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3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICES 
 
 
 
 
4 
 
ESTUDO DE CASOS 
 
ESTUDO DE CASO 1 
 
1. Explique como o Diabetes mellitus e a hipertensão arterial pode comprometer 
o funcionamento renal. 
 
A Hipertensão Arterial pode provocar um desalinho na funcionalidade do rim. 
Em situação onde um aumento elevado da Hipertensão Arterial pode haver eliminação 
de escorias nitrogenadas e ainda um desequilíbrio no balanceamento da água e sódio, 
resultando na retenção de líquidos e edemas, podendo evoluir para edema agudo de 
pulmão. Indivíduos que Hipertensão Arterial prolongada e não controlada possuem 
um risco maior em desenvolver dano renal com estabelecimento de insuficiência renal 
crônica (IRC). Os níveis elevados de pressão arterial por longo período alteram 
estruturas progressivas nas artérias e arteríolas renais, hipertrofiando a camada 
muscular, ocasionando a duplicação da lâmina elástica interna e espessamento da 
camada íntima, em alguns casos havendo deposição de material hialino subintimal. 
Devido o estreitamento da luz das arteríolas renais aferentes e eferentes ocorrem 
danos glomerulares e tubulointersticiais (NUNES, 2007). 
Já no caso da Diabetes mellitus o comprometimento do funcionamento renal 
começa com danos os vasos sanguíneos dos rins. Quando há algum problema renal 
em paciente diabético o primeiro sinal é a presença de albumina na urina. Com os 
danos ocasionados nos rins, eles não conseguem fazer a limpeza do sangue de forma 
adequada, acumulando então resíduos no sangue. Com o prejuízo dessa limpeza, o 
corpo fará uma maior retenção de água e sal tendo como resultado um aumento de 
peso e inchaço do tornozelo. A diabetes também pode afetar os nervos do corpo e 
com isso levar o indivíduo a ter dificuldades em esvaziar a bexiga. A pressão e 
decorrência da bexiga cheia podem levar ao retorno da urina afetando assim os rins. 
Além disso, a urina do diabético possui um alto nível de açúcar, ambiente ideal para 
o crescimento rápido de bactérias, podendo levar a uma infecção do trato urinário 
quando a bexiga fica cheia por muito tempo. 
 
2. Faça uma análise dos exames laboratoriais da paciente. 
 
 
5 
 
 
Tabela 1 – Exames laboratoriais do paciente 
EXAMES LABORATORIAIS RESULTADOS VALOR DE REFERÊNCIA 
Albumina 2,8 g/dL de 3,7 a 5,2 g/dL 
Proteínas totais 5,6 g/dL de 6,5 a 8,2 g/dL 
Colesterol total 300 mg/dL < 190 mg/dL 
LDL 90 mg/dL < 130 mg/dL 
HDL 45 mg/dL > 40 mg/dL 
Glicemia 120 mg/dL < 99 mg/dL 
Uremia 80 mg/dL de 13 a 43 mg/dL 
Creatinina 15,1 mg/dL de 0,6 a 1,2 mg/dL 
Potássio 6,0 mEq/L de 3,5 a 5,5 mEq/L 
Fósforo 7,6 mg/dL de 2,5 a 4,8 mg/dL 
TFG 10 mL/min ≥ 60 mL/min 
 
A medida das proteínas totais no sangue reflete o estado nutricional do 
indivíduo. Os exames do paciente mostram uma baixa na quantidade de proteínas 
totais e também da albumina. Os valores diminuídos de albumina podem ser um 
indicativo de problemas no fígado, reduzindo assim a produção dessa proteína. 
Os principais marcadores de doença renal crônica são a ureia e creatinina, e 
percebe-se ao analisar os exames do paciente que estes se encontram muito alterado, 
indicando assim um elevado grau de insuficiência renal. Conforme a classificação dos 
estágios da Doença Renal Crônica (DRC), com base no nível de TFG encontrado, o 
paciente se encontra no estágio 5. 
O excesso de fósforo e potássio é eliminado através dos rins, porém no 
paciente em questão ele tende a se acumular no sangue devido à presença de doença 
renal crônica. Assim como a creatina, a ureia aumenta no sangue e diminui na urina 
quando os rins apresentam lesões, porém a ureia não é considerada um bom 
marcador renal. 
O nível de colesterol do paciente se encontra elevado, não sendo satisfatório 
para a evolução do seu tratamento conservador, vez que a redução desses níveis 
apresenta benefícios para o paciente, não só para os rins, mas também para o sistema 
cardiocirculatório. 
Já a glicemia, embora em pacientes normais o recomendado seja que o nível 
esteja < 99 mg/dL, para um paciente diabético o recomendado é que a glicemia de 
jejum fique abaixo de 140 mg/dL. Desta forma o paciente se encontra dentro dos 
limites esperados. 
 
6 
 
Tendo em vista todas as análises realizadas acima conclui-se que o paciente 
em questão apresenta desnutrição na DRC. 
 
3. Elabore um plano alimentar para esta paciente em tratamento conservador 
da doença renal crônica. 
 
Tabela 2 - Plano alimentar 
REFEIÇÃO ALIMENTOS PORÇÕES EXEMPLO DE CARDÁPIO 
CAFÉ DA 
MANHÃ 
Leite desnatado 1 Café com leite desnatado 
Pão francês com margarina 
sem sal 
Pão 1 
Margarina/Manteiga 2 
 
LANCHE DA 
MANHÃ 
Fruta – Preferir as de 
menos potássio 
1 Maça 
 
ALMOÇO 
Salada crua 1 
Salada de alface, pimentão, 
tomate e cebola 
Filé de peixe grelhado 
Chuchu refogado 
Arroz com feijão 
Melancia 
Salda Cozida 1 
Carnes – Preferir 
peixe/frango 
1 
Arroz 5 
Feijão 0,5 
Azeite 1 
Óleo do cozimento 1 
Fruta – Preferir as de 
menos potássio 
1 
 
LANCHE 
Pão 1 Chá preto com adoçante 
Torradas light com margarina 
sem sal 
Margarina/Manteiga 1 
 
JANTAR 
Salada crua 1 
Couve refogada 
Filé de frango grelhado 
Abobrinha e cenoura raladas 
cozidas 
Arroz branco 
Pêra 
Salda Cozida 1 
Carnes – Preferir 
peixe/frango 
0,5 
Arroz 4 
Feijão 1 
Azeite 1 
Óleo do cozimento 1 
Fruta 1 
 
CEIA Fruta 1 Morangos 
 
 
 
 
 
7 
 
SALADA CRUA: 1 Porção 
Alface 1 pegador cheio 
Agrião 1 pegador cheio 
Almeirão 1 pegador cheio 
Chicória 1 pegador cheio 
Rúcula 1 pegador cheio 
Pepino 4 rodelas 
Tomates s/ sementes ½ unidade 
Cenoura ralada 1 colher de sopa 
 
SALADA COZIDA: 1 porção 
Purê de abóbora 4 colheres de sopa 
Purê de chuchu 4 colheres de sopa 
Abobrinha 4 colheres de sopa 
Berinjela 4 colheres de sopa 
Bertalha 4 colheres de sopa 
Beterraba 4 colheres de sopa 
Cenoura 4 colheres de sopa 
Espinafre 4 colheres de sopa 
Couve 4 colheres de sopa 
Jiló 4 colheres de sopa 
Palmito 4 colheres de sopa 
Quiabo 4 colheres de sopa 
Nabo 4 colheres de sopa 
Vagem 4 colheres de sopa 
Abóbora 2 pedaços médios 
Beterraba 4 rodelas 
Brócolis 3 buquês 
Couve-flor 3 buquês 
Chuchu 2 pedaços grandes 
 
LEGUMINOSAS: 1 Porção 
Feijão 1 concha média 
Grão de bico 1 colher de servir 
Lentilha/Ervilha 1 colher de servir 
 
TEMPEROS LIBERADOS 
Alho, alecrim, cebola, cebolinha, cheiro-
verde, coentro, colorau, cominho, limão, 
louro, manjericão, mostarda (folha seca), 
páprica, salsa, salsinha, orégano, 
vinagre. 
 
GORDURAS: 1 porção 
Azeite 1 colher de chá 
Margarina 1 ponta de faca 
Manteiga 1 ponta de faca 
 
FRUTAS COM MENOR TEOR DE 
POTÁSSIO: 1 porção 
Abacaxi 2 fatias 
médias 
Acerola 15 unidades 
Ameixa fresca 2 unidades 
Banana maça 1 unidade 
Caju 1 unidade 
Caqui 1 unidade 
Jabuticaba 18 unidades 
Laranja lima 1 unidade 
Maça 1 unidade 
Manga espada 1 unidade 
Manga rosa ½ unidade 
Melancia 1 fatia média 
Morango 10 unidades 
Pêra 1 unidade 
Pêssego 1 unidade 
Pitanga 10 unidades 
 
FRUTAS COM MAIOR TEOR DE 
POTÁSSIO: 1 porção 
Abacate 1 colher de sopa 
Banana prata 1 unidade 
Goiaba 1 unidade 
Kiwi 1 unidade 
Jaca 6 bagos 
Laranja 1 unidade 
Mamão 1 fatia média 
Mamão papaia ½ unidade 
Melão 1 fatia média 
Tangerina 1 unidade 
Uva 10 unidades 
 
ARROZ E SEUS SUBSTITUTOS: 1 
porção 
Aipim 1/ pedaço pequeno 
Arroz 1 colher de sopa 
Batata baroa 1 unidade pequena 
Batata doce 1 colher de sopa 
Batata inglesa ½ unidade pequena 
Farinha 1 colher de sopa 
Inhame ½ unidade pequena 
Espaguete 1 pegador pequeno 
Milho verde 2 colheres de sopa 
Panqueca fina 1 fatia 
Pirão/Purês 1 colher e sopa 
Polenta/Angu 1 colher de sopa 
 
 
8 
 
 
CARNES: 1 porção 
Almôndegas 3 unidades pequenas 
Bife ½ unidade média 
Carne assada 2 fatias finas 
Carne ensopada 2 colheres de sopa 
Carne moída 2 colheres de sopa 
Frango (coxa) 1 unidade 
Frango (desfiado) 2 colheres de sopa 
Frango(sobrecoxa) 1 unidade 
Frango (peito) ¼ unidade 
Filé frango/peixe ½ unidade 
Lombo assado 1 fatia 
Nuggets assados 3 unidades 
Ovo 1 unidade 
Peixe ½ posta pequena 
 
PÃES E SEUS SUBSTITUTOS: 1 
porção 
Aveia 2 colheres de sopa 
Biscoito maisena 5 unidades 
Cream cracker 5 unidades 
Biscoito água e sal 5 unidades 
Bisnaguinha 3 unidades 
Bolo simples 1 fatia média 
Neston/Mucilon 3 colheres de sopa 
Pão sírio 1 unidade 
Pão de forma 2 fatias 
Pão francês 1 unidade 
Torrada 8 unidades 
 
LEITE E SEUS SUBSTITUTOS: 1 
porção 
Leite ½ copo 
Leite em pó 1 colher de sopa 
Requeijão 1 colher de sopa 
Cottage 1 colher de sopa 
Cream cheese 1 colher de sopa 
Queijo minas 1 fatia fina 
Ricota 1 fatia fina 
Yakult 2 unidades 
Polenguinho 1 unidade 
Iorgute ½ porção 
 
 
 
 
 
 
 
RECOMENDAÇÕES 
 
✓ Ingestão hídrica mínima: 2.100 
ml/dia; 
✓ Ingestão hídrica máxima: 3.150 
ml/dia; 
✓ Não usar sal diet; 
✓ NUNCA consumir carambola, 
pois ela é tóxica para pacientes 
renais; 
✓ Prefira margarina e manteiga 
sem sal; 
✓ Prefira adoçante à base de 
sucralose. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
4. Faça uma orientação nutricional referente aos alimentos ricos em fósforo e 
potássio 
 
O metabolismo do paciente portador de DRC sofre alterações metabólicas 
desde o início da doença, sendo então necessário o acompanhamento clínico e 
nutricional visando monitorar seus parâmetros nutricionais. 
O controle adequado do fósforo é necessário e fundamental visando à 
prevenção de doença óssea renal e a morbidade cardiovascular. Os cuidados 
necessários relacionados à hipocalcemia dizem respeito à utilização de quelantes e 
redução do consumo de alimentos ricos em fósforo. A hiperfosfatemia é também 
prejudicial ao organismo podendo levar a diversas consequências, como por exemplo, 
hiperparireoidismo secundário. 
A doença renal quando atinge um estado mais avançado há uma diminuição 
da TFG e com isso há um acúmulo de potássio no sangue. Visando um equilíbrio 
desses níveis deve-se ter um cuidado especial na alimentação, uma vez que a 
hipercaliemia pode causar arritmia ou mesmo enfarte do miocárdio. 
Diante dessas informações, orienta-se o consumo controlado de alimentos 
ricos em fósforo e potássio visando evitar o agravar da doença e o óbito. 
 
 
 
 
10 
 
ESTUDO DE CASO 2 
 
2.2.1 Parte 1 
 
Peso Atual (PA) – 50kg 
Peso Habitual (PH) – 75 kg 
Altura (A) – 170 cm 
Prega Cutânea Triciptal (PCT) – 8 mm 
Prega Cutânea Bicipital (PCB) – 6 mm 
Prega Cutânea Subescapular (PCSE) – 12 mm 
Prega Cutânea Suprailíaca (PCSI) – 16 mm 
Circunferência do Braço (CB) – 30cm 
 
1. Faça a avaliação nutricional e calcule as necessidades de macronutrientes e 
micronutrientes. 
 
ESTADO NUTRICIONAL DO PACIENTE 
 
Cálculo o peso ideal pelo IMC 
 
Peso Ideal (PI) = IMC desejado x A2 
Peso Ideal (PI) = 22 x 1,702 
Peso Ideal (PI) = 63,58 kg (Peso ideal para o paciente) 
 
 
Cálculo da adequação do peso 
 
Adequação do peso (%) = 
𝑃𝐴
𝑃𝐼
 x100 
Adequação do peso (%) = 
50
63,58
 x100 
Adequação do peso (%) = 78,64 (Paciente em desnutrição moderada) 
 
RISCO NUTRICIONAL DO PACIENTE 
 
Cálculo da mudança de peso 
 
11 
 
 
%PP = 
(𝑃𝑈−𝑃𝐴)
𝑃𝑈
 X100 
%PP = 
(75−50)
75
 X100 
%PP = 33,33% (Paciente com perda grave de peso) 
 
 
Cálculo do IMC 
 
IMC = 
𝑃𝐴
𝐴2
 
IMC = 
50
1,702
 
IMC = 17,3 kg/m2 (Paciente com magreza Grau I) 
 
Paciente com perda de peso > 5% em 1 mês, IMC < 18,5, juntamente com condição 
geral alterada e ingestão alimentar 0 a 25% das demandas normais. 
 
NECESSIDADES DE MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES 
 
Cálculo necessidade estimada de energia 
 
EER = 662 – (9,53 × 38) + 1,0 × {(15,91 × 50) + (539,6 × 1,70)} 
EER = 662 - 362,14 +1,0 x 1712,82 
EER = 2012,68 kcal/dia 
 
Cálculo dos macronutrientes 
 
Tabela 3 – Cálculo de Macronutrientes 
MACRONUTRIENTES 
PORCENTAGEM 
(%) 
QUANTIDADE 
(Kcal) 
QUANTIDADE 
(g) 
Carboidratos 60 1207,68 301,92 
Lipídeo 20 402,56 44,72 
Proteína 20 402,56 100,64 
 
Cálculo dos micronutrientes 
 
 
12 
 
Tabela 4 – Cálculo de micronutrientes 
NUTRIENTES QUANTIDADE 
Vitamina A 10.000 UI 
Vitamina C 120 mg 
Vitamina D 3.000 UI a 6.000 UI 
Vitamina E 60 UI 
Vitamina K 160 mg 
Tiamina 3 mg 
Riboflavina 3,4 mg 
Niacina 40 mg 
Vitamina B6 4 mg 
Ácido Fólico 400 mcg 
Vitamina B12 1.000 mcg 
Biotina 600 mcg 
Cálcio 1.200 mg a 2.400 mg 
Ferro 45 mg a 60 mg 
Magnésio 400 mg 
Zinco 15 mg 
Cobre 2 mg 
Manganês 3,6 mg 
 
2. Faça o planejamento dietético e as orientações nutricionais. 
 
 
Tabela 5 – Planejamento dietético 
REFEIÇÃO ALIMENTOS PORÇÕES EXEMPLO DE CARDÁPIO 
CAFÉ DA 
MANHÃ 
Leite 1 
Leite 
Pão francês com margarina 
Pão 1 
Margarina/Manteiga 1 
 
LANCHE DA 
MANHÃ 
Fruta 1 Maça 
 
ALMOÇO 
Salada crua 1 
Salada de alface, pimentão, 
tomate e cebola 
Filé de peixe grelhado 
Chuchu refogado 
Arroz com feijão 
Melancia 
Salda Cozida 1 
Carnes 1 
Arroz 5 
Feijão 3 
Azeite 1 
Óleo do cozimento 1 
Fruta 1 
 
LANCHE 
Leite 1 
Leite 
Torradas com margarina 
Pão 1 
Margarina/Manteiga 1 
 
JANTAR Salada crua 1 Couve refogada 
 
13 
 
Salda Cozida 1 Filé de frango grelhado 
Abobrinha e cenoura raladas 
cozidas 
Arroz branco 
Pêra 
Carnes 1 
Arroz 5 
Feijão 3 
Azeite 1 
Óleo do cozimento 1 
Fruta 1 
 
CEIA Fruta 1 Morangos 
 
 
 
13 
 
SALADA CRUA: 1 Porção 
Alface 1 pegador cheio 
Agrião 1 pegador cheio 
Almeirão 1 pegador cheio 
Chicórea 1 pegador cheio 
Rúcula 1 pegador cheio 
Pepino 4 rodelas 
Tomates s/ sementes ½ unidade 
Cenoura ralada 1 colher de sopa 
 
SALADA COZIDA: 1 porção 
Purê de abóbora 4 colheres de sopa 
Purê de chuchu 4 colheres de sopa 
Abobrinha 4 colheres de sopa 
Berinjela 4 colheres de sopa 
Bertalha 4 colheres de sopa 
Beterraba 4 colheres de sopa 
Cenoura 4 colheres de sopa 
Espinafre 4 colheres de sopa 
Couve 4 colheres de sopa 
Jiló 4 colheres de sopa 
Palmito 4 colheres de sopa 
Quiabo 4 colheres de sopa 
Nabo 4 colheres de sopa 
Vagem 4 colheres de sopa 
Abóbora 2 pedaços médios 
Beterraba 4 rodelas 
Brócolis 3 buquês 
Couve-flor 3 buquês 
Chuchu 2 pedaços grandes 
 
LEGUMINOSAS: 1 Porção 
Feijão 1 concha média 
Grão de bico 1 colher de servir 
Lentilha/Ervilha 1 colher de servir 
 
TEMPEROS LIBERADOS 
Alho, alecrim, cebola, cebolinha, cheiro-
verde, coentro, colorau, cominho, limão, 
louro, manjericão, mostarda (folha seca), 
páprica, salsa, salsinha, orégano, 
vinagre. 
 
GORDURAS: 1 porção 
Azeite 1 colher de chá 
Margarina 1 ponta de faca 
Manteiga 1 ponta de faca 
 
FRUTAS: 1 porção 
Abacate 1 colher de sopa 
Abacaxi 2 fatias médias 
Acerola 15 unidades 
Ameixa fresca 2 unidades 
Banana maça 1 unidade 
Banana prata 1 unidade 
Caju 1 unidade 
Caqui 1 unidade 
Goiaba 1 unidade 
Jabuticaba 18 unidades 
Jaca 6 bagos 
Kiwi 1 unidade 
Laranja 1 unidade 
Laranja lima 1 unidade 
Maça 1 unidade 
Mamão 1 fatia média 
Mamão papaia ½ unidade 
Manga espada 1 unidade 
Manga rosa ½ unidade 
Melancia 1 fatia média 
Melão 1 fatia média 
Morango 10 unidades 
Pêra 1 unidade 
Pêssego 1 unidade 
Pitanga 10 unidades 
Tangerina 1 unidade 
Uva 10 unidades 
 
ARROZ E SEUS SUBSTITUTOS: 1 
porção 
Aipim 1/ pedaço pequeno 
Arroz 1 colher de sopa 
Batata baroa 1 unidade pequena 
Batata doce 1 colher de sopa 
Batata inglesa ½ unidade pequena 
Farinha 1 colher de sopa 
Inhame ½ unidade pequena 
Espaguete 1 pegador pequeno 
Milho verde 2 colheres de sopa 
Panqueca fina 1 fatia 
Pirão/Purês 1 colher e sopa 
Polenta/Angu 1 colher de sopa 
 
CARNES: 1 porção 
Almondegas 3 unidades pequenas 
Bife ½ unidade média 
Carne assada 2 fatias finas 
Carne ensopada 2 colheres de sopa 
Carne moída 2 colheres de sopa 
Frango (coxa) 1 unidade 
Frango (desfiado) 2 colheres de sopa 
Frango (sobrecoxa) 1 unidade 
 
14 
 
Frango (peito) ¼ unidade 
Filé frango/peixe½ unidade 
Lombo assado 1 fatia 
Nuggets assados 3 unidades 
Ovo 1 unidade 
Peixe ½ posta pequena 
 
PÃES E SEUS SUBSTITUTOS: 1 
porção 
Aveia 2 colheres de sopa 
Biscoito maisena 5 unidades 
Cream cracker 5 unidades 
Biscoito água e sal 5 unidades 
Bisnaguinha 3 unidades 
Bolo simples 1 fatia média 
Neston/Mucilon 3 colheres de sopa 
Pão sírio 1 unidade 
Pão de forma 2 fatias 
Pão francês 1 unidade 
Torrada 8 unidades 
 
LEITE E SEUS SUBSTITUTOS: 1 
porção 
Leite ½ copo 
Leite em pó 1 colher de sopa 
Requeijão 1 colher de sopa 
Cottage 1 colher de sopa 
Cream cheese 1 colher de sopa 
Queijo minas 1 fatia fina 
Ricota 1 fatia fina 
Yakult 2 unidades 
Polenguinho 1 unidade 
Iorgute ½ porção 
 
RECOMENDAÇÕES 
 
Os alimentos proibidos são 
aqueles de difícil digestão e muito 
processados, por serem ricos em 
aditivos e conservantes que irritam o 
estômago, como: 
✓ Carnes processadas: salsicha, 
linguiça, bacon, presunto, peito de 
peru, salame, mortadela; 
✓ Queijos amarelos e 
processados, como cheddar, 
catupiry, minas e provolone; 
✓ Molhos prontos; 
✓ Evitar chá verde, mate e preto, 
ou outros que tenham cafeína; 
✓ Temperos em cubos, caldos de 
carne e macarrão instantâneo; 
✓ Comida pronta congelada e 
fast food; 
✓ Bebidas: refrigerantes, sucos 
prontos, café, chá ver, chá mate, chá 
preto; 
✓ Bebidas alcoólicas; 
✓ Açúcar e doces em geral; 
✓ Alimentos refinados e frituras, 
como bolos, pães brancos, 
salgados, biscoitos; 
✓ Farinhas brancas, como farofa, 
tapioca e, em alguns casos, cuscuz; 
✓ Alimentos ricos em gordura, 
como carnes gordas, pele de frango, 
fígado e excesso de peixes gordos, 
como salmão e atum. 
✓ Além disso, leite integral e frutas 
ácidas como limão, laranja e abacaxi 
também devem ser evitadas, caso 
surjam sintomas de azia ou dor 
estomacal após o seu consumo. 
 
 
 
 
 
15 
 
2.2.2 Parte 2 
 
PA – 40kg 
Albumina – 1,9mg/dl 
PCT – 6mm 
PCB – 4mm 
PCSE – 10mm 
PCSI– 12mm 
CB – 28 cm 
 
1. Faça a avaliação nutricional e calcule as necessidades de macronutrientes e 
micronutrientes. 
 
ESTADO NUTRICIONAL DO PACIENTE 
 
Cálculo o peso ideal pelo IMC 
 
Peso Ideal (PI) = IMC desejado x A2 
Peso Ideal (PI) = 22 x 1,702 
Peso Ideal (PI) = 63,58 kg (Peso ideal para o paciente) 
 
Cálculo da adequação do peso 
 
Adequação do peso (%) = 
𝑃𝐴
𝑃𝐼
 x100 
Adequação do peso (%) = 
40
63,58
 x100 
Adequação do peso (%) = 62,91 (Paciente em desnutrição grave) 
 
RISCO NUTRICIONAL DO PACIENTE 
 
Cálculo da mudança de peso 
 
%PP = 
(𝑃𝑈−𝑃𝐴)
𝑃𝑈
 X100 
%PP = 
(75−40)
75
 X100 
%PP = 46,66% (Paciente com perda grave de peso) 
 
 
16 
 
 
Cálculo do IMC 
 
IMC = 
𝑃𝐴
𝐴2
 
IMC = 
40
1,702
 
IMC = 13,84 kg/m2 (Paciente com magreza Grau III) 
 
Paciente com perda de peso > 5% em 1 mês, IMC < 16, juntamente com condição 
geral alterada e ingestão alimentar 0 a 25% das demandas normais. 
 
NECESSIDADES DE MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES 
 
Cálculo necessidade estimada de energia 
 
EER = 662 – (9,53 × 38) + 1,0 × {(15,91 × 40) + (539,6 × 1,70)} 
EER = 662 - 362,14 + 1,0 x 1553,72 
EER = 1853,58 kcal/dia 
 
Cálculo dos macronutrientes 
 
Tabela 6 – Cálculo de macronutrientes 
MACRONUTRIENTES 
PORCENTAGEM 
(%) 
QUANTIDADE 
(Kcal) 
QUANTIDADE 
(g) 
Carboidratos 65,15 1207,68 350 
Lipídeo 17,6 325,9 36,21 
Proteína 17,25 320 100,64 
 
Cálculo dos micronutrientes 
 
Tabela 7 – Cálculo de micronutrientes 
NUTRIENTES QUANTIDADE 
Vitamina A 10.000 UI 
Vitamina C 120 mg 
Vitamina D 3.000 UI a 6.000 UI 
Vitamina E 60 UI 
Vitamina K 160 mg 
Tiamina 3 mg 
Riboflavina 3,4 mg 
 
17 
 
Niacina 40 mg 
Vitamina B6 4 mg 
Ácido Fólico 400 mcg 
Vitamina B12 1.000 mcg 
Biotina 600 mcg 
Cálcio 1.200 mg a 2.400 mg 
Ferro 45 mg a 60 mg 
Magnésio 400 mg 
Zinco 15 mg 
Cobre 2 mg 
Manganês 3,6 mg 
 
2. Faça o planejamento dietético para introdução de alimentos orais após a 
cirurgia. 
 
Priorizar refeições fracionadas em 8 vezes ao dia, a cada 2 horas e de pequeno 
volume. Introduzir primeiramente alimentos e/ou preparações à base de carboidratos. 
Os alimentos e preparações à base de proteínas (prato protéico) devem permanecer 
no primeiro mês modificado quanto ao preparo (liquidificar, processar, moer ou 
desfiar), facilitando o processo digestivo. 
 
Tabela 8 – Planejamento dietético para introdução de alimentos orais 
DIA DE ALIMENTAÇÃO DIETA 
1º dia Líquida restrita 
2º dia 
Líquida completa hipolipídica 
Isenta de sacarose e lactose 
3º dia 
Líquida pastosa hipolipídica 
Isenta de sacarose e lactose 
4º ao 7º dia 
Pastosa hipolipídica 
Baixo teor de sacarose e baixo teor de lactose 
8º ao 30º dia 
Branda hipolipídica modificada 
Baixo teor de sacarose e baixo teor de lactose 
1ª semanda do 2º mês 
Branda hipolipídica 
Baixo teor de sacarose 
2ª semanda do 2º mês Branda 
A partir da 3ª semanda do 2º mês Consistência normal (livre) 
 
Tabela 9 – Recomendações nutricionais 
RECOMENDAÇÕES 
Carboidratos Redução de carboidratos simples 
Fibras Redução de fibras insolúveis 
Imunonutrientes Considerar o uso de arginina, ácidos graxos Omega-3, 
nucleotídeos, glutamina, vitaminas A, C e E, minerais Zn e Se 
Tipo de fórmulas Fórmulas poliméricas e isotônicas. Em caso de má-absorção, 
optar por fórmulas elementares ou semielementares 
 
18 
 
 
3. Qual a relação da gastrectomia com a anemia megaloblástica. 
 
A manutenção de um bom estado nutricional necessita da disponibilidade de 
todos os nutrientes, e para receber esses ingredientes é importante que a ingestão 
ocorra normalmente. Nesse processo o tubo digestivo é parte fundamental. O 
estômago exerce papel de reservatório de alimento. O alimento sofre alterações no 
estômago, como modificação no tamanho e a ação do suco gástrico. Sendo assim, 
qualquer alteração no estômago pode levar a danos no processo de digestão, 
prejudicando no delgado a absorção de nutrientes. Portanto nos levam a compreender 
que na gastrectomia o processo de digestão e absorção de nutrientes se torna 
deficientes. A anemia megaloblástica ocorre devido à retirada da mucosa gástrica no 
procedimento de gastrectomia, sendo esta a responsável pela produção do FI e este 
por sua vez, é responsável pela absorção da vitamina B12, tendo esta deficiência o 
paciente é sobreposto a um quadro de anemia megaloblástica. 
 
 
 
 
19 
 
ESTUDO DE CASO 3 
 
1. Qual dieta enteral você prescreveria? 
 
Paciente apresenta diagnóstico nutricional de baixo peso. Sendo assim, a dieta 
enteral deverá ser hipercalórica (1.5kcal/ml) para que o paciente tenha um aporte 
adequado de calorias. 
IMC: 18,51 Kg/m2 
 
2. Qual o valor calórico total que o paciente deverá ingerir? E o fracionamento? Qual volume 
inicial a ser ofertado? 
 
Homens: GEB = 66,5 + 13,8 x 75 + 5 x altura (cm) – 6,8 x idade (anos) 
Homens: GEB = 66,5 + 13,8 x 75 + 5 x 180 – 6,8 x 75 
Homens: GEB = 66,5 + 1035 + 900 – 510 
Homens: GEB = 1500kcal 
 
Para ganho de peso: 30kcal (para ganho de peso) x 60kg = 1800kcal 
 
Iniciar com volume de 50ml nos 3 primeiros horários, evoluindo 50ml a cada 3 
horários até chegar no volume final de 200ml 5x/dia (vou considerar 1500kcal, 
distribuídas em 5 refeições diárias). 
 
Tabela 10 – Distribuição da dieta líquida ao longo do dia 
DIA 8h 11h 14h 17h 20h 
1º dia 50 ml 50 ml 50 ml 100 ml 100 ml 
2º dia 100 ml 150 ml 150 ml 150 ml 200 ml 
3º dia em diante 200 ml 200 ml 200 ml 200 ml 200 ml 
 
Obs: Em 1000ml de dieta, tem 1500kcal. Como o valor calórico do paciente é 
de 1500kcal, ele precisa ingerir de volume justamente 1000ml, que dividindo por 5 
refeições diárias, dá um volume final de 200ml (200ml x 1,5kcal = 300kcal x 5 refeições 
= 1500kcal diárias). 
 
3. Qual a quantidade de água a ser ofertada? 
 
 
20 
 
Ideal é 35ml/kg, que seria 2100ml de água. Em dietas com 1,5kcal a 
porcentagem de água livre é de 76-78%. Então, em um volume de 1000ml de dieta,tem-se 770ml de água livre (77% de 1000ml). Como a necessidade hídrica é de 
2100ml ao dia e a oferta de água através da dieta é de 770ml, é necessário a reposição 
hídrica de mais 1330ml. 
Poderia ser distribuída assim: 50ml de água antes da administração da dieta e 
50ml após a administração da dieta. E após 1h e meia administrar mais 170ml de 
água. 
 
Obs: 0,9 a 1,2kca/ml – 80-86% 
1,3-1,5kcal/ml – 76-78% 
> 1,5kcal – 69-71% 
 
4. Como orientar a família em relação aos cuidados com a sonda e administração da dieta? 
 
✓ Verifique sempre o prazo de validade da dieta; 
✓ Separe todo o material que será utilizado. Siga sempre as orientações que lhes 
foram dadas no hospital; 
✓ O frasco de dieta e o abridor de garrafas devem ser limpos com um pano limpo 
umedecido em álcool 70%, antes de sua abertura; 
✓ Lave bem as mãos com água e sabão antes de iniciar o preparo; 
✓ Observe se a sonda está bem fixada no nariz do paciente; 
✓ A dieta que será administrada no paciente deve estar em temperatura 
ambiente; 
✓ A dieta deve ser sempre administrada lentamente para evitar qualquer 
problema (diarréia, gases, náuseas e vômito), se a sonda estiver no estômago do 
paciente, o volume de um horário deve correr em 1h, se a sonda estiver no intestino, 
a velocidade deve ser mais lenta, ou seja, o volume de um horário deve correr em 
1h30min; 
✓ O nutricionista/ médico responsável pelo tratamento e alta deve ter determinado 
qual o volume de dieta enteral que será usado e os horários para administração; 
✓ Os horários para administração da dieta são semelhantes aos horários das 
refeições normais: café da manhã, almoço, jantar, ceia e lanches. Por exemplo, de 
3 em 3horas: 6h, 9h, 12h, 15h,18h, 21h. Estes horários podem ser ajustados à 
rotina da família; 
 
21 
 
✓ Para receber a dieta o paciente deve estar sentado no leito, formando um 
ângulo de 45° (no mínimo) em relação à cama. Ele deve ficar nesta posição durante 
o recebimento da dieta e por mais 30 minutos após o término dela. Esta posição é 
extremamente importante, pois impede que o paciente se engasgue com a dieta e 
que ela se dirija ao pulmão; 
✓ Se o paciente apresentar náusea, tosse excessiva, dificuldade respiratória ou 
qualquer alteração, suspenda imediatamente a dieta e entre em contato com o 
médico para orientação; 
✓ Limpe diariamente a parte externa da sonda com gaze, água e álcool a 70% ou 
sabonete suave. Seque bem; 
✓ Cuidado para não puxar a sonda acidentalmente. Caso haja saída ou 
entupimento, ela deverá ser trocada pelo médico. No caso de entupimento da 
sonda ou saída acidental, procure ajuda médica. Nunca tente reintroduzir a sonda 
sozinho. 
 
 
 
 
22 
 
ESTUDO DE CASO 4 
 
1. Calcule os seguintes dados da avaliação antropométrica: 
 
I. Estimativa da altura 
 
Mulher = 84,88 – (0,24 x idade) + (1,83 x altura do joelho (cm)) 
Mulher = 84,88 – (0,24 x 70) + (1,83 x45) 
Mulher = 84,88 – 16,8 + 82,35 
Mulher = 150 cm 
A altura da paciente está estimada em 1,50 m. 
 
II. Estimativa do peso 
 
Mulher = (1,27 x CP) + (0,87x AJ) + (0,98x CB) +(0,4 x PCSE) - 62,35 
Mulher = (1,27 x 31) + (0,87x 45) + (0,98x 27) +(0,4 x 16) - 62,35 
Mulher = (39,37) + (39,15) + (26,46) +(6,4) - 62,35 
O peso estimado da paciente é de 49,03 Kg. 
 
III. Cálculo do peso ideal 
 
Peso ideal = IMC desejável x altura2 (m) 
Peso ideal = 24,5 x 1,50 
Peso ideal = 55,12 Kg 
O peso ideal para a paciente é de 55,12 Kg. 
 
IV. IMC 
 
IMC = 
𝑃𝐴
𝐴2
 
IMC = 
49,03
1,502
 
IMC = 21,79 
O IMC classifica-se como magreza ou baixo peso. 
 
V. Circunferência do braço e sua adequação – CB(%) 
 
23 
 
 
Adequação CB (%)= 
CB obtida (cm) 
percentil 50 (30,3)
 x 100 
Adequação CB (%): 
27
percentil 50 (30,3)
 x 100 
Adequação CB (%): 89,10 % 
A paciente se encontra em desnutrição leve. 
 
VI. Adequação da PCT (%). 
 
Adequação PCT (%) = 
PCT obtida (cm) 
percentil 50 (24)
 x 100 
Adequação PCT (%) = 
16
percentil 50 (24)
 x 100 
Adequação PCT = (%): 41,66 % 
A paciente se encontra em desnutrição grave. 
 
VII. Circunferência muscular do braço e sua adequação – CMB (%). 
 
CMB = CB – 0,314 x 10 
CMB = 23,86 
 
Adequação CMB (%) = 
CMB obtida (cm) 
percentil 50 (34,3)
 x 100 
Adequação CMB (%) = 
23,86
percentil 50 (34,3)
 x 100 
Adequação CMB (%)= 69,56% 
A paciente se encontra em desnutrição grave. 
 
 
2. A avaliação subjetiva global foi realizada através da Mini Avaliação Nutricional 
(MAN) e o resulto da avaliação da paciente somou 18 pontos, de acordo com 
esta pontuação qual o estado nutricional desta paciente? 
 
De acordo com o resultado do MAN a paciente está sob risco de desnutrição. 
A paciente se encontra entre 17 a 22, sendo considerada a desnutrição leve ou 
moderada. 
 
 
24 
 
3. Com os dados da avaliação antropométrica e da MAN faça o diagnóstico 
nutricional da paciente. 
 
✓ A avaliação antropométrica foi realizada a partir da altura do joelho e da 
circunferência do braço a partir das quais se calculou a estimativa do peso e da 
altura do paciente; 
✓ A paciente apresentou um peso atual estimado de 49,03 Kg, porém o cálculo 
do peso ideal indicou que a paciente deveria pesar 55,12 Kg apresentando assim 
peso abaixo do ideal; 
✓ O IMC foi de 21,79 Kg/m2 classificando-a como baixo peso. O cálculo da 
adequação da CB apresentou desnutrição leve, da PCT apresentou desnutrição 
grave e a adequação da CMB apresentou desnutrição grave; 
✓ A paciente obteve 18 pontos na MAN, constando que a paciente está sob o 
risco de desnutrição; 
✓ Dessa forma, a partir de todos os dados obtidos foi possível diagnosticar que a 
paciente está com desnutrição (risco nutricional). 
 
4. Sobre os medicamentos que a paciente está em uso - AAS, omeprazol, 
sinvastatina e captopril: 
 
a) Descreva a classe que estes medicamentos pertencem. 
 
✓ AAS: Analgésico, anti inflamatório e antipirético; 
✓ Omeprazol: Inibidor da bomba de próton que reduz a secreção gástrica; 
✓ Sinvastatina: Agente hipolipemiante que pertence à classe das estatinas, reduz 
LDL e triglicerídeos e aumenta HDL; 
✓ Captopril: Inibidor da enzima conversora da angiotensina I (ECA I), sua 
principal indicação é para tratamento de hipertensão arterial e alguns casos 
de insuficiência cardíaca. 
 
b) Interação droga nutriente. 
 
✓ AAS: O AAS reduz as reservas de vitamina K e aumenta a excreção renal 
de tiamina e ácido fólico, bem como a excreção urinária de aminoácidos. Além 
disso, pode reduzir a absorção e aumentar a excreção de vitamina C. Em 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Enzima_conversora_da_angiotensina
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertens%C3%A3o_arterial
https://pt.wikipedia.org/wiki/Insufici%C3%AAncia_card%C3%ADaca
 
25 
 
contrapartida, leite e vegetais atuam modificando o pH gástrico, diminuindo a 
absorção do fármaco. Portanto, seria recomendado administrar o medicamento 
com estômago vazio ou no intervalo das refeições; 
✓ Omeprazol: o omeprazol pode causar diminuição na absorção de ferro e 
vitamina B12, dessa forma é recomendado ingerir o medicamento 30 – 60 
minutos antes das refeições; 
✓ Sinvastatina: A sinvastatina pode ser ingerida sem considerar a alimentação. 
No entanto, o medicamento pode provocar uma redução significativa na coenzima 
Q10 e deve se evitar erva de São João que pode diminuir sua biodisponibilidade; 
✓ Captopril: O captopril deve ser administrado em jejum 1-2 horas antes 
ou após as refeições, uma vez que quando tomado com alimentos a sua 
absorção é reduzida de 30 a 50%, além disso esse medicamento pode reduzir 
a absorção do ferro. Este medicamento também possui alguns efeitos colaterais 
que podem interferir na alimentação do paciente, como: hipercalemia, perda do 
apetite, disgeusia e ageusia, etc. 
 
5. A paciente apresenta hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2 
com prescriçãode uma dieta hipocalórica. Está prescrição está correta? 
Justifique. 
 
A dieta prescrita deveria ser normocalórica e hipossódica. Levando em 
consideração que se trata de uma paciente em risco de desnutrição não poderia ter 
sido prescrita uma dieta hipocalórica. 
 
6. Quais estratégias nutricionais podem ser utilizadas para prevenir um Acidente 
Vascular Cerebral? 
 
✓ Alimentar-se com uma dieta balanceada; 
✓ Aumentar a ingestão de frutas, vegetais e cereais integrais; 
✓ Incluir alimentos ricos em antioxidantes, como: açafrão, azeite de oliva, frutas 
vermelhas e roxas, frutas cítricas, etc; 
✓ Limitar a ingestão de sódio proveniente de saleiro, carnes industrializadas, 
embutidos, conservas, etc; 
✓ Incluir ácidos graxos ômega-3 nas refeições regularmente (peixes de mar, 
linhaça, etc); 
 
26 
 
✓ Reduzir o consumo de gorduras saturas e trans; 
✓ Atingir e manter um peso corporal adequado. Evitar obesidade; 
✓ Manter os níveis de colesterol total, triglicerídeos e LDL dentro da faixa de 
normalidade; 
✓ Reduzir o consumo de açúcares; 
✓ Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas. 
 
 
 
 
27 
 
ESTUDO DE CASO 5 
 
1. Faça avaliação nutricional e calcule as necessidades em relação à doença. 
 
Cálculo do IMC atual 
 
IMC = 
𝑃𝐴
𝐴2
 
IMC = 
49,5
1,652
 
IMC ATUAL:18,19 
Desnutrição leve. 
 
Cálculo do IMC usual 
 
IMC = 
𝑃𝐴
𝐴2
 
IMC = 
55
1,652
 
IMC USUAL:20,22 
Eutrofia. 
 
Cálculo o peso ideal pelo IMC 
 
Peso Ideal (PI) = IMC desejado x A2 
Peso Ideal (PI) = 21,7 x 1,652 
Peso Ideal (PI) = 59 kg (Peso ideal para o paciente) 
 
Adequação da CB (%) 
 
Adequação CB (%)= 
CB obtida (cm) 
percentil 50 (30,3)
 x 100 
Adequação CB (%) = 
22 
percentil 50 (26,8)
 x 100 
Adequação CB (%) = 82,08% 
Desnutrição leve. 
 
Cálculo da mudança de peso 
 
 
28 
 
%PP = 
(𝑃𝑈−𝑃𝐴)
𝑃𝑈
 X100 
%PP = 
(55−49,5)
55
 X100 
%PP = 10% 
Perda grave de peso. 
 
Circunferência muscular do braço e sua adequação – CMB (%) 
 
CMB = CB – 0,314 x PCT 
CMB = 22 – 0,314 x 4 
CMB = 20,74 
 
Adequação CMB (%) = 
CMB obtida (cm) 
percentil 50 (34,3)
 x 100 
Adequação CMB (%) = 
20,74
percentil 50 (20,7)
 x 100 
Adequação CMB (%)= 100% 
Eutrofia. 
 
Área muscular do braço e sua adequação – AMB (%) 
 
AMB (cm2) = 
[𝐶𝐵 (𝑐𝑚)− 𝜋 𝑥 𝑃𝐶𝑇 (𝑚𝑚)÷10]2
4𝜋
 – 10 
AMB (cm2) = 
[22−3,14 𝑥 4 ÷10]2
12,56
 – 10 
AMB (cm2) = 34,28 – 10 
AMB (cm2) = 24,28 cm2 
Eutrofia. 
 
 
 
Adequação AMB (%) = 
AMB obtida (cm) 
percentil 50 
 x 100 
Adequação AMB (%) = 
24,28
28,3
 x 100 
Adequação AMB (%) = 85,79% 
 
Área de gordura do braço – AGB 
 
 
29 
 
AGB (cm2) = 
𝐶𝐵 (𝑐𝑚) 𝑥 [ 𝑃𝑇 (𝑚𝑚) ÷10]
2
− 
𝜋 𝑥 [𝑃𝐶𝑇 (𝑚𝑚)÷10]2
4
 
AGB (cm2) = 
22 𝑥 [0,4]
2
− 
~3,14 𝑥 [0,4]2
4
 
AGB (cm2) = 
8,8
2
− 
−0,502
4
 
AGB (cm2) = 4,27 cm2 
Baixa reserva de tecido adiposo. 
 
Adequação AGB (%) = 
AGB obtida (cm) 
percentil 50 
 x 100 
Adequação AGB (%) = 
4
18,5
 x 100 
Adequação AGB (%) = 21,62% 
Desnutrição grave. 
 
Cálculo necessidade estimada de energia 
 
EER = 655 – (9,6 × P) + (1,7 × E (cm)) – (4,7xI) 
EER = 662 +528 + 280,5 - 98,7 
EER = 1364,8 kcal/dia 
 
2. Qual a conduta nutricional e a melhor forma de alimentação desta paciente? 
 
A TN tem como objetivo corrigir a desnutrição e a deficiência de nutrientes e reverter 
suas consequências metabólicas e patológicas. 
 
✓ Tratamento na fase aguda: 
• Não são observadas vantagens no uso de TNP, TNE ou dieta oral em 
pacientes com colite da DC, o indicado seria manter o doente com TNP 
e jejum oral, para garantir repouso intestinal; 
• O uso combinado da TNE e drogas está indicado em pacientes 
desnutridos, assim como em pacientes com estenose do intestino; 
• A taxa de remissão com a TNE exclusiva é alta, independentemente da 
fórmula, mas os corticosteroides são mais efetivos em induzir remissão; 
• A TNP não deve ser usada como tratamento primário em paciente com 
DC ativa. 
 
 
30 
 
✓ Tratamento de manutenção: 
• O uso de suplemento nutricional oral em complemento à dieta habitual é 
seguro, bem tolerado e efetivo na manutenção da remissão na Doença 
de Crohn; 
• A TNE suplementar pode ser efetiva na manutenção da remissão na 
Doença de Crohn; 
• A TNP não é recomendada para manutenção da remissão; 
• Nos casos de pacientes com inflamação intestinal persistente, como 
naqueles dependentes de corticoidoterapia, é recomendado o uso de 
suplemento nutricional oral. 
 
Tabela 11 - Alimentos recomendados e evitados conforme a atividade da doença 
GRUPOS ALIMENTOS 
FASE ATIVA FASE REMISSÃO 
CONSUMIR EVITAR CONSUMIR EVITAR 
Vegetais 
Cenoura, 
chuchu, abóbora, 
batatas, aipim, 
inhame. Todos 
sem casca e 
cozidos. 
Todos os outros, 
principalmente 
os verdes crus 
ou cozidos. 
Todos. 
Os que causam 
mais flatulência, 
se o paciente 
não tolerar. 
Leguminosas Caldos. Grãos. Todos. 
Colocar carnes, 
bacon e 
linguiças como 
temperos 
Frutas 
Banana, maçã e 
pera sem casca, 
goiaba e 
pêssego sem 
casca e sem 
caroços. 
Todas as outras, 
inclusive as 
secas. 
Todos 
Evitar excessos 
de açaí e coco. 
Cereais 
Brancos ou 
refinados. 
Integrais. Todos 
Nenhum, em 
princípio. 
Leite e derivados 
Leites de soja 
light, Iogurte de 
soja light, Leites 
baixo teor de 
lactose 
desnatados ou 
semi-desnatados 
e queijos 
brancos magros 
(avaliar 
tolerância). 
Leite de vaca 
comum integral, 
iogurte comum 
queijos 
amarelos. 
Todos os 
desnatados ou 
light. 
Evitar excessos 
dos gordurosos. 
Pode-se 
restringir lactose 
se intolerância 
ou flatulência 
excessiva. 
 
31 
 
Gorduras 
Margarinas light/ 
Creme vegetal, 
azeite e óleo 
vegetal em 
pouca 
quantidade – 
preferir assar, 
grelhar ou 
cozinhar os 
alimentos 
Excessos Todos 
Excessos de 
gorduras e 
frituras. 
Carnes e ovos 
Carnes magras, 
frango sem pele, 
peixe (filé), ovo 
(gema – 03 
vezes na 
semana), 
blanquet de peru 
light. 
Carnes gordas, 
linguiças, 
defumados, 
vísceras, 
embutidos, frutos 
do mar. 
Todos 
Ingerir os muito 
gordurosos com 
moderação. 
Açúcar e doces 
Adoçantes e 
gelatina diet. 
Açúcar, mel, 
melado 
Todos Excessos. 
Temperos 
Alho, cebola, sal 
e ervas naturais 
em pouca 
quantidade, 
molho de tomate 
feito em casa 
(sem pele e sem 
semente) ou 
polpa de tomate. 
Pimenta, 
tempero prontos, 
mostarda, 
ketchup, choro, 
molho de 
tomates pronto. 
Alho, cebola sal 
e ervas naturais 
em maior 
quantidade. 
Pimenta, 
tempero prontos, 
mostarda, 
ketchup, shoyu.

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