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UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: NUTRIÇÃO DISCIPLINA: NUTRIÇÃO CLÍNICA NOME DO ALUNO: JACKELINE DE OLIVEIRA BASSO R.A: 0422016 POLO: ERCÍLIA DATA: 03/06/2023 1 INTRODUÇÃO: Nutrição clínica é um campo da nutrição que trata sobre diversas doenças e distúrbios do corpo por meio da alimentação. É ela quem garante que todos recebam as quantidades essenciais de vitaminas, minerais, proteínas, lipídios e carboidratos. Essa ingestão ocorre através da alimentação hospitalar, que, quando de qualidade, atende às necessidades nutricionais dos pacientes do hospital. Outro papel de grande importância da nutrição clínica é zelar para que os pacientes que não conseguem finalizar todas as refeições se mantenham nutridos, evitando que seu quadro se agrave devido à ingestão insuficiente de nutrientes. Entre as diversas enfermidades que carecem de acompanhamento nutricional rigoroso para evolução e melhora do quadro do paciente, podem-se destacar: diabetes mellitus, obesidade, doença celíaca, desnutrição, dislipidemias (hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia), cirrose hepática, fenilcetonúria, insuficiência renal – doença aguda e crônica, hipertensão arterial, hiperuricemia (gota), cardiopatias, constipação intestinal, entre outras. É realizado um exame individual onde são avaliadas: a condição nutricional do paciente; todas as necessidades e exigências nutricionais são levantadas por meio de uma avaliação completa feita pelo profissional nutricionista; desenvolve-se uma estratégia nutricional; calcula- se a energia e os nutrientes necessários para o equilíbrio nutricional do paciente; decide-se como essa energia e nutrientes serão administrados, se por suplementos ou alimentação, por exemplo; a terapia nutricional é aplicada. Sendo assim, perante os problemas de saúde que a população sofre devido à má alimentação, a nutrição clínica surge como uma maneira de contribuição na melhora dos resultados tanto em pacientes clínicos quantos hospitalares. Pois, a alimentação balanceada e com todos os nutrientes necessários, proporciona uma série de benefícios. 2 Disciplina: Nutrição Clínica Aula 1 Aula Prática: Dietas Hospitalares especiais e Suporte nutricional enteral Roteiro 1 Objetivo: Conhecer dietas hospitalares especiais e porções. Obs.: Cada grupo ficou responsável por preparar cada uma das dietas descritas no relatório. O meu grupo é o 02. Considerando o cardápio abaixo, elaboramos as preparações das dietas, de acordo com os grupos. CARDÁPIO: (grupo 1) Salada de acelga e cenoura ralada (grupo 2) Iscas de carne aceboladas (grupo 3) Batatas coradas (grupo 4) Arroz simples (grupo 5) Banana (grupo 6) Suco de laranja Grupo 1 Salada de acelga e cenoura ralada. Na produção da salada de acelga, houve um caso de segurança alimentar, por este motivo a primeira acelga foi desprezada totalmente, na segunda de 488 g de acelga e desprezou 226 g. IPC da acelga e da cenoura: IPC = PB / PL = 488 / 262 = 1,8 g acelga IPC = PB / PL = 446 / 410 = 1,08 g cenoura 3 Grupo 2 Iscas de carne acebolada. Pesamos e cortamos a carne em tiras, cortamos ½ cebola em fatias, adicionamos óleo na frigideira para cozinhar as tiras de carne e cebola, adicionamos um pouco de sal. Peso do alimento cru: - alcatra 108 g - ½ cebola 94 g - 6 g de óleo Total = 208 g IC = Peso alimento cozido = 144 g Peso alimento cru 208 g IC = 0,69 4 Grupo 3 Batatas coradas O grupo 3 pesou as batatas com casca, depois descascou cortou em cubos, acrescentou 3 colheres de azeite e assou por aproximadamente 1 hora. IPC da batata corada: IPC = PB / PL = 514 / 448 = 1,14 g IC da batata corada: IC = Peso alimento cozido = 228 g Peso alimento cru 448 g IC = 0,50 5 Grupo 4 Arroz para dieta hipossódica 6 O grupo 4 fez o arroz para dieta hipossódica, a qual não contem sal, por isso usaram sal de ervas. IC = Peso alimento cozido = 550 g Peso alimento cru 240 g IC = 2,29 Grupo 5 Arroz para dieta pastosa O grupo 5 fez o arroz papa para a dieta pastosa. IC = Peso alimento cozido = 724 g Peso alimento cru 152 g IC = 4,76 Grupo 6 Técnica para redução do potássio 7 O grupo 6 usou a técnica para redução de potássio, utilizada para pacientes com problema renal crônico ou agudo, essa técnica consiste em cozinhar todos os alimentos inclusive as frutas, alguns alimentos precisa passar pelo cozimento 3 vezes despresando a água sempre. IPC da batata: IPC = PB / PL = 282/ 290 = 0,97 g IPC da banana: IPC = PB / PL = 282/ 290 = 0,97 g O grupo 6 tambem preparou um suco laxante, indicado para paciente com constipação. IPC do suco: IPC = PB / PL = 480,40/ 276,9 = 1,73 g Quadro das Porções: Dieta Hipoproteica Dieta Hipossódica Preparações Med. caseiras (g) Med. caseiras (g) Acelga 2 xícaras de chá 39,3 2 xícaras de chá 39,3 Cenoura 2 colheres de sopa 16 2 colheres de sopa 16 Carne 80 50 Batata ½ xícara de chá 52,8 ½ xícara de chá 105,6 Arroz ½ xícara de chá 47,1 ½ xícara de chá 94,2 Suco Laxante 01 copo americano 180mL 01 copo americano 180mL 8 Disciplina: Nutrição Clínica Aula 1 Aula Prática: Dieta de Rotina Roteiro 2 OBJETIVO: praticar a elaboração de um cardápio envolvendo dietas hospitalares. EXERCÍCIO: Você é nutricionista responsável pelo Serviço de Nutrição de um hospital e deverá organizar o manual de dietas do setor, que ainda não possui padronização para elaboração dos cardápios ou para o preparo das refeições. O manual a ser elaborado deverá ter todas as dietas de rotina: geral, branda, pastosa, pastosa cremosa, leve e líquida. Considerando a otimização dos funcionários para realizar o pré-preparo e preparo e a sobra dos alimentos, elabore o cardápio (com todas as dietas) para o almoço dos pacientes, completando a tabela abaixo: DIETA/ REFEIÇÃO ALMOÇO GERAL Salada crua (cenoura ralada - 35g, alface - 50 g) Arroz Feijão Isca de carne Legumes (chuchu, beterraba, batata) 1 maçã Suco de uva integral BRANDA Macarrão Filé de frango grelhado Abobrinha refogada Salada de frutas macias Suco de laranja PASTOSA Purê de batata Molho de carne moída Sagu Suco de maracujá PASTOSA CREMOSA Caldo de abóbora Frango desfiado Creme de papaia Suco de goiaba LEVE Sopa de cereais Espinafre com carne bem cozida Banana assada com canela Suco de acerola LÍQUIDA Caldo de legumes (batata, cenoura, chuchu) e frango Gelatina Suco de pêssego 9 Disciplina: Nutrição Clínica Aula 1 Aula Prática: Terapia Nutricional Enteral – Caso clínico Roteiro 3 OBJETIVO: Conhecer o cálculo de uma dieta enteral. Caso clínico: S.M.T., 64 anos, do sexo feminino, 63 kg, 163 cm, é acompanhada por um serviço de Home Care, após ter sido diagnosticada com síndrome demencial há 11 meses. Sua cuidadora relatou engasgos frequentes durante a alimentação que conforme orientação é pastosa cremosa. Após avaliação fonoaudiológica foi indicada a implementação do suporte nutricional enteral. A paciente foi encaminhada ao serviço de saúde para colocação da sonda em posição gástrica. Foi indicada uma dieta padrão normocalórica, normoproteica com densidade calórica 1,2 Kcal/ml. A paciente não ficou internada e a dieta será introduzida em casa com suporte da equipe multidisciplinar. a)Você deverá orientar a introdução e evoluçãoda dieta. Calcule o volume inicial considerando que em casa a paciente irá receber a dieta em sistema aberto, cinco vezes ao dia e sua necessidade energética é de 30 Kcal/dia. Oriente como deve ser realizada a evolução do volume e qual deverá ser o volume final da dieta. R: Dieta enteral – nasogástrica 30 x 63 = 1890 Kcal / dia 1890 / 1,2 = 1575 Kcal ≅ 1600 Kcal 5 vezes ao dia - 315 final diária Volume inicial diário = 50 mL por refeição Total diária = 250 mL 1º dia = 5 x 50 mL = 250 mL 2º dia = 5 x 100 mL = 500 ml 3º dia = 5 x 150 mL = 750 mL 4º dia = 5 x 200 mL = 1000 mL 5º dia = 5 x 250 mL = 1250 mL 6º dia = 5 x 300 mL = 1500 mL 10 7º dia = 5 x 300 mL = 900 mL 5 x 350 mL = 700 mL Total = 1600 mL / dia. b) Após 3 meses sua cuidadora relata que quando a dieta é administrada a paciente apresenta distensão abdominal. Quando você questiona como a dieta está sendo armazenada e administrada a cuidadora relata colocar a dieta em refrigeração no frasco e em seguida, no horário, retirar da geladeira e administrar à paciente. Por que está ocorrendo tal complicação e qual orientação deve ser realizada para que não ocorra novamente? R: A dieta deve ser administrada em temperatura ambiente e não gelada. E a administração e o gotejamento devem ser feitos de forma lenta, a fim de diminuir a distenção abdominal. 11 Disciplina: Nutrição Clínica Aula 1 Aula Prática: Terapia Nutricional em disfagia – Caso clínico Roteiro 4 OBJETIVO: desenvolver prescrição e orientação nutricional para um paciente com disfagia. Caso clínico: Paciente do sexo masculino, 62 anos, 167 cm, 65 kg; é internado com rebaixamento do nível de consciência, após avaliação clínica é diagnosticado AVC com comprometimento da deglutição (disfagia moderada). a) Foi verificada baixa ingestão alimentar. Após avaliação clínica, a hipótese diagnóstica foi de disfagia moderada. Considerando o quadro clínico do paciente, qual será a prescrição da dieta? Descreva a composição do cardápio que será oferecido no café da manhã e no almoço. R: A dieta a ser servida é pastosa cremosa. Café da manhã = mingau de amido e purê de banana e maçã. Almoço = caldo de mandioquinha com frango desfiado; smothie de frutas vermelhas com espessante; suco de uva verde com espessante. b) Após 15 dias de internação, o paciente apresenta melhora, sendo diagnosticada disfagia leve. Neste caso a prescrição da dieta deverá ser alterada? Se houver mudança, qual será a nova prescrição? Descreva a composição do cardápio (café da manhã e almoço) que será oferecido nesta fase do tratamento. c) R: Sim, a dieta passa a ser pastosa. Café da manhã = café com leite com espessante; biscoito água e sal; creme de ricota; maçã cozida cortada em cubos pequenos. Almoço = polenta cremosa e carne moída; sobremesa: sagu com suco de maracujá; suco de pêssego com espessante. 12 Disciplina: Nutrição Clínica Aula 2 Aula Prática: Terapia Nutricional em Obesidade – caso clínico Roteiro 1 OBJETIVO: elaborar a prescrição e a orientação para um paciente obeso. Caso clínico: V.T., sexo feminino, 28 anos, 174 cm, 112 kg, circunferência da cintura 98 cm, é encaminha para orientação nutricional, pois procurou o médico com intuito de realizar a cirurgia bariátrica. Relata não conseguir emagrecer, apesar de já ter feito diversas dietas, sem orientação nutricional. De acordo com sua história, desde a infância apresentava peso acima do adequado. Considere: Para mulheres de peso normal (eutróficas) ou obesas: TMB = 247 – (2,67 x idade) + (401,5 x altura em metros) + (8,6 x peso) (DRI, 2002) EER = 354 – (6.91 x idade) + {PA x [(9.36 x peso) + (726 x estatura)]} (DRI, 2002) NAF: 1,0 IMC = 112 / 1,742 = 112 / 3,02 = 37,08 Kg - obesidade grau II TMB = 247 – (2,67 x 28) + (401,5 x 1,74) + (8,6 x 112) TMB = 247 – (74,76 + 698,61 + 963,2) TMB = 247 – 1736,57 TMB = 1489,57 EER = 354 – (6,91 x 28) + 1 x [(9,36 x 112) + (726 x 1,74)] EER = 354 – 193,48 + 1 x (1048,32 + 1263,24) EER = 354 – 193,48 + 2311,56 EER = 2472,08 Kcal a) A paciente apresenta indicação para realizar a cirurgia. Explique sua resposta. R: IMC = 37,0 - Sim a paciente tem indicação para realizar a cirurgia, devido às comorbidades que apresenta. 13 b) O médico opta por encaminhar a paciente para orientação nutricional. Qual a prescrição dietética? R: Dieta geral, hipocalórica, normolipídica, normoproteica, normoglicídica, hipossódica, rica em fibras solúveis. c) Calcule a necessidade calórica e a quantidade máxima e mínima dos macronutrientes recomendada. R: EER = 2472,08 – 500 = 1972,08 Kcal. CHO 55% = 1084,64 PTN 20% = 394,41 LIP 25% = 493,02 d) Explique detalhadamente a prescrição dietética proposta. R: Dieta geral, hipossódica, hipocalórico, mornoproteica, normolipídica e normoglicídica. Aumentar o consumo de fibras solúveis por conta dos altos níveis de colesterol e optar por alimentos com baixo índice glicêmico. e) Após 1 ano de acompanhamento a paciente conseguiu emagrecer 3 quilos, será indicada a realização da cirurgia bariátrica? Explique detalhadamente sua recomendação. R: Sim, porque a paciente continua com IMC acima de 35 e com comorbidades. f) Caso a cirurgia seja indicada, como deverá ser a alimentação nos primeiros 2 meses após a realização da cirurgia? Explique detalhadamente. R: A dieta pós-operatória imediata deve enfatizar a hidratação e a ingestão de proteínas. Ao receber a alta hospitalar, o nutricionista deverá prescrever um plano dietoterápico gradual de reintrodução alimentar com um consumo energético inicial entre 300 e 350 kcal/dia, evoluindo até 700 kcal/dia na terceira semana. Atenção especial deverá ser dada à mastigação, fazendo com que o alimento se torne pastoso na boca, assim como em relação à quantidade de alimentos a serem consumidos, evitando-se refeições volumosas e hipercalóricas. Essa dieta deve ser oferecida em horários regulares, respeitando o volume de 50 mL, de duas em duas horas, composta por alimentos líquidos e coados (ex.: água, líquidos claros e bebidas sem açúcar) durante a primeira semana, evoluindo para 100 mL de alimentos pastosos na segunda semana de pós-operatório, e para 150 mL ou 3 colheres de sopa de alimentos sólidos na terceira semana. O objetivo dessa evolução é evitar complicações como náuseas e vômitos, entretanto, essa ingestão reduzida conduz a necessidade de suplementação de vitaminas e sais minerais. 14 Disciplina: Nutrição Clínica Aula 2 Aula Prática: Terapia Nutricional em Doença Cardiovasculares Roteiro 2 OBJETIVO: elaborar a prescrição dietética e orientação nutricional para pacientes portadores de DCV. Calcular a quantidade de sódio da alimentação. Caso clínico: R.C.J., sexo masculino, 58 anos, 176 cm, 82 kg, foi internado, pois apresenta dificuldade de controlar a pressão arterial. No histórico relata doença cardiovascular. a) Elabore uma prescrição dietética e calcule a necessidade energética e dos macronutrientes para este paciente. R: Dieta geral: é uma dieta básica; destina-se a pacientes cuja condição clínica não exige modificações dietéticas. É um tipo de dieta elaborada com todos os alimentos normalmente acessíveis ao indivíduo e segundo sua preferência, com qualquer consistência, sem restrições e tem por finalidade fornecer calorias e nutrientes nas quantidades diárias recomendadas. 662 – (9,53 x 58) + 1,11 x ( 15,91 x 82) + 5396 x 1,76) 662 – 552,74 + 1,11 x (1304,62 + 949,69) 662 – 552,74 + 1,11 x 2254,31 662 – 552,74 + 2502,28 2611,54 Kcal 2611,54 – 500 = 2111,54 CHO = 45 a 65 % = M = 55% PTN = 10a 35 % = M = 20 % LIP = 20 a 35 % = M = 25% Sobrepeso - IMC = 26,53 Kg/m2 CHO = 1161,34 Kcal PTN = 422,30 Kcal LIP = 527,88 Kcal Total = 2111,54 Kcal b) Explique detalhadamente as características da prescrição. R: Dieta geral, hipossódica, hipocalórica, normoproteica, normoglicídica, normolipídica, fibras solúveis. 15 c) Calcule a quantidade de sódio (em mEq) que o paciente irá receber considerando que a dieta tenha 548 mg de sódio intrínseco e será oferecido 2 g de sal para adicionar nas refeições. R: 400 mg + 400 mg + 548 mg = 1348 mg 1348 / 23 = 58,60 mEq. d) Após 5 dias de internação, o paciente apresenta melhora e recebe alta. Como será a orientação de alta para este paciente? Elabore um cardápio com uma lista de substituições para entregar ao paciente. R: Sexo: masculino Idade: 58anos Peso atual: 82Kg Altura: 1.76m Classificação do IMC: sobrepeso (26,53) Peso ideal: 67,98 Adequação de peso: superior a 115% Peso ajustado: 76,49 kg. IDR de água: 2,8 litros de água por dia. Café da manhã / lanche da tarde: pão integral + fatia média queijo minas ou ricota; 1 copo de 200 ml de vitamina de morango e banana com leite desnatado e sem açúcar; sucos detox e diurético. Ou pão funcional de frigideira (opções de recheio próximo a receita) + café preto com pouco açúcar. Substituir o açúcar refinado por demerara ou mascavo. Adoçantes: xilitol ou Stévia. Ou pizza de pão de forma integral + 1 fatia fina de queijo mussarela ou minas + 1 fatia de tomate + orégano e pimenta; suco de maracujá ou limão com pouco açúcar. Substituir por café ou leite desnatado. Ou ambos! Ou sanduíche colorido de pão integral + pasta de frango e alface; sucos naturais: laranja, maracujá, limão, melancia; iogurte desnatado ou semi- desnatado com frutas e granola (morango, banana) ou (mamão, morango e laranja) + 1 fio de mel e granola para finalizar, 2 colheres de sopa rasa; mingau de aveia com leite desnatado. Ou bolo fit de cacau e aveia. Ou vitamina de abacate e leite desnatado pouco adoçado. Opte por um fio de mel. Quantidade do abacate cerca de 60g (2 pedaços pequenos). Almoço / jantar (proteínas: peixe, frango, carne magra – tipo patinho): 3 colheres de sopa de arroz, 1/2 concha de feijão, peito de frango sem pele grelhado, salada de legumes cozidos ou a vapor (cenoura, chuchu, beterraba, abobrinha, brócolis, couve flor) escolha alguns. Sempre ao lado das refeições coloque uma tigela com folhas verdes com azeite e limão, sem sal. Pode adicionar tomate e cebola, se quiser. Ou macarrão integral ou normal com molho de tomate caseiro, bolonhesa com patinho moído e pouca adição de gordura (ao refogar dê preferência ao azeite de oliva). Ou fritada de abobrinha e tomate, arroz e feijão. Cerca de 3 colheres de sopa e ½ concha pequena de feijão. Acompanhado da tigela de alface ou repolho ou acelga. Tempere com azeite e limão, sem sal. Ou peixe crocante assado. Pode substituir por frango. Opções de acompanhamento: arroz, feijão, macarrão integral com molho de tomate, salada de legumes cozidos ou a vapor com o peixe ou frango; macarrão integral com molho branco e camarões. Ou guacamole de abacate + peito de frango sem pele grelhado e tigela de salada verde. Ou sopas e cremes. 16 Disciplina: Nutrição Clínica Aula 2 Aula Prática: Terapia Nutricional na Síndrome metabólica Roteiro 3 e úlcera gátrica – Caso clínico OBJETIVO: elaborar a prescrição dietética e a orientação nutricional com SM e úlcera gástrica. Caso clínico: Você atende no consultório, V.L.N., sexo feminino, 52 anos, 168 cm, 75 kg. Na história clínica relata ter úlcera, DM e hipotireoidismo há 6 meses, na avaliação do inquérito alimentar você verifica consumo frequente de doces e frituras. Faz uso de insulina NPH e R duas vezes ao dia, antes do café da manhã e às 16h. A paciente relata ter aumentado o seu peso no último ano (aproximadamente 12 kg). a) De acordo com o quadro clínico e nutricional apresentado, qual a prescrição da dieta? R: IMC = 26,6 Dieta branda, hipocalórica, normoproteica, normolipídica, normoglicídica, hipossódica, rica em fibras. Aqui se recomenda a dieta branda por se tratar de uma dieta de transição. Apresenta níveis moderados de celulose que irão facilitar a digestão e diminuir o tempo em que esta será realizada. b) Calcule a necessidade de energia e de macronutrientes. R: TMB = 255 – (2,35 x 52) + [(361,6 x 168) + (9,39 x 75) TMB = 255 – 122,2 + 607,48 + 704,25 TMB = 255 – 1433,93 TMB = 1178,93 EER = 354 – (6,91 x 52) + 1,12 x (9,36 x 75) + 726 x 1,68 EER = 354 – 359,32 + 1,12 x (702 + 1219,68) EER = 354 – 359,32 + 1,12 x 1921,68 EER = 354 – (359,32 + 2152,28) EER = 2149,96 Kcal 2149,96 – 500 = 1646,96 Kcal c) Descreva e explique detalhadamente a prescrição dos macro. 17 R: 20% PTN = 329,39 Kcal = 82,35 g 25% LIP = 411,74 Kcal = 45,75 g 55% CHO = 905,83 Kcal = 226,46 g Total = 1646,95 Kcal Evitar bebidas cafeínadas, chocolates, pimentas e refrigerantes, pois são estimulantes da secreção gástrica. Não consumir alimentos muito quente. d) Após 3 meses de acompanhamento, você verifica algumas alterações no quadro clínico. Como deve ser a prescrição da dieta? R: A prescrição permanece a mesma antes dos três meses de tratamento. e) Descreva e explique detalhadamente a prescrição dos macro. R: 20% PTN = 329,39 Kcal = 82,35 g 25% LIP = 411,74 Kcal = 45,75 g 55% CHO = 905,83 Kcal = 226,46 g Total = 1646,95 Kcal Evitar bebidas cafeínadas, chocolates, pimentas e refrigerantes, pois são estimulantes da secreção gástrica. Não consumir alimentos muito quente. 18 Disciplina: Nutrição Clínica Aula 2 Aula Prática: Terapia Nutricional nas doenças gástricas e intestinais Roteiro 4 OBJETIVO: elaborar a prescrição dietética e a orientação nutricional para pacientes com doença celíaca. Caso clínico: Paciente M.R.J., sexo masculino, 12 anos, é encaminhado ao consultório de nutrição para orientação após diagnóstico de doença celíaca e de 4 a 6 episódios de evacuação com fezes semilíquidas por dia. Na avaliação nutricional apresentou peso para altura abaixo do P15. a) Como deve ser a prescrição dietética considerando o quadro clínico apresentado? R: Dieta de consistência branda, sem resíduos, sem açúcar, sem lactose (por conta do quadro de diarreia), sem fibras, normocalórica, normoproteica, normoglicídica, hipolipídica, sem glúten. b) Descreva e explique detalhadamente a prescrição dos macro e micronutrientes. R: Dieta de consistência branda; fibra solúvel, menos de 20 g; 5 a 6 refeições por dia; hipolipídica, menos de 20% do VET para cessar a diarreia; mais de 2 litros de água por dia c) Elabore uma orientação nutricional para o paciente e para a mãe da criança que será responsável pelo preparo das refeições. R: Orientar a mãe sobre sempre ler os rótulos das embalagens dos alimentos. Se houver a presença de glúten ou trigo, aveia, cevada, centeio e malte, não devem ser consumidos. O malte, extrato de malte e xarope de malte são subprodutos da cevada e não devem ser consumidos. Não reutilizar óleo que foi utilizado para fritar empanados com farinha de trigo ou farinha de rosca (feita de pão torrado). Não engrossar pudins, cremes ou molhos com farinha de trigo; utilizar amido de milho. Não usar farinhas proibidas para polvilhar assadeiras ou formas. Atentar ao consumo de peixe grelhados, pois em muitos locais coloca-se farinha de trigo na grelha ou no peixe; peça para substituir por fubá ou farinha de mandioca. Não consumir farinha de rosca ou farinha de pão. Sempre carregar a lista de alimentos permitidos e se atentar sempre aos rótulos, pois, às vezes, o fabricante muda o nome de algum ingrediente.Se necessário, entrar em contato com o fabricante. É permitido o consumo de soja (extrato de soja, solado prot co de soja ou prote na de soja texturizada podem ser consumidos). Porém, se houver prote na egetal textur zada ou h drol zada”, não deve ser consumido, porque pode conter vegetal como o trigo, a cevada, o centeio ou a aveia em sua composição. 19 Disciplina: Nutrição Clínica Aula 2 Aula Prática: Terapia Nutricional nas doenças gástricas e intestinais Roteiro 5 OBJETIVO: elaborar a prescrição dietética e a orientação nutricional para pacientes com alterações gastrointestinais. Caso clínico: M.R.S., sexo masculino, 55 anos, 172 m, 53 kg, foi internado com hematêmese. No exame inicial apresenta-se hipocorado, com taquicardia e dispneia. O paciente relata realizar tratamento para gastrite crônica e doença de Crohn, não consumir carne vermelha e consumir carne branca duas vezes por semana, preferindo os vegetais cozidos, e tomar leite esporadicamente. Como deve ser a terapia nutricional para este paciente? a) Como deve ser a prescrição dietética considerando o quadro clínico apresentado? R: IMC = 18,64 Dieta branda, hipercalórica, normoglicídica, hiperproteica, hipolipídica, rica em fibras. b) Descreva e explique detalhadamente a prescrição dos macro. R: Dieta pastosa para favorecer a digestibilidade, consistência menos sólida e mais tenra; hipercalórica, pois o paciente apresenta baixo peso; normoglicídica, hiperproteica por possível manutenção da massa muscular (recomenda-se de 1 a 1,2 g por kg); hipolipídica devido a doença de Crohn (trato gastrointestinal debilitado); normossódica, fibras solúveis são recomandadas durante fase ativa. c) Elabore uma orientação nutricional para o paciente. R: Alimentos que podem ser consumidos por este paciente: arroz parbolizado; tapioca; purês; macarrão; carnes magras (ovo, frango, peixe – salmão, atum), carne bovina (sem gordura aparente ou pele); legumes cozidos (cenoura, batata, aipim, abóbora, etc.); frutas cozidas e sem casca (banana, pera, abacate e maçã); produtos lácteos (se não for intolerante à lactose); abacate e azeite de oliva; caldo de leguminosas (feijão, lentilha, ervilha e grão- de-bico); bebidas: água de coco, chás claros e temperos (sal, temperos naturais – cebolinha, salsinha) e vinagre, sem excesso. Alimentos que devem ser evitados: café; chá preto; refrigerantes com cafeína; sementes; verduras cruas e frutas com casca; mamão, laranja e ameixa; mel, açúcar, sorbitol ou manitol; frutos secos (amendoim, nozes e amêndoas); aveia; chocolate; bebidas alcoólicas; carne de porco e outras carnes gordurosas; biscoitos amanteigados, doces com massa folhada, chocolate; frituras, gratinados, maionese, refeições congeladas industrializadas, manteigas e creme de leite. 20 REFERÊNCIAS CASADEI, Gabriela. O que é nutrição clínica? Entenda de uma vez por todas. Nutrisoft Brazil, 2016. Clínica Soma. Tenho doença de Crohn, como deve ser minha alimentação?. Clínica Soma, 2021. Redação CNM. O que é nutrição clínica?. Fernandes Nutrição Médica, 2020. Unime. Nutrição Clínica: conheça essa área de atuação. Blog Unime, 2020 Unimed. Nutrição – Orientação Nutricional para Doença Celíaca (dieta com restrição de glúten).
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