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PCC História da Educação

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Universidade Estácio de Sá 
Curso de Pedagogia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PCC História de Educação 
Revisitando a história e projetando perspectivas futuras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: História da Educação 
Aluna: Lorrany Schifter de Farias Neto 
Matrícula: 202003526193 
 
Cachoeiras de Macacu – RJ 
2020 
Universidade Estácio de Sá 
Curso de Pedagogia 
PCC História de Educação 
Revisitando a história e projetando perspectivas futuras 
Disciplina: História da educação 
Nome: Lorrany Schifter de Farias Neto 
Matrícula: 202003526193 
Cachoeiras de Macacu – RJ 2020 
 
 
 
Objetivos 
 
• Identificar as características dos modelos educacionais no decurso da história, 
bem como suas contribuições para a formação do sujeito e da sociedade; 
• Reconhecer a importância do diálogo produtivo entre história e pedagogia; 
• Enumerar as contribuições dos povos e dos fatos históricos na constituição dos 
modelos de formação do sujeito e na instituição do conhecimento. 
 
Introdução teórica 
 Neste trabalho abordaremos a história da educação resumidamente, bem como as 
modificações e agregações que sofreu ao longo dos anos, suas adaptações aos diferentes 
povos e culturas e a importância de conhecer a construção da educação. 
 
Procedimentos metodológicos 
 
 O livro didático escolhido foi o livro História em documento, imagem e texto, da 
autora Joelza Ester Domingues, da editora FTD. A partir do sumário do livro 
destacaremos alguns povos da antiguidade que tiveram total importância para educação 
com a qual conhecemos hoje. 
 
Resultados e Conclusão 
 
Para entendermos como surgiu a educação, é preciso retornar ao Egito na África, ao 
povo Hebreu no Oriente Médio, o mundo Grego com sua total importância assim como, 
Esparta e encerrar falando do Império Romano e a herança deixada por cada um, 
principalmente no que diz respeito à 
Educação. 
 Porém, antes de prosseguir, vamos destacar pontos sobre como a criança era vista 
nas sociedades antigas e como eram educadas. 
 Na Idade Média a criança representava um papel social mínimo no que diz 
respeito aos seus aspectos físicos e psicológicos, eram consideradas como pequenos 
homens ou adultos em miniatura. Em Roma por exemplo o objetivo era preparar o 
sujeito como cidadão funcional na sociedade. Na infância em Roma, a mãe ensinava a 
criança a falar e escrever e o pai ensinava a parte moral e cívica. Em Atenas, a família 
durante a infância tinha como responsabilidade de educar e ensinar até os sete anos de 
idade, depois a educação seguia com o escravo. A importância deste escravo era muito 
grande, e era conhecido como pedagogo: do grego paidagogos, e significa "aquele que 
conduz". 
Para finalizar, ainda no que diz respeito à educação da criança e da formação do 
sujeito para a sociedade de uma forma geral, que na antiguidade tinha como principal 
objetivo ajustar a criança ao seu ambiente físico e social por meio da aquisição e da 
experiência de gerações passadas, entendemos que educação para os povos antigos era 
um instrumento de sobrevivência das comunidades humanas e uma transmissão do 
conhecimento e também do desenvolvimento Cultural. O aprendizado das crianças 
geralmente consistia, no caso das comunidades tribais, na imitação os adultos na pesca, 
na agricultura, nos rituais, e coisas do dia-a-dia. 
A ideia era uma educação para a vida e por meio da vida, sem que ninguém 
tivesse especialmente destinado na tarefa de ensinar, e geralmente os professores eram 
chefes do grupo de familiares, os pais, os sábios, pessoas mais velhas ou sacerdotes, de 
uma forma geral. Existiam várias pessoas e vários tipos de pessoas que poderiam passar 
informações e conhecimento para as crianças. 
Através da compreensão de como a criança era vista até o século XIX, podemos 
então responder as questões do desenvolvimento do trabalho que são referentes as 
características que evidenciam o modelo da formação dos sujeitos e da sociedade. 
Fatos e situações que se destacam da história da educação no Brasil e do mundo. 
Iniciando então a abordagem ao tema sobre a educação na 
antiguidade oriental, destacamos a sociedade na qual geralmente tinham as 
características como sociedades mais complexas e com rígidas divisões de classes, eram 
organizadas no caso do estado centralizador e uma religião dominante, o que 
influenciavam um pouco o governo e a política. Ainda podemos ver isso hoje em alguns 
países do Oriente Médio, onde a educação geralmente é tradicionalista, um caráter 
estático, ou em lenta mutação. 
 Houve também naquele momento o surgimento do 
dualismo escolar, ou seja, era uma educação para o povo e outra para o alto escalão da 
sociedade, como nobres e altos funcionários do governo. 
A antiguidade oriental também se destaca por não haver uma reflexão pedagógica, mas 
sim as orientações geralmente vinham de livros sagrados. 
No Egito, como a maioria das nações Antigas, o estado era teocrático, e o saber 
estava restrito a poucas pessoas, geralmente o sacerdote. A escola não funcionava em 
lugares específicos, ou seja, em prédios, geralmente funcionava em casa ou em templos. 
O método principal da educação no Egito era o mnemónico, que era uma repetição a 
memorização, baseada na associação do que precisa ser 
lembrado com uma outra coisa de mais fácil memorização. 
 A mesopotâmia se assemelha ao Egito, que também tinha a sua 
educação voltada à classe sacerdotal, porém já havia algo inovador que é a 
questão das escolas públicas, e as universidade palatina da Babilônia. 
 Na Índia a educação é discriminadora, privilegiava os Brã, que eram pessoas da 
classe sacerdotal influente na sociedade onde viviam, a educação era privada e o mestre 
era alguém direcionado ao ensino, era venerado, e não havia castigos. O aprendizado 
também era mnemónico e único, como no Egito, o estudo tinha fundo religioso e moral 
e valorizava a relação entre o mestre e o discípulo. 
 Já na China, a educação era conservadora, homens letrados eram 
chamados de mandarim, que eram altos funcionários do estado. O interessante é que os 
mandarins têm uma coisa em comum com os dias de hoje, inclusive na nossa sociedade 
brasileira, eles eram selecionados através de concurso público. Para entrar na 
universidade havia um sistema 
rigoroso de seleção, trabalhava muito a educação, e a memorização. 
Finalizando o tópico “A educação na antiguidade oriental”, destacaremos os 
hebreus que tinham um governo monoteísta, influía na educação, que valorizavam 
muito a sua cultura e a individualidade. As sinagogas serviam como local de instrução 
religiosa. É importante ressaltar um tipo de nascimento da Educação Tecnicista, porque 
eles valorizavam muito a questão da educação para o trabalho. 
Os pontos importantes que podemos destacar na educação oriental da 
antiguidade são: a inserção da escrita, a incorporação do método mnemónico de 
memorização para o ensino e aprendizagem, o educador que era o detentor do 
conhecimento e só ele poderia transmiti-lo, a criação do ensino superior, à formação 
centrada no ritual, o aluno 
passivo e sempre repetitivo, tudo voltado a informação que era gerada pelo mestre 
detentor do conhecimento, e os castigos físicos em algumas regiões como parte 
integrante do processo educacional, e a educação 
dedicada à conservação e continuidade do sistema sócio político e dos valores vigentes 
da época. 
Na Europa, podemos citar a Grécia como uma das nações mais importantes pela 
sua contribuição na política e na educação. Tinha uma particularidade, pois todas as 
cidades, que compunham o seu território, não possuíam uma unidade política, a única 
ligação entre eles, as cidades-estados, como era assim chamada, tinham em comum 
apenas a língua e a religião. 
Então surgiu a Paidéia, que foi um dos itens mais importantes aqui do nosso 
estudo. A Paidéiaera a denominação do sistema de educação e formação ética da 
Grécia antiga, que incluía temas como: ginástica, gramática, retórica, música, 
matemática, geografia, história e filosofia, objetivando a formação de um cidadão 
perfeito e completo, capaz de 
Liderar, ser liberado, e desempenhar um papel positivo na sociedade. 
 Uma conexão importante que podemos fazer sobre a Paidéia é compará-la com 
a estrutura curricular da grade curricular atual. Claro que hoje temos uma grade 
curricular muito mais estruturada, seguida por diversas diretrizes e leis, tanto na escola 
particular, quanto pública, seguindo os conselhos e ordens do Ministério da Educação, 
por exemplo no sistema de ensino do Brasil. 
No que diz respeito ao território grego da antiguidade, podemos destacar Esparta 
e Atenas. Os espartanos valorizavam muito a formação do 
indivíduo como guerreiro, a cultura militar. Atenas possuía a ideia de 
educação pública e obrigatória, assim utilizava música, canto e dança 
coletiva para a educação. 
Para educar o indivíduo em Esparta, até os doze anos de idade, utilizava-se 
atividades lúdicas e muito treino militar rígido. Diferente de Atenas, Esparta não 
apreciava muito debates e discursos intelectuais. A educação se iniciava aos sete anos, 
quando um escravo pedagogo assumia a condução da criança. 
Não havia uma atenção direto ao ensino profissional, o ofício não se aprendia 
com a educação verbalizada, e sim na prática, geralmente passada de pai para filho. 
No campo da pedagogia podemos destacar dois filósofos importantíssimos, 
Platão e Aristóteles. 
Na pedagogia platônica, o idealista defendia que o estado deveria assumir a 
educação do indivíduo para sua formação, que a mulher deveria ter uma formação 
semelhante à do homem, algo muito inovador para a época. Afirmava que a educação 
deveria ser totalmente intelectual e valorizava o estudo da ciência. O pensamento de 
Platão era que os mais sábios deveriam governar os estados. 
 Na pedagogia aristotélica, ou realista, podemos destacar três pontos importantes: 
Aristóteles achava que a educação deveria ajudar o ser humano a alcançar a plenitude e 
a realização do seu se; e que a educação da criança deveria ser repetindo os atos da vida 
dos adultos, para formar o caráter para a vida em sociedade. Defendia também que o 
estado deveria se ocupar totalmente da formação, do crescimento do indivíduo para a 
sua 
Cidadania. 
Para terminarmos a análise do livro no que diz respeito ao conteúdo relatado, 
abordaremos a educação na Roma antiga. Vale lembrar que a Roma antiga era dividida 
em três importantes períodos: a monarquia, a república e o Império. 
Na monarquia não existe uma educação para a primeira infância, geralmente a 
criança era ensinada no próprio lar, pela mãe A criança seus familiares, e os brinquedos 
para passar o tempo. Foram implantadas as escolas elementares, que eram chamadas de 
ludi, o 
que significa jogo, todas eram privadas. Atuavam como se fosse uma 
creche, ou seja, o primeiro contato com sistema de ensino da criança 
como conhecemos hoje. 
No século III a.C, Roma decidiu introduzir as escolas gregas em sua educação. 
Houve a substituição, a escola de ludos pela escola grega, e com isso veio a 
Cosmopolita, que era para todos, os mestres eram gregos. Então vieram a ser criadas as 
escolas de gramática, de retórica e de eloquência. 
 A educação romana se tornava cada vez mais helenizada, ou seja, o importante 
para eles era estudar os costumes e a língua grega. Os romanos tentaram introduzir a 
atividade intelectual e o individualismo grego na sua comunidade, em sua sociedade. O 
melhor resultado que obtiveram foi o 
aperfeiçoamento da forma literária, então adotaram como modelo as 
instituições educativas gregas e com elas um pouco de sua cultura. 
No período do Império a educação passou a ser mais complexa, o estado passou 
a intervir, tomando para si a responsabilidade na 
formação do indivíduo, do homem de uma forma geral. E no século I a.C, 
aconteceu a criação das escolas municipais romanas, e os números de bibliotecas foram 
ampliadas. Pois os romanos se apropriaram de manuscritos das terras que eles 
invadiram e conquistaram. 
Em relação à pedagogia, podemos ressaltar que Roma desenvolveu, diferente 
dos gregos, a concepção de império e de universalização da cultura. Entendiam que a 
cultura era global, era para todos, era humanista, ou seja, visavam a formação integral 
do homem, e o papel da família geralmente girava em torno da onipotência materna, 
porém a mulher tinha um papel muito efetivo na criação e na educação dos filhos. 
A educação física era voltada mais para as artes marciais, do que para os 
esportes, como os gregos faziam. Então mesmo que a Grécia tivesse muita influência na 
educação romana e nos costumes do Império romano, sua pedagogia tinha identidade 
própria e em alguns pontos 
Específicos, importante e predominava a educação aristocrática afastada do trabalho 
manual. 
Os educadores orientavam-se pelo modelo adequado a elite dirigente, a fim de 
formar o indivíduo racional, capaz de pensar de modo correto e de se expressar de 
forma conveniente e convincente. Ao contrário dos gregos os romanos não deram muita 
atenção para à reflexão filosófica. Eles adotaram posturas mais pragmáticas voltado 
para o cotidiano e após, no século II a.C, tiveram a implantação das 
escolas cristãs, que tinham como objetivo formar futuros sacerdotes e o principal livro 
era a Bíblia. A retórica e a cultura pagã romana eram depreciadas. 
Observamos a influência do cristianismo na formação da educação romana, 
então podemos introduzir o evento marcante da Reforma Protestante, que se originou na 
Europa, por meio de Martinho Lutero e da resposta que a igreja católica deu através da 
Contrarreforma. O que possibilitou a chegada dos jesuítas ao Brasil para catequização 
dos índios, através da companhia de Jesus, atuando por cerca de duzentos anos no país, 
e eram os maiores responsáveis pela educação. 
Com o levante de Napoleão na Europa, Dom João VI, afamília real e a corte, 
vieram para o Brasil, trazendo nos porões dos navios uma série de benefícios para o país 
como a criação das escolas, da biblioteca com quase sessenta mil livros, do Jardim 
Botânico no Rio de Janeiro, da Imprensa Régia, Ensino superior na Bahia e no Rio de 
Janeiro e a criação do Museu real. 
 Começou a se desenvolver a educação no país até chegarmos como a 
conhecemos hoje, com várias leis, documentos que norteiam a atuação eficiente da 
educação, que a protegem e garantem o direito a ela. Há no território nacional brasileiro, 
diversas instituições de ensino para todos os níveis de educação, com diferentes 
metodologias e abrangendo em seu seio culturas diversificadas. E o mais importante, a 
lei assegura a gratuidade e ingresso nas instituições que são de responsabilidade 
governamentais, e com obrigatoriedade do ingresso a partir dos quatro anos de idade. 
Há documentos como o PCNS (Parâmetros Curriculares Nacionais), para a 
orientação explicitamente práticas da legislação, ou seja, funcionam como um 
importante referencial para aquilo que oficialmente se espera da educação, do educador 
e do educando. 
 Para que documento e leis assim fossem criados, todo o peso de uma história 
foram necessários para compreender as necessidades e possíveis melhorias no curso da 
educação. 
 
Bibliografia 
 
- Livro História em documento, imagem e texto, da autora Joelza Ester Domingues, da 
editora FTD; 
 
- Site www.mardoconhecimento.com.br/educacao-na-antiguidade-romana-a-humanitas 
 
- www.significados.com.br/menmonico/ 
 
- falandosobreahistoriadaesducacao.blogspot.com/2015/06/educacao-grega-x-
romana.html

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