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SENTENÇA E RECURSO CIVIL Professor Wellyngton Silva 18/08 **De uma decisão é possível recorrer. O Processo só termina com o Trânsito em Julgado. Fases do Processo: Postulatória: quando se faz o pedido e pode ser contestado. Saneadora: quando o juiz verifica todo o processo para saber se há algo a ser corrigido, ou que “não cabe” no processo, ou até se o processo é inviável. Instrutória: pedido de novas provas e de como deverão ser produzidas para que o juiz tenha uma visão melhor de como resolver a lide. Decisória: como o próprio nome diz, é a fase de decisão. Mas dessa sentença (decisão) cabe recurso/apelação (art. 1009 CPC) **Tempestividade do Recurso: Tempestividade é um requisito de admissibilidade do recurso, segundo o qual cada recurso tem seu prazo estipulado em lei, e a parte deve observá-lo sob pena de ser impedido de recorrer. O prazo, então, é peremptório, ou seja, uma vez passado o momento oportuno, perde-se a possibilidade de fazê-lo. O art. 203 CPC é o eixo para que saibamos quais as providencias devem ser tomadas. →Próxima aula será sobre Sentenças e Decisões Interlocutórias. Despacho: serve para colocar o processo em “marcha”. Ou seja, para que sejam providenciadas certidões, intimações etc. O despacho trata dos expedientes do processo, por esse motivo, não cabe recurso. **Via de regra, para despacho não cabe recurso. Salvo se esse despacho causar prejuízo para uma das partes, o que nem sempre acontece. →Despacho de mero procedimento OU →Despacho que não atende determinado pedido. Ex.: Não seja juntada aquela certidão. Para todos os atos de cunho decisório caberá recurso. Art. 485- são as situações que levarão o juiz a dar uma sentença sem resolução do mérito. Estudaremos bem os artigos 203; 485 ao 508 durante o semestre. *Sentenças→ do art. 485 ao 495 CPC *Coisa Julgada (o fim/extinção do processo) → do art. 502 ao 508 CPC: não se admite mais nenhuma contestação. Está ligada a segurança jurídica e ao fim do processo. Para facilitar e simplificar a compreensão do desenvolvimento processual vamos analisar aos poucos. Cada fase do processo demanda um recurso. Os recursos não são aleatórios e cada momento do processo demanda um recurso adequado para cada circunstância. Todo recurso tem prazo. Via de regra são 15 dias, mas os embargos, por exemplo tem apenas 5 dias. A motivação do recurso é explicar o motivo daquele pedido de recurso. 25/08 Sentença é a entrega do juiz do que foi produzido. Põe fim a fase cognitiva do processo, mas não significa que extingue o processo, pois da sentença cabe apelação (art.1009 CPC). O processo só se extingue com a COISA JULGADA. Mérito é o pedido, ou seja, o que a parte quer do judiciário. Existem sentenças com resolução de mérito e sem a resolução do mérito. O advogado precisa conhecer a estrutura e estar atento a possíveis falhas cometidas pelo juiz. Essas falhas motivam o recurso do advogado. Na estrutura deverá conter os elementos essenciais do art. 489 CPC. A falta de qualquer uma delas não firmam a sentença corretamente. Toda decisão judicial: interlocutória (sentença dentro do processo), sentença (que põe fim a fase cognitiva, Acórdão (feito pelo colegiado) devem conter esses elementos do art. 489 CPC. **Infirmar: demover, modificar. A decisão deve ser global, visando sempre o todo do processo. Quanto a solução do mérito, contidas nos art. 485 e 487 CPC. Quanto a carga (ações). Depende muito dos doutrinadores e do tipo de ação. Quanto a delimitação de repercussão econômica: 1. Sentença Líquida: Valor definido. Na sentença o juiz já decide o valor que se deve. 2. Sentença Ilíquida: O juiz profere uma decisão considerando que uma das partes prevalece sobre outra, mas não define o valor. Ex.: Pedido de reconhecimento de paternidade e pagamento de pensão. O juiz dá ganho de causa pois o DNA deu positivo, mas não definiu o valor da pensão pois não tem documentos que comprovem os ganhos do réu. Nesse caso, o autor ganhou o reconhecimento de paternidade, mas a pensão ainda não foi definida. A prestação jurisdicional deve estar limitada a aprovação das partes. Extra: entende-se a decisão que vai além do pedido, concedendo ao autor mais do que ele pleiteou. Aqui o julgamento do juiz não foge ao que foi pedido numa análise ampla, mas concede a mais do que foi requerido na inicial. Ultra: o defeito é caracterizado pelo fato de o juiz ter ido além do pedido do autor, dando mais do que fora pedido. Exemplo: se o autor pediu indenização por danos emergentes, não pode o juiz condenar o réu também em lucros cessantes. Citra: é aquela que não examina em toda a sua amplitude o pedido formulado na inicial (com a sua fundamentação) ou a defesa do réu. Exemplos: o autor pediu indenização por danos emergentes e lucros cessantes. O juiz julgou procedente o pedido com relação aos danos emergentes, mas não fez qualquer referência aos lucros cessantes. No art.485 CPC identificamos os motivos do processo ser extinto sem o julgamento do mérito. É denominada terminativa porque extingue-se o processo sem entrar no mérito. A partir da publicação que são determinados os prazos para os próximos procedimentos. A interpretação é em sua totalidade. 01/09 Na aula passada aprendemos sobre Sentença – art. 203 §1º CPC. Possui 3 fases: Relatório, fundamento e dispositivo. Hoje aprendemos sobre Coisa Julgada: Coisa julgada é aquela que analisa e decide o mérito, ou seja, aquela que analisa e decide o pedido. Somente a decisão do mérito é que forma a coisa julgada material (art. 502 CPC). A coisa julgada é imutável (não pode mais ser mudada), indiscutível (não há mais o que se discutir). Não cabe recurso. Estabilidade: as decisões não podem ser modificadas após transitado em julgado. Previsibilidade: aquela decisão que formou o trânsito em julgado forma uma jurisprudência e fazer com que o judiciário preveja outras ações. Art. 503 – pode ser julgado total ou parcial o mérito, a decisão do mérito em força da lei. Ex.: Numa ação de reconhecimento de paternidade + pagamento de pensão alimentícia vitalícia para o filho com mais de 18 anos. Nesse caso, poderia o juiz analisar em capítulos (desde que haja autonomia dos pedidos) e, analisando, poderá determinar procedente um e o outro não e julgar o mérito de apenas um. Poderia deferir o reconhecimento de paternidade, mas não acolher o pedido de pensão vitalícia, pois o autor tem mais de 18 anos. Diferente da Material, a Coisa Julgada Formal (art. 485 CPC) pois são aquelas que não resolvem o mérito. Onde o juiz, provocado pelo réu ou de ofício, o juiz encerra o processo sem resolver o mérito. Ex.: Por falta de procuração na PI, o juiz indefere a Inicial. Haverá a coisa julgada formal dentro do processo. A parte perde os prazos para recorrer e emendar a inicial, por exemplo. Isso quer dizer que a parte não poderá recorrer no processo, mas poderá corrigir o vício e entrar com uma nova ação, pois a coisa julgada formal permite isso. Já a coisa julgada material tem seus efeitos amplos e imutáveis. O juiz analisará primeiro a forma, depois o pedido e depois ele decide. Quando falamos de coisa julgada material não há o que se discutir sobre a forma ou o pedido. Não se admite erro. É imutável, indiscutível em todos os sentidos. É de interesse do Estado a proteção da Coisa Julgada Material. Proteção da força da decisão judicial, ou seja, não depende apenas da vontade da parte. A coisa julgada pode ser imposta em qualquer momento do processo. **Arguição: alegação fundamentada; impugnação de argumentos contrários; citação de razões ou motivos para provar ou defender algo; alegação, argumentação. Para haver alegação de coisa julgada precisa haver:partes, causa de pedir e pedido. **Não confundir, pois é parecido com litispendência, mas nesse caso o processo ainda está em andamento. Positivo: deve haver uma harmonia entre as sentenças. Ex.: Reconhecimento de paternidade. Sentença= Definiu que J é pai de A e a mãe é X. X Não recorreu e perdeu o prazo para recorrer e pedir pensão alimentícia. Poderá entrar com uma nova ação pedindo a pensão alimentícia, essa nova ação será embasada com a Coisa Julgada no processo anterior. A coisa julgada não sofre efeitos da preclusão. ➢ Para as partes, a preclusão pode se dar quando o ato não for praticado dentro do prazo estipulado (Preclusão Temporal); ➢ Preclusão lógica: quando houver incompatibilidade com um ato anteriormente praticado (preclusão lógica). É a extinção da faculdade de praticar um determinado ato processual em virtude da não compatibilidade de um ato com outro já realizado. Por exemplo: a sentença é julgada totalmente procedente e o autor, logicamente, aceita aquela decisão. Em seguida, o mesmo interpõe recurso de apelação. Ora, se os pedidos foram julgados procedentes e aceitos, com que finalidade o autor interpôs recurso de apelação? Como o próprio nome já diz, a lógica seria a não interposição de tal recurso pelo autor, mas sim pela parte vencida. ➢ Preclusão consumativa: quando o direito à prática daquele ato já houver sido exercido anteriormente. É a extinção da faculdade de praticar um determinado ato processual em virtude de já haver ocorrido a oportunidade para tanto. Por exemplo: o réu apresenta a contestação no décimo dia. No dia seguinte, viu que se esqueceu de mencionar um fato e tenta apresentar novamente a contestação. Logicamente, tal ato não poderá ser praticado em virtude da já apresentada contestação anterior. Uma vez praticado o ato processual, não poderá ser mais uma vez oferecido, haja vista a existência do instituto preclusão consumativa. No dispositivo está a decisão do mérito. Por esse motivo corresponde aos limites da coisa julgada. Limites da coisa julgada atinge somente as partes do processo, os 3º interessados deverão entrar com embargos de 3º. Ex.: Numa ação de pensão alimentícia que transitou em julgado e o pai terá que pagar 5 mil reais por mês. Com a pandemia, o pai teve o salário reduzido e pediu para ser revisto essa decisão transitada em julgado e o juiz decide que, por um tempo determinado, ele poderá pagar 500 reais. Mas quando o ele voltar a se estabilizar deverá voltar a pagar o valor que o juiz decidiu e transitou em julgado, ou seja, 5 mil reais....se ele não pagar por bem, a mãe entra com a revisão de pensão. 08/09 Hoje falaremos dos conceitos (ideias) que utilizaremos nos recursos, Vamos utilizar o Sentido estrito após uma decisão judicial. O aperfeiçoamento de uma decisão cabe para qualquer uma das partes (pode ser por apenas uma das partes ou por ambas). Decisão Monocrática X Decisão Colegiada Monocrática – decisão proferida por apenas um magistrado. É mais comum na 1ª instância, que é formada por juízes, mas pode ocorrer em qualquer instância ou tribunal. As decisões proferidas em 1ª instância, pelos juízes, consistem em: 1) Sentenças - ato que decide o mérito (principal objeto do pleito judicial) e termina o processo; 2) Interlocutórias - resolvem questões relacionadas ao processo, como pedidos de liminar, mas não analisam o mérito; e, 3) Despachos - determinam providências necessárias para o andamento do processo. Nos tribunais, a decisão monocrática é proferida por desembargadores ou ministros, que compõem órgãos colegiados, mas são autorizados a decidirem sozinhos, nas hipóteses previstas em lei, como análise de pedidos urgentes. Colegiada – decisão proferida por pelo menos 3 magistrados, chamada de acórdão. Em regra, ocorre nos tribunais, seja em decisão de recursos ou ações originárias. a) Juiz de 1º grau - monocrático; Cuidado: a decisão interlocutória as vezes vem como DESPACHO, mas tem teor de decisão. b) Juiz ad quen – se a decisão for do relator é monocrático, se for do colegiado é Acórdão. 5 espécies de decisão: interlocutória sentença, unipessoal do relator, unipessoal do presidente ou vice presidente do tribunal e Acórdão. Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. § 1º Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a execução. § 2º Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre no § 1º. § 3º São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte. § 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário. Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais. Art. 205. Os despachos, as decisões, as sentenças e os acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos juízes. § 1º Quando os pronunciamentos previstos no caput forem proferidos oralmente, o servidor os documentará, submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura. § 2º A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na forma da lei. § 3º Os despachos, as decisões interlocutórias, o dispositivo das sentenças e a ementa dos acórdãos serão publicados no Diário de Justiça Eletrônica. Art. 932. Incumbe ao relator: I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes; II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal; III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; IV - negar provimento a recurso que for contrário a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal; VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso; VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal. Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. Art. 1.011. Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente, o relator: I - decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V; II - se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do recurso pelo órgão colegiado. Significa que, diante de decisões judiciais, há meios de impugnar essas decisões dentro do processo (recursos) ou fora do processo Esses vícios servirão de fundamento para o recurso.➢ Error in procedendo - Erro de procedimento: erro formal (é a falta de alguma formalidade exigida). Dependo da falha ela pode ser anulada ou corrigida. Ex.: ausência de citação. ➢ Error in iudicando - Erro de julgamento: Ex.: a procuradoria alega que o réu não tem CNH, e o juiz sentencia o réu. Mas o réu consegue provar que tem CNH. Nesse caso a decisão pode ser reformada, por algum motivo o juiz não percebeu essa falha. **Cabe recurso no Mandado de Segurança? Sim. O Mandado de Segurança é um recurso. Sucedâneo recursal é todo meio de impugnação de decisão judicial que nem é recurso nem é ação de impugnação. São esses os 4 exemplos: São exemplos: pedido de reconsideração, pedido de suspensão da segurança (Lei Federal n.8.437/1992, art. 4º; Lei Federal n. 4.348/1964, art. 4º), a remessa necessária (CPC, art. 475) e a correição parcial. (DIDIER, Fredie. Curso de Direito Processual Civil. Salvador/BA: Editora Juspodivm, vol. II, 4ª ed., 2009, p. 27). **Os princípios servem de sustentação, são os eixos estruturais do nosso Direito. ✓ Princípio do Duplo Graus de Jurisdição: É o que sustenta alguns tipos de recurso. Não há uma previsão expressa na CF, mas é possível de se evidenciar sua existência. Onde há a possibilidade de que o recurso seja analisado pelo STF, por exemplo. http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104516/lei-8437-92 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11369090/artigo-4-da-lei-n-8437-de-30-de-junho-de-1992 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104518/lei-4348-64 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11369475/artigo-4-da-lei-n-4348-de-26-de-junho-de-1964 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91735/c%C3%B3digo-processo-civil-lei-5869-73 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10687285/artigo-475-da-lei-n-5869-de-11-de-janeiro-de-1973 ✓ Princípio da Taxatividade: o recurso que será utilizado deverá estar previsto na Lei. **Mesmo que as partes concordem com um novo recurso, mesmo que ele não exista ainda.... Não é possível, pois não está previsto em lei. ✓ Princípio da Singularidade: Essa é a regra. Significa que para que determinada decisão judicial há um determinado recurso específica e previsto em lei. Para cada evento específico haverá apenas um recurso. ✓ Princípio da Fungibilidade: Esse princípio não é a regra, ele é excepcional e serve para raros casos com previsão na lei (ex.: art. 1032 CPC. É quando se aceita um recurso no lugar do outro, somente em casos excepcionais e sempre verificando os requisitos dentro da lei. ** O que é recurso especial? O recurso especial, previsto no art. 105, inciso III da Constituição Federal, é um meio de recorrer ao Superior Tribunal de Justiça após decisão proferida por segunda instância que, de alguma forma, contenha violação à lei federal. ✓ Princípio da Voluntariedade: quando o judiciário age por provocação de uma das partes. O judiciário não age de ofício em matéria recursal. ✓ Princípio da vedação reformatio in pejus: O princípio da proibição da Reformatio in Pejus consiste em proibir a reforma da decisão recorrida de modo que piore a situação do recorrente, desde que a outra parte não recorra. Esta ressalva é muito importante, pois faz com que a proibição da Reformatio in Pejus não seja absoluta, e sim relativa, uma vez que se ambas as partes recorrerem, pode ser que haja a reforma da decisão recorrida de modo que piore a situação da parte que obteve uma decisão desfavorável. **Em outras palavras, o recorrente jamais pode ter sua situação agravada em seu próprio recurso. Isto poderá ocorrer se houver recurso da outra parte, mas jamais no recurso interposto pelo próprio recorrente. Exemplo: José e Maria estão litigando acerca de uma dívida. José alega que deve R$10.000,00 (dez mil reais), ao passo que esta alega que aquele lhe deve a quantia de R$20.000,00 (vinte mil reais). Ao proferir sentença o juiz condena José ao pagamento de R$15.000,00 (quinze mil reais). Se José Recorrer sozinho da decisão, o órgão ad quem não poderá aumentar o valor da condenação. Entretanto, se Maria também interpor recurso, pleiteando o valor integral do pedido inicial, o órgão ad quem poderá majorar a condenação, perfazendo o valor de até R$20.000,00 (vinte mil reais). **Juiz Leigo: é o juiz que não é concursado. Todos os juízes fazem a análise da admissibilidade. 1. Cabimento (demonstrar que o recurso é cabível); interesse (as partes demonstrar o interesse); legitimação (da legitimação das partes do processo); inexistência. 2. Recorribilidade (demonstrar que a decisão é recorrível); Singularidade; preparo (recolhimento das custas); tempestividade (cuidado com os prazos para não os perder - apresentar o recurso dentro do prazo legal); Regularidade formal (obedecer às normas); Motivação do recurso Art. 996 CPC ✓ Devolutivo: recurso apresentado ao tribunal e que é devolvido a análise; ✓ Suspensivo: suspende o andamento do processo ✓ Substitutivo: a decisão do tribunal substitui a decisão do juiz a quo ✓ Expansivo: A instancia superior poderá decidir além da decisão do juiz de 1º grau ✓ Regressivo: o juiz quando recebe o recurso admite que errou e corrige o erro ✓ Ativo: É de gerar uma decisão por completo do processo. **PRÓXIMA AULA VEREMOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. Abaixo um modelo: PROCESSO N°: 0000232-41.2000.8.18.0032 AÇÃO DE EXECUÇÃO FISCAL- EMBARGOS DECLARAÇÃO EMBARGANTE: A FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL. DECISÃO Trata-se de Embargos de Declaração opostos por A FAZENDA PÚBLICA ESTADUAL, por meio da qual sustenta haver omissão na sentença de fls. 36/40, ao argumento de que o magistrado deixou de apontar qual seria o valor atualizado da dívida exequenda para fins de seu enquadramento nas disposições do art. 8° da lei complementar 130/2009. É o relatório. DECIDO. O Código de Processo Civil encarta previsão legislativa referente ao recurso em tela quando, no seu artigo 535, incisos l e II, afirma que havendo no texto da sentença ou do acórdão, vício de contradição, de obscuridade ou de omissão cabe o manejo do recurso para que se venha a sanar o vício sob pena de comprometer a inteira vontade manifestada na decisão. Nesse sentido, não comporta via dos embargos declaratórios qualquer outra discussão que não seja a que verse acerca de correção de contradições, esclarecimento de obscuridades e sanatória de omissões verificadas na decisão atacada. Com efeito, o valor foi apontado na sentença, ou seja, 2000 UFR, correspondente a R$ 3880,00(trcs mil oitocentos e oitenta reais). Extrai-se trecho da sentença: "Após análise do objeto das execuções constantes da lista anexa percebo que os débitos exequendos são, individualmente, iguais ou inferiores a 2000UFR, correspondente a R$ 3880,00". Assim, seja em razão da sentença ter considerado o valor atualizado da dívida exequenda, não enxergo quaisquer das hipóteses legais que possam ensejar a modificação do julgado. No caso, não concordando o embargante com o que restou decidido, cabe tratar da referida matéria por meio das vias ordinárias próprias e não mediante interposição de embargos declaratórios, uma vez que não se vislumbra o preenchimento dos requisitos necessários do citado recurso. Ante o exposto, conheço dos embargos de declaração apresentados pelo Embargante, porém NEGO-LHES PROVIMENTO, por não se encontrar presente no caso qualquer das hipóteses do artigo 535, incisos l e II, do Código de Processo Civil. P.R.I. Picos, 18 de dezembro de 2014. Bela. Maria da Conceição Gonçalves Portela. Juíza de Direito da^P Vara da Comarca de Picos-PI. 15/09 A prestação jurisdicional se conclui com a sentença. Os embargos buscam aperfeiçoar a decisão jurisdicional (qualquer decisão). A essência do despacho é impulsionar o processo e não para ter cunho decisório, mas se o despacho tiver essa característica poderá sofrer embargos de declaração.Algumas vezes, os embargos são utilizados para se ganhar tempo, verificado isso o juiz estipula multa. É preciso demonstrar, com base no CPC art. 1022 incisos I, II ou III (deverá ser citado em qual se enquadra). CUIDADO com o prazo!!! Sempre observar o art. 219 CPC O endereçamento sempre será ao juiz que sentenciou ou para o órgão que proferiu a sentença. **Por que não se recolhe as custas nos embargos? Porque só está sendo levado ao conhecimento do juiz a necessidade de uma correção. Para esse recurso, o juiz não intima a parte contrária. Por que isso ocorre? O Juiz recebe a argumentação e analisa e verifica a necessidade de correção, por isso não há necessidade da parte contrária. Qualquer ato decisório está sujeito aos embargos de declaração. Ex.: se após os embargos a decisão for modificada e prejudicar a outra parte, o juiz irá convocá- la para que se pronuncie. O Prazo é de 5 dias. Via de regra, não tem efeito suspensivo, mas se for verificado risco ou dano grave poderá ser suspenso. Se os embargos modificaram a sentença, o recurso que a outra parte fez ficou prejudicado, afinal o recurso interposto foi com base na sentença. Embargos protelatórios são aqueles que as partes podem utilizar para alongar o prazo. É uma ilicitude, e se o juiz o identificar aplicará multas. 22/09 Cuidado!!! Só caberá agravo se estiver elencado no atr. 1015 CPC E o que não está previsto no 1015 CPC? Nesse caso devem ser solicitadas em preliminar de apelação, ou seja, após a sentença. O Fato é a decisão interlocutória previsto em um dos incisos do 1015 CPC É processado fora do processo. O efeito suspensivo não é a regra, ele deve ser provocado. Quando se entra com o Agravo o processo não para. Para se obter uma suspensão é preciso que se peça no tribunal. 29/09 APELAÇÃO Abaixo um modelo de Apelação: EXCELENTISSIMO SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE RIBEIRÃO PRETO, ESTADO DE SÃO PAULO. PROCESSO Nº __________________________, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº ________, estabelecida na rua ________, nº ________, bairro ________, CEP ________, cidade ________, representada por __________________________, nacionalidade ________, estado civil ________, profissão ________, na função de administrador e acionista controlador da sociedade autora, por seu advogado e procurador que esta subscreve, não conformado com a r. sentença de fls. Nº. ________, proferida nos autos da AÇÃO DE CONHECIMENTO movida em face de __________________________, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº _________, estabelecida na rua ________, nº ________, bairro ________, CEP ________, cidade ________, representada por Nome ________, nacionalidade ________, estado civil ________, profissão ________, na função de administrador(a) e acionista controlador(a) da sociedade ré, interpor recurso de APELAÇÃO Com base nos artigos 1.009 e 1.014 do CPC, e comprovada à tempestividade do presente nos termos dos artigos 218 e 223 do CPC, e requerendo seja o interessado intimado para, em querendo, apresentar contrarrazões ao presente recurso e, após, seja remetido o presente ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, não sendo a autora beneficiária da assistência judiciária gratuita verifica-se, neste ato, o correto recolhimento das custas de porte e remessa conforme previsão no artigo 1.007 do CPC. Nestes termos, P. Deferimento Ribeirão Preto/SP, dia/mês/ano Advogado ___________________________ OAB/SP nº __________________________ EXCELENTISSIMO. SRS. DESEMBARGADORES DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Origem: 1ª Vara Cível de Ribeirão Preto/SP Processo nº ________________________ Apelante: __________________________ Apelado: __________________________ RAZÕES DA APELAÇÃO DOS FATOS A apelante propôs Ação de Conhecimento sob o rito ordinário em face da apelada, tendo por objeto a discussão do uso indevido que a apelada fez com a marca da apelante. Os pedidos da apelante, na ação de primeira instância, recaíram sobre a abstenção da apelante em usar a expressão “Persépolis”, sobre qualquer modo ou meio gráfico, uma vez que isso se assemelha a marca da apelante “Perseu”, também a proibição da comercialização de produtos que tenham a utilização da marca, o que caracteriza uma concorrência desleal para com a apelante, bem como, a busca e apreensão de produtos nos quais foi utilizada indevidamente a marca “Perseu” de propriedade da Apelante, e ainda, a condenação da apelada ao pagamento de danos materiais e morais, decorrentes da comercialização indevida de produtos objeto de contrafação. DA DECISÃO JUDICIAL A ação de conhecimento foi julgada parcialmente procedente pelo juízo de primeira instância, que reconheceu a semelhança das marcas “Perseu” e “Persépolis”, o que causa uma confusão ao consumidor, sendo inviável a coexistência das duas no mesmo segmento de mercado. Foi determinado na sentença que a apelada se abstenha do uso da marca “Perseu” ou expressão “Persépolis”, conforme requerido na inicial, sendo fixada multa diária de R$5.000,00 (cinco mil reais) em caso de descumprimento da decisão, e a busca e apreensão dos produtos da apelada que contenham, indevidamente, a marca “Perseu” ou a expressão “Persépolis”. O pedido de danos morais e materiais foram julgados improcedentes, sob o fundamento de que descabe o dano material em caso de não comercialização dos produtos de marca falsificada, já que a apelante não demonstrou na instrução probatória que deixou de vender seus produtos em razão da contrafação, e descabe os danos morais por serem os direitos da https://jus.com.br/tudo/processo https://jus.com.br/tudo/propriedade https://jus.com.br/tudo/direitos-da-personalidade personalidade inerentes e essenciais à pessoa humana, não podendo, pois, ser atribuídos tais direitos as pessoas jurídicas. DO MÉRITO A r. decisão do juízo ‘a quo’ que julgou improcedente os danos morais e materiais, sobre o fundamento de não ser a pessoa jurídica dotada dos direitos inerentes a personalidade, bem como, de não ter a apelante comprovado que deixou de vender ou diminuiu suas vendas em razão da contrafação, é totalmente descabida, devendo a sentença ser reformada in totum. A Constituição Federal prevê no inciso X do artigo 5º, que é assegurado como garantia fundamental ao indivíduo, indenização por danos materiais e morais, em decorrência de violação à sua honra e imagem, o que é, sem a menor sombra de dúvidas, o caso do apelante. A contrafação praticada pelo apelado, utilizando a marca e expressão semelhante a do apelante, causa confusão entre os consumidores que não sabem fixar a diferença entre um e outro, além de que, apesar de ser a apelante pessoa jurídica de direito privado, conforme previsto no artigo 52 do Código Civil, aplica-se a ela, no que couber, a proteção dos direitos a personalidade, nos remetendo ao inciso V da Constituição Federal que assegura o direito a indenização por dano moral, material ou à imagem, bem como, já consagrado pela súmula 227 do STJ, a pessoa jurídica pode sim sofrer dano moral. DO CABIMENTO DE DANOS MORAIS O dano moral, por se tratar de algo imaterial, tem uma forma distinta em sua comprovação. No caso da pessoa jurídica, conforme descrito pelo doutrinador Silvio de Salvo Venosa, o dano atinge o nome e tradição de mercado, tendo uma repercussão econômica, mesmo que de forma indireta. Na presente demanda, é possível observar a existência do dano a partir da utilização da marca do apelante pelo apelado, de forma indevida e sem prévia autorização, simulando serem aqueles produtos vendidos por ela os de fabricação original da apelante. O consumidor que compraprodutos nessas condições de semelhanças, porém com qualidade diferenciada, atribui à proprietária da marca, ora apelante, as péssimas experiências que teve com o referido produto, fazendo com que este consumidor deixe de adquirir novos produtos, bem como, em muitos casos deixe de indicar ou faça má propaganda da marca. Resta claro que, a concorrência desleal praticada pela apelada causou a apelante um dano in re ipsa, ao utilizar a marca daquela, bem como, expressão que a esta se assemelhava. Neste sentido, decidiu a turma recursal do TJ-SP Apelação APL 01159520920098260100, reconhecendo o dano moral https://jus.com.br/tudo/direitos-da-personalidade https://jus.com.br/tudo/dano-moral e fixando indenização sobre as vendas da parte vencida, limitando-se tal indenização até que descontinuado o uso indevido da marca. DO CABIMENTO DE DANOS MATERIAIS Apesar de não comprovada explicitamente, o patrimônio da apelante foi diretamente lesado pela conduta praticada pela apelada, o que caracteriza por si só o dano material, conforme previsão do inciso V, artigo 5º da Constituição Federal. O dano material se subdivide em duas naturezas, quais sejam: o dano emergente e o lucro cessante. No presente caso, apesar da ausência de demonstração efetiva do dano, é possível assegurar a existência de dano emergente, uma vez que, este corresponde ao prejuízo imediato e mensurável do indivíduo, ou seja, a perda efetivamente sofrida por ele. A mera utilização da apelada pela cor e design, semelhantes ao da apelante, conforme reconhecido na decisão do juízo ‘a quo’, leva o consumidor a concluir que ambos os produtos eram provenientes do mesmo fabricante, fazendo com que assim, deixe de procurar as instalações da apelante para aquisição dos produtos, sendo suficiente para gerar prejuízos a proprietária da marca. Defendendo tal tese, a turma do TJ-MG na decisão 3009056 MG 2.0000.00.300905-6/000(1), reconheceu que em casos de contrafação, que foi exatamente o ocorrido na presente demanda, não há o que se falar em exigência de comprovação de prejuízos, já que eles estão inseridos na própria infração. DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer seja o presente recurso conhecido e a ele atribuído total provimento para reformar a sentença do juízo ‘a quo’, julgando procedentes os pedidos de condenação de danos morais e danos materiais. Por fim, requer a inversão do ônus da sucumbência, por não ter sido a apelante quem deu causa a presente ação. Termo em que, P. Deferimento. Ribeirão Preto, dia / mês / ano O momento da apelação é após a sentença. **Se o conteúdo de uma decisão interlocutória, que é para agravo, mas perco o prazo, será que posso alegar isso em preliminar de Apelação? Não. Pois se estiver no rol do agravo e perder o prazo não há o que fazer pois o direito precluiu. O Agravo de Instrumento cabe em decisões interlocutórias que constam no art. 1015 CPC. No caso de uma sentença que conste conteúdo do art. 1015, independente do conteúdo da SENTEÇA....em sentença cabe apelação. CUIDADO!!! Será devolvida ao tribunal, pois o real dono da apelação é o tribunal. Por isso tem esse caráter devolutivo. O tribunal chama a o efeito da matéria impugnada. A regra é o efeito suspensivo no 1012, mas há a exceção no § 1º. CUIDADO! **Todos os processos nos tribunais são destinados a um relator. É o que diz o § 3º do 1012. Mesmo com a exceção do § 1º, o apelante poderá requisitar a suspenção. **O inciso segundo diz respeito às nulidades: extra petita, citra petita e ultra petita. **O processo só tem condições de ser julgado quando preencher todas as etapas do processo, ou seja, quando estiver completo. **A apelação só vai para o tribunal após o juiz de primeiro grau realizar todas as formalidades. **Apelação adesiva = é a apelação da outra parte, pois há casos em que as duas partes querem apelar. A 1ª apelação que for protocolada em juízo será a Apelação Principal. A 2ª Apelação é denominada Apelação Adesiva. 06/10 Via de regram os processos que correm em juízo de 1º grau seguem diferentes princípios legais, envolve os ritos processuais, e dentre esses existe o duplo grau de juízo ou a dualidade, ou seja, o processo inicia no 1º grau e se uma ou ambas as partes estiverem descontentes com a sentença dada pelo juiz de 1º grau recorrem ao colegiado (2º grau). Alguns processos não têm essa dualidade pois já iniciam no STF. Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República; C e D são penal e) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território; f) as causas e os conflitos entre a União e os Estados, a União e o Distrito Federal, ou entre uns e outros, inclusive as respectivas entidades da administração indireta; G, H, I penal l) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões; m) a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais; n) a ação em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, e aquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejam direta ou indiretamente interessados; o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal; p) o pedido de medida cautelar das ações diretas de inconstitucionalidade; Q legislativo Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - processar e julgar, originariamente: a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc03.htm#art1 ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais; d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos; f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões; g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da União; demais são penal Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais: I - processar e julgar, originariamente: a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; e) os conflitos de competência entre juízes federais vinculados ao Tribunal; demais são penal E os Tribunais de Justiça? Art. 125. Os Estados organizarãosua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta Constituição. § 1º A competência dos tribunais será definida na Constituição do Estado, sendo a lei de organização judiciária de iniciativa do Tribunal de Justiça. **O parâmetro geral está estabelecido no art. 125 da CF. Na Constituição do Estado de São Paulo: Artigo 74 - Compete ao Tribunal de Justiça, além das atribuições previstas nesta Constituição, processar e julgar originariamente: I - nas infrações penais comuns, o Vice-Governador, os Secretários de Estado, os Deputados Estaduais, o Procurador-Geral de Justiça, o Procurador-Geral do Estado, o Defensor Público Geral e os Prefeitos Municipais; VII - as ações rescisórias de seus julgados e as revisões criminais nos processos de sua competência; VIII - os conflitos de competência entre os Tribunais de Alçada ou as dúvidas de competência entre estes e o Tribunal de Justiça; (**) Redação dada pela Emenda Constitucional nº 21, de 14 de fevereiro de 2006 IX - os conflitos de atribuição entre as autoridades administrativas e judiciárias do Estado; X - a reclamação para garantia da autoridade de suas decisões; (**) XI - a representação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo municipal, contestados em face da Constituição (**)Federal (ADIN 347-0/600 – LIMINAR DEFERIDA). Artigo 75 - Compete, também, ao Tribunal de Justiça: I - provocar a intervenção da União no Estado para garantir o livre exercício do Poder Judiciário, nos termos desta Constituição e da Constituição Federal; II - requisitar a intervenção do Estado em Município, nas hipóteses previstas em lei. Artigo 76 - Compete, outrossim, ao Tribunal de Justiça processar e julgar, originariamente ou em grau de recurso, as demais causas que lhe forem atribuídas por lei complementar. § 1º - Cabe-lhe, também, a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada, em qualquer fase do processo, a delegação de atribuições. § 2º - Cabe-lhe, ainda, processar e julgar os recursos relativos às causas que a lei especificar, entre aquelas não reservadas à competência privativa do Tribunal de Justiça Militar ou dos órgãos recursais dos Juizados Especiais. http://www.legislacao.sp.gov.br/legislacao/dg280202.nsf/bb1fa096e3fc874583256b6f0068b734/d4252e09903103790325714d0055a239?OpenDocument Do art. 926 ao 993 CPC trata de providências adotadas pelos tribunais. Do art. 926 ao 946 são as disposições gerais Do art. 947 ao 993 tratam de temas de competências dos tribunais Todo processo é distribuído para um juiz e esse juiz irá analisar e poderá julgar, sozinho, o mérito. A decisão do colegiado, cada um deles analisa e dá seu parecer, mas quem decide é o Tribunal. 926 O presidente é responsável pela Paula, pela turma. Ele administra a cessão. O relator é quem recebe inicialmente o processo ou recurso. Art. 931. Distribuídos, os autos serão imediatamente conclusos ao relator, que, em 30 (trinta) dias, depois de elaborar o voto, restituí-los-á, com relatório, à secretaria. **Vale lembrar que cada tribunal tem suas próprias regras. A primeira análise é feita pelo relator. Ele já opina (em seu relatório). Art. 932. Incumbe ao relator: I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das partes; **Essa produção de provas diz respeito apenas aos processos originários? A produção de provas pode ser aceita nos tribunais também, e o relator deverá decidir se procede ou não. Ex.: no processo originário não foi aceita uma prova, a parte entra com embargos de declaração para que essa prova seja apreciada. II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal; III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida; **se houver algum erro no processo o recurso pode ser negado pelo relator. IV - negar provimento a recurso que for contrário a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a: a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou do próprio tribunal; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, quando este for instaurado originariamente perante o tribunal; VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso; VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do tribunal. Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. Art. 929. Os autos serão registrados no protocolo do tribunal no dia de sua entrada, cabendo à secretaria ordená-los, com imediata distribuição. Registro e Distribuição Parágrafo único. A critério do tribunal, os serviços de protocolo poderão ser descentralizados, mediante delegação a ofícios de justiça de primeiro grau. Art. 930. Far-se-á a distribuição de acordo com o regimento interno do tribunal, observando-se a alternatividade, o sorteio eletrônico e a publicidade. Parágrafo único. O primeiro recurso protocolado no tribunal tornará prevento o relator para eventual recurso subsequente interposto no mesmo processo ou em processo conexo. A prevenção está prevista no parágrafo único Art. 931. Distribuídos, os autos serão imediatamente conclusos ao relator, que, em 30 (trinta) dias, depois de elaborar o voto, restituí-los-á, com relatório, à secretaria. Trata do relatório e do voto do relator Art. 934. Em seguida, os autos serão apresentados ao presidente, que designará dia para julgamento, ordenando, em todas as hipóteses previstas neste Livro, a publicação da pauta no órgão oficial. Art. 936. Ressalvadas as preferências legais e regimentais, os recursos, a remessa necessária e os processos de competência originária serão julgados na seguinte ordem: I - aqueles nos quais houver sustentação oral, observada a ordem dos requerimentos; II - os requerimentos de preferência apresentados até o início da sessão de julgamento; III - aqueles cujo julgamento tenha iniciado em sessão anterior; e IV - os demais casos. Art. 937. Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do Ministério Público, pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final do caput do art. 1.021 : I - no recurso de apelação; II - no recurso ordinário; III - no recurso especial; IV - no recurso extraordinário; V - nos embargos de divergência; VI - na ação rescisória, no mandado de segurança e na reclamação; VII - (VETADO); http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art1021 VIII - no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da evidência; IX - em outras hipóteses previstas em lei ou no regimento interno do tribunal. § 1º A sustentação oral no incidente de resolução dedemandas repetitivas observará o disposto no art. 984 , no que couber. É o momento em que as partes irão argumentar/expor sucintamente suas alegações, organizado pelo presidente § 2º O procurador que desejar proferir sustentação oral poderá requerer, até o início da sessão, que o processo seja julgado em primeiro lugar, sem prejuízo das preferências legais. Aqui é o relator que apresenta a causa § 3º Nos processos de competência originária previstos no inciso VI, caberá sustentação oral no agravo interno interposto contra decisão de relator que o extinga. § 4º É permitido ao advogado com domicílio profissional em cidade diversa daquela onde está sediado o tribunal realizar sustentação oral por meio de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que o requeira até o dia anterior ao da sessão. Art. 940. O relator ou outro juiz que não se considerar habilitado a proferir imediatamente seu voto poderá solicitar vista pelo prazo máximo de 10 (dez) dias, após o qual o recurso será reincluído em pauta para julgamento na sessão seguinte à data da devolução. Pedido de Vista § 1º Se os autos não forem devolvidos tempestivamente ou se não for solicitada pelo juiz prorrogação de prazo de no máximo mais 10 (dez) dias, o presidente do órgão fracionário os requisitará para julgamento do recurso na sessão ordinária subsequente, com publicação da pauta em que for incluído. § 2º Quando requisitar os autos na forma do § 1º, se aquele que fez o pedido de vista ainda não se sentir habilitado a votar, o presidente convocará substituto para proferir voto, na forma estabelecida no regimento interno do tribunal. Art. 941. Proferidos os votos, o presidente anunciará o resultado do julgamento, designando para redigir o acórdão o relator ou, se vencido este, o autor do primeiro voto vencedor. Julgamento do Colegiado e o Resultado do Julgamento § 1º O voto poderá ser alterado até o momento da proclamação do resultado pelo presidente, salvo aquele já proferido por juiz afastado ou substituído. Retratação de voto § 2º No julgamento de apelação ou de agravo de instrumento, a decisão será tomada, no órgão colegiado, pelo voto de 3 (três) juízes. § 3º O voto vencido será necessariamente declarado e considerado parte integrante do acórdão para todos os fins legais, inclusive de pré-questionamento. Relevância do voto vencido **O acordão é uma “sentença”. Os requisitos para o acórdão são os mesmos da sentença: a) o relatório; b) os fundamentos de fato e de direito; c) o dispositivo **Quando o voto é unanime quem dizer que todos acompanharam o relator. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art984
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