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Educação Física Adaptada Deficientes Visuais ACADEMICOS Alexandro Portugues Cristiane Marques Josinete dos Santos Lays Rodrigues Luciana Campos Rivanessa Maria Ryan Menezes Tacyanne Ferreira VISÃO A visão é um dos sentidos que nos ajuda a compreender o mundo à nossa volta, ao mesmo tempo em que nos dá significado para os objetos, conceitos e ideias. O QUE É DEFICIÊNCIA VISUAL? A deficiência visual é definida como a perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da visão, não sendo susceptível de ser melhorada ou corrigida com o uso de lentes e/ou tratamento clínico ou cirúrgico. CAUSAS DA DEFICIÊNCIA VISUAL Congénitas: amaurose congénita de Leber, malformações oculares, glaucoma congénito, catarata congénita. Adquiridas: traumas oculares, catarata, degeneração senil de mácula, glaucoma, alterações relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes. O NÍVEL DE ACUIDADE VISUAL PODE VARIAR O QUE DETERMINA DOIS GRUPOS DE DEFICIÊNCIA Cegueira - há perda total da visão ou pouquíssima capacidade de enxergar, o que leva a pessoa a necessitar do Sistema Braille como meio de leitura e escrita. Baixa visão ou visão subnormal - caracteriza-se pelo comprometimento do funcionamento visual dos olhos, mesmo após tratamento ou correção. As pessoas com baixa visão podem ler textos impressos ampliados ou com uso de recursos óticos especiais. CONSEQUÊNCIAS DA BAIXA VISÃO Percepção Turva • Os contrastes são poucos perceptíveis; • As distâncias são mal apreciadas; • Existe uma má percepção do relevo; • As cores são atenuadas. Escotoma Central e Visão Periférica • Funciona apenas a retina periférica, que não é tão discriminativa, pelo que pode ser necessária a ampliação da letra para efeitos de leitura; • É em geral impeditiva das atividades realizadas com proximidade dos restantes elementos ,bem como da leitura; • Apresenta acuidade visual baixa (cerca de 1/10). Visão Tubular • A retina central funciona, podendo a acuidade visual ser normal; • A visão noturna é reduzida, pois depende funcionalmente da retina periférica; • Podendo não limitar a leitura, é muito limitativa das atividades de autonomia. DEFICIENCIA VISUAL EM SITUAÇÕES ESCOLARES E NÃO ESCOLARES Além da família, a escola e a sociedade também podem (e devem) contribuir no sentido de ajudar a enfrentar os obstáculos colocados pela deficiência. A escola é uma das grandes aliadas na luta pela integração. A fonte de informações mais importante para o educador traçar sua diretriz de ação junto ao educando é saber como ele é (como percebe, age, pensa, fala e sente). Para conhecer o deficiente visual e seus significados (interesses e conhecimentos) e habilidades, é necessário acompanhá-lo nesse trajeto percorrido pelo seu corpo, prestando atenção ao referencial perceptual que ele irá revelar que não é o da visão. A cooperação das famílias e a mobilização da comunidade em busca de melhor qualidade de vida, educação e participação social das pessoas com deficiência anuncia novos tempos, de combate às atitudes discriminatórias, de disseminação do conhecimento e, principalmente, com a criação de uma sociedade mais acolhedora e solidária. AS MAIORES NECESSIDADES PERCEBIDAS NESSES ALUNOS, SEGUNDO ELES SÃO: Familiares As famílias tendem a se dar conta que existem lugares apropriados para atender seus filhos muito tarde, ou seja, quando eles na maioria das vezes já passaram da fase escolar. Imagem e Esquema Corporal As crianças DV por apresentarem um desempenho motor inferior, devido à falta da Imagem corporal, que é o conjunto de sensações e percepções que o individuo tem a respeito do seu próprio corpo, ou seja, a sua representação corporal. Orientação e Mobilidade “O que é mais complicado para eles é a orientação e mobilidade. Eles têm que ter um ponto de referência para poder estar se orientando para poder se mobilizar”. Nas aulas de EF é necessário que se faça um trabalho nesse aspecto, pois para eles há certa dificuldade para locomoção. AVALIAÇÃO FUNCIONAL DA VISÃO É a observação do desempenho visual do aluno em todas as atividades diárias Na avaliação funcional da visão considera- se a acuidade visual, o campo visual e o uso eficiente do potencial da visão. Avaliação Funcional da Visão revela dados qualitativos de observação informal sobre: O nível de desenvolvimento visual do aluno; O uso funcional da visão residual para atividades educacionais, de vida diária, orientação e mobilidade; a necessidade de adaptação à luz e aos contrastes; Adaptação de recursos ópticos, não-ópticos e equipamentos de tecnologia avançada. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL Classificação funcional é o que estrutura uma competição. Os atletas paraolímpicos possuem uma deficiência em estruturas e funções corporais que levam a uma desvantagem competitiva no esporte. Consequentemente, são utilizado critérios que garantam que a vitória seja determinada pela habilidade, aptidão, poder, resistência, capacidade técnica e foco – os mesmos fatores explicam o sucesso de atletas fisicamente aptos. Os critérios definem que grupos de deficiências podem competir nos diferentes esportes; além de reunir atletas em classificações definidas pelo grau de limitação relacionado à deficiência e às tarefas específicas de cada modalidade. Assim, atletas com diferentes deficiências – mas que tenham certa relação – podem competir juntos. MODALIDADES PARAOLIMPICAS PARA DEFICIENTES VISUAIS Atletismo Gerenciado pelo Comitê Paraolímpico Internacional (IPC), possui diversas categorias. Para as provas de campo, como arremesso, lançamentos e saltos, aceita deficientes visuais. Esgrima Coordenada pela Federação Internacional de Esportes para Amputados e Cadeirantes (IWAS). Permite atletas com paralisia cerebral, amputados e lesões medulares. As limitações mínimas exigidas são deficiências dos membros inferiores de nível comparável a amputações até o joelho. Futebol de 5 É regulado pela Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA) seguindo as regras da FIFA. Permite apenas jogadores deficientes visuais, existindo a possibilidade de um atleta não deficiente para a função de goleiro. Entretanto, todos precisam usar vendas. Goalball Também sob a jurisdição da Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA), é um esporte exclusivo para deficientes visuais. Os atletas competem em três categorias, que englobam diferentes níveis de deficiência, desde cegueira total à certa acuidade visual – sendo que os atletas que não são totalmente cegos utilizam vendas. Judô Sob a tutela da Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA), é destinada a deficientes visuais e dividida em três classes: •B1: cegueira total •B2: atletas que possuem percepção de vultos (com acuidade visual de até 2/60) • B3: atletas que conseguem definir imagens (com acuidade visual entre 2 e 6/60) Natação Coordenada pelo IPC com as regras da Federação Internacional de Natação, permite a participação de nadadores com deficiência visual, física e cegos. São diversas classes que se dividem em três principais categorias, sendo a primeira para atletas com limitações físico-motoras; a segunda para deficientes visuais e a terceira para deficientes mentais. Tiro esportivo Regulado pelo IPC, é praticado por atletas portadores de deficiência física. Divide-se em três classes: SH1: atiradores que não precisam de suporte para a arma SH2: atiradores que precisam de suporte para a arma SH3: atiradores com deficiência visual Vela Coordenado pela Associação Internacional de Vela para Deficientes, em conjunto com a Federação Internacional de Vela. Destinado a atletas amputados, com paralisia cerebral, deficiência visual, lesão medular e les autres. A classificação se baseia em quatro fatores: estabilidade, função motora, mobilidade e visão. OS OUTROS SENTIDOS Deficiência Visual O TATO é um dosprincipais sistemas sensoriais que as crianças não videntes usam para conhecer o mundo à sua volta. O tato permite uma coleta de informações bastante precisa sobre os objetos próximos, mas é muito mais lento que a visão e, por isso, a exploração dos objetos grandes é fragmentária e sequencial. Deficiência Visual A AUDIÇÃO também terá grande importância para o desenvolvimento e a aprendizagem dos cegos. Além de ser utilizada para a comunicação verbal, os não videntes a utilizam para localizar a identificação de objetos e pessoas no espaço. A habilidade de atribuir significado a um som sem perceber visualmente a sua origem é difícil e complexa. Deficiência Visual O OLFATO serve para os não videntes para reconhecer pessoas e ambientes, ajudando os demais sistemas sensoriais na complexa tarefa de conhecer o espaço distante. Deficiência Visual O SISTEMA PROPRIOCEPTIVO proporciona a orientação e a mobilidade na ausência da visão. Possibilita aos não videntes o reconhecimento espacial do corpo e equilíbrio. REFLEXÃO “Se você deixa de ver a pessoa, vendo apenas a deficiência, quem é o cego? Se você deixa de ouvir o grito de seu irmão por justiça, quem é o surdo? Se você não pode comunicar-se com sua irmã e a separa de você, quem é o mudo? Se sua mente não permite que seu coração alcance seu vizinho, quem é o deficiente mental? Se você não se levanta para defender os direitos de todos, quem é o aleijado? Nossa atitude com as pessoas deficientes pode ser nossa maior deficiência...” (Autor desconhecido) REFERENCIA http://deficiencia.no.comunidades.net/deficiencia-visual http://www.esporteessencial.com.br/memoria-olimpica/jogos-paralimpicos-de-verao/classificacao-funcional/ http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000344.pdf http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dv.pdf Sá, Elizabet Dias de. Atendimento Educacional Especializado: Deficiência visual / Elizabet Dias de Sá, Izilda Maria de Campos, Myriam Beatriz Campolina Silva. - São Paulo : MEC/SEESP, 2007. 54p
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