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3 APÊNDICES 4 ESTUDO DE CASOS ESTUDO DE CASO 1 1. Explique como o Diabetes mellitus e a hipertensão arterial pode comprometer o funcionamento renal. A Hipertensão Arterial pode provocar um desalinho na funcionalidade do rim. Em situação onde um aumento elevado da Hipertensão Arterial pode haver eliminação de escorias nitrogenadas e ainda um desequilíbrio no balanceamento da água e sódio, resultando na retenção de líquidos e edemas, podendo evoluir para edema agudo de pulmão. Indivíduos que Hipertensão Arterial prolongada e não controlada possuem um risco maior em desenvolver dano renal com estabelecimento de insuficiência renal crônica (IRC). Os níveis elevados de pressão arterial por longo período alteram estruturas progressivas nas artérias e arteríolas renais, hipertrofiando a camada muscular, ocasionando a duplicação da lâmina elástica interna e espessamento da camada íntima, em alguns casos havendo deposição de material hialino subintimal. Devido o estreitamento da luz das arteríolas renais aferentes e eferentes ocorrem danos glomerulares e tubulointersticiais (NUNES, 2007). Já no caso da Diabetes mellitus o comprometimento do funcionamento renal começa com danos os vasos sanguíneos dos rins. Quando há algum problema renal em paciente diabético o primeiro sinal é a presença de albumina na urina. Com os danos ocasionados nos rins, eles não conseguem fazer a limpeza do sangue de forma adequada, acumulando então resíduos no sangue. Com o prejuízo dessa limpeza, o corpo fará uma maior retenção de água e sal tendo como resultado um aumento de peso e inchaço do tornozelo. A diabetes também pode afetar os nervos do corpo e com isso levar o indivíduo a ter dificuldades em esvaziar a bexiga. A pressão e decorrência da bexiga cheia podem levar ao retorno da urina afetando assim os rins. Além disso, a urina do diabético possui um alto nível de açúcar, ambiente ideal para o crescimento rápido de bactérias, podendo levar a uma infecção do trato urinário quando a bexiga fica cheia por muito tempo. 2. Faça uma análise dos exames laboratoriais da paciente. 5 Tabela 1 – Exames laboratoriais do paciente EXAMES LABORATORIAIS RESULTADOS VALOR DE REFERÊNCIA Albumina 2,8 g/dL de 3,7 a 5,2 g/dL Proteínas totais 5,6 g/dL de 6,5 a 8,2 g/dL Colesterol total 300 mg/dL < 190 mg/dL LDL 90 mg/dL < 130 mg/dL HDL 45 mg/dL > 40 mg/dL Glicemia 120 mg/dL < 99 mg/dL Uremia 80 mg/dL de 13 a 43 mg/dL Creatinina 15,1 mg/dL de 0,6 a 1,2 mg/dL Potássio 6,0 mEq/L de 3,5 a 5,5 mEq/L Fósforo 7,6 mg/dL de 2,5 a 4,8 mg/dL TFG 10 mL/min ≥ 60 mL/min A medida das proteínas totais no sangue reflete o estado nutricional do indivíduo. Os exames do paciente mostram uma baixa na quantidade de proteínas totais e também da albumina. Os valores diminuídos de albumina podem ser um indicativo de problemas no fígado, reduzindo assim a produção dessa proteína. Os principais marcadores de doença renal crônica são a ureia e creatinina, e percebe-se ao analisar os exames do paciente que estes se encontram muito alterado, indicando assim um elevado grau de insuficiência renal. Conforme a classificação dos estágios da Doença Renal Crônica (DRC), com base no nível de TFG encontrado, o paciente se encontra no estágio 5. O excesso de fósforo e potássio é eliminado através dos rins, porém no paciente em questão ele tende a se acumular no sangue devido à presença de doença renal crônica. Assim como a creatina, a ureia aumenta no sangue e diminui na urina quando os rins apresentam lesões, porém a ureia não é considerada um bom marcador renal. O nível de colesterol do paciente se encontra elevado, não sendo satisfatório para a evolução do seu tratamento conservador, vez que a redução desses níveis apresenta benefícios para o paciente, não só para os rins, mas também para o sistema cardiocirculatório. Já a glicemia, embora em pacientes normais o recomendado seja que o nível esteja < 99 mg/dL, para um paciente diabético o recomendado é que a glicemia de jejum fique abaixo de 140 mg/dL. Desta forma o paciente se encontra dentro dos limites esperados. 6 Tendo em vista todas as análises realizadas acima conclui-se que o paciente em questão apresenta desnutrição na DRC. 3. Elabore um plano alimentar para esta paciente em tratamento conservador da doença renal crônica. Tabela 2 - Plano alimentar REFEIÇÃO ALIMENTOS PORÇÕES EXEMPLO DE CARDÁPIO CAFÉ DA MANHÃ Leite desnatado 1 Café com leite desnatado Pão francês com margarina sem sal Pão 1 Margarina/Manteiga 2 LANCHE DA MANHÃ Fruta – Preferir as de menos potássio 1 Maça ALMOÇO Salada crua 1 Salada de alface, pimentão, tomate e cebola Filé de peixe grelhado Chuchu refogado Arroz com feijão Melancia Salda Cozida 1 Carnes – Preferir peixe/frango 1 Arroz 5 Feijão 0,5 Azeite 1 Óleo do cozimento 1 Fruta – Preferir as de menos potássio 1 LANCHE Pão 1 Chá preto com adoçante Torradas light com margarina sem sal Margarina/Manteiga 1 JANTAR Salada crua 1 Couve refogada Filé de frango grelhado Abobrinha e cenoura raladas cozidas Arroz branco Pêra Salda Cozida 1 Carnes – Preferir peixe/frango 0,5 Arroz 4 Feijão 1 Azeite 1 Óleo do cozimento 1 Fruta 1 CEIA Fruta 1 Morangos 7 SALADA CRUA: 1 Porção Alface 1 pegador cheio Agrião 1 pegador cheio Almeirão 1 pegador cheio Chicória 1 pegador cheio Rúcula 1 pegador cheio Pepino 4 rodelas Tomates s/ sementes ½ unidade Cenoura ralada 1 colher de sopa SALADA COZIDA: 1 porção Purê de abóbora 4 colheres de sopa Purê de chuchu 4 colheres de sopa Abobrinha 4 colheres de sopa Berinjela 4 colheres de sopa Bertalha 4 colheres de sopa Beterraba 4 colheres de sopa Cenoura 4 colheres de sopa Espinafre 4 colheres de sopa Couve 4 colheres de sopa Jiló 4 colheres de sopa Palmito 4 colheres de sopa Quiabo 4 colheres de sopa Nabo 4 colheres de sopa Vagem 4 colheres de sopa Abóbora 2 pedaços médios Beterraba 4 rodelas Brócolis 3 buquês Couve-flor 3 buquês Chuchu 2 pedaços grandes LEGUMINOSAS: 1 Porção Feijão 1 concha média Grão de bico 1 colher de servir Lentilha/Ervilha 1 colher de servir TEMPEROS LIBERADOS Alho, alecrim, cebola, cebolinha, cheiro- verde, coentro, colorau, cominho, limão, louro, manjericão, mostarda (folha seca), páprica, salsa, salsinha, orégano, vinagre. GORDURAS: 1 porção Azeite 1 colher de chá Margarina 1 ponta de faca Manteiga 1 ponta de faca FRUTAS COM MENOR TEOR DE POTÁSSIO: 1 porção Abacaxi 2 fatias médias Acerola 15 unidades Ameixa fresca 2 unidades Banana maça 1 unidade Caju 1 unidade Caqui 1 unidade Jabuticaba 18 unidades Laranja lima 1 unidade Maça 1 unidade Manga espada 1 unidade Manga rosa ½ unidade Melancia 1 fatia média Morango 10 unidades Pêra 1 unidade Pêssego 1 unidade Pitanga 10 unidades FRUTAS COM MAIOR TEOR DE POTÁSSIO: 1 porção Abacate 1 colher de sopa Banana prata 1 unidade Goiaba 1 unidade Kiwi 1 unidade Jaca 6 bagos Laranja 1 unidade Mamão 1 fatia média Mamão papaia ½ unidade Melão 1 fatia média Tangerina 1 unidade Uva 10 unidades ARROZ E SEUS SUBSTITUTOS: 1 porção Aipim 1/ pedaço pequeno Arroz 1 colher de sopa Batata baroa 1 unidade pequena Batata doce 1 colher de sopa Batata inglesa ½ unidade pequena Farinha 1 colher de sopa Inhame ½ unidade pequena Espaguete 1 pegador pequeno Milho verde 2 colheres de sopa Panqueca fina 1 fatia Pirão/Purês 1 colher e sopa Polenta/Angu 1 colher de sopa 8 CARNES: 1 porção Almôndegas 3 unidades pequenas Bife ½ unidade média Carne assada 2 fatias finas Carne ensopada 2 colheres de sopa Carne moída 2 colheres de sopa Frango (coxa) 1 unidade Frango (desfiado) 2 colheres de sopa Frango(sobrecoxa) 1 unidade Frango (peito) ¼ unidade Filé frango/peixe ½ unidade Lombo assado 1 fatia Nuggets assados 3 unidades Ovo 1 unidade Peixe ½ posta pequena PÃES E SEUS SUBSTITUTOS: 1 porção Aveia 2 colheres de sopa Biscoito maisena 5 unidades Cream cracker 5 unidades Biscoito água e sal 5 unidades Bisnaguinha 3 unidades Bolo simples 1 fatia média Neston/Mucilon 3 colheres de sopa Pão sírio 1 unidade Pão de forma 2 fatias Pão francês 1 unidade Torrada 8 unidades LEITE E SEUS SUBSTITUTOS: 1 porção Leite ½ copo Leite em pó 1 colher de sopa Requeijão 1 colher de sopa Cottage 1 colher de sopa Cream cheese 1 colher de sopa Queijo minas 1 fatia fina Ricota 1 fatia fina Yakult 2 unidades Polenguinho 1 unidade Iorgute ½ porção RECOMENDAÇÕES ✓ Ingestão hídrica mínima: 2.100 ml/dia; ✓ Ingestão hídrica máxima: 3.150 ml/dia; ✓ Não usar sal diet; ✓ NUNCA consumir carambola, pois ela é tóxica para pacientes renais; ✓ Prefira margarina e manteiga sem sal; ✓ Prefira adoçante à base de sucralose. 9 4. Faça uma orientação nutricional referente aos alimentos ricos em fósforo e potássio O metabolismo do paciente portador de DRC sofre alterações metabólicas desde o início da doença, sendo então necessário o acompanhamento clínico e nutricional visando monitorar seus parâmetros nutricionais. O controle adequado do fósforo é necessário e fundamental visando à prevenção de doença óssea renal e a morbidade cardiovascular. Os cuidados necessários relacionados à hipocalcemia dizem respeito à utilização de quelantes e redução do consumo de alimentos ricos em fósforo. A hiperfosfatemia é também prejudicial ao organismo podendo levar a diversas consequências, como por exemplo, hiperparireoidismo secundário. A doença renal quando atinge um estado mais avançado há uma diminuição da TFG e com isso há um acúmulo de potássio no sangue. Visando um equilíbrio desses níveis deve-se ter um cuidado especial na alimentação, uma vez que a hipercaliemia pode causar arritmia ou mesmo enfarte do miocárdio. Diante dessas informações, orienta-se o consumo controlado de alimentos ricos em fósforo e potássio visando evitar o agravar da doença e o óbito. 10 ESTUDO DE CASO 2 2.2.1 Parte 1 Peso Atual (PA) – 50kg Peso Habitual (PH) – 75 kg Altura (A) – 170 cm Prega Cutânea Triciptal (PCT) – 8 mm Prega Cutânea Bicipital (PCB) – 6 mm Prega Cutânea Subescapular (PCSE) – 12 mm Prega Cutânea Suprailíaca (PCSI) – 16 mm Circunferência do Braço (CB) – 30cm 1. Faça a avaliação nutricional e calcule as necessidades de macronutrientes e micronutrientes. ESTADO NUTRICIONAL DO PACIENTE Cálculo o peso ideal pelo IMC Peso Ideal (PI) = IMC desejado x A2 Peso Ideal (PI) = 22 x 1,702 Peso Ideal (PI) = 63,58 kg (Peso ideal para o paciente) Cálculo da adequação do peso Adequação do peso (%) = 𝑃𝐴 𝑃𝐼 x100 Adequação do peso (%) = 50 63,58 x100 Adequação do peso (%) = 78,64 (Paciente em desnutrição moderada) RISCO NUTRICIONAL DO PACIENTE Cálculo da mudança de peso 11 %PP = (𝑃𝑈−𝑃𝐴) 𝑃𝑈 X100 %PP = (75−50) 75 X100 %PP = 33,33% (Paciente com perda grave de peso) Cálculo do IMC IMC = 𝑃𝐴 𝐴2 IMC = 50 1,702 IMC = 17,3 kg/m2 (Paciente com magreza Grau I) Paciente com perda de peso > 5% em 1 mês, IMC < 18,5, juntamente com condição geral alterada e ingestão alimentar 0 a 25% das demandas normais. NECESSIDADES DE MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES Cálculo necessidade estimada de energia EER = 662 – (9,53 × 38) + 1,0 × {(15,91 × 50) + (539,6 × 1,70)} EER = 662 - 362,14 +1,0 x 1712,82 EER = 2012,68 kcal/dia Cálculo dos macronutrientes Tabela 3 – Cálculo de Macronutrientes MACRONUTRIENTES PORCENTAGEM (%) QUANTIDADE (Kcal) QUANTIDADE (g) Carboidratos 60 1207,68 301,92 Lipídeo 20 402,56 44,72 Proteína 20 402,56 100,64 Cálculo dos micronutrientes 12 Tabela 4 – Cálculo de micronutrientes NUTRIENTES QUANTIDADE Vitamina A 10.000 UI Vitamina C 120 mg Vitamina D 3.000 UI a 6.000 UI Vitamina E 60 UI Vitamina K 160 mg Tiamina 3 mg Riboflavina 3,4 mg Niacina 40 mg Vitamina B6 4 mg Ácido Fólico 400 mcg Vitamina B12 1.000 mcg Biotina 600 mcg Cálcio 1.200 mg a 2.400 mg Ferro 45 mg a 60 mg Magnésio 400 mg Zinco 15 mg Cobre 2 mg Manganês 3,6 mg 2. Faça o planejamento dietético e as orientações nutricionais. Tabela 5 – Planejamento dietético REFEIÇÃO ALIMENTOS PORÇÕES EXEMPLO DE CARDÁPIO CAFÉ DA MANHÃ Leite 1 Leite Pão francês com margarina Pão 1 Margarina/Manteiga 1 LANCHE DA MANHÃ Fruta 1 Maça ALMOÇO Salada crua 1 Salada de alface, pimentão, tomate e cebola Filé de peixe grelhado Chuchu refogado Arroz com feijão Melancia Salda Cozida 1 Carnes 1 Arroz 5 Feijão 3 Azeite 1 Óleo do cozimento 1 Fruta 1 LANCHE Leite 1 Leite Torradas com margarina Pão 1 Margarina/Manteiga 1 JANTAR Salada crua 1 Couve refogada 13 Salda Cozida 1 Filé de frango grelhado Abobrinha e cenoura raladas cozidas Arroz branco Pêra Carnes 1 Arroz 5 Feijão 3 Azeite 1 Óleo do cozimento 1 Fruta 1 CEIA Fruta 1 Morangos 13 SALADA CRUA: 1 Porção Alface 1 pegador cheio Agrião 1 pegador cheio Almeirão 1 pegador cheio Chicórea 1 pegador cheio Rúcula 1 pegador cheio Pepino 4 rodelas Tomates s/ sementes ½ unidade Cenoura ralada 1 colher de sopa SALADA COZIDA: 1 porção Purê de abóbora 4 colheres de sopa Purê de chuchu 4 colheres de sopa Abobrinha 4 colheres de sopa Berinjela 4 colheres de sopa Bertalha 4 colheres de sopa Beterraba 4 colheres de sopa Cenoura 4 colheres de sopa Espinafre 4 colheres de sopa Couve 4 colheres de sopa Jiló 4 colheres de sopa Palmito 4 colheres de sopa Quiabo 4 colheres de sopa Nabo 4 colheres de sopa Vagem 4 colheres de sopa Abóbora 2 pedaços médios Beterraba 4 rodelas Brócolis 3 buquês Couve-flor 3 buquês Chuchu 2 pedaços grandes LEGUMINOSAS: 1 Porção Feijão 1 concha média Grão de bico 1 colher de servir Lentilha/Ervilha 1 colher de servir TEMPEROS LIBERADOS Alho, alecrim, cebola, cebolinha, cheiro- verde, coentro, colorau, cominho, limão, louro, manjericão, mostarda (folha seca), páprica, salsa, salsinha, orégano, vinagre. GORDURAS: 1 porção Azeite 1 colher de chá Margarina 1 ponta de faca Manteiga 1 ponta de faca FRUTAS: 1 porção Abacate 1 colher de sopa Abacaxi 2 fatias médias Acerola 15 unidades Ameixa fresca 2 unidades Banana maça 1 unidade Banana prata 1 unidade Caju 1 unidade Caqui 1 unidade Goiaba 1 unidade Jabuticaba 18 unidades Jaca 6 bagos Kiwi 1 unidade Laranja 1 unidade Laranja lima 1 unidade Maça 1 unidade Mamão 1 fatia média Mamão papaia ½ unidade Manga espada 1 unidade Manga rosa ½ unidade Melancia 1 fatia média Melão 1 fatia média Morango 10 unidades Pêra 1 unidade Pêssego 1 unidade Pitanga 10 unidades Tangerina 1 unidade Uva 10 unidades ARROZ E SEUS SUBSTITUTOS: 1 porção Aipim 1/ pedaço pequeno Arroz 1 colher de sopa Batata baroa 1 unidade pequena Batata doce 1 colher de sopa Batata inglesa ½ unidade pequena Farinha 1 colher de sopa Inhame ½ unidade pequena Espaguete 1 pegador pequeno Milho verde 2 colheres de sopa Panqueca fina 1 fatia Pirão/Purês 1 colher e sopa Polenta/Angu 1 colher de sopa CARNES: 1 porção Almondegas 3 unidades pequenas Bife ½ unidade média Carne assada 2 fatias finas Carne ensopada 2 colheres de sopa Carne moída 2 colheres de sopa Frango (coxa) 1 unidade Frango (desfiado) 2 colheres de sopa Frango (sobrecoxa) 1 unidade 14 Frango (peito) ¼ unidade Filé frango/peixe½ unidade Lombo assado 1 fatia Nuggets assados 3 unidades Ovo 1 unidade Peixe ½ posta pequena PÃES E SEUS SUBSTITUTOS: 1 porção Aveia 2 colheres de sopa Biscoito maisena 5 unidades Cream cracker 5 unidades Biscoito água e sal 5 unidades Bisnaguinha 3 unidades Bolo simples 1 fatia média Neston/Mucilon 3 colheres de sopa Pão sírio 1 unidade Pão de forma 2 fatias Pão francês 1 unidade Torrada 8 unidades LEITE E SEUS SUBSTITUTOS: 1 porção Leite ½ copo Leite em pó 1 colher de sopa Requeijão 1 colher de sopa Cottage 1 colher de sopa Cream cheese 1 colher de sopa Queijo minas 1 fatia fina Ricota 1 fatia fina Yakult 2 unidades Polenguinho 1 unidade Iorgute ½ porção RECOMENDAÇÕES Os alimentos proibidos são aqueles de difícil digestão e muito processados, por serem ricos em aditivos e conservantes que irritam o estômago, como: ✓ Carnes processadas: salsicha, linguiça, bacon, presunto, peito de peru, salame, mortadela; ✓ Queijos amarelos e processados, como cheddar, catupiry, minas e provolone; ✓ Molhos prontos; ✓ Evitar chá verde, mate e preto, ou outros que tenham cafeína; ✓ Temperos em cubos, caldos de carne e macarrão instantâneo; ✓ Comida pronta congelada e fast food; ✓ Bebidas: refrigerantes, sucos prontos, café, chá ver, chá mate, chá preto; ✓ Bebidas alcoólicas; ✓ Açúcar e doces em geral; ✓ Alimentos refinados e frituras, como bolos, pães brancos, salgados, biscoitos; ✓ Farinhas brancas, como farofa, tapioca e, em alguns casos, cuscuz; ✓ Alimentos ricos em gordura, como carnes gordas, pele de frango, fígado e excesso de peixes gordos, como salmão e atum. ✓ Além disso, leite integral e frutas ácidas como limão, laranja e abacaxi também devem ser evitadas, caso surjam sintomas de azia ou dor estomacal após o seu consumo. 15 2.2.2 Parte 2 PA – 40kg Albumina – 1,9mg/dl PCT – 6mm PCB – 4mm PCSE – 10mm PCSI– 12mm CB – 28 cm 1. Faça a avaliação nutricional e calcule as necessidades de macronutrientes e micronutrientes. ESTADO NUTRICIONAL DO PACIENTE Cálculo o peso ideal pelo IMC Peso Ideal (PI) = IMC desejado x A2 Peso Ideal (PI) = 22 x 1,702 Peso Ideal (PI) = 63,58 kg (Peso ideal para o paciente) Cálculo da adequação do peso Adequação do peso (%) = 𝑃𝐴 𝑃𝐼 x100 Adequação do peso (%) = 40 63,58 x100 Adequação do peso (%) = 62,91 (Paciente em desnutrição grave) RISCO NUTRICIONAL DO PACIENTE Cálculo da mudança de peso %PP = (𝑃𝑈−𝑃𝐴) 𝑃𝑈 X100 %PP = (75−40) 75 X100 %PP = 46,66% (Paciente com perda grave de peso) 16 Cálculo do IMC IMC = 𝑃𝐴 𝐴2 IMC = 40 1,702 IMC = 13,84 kg/m2 (Paciente com magreza Grau III) Paciente com perda de peso > 5% em 1 mês, IMC < 16, juntamente com condição geral alterada e ingestão alimentar 0 a 25% das demandas normais. NECESSIDADES DE MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES Cálculo necessidade estimada de energia EER = 662 – (9,53 × 38) + 1,0 × {(15,91 × 40) + (539,6 × 1,70)} EER = 662 - 362,14 + 1,0 x 1553,72 EER = 1853,58 kcal/dia Cálculo dos macronutrientes Tabela 6 – Cálculo de macronutrientes MACRONUTRIENTES PORCENTAGEM (%) QUANTIDADE (Kcal) QUANTIDADE (g) Carboidratos 65,15 1207,68 350 Lipídeo 17,6 325,9 36,21 Proteína 17,25 320 100,64 Cálculo dos micronutrientes Tabela 7 – Cálculo de micronutrientes NUTRIENTES QUANTIDADE Vitamina A 10.000 UI Vitamina C 120 mg Vitamina D 3.000 UI a 6.000 UI Vitamina E 60 UI Vitamina K 160 mg Tiamina 3 mg Riboflavina 3,4 mg 17 Niacina 40 mg Vitamina B6 4 mg Ácido Fólico 400 mcg Vitamina B12 1.000 mcg Biotina 600 mcg Cálcio 1.200 mg a 2.400 mg Ferro 45 mg a 60 mg Magnésio 400 mg Zinco 15 mg Cobre 2 mg Manganês 3,6 mg 2. Faça o planejamento dietético para introdução de alimentos orais após a cirurgia. Priorizar refeições fracionadas em 8 vezes ao dia, a cada 2 horas e de pequeno volume. Introduzir primeiramente alimentos e/ou preparações à base de carboidratos. Os alimentos e preparações à base de proteínas (prato protéico) devem permanecer no primeiro mês modificado quanto ao preparo (liquidificar, processar, moer ou desfiar), facilitando o processo digestivo. Tabela 8 – Planejamento dietético para introdução de alimentos orais DIA DE ALIMENTAÇÃO DIETA 1º dia Líquida restrita 2º dia Líquida completa hipolipídica Isenta de sacarose e lactose 3º dia Líquida pastosa hipolipídica Isenta de sacarose e lactose 4º ao 7º dia Pastosa hipolipídica Baixo teor de sacarose e baixo teor de lactose 8º ao 30º dia Branda hipolipídica modificada Baixo teor de sacarose e baixo teor de lactose 1ª semanda do 2º mês Branda hipolipídica Baixo teor de sacarose 2ª semanda do 2º mês Branda A partir da 3ª semanda do 2º mês Consistência normal (livre) Tabela 9 – Recomendações nutricionais RECOMENDAÇÕES Carboidratos Redução de carboidratos simples Fibras Redução de fibras insolúveis Imunonutrientes Considerar o uso de arginina, ácidos graxos Omega-3, nucleotídeos, glutamina, vitaminas A, C e E, minerais Zn e Se Tipo de fórmulas Fórmulas poliméricas e isotônicas. Em caso de má-absorção, optar por fórmulas elementares ou semielementares 18 3. Qual a relação da gastrectomia com a anemia megaloblástica. A manutenção de um bom estado nutricional necessita da disponibilidade de todos os nutrientes, e para receber esses ingredientes é importante que a ingestão ocorra normalmente. Nesse processo o tubo digestivo é parte fundamental. O estômago exerce papel de reservatório de alimento. O alimento sofre alterações no estômago, como modificação no tamanho e a ação do suco gástrico. Sendo assim, qualquer alteração no estômago pode levar a danos no processo de digestão, prejudicando no delgado a absorção de nutrientes. Portanto nos levam a compreender que na gastrectomia o processo de digestão e absorção de nutrientes se torna deficientes. A anemia megaloblástica ocorre devido à retirada da mucosa gástrica no procedimento de gastrectomia, sendo esta a responsável pela produção do FI e este por sua vez, é responsável pela absorção da vitamina B12, tendo esta deficiência o paciente é sobreposto a um quadro de anemia megaloblástica. 19 ESTUDO DE CASO 3 1. Qual dieta enteral você prescreveria? Paciente apresenta diagnóstico nutricional de baixo peso. Sendo assim, a dieta enteral deverá ser hipercalórica (1.5kcal/ml) para que o paciente tenha um aporte adequado de calorias. IMC: 18,51 Kg/m2 2. Qual o valor calórico total que o paciente deverá ingerir? E o fracionamento? Qual volume inicial a ser ofertado? Homens: GEB = 66,5 + 13,8 x 75 + 5 x altura (cm) – 6,8 x idade (anos) Homens: GEB = 66,5 + 13,8 x 75 + 5 x 180 – 6,8 x 75 Homens: GEB = 66,5 + 1035 + 900 – 510 Homens: GEB = 1500kcal Para ganho de peso: 30kcal (para ganho de peso) x 60kg = 1800kcal Iniciar com volume de 50ml nos 3 primeiros horários, evoluindo 50ml a cada 3 horários até chegar no volume final de 200ml 5x/dia (vou considerar 1500kcal, distribuídas em 5 refeições diárias). Tabela 10 – Distribuição da dieta líquida ao longo do dia DIA 8h 11h 14h 17h 20h 1º dia 50 ml 50 ml 50 ml 100 ml 100 ml 2º dia 100 ml 150 ml 150 ml 150 ml 200 ml 3º dia em diante 200 ml 200 ml 200 ml 200 ml 200 ml Obs: Em 1000ml de dieta, tem 1500kcal. Como o valor calórico do paciente é de 1500kcal, ele precisa ingerir de volume justamente 1000ml, que dividindo por 5 refeições diárias, dá um volume final de 200ml (200ml x 1,5kcal = 300kcal x 5 refeições = 1500kcal diárias). 3. Qual a quantidade de água a ser ofertada? 20 Ideal é 35ml/kg, que seria 2100ml de água. Em dietas com 1,5kcal a porcentagem de água livre é de 76-78%. Então, em um volume de 1000ml de dieta,tem-se 770ml de água livre (77% de 1000ml). Como a necessidade hídrica é de 2100ml ao dia e a oferta de água através da dieta é de 770ml, é necessário a reposição hídrica de mais 1330ml. Poderia ser distribuída assim: 50ml de água antes da administração da dieta e 50ml após a administração da dieta. E após 1h e meia administrar mais 170ml de água. Obs: 0,9 a 1,2kca/ml – 80-86% 1,3-1,5kcal/ml – 76-78% > 1,5kcal – 69-71% 4. Como orientar a família em relação aos cuidados com a sonda e administração da dieta? ✓ Verifique sempre o prazo de validade da dieta; ✓ Separe todo o material que será utilizado. Siga sempre as orientações que lhes foram dadas no hospital; ✓ O frasco de dieta e o abridor de garrafas devem ser limpos com um pano limpo umedecido em álcool 70%, antes de sua abertura; ✓ Lave bem as mãos com água e sabão antes de iniciar o preparo; ✓ Observe se a sonda está bem fixada no nariz do paciente; ✓ A dieta que será administrada no paciente deve estar em temperatura ambiente; ✓ A dieta deve ser sempre administrada lentamente para evitar qualquer problema (diarréia, gases, náuseas e vômito), se a sonda estiver no estômago do paciente, o volume de um horário deve correr em 1h, se a sonda estiver no intestino, a velocidade deve ser mais lenta, ou seja, o volume de um horário deve correr em 1h30min; ✓ O nutricionista/ médico responsável pelo tratamento e alta deve ter determinado qual o volume de dieta enteral que será usado e os horários para administração; ✓ Os horários para administração da dieta são semelhantes aos horários das refeições normais: café da manhã, almoço, jantar, ceia e lanches. Por exemplo, de 3 em 3horas: 6h, 9h, 12h, 15h,18h, 21h. Estes horários podem ser ajustados à rotina da família; 21 ✓ Para receber a dieta o paciente deve estar sentado no leito, formando um ângulo de 45° (no mínimo) em relação à cama. Ele deve ficar nesta posição durante o recebimento da dieta e por mais 30 minutos após o término dela. Esta posição é extremamente importante, pois impede que o paciente se engasgue com a dieta e que ela se dirija ao pulmão; ✓ Se o paciente apresentar náusea, tosse excessiva, dificuldade respiratória ou qualquer alteração, suspenda imediatamente a dieta e entre em contato com o médico para orientação; ✓ Limpe diariamente a parte externa da sonda com gaze, água e álcool a 70% ou sabonete suave. Seque bem; ✓ Cuidado para não puxar a sonda acidentalmente. Caso haja saída ou entupimento, ela deverá ser trocada pelo médico. No caso de entupimento da sonda ou saída acidental, procure ajuda médica. Nunca tente reintroduzir a sonda sozinho. 22 ESTUDO DE CASO 4 1. Calcule os seguintes dados da avaliação antropométrica: I. Estimativa da altura Mulher = 84,88 – (0,24 x idade) + (1,83 x altura do joelho (cm)) Mulher = 84,88 – (0,24 x 70) + (1,83 x45) Mulher = 84,88 – 16,8 + 82,35 Mulher = 150 cm A altura da paciente está estimada em 1,50 m. II. Estimativa do peso Mulher = (1,27 x CP) + (0,87x AJ) + (0,98x CB) +(0,4 x PCSE) - 62,35 Mulher = (1,27 x 31) + (0,87x 45) + (0,98x 27) +(0,4 x 16) - 62,35 Mulher = (39,37) + (39,15) + (26,46) +(6,4) - 62,35 O peso estimado da paciente é de 49,03 Kg. III. Cálculo do peso ideal Peso ideal = IMC desejável x altura2 (m) Peso ideal = 24,5 x 1,50 Peso ideal = 55,12 Kg O peso ideal para a paciente é de 55,12 Kg. IV. IMC IMC = 𝑃𝐴 𝐴2 IMC = 49,03 1,502 IMC = 21,79 O IMC classifica-se como magreza ou baixo peso. V. Circunferência do braço e sua adequação – CB(%) 23 Adequação CB (%)= CB obtida (cm) percentil 50 (30,3) x 100 Adequação CB (%): 27 percentil 50 (30,3) x 100 Adequação CB (%): 89,10 % A paciente se encontra em desnutrição leve. VI. Adequação da PCT (%). Adequação PCT (%) = PCT obtida (cm) percentil 50 (24) x 100 Adequação PCT (%) = 16 percentil 50 (24) x 100 Adequação PCT = (%): 41,66 % A paciente se encontra em desnutrição grave. VII. Circunferência muscular do braço e sua adequação – CMB (%). CMB = CB – 0,314 x 10 CMB = 23,86 Adequação CMB (%) = CMB obtida (cm) percentil 50 (34,3) x 100 Adequação CMB (%) = 23,86 percentil 50 (34,3) x 100 Adequação CMB (%)= 69,56% A paciente se encontra em desnutrição grave. 2. A avaliação subjetiva global foi realizada através da Mini Avaliação Nutricional (MAN) e o resulto da avaliação da paciente somou 18 pontos, de acordo com esta pontuação qual o estado nutricional desta paciente? De acordo com o resultado do MAN a paciente está sob risco de desnutrição. A paciente se encontra entre 17 a 22, sendo considerada a desnutrição leve ou moderada. 24 3. Com os dados da avaliação antropométrica e da MAN faça o diagnóstico nutricional da paciente. ✓ A avaliação antropométrica foi realizada a partir da altura do joelho e da circunferência do braço a partir das quais se calculou a estimativa do peso e da altura do paciente; ✓ A paciente apresentou um peso atual estimado de 49,03 Kg, porém o cálculo do peso ideal indicou que a paciente deveria pesar 55,12 Kg apresentando assim peso abaixo do ideal; ✓ O IMC foi de 21,79 Kg/m2 classificando-a como baixo peso. O cálculo da adequação da CB apresentou desnutrição leve, da PCT apresentou desnutrição grave e a adequação da CMB apresentou desnutrição grave; ✓ A paciente obteve 18 pontos na MAN, constando que a paciente está sob o risco de desnutrição; ✓ Dessa forma, a partir de todos os dados obtidos foi possível diagnosticar que a paciente está com desnutrição (risco nutricional). 4. Sobre os medicamentos que a paciente está em uso - AAS, omeprazol, sinvastatina e captopril: a) Descreva a classe que estes medicamentos pertencem. ✓ AAS: Analgésico, anti inflamatório e antipirético; ✓ Omeprazol: Inibidor da bomba de próton que reduz a secreção gástrica; ✓ Sinvastatina: Agente hipolipemiante que pertence à classe das estatinas, reduz LDL e triglicerídeos e aumenta HDL; ✓ Captopril: Inibidor da enzima conversora da angiotensina I (ECA I), sua principal indicação é para tratamento de hipertensão arterial e alguns casos de insuficiência cardíaca. b) Interação droga nutriente. ✓ AAS: O AAS reduz as reservas de vitamina K e aumenta a excreção renal de tiamina e ácido fólico, bem como a excreção urinária de aminoácidos. Além disso, pode reduzir a absorção e aumentar a excreção de vitamina C. Em https://pt.wikipedia.org/wiki/Enzima_conversora_da_angiotensina https://pt.wikipedia.org/wiki/Hipertens%C3%A3o_arterial https://pt.wikipedia.org/wiki/Insufici%C3%AAncia_card%C3%ADaca 25 contrapartida, leite e vegetais atuam modificando o pH gástrico, diminuindo a absorção do fármaco. Portanto, seria recomendado administrar o medicamento com estômago vazio ou no intervalo das refeições; ✓ Omeprazol: o omeprazol pode causar diminuição na absorção de ferro e vitamina B12, dessa forma é recomendado ingerir o medicamento 30 – 60 minutos antes das refeições; ✓ Sinvastatina: A sinvastatina pode ser ingerida sem considerar a alimentação. No entanto, o medicamento pode provocar uma redução significativa na coenzima Q10 e deve se evitar erva de São João que pode diminuir sua biodisponibilidade; ✓ Captopril: O captopril deve ser administrado em jejum 1-2 horas antes ou após as refeições, uma vez que quando tomado com alimentos a sua absorção é reduzida de 30 a 50%, além disso esse medicamento pode reduzir a absorção do ferro. Este medicamento também possui alguns efeitos colaterais que podem interferir na alimentação do paciente, como: hipercalemia, perda do apetite, disgeusia e ageusia, etc. 5. A paciente apresenta hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus tipo 2 com prescriçãode uma dieta hipocalórica. Está prescrição está correta? Justifique. A dieta prescrita deveria ser normocalórica e hipossódica. Levando em consideração que se trata de uma paciente em risco de desnutrição não poderia ter sido prescrita uma dieta hipocalórica. 6. Quais estratégias nutricionais podem ser utilizadas para prevenir um Acidente Vascular Cerebral? ✓ Alimentar-se com uma dieta balanceada; ✓ Aumentar a ingestão de frutas, vegetais e cereais integrais; ✓ Incluir alimentos ricos em antioxidantes, como: açafrão, azeite de oliva, frutas vermelhas e roxas, frutas cítricas, etc; ✓ Limitar a ingestão de sódio proveniente de saleiro, carnes industrializadas, embutidos, conservas, etc; ✓ Incluir ácidos graxos ômega-3 nas refeições regularmente (peixes de mar, linhaça, etc); 26 ✓ Reduzir o consumo de gorduras saturas e trans; ✓ Atingir e manter um peso corporal adequado. Evitar obesidade; ✓ Manter os níveis de colesterol total, triglicerídeos e LDL dentro da faixa de normalidade; ✓ Reduzir o consumo de açúcares; ✓ Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas. 27 ESTUDO DE CASO 5 1. Faça avaliação nutricional e calcule as necessidades em relação à doença. Cálculo do IMC atual IMC = 𝑃𝐴 𝐴2 IMC = 49,5 1,652 IMC ATUAL:18,19 Desnutrição leve. Cálculo do IMC usual IMC = 𝑃𝐴 𝐴2 IMC = 55 1,652 IMC USUAL:20,22 Eutrofia. Cálculo o peso ideal pelo IMC Peso Ideal (PI) = IMC desejado x A2 Peso Ideal (PI) = 21,7 x 1,652 Peso Ideal (PI) = 59 kg (Peso ideal para o paciente) Adequação da CB (%) Adequação CB (%)= CB obtida (cm) percentil 50 (30,3) x 100 Adequação CB (%) = 22 percentil 50 (26,8) x 100 Adequação CB (%) = 82,08% Desnutrição leve. Cálculo da mudança de peso 28 %PP = (𝑃𝑈−𝑃𝐴) 𝑃𝑈 X100 %PP = (55−49,5) 55 X100 %PP = 10% Perda grave de peso. Circunferência muscular do braço e sua adequação – CMB (%) CMB = CB – 0,314 x PCT CMB = 22 – 0,314 x 4 CMB = 20,74 Adequação CMB (%) = CMB obtida (cm) percentil 50 (34,3) x 100 Adequação CMB (%) = 20,74 percentil 50 (20,7) x 100 Adequação CMB (%)= 100% Eutrofia. Área muscular do braço e sua adequação – AMB (%) AMB (cm2) = [𝐶𝐵 (𝑐𝑚)− 𝜋 𝑥 𝑃𝐶𝑇 (𝑚𝑚)÷10]2 4𝜋 – 10 AMB (cm2) = [22−3,14 𝑥 4 ÷10]2 12,56 – 10 AMB (cm2) = 34,28 – 10 AMB (cm2) = 24,28 cm2 Eutrofia. Adequação AMB (%) = AMB obtida (cm) percentil 50 x 100 Adequação AMB (%) = 24,28 28,3 x 100 Adequação AMB (%) = 85,79% Área de gordura do braço – AGB 29 AGB (cm2) = 𝐶𝐵 (𝑐𝑚) 𝑥 [ 𝑃𝑇 (𝑚𝑚) ÷10] 2 − 𝜋 𝑥 [𝑃𝐶𝑇 (𝑚𝑚)÷10]2 4 AGB (cm2) = 22 𝑥 [0,4] 2 − ~3,14 𝑥 [0,4]2 4 AGB (cm2) = 8,8 2 − −0,502 4 AGB (cm2) = 4,27 cm2 Baixa reserva de tecido adiposo. Adequação AGB (%) = AGB obtida (cm) percentil 50 x 100 Adequação AGB (%) = 4 18,5 x 100 Adequação AGB (%) = 21,62% Desnutrição grave. Cálculo necessidade estimada de energia EER = 655 – (9,6 × P) + (1,7 × E (cm)) – (4,7xI) EER = 662 +528 + 280,5 - 98,7 EER = 1364,8 kcal/dia 2. Qual a conduta nutricional e a melhor forma de alimentação desta paciente? A TN tem como objetivo corrigir a desnutrição e a deficiência de nutrientes e reverter suas consequências metabólicas e patológicas. ✓ Tratamento na fase aguda: • Não são observadas vantagens no uso de TNP, TNE ou dieta oral em pacientes com colite da DC, o indicado seria manter o doente com TNP e jejum oral, para garantir repouso intestinal; • O uso combinado da TNE e drogas está indicado em pacientes desnutridos, assim como em pacientes com estenose do intestino; • A taxa de remissão com a TNE exclusiva é alta, independentemente da fórmula, mas os corticosteroides são mais efetivos em induzir remissão; • A TNP não deve ser usada como tratamento primário em paciente com DC ativa. 30 ✓ Tratamento de manutenção: • O uso de suplemento nutricional oral em complemento à dieta habitual é seguro, bem tolerado e efetivo na manutenção da remissão na Doença de Crohn; • A TNE suplementar pode ser efetiva na manutenção da remissão na Doença de Crohn; • A TNP não é recomendada para manutenção da remissão; • Nos casos de pacientes com inflamação intestinal persistente, como naqueles dependentes de corticoidoterapia, é recomendado o uso de suplemento nutricional oral. Tabela 11 - Alimentos recomendados e evitados conforme a atividade da doença GRUPOS ALIMENTOS FASE ATIVA FASE REMISSÃO CONSUMIR EVITAR CONSUMIR EVITAR Vegetais Cenoura, chuchu, abóbora, batatas, aipim, inhame. Todos sem casca e cozidos. Todos os outros, principalmente os verdes crus ou cozidos. Todos. Os que causam mais flatulência, se o paciente não tolerar. Leguminosas Caldos. Grãos. Todos. Colocar carnes, bacon e linguiças como temperos Frutas Banana, maçã e pera sem casca, goiaba e pêssego sem casca e sem caroços. Todas as outras, inclusive as secas. Todos Evitar excessos de açaí e coco. Cereais Brancos ou refinados. Integrais. Todos Nenhum, em princípio. Leite e derivados Leites de soja light, Iogurte de soja light, Leites baixo teor de lactose desnatados ou semi-desnatados e queijos brancos magros (avaliar tolerância). Leite de vaca comum integral, iogurte comum queijos amarelos. Todos os desnatados ou light. Evitar excessos dos gordurosos. Pode-se restringir lactose se intolerância ou flatulência excessiva. 31 Gorduras Margarinas light/ Creme vegetal, azeite e óleo vegetal em pouca quantidade – preferir assar, grelhar ou cozinhar os alimentos Excessos Todos Excessos de gorduras e frituras. Carnes e ovos Carnes magras, frango sem pele, peixe (filé), ovo (gema – 03 vezes na semana), blanquet de peru light. Carnes gordas, linguiças, defumados, vísceras, embutidos, frutos do mar. Todos Ingerir os muito gordurosos com moderação. Açúcar e doces Adoçantes e gelatina diet. Açúcar, mel, melado Todos Excessos. Temperos Alho, cebola, sal e ervas naturais em pouca quantidade, molho de tomate feito em casa (sem pele e sem semente) ou polpa de tomate. Pimenta, tempero prontos, mostarda, ketchup, choro, molho de tomates pronto. Alho, cebola sal e ervas naturais em maior quantidade. Pimenta, tempero prontos, mostarda, ketchup, shoyu.
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