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Conversar com um professor de qualquer etapa da educação: educação infantil, ensino fundamental, ensino médio ou ensino superior

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO: Física - Licenciatura
DISCIPLINA: Filosofia da Educação
PROFESSOR: Antonio Sergio de Giacomo Macedo
ALUNO: Eric Laurentino Messias
MATRÍCULA: 202003344711
TÍTULO DA ATIVIDADE: Conversar com um professor de qualquer etapa da educação: educação infantil, ensino fundamental, ensino médio ou ensino superior
Rio de Janeiro – 2020
Objetivo
Este presente relatório tem o objetivo de apresentar e refletir sobre a postura e relação de aprendizagem em sala de aula, as principais informações foram obtidas através de entrevista com a professora Jéssica Lira Santos, formada em Letras Português Inglês e atuando nos segmentos Fundamental II e Ensino Médio, buscando de forma prática e experimental o que esses profissionais fazem para obter o máximo de estimulo, eficácia e acolhimento para com os alunos.
Introdução
Sabe-se que os professores permeiam grande parte da vida do ser humano, havendo assim, uma grande influência desses profissionais ao longo do caminho dos estudantes. Educadores enfrentam grandes problemas como o mal pagamento, estrutura precária, cerceamento do pensamento crítico e, ao fim desses problemas, encontra-se a criança ou adolescente que sente todo o peso de políticas públicas que não sustentam a realidade carioca de ensino.
Segundo Paulo Freire, a educação é um ato político e que professores tem de ser críticos consigo mesmos e desta maneira avaliar como será o processo de ensino para certo público. A autonomia se dá quando o indivíduo faz por meio da prática docente, instigando a curiosidade para os mais diversos assuntos e saberes, criando assim, pessoas capazes de pensamento crítico.
A postura de ensino-aprendizagem perpassa por esse mote, que vem do Estado, para com a coordenação regional e o produto final é seus alunos, imbuídos de crianças, adolescentes e adultos. Gerar educação formal para essas populações, em sua maioria pobre, é também faze-los acreditar que a educação é transformadora e que ela é ativa no crescimento profissional e mudanças na classe social.
Entrevista
O que é ensinar?
Ensinar é passar o pouco ou muito conhecimento a qualquer público de forma direta, polida e didática. Digo qualquer público, pois, apesar de dar aulas para crianças e adolescentes, estamos a todo momento trocando conhecimento em simples conversas e se faz necessário estar disposto a passar adiante a informação para todos.
Qual metodologia é usada em sala de aula?
Isso depende muito de qual turma estou lecionando e o que a turma necessita. Algumas turmas são adeptas a música, outras a audiovisual, algumas a interação tecnológica como o celular, então uso esses recursos, mas, também depende da instituição. Algumas escolas não oferecem recursos para o professor e por isso adapto a aula para algo mais simples e, se possível, passo o trabalho também para casa e na próxima aula debatermos sobre o assunto. Infelizmente os alunos se focam apenas no que vai cair na prova ou não. Para que o assunto não seja esquecido ou deixado de lado, faço com que o trabalho seja traçado para o que vá cair na prova, mas também que o debate agregue conhecimento e pensamento crítico.
Há algum teórico que você se baseie? Qual e como ele é aplicado?
Me baseio em Paulo Freire e Bagno. 
Paulo Freire na forma de como pensar, em como levar aquele conhecimento para dentro de sala de aula para que a criança e adolescente não tenha aquele conhecimento e aplique apenas nas aulas de português e inglês, mas também em outras matérias e em sua vida toda. Bagno aplico que não existe certo ou errado na forma de falar, porém, que há uma norma padrão a ser escrita e que deve ser ensinada e feita.
Como você resolve conflitos e trabalha as relações interpessoais na sala de aula?
Como professora do fundamental II e do Ensino Médio, é um desafio. São dois públicos com demandas diferentes e nem sempre, no tempo da aula, é possível resolver conflitos ou trabalhar as relações interpessoais. Os alunos do fundamental costumam ser mais fácil observar os atritos pois são mais abertos a emoção pela imaturidade, mas, os adolescentes do Ensino Médio, é mais difícil pois os atritos costumam ser velados a internet, fazendo com que esteja fora do alcance do professor a solução. Se o conflito é entre alunos, tento resolver isso primeiro de forma privada, tentando entender o que aconteceu para levar àquilo e depois passo um trabalho baseado no conflito para fazerem em casa e trazerem uma solução e o porquê de aquilo ser danoso para eles, trabalhando uma comunicação não agressiva. Quando ao conflito é entre eu, a professora, e o aluno, resolvo de forma privada ou com auxílio da coordenação.
Como você lida com as diferenças sociais na sala de aula?
Não é fácil, mas não impossível. Tenho alunos que nunca entraram em um McDonald’s na vida, outros já viajaram para diversos países. Sempre tento entender a turma que estou dando aula e a classe social dos estudantes, tentando ao máximo adaptar a aula para o que eles conhecem ao mesmo tempo que tento trazer algo novo e diferente. Sempre tento lidar com o ambiente escolar de forma não agressiva e afetuosa, afinal, aquele lugar é como uma casa para muitos deles.
Resultados e conclusão
Vemos que a sala de aula é um ambiente mutável e diverso. Não podemos esquecer do fato de que a classe social interfere no ensino-aprendizagem. Vemos professores exaustos pelas lonas jornadas de trabalho, ou trabalhando em locais de risco, ganhando pouco ou não recebendo. Temos crianças e adolescentes também desinteressados e com medo de ir à escola pela falta de políticas públicas de segurança que garantem o direito de elas estudarem sem medo e preocupação.
A professora Jéssica Lira aprendeu a lidar com essas diferenças de interações estabelecidas entre educador e educando tentando entender qual a demanda do seu público.
A professora não entende suas turmas como um só grupo imutável e sim como indivíduos que tem seus próprios pensamentos e opiniões não deixando de lado outras visões. Não existe certo ou errado. Suas aulas não são engessadas. A educadora tenta ao máximo fazer com que seus alunos pensem fora da caixa para refletirem e terem pensamento crítico.
A comunicação não-violenta da professora foi algo que me chamou atenção pois, o conflito não é apenas trabalhado no privado, mas em grupo para que todos aprendam a se expressar e se comunicar sem julgamentos e aprenderem a resolver problemas. A escola é como uma segunda casa para muitos alunos. Um ambiente em que eles podem ter uma refeição, uma amizade e um afeto.
O autor Freire (1997) relata que o educador tem um papel muito importante na sala de aula, ele não só ensina um conteúdo, mas é um agente formador do aluno quanto a autoridade e o diálogo.
[...] ela sabe que o diálogo não apenas em torno dos conteúdos a serem ensinados, mas sobre a vida mesma, se verdadeiro, não somente é válido do ponto de vista do ato de ensinar, mas formador também de um clima aberto e livre no ambiente de sua classe (FREIRE, 1997, p. 59).
Essas relações de professor e aluno acontecem através das demonstrações de afeto, carinho, diálogos, aberturas que o professor dá para entender o que se passa na cabeça dos alunos e fazer com que ele absorva da melhor forma possível um conteúdo estudado. Procurar conhecer a realidade do aluno é essencial, sem isso é impossível saber como os pensam, o que sabem e como sabem. (FREIRE, 1997, p. 53)
Referências Bibliográficas
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática docente. São Paulo: Paz e Terra, 2008.
FREIRE, P. Professora sim, tia não – cartas a quem ousa ensinar. São Paulo:  Olho d’Água, 1997.

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