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Distúrbios metabólicos em bovinos

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
MEDICINA VETERINÁRIA
MAIARA BRITO DOS SANTOS
2019.1.0130.0076-3
Doenças que causam distúrbios metabólicos em bovinos
· Deslocamento de abomaso (DA)
Deslocamento de abomaso à esquerda, tendo em vista a presença de som metálico na percussão auscultatória no flanco esquerdo e no 10º 11º e 12º espaços intercostais, chegou-se o diagnóstico definitivo de deslocamento de abomaso à esquerda. A enfermidade ocorre em virtude do acúmulo de gás ou líquido no abomaso com posterior dilatação e mudança anatômica, o deslocamento para a direita causa interrupção total, já quando ocorre na esquerda causa a interrupção parcial do conteúdo gástrico respectivamente. O acúmulo de gás pode ser justificado pelo aumento na proporção de carboidratos na dieta após o parto, culminando no acúmulo de ácidos graxos voláteis ou também pela atonia abomasal em decorrência de outras enfermidades como Cetose, hipocalcemia, metrite e mastite. 
Na Cetose a mobilização lipídica combina com a inibição do centro da fome dessa forma o animal diminui a ingestão de matéria seca e consequentemente o rúmen não estará completamente distendido o que possibilita a ocorrência do deslocamento. Na hipocalcemia com a diminuição dos níveis séricos de cálcio necessário para contração muscular, há a diminuição da motilidade abomasal o que predispõe a ocorrência do deslocamento, além da hipomotilidade abomasal também dos a redução do tônus musculares pré-estomagos como rúmen isso justificaria o motivo pelo qual exame clínico geral verificou-se a presença de movimentos ruminais e incompletos e o timpanismo, além disso, a sintomatologia de quadros hipercalcêmicos cursa com bradicardia (diminuição na frequência cardíaca) essa alteração também pode encontrada em exames clínicos associado a diminuição da temperatura, já que não há a manutenção da temperatura em decorrência da circulação sanguínea prejudicada.Quadros infecciosos com mastite e metrite cursam com aumento das concentrações séricas de endotoxinas que possuem efeito depressor direto do núcleo central vagal responsável pelas contrações do abomaso. A casuística prevalece no período pós-parto, isso porque, no pré-parto há a diminuição fisiológica da ingestão de matéria seca e a compreensão do momento a presença do feto, com o parto a liberação do espaço na cavidade abdominal anteriormente ocupado pelo feto, que somado a distensão incompleta do rúmen possibilita a movimentação do abomaso. A causa do deslocamento é multifatorial. 
O tratamento mais efetivo para os deslocamento de abomaso é através de intervenção cirúrgica onde se reposiciona o órgão após a remoção do excesso de gás, deve-se administrar terapia de suporte a fim de reverter os quadros de desidratação recorrentes nesta enfermidade, as medidas preventivas estão embasadas em readequações no manejo nutricional, deve ser evitar vacas na fase de pré-parto com elevado escore de condição corporal a fim de minimizar a ocorrência de Cetose, isso porque, como esses animais possuem maior quantidade de reservas corporais ocorre maior mobilização lipídica para suprir a demanda para produção de leite.
 Logo no pós-parto deve-se associar o fornecimento de alimento em quantidade suficiente para atender a exigência do animal reduzindo a necessidade de mobilização excessiva de lipídios, além disso, o volume de fornecido deve conter níveis e tamanhos adequados de fibra para garantir o preenchimento ruminal, outra medida é evitar situações estressantes durante o manejo ou que engloba em questões sanitárias a fim de evitar a diminuição da ingestão de matéria seca.
· Hipocalcemia 
Hipocalcemia é algumas das principais doenças que ocorrem durante o periparto são: hipocalcemia (febre do leite), Cetose, metrite, retenção de placenta, deslocamento de abomaso, acidose, laminite, entre outras, todas elas intimamente correlacionadas. Quando os níveis sanguíneos de cálcio (Ca) estão baixos (hipocalcemia), ocorre à liberação de cortisol, hormônio com ação imunossupressora, favorecendo todos os processos infecciosos como a mastite e a metrite. Outra função do Ca, a contração muscular, também vai estar diminuída, prejudicando a expulsão do conteúdo fetal e uterino, bem como a contratilidade do sistema digestivo.
Desta forma o estabelecimento de uma metrite e/ou retenção placentária serão facilitados, como também o deslocamento de abomaso. Vacas com hipocalcemia reduzem a ingestão de alimentos, favorecendo o estado de cetose. Qualquer redução na ingestão de alimentos ou na capacidade alimentar do animal pode levar a uma cetose secundária, como também reduzir estado imune, favorecendo o estabelecimento de outras doenças. Também é forte a relação entre excesso de concentrado na dieta, acidose ruminal e laminite. Todas estas ocorrências são motivos de muita preocupação por parte do produtor, tanto neste período, como depois do parto.
Nos primeiros dias da lactação, geralmente nas primeiras 72 horas após o parto, a maioria das vacas sofre algum grau de hipocalcemia devido à grande mobilização de Ca do sangue para a produção do colostro e leite. Assim, seu nível sérico fica baixo demais para suportar a função nervosa e muscular adequada. A vaca começa apresentando certa instabilidade ao caminhar, espasmos musculares leves, porém quase sempre é encontrada deitada e com a cabeça para o lado ou sobre o flanco, incapaz de se levantar. Este distúrbio metabólico é também conhecido como febre do leite, normalmente revertido logo após o tratamento. Vacas em decúbito por longos períodos podem estar com a Síndrome da Vaca Deitada, que possui sintomas semelhantes, associado às lesões e ocorrem normalmente 2 a 3 dias após o parto, sendo mais comum em vacas de alta produção.
· Cetose
A Cetose é uma importante doença metabólica que acometem as vacas leiteiras especialmente animais de maiores produção no período pós-parto e podem ocorrer nas formas clínica e subclínica, a literatura determina esse enfermidade como desequilíbrio entre demanda e oferta energética que pode levar a mobilização de gorduras e um consequente aumento da concentração de corpos cetônicos a níveis tóxicos nós fluídos corporais. A incidência da doença e variável, mas podem atingir até 60 % das vacas apresentando grandes importância econômica, não apenas pelos gastos em decorrência do tratamento, mas por perdas na produção leiteira e pela predisposição a outros transtornos. O período periparto é também conhecido como fase de transição, a compreensão e os cuidados que envolvem a pelo parto período que compreende de três semanas que antecedem o parto até 3 semanas são determinantes para o surgimento de doenças metabólicas que podem influenciar na produtividade e nos gastos de fazendas leiteiras.
Sendo o mais crítico do ponto de vista de equilíbrio nutricional uma vez que as exigências das vacas não são supridas pela quantidade de alimento que ela ingere causando um déficit de energia conhecido como balança energético negativo, partir disso, visando suprir essa diferença o animal inicia a mobilização de gorduras para a produção de energia liberando na circulação catabôlicos tóxicos nós chamados corpos cetônicos causando a cetose. A cetose é caracterizado com baixa glicose sanguínea e excesso de corpos cetônicos nós fluido corporais, falta de apetite, letargia ou excitabilidade, perda de peso menor produção de leite e ocasionalmente casos severos falta de coordenação e sinais neurológicos.
O diagnóstico do quadro de cetose está relacionado ao sintomas clínicos associados à medicação dos níveis corpos cetônicos na urina no sangue e no leite por meio de equipamentos portáteis, como na maiorias das doenças a prevenção é a melhor opção e algumas ações são determinantes neste processo, administrar o escore de condição corporal da vaca no final da gestação e uma prática importante de manejo para minimizar a cetose é outras doenças metabólicas pós-parto, em uma escala de 1 a 5 o escore dos animais ao parto deve-se encontrar entre 3- 3,5 segunda alguns estudos literários ajustar o manejonutricional de vacas secas e em transição, com objetivo de fornecer todo os nutrientes requeridos, minimizar a redução da ingestão matéria seca e adaptar o rúmen para as mudanças futuras nas dietas de lactação. 
Qualquer fator que resulte na redução de ingestão de matéria seca aumenta o risco de cetose, o que ocorre naturalmente no periparto devido o estágio avançado da gestação, bem como as mudanças metabólicas ocorrem neste período, durante a última semana desenvolvido o feto usa aproximadamente cerca de 46% da glicose materna e quando a lactação se inicia a glândula mamária requer uma grande quantidade de glicose para a síntese da lactose do leite, estima-se que a glândula mamária consuma 60% a 70% de toda a glicose do corpo.

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