)2 = 169, então: C1(–2, 12) e r1 = 13. Escrevendo a equação reduzida da outra circunferência, temos: x2 + y2 – 6y + 9 = 25 ⇒ x2 + (y – 3)2 = 25, assim: C2(0, 3) e r2 = 5 Exemplo a) Calculando a distância d entre os centros C1 e C2, vem: Observe que |13 – 5| < < 13 + 5, ou seja: |r1 – r2|< d < r1 + r2 Portanto, as circunferências são secantes. Posição relativa entre duas circunferências Exemplo b) Agora, vamos determinar a equação da circunferência de centro C1(–1, 0) e que tangencia exteriormente a circunferência de equação (x + 3)2 + y2 = 1. Da equação (x + 3)2 + y2 = 1, temos C2(–3, 0) e r2 = 1, e como as circunferências são tangentes exteriores, então: d = r1 + r2 Calculando a distância d entre os centros das circunferências, vem: Como o raio da circunferência dada mede 1, temos: 2 = r1 + 1 ⇒ r1 = 1. Portanto, a equação da circunferência é: (x + 1)2 + y2 = 1. Posição relativa entre duas circunferências Exemplo c) Para calcular a área do círculo de centro (2, 5), sabendo que a reta da equação 3x + 4y = 6 é tangente ao círculo, consideramos que a reta tangente a uma circunferência é perpendicular ao raio no ponto de contato. Logo: r = r = 4. Portanto, a área do círculo é 16p unidades de área. Posição relativa entre duas circunferências Exemplo R7. Resolver graficamente o sistema de inequações Resolução 1o) O conjunto solução da inequação x2 + y2 ≤ 9 é o círculo de centro (0, 0) e raio 3. Exercício resolvido Resolução 2o) O conjunto solução da inequação x – y ≤ 3 é o semiplano que contém o ponto (0, 0) e é limitado pela reta da equação x – y – 3 = 0. Para obter o conjunto solução do sistema, basta fazer a intersecção dos dois conjuntos. Exercício resolvido R7. ANOTAÇÕES EM AULA Coordenação editorial: Juliane Matsubara Barroso Edição de texto: Ana Paula Souza Nani, Adriano Rosa Lopes, Enrico Briese Casentini, Everton José Luciano, Juliana Ikeda, Marilu Maranho Tassetto, Willian Raphael Silva Assistência editorial: Pedro Almeida do Amaral Cortez Preparação de texto: Renato da Rocha Carlos Coordenação de produção: Maria José Tanbellini Iconografia: Daniela Chahin Barauna, Erika Freitas, Fernanda Siwiec, Monica de Souza e Yan Comunicação Ilustração dos gráficos: Adilson Secco EDITORA MODERNA Diretoria de Tecnologia Educacional Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio Editores: Andre Jun, Felipe Jordani e Natália Coltri Fernandes Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin Editor de arte: Fabio Ventura Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro e Valdeí Prazeres Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres © Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados. EDITORA MODERNA Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP: 03303-904 Vendas e atendimento: Tel. (0__11) 2602-5510 Fax (0__11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2012 http://www.moderna.com.br/ Cônicas Imagine que a bola está sobre uma mesa em uma sala escura. Ao iluminar a bola com uma lanterna, é possível verificar que o formato da sombra se modifica de acordo com a posição da lanterna. O contorno de cada sombra da bola tem a forma de uma curva. Essas curvas são chamadas de cônicas e podem representar elipses, parábolas e hipérboles. Secções cônicas JA V IE R J A IM E /C ID JA V IE R J A IM E /C ID JA V IE R J A IM E /C ID Cônicas: elipse, parábola e hipérbole Elipse Se o plano interceptar todas as geratrizes do cone e não for paralelo às bases dos cones nem passar pelo vértice, teremos uma elipse: Parábola Se o plano for paralelo (mas não coincidente) a uma geratriz, teremos uma parábola: Hipérbole Se o plano for paralelo (mas não coincidente) ao eixo dos cones, teremos uma hipérbole: eixoeixo eixo Sejam F1 e F2 dois pontos distintos de um plano. Elipse é o lugar geométrico dos pontos P do plano cuja soma das distâncias PF1 e PF2 é constante e maior que a distância entre F1 e F2. Elipse Focos: F1 e F2 Eixo maior: (A1A2= 2a) Centro: O (ponto médio de ) Eixo menor: , perpendicular a (B1B2 = 2b) Distância focal: 2c = F1F2 Excentricidade (e): e = , com 0 < e < 1 Elementos da elipse Observe a elipse: A partir do triângulo retângulo OB2F2, podemos escrever a relação: a2 = b2 + c2 Relação entre a, b e c Como e = e c < a, a excentricidade e está entre 0 e 1. Se e for próximo de 0, a elipse é mais próxima de uma circunferência. Se e for próximo de 1, a elipse é mais achatada. Excentricidade Ao observar várias elipses, você vai perceber que algumas se aproximam mais de uma circunferência e outras são mais achatadas. Essa característica da elipse é determinada por um número, a excentricidade e. Caso 1: Eixo maior da elipse sobre o eixo das abscissas Equação reduzida da elipse com centro na origem Caso 2: Eixo maior da elipse sobre o eixo das ordenadas A equação reduzida da elipse de focos no eixo das abscissas e centro em (0, 0) é: com a > b com a > bExemplo Vamos determinar a equação reduzida da elipse com centro na origem e focos sobre os eixos das abscissas, sendo F1(–3, 0) e F2(3, 0), com eixo maior igual a 8 unidades. Como o eixo maior tem 8 unidades, então: 2a = 8 ⇒ a = 4 A distância do centro até qualquer um dos focos é igual a 3. Logo: c = 3 Pela relação a2 = b2 + c2, temos: 42 = b2 + 32 ⇒ b2 = 7 Substituindo os valores encontrados em , temos a equação: Equação reduzida da elipse com centro na origem Exercício resolvido R1. Sendo x2 + 4y2 = 64 a equação de uma elipse, determinar as coordenadas de seus focos e as extremidades do eixo menor. Resolução Vamos escrever a equação na forma reduzida: x2 + 4y2 = 64 ⇒ Para determinar a e b, precisamos analisar se a elipse determinada por essa equação tem seu eixo maior sobre o eixo das abscissas ou das ordenadas. Como, na equação reduzida de uma elipse, a é maior que b, podemos concluir que a2 = 64 e b2 = 16. Ou seja, o eixo maior dessa elipse está sobre o eixo das abscissas. Como a2 = 64 e b2 = 16, então a = 8 e b = 4 Pela relação a2 = b2 + c2: 64 = 16 + c2 ⇒ ⇒ 64 – 16 = c2 ⇒ c2 = 48 ⇒ c = 4 Assim, os focos são F1(–4 , 0) e F2(4 , 0), e as extremidades do eixo menor são B1(0, –4) e B2 (0, 4). R1. Resolução Exercício resolvido Seja r uma reta e F um ponto não pertencente a essa reta. Parábola é o lugar geométrico dos pontos P do plano cuja distância à reta r é igual à distância ao ponto F. Parábola Elementos da parábola Foco: F Diretriz: r Eixo de simetria: s Vértice: V Parâmetro da parábola: p = FD É importante observar que o vértice também pertence à parábola, portanto deve ser equidistante de F e de r, ou seja, V é o ponto médio de . Vamos considerar uma parábola com vértice V na origem do sistema cartesiano e foco F. Escolhemos um ponto P(x, y) qualquer sobre essa parábola. Sabemos que a distância entre F e P deve ser igual à distância entre P e r (diretriz da parábola), ou seja: dP,F = dP,r Equação reduzida da parábola com vértice na origem 1o caso: Parábola com eixo de simetria sobre o eixo y e vértice na origem x2 = 4cy x2 = –4cy Equação reduzida da parábola com vértice na origem F(0, c) e diretriz y = –c F(0, c) e diretriz y = c 2o caso: Parábola com eixo de simetria sobre o eixo x e vértice na origem Equação reduzida da parábola com vértice na origem F(c, 0) e diretriz x = –c F(–c, 0) e diretriz x = c y2 = 4cx y2 = –4cx Exemplos a) Vamos determinar a equação da curva cujos pontos são equidistantes da reta x = –2 e do foco F(2, 0). O lugar geométrico dos pontos equidistantes de uma reta e de um ponto não pertencente a essa reta é uma parábola. Podemos determinar a equação dessa parábola imaginando um ponto P(x, y) pertencente à parábola. As distâncias desse ponto à reta e ao foco são iguais. Equação reduzida da parábola com vértice na origem Exemplos a) Assim: dP,F = dP,r ⇒ dP,F = dP,Q A equação da parábola é: y2 = 8x Equação reduzida da parábola com vértice na origem Exemplos b) Vamos agora determinar a equação da parábola de foco (–3, 0) e diretriz x = 3. Como a parábola tem o eixo de simetria sobre o eixo x, vértice na origem, F(–3, 0) e diretriz x = 3, a equação da parábola será do tipo y2 = –4cx. Nesse caso, c = 3. Logo, a equação da parábola será: y2 = –4 ∙ 3 ∙ x ⇒ y2 = –12x Equação reduzida da parábola com vértice na origem Resolução Comparando a equação da parábola com os casos apresentados, essa parábola tem o eixo de simetria sobre o eixo x, vértice na origem, F(c, 0), e diretriz x = –c. A equação desse tipo de parábola é y2 = 4cx. Comparando as duas equações, temos c = 4, as coordenadas do foco são (4, 0) e a equação da reta diretriz é x = –4. R2. Dada a parábola da equação y2 = 16x, determinar as coordenadas do foco e a equação da reta diretriz. Exercício resolvido Resolução Analisando os pontos, percebemos que essa parábola tem concavidade voltada para baixo, portanto a equação será do tipo: x2 = –4cy. R3. Determinar as coordenadas do foco e a equação da reta diretriz da parábola que passa pelos pontos (0, 0), (2, –1) e (4, –4) e tem o eixo de simetria sobre o eixo y e vértice na origem. 22 = –4 ∙ c ∙ (–1) ⇒ c = 1 Escolhendo um ponto para substituir na equação, obtemos c: Portanto, F(0, –1) e a reta diretriz é: y = 1 Exercício resolvido Resolução Os pontos de intersecção pertencem simultaneamente à parábola e à reta. Então: y2 = 4x (I) y = –3x + 1 (II) Substituindo (II) em (I): (–3x + 1)2 = 4x ⇒ 9x2 – 6x + 1 = 4x ⇒ ⇒ 9x2 – 10x + 1 = 0 Então: x = 1 ou x = R4. Obter os pontos de intersecção da parábola da equação y2 = 4x com a reta y = –3x + 1. 1 2 3 Exercício resolvido Substituindo os valores de x em (II): Para x = 1 : y = –3 ∙ 1 + 1 ⇒ y = –2 Para x = : y = –3 ∙ + 1 ⇒ y = A reta y intercepta a parábola em dois pontos: (1, –2) e R4. Resolução Exercício resolvido Hipérbole Sejam F1 e F2 dois pontos distintos de um plano. Hipérbole é o lugar geométrico dos pontos do plano cuja diferença, em módulo, de suas distâncias a F1 e a F2 é constante e menor que a distância entre F1 e F2. Elementos da hipérbole Focos: F1 e F2 Distância focal: F1F2= 2c Vértices: A1 e A2 Centro: O (ponto médio de ) Eixo real ou transverso: (A1A2 = 2a) Eixo imaginário ou conjugado: (B1B2 = 2b) Excentricidade (e): e = Relação entre a, b e c Observe a hipérbole: A partir do triângulo retângulo OB1A2, podemos escrever a relação: c2 = a2 + b2 Excentricidade Ao observar várias hipérboles, percebemos que algumas têm ramos mais abertos que outras. Essa característica da hipérbole é determinada pela excentricidade e. Como e= e c > a, a excentricidade e é maior que 1 (e > 1). Se e for um número próximo de 1, os ramos da hipérbole serão mais fechados. Quanto maior for o número e, mais abertos serão os ramos da hipérbole. Caso 1: Os focos pertencem ao eixo das abscissas Caso 2: Os focos pertencem ao eixo das ordenadas Equação reduzida da hipérbole com centro na origem A equação reduzida da hipérbole de focos no eixo das abscissas e centro (0, 0) é: Exemplos a) Vamos determinar a equação reduzida da hipérbole com centro na origem, focos sobre o eixo das ordenadas F1(0, –7) e F2(0, 7), e eixo real medindo 10. Sabendo que o eixo real mede 10, temos: a = 5 A distância de um dos focos ao centro da hipérbole fornece o valor c = 7. Assim, pela relação entre a, b e c, temos: c2 = a2 + b2 ⇒ 72 = 52 + b2 ⇒ 49 – 25 = b2 ⇒ b2 = 24 Como os focos estão sobre o eixo das ordenadas, temos: Equação reduzida da hipérbole com centro na origem Exemplos b) Determinar a excentricidade de uma hipérbole centrada na origem, sabendo que seus focos são (–4, 0) e (4, 0) e que ela passa pelo ponto (3, ). Os focos dessa hipérbole estão sobre o eixo x, então a equação da hipérbole é do tipo: Como a hipérbole passa pelo ponto (3, ), vamos substituí-lo na equação: Pela relação c2 = a2 + b2, temos: 16 – b2 = a2 Equação reduzida da hipérbole com centro na origem Exemplos b) Assim: Determinando o valor de a: Como a > 0, então: a = 2 Assim, a excentricidade dessa hipérbole vale: Equação reduzida da hipérbole com centro na origem Assíntotas da hipérbole Observe o retângulo de lados 2a e 2b na hipérbole abaixo: As retas r1 e r2, que contêm as diagonais desse retângulo, são chamadas de assíntotas da hipérbole. Veja que a hipérbole se aproxima cada vez mais das assíntotas, sem tocá-las. As equações das retas assíntotas são dadas por: r1: bx – ay = 0 r2: bx + ay = 0 Da equação da elipse, temos: a = 5, b = 3 c2 = 25 – 9 ⇒ c = 4 a = 5, b = 3 e c = 4 R5. Esboçar os gráficos da elipse de equação e da hipérbole de equação em um mesmo plano, destacando os pontos notáveis coincidentes. Da equaçãoda hipérbole, temos: a = 4, b = 3 c2 = 16 + 9 ⇒ c = 5 a = 4, b = 3 e c = 5 Resolução Exercício resolvido Elipse Hipérbole As extremidades do eixo real da hipérbole coincidem com os focos da elipse. Os focos da hipérbole coincidem com as extremidades do eixo maior da elipse. R5. Resolução Exercício resolvido R5. Resolução Exercício resolvido ANOTAÇÕES EM AULA Coordenação editorial: Juliane Matsubara Barroso Edição de texto: Ana Paula Souza Nani, Adriano Rosa Lopes, Enrico Briese Casentini, Everton José Luciano, Juliana Ikeda, Marilu Maranho Tassetto, Willian Raphael Silva Assistência editorial: Pedro Almeida do Amaral Cortez Preparação de texto: Renato da Rocha Carlos Coordenação de produção: Maria José Tanbellini Iconografia: Daniela Chahin Barauna, Erika Freitas, Fernanda Siwiec, Monica de Souza e Yan Comunicação Ilustração dos gráficos: Adilson Secco EDITORA MODERNA Diretoria de Tecnologia Educacional Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio Editores: Andre Jun, Felipe Jordani e Natália Coltri Fernandes Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin Editor de arte: Fabio Ventura Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro e Valdeí Prazeres Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres © Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados. EDITORA MODERNA Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP: 03303-904 Vendas e atendimento: Tel. (0__11) 2602-5510 Fax (0__11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2012 http://www.moderna.com.br/ Números complexos O número i, não real, tal que i2 = –1 é chamado de unidade imaginária. A unidade imaginária Com o surgimento desse novo tipo de número, tornou-se possível resolver equações que em ℝ não têm solução. Exemplo Vamos resolver a equação do 2o grau x2 + 9 = 0. Observe que: x2 + 9 = 0 ⇒ x2 = –9 No universo real, essa equação não tem solução, pois não existe número real que elevado ao quadrado resulte em –9. Mas, se considerarmos que existe um número i, não real, tal que i2 = –1, temos: x2 = –9 ⇒ x2 = (–1) ∙ 9 ⇒ x2 = 9i2 ⇒ x = ± Como (±3i)2 = 9i2 = 9 ∙ (–1) = –9, temos: x = ±3i Logo: x = 3i ou x = –3i e S = {3i, –3i} A unidade imaginária Exercício resolvido R1. Resolver a equação x2 – 2x + 5 = 0, utilizando a definição de unidade imaginária (i2 = –1). Resolução Resolvendo a equação x2 – 2x + 5 = 0, temos: x = Como (4i)2 = 16i2 = 16 ∙ (–1) = –16, temos: x = ⇒ x = ⇒ x = 1 + 2i ou x = 1 – 2i Portanto, o conjunto solução é: S = {1 + 2i, 1 – 2i} R2. Resolver a equação x2 – 4x + 6 = 0, no universo dos números complexos. Resolução Resolvendo a equação x2 – 4x + 6 = 0, temos Como (±2i ∙ )2 = 4i2 ∙ 2 = (–1) ∙ 8 = –8, temos: x = ⇒ x = 2 + i ∙ ou x = 2 – i ∙ Portanto, o conjunto solução é: S = {2 + i , 2 – i } Exercício resolvido Número complexo é todo número da forma z = a + bi, em que a, b ∈ ℝ, e i é a unidade imaginária. A forma algébrica de um número complexo O coeficiente a é parte real de z, representada por Re(z), e o coeficiente b é a parte imaginária de z, representada por Im(z). Exemplo Vamos identificar a parte real e a parte imaginária de z em cada caso: z = 3 – 2i é um número complexo com Re(z) = 3 e Im(z) = –2; z = –7 + 5i é um número complexo com Re(z) = –7 e Im(z) = 5; z = 3 = 3 + 0i é um número complexo com Re(z) = 3 e Im(z) = 0; Nesse caso, z é um número real, pois a parte imaginária de z é nula. z = 4i = 0 + 4i é um número complexo com Re(z) = 0 e Im(z) = 4. Nesse caso, z é chamado de imaginário puro, pois a parte real de z é nula, e a parte imaginária é não nula. A forma algébrica de um número complexo z = w a + bi = c + di ⇔ a = c e b = d Igualdade de números complexos Exemplo Os números complexos z = 8 + bi e w = a – i são iguais se, e somente se: Re(z) = Re(w) ⇒ 8 = a Im(z) = Im(w) ⇒ b = – ℂ = {z| z = a + bi, com a, b ∈ ℝ e i2 = –1} O conjunto dos números complexos R3. Determinar os valores reais de x e y para que o número complexo z = (2x + 8) + (y – 3)i seja um número: a) real; b) imaginário puro. Resolução a) z é um número real se: Im(z) = 0 Logo: y – 3 = 0 ⇒ y = 3 b) z é um número imaginário puro se: Re(z) = 0 e Im(z) ≠ 0 Logo: 2x + 8 = 0 e y – 3 ≠ 0 ⇒ x = –4 e y ≠ 3 Exercício resolvido R4. Determinar os valores reais de x e y para que o número complexo z = (x2 – 3x) + (x – 3)i seja um número: a) real; b) imaginário puro. Resolução a) z é um número real se: Im(z) = 0 Logo, x – 3 = 0 ⇒ x = 3 b) z é um número imaginário puro se: Re(z) = 0 e Im(z) ≠ 0 Assim: x2 – 3x = 0 ⇒ x – 3 ≠ 0 ⇒ x ∙ (x – 3) = 0 e x ≠ 3 ⇒ ⇒ (x = 0 ou x = 3) e x ≠ 3 Logo: x = 0 Exercício resolvido R5. Calcular x ∈ ℝ tal que x2 – 9 + (x + 3)i = 0 Resolução Vamos reescrever a igualdade da seguinte forma: (x2 – 9) + (x + 3)i = 0 + 0i Então, pela definição de igualdade de números complexos, temos: (I): x2 – 9 = 0 ⇒ x2 = 9 ⇒ x = 3 ou x = –3 (II): x + 3 = 0 ⇒ x = –3 Apenas –3 satisfaz às duas equações. Portanto: x = –3 Exercício resolvido x2 – 9 = 0 (I) x2 + 3 = 0 (II) R6. Determinar os valores reais de a e b para que os números complexos z = –2 + 5i e w = 2a + (b2 + 1)i sejam iguais. Resolução Para que os números complexos z e w sejam iguais, devemos ter: Re(z) = Re(w) –2 = 2a a = –1 Portanto: a = –1 e b = 2 ou a = –1 e b = –2 Im(z) = Im(w) 5 = b2 + 1 b2 = 4 b = 2 ou b = –2 Exercício resolvido Adição e subtração de números complexos Dados: z = a + bi e w = c + di Adição: z + w = (a + bi) + (c + di) = a + bi + c + di = = (a + c) + (b + d)i Subtração: z – w = (a + bi) – (c + di) = a + bi – c – di = = (a – c) + (b – d)i Operações com números complexos Adição e subtração de números complexos Exemplos Vamos considerar os números complexos z1 = 1 + 3i, z2 = i e z3 = –7 e efetuar as seguintes operações: a) z1 + z2 + z3 z1 + z2 + z3 = (1 + 3i) + (0 + i) + (–7 + 0i) = = 1 + 3i + 0 + i – 7 + 0i = (1 + 0 – 7) + (3 + 1 + 0)i = –6 + 4i b) z2 – (z1 + z3) z1 + z3 = 1 + 3i – 7 = –6 + 3i z2 – (z1 + z3) = i – (–6 + 3i) = i + 6 – 3i = 6 – 2i Operações com números complexos Multiplicação de números complexos Dados z = a + bi e w = c + di, podemos efetuar a multiplicação entre z e w aplicando a propriedade distributiva: zw = (a + bi)(c + di) = ac + adi + bci + bdi2 Como i2 = –1, temos: zw = ac + adi + bci – bd = (ac – bd) + (ad + bc)i Operações com números complexos Multiplicação de números complexos Exemplos Vamos considerar os números complexos z1 = 1 + i, z2 = 4 – 2i e z3 = 5 e efetuar as seguintes operações: a) z1 ∙ z2 = (1 + i)(4 – 2i) = 4 – 2i + 4i – 2i 2 = 4 + 2i – 2 ∙ (–1) = = 6 + 2i b) (z2) 2 = z2 ∙ z2 = (4 – 2i)(4 – 2i) = 16 – 8i – 8i + 4i 2 = = 16 – 16i + 4 ∙ (–1) = 16 – 16i – 4 = 12 – 16i c) 2 ∙ (z1 ∙ z2 ∙ z3) = 2 ∙ (1 + i)(4 – 2i) ∙ 5 = 10 ∙ (6 + 2i) = = 60 + 20i d) (4 – 2i)2 = 42 – 2 ∙ 4 ∙ 2i + (2i)2 = 16 – 16i – 4 = 12 – 16i Operações com números complexos R7. Determinar os valores reais de x e y para que se obtenha: (x + 2yi) ∙ (1 – 3i) = –1 Resolução Começamos efetuando a multiplicação indicada: (x + 2yi) ∙ (1 – 3i) = –1 ⇒ x – 3xi + 2yi – 6yi2 = –1 ⇒ ⇒ x – 3xi + 2yi – 6y ∙ (–1) = –1 ⇒ ⇒ (x + 6y) + (–3x + 2y)i = –1 + 0i Utilizando a igualdade de números complexos, temos: Resolvendo esse sistema, obtemos: x = – e y = – Exercício resolvido x + 6y = –1 –3x + 2y = 0 O conjugado de um número complexo Vamos encontrar os conjugados dos números complexos abaixo. a) z1 = 1 + i ⇒ z1 = 1 – i b) z2 = –3 – 5i ⇒ z2 = –3 +5i c) z3 = 3 ⇒ z3 = 3 d) z4 = –i ⇒ z4 = i Dado um número complexo z = a + bi, chamamos de conjugado de z, cuja notação é z, o número complexo z = a – bi. Propriedades do conjugado Dado z = a + bi, são válidaspara z as seguintes propriedades: I. II. III. IV. R8. Sendo z1 = 2 + 3i e z2 = –1 – 5i, calcular: – Re( ) Resolução Temos: = 2 – 3i e = –1 + 5i Assim, aplicando as propriedades, obtemos: = ∙ 2 – Re [ ]= = (2 – 3i) + 2 ∙ (1 + 2i) – Re(4 – 12i – 9) = = 2 – 3i + 2 + 4i – (4 – 9) = 4 + i + 5 = = 9 + i Exercício resolvido R9. Determinar o complexo z tal que: z + 2i = 3 + 5 Resolução Fazendo z = a + bi, temos = a – bi. Assim: z + 2i = 3 + 5 (a + bi) + 2i = 3(a – bi) + 5 a + (b + 2)i = (3a + 5) – 3bi Logo: z = Exercício resolvido Divisão de números complexos É importante observar que, para qualquer complexo não nulo z = a + bi, existe o inverso de z, indicado por z–1 = , dado por: Operações com números complexos Divisão de números complexos Exemplos a) Vamos calcular o quociente . b) Vamos determinar o inverso do número complexo z = 2. Para z = 2, temos: Z–1 = = c) Vamos determinar o inverso do número complexo z = –5i. Para z = –5i, temos: Operações com números complexos R10. Calcular o inverso de i. Resolução O inverso de i é . Para calcular o quociente , basta multiplicar o numerador e o denominador pelo conjugado do denominador. Assim: Exercício resolvido R11. Calcular os quocientes: a) b) Resolução a) b) Exercício resolvido As potências de i Observe, abaixo, o cálculo de algumas potências de i. i0 = 1 i1 = i i2 = –1 i3 = i2 ∙ i = –1 ∙ i = –i i4 = i2 ∙ i2 = –1 ∙ (–1) = 1 i5 = i2 ∙ i2 ∙ i = i i6 = i2 ∙ i2 ∙ i2 = –1 i7 = i2 ∙ i2 ∙ i2 ∙ i = –i i8 = i2 ∙ i2 ∙ i2 ∙ i2 = 1 i9 = i2 ∙ i2 ∙ i2 ∙ i2 ∙ i = i … e assim por diante. Operações com números complexos As potências de i As potências de i se repetem em grupos de quatro valores, seguindo o padrão das potências i0, i1, i2 e i3; para calcular a potência in, com n ∈ ℕ, efetuamos a divisão de n por 4 e consideramos o resto dessa divisão como o novo expoente de i. Para expoentes inteiros negativos, o cálculo da potência i–n, com n ∈ ℕ*, é feito utilizando-se o conceito de inverso, ou seja: i–n = Operações com números complexos As potências de i Exemplos Vamos calcular: i244; i–33 e i605 244 4 0 61 Assim: i244 = i0 = 1 i605 = i1 = i 605 4 4 151 20 – 20 05 –4 1 expoente 33 4 – 32 8 1 expoente Operações com números complexos expoente R12. Simplifique: Resolução Vamos, inicialmente, determinar o valor de i44, i33 e i50. Para isso, efetuamos as divisões de 44, 33 e 50 por 4 e levamos em conta os restos obtidos. 44 4 33 4 50 4 0 11 1 8 2 12 Substituindo na expressão dada, temos: Assim: i44 = i0 = 1 i33 = i1 = i i50 = i2 = –1 Exercício resolvido R13. Encontrar o valor da expressão , para z = –2i. Resolução = = = = –8i3 + 1 ∙ (–2) + 2i = = 8i – 2 + 2i = = –2 + 10i Exercício resolvido O plano de Argand-Gauss O ponto P(a, b) é a imagem de z nesse plano ou o afixo do número complexo z = a + bi. Representação geométrica de um número complexo O plano de Argand-Gauss Observe que: o número real zero é representado pelo ponto (0, 0); todo número complexo real tem a sua parte imaginária igual a zero. Logo, sua imagem é um ponto pertencente ao eixo real (Re); todo número complexo imaginário puro tem a parte real igual a zero. Logo, sua imagem é um ponto pertencente ao eixo imaginário (Im). Representação geométrica de um número complexo O plano de Argand-Gauss Exemplos a) Vamos representar no plano complexo as imagens dos números complexos z1 = 3 – i, z2 = 4i e z3 = –1. Note que as imagens de z1, z2 e z3 são, respectivamente, os pontos P1(3, –1), P2(0, 4) e P3(–1, 0). A representação geométrica desses números é: Representação geométrica de um número complexo O plano de Argand-Gauss Exemplos b) Vamos representar no plano complexo todos os números complexos cuja distância das imagens à origem (0, 0) no plano de Argand-Gauss é igual a 3. Note que todos os pontos do plano que distam 3 da origem (0, 0) definem uma circunferência de centro na origem e raio 3. Representação geométrica de um número complexo O número complexo como um vetor Representação geométrica de um número complexo Módulo de um número complexo Exemplos a) Vamos determinar o módulo do número complexo z = 1 + 5i. Seja a = 1 e b = 5. Calculando o módulo, temos: Módulo de um número complexo Exemplos b) Retomando o exemplo de todos os números complexos cujas distâncias das imagens à origem, no plano de Argand-Gauss, é igual a 3. Os números complexos são aqueles que têm módulo 3. Assim: |z| = 3 ⇒ = 3 ⇒ a2 + b2 = 32 Como a equação de uma circunferência é dada por (x – x0) 2 + (y – y0) 2 = r2, com centro (x0, y0) e raio igual a r, temos que a2 + b2 = 32 é a equação de uma circunferência de centro (0, 0) e raio 3. Módulo de um número complexo Argumento de um número complexo θ é o ângulo cujo sen θ = e cos θ = , com ρ = |z| e 0 ≤ θ < 2 Argumento de um número complexo Exemplos Vamos determinar o argumento do número complexo z = 1 + i. Calculando o módulo, temos: a = 1; b = |z| = ρ = ⇒ ρ = ⇒ ρ = ⇒ ⇒ ρ = ⇒ ρ = 2 Calculando o argumento, temos: cos θ = ⇒ cos θ = sen θ = ⇒ cos θ = Como 0 ≤ θ < 2: θ = 1 4 2 4 3 R14. Representar geometricamente o número complexo z = 2 + 2i e obter o módulo e o argumento de z. Resolução No plano, z = 2 + 2i é representado pelo ponto P(2, 2). O módulo de z é dado por: ρ = dOP = = = 2 Para obter o argumento de z, vamos considerar o triângulo retângulo OAP. sen θ cos θ Como 0 ≤ θ < 2, temos: θ = Exercício resolvido R15. Determine o módulo de z = 2 – 5i. Resolução |z| = = ⇒ z = Exercício resolvido R16. Representar geometricamente no plano complexo os números complexos z que satisfazem a condição |z + 1 – i| = 1. Resolução Fazendo z = x + yi, com x e y reais, temos: |z + 1 – i| = 1 ⇒ |x + yi + 1 – i| = 1 ⇒ ⇒ |(x + 1) + (y – 1)i| = 1 ⇒ ⇒ = 1 ⇒ ⇒ (x + 1)2 + (y – 1)2 = 12 Representa a circunferência de centro (–1, 1) e raio 1. Exercício resolvido z = ρ(cos + i ∙ sen ) Forma trigonométrica ou polar Exemplo Vamos escrever o número complexo z = –1 + i na forma trigonométrica e representá-lo geometricamente. Para obter um número complexo na forma trigonométrica, precisamos determinar o módulo ρ e o argumento θ (com 0 ≤ θ < 2) desse número. Seja: a = –1; b = 1 Calculando o módulo, temos: |z| = ρ = ⇒ ρ = ⇒ ρ = ⇒ ρ = E, agora, calculando o argumento: cos θ = ⇒ cos θ sen θ = ⇒ sen θ Forma trigonométrica ou polar Logo, o número complexo z pode ser representado por um vetor de módulo e direção θ = (ou 135o). Exemplo Como 0 ≤ θ < 2, temos: θ = Aplicando a fórmula da forma trigonométrica ou polar: z = ρ(cos θ + i ∙ sen θ) z = Forma trigonométrica ou polar R17. Escrever z = 2i na forma trigonométrica e representá-lo geometricamente. Resolução ρ = = 2 θ = , pois: Logo: z = 2 O número complexo z pode ser representado por um vetor de módulo 2 e direção θ = (ou 90º). Exercício resolvido R17. Resolução Note que, como z é imaginário puro, sua representação é um vetor sobre o eixo imaginário. Se z fosse um número real não nulo, seria representado por um vetor sobre o eixo real. Exercício resolvido (com = 1 – i) R18. Determinar o módulo, o argumento e a forma trigonométrica do conjugado de z = 1 + i. Representar em um mesmo plano complexo z e . Resolução Dado z = a + bi, temos que = a – bi.Note que: ρ = |z| = Assim: Exercício resolvido Sendo θ1 = arg(z), temos: Sendo θ2 = arg( ), temos: Então: Note que: arg( ) = é côngruo a – = arg(z). Exercício resolvido R18. Resolução Assim: Como cos (–θ1) = cos θ1 (função par) e sen (–θ1) = –sen θ1 (função ímpar), temos: z = |z| ∙ (cos θ1 – i ∙ sen θ1) Geometricamente, z e são representados por pontos simétricos em relação ao eixo real. Exercício resolvido R18. Resolução R19. Expressar o número complexo z = 3 na forma algébrica. Resolução Nesse caso, basta determinar o valor das razões trigonométricas cos e sen e efetuar os cálculos indicados. Assim: Exercício resolvido z1z2 = ρ1ρ2[cos(θ1 + θ2) + i ∙ sen(θ1 + θ2)] Multiplicação e divisão Operações na forma trigonométrica Multiplicação e divisão Exemplos Considerando os números complexos z1 = 3 e z2 = 4 , vamos calcular: b) a) Operações na forma trigonométrica R20. Dados os números complexos z e w, escritos na forma trigonométrica: a) Obter o produto zw. b) Representar no plano complexo os vetores associados a z, w e zw. Resolução a) Exercício resolvido R20. Resolução b) A representação dos vetores é indicada na figura abaixo: Exercício resolvido R20. Resolução b) Observe que o produto zw representa uma rotação, no sentido anti-horário, de em relação a z, ou seja, o número complexo z, que tem argumento , ao ser multiplicado por w sofreu uma rotação equivalente a , que é o argumento de w. Assim, o produto zw tem argumento . Além disso, o módulo de zw é igual ao produto dos módulos dos números complexos z e w, ou seja: 2 ∙ 4 = 8 Exercício resolvido zn = ρn ∙ (cos nθ + i ∙ sen nθ) Exemplo Dado z = 2 , vamos calcular z7. Nesse caso, temos n = 7, ρ = 2 e θ = . Assim: = 128 Como 0 ≤ θ < 2, temos: Assim: z7= 128 Potenciação (1a fórmula de De Moivre) R21. Dado o número complexo z = –1 – i , calcular z50. Dê a resposta nas formas trigonométrica e algébrica. Resolução Primeiro, vamos determinar o módulo e o argumento de z. Em seguida, aplicamos a 1a fórmula de De Moivre. forma trigonométrica Exercício resolvido forma algébrica R22. Considerando o número complexo w = (1 + i)n, obter os valores inteiros de n para que w seja um número real positivo. Resolução Vamos expressar a base 1 + i na forma trigonométrica. Para isso, devemos achar o módulo ρ e o argumento θ de 1 + i. Assim: 1 + i = Exercício resolvido Agora, vamos obter w elevando 1 + i à potência n: Para que w seja real positivo, devemos ter: Exercício resolvido R22. Resolução (I) sen x = 0 (II) cos x > 0 (I) ∩ (II) Assim: n ∙ = 0 + 2k ⇒ = 2k ⇒ n = 8k, com k ℤ Logo: n ∈ {0, ±8, ±16, ±24, ...} Exercício resolvido R22. Resolução Considerando um número complexo z, não nulo, e um número inteiro n, com n > 1, temos: As raízes enésimas de z = ρ(cos θ + i ∙ sen θ) podem ser obtidas pela fórmula: Todo número complexo w tal que wn = z é chamado de raiz enésima de z. Radiciação (2a fórmula de De Moivre) com k = 0, 1, 2, 3, ..., (n – 1) e n natural, n > 1 Exemplo Vamos calcular as raízes quadradas complexas de z = 2i. Temos que: z = 0 + 2i. Vamos expressá-lo na forma trigonométrica. Então: z = 2 Usando a 2a fórmula de De Moivre, vamos encontrar os complexos wk tais que: (wk) n = z, sendo: n = 2, k = 0, 1 (raízes quadradas), ρ = 2 e θ = Radiciação (2a fórmula de De Moivre) Exemplo As duas raízes têm módulo igual a , ou seja, |w0| = |w1| = Para k = 0, temos: arg(w0) = Para k = 1, temos: arg(w1) = Logo, as duas raízes quadradas complexas de z = 2i são: w0 = w0 = = 1 + i w1 = w1 = = –1 – i Radiciação (2a fórmula de De Moivre) Exemplo Podemos fazer a verificação elevando ao quadrado as raízes encontradas: (1 + i)2 = 12 + 1 ∙ i + i2 = 1 + 2i – 1 = 2i = z (–1 – i)2 = (–1)2 – 2 ∙ (–1) ∙ i + i2 = 1 + 2i – 1 = 2i = z Radiciação (2a fórmula de De Moivre) As raízes quadradas de z = 2i são w0 = 1 + i e w1 = –1 – i. Nesse caso, essas raízes são afixos de pontos simétricos em relação à origem (são números complexos opostos). Esses pontos são as extremidades de um diâmetro da circunferência de centro na origem e raio igual a (módulo das raízes). Interpretação geométrica das raízes enésimas de um número complexo Podemos generalizar esse resultado para as n raízes de um número complexo z = ρ(cos θ + i ∙ sen θ), pois, como todas as raízes têm mesmo módulo, elas são afixos de pontos localizados no plano à mesma distância da origem, o que caracteriza os pontos de uma circunferência. Interpretação geométrica das raízes enésimas de um número complexo Além disso, os argumentos dessas raízes, que são da forma , constituem uma progressão aritmética de primeiro termo e razão . Assim, as raízes n-ésimas de z são os afixos dos vértices de um polígono regular de n lados, inscrito na circunferência de centro na origem e raio em n arcos congruentes de rad. Interpretação geométrica das raízes enésimas de um número complexo R23. Interpretar geometricamente as raízes cúbicas de z = 8(cos + i ∙ sen ). Resolução Para obter as raízes cúbicas de z, devemos encontrar os complexos wk tais que (wk) 3 = z. Expressando wk na forma trigonométrica wk = ρ(cos θ + i ∙ sen θ) Pela 1a fórmula de De Moivre, obtemos: (wk) 3 = ρ3 ∙ (cos 3θ + i ∙ sen 3θ) Da igualdade (wk) 3 = z, vem: ρ3 ∙ (cos 3θ + i ∙ sen 3θ) = 8 ∙ (cos + i ∙ sen ) Exercício resolvido Então, as três raízes têm módulo igual a 2 e argumentos , e . Observe que esses argumentos formam uma progressão aritmética de primeiro termo e razão . Exercício resolvido R23. Resolução Assim, as raízes cúbicas de z são: , ou ainda, na forma algébrica: Representando as raízes w0, w1 e w2 no plano complexo, observamos que elas são afixos dos vértices de um triângulo equilátero inscrito na circunferência de centro na origem e raio igual a 2. Exercício resolvido R23. Resolução Os vértices desse triângulo dividem a circunferência em três arcos congruentes de rad. Exercício resolvido R23. Resolução R24. Sabendo que z = 2 é uma das raízes quadradas do número complexo w, determinar a outra raiz. Resolução Observe que aqui não podemos utilizar a 2a fórmula de De Moivre, pois não conhecemos o número complexo w cujas raízes quadradas devemos encontrar. Então, vamos usar o que sabemos geometricamente dessas raízes. Exercício resolvido R25. Resolução As raízes quadradas de w são os afixos das extremidades de um diâmetro da circunferência de centro na origem e raio igual a 2 (módulo das raízes). Esses pontos dividem a circunferência em dois arcos congruentes de rad . Assim, o argumento da outra raiz é , ou seja, . Logo, a outra raiz quadrada de w é: z1 = 2 Exercício resolvido ANOTAÇÕES EM AULA Coordenação editorial: Juliane Matsubara Barroso Edição de texto: Ana Paula Souza Nani, Adriano Rosa Lopes, Enrico Briese Casentini, Everton José Luciano, Juliana Ikeda, Marilu Maranho Tassetto, Willian Raphael Silva Assistência editorial: Pedro Almeida do Amaral Cortez Preparação de texto: Renato da Rocha Carlos Coordenação de produção: Maria José Tanbellini Iconografia: Daniela Chahin Barauna, Erika Freitas, Fernanda Siwiec, Monica de Souza e Yan Comunicação Ilustração dos gráficos: Adilson Secco EDITORA MODERNA Diretoria de Tecnologia Educacional Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio Editores: Andre Jun, Felipe Jordani e Natália Coltri Fernandes Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin Editor de arte: Fabio Ventura Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini Assistentesde arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro e Valdeí Prazeres Revisores: Antonio Carlos Marques, Diego Rezende e Ramiro Morais Torres © Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados. EDITORA MODERNA Rua Padre Adelino, 758 – Belenzinho São Paulo – SP – Brasil – CEP: 03303-904 Vendas e atendimento: Tel. (0__11) 2602-5510 Fax (0__11) 2790-1501 www.moderna.com.br 2012 http://www.moderna.com.br/ Polinômios e equações polinomiais Polinômio ou função polinomial na variável complexa x é toda função P: ℂ → ℂ definida por P(x) = anx n + an–1x n–1 + an–2x n–2 + ... + a2x 2 + a1x + a0, para todo x ℂ, sendo n ℕ e an, an–1, ..., a2, a1, a0 números complexos. Função polinomial ou polinômio As funções P(x) = x2 + e P(x) = não são polinômios, pois em cada uma há pelo menos um expoente da variável x que não é um número natural. Função polinomial ou polinômio Elementos de um polinômio Pode ser chamado apenas de polinômio P coeficientes termo independente termos Função polinomial ou polinômio Exemplos a) P(x) = 5x4 – 2x3 + 2i ∙ x2 + Coeficientes: 5, –2, 2i, b) Q(x) = –x5 + 2x3 – i = –x5 + 0x4 + 2x3 + 0x2 + 0x – i Coeficientes: –1, 0, 2, 0, 0, – i c) Q(x) = –13 e R(x) = 5i são formados por apenas um número complexo (polinômio constante). termo independente Polinômio identicamente nulo Um polinômio P(x) = anx n + an–1x n–1 + an–2x n–2 + ... + a2x 2 + a1x + a0 é nulo, ou identicamente nulo, quando todos os seus coeficientes são iguais a zero, ou seja: an = an–1 = an–2 = ... = a1 = a0 = 0 Polinômio identicamente nulo Exemplo Vamos calcular os valores dos números complexos a, b e c para que o polinômio P(x) = ax5 – (b + 3)x4 + (c + 5i)x3 + [(b – 2) ∙ i – c]x2 + ai seja nulo. Para isso ocorrer, todos os coeficientes devem ser iguais a zero. Assim: a = 0 –(b + 3) = 0 ⇒ –b – 3 = 0 ⇒ b = –3 c + 5i = 0 ⇒ c = –5i (b – 2) ∙ i – c = 0 ⇒ –5i – c = 0 ⇒ c = –5i ai = 0 ⇒ a = 0 Portanto, P(x) será nulo para: a = 0, b = –3 e c = –5i Grau de um polinômio O grau de: P(x) = anx n + an–1x n–1 + an–2x n–2 + ... + a2x 2 + a1x + a0 é o maior expoente da variável x entre os termos (monômios) com coeficiente diferente de zero. Observe que: Se an ≠ 0, o grau de P(x) é n. Indicamos: gr (P) = n Se P(x) é um polinômio constante, seu grau é zero. Não se define grau de polinômio nulo. O coeficiente do termo que determina o grau de um polinômio é chamado coeficiente dominante. Exemplos a) P(x) = 5x4 + 2i ∙ x2 tem grau 4. b) P(x) = 0x3 + 2x – 3 tem grau 1. c) P(x) = –3i tem grau 0. (polinômio constante) d) P(x) = 0 não tem grau definido. (Não se define grau para polinômio nulo.) Grau de um polinômio Sendo o polinômio P(x) = anx n + an–1x n–1 + an–2x n–2 + ... + a1x + a0, concluímos que o valor numérico de P(x) para x = z é: P(z) = anz n + an–1z n–1 + an–2z n–2 + ... + a1z + a0 Valor numérico Exemplos a) Dado um polinômio P(x) = –3x3 – 5x2 + 4x – 2, vamos calcular P(1). Para isso, substituímos x por 1 na expressão que fornece P(x): P(1) = –3 ∙ (1)3 – 5 ∙ (1)2 + 4 ∙ (1) – 2 = –3 – 5 + 4 – 2 = –6 Observe que P(1) equivale à soma algébrica dos coeficientes de P(x). Exemplos b) Dado um polinômio P(x) = 2x4 + bx3 – x2 + 3, vamos encontrar o valor de b para que: P(2) = 2i + 1 Primeiro, substituímos x por 2 na expressão do polinômio P(x): P(2) = 2 ∙ (2)4 + b ∙ (2)3 – (2)2 + 3 = 8b + 31 Agora, igualamos o valor encontrado com 2i + 1: 8b + 31 = 2i + 1 ⇒ 8b = 2i – 30 ⇒ b = Portanto: b = Valor numérico Raiz de um polinômio Quando P(z) = 0, dizemos que o número complexo z é raiz do polinômio P(x). Exemplo Vamos encontrar o valor de b em P(x) = 2x3 – bx2 + x – 2, para que –2i seja raiz desse polinômio. Para que –2i seja raiz de P(x), devemos ter: P(–2i) = 0 Assim, substituímos x por –2i na expressão que fornece P(x): P(–2i) = 2 ∙ (–2i)3 – b(–2i)2 + (–2i) – 2 = 0 ⇒ ⇒ 14i – 2 + 4b = 0 ⇒ 4b = 2 – 14i ⇒ b = i Portanto: b = i Exercício resolvido R1. Determinar o polinômio P(x) do 1o grau para que P(8) = 13 e P(2) = 1. Resolução Se P(x) é um polinômio do 1o grau, ele é do tipo P(x) = ax + b, com a ≠ 0. Assim: P(8) = 13 ⇒ a ∙ (8) + b = 13 ⇒ 8a + b = 13 P(2) = 1 ⇒ a ∙ (2) + b = 1 ⇒ 2a + b = 1 Então, obtemos o sistema: 8a + b = 13 2a + b = 1 Resolvendo o sistema, obtemos: a = 2 e b = –3 Logo: P(x) = 2x – 3 Exercício resolvido R1. Resolução R2. Sendo P(x) = ax2 + bx + c, com a ≠ 0, calcular a e b, sabendo que 2 e –1 são raízes de P e que P(0) = –2. Resolução Como P(0) = –2, temos: a ∙ 02 + b ∙ 0 + c = –2 ⇒ c = –2 Sendo 2 e –1 raízes de P, temos: P(2) = P(1) = 0 Assim: a ∙ (2)2 + b ∙ (2) + c = 0 ⇒ 4a + 2b + c = 0 a ∙ (–1)2 + b ∙ (–1) + c = 0 ⇒ a – b + c = 0 Exercício resolvido Substituindo c por –2 nas equações, obtemos o sistema: 4a + 2b = 2 a – b = 2 Resolvendo esse sistema, obtemos: a = 1 e b = –1 Exercício resolvido R2. Resolução P = Q ⇔ P(x) = Q(x), para ∀x ℂ Igualdade de polinômios Para que dois polinômios P(x) e Q(x) sejam iguais, é necessário, e suficiente, que os coeficientes correspondentes de P(x) e Q(x) sejam iguais. Exemplo P(x) = ax3 + bx2 + cx + d Q(x) = 4x3 + 3x2 + 2x + 1 P(x) = Q(x) ax3 + bx2 + cx + d = 4x3 + 3x2 + 2x + 1 a = 4, b = 3, c = 2, d = 1 R3. Determinar os valores de a, b, c, d, e, f, de modo que os polinômios P(x) = –x5 + 2x3 + (d + 2)x2 – i ∙ x + 2 e Q(x) = ax5 + bx4 + cx3 – x2 + ex + f sejam iguais. Resolução Para que os polinômios P e Q sejam iguais, os coeficientes dos termos de mesmo grau devem ser iguais. Assim, temos: a = –1 b = 0 Portanto: a = –1, b = 0, c = 2, d = –3, e = –i, f = 2 c = 2 –1 = d + 2 ⇒ d = –3 e = –i f = 2 Exercício resolvido R4. Determinar p, q e r para que o polinômio F(x) = (p + q)x2 + + (p – q)x + p + q – 2r seja igual a H(x) = 5x – 6. Resolução Para que F(x) = H(x), devemos ter: p + q = 0, p – q = 5 e p + q – 2r = –6 Resolvendo o sistema , obtemos: p = e q = – Substituindo os valores de p e q em p + q – 2r = –6, temos: p + q – 2r = –6 ⇒ – – 2r = –6 ⇒ r = 3 Portanto: p = , q = – , r = 3 Exercício resolvido Dados dois polinômios, P(x) e Q(x), obtemos: a soma dos polinômios P(x) e Q(x) adicionando os coeficientes dos termos correspondentes de P(x) e Q(x); Sejam P(x) e Q(x) polinômios não nulos de graus m e n, respectivamente, com m ≥ n: se m ≠ n: gr(P + Q) = gr(P – Q) = m se m = n: gr(P + Q) m e gr(P – Q) m, ou o polinômio resultante é nulo. a diferença entre os polinômios P(x) e Q(x) fazendo a adição do primeiro polinômio com o oposto do segundo, ou seja: P(x) – Q(x) = P(x) + [–Q(x)] Adição e subtração de polinômios Exemplos a) Dados P(x) = 7x3 – 2x2 – 8x + 3 e F(x) = 3x3 + 12x + 6, vamos obter o polinômio A(x) = P(x) + F(x): A(x) = P(x) + F(x) ⇒ A(x) = (7x3 – 2x2 – 8x + 3) + (3x3 + 12x + 6) ⇒ ⇒ A(x) = 7x3 – 2x2 – 8x + 3 + 3x3 + 12x + 6 ⇒ ⇒ A(x) = 10x3 – 2x2 + 4x + 9 Adição e subtração de polinômios Exemplos b) Dados P(x) = 3x4 + x3 – ix2 – x + 1 e Q(x) = –x4 + 2x3 + x, vamos obter o polinômio B(x) = P(x) – Q(x): B(x) = P(x) – Q(x) B(x) = (3x4 + x3 – ix2 – x + 1) + [–(–x4 + 2x3 + x)] B(x) = 3x4 + x3 – ix2 – x + 1 + x4 – 2x3 – x B(x) = 4x4 – x3 – ix2 + (– –1)x + 1 Adição e subtração de polinômios Multiplicação de polinômios Para obter o produto de dois polinômios, P(x) e Q(x), multiplicamos cada termo de P(x) por todos os termos de Q(x) e reduzimos os termos semelhantes. Se dois polinômios P(x) e Q(x) não nulos têm grau m e n, respectivamente, então: gr(PQ) = m + n Multiplicação de polinômios Exemplo Dados os polinômios A(x) = x2 + 2x e B(x) = x + 4, vamos obter os polinômios C(x) = A(x) ∙ B(x) e D(x) = [A(x)]3: a) C(x) = A(x) ∙ B(x) ⇒ C(x) = (x2 + 2x) ∙ (x + 4) C(x) = x3 + 4x2 + 2x2 + 8x ⇒ C(x) = x3 + 6x2 + 8x b) D(x)= [A(x)]3 = A(x) ∙ A(x) ∙ A(x) D(x) = (x2 + 2x) ∙ (x2 + 2x) ∙ (x2 + 2x) D(x) = (x4 + 4x3 + 4x2) ∙ (x2 + 2x) D(x) = x6 + 2x5 + 4x5 + 8x4 + 4x4 + 8x3 D(x) = x6 + 6x5 + 12x4 + 8x3 R5. Dados F(x) = x2 + 2x + i e G(x) = 2x2 – x + 3, obter o polinômio A(x) = F(x) ∙ G(x). Resolução A(x) = (x2 + 2x + i) ∙ (–x2 – x + 3) A(x) = –x4 – x3 + 3x2 – 2x3 – 2x2 + 6x – ix2 – ix + 3i Portanto: A(x) = x4 – 3x3 + (1 – i)x2 – 2x3 + (6 – i)x2 + 3i Exercício resolvido Divisão de polinômios Vamos considerar dois polinômios P(x) e D(x), com D(x) não nulo. Dividir P(x), que é o dividendo, por D(x), que é o divisor, significa determinar os polinômios Q(x) e R(x), quociente e resto, respectivamente, que satisfazem as duas condições: P(x) = Q(x) ∙ D(x) + R(x) Observe que: gr(Q) = gr(P) – gr(D); o maior grau possível para R(x) é gr(D) – 1. Quando R(x) = 0, temos P(x) = Q(x) ∙ D(x) e dizemos que o polinômio P(x) é divisível pelo polinômio D(x). gr(R) < gr(D) ou R(x) = 0 Divisão de polinômios: método da chave Vamos estudar passo a passo a divisão de P(x) = 8x3 + 4x2 + 1 por D(x) = 4x2 + 1, usando o método da chave. 1o) Escrevemos dividendo e divisor seguindo a ordem decrescente das potências de x, completando-os, se necessário, com termos de coeficiente zero. 2o) Dividimos o termo de maior grau de P pelo termo de maior grau de D (8x3 : 4x2), obtendo o primeiro termo de Q, que é 2x. 8x3 + 4x2 + 0x + 1 4x2 + 0x + 1 2x 8x3 + 4x2 + 0x + 1 4x2 + 0x + 1 4o) Dividimos o termo de maior grau do resto parcial pelo termo de maior grau do divisor (4x2 : 4x2), obtendo o próximo termo do quociente (1). Repetimos o passo anterior para obter um novo resto parcial. 2x 8x3 + 4x2 + 0x + 1 4x2 + 0x + 1 –8x3 – 0x2 – 2x 4x2 – 2x + 1 –4x2 – 0x – 1 – 2x 3o) Multiplicamos o termo encontrado (2x) pelo divisor e subtraímos do dividendo o resultado obtido (8x3 + 2x), chegando ao resto parcial (4x2 – 2x + 1). 2x 8x3 + 4x2 + 0x + 1 4x2 + 0x + 1 –8x3 – 0x2 – 2x 4x2 – 2x + 1 Divisão de polinômios: método da chave 5o) A divisão termina quando o grau do resto é menor que o grau do divisor (nesse caso, menor que 2) ou quando obtemos resto zero. 8x3 + 4x2 + 1 = (2x + 1)(4x2 + 1) – 2x Q(x) = 2x + 1 e R(x) = –2x Divisão de polinômios: método da chave R6. Determinar o quociente Q(x) da divisão de P(x) = x3 + 3x2 + 5x + 6 por D(x) = x + 2 pelo método da chave. Resolução Aplicando o método da chave, temos: x3 + 3x2 + 5x + 6 x + 2 –x3 – 2x2 x2 + x + 3 x2 + 5x + 6 –x2 – 2x 3x + 6 –3x – 6 0 Exercício resolvido Portanto: Q(x) = x2 + x + 3 Divisão de polinômios: método dos coeficientes a determinar (ou método de Descartes) Esse método consiste em obter os coeficientes dos polinômios quociente e divisor por meio da relação: P(x) = Q(x) ∙ D(x) + R(x) Exemplo Vamos obter o quociente e o resto da divisão de P(x) = 6x3 – 7x2 + 2x + 5 por D(x) = 3x2 – 5x + 3 Observe que: gr(Q) = gr(P) – gr(D) = 1 Assim, Q(x) é um polinômio do 1o grau: Q(x) = ax + b, com a ≠ 0 Exemplo Agora, neste caso, o resto é o polinômio nulo ou o polinômio é de grau 1, pois o grau do divisor é 2. Logo: R(x) = cx + d Como P(x) = Q(x) ∙ D(x) + R(x), temos: 6x3 – 7x2 + 2x + 5 = (ax + b) ∙ (3x2 – 5x + 3) + (cx + d) 6x3 – 7x2 + 2x + 5 = 3ax3 – 5ax2 + 3ax + 3bx2 – 5bx + 3b + cx + d 6x3 – 7x2 + 2x + 5 = 3ax3 + (–5a + 3b)x2 + (3a – 5b + c)x + 3b + d Divisão de polinômios: método dos coeficientes a determinar (ou método de Descartes) Exemplo Fazendo a correspondência entre os coeficientes dos polinômios, obtemos: 6 = 3a ⇒ a = 2 –7 = –5a + 3b ⇒ –7 = –5 ∙ 2 + 3b ⇒ b = 1 2 = 3a – 5b + c ⇒ 2 = 3 ∙ 2 – 5 ∙ 1 + c ⇒ c = 1 5 = 3b + d ⇒ d = 2 Como Q(x) = ax + b e R(x) = cx + d, temos: Q(x) = 2x + 1 e R(x) = x + 2 Divisão de polinômios: método dos coeficientes a determinar (ou método de Descartes) R7. Encontrar m e n para que 5ix3 – x2 – mx + n seja divisível por x2 – x – i Resolução Como o dividendo é do 3o grau e o divisor é do 2o grau, o quociente é um polinômio do 1o grau, ou seja: Q(x) = ax + b, com a ≠ 0 Para a divisão ser exata, o resto deve ser o polinômio nulo. Então: 5ix3 – x2 – mx + n = (ax + b)(x2 – x – i) 5ix3 – x2 – mx + n = ax3 + (–a + b)x2 + (–ai – b)x – bi Exercício resolvido Assim: 5i = a –1 = –a + b b = –1 + 5i –m = –ai – b m = (5i) ∙ i + (–1 + 5i) ⇒ m = –6 + 5i n = –bi n = –(–1 + 5i) ∙ i ⇒ n = 5 + i Portanto: m = –6 + 5i e n = 5 + i Exercício resolvido R7. Resolução Teorema do resto Dado um polinômio P(x) com grau maior ou igual a 1, o resto da divisão de P(x) por x – a é igual a P(a). Divisão por binômios do tipo (x – a) Exemplo Vamos obter o resto da divisão de P(x) = –4x4 + x2 – ix por (x – i), sem efetuar a operação. Pelo teorema do resto, sabemos que P(i) é o resto R dessa divisão. Então: P(i) = –4 ∙ i4 + i2 – i ∙ i, ou seja, P(i) = –4 Logo, o resto da divisão é: R = –4 Teorema de D’Alembert Exemplo Vamos determinar c para que P(x) = x3 + 2x2 – c seja: Um polinômio P(x) é divisível por (x – a) se, e somente se, a é raiz de P(x), isto é, P(a) = 0. P = 0 ⇒ + – c = 0 ⇒ c = Logo, se P(x) é divisível por x + , o valor de c é . a) divísivel por x + Temos: x + = x – . Pelo teorema de D’Alembert, temos: Divisão por binômios do tipo (x – a) Divisão por binômios do tipo (x – a) Exemplo b) divisível por x Temos: x = x – 0 Se P é divisível por x, pelo teorema de D’Alembert, temos: P(0) = 0 ⇒ 0 + 2 ∙ 0 – c = 0 ⇒ c = 0 Portanto, se P(x) é divisível por x, o valor de c é zero. R8. Encontrar o resto da divisão de F(x) = x3 + 5x2 + 2x – 2 por x + 3 Resolução Vamos expressar o binômio x + 3 na forma x – a e aplicar o teorema do resto. Para obter o resto da divisão, devemos encontrar F(–3), pois a = –3. Assim: F(–3) = (–3)3 + 5 ∙ (–3)2 + 2 ∙ (–3) – 2 = 10 O resto da divisão é 10. Exercício resolvido R9. Obter o quociente e o resto da divisão de P(x) = x2 + 5x + 12 por D(x) = 3x – 12 Resolução Devemos procurar Q(x) e R(x) tal que P(x) = Q(x) ∙ D(x) + R(x), ou seja: x2 + 5x + 12 = Q(x) ∙ (3x – 12) + R(x) Observe que: 3x – 12 = 3 ∙ (x – 4) Assim: x2 + 5x + 12 = Q(x) ∙ 3 ∙ (x – 4) + R(x) x2 + 5x + 12 = Q1(x) ∙ (x – 4) + R(x) Q1(x) Exercício resolvido Agora, basta dividir P(x) por (x – 4) e o quociente Q1(x) por 3 para obter o quociente Q(x). Note que o resto permanece o mesmo. Obtemos, assim: Q1(x) = x + 9 e R(x) = 48 Então: Q(x) = x + 3 e R(x) = 48 x2 + 5x + 12 x – 4 –x2 + 4x x + 9 9x + 12 –9x + 36 48 Exercício resolvido R9. Resolução Dispositivo de Briot-Ruffini Exemplo Veja, passo a passo, a utilização do dispositivo de Briot-Ruffini para determinar o quociente e o resto da divisão de P(x) = 2x3 – 4x + 1 por x – 4. Para isso, escrevemos o polinômio dividendo da seguinte forma: P(x) = 2x3 + 0x2 – 4x + 1 1o) Dispomos os valores envolvidos no cálculo. 2o) Repetimos, na linha de baixo, o coeficiente dominante do dividendo P(x). 3o) Multiplicamos o valor de a por esse coeficiente e somamos o produto obtido com o próximo coeficiente de P(x), colocando o resultado abaixo dele. Exemplo Dispositivo de Briot-Ruffini Exemplo 4o) Multiplicamos o valor de a pelo resultado que acabamos de obter, somamos o produto com o próximo coeficiente de P(x) e colocamos esse novo resultado abaixo desse coeficiente. 5o) Repetimos o processo até o último coeficiente de P(x), que está separado, à direita. Dispositivo de Briot-Ruffini O último resultado é o resto da divisão. Os demais números obtidos são os coeficientes do quociente, dispostos ordenadamente, conforme as potências decrescentes de x. Portanto, com esse procedimento, encontramos o quociente Q(x) = 2x2 + 8x + 28 e o resto R(x) = 113. Veja que, nesse caso, gr(Q) = gr(P) – 1, uma vez que o grau do divisor (x – a) é 1. Exemplo Dispositivode Briot-Ruffini R10. Obter o valor numérico de P(x) = –3x5 + 2x4 – x3 + 2x2 – – 1 para x = 5, utilizando o dispositivo de Briot-Ruffini. Resolução Pelo teorema do resto, o resto da divisão de P(x) por x – 5 é P(5), que é o valor numérico de P(x) para x = 5. Vamos aplicar o dispositivo de Briot-Ruffini a P(x) = –3x5 + 2x4 – 1x3 + 2x2 + 0x – 1 (forma completa). Assim, temos: Portanto: P(5) = –8.201 Exercício resolvido R11. Determinar o resto da divisão de –x4 + mx3 – 2x2 – nx + 1 por x + 1, sabendo que o quociente é –x3 – 4x2 + 2x – 3. Resolução Observe que x + 1 = x – (–1), então a = –1. Aplicando o dispositivo de Briot-Ruffini: Exercício resolvido Então: Q(x) = –x3 + (1 + m)x2 + (–3 – m)x + 3 + m – n e R(x) = –2 – m + n Vamos fazer a correspondência entre os coeficientes e calcular o valor de m e n: –x3 + (1 + m)x2 + (–3 – m)x + 3 + m – n = –x3 – 4x2 + + 2x – 3 1 + m = –4 ⇒ m = –5 –3 – m = 2 ⇒ m = –5 3 + m – n = –3 ⇒ 3 + (–5) – n = –3 n = 1 Exercício resolvido R11. Resolução Como R(x) = –2 – m + n, temos: R(x) = –2 – (–5) + (1) = –2 + 5 + 1 = 4 Logo, o resto dessa divisão é 4. Exercício resolvido R11. Resolução Um polinômio P(x) é divisível por (x – a) e também por (x – b), com a ≠ b, se, e somente se, P(x) é divisível pelo produto (x – a)(x – b). Divisão de polinômios pelo produto (x – a) (x – b) Exemplos a) Vamos verificar se P(x) = x3 – 3x2 – 6x + 8 é divisível por (x + 2)(x – 4) sem efetuar a divisão. Temos: P(–2) = (–2)3 – 3 ∙ (–2)2 – 6 ∙ (–2) + 8 = – 8 – 12 + 12 + 8 = 0 P(4) = (4)3 – 3 ∙ (4)2 – 6 ∙ (4) + 8 = 64 – 48 – 24 + 8 = 0 Como P(–2) = 0, sabemos que P(x) é divisível por: (x – (–2)) = (x + 2) O polinômio P(x) também é divisível por (x – 4), pois: P(4) = 0 Logo, o polinômio é divisível pelo produto: (x + 2)(x – 4) Divisão de polinômios pelo produto (x – a) (x – b) Exemplos b) Já vimos que P(x) = x3 – 3x2 – 6x + 8 é divisível por (x + 2) (x – 4). Vamos obter agora o quociente da divisão de P(x) por esse produto efetuando sucessivamente as divisões por (x + 2) e por (x – 4) pelo dispositivo de Briot-Ruffini. Dividindo P(x) por (x + 2), obtemos: Q1(x) = x 2 – 5x + 4 R1(x) = 0 Divisão de polinômios pelo produto (x – a) (x – b) Exemplos b) Dividindo o quociente obtido Q1(x) por (x – 4), obtemos: Verificamos que x3 – 3x2 – 6x + 8 = (x – 1) ∙ (x + 2)(x – 4) Logo, o quociente dessa divisão é: Q2(x) = x – 1 Podemos juntar as duas etapas dessa divisão: quociente divisor Divisão de polinômios pelo produto (x – a) (x – b) R12. Descobrir se P(x) = x3 + (1 – i)x2 – ix é divisível por x2 + x e determinar o quociente dessa divisão. Resolução Temos: x2 + x = x(x + 1) = (x – 0)(x + 1) Para saber se P(x) é divisível por (x – 0)(x + 1), vamos fazer divisões sucessivas com cada fator, utilizando o dispositivo de Briot-Ruffini. Portanto, P(x) é divisível por x2 + x, pois o resto da divisão é zero. O quociente procurado é: Q(x) = x – i Exercício resolvido R13. Sabendo que P(x) = x3 – 5x2 + 8x – 4 é divisível por D(x) = (3x – 3)(2x – 4), determinar o quociente dessa divisão. Resolução Temos: (3x – 3)(2x – 4) = 3(x – 1) ∙ 2(x – 2) = 6(x – 1)(x – 2) Como P(x) é divisível por D(x): P(x) = Q(x) ∙ 6(x – 1)(x – 2) = Q1(x) ∙ (x – 1)(x – 2) Exercício resolvido Assim, para achar Q(x), basta dividir P(x) sucessivamente por (x – 1) e (x – 2), obtendo Q1(x). Em seguida, dividimos Q1(x) por 6. Assim: Q1(x) = x – 2 Logo, o quociente é: Q(x) = x – R13. Resolução Exercício resolvido Equação polinomial ou algébrica é toda equação na forma anx n + an–1x n–1 + an–2x n–2 + ... + a2x 2 + a1x + a0, sendo x ℂ a incógnita e an, an – 1, ..., a2, a1, a0 os coeficientes complexos (reais ou não), com an ≠ 0, e n ℕ*. Equação algébrica Observe que anx n + an–1x n–1 + an–2x n–2 + ... + a2x 2 + a1x + + a0, com an ≠ 0, é um polinômio P(x) de grau n. A equação polinomial correspondente tem grau n. Exemplos x2 + 5x + 6 + i = 0 é uma equação polinomial do 2o grau cujos coeficientes são 1, 5 e (6 + i); 2x5 + 3x4 – x2 + x = 0 é uma equação de grau 5; kx3 + 6x – 8i = 0 é uma equação de grau 3 se k ≠ 0, e de grau 1 se k = 0. Equação algébrica Raiz de uma equação algébrica Um número complexo é raiz (ou zero) de uma equação algébrica P(x) = 0, de grau n, quando é raiz de P(x), ou seja: an n + na – 1 n – 1 + an – 2 n – 2 + ... + a2 2 + a1 1 + a0 = 0 Exemplos a) Vamos verificar se 2 é raiz da equação P(x) = 6x4 + 7x3 – 36x2 – 7x + 6 = 0 Substituindo x por 2 na equação, temos: 6 ∙ 24 + 7 ∙ 23 – 36 ∙ 22 – 7 ∙ 2 + 6 ⇒ 96 + 56 –144 – 14 + 6 = 0 158 – 158 = 0 (verdadeira) Logo, 2 é raiz da equação dada. Raiz de uma equação algébrica Exemplos b) Vamos mostrar que i é raiz da equação x3 – (–1 + i)x2 – i ∙ x = 0, mas não é raiz da equação x3 – (–1 – i)x2 – i ∙ x = 0 Substituindo x por i na 1a equação, temos: i3 – (–1 + i)i2 – i ∙ i = 0 ⇒ i3 + i2 – i3 – i2 = 0 (verdadeira) Substituindo x por i na 2a equação, temos: i3 – (–1 – i)i2 – i ∙ i = 0 ⇒ i3 + i2 + i3 + i2 = 0 ⇒ – 2i – 2 = 0 (falsa) Logo, i é raiz apenas da 1a equação. Conjunto solução O conjunto solução (S) ou conjunto verdade (V) de uma equação algébrica é o conjunto de todas as raízes dessa equação que pertencem ao conjunto universo considerado. Exemplo Vamos determinar o conjunto solução, em ℂ, da equação x2 – ix + 2 = 0. Resolvendo a equação pela fórmula de Bhaskara, encontramos as raízes: x = 2i ou x = –i Logo: S = {2i, –i} Teorema fundamental da Álgebra Toda equação algébrica P(x) = 0 de grau n, com n ≥ 1, admite pelo menos uma raiz complexa (real ou não). Sabemos que i é raiz do polinômio P(x) = x2 + 1, pois P(i) = 0. Como i é raiz de P(x), temos, pelo teorema de D’Alembert, que P(x) é divisível por (x – i). Portanto, P(x) pode ser escrito da seguinte forma: P(x) = Q(x)(x – i) Decomposição do polinômio P(x) = x2 + 1 Ao dividir P(x) por (x – i), utilizando o método de Briot-Ruffini, temos: A raiz do quociente Q(x) = x + i também é raiz de P(x). Portanto, podemos escrever P(x) na forma fatorada: P(x) = (x – i)(x + i) Logo: Q(x) = x + i Decomposição do polinômio P(x) = x2 + 1 Vamos decompor o polinômio P(x) = 2x3 – 6x2 – 12x + 16, sabendo que –2 é uma de suas raízes. Se –2 é raiz de P(x), por D’Alembert, temos: P(x) = Q(x)(x + 2) E, pelo método de Briot-Ruffini, temos: As raízes do quociente Q(x) = 2x² – 10x + 8 também são raízes de P(x). Decomposição do polinômio P(x) = 2x3 – 6x2 – 12x + 16 Q(x) = 2x² –10x + 8 Agora, vamos resolver a equação pela fórmula de Bhaskara: 2x2 –10x + 8 = 0 a = 2; b = –10; c = 8 ∆ = b2 – 4 ∙ a ∙ c = (–10)2 – 4 ∙ 2 ∙ 8 = 100 – 64 = 36 x = x = 4 ou x = 1 Portanto, as raízes de Q(x) = 2x2 – 10x + 8 são 1 e 4. Logo: Q(x) = 2(x – 1)(x – 4) Assim: P(x) = 2(x – 1)(x – 4)(x + 2) Decomposição do polinômio P(x) = 2x3 – 6x2 – 12x + 16 Sabendo que 1 é raiz do polinômio P(x) = 2x4 – 6x3 – 2x2 + 6x, vamos decompor P(x) em um produto de uma constante por polinômios do 1o grau. Como a0 = 0, temos que 0 é raiz de P(x), portanto: P(x) = x(2x3 – 6x2 – 2x + 6) Agora, como 1 também é raiz de P(x), temos, pelo teorema de D’Alembert, que P(x) = x(x – 1)Q(x) e, pelo método de Briot-Ruffini, temos: Q(x) = 2x² – 4x – 6 Decomposição do polinômio P(x) = 2x4 – 6x3 – 2x2 + 6x As raízes do quociente Q(x) = 2x² – 4x – 6 também são raízes de P(x). Resolvendo a equação do 2o grau, por Bhaskara, obtemos as raízes –1 e 3. Portanto: Q(x) = 2(x – 3)(x + 1) Como P(x) = x(x – 1)Q(x), temos: P(x) = 2x(x – 1)(x – 3)(x + 1) Decomposição do polinômio P(x) = 2x4 – 6x3 – 2x2 + 6x Todo polinômio P(x) = anx n + an–1x n–1 + ... + a2x 2 + + a1x + a0 de grau n maior ou igual a 1, em ℂ, pode ser fatorado da seguinte forma: P(x) = an ∙ (x – 1) ∙ (x – 2) ∙ ... ∙ (x– n–1) ∙ (x – n), sendo an o coeficiente e 1, 2, ..., n–1, n as raízes desse polinômio. Teorema da decomposição Pelo teorema da decomposição, podemos concluir que: Observações Se é uma raiz de P(x), então dizemos que (x – ) é um fator do polinômio P(x). Expressar um polinômio P(x) na forma fatorada é apresentá-lo como produto de polinômios do 1o grau e de uma constante (coeficiente dominante de P(x)). Toda equação algébrica de grau n (com n ≥ 1) admite, em ℂ, exatamente n raízes complexas (reais ou não), não necessariamente distintas. Teorema da decomposição Sendo 3i e 5 raízes da equação P(x) = 0, sabemos que o polinômio P(x) é divisível por (x – 3i) e (x + 5). Aplicando o dispositivo de Briot-Ruffini, temos: Logo: P(x) = (x2 + x – 2)(x – 3i)(x – 5) R14. Sabendo que 3i e 5 são duas raízes da equação a seguir, encontrar o conjunto solução, em ℂ, x4 – (4 + 3i) x3 + (–7 + 12i) x2 + (10 + 21i)x – 30i = 0 Resolução Exercício resolvido As raízes do quociente Q(x) = x2 + x – 2 também são raízes de P(x). Determinando as raízes de Q(x), encontramos –2 e 1, que são as outras duas raízes de P(x). Portanto: S = {3i, 5, –2, 1} Exercício resolvido R14. Resolução Uma raiz de uma equação polinomial P(x) = 0 é uma raiz de multiplicidade m, com m natural não nulo, quando P(x) = (x – )m ∙ Q(x) e Q() ≠ 0. Multiplicidade de uma raiz Fatorando o polinômio P(x) = x2 – 2ix – 1, obtemos: P(x) = (x – i) (x – i) = (x – i)2 Então, a equação do 2o grau x2 – 2ix – 1 = 0 tem duas raízes iguais a i: x2 – 2ix – 1 ⇒ (x – i) ∙ (x – i) = 0 ⇒ x – i = 0 ⇒ x = i Portanto, i é uma raiz dupla ou de multiplicidade 2. As raízes que não se repetem são as raízes simples ou de multiplicidade 1. Exemplos a) Vamos resolver a equação x5 + 10x4 – 6x3 – 176x2 + 133x + 294 = 0, em ℂ, sendo –7 raiz dupla e 2 raiz de multiplicidade 1 (ou raiz simples) dessa equação. Como –7 é raiz dupla e 2 é raiz simples da equação P(x) = 0, o polinômio P(x) é divisível por (x + 7)2 ∙ (x – 2). Multiplicidade de uma raiz Exemplos a) Então, aplicando o dispositivo de Briot-Ruffini, obtemos um quociente Q(x) e uma equação de grau menor, de fácil resolução. Assim, temos x2 – 2x – 3 = 0, cujas raízes –1 e 3 também são raízes da equação P(x) = 0; portanto, o conjunto solução procurado é: S = {–7, 2, –1, 3} Multiplicidade de uma raiz Exemplos b) Dado que –1 é raiz tripla ou raiz de multiplicidade 3 do polinômio P(x) = x4 + x3 – Ax2 – Bx – C, vamos calcular os valores de A, B e C. Como –1 é raiz tripla da equação P(x) = 0, temos, pelo teorema de D’Alembert, que o polinômio P(x) é divisível por (x + 1)3. Multiplicidade de uma raiz Exemplos b) Então, aplicando o dispositivo de Briot-Ruffini, temos: Igualando a zero os restos encontrados, temos: Portanto: A = 3, B = 5, C = 2 Multiplicidade de uma raiz Se um número complexo z = a + bi, com b ≠ 0, é raiz de uma equação polinomial com coeficientes reais, então o conjugado z = a – bi também é raiz dessa equação. Raízes complexas Se o número complexo z (não real) é raiz de multiplicidade m de uma equação de coeficientes reais, então o conjugado z também é raiz de multiplicidade m da mesma equação. Exemplo Sabendo que 5 + 2i é uma das raízes da equação x4 – 11x3 + 37x2 – 9x – 58 = 0, vamos determinar, em ℂ, as demais raízes dessa equação. Como a equação tem coeficientes reais e z = 5 + 2i é sua raiz, então = 5 – 2i também é raiz da equação. Com o dispositivo de Briot-Ruffini, obtemos uma equação de grau menor cujas raízes são as demais raízes da equação dada: Raízes complexas Exemplo Resolvendo a equação obtida, x2 – x – 2 = 0, temos as outras raízes, –1 e 2. Assim, além de 5 + 2i, as outras três raízes da equação são 5 – 2i, –1 e 2. Observe que: as raízes complexas não reais de uma equação algébrica com coeficientes reais ocorrem sempre aos pares; toda equação algébrica de coeficientes reais e grau ímpar admite pelo menos uma raiz real. Raízes complexas Esse teorema não garante a existência de raiz racional, mas, se ela existir, indica uma forma de encontrá-la. Se nenhum dos possíveis valores encontrados é raiz da equação, então a equação não tem raízes reais. Se , com p e q inteiros primos entre si, é raiz racional da equação algébrica de grau n e coeficientes inteiros anx n + an–1x n–1 + ... + a1x + a0 = 0, então p é divisor de a0 e q é divisor de an. Raízes racionais Exemplo Vamos encontrar as raízes inteiras da equação: x4 – x3 – 2x2 + x + = 0 Observe que, nesse caso, a equação não tem coeficientes inteiros; no entanto, multiplicando os dois membros por 6, obtemos a equação 6x4 – 7x3 – 12x2 + 3x + 2 = 0, de coeficientes inteiros e equivalente à equação dada e, portanto, com as mesmas raízes. Assim: a0 = 2 e an = 6 Raízes racionais Exemplo Aplicando o teorema das raízes racionais, temos: possíveis valores de p: D(2) = {±1, ±2} , com p e q primos entre si: ±1, ± , ± , ± , ±2, ± Verificando os valores encontrados, temos –1 e 2 como raízes inteiras da equação. Em equações com coeficientes inteiros e an = 1, se existirem raízes racionais, essas raízes serão inteiras e dividirão a0. possíveis valores de q: D(6) = {±1, ±2, ±3, ±6} Raízes racionais R15. Encontrar as raízes inteiras da equação x3 – 4x2 + 25x – 100 = 0 e depois resolve-la em ℂ. Resolução Como a equação tem todos os coeficientes inteiros, aplicamos o teorema das raízes racionais. p {±1, ±2, ±4, ±5, ±10, ±20, ±25, ± 50,± 100} (divisores de a0) e q {± 1} (divisores de an) Logo: {± 1, ± 2, ± 4, ± 5, ± 10, ± 20, ± 25, ± 50, ±100} Utilizando o polinômio P(x) = x3 – 4x2 + 25x – 100, verificamos se algum elemento desse conjunto é raiz da equação. Exercício resolvido R15. Resolução Obtemos: P(1) ≠ 0, P(–1) ≠ 0, P(2) ≠ 0, P(–2) ≠ 0 e P(4) = 0. Como P(4) = 0, sabemos que 4 é raiz da equação. Com essa raiz, podemos aplicar o dispositivo de Briot-Ruffini e encontrar uma equação de grau menor. Resolvendo a equação x2 + 25 = 0, temos as outras raízes: x2 + 25 = 0 ⇒ x2 = –25 ⇒ x2 = 25i2 ⇒ x = ±5i Logo, o conjunto solução da equação é: S = {4, –5i, 5i} Exercício resolvido As raízes 1 e 2 da equação do 2 o grau ax2 + bx + c = 0, com a ≠ 0, obedecem às seguintes condições: Relações de Girard 1 + 2 = – 12 = Relações entre coeficientes e raízes de uma equação do 2o grau Exemplo Vamos calcular k, sabendo que 2 + i é raiz da equação: x2 – 4x + k = 0 Pelo teorema das raízes complexas não reais de equações com coeficientes reais, sabemos que 2 – i também é raiz. Então, aplicando as relações de Girard na equação, temos: 12 = ⇒ (2 + i)(2 – i) = k ⇒ k = 4 – 2i + 2i – i 2 = 4 – (–1) = 5 Portanto: k = 5 Relações de Girard Relações entre coeficientes e raízes de uma equação do 2o grau As raízes 1, 2 e 3 da equação do 3 o grau ax3 + bx2 + cx + d = 0, com a ≠ 0, obedecem às seguintes condições: 1 + 2 + 3 = 12 + 13 + 23 = 123= Relações de Girard Relações entre coeficientes e raízes de uma equação do 3o grau Exemplo Vamos encontrar uma equação algébrica que tenha zero como raiz simples e i como raiz dupla. A equação é do 3o grau, já que tem 3 raízes. Então: ax3 + bx2 + cx + d = 0 (a ≠ 0). Como zero é raiz, o termo independente de x é zero, isto é, d = 0. Assim: 0 + i + i = ⇒ b = –2ia 0 ∙ i + 0 ∙ i + i ∙ i = ⇒ c = –a Logo, temos a equação ax3 – 2iax2 – ax = 0. Portanto, fazendo a = 1, temos a equação: x3 – 2ix2 – x = 0 Relações de Girard Relações entre coeficientes e raízes de uma equação do 3o grau 1 + 2 + ... + n = 12 + 13 + ... + n – 1n = 123 + 124 + ... + n – 2n – 1n = 123 ∙ ... ∙ n – 1n = Relações de Girard Relações entre coeficientes e raízes de uma equação de grau n Considere a equação anx n + an–1x n–1 + ... + a2x 2 + + a1x + a0 = 0,
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