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Gestão de Operações Produtivas ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ Ementa O Sistema de Transformação. Classificação dos Sistemas de Produção. Introdução ao Arranjo Físico. Estudo de Tempos e de Métodos de Trabalho. Evolução Histórica dos Sistemas de Produção – Produção Artesanal, Produção em Massa e Produção Enxuta. ▪ Produção Focalizada. ▪ Padronização das Operações e Polivalência. Conteúdo: Aula 1 Itens que serão tratados nesta aula: ✔ O sistema de transformação; ✔ Classificação dos sistemas produtivos; ✔ Arranjo físico. SISTEMAS DE PRODUÇÃO O sistema de transformação Introdução ▪ À semelhança dos seres vivos, pode-se dizer que as empresas são organismos com vida própria, em constante transformação, sujeitos as leis do mercado; ▪ Quanto mais livre e dinâmico este mercado for, mais forte e resistente estas empresas serão, pois terão que conviver diariamente com oportunidades e ameaças ao seu desempenho produtivo ▪ Nos EUA a vida média de empresas de capitalaberto é de 45 anos, e a das empresas familiares é de 24 anos;▪ Das 500 maiores empresas que operavam noBrasil em 1973, apenas 223 empresas (44,6%) sobreviveram até o ano de 1992;▪ Das que sobreviveram, apenas 95 delas (19%)melhoraram de posição. Introduçã o O que levou estas empresas a desaparecerem?▪ Uma parte desta resposta pode estarassociada à fatores externos a empresa;▪ Porém, um outro lado está relacionadoa como as empresas administram seus recursos financeiros, tecnológicos e de gestão para fazer frente as Introduçã o Fatores de competitividade entre empresas. Introduç ão Introduç ão Fonte: Folha SP 31/05/15 Fonte: Folha SP 31/05/15 Introduç ão ▪ Hoje, os sistemas de produção estão inseridos num contexto bastante diferente daquele do início do século passado, quando Taylor desenvolveu os primeiros passos da Administração Científica; ▪ Naquela época, a sociedade vivia uma situação em que a oferta de produtos era muito menor do que a demanda por esses produtos, o que criava uma situação muito favorável para as empresas porque Introduçã o ▪ Globalização: Lucro = Preço - Custo Introdução ▪ Economias fechadas: Preço = Custo + Lucro Podemos afirmar que o contexto onde as atuam hoje é fortemente influenciado pelos seguintes fatores: ▪ Globalização;▪ Mudança tecnológica;▪ Oportunidades e ameaças globais; ▪ Pressão por competitividade. Introduç ão Dentro desta nova ótica de concorrência é importante notar duas mudanças radicais ocorridas no comportamento do mercado brasileiro: 1. A redução das margens de lucro; 2. As fusões estratégicas entre empresas. Introduç ão A perda do poder de competitividade das empresas nacionais deve-se em grande parte a obsolescência das práticas gerenciais e tecnológicas aplicadas aos seus sistemas produtivos, tendo sua origem atribuída a cinco pontos básicos, quais sejam: 1. Deficiência nas medidas de desempenho; 2. Negligência com considerações tecnológicas;3. Especialização excessiva das funções de produçãosem a devida integração;4. Perda de foco dos negócios;5. Resistência e demora em assumir novas posturasprodutiva s. Introduç ão ▪ ▪ Introdução As empresas de bens ou serviços que não adaptarem seus sistemas produtivos para a melhora contínua da produtividade, não terão espaço no processo de globalização: A velha estratégia da produção em massa, derivada da noção de economia de escala, não é mais válida. Hoje as empresas devem possuir um sistema flexível de produção, com rapidez no projeto e ▪ A forma como planeja-se, programa- se econtrola-se estes sistemas produtivos tem função primordial neste contexto;▪ A conceituação de sistemas produtivosabrange tanto a produção de bens como a de serviços;▪ A eficiência de qualquer sistema produtivodepende da forma como os problemas são resolvidos, ou seja, do planejamento, programação e controle do sistema. Introduçã o Mercado e exigências competitivas Modelo de transformação Retroalimentaç ão ▪ A eficiência e eficácia de qualquer sistemaprodutivo depende da forma como os problemas são resolvidos e, portanto, do planejamento, programação e controle do sistema; ▪ Assim, deve-se garantir as entradasadequadas, o bom funcionamento do processo de transformação para que se obtenha as saídas adequadas na forma de produtos e serviços. Modelo de transformação ▪ Um sistema é um conjunto de elementos quedesempenham funções;▪ É configurado por processos e estrutura paraalcançar um propósito, explícito ou implícito;▪ Exemplos: organismos vivos, comunidades deseres vivos, motor, empresa, governo, transportes, saúde, som, imagem,... Modelo de transformação Controle de um sistema Processament o Retroalimentação ou feedback Produt o acabad o Matéria- prima Insumos Monitor ar as entradas Medir as saída ▪ Medir, monitorar e ajustar é o ciclo de melhoriaspara garantir o bom funcionamento do sistema;▪ São funções básicas de gestão;▪ A retroalimentação é necessária para o controlee melhoria do sistema;▪ Deve ser feita levando-se em consideração apercepção do cliente;▪ É estratégica. Controle de um sistema Entropi aTendência de desorganizaçãodas condições de controle “... nós necessitamos de controleporque vivemos em um mundo nãoestacionário, onde, se deixadassozinhas, máquinas não permanecem ajustadas, operadores esquecem ou mudam suas tarefas, e as coisastendem a se deteriorar. ..”*Box, G. E. P., Kramer, T. Statistical process monitoring and feedback adjustment -a discussion. Technometrics 1992 Recurso s de Bens e serviço s Projeto Melhoria PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO Consumidore s entrada Planejamento e controle d d d l k l ( Modelo de transformação Objetivos estratégicos da produção Estratégia da produção Papel e posição competitiva da produção Entradas para o processo de transformação Recursos transformados Os que são tratados, transformados ou convertidos de alguma forma Recursos de transformação Os que agem sobre os recursos transformados Princípios da Teoria de Sistemas▪ Se apenas um elemento do sistema falhar, osistema falhará como um todo: o sucesso vem da interação entre os elementos;▪ Num sistema a soma dos elementos dá umresultado maior;▪ O resultado de um sistema é maior que a somadas contribuições individuais;▪ Num sistema busca-se de forma conjunta(colaborativa), o alcance dos propósitos;▪ “Um elemento sozinho não é capaz de produzir oresultado do sistema”. Os 4 Vs da produção altoVOLUME VARIEDADE baixa VARIAÇÃO baixa baix o alta altaaltaVISIBILIDADEbaixa Alto custo de produçã o Baixo custo de produçã o ■ ■ ■ A produção na organização Função produção: representa a reunião de recursos destinados à produção de bens e serviços; Gestão da produção: é o termo utilizado para as atividades, decisões e responsabilidades dos gerentes de produção; Gerentes de produção: são os funcionários da organização que exercem responsabilidade ■ ■ ■ Gestão de produção A gestão ou administração da produção trata da maneira pela qual as organizações produzem bens e serviços; Todos os bens industrializados que nós consumimos (roupas, calçados, comidas, bebidas, artigos esportivos, carros, motos, eletrodomésticos, etc.) chegaram até nós graças aos gerentes de produção; ■ Atributos essenciais do gerente de produção Base de Conhecimentos Técnicos: Compreensão abrangente das tecnologias de produto e processos; ■ Habilidades de Relações Humanas: Habilidade de tomar decisões e motivar colaboradores e gerentes a implantar aquelas decisões. Responsabilidades diretas dos gerentes de produção: 1.Entendimento dos objetivos estratégicos daproduçã o;2.Desenvolvimento de uma estratégia de produçãopara a organização;3.Projeto dos produtos, serviços e processos deproduçã o;4.Planejamento e controle de produção; 5.Melhoria do desempenho da produção Atividades da gestão de produção Responsabilidades indiretas dos gerentes de produção: 1. Informaras outras área sobre as oportunidades e as restrições fornecidas pela capacidade instalada de produção; 2. Discutir com as demais áreas como os planos de produção e os demais planos da empresa podem ser modificados para benefício mútuo;3. Encorajar as outras áreas a dar sugestões para quea produção possa prestar melhores “serviços” aosdemais setores da empresa. Atividades da gestão de produção Responsabilidades amplas dos gerentes de produção: 1.Globalização ; 2.Proteção ambiental; 3.Responsabilidade social; 4.Consciência tecnológica; 5.Gestão do conhecimento Atividades da gestão de produção Idéias de novos Desenvolvimento derecrutamento etreinamen to Entendimento das melhoria e PCP Função desenvolvimen to de produtos Função marketin g Fornecimento de dados relevantes Análise financeira para desempenho e decisões Função financeira / contábil Função operações Entendimento das necessidades de RH Fornecimento de sistemas para projeto, Função recursos humanos necessidades de sistemas e infra-estrutura Função tecnologia da processos de produção Exigências de mercado Entendimento das capacitações e necessidades tecnológicas do produtos e serviços processo Entendimento das capacitações e restrições dos Análise das opções de nova tecnologia Entendimento das Relacionamentos interfuncionais Função suporte técnico / engenharia Definição estreita Definição ampla Relacionamentos interfuncionais Eficiência do sistema de manufatura TECNOLOGIA ATUALIZADA DE FABRICAÇÃO MÃO-DE- OBRA TREINADA E MOTIVADA GESTÃO ADEQUAD A EFICIÊNCIA ARRANJO FÍSICO OTIMIZADO Lideranç a Estratégic o Alinhament o Propósito Motivação Nível de Conheciment o O que define o estilo de gestão da produção Planejamento Estilo de Gestão Capacitaçã ▪ Modelo mecânico ▪ Modelo biológico ▪ Modelo social Modelos de gerenciamento Modelomecânico Modelobiológico Modelosocial Épocademaiorinfluência 1800-1940 1930-1990 1980-atual Compreensãobásicadeuma organização. Aorganizaçãoécomouma máquina,eosprojetistas determinamcadadetalhedoque aspeçasdevemfazer. Aorganizaçãoécomoumcorpo humano,comagerência(“o cérebro”)dandoàsoutraspartes liberdadeparalidarcomdetalhe s sozinhos. Aorganizaçãoécomouma sociedade,umgrupodepessoas engajadastrabalhandojuntas paraatingirmetasindividuaise coletivas. Oqueosgerentespensam sobreinteraçõesdentroda organização. Interaçõesentrepartes padronizadase interrelacionadas. Interaçõesentreunidades organizacionaiscomfunções diferentes,dispostasemum organograma. Interaçõesentrepessoascom objetivoscomunseunidades organizacionais. Oqueosgerentesacreditam serfundamentalpara determinarpropriedadesdo sistema. Ocomportamentoprevisívelde cadaparte. Divisãodotrabalhoe desempenhodasunidades funcionais;gerenciamentopor objetivosegerenciamentopor exceção. Asinteraçõescommesmo objetivo,entreaspartes. Propósitodaorganização. Aorganizaçãoserveasiprópria; serveaospropósitosdeseus donos. Aorganizaçãotemumpropósito decididoporumgrupo:aalta gerência. Aorganizaçãoserveamuitos propósitos–osdetodososseus membros. Indicadoresutilizadospelos gerentes. Inputs,porexemplo:toneladas deaçoehorasdetrabalho necessáriasparafabricarum carro. Outputs,porexemplo:retorno sobreinvestimento. Interaçõeseoutputs,por exemplo:satisfaçãodoclientee valoraconômicoagregado. Mododepensarsobreo futuro. Análisedecausa-e-efeito (determinística,comofísica clássica). Preveresepreparar. Ofuturonãoéprevisível, interaçõesentreelementoscom objetivoscomunscriarãoo futuro. Possibilidadesdemudança. Amudançasóépossívelatravés deumremodelamentofeitopelo donoeporespecialistas. Pequenasmudançassão possíveisjáqueasunidades organizacionaisseadaptama alteraçõesnoambiente. Rápidasmudançassão possíveisapartirdeações coletivasdosmembrosdo sistema.Amudançaédifícilde seriniciadaegerenciada. Modelo mecânico Comumente aplicado a empresas familiares. Pontos fortes: ▪ Liderança definida; ▪ Pouco conflito de idéias. Pontos fracos: ▪ Baixo investimento em capacitação; ▪ O propósito é a lucratividade. Pontos fortes:▪ Lucro gerado serve para o crescimento daorganizaçã o;▪ Sistema aberto;▪ Membros se autoregulam em função do propósitocentra l. Um exemplo típico são as repartições públicas. Pontos fracos:▪ Sistema “unimente”, dificultando a geração de idéiasno nível operacional;▪ Liderança enfraquecida. Modelo biológico Pontos fortes:▪ Alta capacitação do funcionário;▪ Coesão na busca pelo compartilhamento deobjetivos comuns. Empresas do setor de Tecnologia da Informação e Comunicação, onde todos participam do processo de criação/ inovação de produtos. Outro exemplo são as ONGs (Organizações Não Governamentais). Pontos fracos:▪ Propósitos próprios;▪ Dificuldade de alinhamento dos membros em torno deobjetivos comuns. Modelo social O modelo social responde melhor ao mercado globalizado, já que rápidas mudanças são possíveis nele a partir de ações coletivas dos integrantes do sistema. Globalizaçã o Habilidades necessárias para o sucesso do sistema▪ Habilidade de relacionamento e comunicação; ▪ Pró-atividade na busca de melhores soluções de produtos, processos e serviços;▪ Traduzir as necessidades do cliente em valoragregado ao negócio;▪ Capacidade de trabalhar em equipes, estimulandoe encorajando pontos de vista diferentes com colaboração; Habilidades necessárias para o sucesso do sistema ▪ Transformar idéias em aplicação prática comretorn o;▪ Conhecer ferramentas e técnicas para obtenção demelhores resultados▪ Raciocínio lógico e analítico de forma a utilizar tantoo lado racional e lógico quanto o intuitivo e criativo. SISTEMAS DE PRODUÇÃO Classificação dos sistemas produtivos Classificação dos sistemas produtivos▪ Existem várias formas de classificar os sistemas deproduçã o:1. Pela natureza do produto;2. Pelo grau de padronização dos produtos;3. Pelo tipo de processo que sofrem os produtos; 4. Pelo ambiente de manufatura.▪ A classificação dos sistemas produtivos tem porfinalidade facilitar o entendimento das características inerentes a cada sistema de produção e sua relação com a complexidade do planejamento e execução das A natureza do produto ▪ Os sistemas de produção podem estar voltadospara a geração de bens ou de serviços; ▪ Quando o produto fabricado é algo tangível, comoum carro, uma geladeira ou uma bola, podendo ser tocado e visto, diz-se que o sistema de produção é uma manufatura de bens. ▪ Quando o produto gerado é intangível, podendoapenas ser sentido, como uma consulta médica, um filme ou transporte de pessoas, diz-se que o sistema de produção é um prestador de A natureza do produto Diferenciam-se quanto: 1.Orientação do produto; 2.Contato com o cliente; 3.Uniformidade dos fatores produtivos; 4.Avaliação do sistema. A natureza do produto Tangibilidade Estocabilidade Transportabilidad e Simultaneidade Contato BENS FÍSICOS Geralmente tangíveis Estocáveis (pelo menos parcialmente) Transportáveis Geralmente produzidos antes SERVIÇOS Geralmente intangíveis Não estocáveis Intransportáveis Freqüentemente produzidos simultaneamente com seu PR O D U ÇÃ O D E PE TR Ó LE O FU N D IÇ Ã O D E A LU M ÍN IO FA BR IC A N TE D E M Á Q U IN A S ES PE CI A IS SE R V IÇ O S D E SI ST EM A S D E IN FO R M Á TI CAR ES TA U R A N T E CO N SU LT O R IA G ER EN CI A L CL ÍN IC A PS IC O TE R Á PI CA Compostos de bens e serviços BENS PUROS ✔Tangíveis ✔Podem ser estocados ✔A produção precede o consumo ✔Baixo nível de contato com o consumidor ✔Podem ser transportados ✔A qualidade é evidente ✔Intangíveis ✔Não podem ser estocados ✔A produção e o consumo são simultâneos ✔Alto nível de contato com o consumidor ✔Não podem ser transportados ✔É difícil julgar a qualidade SERVIÇOS PUROS Programas de software Vendido sob a forma de disco (CD) Vendido por meio da Internet“BEM ” “SERVIÇO ” Compostos de bens e serviços Controle de qualidade X simultaneidade Produçã o Tempo entre produção e consumo Consum o SE Msimultaneida de entre produção e consumo COM simultaneida de entre Oportunida de para controle de processo Oportunidade para controle de qualidade do produto Oportunidad e para controle de processo Produção Não há oportunidade para controle de qualidade do produto ■ Grau de padronização dos produtos Os sistemas de produção podem ser classificados, segundo o grau de padronização dos produtos, em dois grandes grupos: Produtos padronizados ■ Produtos sob medida Produtos padronizados são aqueles bens ouserviços que apresentam alto grau de uniformidade. Produtos padronizados ■São produzidos em grande escala e os clientesesperam encontrá-los à sua disposição no mercado; ■A produção pode ser iniciada com base em umaprevisão de vendas;■Seus sistemas produtivos podem ser organizados deforma a padronizar mais facilmente os recursos produtivos (máquinas, homens e materiais) e os métodos de trabalho e controles, contribuindo para Produtos padronizados Exemplos de produtos padronizados : ■Fabricação eletrodomésticos; ■Combustíveis; ■Automóveis; ■Roupas;■Alimentos industrializados;■Serviços como: linhas aéreas, serviçosbancários, comidas rápidas;■Etc. Produtos padronizados Produtos sob medida são bens ou serviços desenvolvidos para um cliente em específico. Produtos sob medida ■Como o sistema produtivo espera a manifestaçãodos clientes para definir os produtos, estes não são produzidos para estoque e os lotes normalmente são unitários; ■Devido ao fato do prazo de entrega ser um fatordeterminante no atendimento ao cliente possuem normalmente grande capacidade ociosa, edificuldade em padronizar os métodos de trabalho e os recursos produtivos, gerando produtos mais caros do que os padronizados;■A automação dos processos é menos aplicável. Produtos sob medida Exemplos de produtos sob medida: ■ Fabricação de máquinas- ferramentas; ■ Construção civil; ■ Alta costura; ■ Estaleiros; ■ Restaurantes; ■ Táxis;■ Projetos arquitetônicos; ■ Clínicas médicas; ■ Etc. Produtos sob medida Produção de bens Tipos de processo em operações de manufatura Contínuos Discreto s Em massa Em lotes Sob encomend a Projeto s Taref a ■ ■ Tipos de processo em operações de manufatura Os sistemas de produção podem ser classificados, segundo seu tipo de operação, em dois grandes grupos: Processos contínuos: envolvem a produção de bens ou serviços que não podem ser identificados individualmente; ■ ■ ■ ■ ■ Processos contínuos Produzem bens em grande volume e baixa variedade; Atividades essencialmente repetitivas e amplamente previsíveis; Tecnologias relativamente inflexíveis e de capital intensivo; Produtos são inseparáveis e produzidos em um ▪ Os sistemas de produção contínuos sãoempregados quando existe uma alta uniformidade na produção e demanda de bens ou serviços, fazendo com que os produtos e os processos produtivos sejam totalmente interdependentes, favorecendo a sua automatização; ▪ Chamado de contínuo porque não se conseguefacilmente identificar e separar dentro da produção uma unidade do produto das demais que estão sendo feitas. Processos contínuos ▪ Devido à automação dos processos, a flexibilidadepara a mudança de produto é baixa;▪ São necessários altos investimentos emequipamentos e instalações, e a mão-de- obra é empregada apenas para a condução emanutenção das instalações, sendo seu custo insignificante em relação aos outros fatores produtivos. Processos contínuos ▪ Está classificada dentro deste grupo geralmente aprodução de bens de base, comuns a váriascadeias produtivas, como energia elétrica, petróleo e derivados, produtos químicos de uma forma geral, etc.▪ Alguns serviços também podem ser produzidosdentro desta ótica com o emprego de máquinas, como serviços de aquecimento e ar condicionado, de limpeza contínua, sistemas de monitoramento por radar, e os vários serviços fornecidos via Internet (homebank, busca de páginas, etc.), entre outros. Processos contínuos ▪ Tendo em vista a sincronização e automatização dos processos, pode-se dizer que o leadtime produtivo é baixo e, por serem produzidos poucos produtos que possuem demandas altas, a maioria das empresas coloca de antemão estoques destes produtos a disposição dos clientes, pois sua venda é garantida. Processos contínuos USINAS HIDROELÉTRICAS Processos contínuos REFINARIAS PETROQUÍMICAS ■ ■ ■ ■ ■ Processos de produção em massa São os que produzem bens em alto volume e variedade relativamente estreita; Atividades essencialmente repetitivas e amplamente previsíveis; Muitos dos recursos transformadores são dedicados; Produtos são discretos e padronizados; ▪ São aqueles empregados na produção em grande escala de produtos altamente padronizados, contudo estes produtos não são passíveis de automatização como nos processos contínuos, exigindo participação de mão-de- obra e peciali ada na tran formação do prod to Processos de produção em massa ▪ Podem-se classificar dentro deste sistema asempresas que estão na ponta das cadeiasprodutivas, com suas linhas de montagem, como é o caso das montadoras de automóveis,eletrodomésticos, grandes confecções têxteis, abate e beneficiamento de aves, suínos, gado, etc., e a prestação de serviços em grande escala como transporte aéreo, editoração de jornais e revistas, entre outros. Processos de produção em massa ▪ Normalmente, a demanda por estes produtos é estável, fazendo com que seus projetos tenham pouca alteração no curto prazo, possibilitando a montagem de uma estrutura produtiva (linhas de montagem) altamente especializada e pouco Processos de produção em massa ▪ Neste sistema produtivo, a variação entre os produtosacabados se dá geralmente apenas a nível de montagem final, sendo seus componentespadronizados de forma a permitir a produção em grande escala;▪ Por exemplo, as montadoras de automóveis possuemlinhas focadas nos chassis, que por sua vez podem ser carregados com diferentes carrocerias, motores e demais acessórios, gerando uma infinidade de produtos acabados, sob a ótica do cliente, contudo bastante padronizado sob a ótica da produção. Processos de produção em massa ▪ Nos sistemas de produção em massa o leadtime produtivo é baixo, tendo em vista a sincronização e padronização das atividades nas linhas de montagem; ▪ Por serem produzidos poucos produtos que possuem demandas altas, estoques destes produtos a disposição dos clientes são usados Processos de produção em massa ▪ O volume alto de produção faz com que os custos fixos sejam diluídos e que os custos variáveis das matérias-primas e componentes, negociados em grandes lotes, também sejam menores, tendo como conseqüência custos finais baixos, quando comparados aos sistemas de produção em lotes e sob encomenda (projeto Processos de produção em massa PRODUÇÃO DE ELETRODOMÉSTICOS Processos de produção em massa PRODUÇÃO DE CARROS ■ ■ ■ ■ Processos em lotes ou bateladas São os que lidam com produtos discretos e com um certo grau de repetibilidade; Em lotes muito pequenos se assemelha ao jobbing, porém em grandes lotes os processos podem ser relativamente repetitivos; Os recursos transformadores são compartilhados com diversos produtos; ■ Os sistemas de produção em lotes ou bateladas se caracterizam pela produção de um volume médio de bens ou serviços padronizados em lotes, sendo que cada lote segue uma série de operações que necessita ser programada à medida que as operações anteriores forem Processos em lotes ou bateladas ■ Neste caso, o sistema produtivo deve ser relativamente flexível visando atender diferentes pedidos dos clientes e flutuações da demanda, empregando equipamentos pouco especializados, geralmente agrupados em centros de trabalho identificados como departamentos, e mão-de-obra mais polivalente Processosem lotes ou bateladas Os sistemas de produção em lotes ou bateladas situam-se entre os dois extremos, a produção em massa e a produção sob projeto, onde a quantidade solicitada de bens ou serviços é insuficiente para justificar a massificação da produção e especialização das instalações, porém justifica a produção de lotes econômicos Processos em lotes ou bateladas ▪ Como existem muitos tempos de espera dos lotes (em programação, em filas, nos setups, etc.) entre as operações, o leadtime produtivo é maior do que o do sistema em massa, bem como os custos decorrentes desta forma d Processos em lotes ou bateladas Em função da diversidade de produção e da baixa sincronização entre as operações, quandocomparada aos sistemas de produção em massa, este sistema produtivo trabalha com a lógica de manter estoques como forma de garantir o atendimento da etapa seguinte de produção: ▪ Estes estoques podem estar centralizados emalmoxarifados ou espalhados dentro da fábrica na forma de supermercados de abastecimento. Processos em lotes ou bateladas ▪ Como exemplo, têm-se as empresas que fornecem componentes para as linhas de montagem, elas mesmas com pequenas linhas de montagem, ou acabamento, ao final do processo; ▪ É o caso das fornecedoras da cadeia automobilística, da cadeia de eletrodomésticos Processos em lotes ou bateladas ▪ Geralmente empresas do ramo metal mecânicotrabalham nesta configuração, com departamentos de usinagem, fundição, solda, etc.;▪ Na cadeia têxtil têm-se as tecelagens e osbeneficiamentos trabalhando em lotes repetitivos, entre outros;▪ Dentro da prestação de serviços podem-se citar asoficinas de reparo para automóveis e aparelhos eletrônicos, laboratórios de análise químicas, restaurantes etc Processos em lotes ou bateladas PRODUÇÃO DE AUTOPEÇAS PRODUÇÃO DE ROUPAS Processos em lotes ou bateladas Processos de produção sob encomenda ▪ Os sistemas sob encomenda tem como finalidade o atendimento de necessidades específicas dos clientes, com demandas baixas, tendendo para a unidade; ▪ O produto tem uma data específica negociada com o cliente para ser concluído e, uma vez Processos de produção sob encomenda ▪ Os produtos são concebidos em estreita ligação com osclientes, de modo que suas especificações impõem uma organização dedicada ao projeto, que não pode ser preparada com antecedência, principalmente com a geração de supermercados de estoques intermediários para acelerar o leadtime produtivo; ▪ Eventualmente, a compra de matérias- primas ecomponentes podem ser feitas com antecedência. específico s com o agência s d e propagand a,escritórios de advocacia, arquitetura, etc. Processos de produção sob encomenda ▪ Exemplos de sistemas sob encomenda estão na fabricação de bens como navios, aviões, usinas hidroelétricas, e nos setores de fabricação de máquinas e ferramentas, e a prestação de serviços ▪ Os sistemas sob encomenda organizam seusrecursos produtivos por centros de trabalho ou departamentos com foco na função executada; ▪ A questão de custos produtivos é negociada entreas partes, e tende a ter um padrão de mercado, como por exemplo, o custo de horas de usinagem;▪ Os sistemas sob encomenda são compostos pelosprocessos de projeto e por tarefa (jobbing), Processos de produção sob encomenda ■ ■ ■ ■ ■ Processos de projeto São os que lidam com produtos discretos, usualmente bastante customizados; Cada trabalho com início e fim bem definidos; O intervalo de tempo entre o início de diferentes trabalhos é relativamente longo; Normalmente os recursos transformadores são dedicados para cada produto; CONTRUÇÃO DE NAVIO CONTRUÇÃO DE TÚNEL Processos de projeto CONTRUÇÃO DE POÇO DE PETRÓLEO ■ ■ ■ ■ ■ Processos por tarefa (jobbing) Também lidam com produtos discretos, usualmente bastante customizados; Cada trabalho com início e fim bem definidos; Os recursos de produção processam uma série de produtos com diferentes necessidades; Normalmente os recursos transformadores são compartilhados com diversos produtos; Baixo grau de repetição e alto nível de Processos por tarefa (jobbing) FERRAMENTARIA RESTAURAÇÃO DE CARROS RESTAURAÇÃO DE MÓVEIS PROJETO TAREFA LOTES ou BATELADAS EM MASSA CONTÍNUO Baix o Alt o Tipos de processo em operações de manufatura Volum e Alta Variedad e Contínuo s Massa Alta Baixa Curto Repetitivos em Lotes Demanda/ Volume de Produção Flexibilidade/ Variedade de Itens Leadtime Produtivo Custos Sob Encomend a Baixa Alta LongoSob encomenda = processos de projeto e jobbing Tipos de processo em operações de manufatura Essa classificação não depende do tipo de produto em si, mas sim da forma como os sistemas são organizados para atender esta demanda:Um automóvel pode ser feito em um processo de produção em massa, em fábricas para 100.000 carros/ ano, ou em processos de produção repetitivos em lotes, em fábricas para 6.000 carros/ ano ou menos, ou ainda, de forma artesanal em oficinas sob encomenda,produzindo poucos carros exclusivos por mês. Tipos de processoem operações de manufatura sistem a produtiv o, com o po r exempl o u mfabricante de geladeiras que monta as mesmas em uma, ou mais, linha de montagem (sistema em massa), e fabrica parte de seus componentes em lotes repetitivos, em Tipos de processo em operações de manufatura Outro ponto a ser comentado, é de que uma empresa pode conviver com mais de um tipo de Demanda SistemasdeProdução Contínuos/ EmMassa Repetitivoem Lotes SobEncomenda GrandeVolume BaixaVariedade Eficaz CustosVariáveis Altos CustosVariáveis Altos MédioVolume MédiaVariedade CustosFixos/ EstoquesAltos Eficaz CustosVariáveis Altos PequenoVolume GrandeVariedade CustosFixos/ EstoquesAltos CustosFixos/ EstoquesAltos Eficaz Eficácia dos sistemas produtivos Ambientes de manufatura▪ A gestão da produção não é um processo denegócio que ocorre de forma única nas empresas. ▪ As restrições dos diferentes tipos de sistemasprodutivos definem o modelo de gerenciamento da organização. ▪ Uma das maneiras de se diferenciar ossistemas produtivos é pelo grau com que o cliente final participa na definição do produto. Ambientes de manufatura ▪ O tipo de produto e as características dedemanda definem como é o sistema produtivo dessa empresa, como é o relacionamento com seus fornecedores e clientes, e quais são as tecnologias envolvidas no processo de fabricação. ▪ Existem 4 tipologias de ambientes demanufatura, cada qual com diferentes lead times de entrega: MTS, ATO, MTO e ETO. ■ ■ ■ ■ Ambientes de manufatura MTS: fabricação para estoque (make to stock) ATO: montagem sob demanda (assemble to order) MTO: fabricação sob demanda (make to order) ETO: engenharia sob demanda (engineering to order) Ambientes de manufatura Lead time de entrega Lead time de entrega MTS (make to stock): fabricação para estoque ATO (assemble to order): montagem sob demanda MTO (make to order): fabricação sob demanda ETO (engineering to order): engenharia sob demanda Lead time de entrega Pedidos dos consumidores Lead time de entrega ENVI O ESTOQU E MONTAGE M ENVI O MONTAGE M FABRICAÇÃ O COMPR A PROJET O ENVI O MONTAGE M ESTOQU E FABRICAÇÃ O FABRICAÇÃ O ENVI O MONTAGE M FABRICAÇÃ O ESTOQU E Lead time de entrega estabilida dealta utilização decapacida de excesso de capacidadevelocidad eflexibilida de 4 4 4 4 4 4 excesso de capacidade velocidade flexibilidade Matérias- primasMT O Make to Order ETO Enginee r to MTS Make to Stock ATO Assembl y to Order 4 4 4 4 estabilidade alta utilização de capacidade variabilidades da demanda Ambientes de manufatura Produtos finais Semi-acabados Incertezas e Fonte: Corrêa, Gianesi e Caon (2001) Sistema flexível de manufatura Um sistema flexível de manufatura é um agrupamento de estações de trabalho semi-independentes controladas por computador, interligadaspor um sistema Sistema flexível de manufatura Referências para a decisão pela implantação: Sistema flexível de manufatura Aspectos considerados para a implantação: ▪ Experiência anterior;▪ Fatores econômicos externos;▪ Efeitos nas relações trabalhistas, na qualidade doproduto e na participação do mercado;▪ Volume do capital necessário;▪ Tempo necessário para implantação;▪ Necessidades de treinamento de operadores; ▪ Envolvimento e interesse da alta Sistema flexível de manufatura SISTEMAS DE PRODUÇÃO Arranjo físico ■ ■ Definição de arranjo físico A expressão arranjo físico é também conhecida nas organizações como layout ou leiaute; O arranjo físico define como os recursos transformadores (instalações e pessoal) de uma instalação são posicionados uns em relação aos outros e como as diversas tarefas produtivas serão “O arranjo físico é uma dascaracterísticas mais evidentes de uma operação produtiva quedetermina sua forma e aparência. É aquilo que a maioria de nósnotaria em primeiro lugar quando entrasse pela primeira vez emuma unidade de operação”. Nigel Slack Definição de arranjo físico Prototipagem e projeto final PROJETO DE PRODUTOS E SERVIÇOS Geração do conceito Triagem Projeto preliminar PROJETO DE PROCESSOS Projeto da rede Arranjo físico e fluxo Tecnologia de processos Projeto do trabalho Princípios gerais de projeto de produção Projeto de arranjo físico Processo por projeto Processo jobbing Processo em lotes Processo em massa Processo contínuo Loja de serviços Serviços profissionais Serviços em massa Decisão 2 Tipo básico de arranjo físico Decisão 3 Projeto Decisão 1 Tipo de processo Arranjo físico posicional Arranjo físico funcional Arranjo físico celular Arranjo físico linear Posição física de todos os recursos de transformação Volume e variedad e Objetivos de desempenh o estratégicos Fluxos de recursos transformados pela produção A importância das decisões sobre arranjo físico ▪ Frequentemente, a mudança de arranjofísico é uma atividade difícil e de longa duração;▪ O rearranjo físico pode levar à interrupçãodas atividades, gerando perdas de produção e insatisfação dos clientes;▪ Um arranjo físico errado pode acarretarpadrões de fluxo longos e/ou confusos,estoques, espera de clientes e altos custos. Necessidade de tomar decisões sobre arranjo físico ▪ Expansão da capacidadeprodutiv a;▪ Elevado custo operacional; ▪ Introdução de uma novalinha de produtos;▪ Melhoria do ambiente detrabalh o. Princípios básicos ▪ Segurança;▪ Economia de movimentos; ▪ Flexibilidade de longo prazo; ▪ Progressividade; ▪ Uso do espaço Decisões sobre arranjo físico As decisões sobre leiaute, apesar de difíceis e caras, podem ter implicância: ▪ Nos tempos de processo; ▪ Na previsibilidade dos fluxos produtivos; ▪ Nos custos organizacionais; ▪ Na flexibilidade da operação. CONCEITO DESCRIÇÃO Inter- relações Graurelativodedependênciaou proximidadeentreasatividades Espaço Quantidade,tipoeformaou configuraçãodositensaserem posicionados Ajuste Arranjodasáreaseequipamentosda melhormaneirapossível Conceitos fundamentais sobre arranjo físico Fonte: adaptação de Muther (1978) Implicações práticas e estratégicas do arranjo físico A alteração de um arranjo físico pode afetar uma organização e as suas prioridades competitivas podem ser influenciadas, se:▪ ▪ ▪ ▪ ▪ A satisfação do cliente e as vendas em uma loja de varejo forem aumentadas; O fluxo de materiais e informações for facilitado; A utilização eficiente de trabalho e equipamento for aumentada; Os riscos para os colaboradores forem Objetivos do arranjo físico ▪ Segurança inerente; ▪ Extensão do fluxo; ▪ Clareza de fluxo;▪ Conforto para os funcionários; ▪ Coordenação gerencial; ▪ Acessibilidade;▪ Uso do espaço; e▪ Flexibilidade de longo prazo. Tipos básicos de arranjo físico O tipo básico de arranjo físico é a forma geral do arranjo de recursos produtivos da operação: ■ ■ ■ ■ Posicional; Funcional (por processo); Celular; Linear (por produto). A relação entre os tipos não é totalmente determinística:▪ Um tipo de processo não implicanecessariamente em um tipo básico de arranjo físico;▪ Uma planta pode ter e adotar diferentestipos básicos de arranjo físico,resultando em um arranjo físico híbrido. Tipos básicos de arranjo físico Arranjo físico posicional▪ O arranjo físico posicional (ou por posiçãofísica) é um arranjo espacial no qual osmateriais ou componentes principais ficam em um lugar fixo, sem se moverem, enquanto todas as ferramentas, equipamentos, pessoal e materiais são trazidos a eles; ▪ Isto se deve ao fato em que o produto, porvezes, pode possuir grande dimensão,impossibilitando o seu manejo e transporte, ou por ser uma operação muito delicada. Fonte: Miyake (2008 ) Arranjo físico posicional Principaiscaracterísticas Tipodeproduto grande Diferenciaçãodeproduto alta Volumedeproduçãoportipode produto umaoupoucasunidades Produção sobpedido Projeto especialsobencomenda Flexibilidadedeprocesso alta Variaçãoderoteiro alta Mãodeobra qualificada Arranjo físico posicional Fonte: adaptação de Miyake (2008) Exemplo: canteiro de obras Fonte: www.cimentoitambe.com. br Exemplo: montagem de aviões Fonte: www.aereo.jor. br Exemplo: estaleiro Fonte: www.portalnaval.com. br Exemplo: estaleiro Fonte: www.ibama.gov. br Exemplo: cirurgia do coração Fonte: www.istoe.com. br Arranjo físico funcional▪ O arranjo físico funcional (ou porprocesso) é o arranjo físico em que todas as operações de um mesmo processo ou tipo de processo são agrupadas em departamentos; ▪ Caracteriza-se pela flexibilidade pararesponder a mudanças de mercado, atendendo a produtos diversificados em quantidades variáveis ao longo do tempo Fonte: Miyake (2008 ) Arranjo físico funcional ▪ ▪ ▪ ▪ Arranjo físico funcional Alto fluxo interdepartamental e baixo fluxo intradepartamental; Adotado em situações de baixo/ médio volume e média/ alta variedade de produção; Os diferentes roteiros de produtos na manufatura tornam o arranjo físico bastante flexível; Mas os fluxos de manufatura se cruzam com volumes de produtos mais intensos Principaiscaracterísticas Tipodeproduto médio/pequeno Diferenciaçãodeproduto alta Volumedeproduçãoportipode produto pequenaquantidade Produção sobpedido Projeto variável/customizável Flexibilidadedeprocesso alta/média Variaçãoderoteiro alta/média Mãodeobra qualificada Fonte: Miyake (2008 ) Arranjo físico funcional Gráfico “espaguete” Fonte: Miyake (2008 ) Gráfico “espaguete” Fonte: www.lume.ufrgs. br Exemplo: setor de usinagem Fonte: www.2.bp.blogspot. com Exemplo: setor de tinturaria Fonte: www.textilia. net Exemplo: setor de injeção de plásticos Fonte: www.plastico.com. br Exemplo: setor de estamparia Fonte: www.tecnopress.com. br Fonte: www.paschoal.com. br ▪ O arranjo físico celular é aquele em que osrecursos transformados, entrando na operação, são pré-selecionados (ou pré-selecionam-se) para movimentar-se para uma parte específica da operação (ou célula) na qual se encontram todos os recursos transformadores necessários para atender às suas necessidades imediatas de processamento; ▪ Os recursos transformadores (máquinas), aoinvés de agrupados por função, estão agrupados por famílias de produtos. Arranjo físico celular Fonte: Miyake (2008 ) Arranjo físico celular ▪ A ênfase neste tipo de leiaute é acelerar ofluxo de conversão das matérias-primas em produtos acabados, buscando-se a formação de células que disponham as máquinas na sequência necessária à fabricação desses itens; ▪ A principal característica do arranjo físicocelular é a relativa flexibilidade quanto ao tamanho de lotes por produto (menor, no entanto que a dos leiautes Arranjo físico celular Principaiscaracterísticas Tipodeproduto médio/pequeno Diferenciaçãodeproduto média/baixa Volumedeproduçãoportipodeproduto pequenaoumédiaquantidade Produção paraestoque Projeto repetitivo/modular Flexibilidadedeprocesso média/baixa Variaçãoderoteiro média/baixa Mãodeobra polivalente Arranjo físico celular Fonte: Miyake (2008 ) Exemplo: fabricação de chicotes elétricos Fonte: www.grupokabel.com. br Exemplo: montagem de placas eletrônicas Fonte: XII Fórum Nacional de Lean Exemplo: montagem de placas eletrônicas Fonte: XII Fórum Nacional de Lean Exemplo: costura Fonte: www.hjhering.com. br Arranjo físico linear ▪ No arranjo físico linear, os recursos produtivostransformadores são localizados segundo a melhor conveniência do recurso que está sendo transformado; ▪ Os produtos, informações ou clientes seguemum fluxo ao longo da linha de processos, razão pela qual esse tipo de leiaute também é chamado de arranjo físico em fluxo ou por produto. Fonte: Miyake (2008) Arranjo físico linear Arranjo físico linear ▪ É indicado para processos com baixadiversificação, grande volume de produção e em quantidade constante ao longo do tempo.; ▪ Requer um alto investimento em máquinas; ▪ Pode apresentar problemas com relação à qualidade dos produtos fabricados; ▪ Costuma gerar monotonia e estresse para osoperadore s. Principaiscaracterísticas Tipodeproduto pequeno Diferenciaçãodeproduto baixa/nenhuma Volumedeproduçãoportipode produto grandequantidade Produção paraestoque Projeto padronizado Flexibilidadedeprocesso baixa/nenhuma Variaçãoderoteiro nenhuma Mãodeobra baixaqualificação Arranjo físico linear Fonte: Miyake (2008 ) Exemplo: manufatura de papel Fonte: Slack et al (2007) Exemplo: montagem de motocicletas Fonte: www.mundomoto.esp. br Exemplo: processamento de frangos Fonte: www.revistatrip.uol.com. brl Exemplo: montagem de carros Fonte: www.garagemdogrande.com. br Escolha de um tipo de arranjo físico Podem ser feitas diversas considerações para selecionar um tipo de arranjo físico, como as seguintes:▪ ▪ ▪ ▪ Características de volume-variedade; Vantagens e desvantagens de cada tipo de arranjo físico; Relação entre tipos de processo e tipos de arranjo físico; Relação volume- variedade Fonte: adaptação de Slack et al (2007) Arranjo físico Vantagens Desvantagens Posicion al ∙Flexibilidademuito altademixe produto ∙Produtooucliente nãomovidoou perturbado ∙Altavariedadede tarefasparaamão- de-obra ∙Custosunitários muitoaltos ∙Possível complexidadena programaçãode espaçoouatividade ∙Podesignificarmuita movimentaçãode equipamentose mão-de-obra Vantagens e desvantagens de cada tipo de leiaute Fonte: adaptação de Slack et al (2007) Arranjo físico Vantagens Desvantagens Funcion al ∙Flexibilidademuito altademixe produto ∙Facilidadena supervisãode equipamentose instalações ∙Relativamente robustoemcasode interrupçãode etapas ∙Baixautilizaçãode recursos ∙Podeteralto estoqueem processooufilasde clientes ∙Fluxocomplexo podeserdifícilde controlar Vantagens e desvantagens de cada tipo de leiaute Fonte: adaptação de Slack et al (2007) Arranjo físico Vantagens Desvantagens Linear ∙Baixoscustos unitáriosparaaltos volumes ∙Dáoportunidade para especializaçãode equipamento ∙Movimentação convenientede clientesemateriais ∙Podeterbaixa flexibilidadedemix ∙Trabalhopodeser repetitivo ∙Nãomuitorobusto contrainterrupções Vantagens e desvantagens de cada tipo de leiaute Fonte: adaptação de Slack et al (2007) Arranjo físico Vantagens Desvantagens Celular ∙Possívelbom equilíbrioentre custoeflexibilidade paraoperações comvariedade relativamentealta ∙Atravessamento rápido ∙Trabalhoemgrupo poderesultarem melhormotivação ∙Podesercaro reconfiguraroatual arranjofísico ∙Poderequerer capacidadeadicional ∙Podereduzirníveis deutilizaçãode recursos Vantagens e desvantagens de cada tipo de leiaute Fonte: adaptação de Slack et al (2007) TIPOSDEPROCESSOEM MANUFATURA TIPOSBÁSICOSDEARRANJO FÍSICO Processoporprojeto Processoportarefa Processoemlotes Processoemmassa Processocontínuo Arranjofísicoposicional Arranjofísicofuncional Arranjofísicocelular Arranjofísicolinear Relação entre tipos de processo e tipos básicos de arranjo físico Fonte: adaptação de Slack et al (2007) Arranjo físico misto ▪ A maioria dos arranjos físicos, na prática, éuma combinação dos tipos básicos, muitas vezes chamado de arranjo físico misto;▪ Esses leiautes combinam elementos de alguns ou todos os tipos básicos de arranjo físico, ou empregam tipos básicos de arranjo físico de forma pura em diferentes partes da operação Diagrama produto x quantidade (P–Q) Fonte: Miyake (2008 ) Fonte: Miyake (2008 ) Arranjo físico misto Custo X volume (teoria) Posicion al Funcional Celular Linear Us e Us e Us eposiciona funcional celular l Us e CUSTOS F+V linear VOLUME Fonte: adaptação de Slack et al (2007) Custo X volume (teoria) Fonte: adaptação de Slack et al (2007) Conclusão: Aula 1 Itens que foram tratados nesta aula: ✔ O sistema de transformação; ✔ Classificação dos sistemas produtivos ✔ Arranjo físico. ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ Bibliografia BALLOU, R. H. Logística empresarial. 18. ed. São Paulo: Atlas, 2007. CHASE, R. B.; JACOBS, F. R.; AQUILANO, N. J. Administração da produção para a vantagem competitiva. 10. ed. Porto alegre: Bookman, 2008. CORRÊA H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de produção e operações. manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2004. CORRÊA, H. L.; GIANESI, I. G. N. Just In Time, MRP II e OPT: um enfoque estratégico. São Paulo: Atlas, 1993. CORRÊA, H. L. GIANESI, I. G. N. CAON, M. Planejamento, programação e controle da produção. Atlas, 2001. KRAJEWSKI, L.; RITZMAN, L.; MALHOTRA, M. Administração de produção e operações. 8. ed. São Paulo: Pearson / Prentice Hall, ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ ▪ Bibliografia LIKER, J. K. O Modelo Toyota: 14 princípios de gestão do maior fabricante do mundo. Porto Alegre: Bookman, 2005. MARTINS, P. G.; LAUGENI, F. P. Administração da produção. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2007. MONDEN, Y. Produção sem estoques: uma abordagem prática do sistema de produção da Toyota. São Paulo: IMAM, 1984. OHNO, Taiichi. O Sistema Toyota de Produção: além da produção em larga escala. Porto Alegre: Bookman, 1997. PAIM, R., CARDOSO, V., CAULLIRAUX, H., CLEMENTE, R. Gestão de processos: pensar, agir e aprender. Porto Alegre: Bookman, 2009. PEINADO J.; GRAEMLA. R. Administração da Produção (Operações Industriais e de Serviços). UnicenP , 2007. Disponível parcialmente Bibliogra fia ▪ TUBINO, D. F. Manual de planejamento e controle daprodução. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.▪ TUBINO, D. F. Planejamento e controle da produção: teoria eprática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2007.▪ TUBINO, D. F. Sistemas de produção: a produtividade nochão-de-fábrica. São Paulo: Atlas, 1999.▪ WOMACK, J. P.; JONES, D. T.; ROOS, D. A máquina que mudou o mundo. 3.ed. RIO DE JANEIRO: Campus, 2004.▪ WOMACK, J.; JONES, D. A mentalidade enxuta nasempresas: elimine o desperdício e crie riquezas. Rio de Janeiro: Campus, 1998.
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