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Projeto Integrador AMBEV

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FACULDADE SANTA HELENA 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DO PROJETO INTEGRADOR AMBEV 
 
 
 
 
 
 
 
TURMA 1711/1712 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE, 
MAIO, 2019 
 
 
 
 TURMA 1711/1712 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DO PROJETO INTEGRADOR AMBEV 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE, 
MAIO, 2019 
RELATÓRIO APRESENTADO COMO 
PARTE DO PROJETO INTEGRADOR DO 
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO, TENDO 
COMO PROFESSORA ORIENTADORA A 
MESTRE LUCIANA CARNEIRO LEÃO, 
COMO PARTE DA EXIGÊNCIA PARA 
COMPOR A NOTA DO SEGUNDO 
TRIMESTRE DO SEMESTRE 2019.1. 
 
 
INTEGRANTES DO PROJETO E SUAS RESPECTIVAS PESQUISAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aprovado em ____/_____/______ 
 
 
 
 
 
__________________________________________ 
ADMN 1711/1712 
 
 
 
 
 
__________________________________________ 
LUCIANA CARNEIRO LEÃO 
 
 
 
 
 
__________________________________________ 
HUMBERTO ALMEIDA 
 
 
 
 
 
 
 
IDENTIFICAÇÃO DO CAMPO DE PESQUISA 
 
Identificação da Empresa: 
Nome: Ambev S.A. 
Bairro: Botafogo 
Endereço: BR-101 Norte, Km 34 S/N 
CEP: 53.700-000 
Cidade/Estado: Itapissuma - PE 
Telefone: (81) 3334-5599 
Url: http://www.ambev.com.br 
E-mail: cervejaria_pernambuco@visitasbeerlovers.com.br 
 
APRESENTAÇÃO DA EMPRESA 
A Ambev nasceu, em 1999, da união entre as centenárias Cervejarias 
Brahma e Companhia Antarctica. Contudo sua história começou muito antes, 
quando ainda eram duas cervejarias na década de 80: a Companhia Antarctica 
Paulista e a Manufactura de Cerveja Brahma & Villeger & Companhia. 
Aumentar o negócio e variar a cartela de sabores é o diferencial da 
companhia, esta que sempre trabalha em prol de desenvolver o gosto certo para 
cada uma dessas etapas. 
A Ambev tem a cerveja como sua grande paixão, e por isso, hoje é 
considerada uma das maiores cervejarias do mundo. É uma empresa brasileira que 
ao longo dos anos vem trazendo ao mercado inúmeras inovações, como a 
introdução de novos produtos, novos métodos de produção, novas formas de 
organização, bem como o uso de novas fontes de matérias primas. 
A multinacional possui em Itapissuma a maior infraestrutura das regiões Norte 
e Nordeste do país. Com nove linhas de produção, a fábrica tem uma capacidade 
instalada – cerveja e refrigerante – de aproximadamente 16 milhões de hectolitros 
por ano e, além de Pernambuco, ajuda a abastecer parte de Alagoas, Sergipe, 
Bahia, Rio Grande do Norte, Paraíba, Piauí e Ceará. Atualmente, a unidade 
emprega mais de mil funcionários. A unidade está em funcionamento desde 
novembro de 2011. 
 
 
http://www.ambev.com.br/
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Etapas para preparação de um plano de negócio......................................18 
Figura 2: Organograma da empresa..........................................................................27 
Figura 3: Matriz de SWOT..........................................................................................31 
Figura 4: CANVAS Ambev.........................................................................................37 
Figura 5: Métodos de Treinamento............................................................................38 
Figura 6: Ingredientes, moagem e fermentação........................................................49 
Figura 7: Maturação, filtração e degustação.............................................................49 
Figura 8: Ambev – BVMF. ABEV3.............................................................................52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1.INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 9 
2.CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO ............................................................. 11 
2.1 TIPOS DE EMPREENDEDORISMO .................................................. 14 
2.1.1 Empreendedorismo coorporativo ................................................. 14 
2.1.2 Empreendedorismo Social ........................................................... 14 
2.1.3 Empreendedorismo governamental.............................................. 15 
2.1.4 Empreendedorismo de negócios .................................................. 15 
2.2 PLANO DE NEGÓCIO ....................................................................... 16 
2.3. INTRAEMPREENDEDORISMO NA ORGANIZAÇÃO ....................... 19 
2.3.1 Características do intraempreendedorismo .................................. 21 
3.HISTÓRICO .......................................................................................................... 22 
3.1 O SURGIMENTO DA AMBEV ............................................................ 23 
3.2 A AMBEV NO MUNDO ....................................................................... 24 
3.3 AS BEBIDAS DA AMBEV ................................................................... 24 
3.4 MISSÃO, VISÃO E VALORES ........................................................... 24 
3.5 MISSÃO ............................................................................................. 24 
3.6 VISÃO ................................................................................................ 25 
3.7 VALORES .......................................................................................... 25 
4.DEPARTAMENTOS .............................................................................................. 27 
5.ANÁLISE DA INDÚSTRIA ..................................................................................... 28 
5.1SEGMENTAÇÃO E POSICIONAMENTO NO MERCADO .................. 29 
5.2 4 P’s ................................................................................................... 29 
5.3 ANÁLISE DE SWOT........................................................................... 31 
6.QUESTIONAMENTO EMPREENDEDORISMO E INDICADORES REGIONAIS .. 33 
 
 
6.1 EMPREENDEDORISMO NA AMBEV ................................................ 33 
6.2 O INTRAEMPREENDEDORISMO NA ORGANIZAÇÃO .................... 33 
6.3 PROJETO SOCIAL ............................................................................ 34 
6.4 PLANO DE NEGÓCIOS ..................................................................... 35 
6.5 CANVAS ............................................................................................ 37 
7.GESTÃO DE PESSOAS II .................................................................................... 38 
7.1 A AMBEV E OS PROCESSOS DE TREINAMENTO .......................... 38 
7.2 RELEVÂNCIA DO TREINAMENTO.................................................... 40 
8.ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÃO II .......................................... 42 
9.LOGÍSTICA ........................................................................................................... 46 
10.ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .............................................. 51 
10.1.QUAL A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE BALANÇO NO 
EMPREENDEDORISMO? ........................................................................ 51 
11.CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 54 
12.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
1. INTRODUÇÃO 
O presente trabalho tem o objetivo de apresentar a empresa AMBEV, através 
do olhar do empreendedorismo, integrando as disciplinas do 5º período do curso de 
Administração da Faculdade Santa Helena. 
No trabalho se poderá conhecer um pouco da história da AMBEV, seu 
surgimento, de que forma o empreendedorismo é aplicado na empresa, seus 
projetos de mudança, planejamento, cadeia de suprimentos, também com foco na 
gestão de seus funcionários, treinamentos e
ações empreendedoras dentro da 
organização. 
Assim como uma abordagem sobre a logística da empresa, utilização de 
tecnologias e informação para obtenção de vantagem competitiva, como também a 
forma que a empresa vê a importância da análise do balanço dentro do 
empreendedorismo. 
O trabalho está organizando por capítulos que trazem os questionamentos 
feitos pelos professores das disciplinas, Empreendedorismo e Indicadores 
Regionais, Administração da Produção e Operação II, Gestão de Pessoas II, 
Logística e Análises das Demonstrações Contábeis. 
O nosso trabalho se configura numa pesquisa qualitativa (LUDKE; ANDRÉ, 
1986), a análise dos dados foi feita com a realização da análise do conteúdo 
(BARDIN, 2002), visita realizada na cervejaria da fábrica onde um grupo pôde 
conhecer as instalações da mesma além da realização de uma entrevista 
semiestruturada com os sujeitos participantes, como também pesquisa no site da 
empresa e informações colhidas da internet em geral. 
A AMBEV é uma empresa que aposta na inovação constante, razão do seu 
grande sucesso que propõe as grandes estratégias executadas por esta empresa ao 
longo do tempo, e que a fizeram ganhar notoriedade mundial. A AMBEV conseguiu 
com o passar dos anos se tornar referência em gestão, crescimento e rentabilidade, 
dando continuamente a maior eficiência em custos, característica marcante da 
economia neoclássica que tem seu foco fundamentalmente sobre a eficiência dos 
recursos. 
Por fim o trabalho está pautado nos questionamentos dos professores das 
disciplinas citadas acima, e apresenta a seguir um relatório baseado nos 
questionamentos a seguir. 
10 
 
1-) Empreendedorismo e Indicadores Regionais 
 Como surgiu a ideia de criar esta empresa? 
 Descreva que tipos de empreendedorismo podem ser encontrados na 
organização. 
 O intraemprendedorismo é trabalhado na organização? 
 A empresa desenvolveu um plano de negócios? Façam uma descrição geral 
deste plano (podem usar o método canvas para exemplificar o plano). 
 O plano de negócios está sendo seguido? Ou existem muitas divergências do 
que foi planejado? A empresa conseguiu através do plano obter seu sucesso 
esperado? 
2-) Administração da Produção e Operação II 
 Houve algum projeto de mudança recente na empresa? O que foi alterado? 
Como foi o processo de planejamento e controle desse projeto? 
 De forma geral, como é realizada a gestão da cadeia de suprimentos na 
organização? Na opinião do entrevistado, qual o diferencial da gestão 
logística? 
3-) Gestão de Pessoas II 
 O empreendedorismo, ou intraempreendedorismo da empresa, requer ações 
de treinamento de pessoas? 
 Qual a relevância do treinamento de pessoas para consolidar as ações de 
empreendedorismo da empresa? 
4-) Logística 
 Como o empreendedor pode utilizar as tecnologias da informação na logística 
empresarial a fim de obter vantagem competitiva? 
5-) Análises das Demonstrações Contábeis 
 Qual a importância da análise de balanço dentro do empreendedorismo? 
11 
 
2. CONCEITO DE EMPREENDEDORISMO 
 
Atualmente para uma empresa se destacar no mercado competitivo, é 
necessário apresentar o perfil de empreendedor, pois é um diferencial promover 
mudanças e desenvolvimento econômico. O profissional com novo perfil 
empreendedor deve ter a capacidade de inovar continuamente, trazendo ideias, 
revolucionar a maneira de administrar as decisões, trazendo sucesso para a 
organização. Hoje o empreendedorismo é considerado um fenômeno global e o 
Brasil é um dos países mais criativos do mundo e onde mais se desenvolvem 
empreendedores. 
No surgimento e os diversos aspectos históricos sobre a atividade 
empreendedora, desde a idade média, onde o empreendedorismo era considerado 
simplesmente a prestação de serviços, em seguida no século XVIII, foi se 
caminhando para uma industrialização, foi onde criou uma necessidade de mudança 
da definição do perfil da atividade empreendedora, passando a surgir as mudanças 
definidas, foi identificado que esses empreendedores precisavam de apoio de 
recursos financeiros como investimentos para realizarem seus projetos. 
No século XX novamente houve a necessidade de novas adequações de 
processos sobre a questão do empreendedorismo. Passou a ser subsidiado ao ato 
de inovar, para atender as necessidades dos consumidores, econômica e mercado, 
com o objetivo de se auto sustentar, gerando renda. 
 
 A palavra empreendedorismo origina-se da 
palavra entrepreneur que é francesa, traduzida, significa 
aquele que está entre ou intermediário. “(HISRICH, 
Robert. D., 1986, p.96). 
 
O conceito do empreendedorismo evoluiu com o passar do tempo, mudanças 
essas ocorridas na área econômica tornando-se mais complexa. Na idade média no 
início, o indivíduo que prestava serviço ou administrava projetos de produção era 
chamado de empreendedor, mas esta pessoa fazia uso dos recursos fornecidos pelo 
governo geralmente do país. No século XVII começou a agregar-se uma nova 
característica ao empreendedor, o do risco. Neste período o empreendedor era a 
12 
 
pessoa que assumia um contrato com o governo, para fornecimento de produto ou 
serviço. 
Veio à diferenciação entre o investidor de capital e o empreendedor século 
XVIII, onde a causa da evolução foi a industrialização, nesse momento estavam 
sendo inventadas, como por exemplo, Eli Whitney com a invenção do descaroçador 
de algodão e Thomas Edison com a eletricidade. Os empreendedores acima citados 
queriam colocar em prática os seus estudos, porém necessitavam de recursos 
financeiros. 
No final do século XIX e no início do século XX, 
a definição do empreendedor passou a ser vista por 
perspectiva econômica. Dito deste modo prevê, o 
empreendedor organiza e opera uma empresa para lucro 
pessoal. Paga os preços atuais pelos materiais 
consumidos no negócio, pelo uso da terra, pelo serviço 
de pessoas que emprega e pelo capital de que necessita 
contribuindo com sua própria iniciativa, habilidade e 
engenhosidade no planejamento, organização e 
administração da empresa. Também assume a 
possibilidade de prejuízo e de lucro em consequência de 
circunstâncias imprevistas e incontroláveis. Os resíduos 
líquidos das receitas anuais do empreendimento, após o 
pagamento de todos os custos, são retidos pelo 
empreendedor. (ELY e RESS, 1937, p. 488). 
 
 Nessa época o conceito de empreendedorismo, ainda não tinha uma 
definição exclusiva, não havia a distinção entre gerentes e empreendedores. Foi na 
metade do século XX que veio a associação do empreendedor como inovador. 
 
A função do empreendedor é reformar ou 
revolucionar o padrão de produção explorando uma 
invenção ou, de modo geral, um método tecnológico não 
experimentado para produzir um novo bem ou um bem 
antigo de maneira nova, abrindo uma nova fonte de 
suprimento de materiais ou uma nova comercialização 
para produtos, e organizando um novo setor. 
(SCHUMPETER, 1952, p.72.). 
13 
 
Na atualidade, o conceito se transformou basicamente nos conceitos 
elaborados pelos autores Albert Shapero, Karl vésper e Robert C. Ronstadt. 
 
Em quase todas as definições de 
empreendedorismo, há um consenso de que estamos 
falando de uma espécie de comportamento, que inclui: 
(1) Tomar iniciativa, (2) organizar e reorganizar 
mecanismos sociais e econômicos, a fim de transformar 
recursos e situações para proveito prático, aceitar o risco 
ou fracasso. (SHAPERO, 1975, p.187.). 
 
O empreendedorismo pode ser entendido como a disposição ou capacidade 
de idealizar, coordenar e realizar projetos. A palavra é também muitas vezes 
definida como a habilidade em criar e implementar mudanças, inovação e melhorias 
a um mercado ou negócio. Então, podemos dizer que o empreendedorismo é uma 
característica. Algumas pessoas possuem disposições naturalmente, mas é 
necessário manter em mente que é possível desenvolver essas habilidades. 
O empreendedorismo
pode não estar relacionado diretamente a negócios. 
Pessoas podem demonstrar um pensamento empreendedor em casa, na escola ou 
na vida pessoal. O empreendedorismo trata, afinal, de criatividade, solução de 
problemas e visão estratégica. Empreender é uma característica e 
empreendedorismo é uma ação das ideias (inovação). 
 
Segundo Chiavenato (2007), na verdade, o 
empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas 
acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os 
negócios, tino financeiro e capacidade de identificar 
oportunidades. Com esse arsenal transforma ideias em 
realidade, para benefício próprio e para benefício da 
comunidade. Por ter criatividade e um alto nível de 
energia, o empreendedor demonstra imaginação e 
perseverança, aspectos que, combinados 
adequadamente, o habilitam a transformar uma ideia 
simples e mal estruturada em algo concreto e bem-
sucedido no mercado. 
14 
 
Existem algumas características necessárias para ser empreendedor de 
sucesso. São elas: criatividade, iniciativa, pensamento estratégico, autoconfiança, 
otimismo, resiliência, adaptação, manejo da ansiedade, riscos e desejo de 
protagonismo. 
E ainda, segundo Chiavenato (2007), para ser 
bem-sucedido, o empreendedor não deve apenas saber 
criar seu próprio empreendimento, deve também saber 
gerir seu negócio para mantê-lo e sustentá-lo em um ciclo 
de vida prolongado e obter retornos signicativos de seus 
investimentos. Isso significa administrar, planejar, 
organizar, dirigir e controlar as atividades relacionadas 
direta, ou indiretamente com o negócio. 
2.1 TIPOS DE EMPREENDEDORISMO: 
2.1.1 Empreendedorismo coorporativo: são pessoas que se destacam onde quer 
que trabalhe. Sua forma de ser, aprender, portanto, podem ser compreendidas e 
adquiridas pelas pessoas, não se trata de modismo ou de uma versão adaptada do 
empreendedorismo de negócios de ampliar o empreendedorismo e aplicá-lo a outras 
áreas, sem perda conceitual. 
Hoje, ter capital para investir e algum projeto diferenciado para tirar do papel, 
não é garantia de que as coisas darão certo, nem que vá prosperar. Além da 
capacidade teórica, outras aptidões também se fazem necessárias e requerem ser 
aprofundadas ao longo da carreira de empreendedor. Seu mecanismo baseia nos 
pilares da inovação – lançar novos produtos, sistemas de criação e na renovação 
atualização constante de suas abordagens e técnicas sempre no intuito de 
crescimento e superação da alta competitividade. 
Portanto, quem não abre a visão aos novos rumos e oportunidades corre 
sérios riscos de fracassar. Colocá-lo em prática, depende de uma transformação 
clara e objetiva da cultura do empreendedorismo. 
2.1.2 Empreendedorismo Social: é um termo que significa um negócio lucrativo e 
que ao mesmo tempo traz desenvolvimento para a sociedade. As empresas sociais, 
diferentes das ONGS ou de empresas comuns, utilizam mecanismos de mercado 
para, por meio da sua atividade principal, buscar soluções de problemas sociais.
 
15 
 
Os negócios sociais integram a lógica dos diferentes setores econômicos e 
oferecem produtos e serviços de qualidade a população excluída do mercado 
tradicional, ajudando a combater a pobreza e diminuir a desigualdade. Inclusão 
social, geração de renda e qualidade de vida, são os objetivos principais dos 
negócios sociais, que também são economicamente rentáveis. 
Este tipo de negócio, com impacto social, tem proletariado por todo o país, 
por uma geração de empreendedores que pautam sua estratégia em valores 
sustentáveis. Diversas instituições têm colaborado para a conceituação e formação 
deste novo modelo de negócio. Elas não são diferentes das outras empresas, 
buscam sempre o lucro, mas ao mesmo tempo se preocupam com o bem-estar. 
2.1.3 Empreendedorismo governamental: Se tratando do tipo governamental, 
precisa estar sempre focado nas promoções econômicas, a satisfação dos cidadãos, 
com os serviços públicos, onde os mesmos deveriam ser eficazes, eficientes, 
efetivos, flexíveis e transparentes. 
Se tratando de administração pública, como você acha que o governo capta 
recursos para atender um país em ordem? Apenas com impostos? Com multas 
recolhidas? Não! 
Basicamente empreendedorismo governamental é quando um governo 
intervém na ordem econômica de uma região. Essa intervenção pode ser através de 
iniciativas e investimentos, que visam retornos para a administração pública, por 
exemplo, por participações societárias e estatizações. 
2.1.4 Empreendedorismo de negócios: São claros os desafios – a competitividade 
do negócio, a busca dos diferenciais competitivos, vencer a concorrência, conquistar 
clientes e alcançar a lucratividade e a produtividade necessária à manutenção do 
empreendedorismo. 
As principais características são: cooperatividade, a produção está voltada 
para as necessidades do povo e da nação. 
No Brasil, o surgimento do empreendedorismo foi na década de 90. E foi no 
Brasil onde surgiram os primeiros empreendedores, devido a uma abertura maior da 
economia. Porém existia uma deficiência dos novos empreendedores, pois não 
detinham de conhecimentos suficientes para administrar seus negócios. 
Através dessa necessidade, teve o surgimento do pequeno empreendedor 
que o SEBRAE começou a dar um suporte técnico para esses novos 
empreendedores. 
16 
 
O movimento do empreendedorismo no Brasil 
começou a tomar forma na década de 1990, quando 
entidades como SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às 
Micro e Pequenas Empresas) e Soflex (Sociedade 
Brasileira para Exportação de Software) foram criadas. 
Antes disso, praticamente não se falava em 
empreendedorismo e em criação de pequenas empresas. 
(DORNELAS, 2005, p.26). 
 
Nessa época, também existia a SOFTEX e a GENESIS (Geração de novas 
empresas de software, informação e serviço) que dava auxílio ao empreendedor. Foi 
criado para apoiar as empresas de informática, que exploravam software. Através 
disso que o plano de negócios (business plan) começou a se popularizar no Brasil. 
Tem a existência também do programa de governo federal Brasil empreendedor, 
que visa a melhor capacitação do profissional empreendedor. 
Em pesquisa realizada pelo GEM (Global Emtrepreneurship Monitor) onde 
mede a evolução do empreendedor no Brasil em relação a outros países. Existe dois 
tipos de empreendedorismo no Brasil. 
2.2 PLANO DE NEGÓCIO 
O ato de empreender representa também o anseio de criar regras próprias, 
definindo metas e objetivos baseados em percepções do mercado. Em geral, busca-
se através do empreendedorismo desenvolver um projeto acerca de uma 
oportunidade de mercado percebida. Esse projeto é chamado de plano de negócio 
que serve para realizar o estudo sobre a viabilidade do futuro empreendimento 
(QUADROS, 2004). 
A criação de um novo negócio surge através da identificação de uma 
oportunidade com reflexões e planejamento acerca da ideia. Com isso é necessário 
ter e adquirir conhecimento sobre o negócio que será criado, um fator importante 
para o sucesso do empreendimento. É nessa fase que ele irá unir todas as 
informações e conhecimento necessários para alavancar o seu futuro 
empreendimento. Dessa forma a confecção do Plano de Negócio é uma espécie de 
aquisição e explicitação do conhecimento (BERNARDI, 2009; DORNELAS, 2005; 
LACRUZ, 2008; NONAKA; TAKEUSHI 1997; SWITZER, 2008; WILLIAMS, 2002). 
17 
 
De acordo com Cecconello e Ajzental (2008), é fundamental ampliar o 
conhecimento sobre o novo negócio para diminuir e reduzir as dúvidas que podem 
surgir ao tomador de decisão. O desenvolvimento do Plano de Negócios conduz o 
empreendedor a se concentrar na análise do ambiente de negócio, objetivos, 
estratégias, competências, estruturas, organização, investimentos e recursos 
necessários e no estudo da viabilidade do modelo de negócio. 
Para Bernardi (2009. p.3) um planejamento propicia: 
 Melhor entendimento do negócio; 
 Determinação
e compreensão das variáveis vitais e críticas; 
 Clareza quanto ao que fazer e ao que não fazer; 
 Visão de oportunidade; 
 Abordagens criativas e inovadoras; 
 Definição de objetivos e observação da congruência dos elementos do 
modelo. 
18 
 
 Figura 1 – Etapas para preparação de um plano de negócio 
 Adaptado de: Chiavenato, 2007, p. 134. 
 
19 
 
Preparar um plano de negócio não é nada fácil, pois será necessária a 
vivência em certo momento como o fracasso, mesmo que anteriormente a ideia era 
ótima e hoje seja inviável. 
Os objetivos do plano de negócio devem ser definidos com clareza, para que 
não sejam confundidos com metas, ou seja, o plano serve para propor o 
ordenamento das ideias e a apreciação da potencialidade e da disponibilidade do 
empreendimento que é o plano de negócio operacional, ou se servirá para conseguir 
recursos financeiros, que pode ser chamado de plano de negócios para a obtenção 
de recursos. O plano na verdade é um só, o que muda apenas é o enfoque que se 
dará a ele criações, que conseguem também entender todos os processos legais e 
administrativos, além de entender a importância de fazer o planejamento em todos 
os níveis do negócio a médio e longo prazo, evitando assim a morte pré-matura do 
empreendedorismo. 
O empreendedorismo tem fortes impactos na sociedade, pois é um fator que 
possibilita o desenvolvimento social e econômico, em todos os setores de uma 
comunidade. Seja no âmbito pessoal, local ou mundial, as pessoas empreendedoras 
são aquelas que movimentam o mundo para frente. 
Seja nos negócios ou no âmbito social, a criatividade, iniciativa e vontade de 
transformar o mundo ao seu redor e dos empreendedores é o que nos permite ver o 
avanço do ser humano na sociedade. 
Além dos benefícios que o empreendedorismo trás para a sociedade, 
também tem os benefícios para a realização social. 
Este relatório teve a finalidade de analisar e demonstrar a história do 
empreendedorismo no mundo, mostrando também como foi o surgimento do 
empreendedorismo no Brasil e os fatores incentivadores e desafios encontrados ao 
decidir por as ideias em práticas. No mesmo período, busca definir, conceituar e 
diferenciar o empreendedorismo com o passar do tempo, desde seu surgimento na 
idade média, até os tempos atuais, onde é praticado por pessoas com boas ideias 
empresariais, onde empresas se tornam grandes empreendedoras por ter a busca 
por inovação como um dos requisitos para a sua existência. 
2.3. INTRAEMPREENDEDORISMO NA ORGANIZAÇÃO 
O termo intraempreendedorismo foi cunhado na década de 1980 pelo 
consultor de administração Gifford Pinchot III. Quase duas décadas mais tarde, os 
20 
 
dicionários passaram a apresentar o termo intrapreneur, que designa a pessoa que, 
dentro de uma grande corporação, assume a responsabilidade direta de transformar 
uma ideia ou projeto em produto lucrativo através da inovação e de assunção de 
riscos. Para Pinchot (1985), o intraempreendedor é sempre o sonhador que 
apresenta a capacidade de transformar uma ideia em uma realidade. 
O intraempreendedor é aquele indivíduo com perfil empreendedor que atua 
dentro de uma organização. Segundo a definição de Jarilo e Stevenson (1990), o 
intraempreendedorismo é o empreendedorismo que ocorre dentro de empresas já 
existentes. Nessas organizações, os indivíduos intraempreendedores perseguem 
oportunidades independentemente dos recursos que controlam. Pryor e Shays 
(1993), por sua vez, entendem o intraempreendedorismo como a criação de um 28º 
ambiente em que inovações encontrem terreno fértil para surgir e transformar 
trabalhadores comuns em empreendedores de sucesso. Pinchot (1985) define o 
intraempreendedor como uma pessoa que foca em inovação e criatividade e que 
transforma um sonho ou ideia em um negócio rentável, ao mesmo tempo em que 
opera dentro do ambiente de uma organização. 
Ou seja, Intraempreendedorismo é uma modalidade de empreendedorismo 
que consiste na prática dos funcionários possuírem a capacidade de atuar como 
donos do negócio, ajudando, sobretudo a movimentar a criação de ideias dentro das 
organizações, mesmo que indiretamente. 
Esta prática tem se tornado cada vez mais comum dentro das empresas e 
instituições, pois permite que os profissionais possam analisar cenários, criar ideias, 
inovar e buscar novas oportunidades e alternativas para que a organização tenha 
sempre um melhor funcionamento. 
Além deste benefício para o bom andamento das empresas, a prática do 
intraempreendedorismo também é muito positiva para os colaboradores. 
Profissionais com este perfil são sempre mais valorizados pelas organizações, 
justamente por agregarem valor ao trabalho executado. Este modelo de colaborador 
é chamado de intraempreendedor. 
21 
 
2.3.1 Características do intraempreendedorismo 
Por se tratar de uma prática realizada pelos funcionários da empresa, as 
características do intraempreendedorismo de alguma maneira refletem nas atitudes 
deste profissional para com a organização. 
Quando o colaborador está sempre em busca de novidades para a empresa, 
sem medo dos riscos que possa vir a ter por gerar uma ideia e compartilhá-la com os 
seus superiores, procura sempre estar focado na melhoria contínua do setor para o 
qual trabalha ou mesmo para a organização como um todo se pode dizer que estas 
também são algumas das características do intraempreendedorismo. 
É possível destacar outras características que competem a quem pratica o 
intraempreendedorismo, como: 
 Paixão pelo que faz; 
 Atenção às novas ideias; 
 Criatividade e ousadia; 
 Descoberta de novas oportunidades; 
 Persistência e dedicação; 
 Autoconfiança; 
 Pro atividade. 
Além destas características, é de fundamental importância que o colaborador que 
pratique o intraempreendedorismo tenha o espírito empreendedor. 
 
 
 
 
22 
 
3. HISTÓRICO 
A companhia de bebidas das Américas Ambev já foi sucessora das 
conhecidas cervejeiras Brahma nascida em 1888 do suíço Joseph Villiger que 
estabeleceu uma pequena oficina com o nome de Manufadtura de Cerveja Brahma 
& Villeger & Companhia, e Antártica nascida em 1853 formada por indústrias 
Paulistas, primeiramente produzindo gelo e produtos alimentícios, onde em 1889 
inicia sua produção de cerveja. 
Ao passar dos anos as duas foram crescendo se tornando as maiores e as 
mais antigas cervejarias do Brasil tendo sua marca de cerveja estabilizada no 
mercado onde elas também iniciaram a produção de guaraná crescendo ainda mais 
seu portifólio. Sempre inovando, a Antártica inseriu no Brasil a caçulinha em 1950 
que é um refrigerante de 165 ml que fez sucesso com as crianças rendendo em 
1951 um super-herói em quadrinhos para aumentar sua visibilidade, com o seu 
crescimento e sua visão em 02 de junho 1999 foi anunciada a união da Companhia 
Antarctica Paulista e da Companhia de Bebidas das Américas, Companhia de 
Bebidas de Las Américas, American Beverage Company. Primeira multinacional 
brasileira, a Ambev se torna a terceira maior indústria cervejeira e quinta maior 
produtora de bebidas do mundo. 
A expansão nas Américas começou em 1994 quando a Brahma deu início à 
sua presença internacional através de operações no segmento de cerveja na 
Argentina, Paraguai e Venezuela. Em 2003, após a formação da Ambev, a 
Companhia acelerou sua expansão fora do Brasil através de uma transação com a 
Quinsa, estabelecendo uma presença de liderança nos mercados de cerveja da 
Argentina onde iniciou suas atividades do zero tanto em fabrica como em 
maquinário, indo apenas com uma ideia que era a garrafa retornável e acreditando 
que os argentinos iriam se desprender tão facilmente da garrafa convencional, que 
acabou sendo um desastre em que o mercado não aceitou a ideia. Servindo de lição 
e aprendendo com seus erros a empresa não se deixou abalar partindo para a 
Bolívia, Paraguai e Uruguai. Ainda
em 2003 e, também, ao longo de 2004, a Ambev 
efetuou uma série de aquisições em mercados como América Central, Peru, 
Equador e República Dominicana. No ano seguinte, a Companhia passou também a 
operar no mercado de cervejas do Canadá através da incorporação de uma 
controladora indireta da Labatt. Por fim, em maio de 2012, a Ambev expandiu suas 
23 
 
operações no Caribe através de uma aliança estratégica com a E. León Jimenes 
S.A. 
Em 31 de dezembro de 2016, a Ambev concluiu uma operação de troca de 
ativos com a AB InBev por meio da qual a Companhia transferiu suas operações na 
Colômbia, Peru e Equador para a AB InBev e a AB InBev, por sua vez, transferiu a 
operação da SABMiller plc’s no Panamá para a Companhia. 
Atualmente a Ambev faz parte da Anhevser Busch Inbev, conhecida como AB 
Inbev, nasceu da união entre a Ambev, e a belga Inberbrew e Anheuser-Busch, As 
"operações InBev-Ambev" consistiram em duas operações negociadas 
simultaneamente: (i) na primeira operação, o Grupo Braco trocou suas ações na 
Ambev por ações na Interbrew S.A./N.V. ("Interbrew"); e (ii) na segunda operação, a 
Ambev emitiu ações para a Interbrew em troca de uma participação de 100% da 
Interbrew na Labatt. Atuando em 16 países: Brasil, Canadá, Argentina, Bolívia, 
Chile, Paraguai, Uruguai, Guatemala, República Dominicana, Cuba, Panamá, 
Barbados, Nicarágua, Saint Vincent, Dominica e Antigua, possuindo 32 cervejarias e 
2 maltarias no Brasil, 200 marcas de bebidas, 35 mil colaboradores no Brasil e 100 
centros de distribuição direta e 6 de excelência no Brasil a InBev-Ambev segue 
pioneira no mercado sendo uma das melhores do mundo se tratando de cerveja e 
seus derivados. 
 
3.1 O SURGIMENTO DA AMBEV 
Como mencionamos, nos anos 1880, as empresas da Cervejaria Brahma e 
Companhia Antarctica surgiram no Brasil, onde atuaram por mais de um século até o 
surgimento da Ambev. Em 1999, ano da fusão dessas duas empresas para criar a 
marca atual, elas empregavam cerca de 16 mil pessoas. Somente de 1999 para cá, 
a Ambev emprega mais de 46 mil funcionários ao redor do mundo, com 35 mil 
colaboradores somente no Brasil. 
O motivo para esse grande crescimento após a fusão se dá no incentivo que 
a Ambev criou no mercado de bebidas dentro do país a partir da ampliação do seu 
portfólio de produtos, criando novas bebidas com preços acessíveis à população, 
sem abrir mão da qualidade da marca. Isso não fez somente o mercado crescer, 
como também a própria empresa, que gerou mais empregos e pôde crescer ainda 
mais nessa última década. 
24 
 
3.2 A AMBEV NO MUNDO 
A Ambev é uma empresa de capital aberto no Brasil, que é a maior 
cervejaria no mercado latino-americano. Fora isso, ela fica com o quarto lugar no 
ranking de maiores cervejarias do mundo, junto de grandes cervejarias como a 
Heineken, a SABMiller, e a AB InBev, a maior cervejaria do mundo. 
Falando na AB InBev, a semelhança do nome com a Ambev não é apenas 
uma coincidência. Foi em 2004, quando a Ambev se fundiu com a cervejaria belga 
conhecida como Interbrew, que a AB InBev surgiu. Juntas, essas empresas 
dominam o mercado de cervejas e bebidas ao redor do mundo. 
 
3.3 AS BEBIDAS DA AMBEV 
A Ambev é a produtora das principais cervejas que encontramos nos 
supermercados. As duas primeiras que podemos citar são a Brahma e a Antarctica, 
cervejas das empresas fundadoras, mas elas não param por aí. 
Rótulos como a Budweiser, Bohemia, Corona, Polar, Skol, Serramalte e 
Stella Artois também compõem o catálogo de bebidas da Ambev. Até mesmo 
algumas das cervejas reconhecidas entre as melhores do mundo são distribuídas 
pela Ambev, como é o caso da renomada cerveja belga Hoegaarden. 
Os produtos da Ambev não se restringem, porém, somente às cervejas. 
Produtos, desde refrigerantes e chás até sucos, isotônicos e energéticos, também 
fazem parte do amplo catálogo da empresa. No âmbito de refrigerantes, por 
exemplo, a Ambev é a maior distribuidora de produtos da PepsiCo fora dos Estados 
Unidos. 
 
3.4 MISSÃO, VISÃO E VALORES 
A Ambev tem como fator de competitividade ser a empresa dominante do 
ramo de bebidas, ser marca forte e de grande reconhecimento no mercado. 
 
3.5 MISSÃO 
Criar vínculos fortes e duradouros com os consumidores e clientes, 
fornecendo-lhes as melhores marcas, produtos e serviços. 
25 
 
3.6 VISÃO 
Unir as pessoas por um mundo melhor. 
3.7 VALORES 
A Ambev possui como valores 10 princípios que consideram como a essência 
da sua cultura, permitindo-lhes ter consciência no jeito de fazer as coisas, 
respeitando as culturas locais e permitindo que trabalhem com um único sonho em 
todo o mundo. 
Sonho 
1. Seus sonhos os inspiram a trabalhar juntos, unindo as pessoas por um mundo 
melhor. 
Gente 
2. Pessoas excelentes, com liberdade para crescer em velocidades compatíveis ao 
seu talento e recompensadas adequadamente, são os ativos mais valiosos da 
Companhia. 
3. Selecionam, desenvolvem e retém pessoas que podem ser melhores do que eles 
mesmos. Avaliam seus líderes pela qualidade de suas equipes. 
Cultura 
4. Nunca estão completamente satisfeitos com seus resultados, que são o 
combustível da Companhia. Foco e tolerância zero garantem uma vantagem 
competitiva duradoura. 
5. O consumidor é o patrão. Conectam-se com seus consumidores oferecendo 
experiências que têm um impacto significativo em suas vidas, sempre de forma 
responsável. 
6. É uma Companhia de donos. Donos assumem resultados pessoalmente. 
26 
 
7. Acreditam que o bom senso e a simplicidade orientam melhor do que sofisticação 
e complexidade desnecessárias. 
8. Gerenciam seus custos rigorosamente, a fim de liberar mais recursos para 
suportar seu crescimento no mercado de maneira sustentável e rentável. 
9. Liderança pelo exemplo pessoal é o melhor guia para sua cultura. Fazem o que 
falam. 
10. Nunca pegam atalhos. Integridade, trabalho duro, consistência e 
responsabilidade são essenciais para construção da Companhia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
4. DEPARTAMENTOS 
A Ambev sempre investiu de modo contínuo no desenvolvimento de seus 
funcionários, com gestão de treinamentos, bem como cursos internos e externos, 
realizada pela Universidade Ambev, que em 2010, recebeu um investimento 
de R$22,5 milhões, com 74 programas, 712 cursos e mais de 38 mil horas de 
treinamento em módulos presenciais e on-line. 
Criada com base em três pilares, a Ambev, possui políticas de consumo 
responsável para com os produtos produzidos, iniciativas ambientais contínuas e 
compromisso com a comunidade. 
Seus departamentos: 
Com mais de 60 mil colaboradores a Ambev tem um amplo segmento 
distribuídos em departamentos, iniciando com o conselho, direção geral, gerentes 
dos setores: marketing, produção, cervejaria, recursos humanos, financeiro, 
tesouraria, contábeis, inovações e administrativo e seus operários. 
Figura 2 - Organograma da empresa 
Fonte: Slideshare1. 
 
1 Disponível em: https://www.slideshare.net/LellyMachado/revenda-disbec. Acesso em: 28 
abril. 2019. 
https://www.slideshare.net/LellyMachado/revenda-disbec
28 
 
5. ANÁLISE DA INDÚSTRIA 
 
O principal negócio da Ambev é a cerveja, neste seguimento a companhia é 
líder em diversos mercados tendo na frente diversas marcas conhecidas como a 
Skol, Brahma, Antarctica e etc, além de ter operações de refrigerantes não 
alcoólicos e não-carbonatados. Atualmente o portfólio de bebidas não alcoólicas da 
Ambev possui a marca h2oh (águas com sabor) e lipton ice tea (chás gelados), 
ambas inclusas no contrato de franquia com a Pepsico, que desde janeiro de 2002 
lhes deu o direito de fabricação, venda e distribuição da Gatorade, bem como a 
Pepsi, cuja Brahma adquiriu os direitos exclusivos de fabricar, vender e distribuir por 
todo nordeste do Brasil. Com princípios visados em uma cultura forte de distribuição 
e conhecimento
de acordo com os funcionários, clientes e fornecedores que sonha 
grande e que buscam sempre sucesso e crescimento no mercado. 
Em 1994, a Brahma deu início a sua expansão internacional, levando 
inicialmente o seguimento cervejeiro para Argentina, Paraguai e Venezuela. De 2003 
até 2004 após a formação da Ambev a companhia acelerou a seu processo de 
expansão fora do Brasil, conseguindo várias aquisições em mercados de países 
como Bolívia, Peru, Equador entre outros, em 2005 conquistou o Canadá, por fim 
em 2012 através de uma importante aliança conseguiu expandir suas operações no 
Caribe. 
Hoje, líder de mercado, a Ambev conta com 100 rótulos e opera em 16 
países, considerada a maior empresa da América Latina está avaliada em U$ 120,1 
Bilhões, e apesar das multas milionárias por denúncias de irregularidades e leis 
trabalhistas foi eleita pelo Great Place To Work Institute 2como uma das cem 
melhores empresas para se trabalhar no Brasil. 
Gerenciando os recursos de forma mais aberta para liberar de uma forma 
mais abrangente o crescimento para empresa de um modo mais sustentável e 
rentável. 
 
 
 
2 O GPTW é uma autoridade global no mundo do trabalho, e especialistas em transformar a 
sua organização em um Great Place to Work. 
 
29 
 
5.1SEGMENTAÇÃO E POSICIONAMENTO NO MERCADO 
 
O posicionamento da Ambev no mercado se configura em comercializar e 
inovar as suas bebidas de modo que os seus clientes e admiradores notem que 
sempre estão inovando e buscando diferenciar os produtos, ou seja, buscam meios 
para não ficar na mesmice. Como pode ser visto em comerciais e divulgações por 
meios sociais, eles almejam atrair a atenção dos compradores com histórias e ideias 
lançadas em comerciais para que fiquem interessados e curiosos para experimentar 
e avaliar o produto, sendo normalmente o retorno de forma positiva quanto a 
qualidade das cervejas ou outras bebidas produzidas e comercializadas. 
Atualmente a Ambev buscou um público alvo, se trata dos comerciantes que 
simpatizam com o produto, pois notaram que esse ramo de atividade no mercado 
estava se ampliando e como a empresa busca inovação e ampliação, decidiu 
investir. Para ter um êxito maior nas suas vendas, a mesma buscou ainda se 
aprofundar no estilo de vida, gosto e interesse dos consumidores de bebidas 
alcoólicas, e com as pesquisas pós-vendas buscavam melhorar o produto e ampliar 
a quantidade de saídas. 
 
5.2 4 P’s 
Com tudo a Ambev busca de uma forma sustentável e rentável a inovação do 
produto e satisfação do consumidor, visando além do lucro ser lembrada e 
reconhecida no mercado, para isso implementou a estratégia dos 4Ps, que são eles. 
 
Promoção: a Ambev aposta muito em propagandas educacionais e influenciadoras, 
como por exemplo, as propagandas em 2001, que no meio das partidas de futebol 
surgia uma vinheta com uma garrafa virando um táxi, desse modo, querendo 
conscientizar que se ingerissem bebidas alcoólicas não deveriam dirigir. Em 2005 
começou a inserir mensagens pela primeira vez do "Se beber, não dirija" com mais 
uma forma de conscientização para seus clientes, visando um meio social para os 
mesmos. 
Com isso, pode-se notar também, que a AmBev foca em propagandas 
televisivas, pois, engloba um público maior e dessa forma tem-se outro exemplo de 
conscientização através de uma propaganda, que ocorreu justamente no mês de 
30 
 
Maio, o mesmo da conscientização do trânsito, o mesmo se iniciou quando os 
nomes das bebidas alcoólicas apareciam no meio de uma partida de futebol com 
nomes invertidos ou algumas letras trocadas mostrando como pode ocorrer quando 
achamos que está tudo correto enquanto bebemos usaram então a seguinte frase 
para demonstrar isso: “Às vezes, você bebe e acha que está tudo em ordem. Mas 
não está”. 
Em fevereiro de 2019, a AmBev lançou uma campanha que se tratava de 
trocar uma lata de qualquer refrigerante pelo guaraná Antárctica, com o pensamento 
de “Quando uma pessoa vai a um restaurante e pede um guaraná, ela 
provavelmente quer o guaraná original do Brasil”, diz o gerente de marketing. 
 
Preço: buscam dois meios de venda que possa beneficiar a empresa e os 
compradores, com vendas à vista se tratando de eventos, podendo ser revertida 
uma parte do pagamento em decorações para o evento buscando assim, um meio 
maior de visibilidade e atenção para a marca. Sendo para vendedores/fornecedores, 
visa o pagamento a vista ou a prazo com acréscimos no valor final, tendo também o 
empréstimo de materiais disponíveis como: mesas, cadeiras, TV, freezer, copos e 
entre outros. 
 
Produto: a Ambev busca constantemente inovar, por isso, tem um mix de produtos 
no seu portfólio com marcas conhecidas e fortes entre clássicos e desconhecidos 
produtos pelos seus clientes. Com sua indústria brasileira, foca em produzir novos 
produtos de maneira que seja inspirada por tendências do mercado que surgem 
fortemente na atualidade. 
 
Praça: seus pontos de venda são relativamente abrangentes, são aproximadamente 
dez mil espalhados em Pernambuco, como se trata de bebidas, possuem um leque 
muito grande de vendedores, supervisores e uma gestão muito forte na área 
comercial. Como alguns exemplos de praça, estão: Restaurantes, Botecos, 
Supermercados, Bares de rua e entre outros. 
 
31 
 
5.3 ANÁLISE DE SWOT 
Através da Matriz de SWOT é possível analisar os ambientes interno e 
externo da Ambev. 
 
Figura 3 – Matriz de SWOT 
 
Fonte: Blog da Rock Content3. 
 
Forças (strengths) 
 Capacidade de gestão e inovação dos controladores. 
 Market Share. 
 Maioria da participação de mercado para a Ambev. 
 Incentivos por novas atitudes (Intraempreendedorismo). 
 Rígido controle de custos. 
 Grande aceitação dos produtos Ambev no mercado. 
 Vasta pluralidade de suas marcas. 
 
 
 
3 Disponível em: <https://rockcontent.com/blog/como-fazer-uma-analise-swot/>. Acesso em: 01 
maio. 2019. 
https://rockcontent.com/blog/como-fazer-uma-analise-swot/
32 
 
Fraquezas (weaknesses) 
 Alta rotatividade de talentos. 
 Dependência do valor de commodities (Malte). 
 Dependência de grande quantidade de água nas proximidades da indústria. 
 Dificuldade na manutenção de equipamentos externos cautelado. 
 Central de atendimento defectiva. 
Oportunidades (oportunidades) 
 Sofisticação do consumo de cerveja através da “experiência gastronômica”. 
 Disseminação da cultura cervejeira. 
 Ascensão de marcas de cerveja Premium. 
 Eventos de Grande Expressão. 
 Ativo de alta qualidade. 
 Rentabilidade sobre capital tangível. 
Ameaças (threats) 
 Fortalecimento da geração saúde. 
 Marketing agressivo da concorrência. 
 Carga tributária aplicada para bebidas. 
 Ascensão de microcervejarias e pequenos e médios fabricantes. 
 Aumento da inflação, volatilidade cambial e baixo crescimento econômico do 
país. 
 Estratégias de preços agressivos. 
 Aquisição de concorrentes nacionais por grandes grupos cervejeiros 
internacionais. 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
6. QUESTIONAMENTO EMPREENDEDORISMO E INDICADORES 
REGIONAIS 
6.1 EMPREENDEDORISMO NA AMBEV 
 
• SURGIMENTO DO EMPREENDEDORISMO 
A Ambev surgiu em 1999, onde as companhias Antarctica e a companhia 
Brahma se uniram para buscar juntos, mais consumidores do que as concorrentes. 
Nessa união foram conquistando, tanto o público brasileiro, quanto o internacional. A 
empresa é uma sociedade, cujo capital social é formado por pessoas compradoras 
de ações, que só fazem parte uma das ideias, mas constituída tudo pela lei que rege 
no nosso Brasil. 
• EMPREENDEDORISMO DE NEGÓCIOS 
A AMBEV tem vários desafios, devida a alta competividade no mercado, na 
busca de diferenciar os grãos para trazer leveza ou mais sabor às bebidas, com 
isso, ela buscar fazer a diferença no mercado para vencer a concorrência,
conquistando vários gostos e os todos os tipos de clientes, garantindo-lhes o melhor 
sabor com o preço acessível. Com isso ela se torna uma organização que é 
empreendedora de negócios. 
No empreendedorismo de negócio o mestre cervejeiro tem a oportunidade de 
mostrar suas características com boas ideias e com iniciativa através um bom 
planejamento e sem medo de apostar, sendo assim a Ambev demonstra diferentes 
sabores de grãos para sempre inovar nas cervejas. 
6.2 O INTRAEMPREENDEDORISMO NA ORGANIZAÇÃO 
 
O intraempreendedorismo está bem presente na organização, pois é visto nos 
colaboradores um perfil diferenciado, com liberdade de atuação dentro da empresa. 
Estes ajudam, sobretudo a movimentar a criação de ideias dentro desta 
organização. Esta prática é muito positiva para os colaboradores da Ambev, pois 
estes profissionais são sempre mais valorizados, justamente por agregarem valor ao 
trabalho executado. 
34 
 
Isso é bem visível no BEERLOVES, um espaço na fábrica que foi aberto 
devido a uma ideia de um funcionário para atrair pessoas e empresários e estes 
terem um conhecimento mais aprofundado de como funciona o processo de logística 
e produção da cerveja, o carro forte da organização. O visitante tem uma aula sobre 
a história da cerveja, onde é mostrado todo o processo do início até o fim, onde é 
colocado no caminhão e liberado para serem distribuído. Com isso o colaborador 
trabalha empenhado em mostrar a sua responsabilidade de fazer parte dos 
processos e serviços, proporcionando o resultado final de seu esforço. 
6.3 PROJETO SOCIAL 
Atualmente a AMBEV tem como referência internacional um projeto social 
visando à gestão do uso de água na produção de bebidas e em melhores práticas 
ambientais, foi no ano de 2017 que ela foi conhecida como destaque na categoria 
de grandes empresas como a água AMA e pelo prêmio ECO, da câmara americana 
de comercio (AMCHAM), que está entre as premiações mais importantes sobre 
sustentabilidade no Brasil. 
São os negócios sociais que tem 100% dos lucros revertidos para projetos de 
distribuição de água potável. Com intuito de que o consumidor adquire da água e ao 
mesmo tempo ele contribui para uma causa real, em projetos com alto potencial de 
transformação social. 
O projeto AMA busca contribuir para a solução de programa da falta de água 
potável no país. A ideia era criar uma plataforma para viabilizar o investimento social 
do consumidor, para fabricar, distribuir e vender bebidas, mas, a preocupação com 
a excelência não se restringe apenas à gestão de pessoas ou aos produtos 
oferecidos aos consumidores. 
A AMBEV se orgulha das suas iniciativas nas áreas de responsabilidade 
social e ambiental, pois recebem investimentos continuamente em programas de 
consumo responsável e de preservação do meio ambiente. São tantas realizações 
que faz com que ela queira ir cada vez mais longe. 
Em uma década, vimos nossos sonhos se transformarem em realidade. Isso 
nos dá a certeza de que hoje, com ainda mais sonhos, nossa Gente, nossa Gestão 
e Cultura, é possível e vamos fazer muito mais na próxima década. 
O maior desafio do AMA é que gerem renda para combater a escassez de 
água no semiárido brasileiro. O AMA na sua segunda edição, contou com a 
35 
 
participação de 485 empresas juniores. O projeto tem como objetivo permitir que ela 
utilizasse da mesma água tratada por meio de um processo de filtragem para ser 
utilizada na plantação e criação dos peixes. Essa reutilização só é necessária para 
que seja evapora, já que a mesma água poderá ser reutilizada. 
Além disso, o projeto patrocinar e encontrar soluções relacionadas a água e 
possibilita a participação em eventos para troca de experiências sobre o assunto. 
Um exemplo disso é a arena oferecida pela AMA no Activaton Hub do Sustainable 
Brands São Paulo, onde se faz um debate e compartilhamento de conhecimento e 
sobre novas tecnologias que podem gerar mais acesso e eficiência ao uso da água 
e como podemos se sensibilizar mais pessoa para o problema de risco da escassez 
hídrica. 
Já no programa consumo inteligente, tem como foco prevenir o consumo de 
bebidas alcoólicas para menores de idade, bem como promover a segurança viária 
e o consumo moderado. O compromisso de apoia o consumo inteligente nos levou a 
estabelecer metas globais para ser atingida em 2025, essa meta é de fato diminuir o 
consumo indevido de bebidas alcoólicas em pelo menos 10% em seis cidades. 
Utilizar rótulos informativos em todas as cervejas até o fim de 2020 e aumentar a 
educação sobre saúde e álcool até o fim de 2025. 
O Programa de Consumo Inteligente recebeu, nos últimos três anos, 
investimentos de R$ 45 milhões. São ações de engajamento de diversos 
representantes da sociedade, de ONGs, universidades, centros de pesquisas, redes 
de supermercados, bares, restaurantes, sindicatos, órgãos do trânsito, governos, 
aplicativos de táxi, sociólogos, psicólogos, profissionais da saúde, artistas, 
jogadores de futebol e influenciadores digitais. 
6.4 PLANO DE NEGÓCIOS 
 
 Plano de negócios é um documento que contém a caracterização do 
negócio, sua forma de operar, suas estratégias, seu plano para conquistar uma fatia 
do mercado e as projeções de despesas, receitas e resultados financeiros. (SALIM 
et al. 2003, p.3). 
 O Plano de Negócios é uma ferramenta extremamente importante para o 
planejamento e operacionalização eficaz dos empreendimentos. O plano de negócio 
tem a função de analisar o mercado, estabelecer estratégias, definir as diretrizes 
36 
 
financeiras, verificar as tendências e oportunidades de negócio, enfim, o plano de 
negócio tem a finalidade de nortear o empreendimento para resultados positivos, 
servindo como pilar do planejamento estratégico da organização. No plano de 
negócio deve haver informações que possibilitem uma real indicação de quais 
caminhos o empreendedor deve seguir conter informações motivacionais que 
incentive a equipe a atuar frente aos objetivos traçados, e conter uma estrutura 
organizada e simplificada para entendimento de toda a equipe. O referido plano de 
negócio, uma vez confeccionado não deve ser apenas um trabalho motivacional, e 
sim um norte para a empresa, devendo ser constantemente analisado e constatado 
ou não a efetivação do que foi proposto. 
Com isso, identificamos que o Plano de negócio é um processo que está em 
atuação na Ambev, mas que este, sempre se atualiza no decorrer das mudanças, 
devido ao crescimento econômico que a empresa vem tendo, existem muitas 
divergências nesse plano. 
De acordo com a Ambev ela é uma empresa que sempre aposta nas 
inovações, mesmo com seu plano de negócio. Ela busca traçar estratégias para 
manter o status de empresa de sucesso, na qual se tornou. Uma das suas grandes 
apostas de inovação foi lançar um novo seguimento que foi o refrigerante guaraná 
Antártica com a intenção de tirar a Coca-Cola do país. 
Já em 2017 a Ambev lançou uma nova estratégia, e decidiu apostar em 
bares próprios, com o objetivo de construir a marca por meio da experiência do 
consumidor e contrariando seu costume de trabalhar só com franquias ou parcerias. 
A empresa conseguiu obter o sucesso que tanto esperava devido ao início do seu 
plano de negócio, mas além do seu plano, usou como um diferencial apostar em 
suas inovações, com suas estratégias executadas ao longo dos anos, e que fizeram 
com que ela ganhasse notoriedade mundial e aumentasse consideravelmente seu 
valor de mercado, que com o passar do tempo a Ambev conseguiu se tornar uma 
empresa de referência em gestão de crescimento e rentabilidade. 
 
 
 
 
37 
 
6.5 CANVAS 
 
Figura 4 – CANVAS Ambev 
 
Fonte: Elaborado pelo autor do trabalho.4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 Montagem a partir das análises coletas no site da Ambev e na companhia. 
38 
 
7. GESTÃO DE PESSOAS
II 
7.1 A AMBEV E OS PROCESSOS DE TREINAMENTO. 
Através de coleta de dados que obtivemos durante visita à Empresa AMBEV, 
verificamos que existem dois métodos de treinamentos que são destinados para 
seus funcionários e terceirizados: 
Figura 5 – Métodos de Treinamento 
TREINAMENTO 
PRIMEIRO MÉTODO SEGUNDO MÉTODO 
MENSALMENTE SEGUNDA À SEXTA - FEIRA 
IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA 
15 MIN ANTES DO EXPEDIENTE 
IMPLANTAÇÃO DE NOVOS SISTEMAS 
TERINAMENTO ONLINE 
Fonte: Elaborado pelo autor do trabalho.5 
 
O primeiro método ocorre mensalmente, e como recurso metodológico, são 
utilizados vídeos. Nesse treinamento, os temas centrais são voltados para as 
questões de segurança, a exemplo dos cursos de brigada em caso de incêndio ou 
da própria segurança e riscos de vida dos colaboradores e consumidores em caso 
de incêndio e sobre como devem agir mediante tais circunstâncias. Com relação ao 
segundo método de treinamento, ele ocorre de segunda a sexta-feira, em períodos 
quinzenais, durante quinze minutos que antecedem o horário do expediente de 
trabalho. Em seu programa, constam temas fixos, além de informações sobre a 
implantação de novos sistemas que objetivam a melhoria do desenvolvimento 
organizacional (esse treinamento também é realizado de forma online para, com 
isso, propiciar conforto e bem-estar aos seus colaboradores). 
Como, comparativamente, às competências dos enólogos, na AMBEV temos 
os conhecimentos e habilidades dos “Mestres cervejeiros”, que é o responsável por 
testar os sabores das cervejas antes de serem enviadas ao mercado. Estes 
funcionários passam por treinamentos para terem o conhecimento necessário em 
relação às matérias-primas necessárias, o processo de criação da cerveja, identificar 
se é filtrada ou não, a quantidade do lúpulo para determinado tipo de cerveja, dentre 
 
5 Montagem a partir das análises coletas na Ambev. 
39 
 
outras exigências, até chegar ao resultado final que é a degustação. 
A AMBEV se preocupa e investe bastante neste quesito, uma vez que a 
organização realiza treinamentos para seus colaboradores, buscando, com isso, a 
excelência no desempenho e execução das tarefas. Esse fato, proporciona uma 
maior conscientização do trabalhador a respeito das atividades que exerce, fazendo 
com que possa observar e identificar falhas na tarefa que executa ao longo de toda 
cadeia produtiva como, também, descobrir maneiras de melhorar os processos 
organizacionais, tornando-o, assim, um empreendedor corporativo. 
A AMBEV também incentiva e possibilita a figura do Intraempreendedor, ou 
seja, aquela pessoa que estimula mudanças na organização, pois possui um olhar 
diferenciado em relação aos outros colaboradores, se destacando pelo fato de 
conseguir encontrar oportunidades criativas, aplica sua experiência na prática e todo 
o seu conhecimento teórico diante de cada ideia nova. 
Na AMBEV, o intraempreendedor possui uma visão inovadora na qual ele 
pode elaborar sistemas para facilitar a vida dos colaboradores e até mesmo dá 
ideias de melhorias nos produtos. Essas ações são chamadas de “melhores 
práticas”, É uma empresa que atua de forma orgânica, deixando seus funcionários 
opinar e desenvolver novos programas em prol da organização. Essa abertura e 
incentivo à participação, tem como resultado a motivação e o entusiasmo de seus 
colaboradores. 
A política de recompensa por remuneração aplicada pela AMBEV motiva seus 
colaboradores, e ela se dá através do pagamento do décimo quarto salário e, assim, 
os mantêm comprometidos com suas funções e focados em atingir as metas 
estabelecidas pela empresa. Essa dinâmica, incentiva de maneira direta e indireta 
seus funcionários, inclusive a identificar falhas ou maneiras de melhorar outros 
fatores organizacionais. 
Uma característica da cultura organizacional da AMBEV é tratar seus 
colaboradores como sócios da empresa e conscientizá-los disso. Essa visão traz, 
para os colaboradores, um senso de liberdade, confiança e autonomia, ao mesmo 
tempo em que incentiva à apresentação de sugestões, propostas e descobertas aos 
seus supervisores e superiores, que analisarão o que foi apresentado e, caso seja 
algo que contribuirá para empresa, será dada a permissão para ser colocado em 
prática. 
40 
 
Essas políticas da AMBEV são incentivadoras do intraempreendedorismo, e 
demonstra que a organização está sempre buscando, junto com os colaboradores, 
se desenvolver e crescer, pois oferta oportunidades para todos os níveis 
hierárquicos: do operacional da fábrica aos altos executivos. 
É possível observar que o treinamento de pessoas possui grande relevância 
para consolidar as ações de empreendedorismo das empresas, uma vez que, por 
meio de treinamentos, os funcionários podem se conscientizar de suas ações e dos 
processos nos quais estão inseridos, fazendo com que tenham uma maior visão das 
atividades dentro da empresa e, assim, poderem criar e identificar meios, ideias e 
novas oportunidades para o crescimento da empresa. 
7.2 RELEVÂNCIA DO TREINAMENTO 
 
Inserido em contextos culturais, o homem é o resultado direto de interações e 
de processos educacionais, que são mediados pelas linguagens e aprendizagens, 
tanto no campo da informalidade cotidiana quanto nos diversos campos de formação 
educacional institucional. Todo e qualquer ato educacional implica em interação, seja 
na troca de informação, na transmissão ou produção de conhecimentos, na 
percepção e compreensão do mundo, na aprendizagem de valores e normas, na 
aquisição, consolidação ou modificação de comportamentos. Educação é ato de 
interação de aprendizagens. 
Idalberto Chiavenato (1995) sustenta que há diversas concepções de 
educação, tais como: escolar, cultural, social, religiosa, política, moral, profissional, 
etc., e que ela pode ser construída e exercitada de maneira formal 
(institucionalizada, organizada, metodológica e sistemática), ou da forma mais 
assistemática, desorganizada e difusa, como ocorre nos grupos sociais. Contudo, 
assim como naquele autor, a que nos interessa nesse trabalho é a educação 
profissional, aqui compreendida como aquela que se dá de forma institucionalizada e 
que prepara o sujeito humano para a vida profissional. 
Ainda no mesmo autor, encontramos sustentação teórica no sentido de que 
a educação profissional apresenta três etapas interdependentes, mas absolutamente 
distintas, ou seja: existe a Formação Profissional (aquela que forma o homem para 
uma profissão); existe o Aperfeiçoamento ou Desenvolvimento Profissional (que é o 
tipo de educação profissional que aperfeiçoa o homem para uma carreira dentro de 
41 
 
uma profissão) e, por último, há o Treinamento (que é um tipo de educação que 
adapta o homem para um cargo ou função). É essa terceira etapa da educação 
profissional, com sua definição e objetivos, que faremos um recorte específico para 
fundamentar nossas reflexões e aprendizagens de trabalho. 
Assim, compreendemos que o “Treinamento é o processo educacional, 
aplicado de maneira sistemática, através do qual as pessoas aprendem 
conhecimentos, atitudes e habilidades em função de objetivos definidos.” 
(CHIAVENATO, 310:2014). Nesse sentido, percebe-se que o treinamento é 
imprescindível não apenas para que os colaboradores desenvolvam plenamente 
suas competências manifestas em conhecimento, habilidades e atitudes, mas, mais 
ainda, para a própria organização que deve, além de motivar, assegurar os recursos 
físicos, materiais, técnicos e metodológicos necessários para que os processos de 
treinamentos ocorram de maneira satisfatória. 
Quando os mecanismos de mensuração apontam que o planejamento, o 
programa, as técnicas e metodologias do treinamento foram eficazes e eficientes, os 
ganhos para colaboradores e para a organização são significativos, pois, se por um 
lado o treinamento proporciona ganhos diretos e indiretos
para os colaboradores 
(desenvolvimento de habilidades e capacidades, motivação, reconhecimento, 
desenvolvimento de competências, empoderamento técnico, dentre outros), por 
outro lado também resulta em benefícios para a organização que passa a contar 
com colaboradores potencializados enquanto capital humano, envolvidos com as 
metas e os objetivos corporativos, alinhados e adequados aos cargos e, 
principalmente, mantendo a organização viva e estruturada diante de um mercado 
extremamente competitivo. 
Contudo, para que o treinamento seja bem-sucedido, também é preciso 
destacar o papel e as responsabilidades que cabem aos gestores de pessoas que 
devem considerar: a boa administração do capital humano, a facilitação e o alcance 
de objetivos, o envolvimento e a motivação, a oferta de desenvolvimento e 
participação nos processos de tomadas de decisões, entre outras ações. Assim, o 
treinamento promove o bem-estar em relação ao clima organizacional, o 
desenvolvimento profissional, o aumento da eficiência e da eficácia do colaborar e 
da organização, além de reduzir a rotatividade do quadro funcional. 
42 
 
8. ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÃO II 
 
Como sabemos, a Ambev surgiu da união da Brahma e Antarctica. Mas essa 
história começou muito antes, quando ainda eram duas cervejarias na década de 
1880: a Companhia Antarctica Paulista e a Manufatura de Cerveja Brahma & Villeger 
& Companhia. 
 Conhecida pelas altas margens de lucro e pela entrega de bons resultados a 
investidores, a Ambev tem vivido um momento diferente. Em 2018, ano em que a 
Bolsa foi o investimento mais rentável do País, com o Ibovespa avançando 15%, as 
ações da empresa caíram quase 30%. A companhia foi a que mais perdeu valor de 
mercado, em números absolutos, no ano passado: de R$ 340,7 bilhões para R$ 
241,8 bilhões. Desde janeiro, porém, com a Bolsa paulista avançando diante da 
expectativa de crescimento da economia, a Ambev já recuperou parte das perdas de 
2018. 
 A empresa vinha tendo uma boa performance, até 2015 com um modelo 
baseado em distribuição direta, venda forte em bares e apresentação de suas 
principais cervejas em garrafas de 600 ml. As transformações do setor nos últimos 
anos, porém, começam a testar esse modelo, até então, de sucesso. 
 A companhia tem hoje um milhão de pontos de venda, enquanto a Heineken 
(dona de Kaiser e Schin) tem 600 mil e a Petrópolis (da Itaipava), 700 mil. O 
problema é que a venda de cerveja em supermercados, que não exige um sistema 
de distribuição tão complexo como o montado pela Ambev, avançou nos últimos 
anos. Além disso, em países que atravessaram crises profundas como o Brasil, o 
consumo não voltou para os bares após a retomada econômica. 
 Outra barreira no caminho da Ambev é a ampliação dos segmentos 
"premium" e "de desconto", e a perda de espaço do segmento intermediário, no qual 
suas principais marcas (Skol, Antarctica e Brahma) predominam. Na crise, o 
mercado "de desconto", em que estão as cervejas mais baratas e cujas marcas não 
fazem diferença para o consumidor, avançou de 19% para 25%. O "premium", que 
não foi afetado pela retração da renda, também cresceu, para 12% - dez anos atrás, 
beirava os 5%. Resultado: o segmento em que a Ambev tem tradição perdeu 
espaço. 
43 
 
 Apesar de a companhia ter lançado novos produtos para responder a essas 
mudanças, os resultados não se mantiveram. Apesar das dificuldades, a tendência 
é que o setor cervejeiro comece a melhorar lentamente. As projeções apontam para 
uma recuperação do mercado como um todo, depois de três anos de retração. No 
acumulado de 2019, com a Bolsa brasileira avançando de forma acelerada, os 
papéis da Ambev já recuperaram 16% de valor. Ontem, a companhia fechou 
avaliada em R$ 294,7 bilhões. 
 Os custos, porém, podem novamente espremer as margens. A Ambev faz 
operações financeiras para se proteger de oscilações cambiais no curto prazo. Esse 
impacto costuma chegar 12 meses depois. A alta do dólar de 2018, portanto, vai 
bater agora na companhia. O mercado está materializando que as margens (da 
Ambev) talvez não voltem ao nível pré-2016. A competição e o setor mudaram, 
afirma um analista. Em relatório recente, o UBS destacou que as margens da 
empresa não atingirão o patamar anterior à crise antes de 2025. 
 Ampliar a oferta de produtos é a principal estratégia da Ambev para recuperar 
mercado e voltar a entregar resultados semelhantes aos anteriores à crise. Desde 
2015, a companhia ampliou a linha de suas três principais marcas (Skol, Antarctica e 
Brahma) com dez lançamentos. 
 Apesar de sempre ter se colocado contra o segmento de cervejas "de 
desconto" - por considerar que, nele, o consumidor não diferencia as marcas -, a 
companhia também investiu nesse mercado. No ano passado, lançou a Nossa em 
Pernambuco e a Magnífica no Maranhão, ambas com mandioca em suas receitas e 
mais baratas que as marcas tradicionais. O executivo afirma que a entrada no 
segmento não foi uma estratégia para responder à crise, mas uma "oportunidade" de 
se relacionar com o público de regiões onde marcas "de desconto" devem 
predominar sempre. Para Tennenbaum, em outros Estados do País, esse mercado 
voltará a encolher conforme a economia brasileira se recuperar. 
 Apesar de a Ambev afirmar não prever uma expansão significativa no 
segmento mais popular, o lançamento das novas marcas foi bem visto por 
investidores. Segundo relatório do banco BTG Pactual, os benefícios fiscais 
concedidos à companhia pelos Estados onde a bebida está sendo produzida 
permitem que ela seja vendida até 10% mais baratas que a Schin - hoje nas mãos 
da Heineken - e sem perda na margem de lucro. 
44 
 
 Criada especialmente para enaltecer a cultura e o cidadão pernambucano, a 
novidade é produzida exclusivamente no Estado para o orgulho local. 
 A cervejaria Ambev está de olho nos consumidores de menor renda. Dona de 
marcas como Skol, Brahma e Stella Artois, e de quase 70% do mercado nacional, a 
companhia não tinha atuação relevante no mercado de cervejas mais baratas. Agora 
lança a Nossa, uma cerveja feita de mandioca com preços até 40% menores que os 
da Skol. 
O pernambucano agora tem sua própria cerveja. A Ambev lançou a “Nossa”, 
cerveja produzida na fábrica de Itapissuma com a adição de um ingrediente 
tipicamente local (mandioca) que será vendida apenas em Pernambuco. É um rótulo 
que quer encantar o consumidor pela leveza, pelo preço acessível e também pelo 
impacto social, já que, na fabricação, usa a mandioca de pequenos agricultores do 
Sertão do Estado. 
“Engarrafamos a alegria e a leveza do pernambucano em uma cerveja que, 
do campo ao copo, é 100% pernambucana”, garantiu o mestre-cervejeiro da Ambev, 
Eduardo Tabosa, contando que a mandioca usada na receita vem de Araripina. 
Outro fator que barateia o produto é opção de vendê-lo apenas em embalagens de 
vidro, com foco nas de 600 ml retornáveis, aponta relatório do 
 A Ambev acredita que a estratégia pode pressionar a Heineken a mudar 
preços no Nordeste, inclusive com aumentos em outras cervejas mais Premium, 
como forma de compensar a perda de margem na Schin. Além do preço competitivo, 
a Ambev aposta no apelo emocional. “Não lançamos produtos pensando nos 
concorrentes”. 
 Os pernambucanos são orgulhosos da cultura local. “Nosso objetivo é ser 
mais um orgulho para esse povo e criar produtos com valor para o consumidor”, 
afirma a diretora de marketing da marca. 
 Já a produção da nova cerveja Magnífica é fruto de parceria entre a Ambev e 
o Governo do Maranhão, que, após rodada de conversas, estabeleceu a ampliação 
de investimentos da empresa no Estado. Na primeira fase, 78 famílias associadas 
ao Tabuleiro fornecerão mandioca para a produção da Magnífica. A estimativa é 
que, até o final de 2019, duas mil famílias de agricultores sejam agregadas ao 
projeto. 
https://exame.abril.com.br/noticias-sobre/ambev/
45 
 
 Para o
presidente da Ambev, Bernardo Melo Paiva, a cerveja Magnífica é um 
presente da companhia para os maranhenses, além de ajudar na geração de novos 
postos de trabalhos. 
 Inicialmente a empresa contava com 16 mil funcionários e hoje já são cerca 
de 40 mil, 26 mil atuando só no Brasil. 
 A Ambev fez um estudo para mensurar o tamanho total de sua cadeia 
produtiva e chegou a um número muito expressivo. Hoje, a cadeia de produção da 
empresa é em torno de seis milhões de pessoas, desde a extração da matéria-prima 
até a entrega do produto ao consumidor final. 
 Os produtos da empresa passam por uma operação logística de grande 
escala antes de chegar às mãos do consumidor nos pontos de venda. A área de 
logística da Ambev trabalha em praticamente toda a cadeia de valor - da gestão de 
armazéns e transporte de insumos até a distribuição final dos seus produtos. 
 A Ambev usa frete em diversos modais (rodoviário, marítimo, ferroviário) para 
transportar insumos até as fábricas. O mais expressivo é o transporte rodoviário. A 
empresa gerencia uma das maiores frotas de caminhões do país: 3.100 veículos de 
empresas terceirizadas. Os portos e as ferrovias são outras vias logísticas utilizadas, 
principalmente para carregamento de insumos e suprimentos para a produção. 
 Ao chegar às fábricas, todos os insumos são depositados em armazéns, que 
funcionam 24 horas em 90% dos casos. Todas as fábricas contam com silos. Ao 
todo são 500 empilhadeiras nas fábricas. 
 A distribuição é centralizada da empresa é dada em dois canais: os Centros 
de Distribuição Direta (CDDs), todos da Ambev, e as 165 Revendas, estas 
terceirizadas. São aproximadamente dois milhões de pontos de venda em 14 países 
– cerca um milhão somente no Brasil. Em determinadas situações, a empresa 
recorre ao transporte aéreo e a barcos, além da frota de motocicletas para entregar 
seus produtos aos pontos de venda. 
 Para gerenciar esse serviço tão complexo, a empresa investe de forma 
contínua em novas tecnologias. As suas entregas têm o suporte de softwares de 
gestão online, que permitem cortar custos e reduzir a emissão de CO2. 
 A Ambev traz em seu diferencial ser uma empresa voltada para 
sustentabilidade e vários projetos sociais. É a primeira empresa de grande porte no 
Brasil que vem mobilizando milhares de pessoas para ajudar os mais de 30 milhões 
de brasileiros. 
46 
 
9. LOGÍSTICA 
A Ambev é uma empresa presente em mais de dezenove países, no ramo de 
bebidas alcoólicas e não alcoólicas, esse grande alcance é o resultado de muito 
trabalho e dedicação de todos, que vai de gestores à colaboradores. Com o passar 
do tempo observa-se cada vez mais o fato de que empresa tornou-se um marco da 
inovação, empreendedorismo e do capitalismo brasileiro, tratado no livro Sonho 
Grande (que conta a história da Ambev). E para atender a demanda de seus clientes 
ela investe em tecnologias de transporte e de frota para que os produtos cheguem 
com a máxima qualidade e no tempo estipulado, de acordo com o planejamento 
feito. 
 Observa-se uma operação clássica operação utilizada na empresa chamada 
“empurrada”, onde os CDs (Centro de distribuição) recebem em média de 18 a 20 
carretas por dia com os produtos para abastecer o estoque, o fluxo desse processo 
funciona da seguinte forma: As fábricas de João Pessoa (PB), Aquiraz (SE) e 
Itapissuma (PE), contratam os veículos(carretas), o conferente e os auxiliares 
preparam o pedido, o empilhador carrega, depois o conferente faz o check 360 na 
carreta por completo para garantir que foi carregada corretamente, em seguida o 
motorista segue o destino da entrega. Quando a carreta chega ao centro de 
distribuição o conferente faz o check de recebimento. Caso esteja tudo correto, o 
empilhador descarrega e armazena no estoque, porém, caso esteja com alguma não 
conformidade o palete é identificado com o selo vermelho e encaminhado para a 
área de retratamento. 
Observa-se também que no percurso da fábrica para o centro de distribuição, 
se alguma carga chegar com alguma avaria e molhada, essa carga passa por um 
processo de inspeção visual. O que chama a atenção é que a transportadora para 
realizar a operação faz um processo que é chamado de “carga seca”, ou seja, as 
carretas chegam cobertas por lonas, porém no recebimento das cargas, os 
conferentes identificam as irregularidades, assim, não sendo aprovadas no padrão 
de qualidade, tomando todas as medidas cabíveis, são feitos relatos de anomalias 
para identificar a causa raiz, também são enviadas fotos tiradas no local para o setor 
de qualidade fabril de origem, para tomarem as medidas pertinentes, com isso, os 
processos de recebimento das carretas ficam mais rigorosos, buscando mais 
qualidade no serviço de entrega. Através desse processo, foi criado um 
47 
 
acompanhamento das irregularidades em todas as cargas, e caso esteja 80% 
comprometida, a mesma é devolvida para a fábrica de origem. 
A Ambev conta com mais de cem centros de distribuição direta e seis de 
excelência no Brasil e 30 marcas de bebidas. Recentemente fechou contrato com a 
Volkswagen Caminhões e Ônibus para substituir os seus veículos por modelo 
elétrico da marca, o VW e-Delivery, primeiro caminhão leve 100% elétrico da 
América Latina. Os 1.600 caminhões elétricos e-Delivery têm previsão de entrega 
até 2023 e serão usados para o transporte de bebidas. Esses veículos representam 
cerca de 35% da frota da Ambev, que será composta por veículos movidos a energia 
limpa, deixando de emitir mais de 30,4 mil toneladas de carbono em sua cadeia 
logística por ano. Entre 2014 e 2017, a companhia já reduziu esse índice em 33,9%. 
O estoque da AmBev é executado de acordo com a determinação da logística 
corporativa, todo planejamento dos volumes a serem produzidos e distribuídos, são 
determinados por ela, ficando extremamente proibido qualquer mudança sem prévia 
autorização. A tarefa de determina os volumes é desenvolvida por um sistema 
chamado WMS (Warehouse Management Systems) - sistema esse que visa a 
maximização de todas as atividades operacionais e administrativas dentro do 
processo de Armazenagem, incluindo atividades como: recebimento, inspeção, 
endereçamento, armazenagem, separação, embalagem, carregamento, expedição, 
emissão de documentos e controle de inventários. As atividades passam a ser 
controladas e gerenciadas pelo WMS, em vez de serem feitas pelo operador, 
eliminando o uso de papéis, minimizando erros, aumentando a velocidade 
operacional e proporcionando uma apuração de informações muito alta. O sistema 
opera totalmente em tempo real entre múltiplos armazéns, possibilitando a 
visualização do status das mercadorias tanto localmente, quanto à distância via 
terminais remotos ou consultas via Internet, gerando notas de transferências, 
possibilitando uma visão global e setorial sobre as mercadorias. O sistema WMS 
possui também rotinas de otimização de armazenagem que orientam o 
remanejamento das mercadorias, procurando agilizar a estocagem e retirada, em 
função do giro das mercadorias. 
Outro sistema usado na AmBev, que tem influência direta na manutenção de 
estoque é o SAP - Sistema Integrado de Gestão Empresarial, ele administra todas 
as informações das diversas áreas, desde a entrada de matéria prima até a venda 
final do produto acabado, controlando índices, apontamentos de produção, 
48 
 
estoques, retenções, avarias, habilitação de novos produtos, enfim é um importante 
sistema da área de logística e também da fábrica. A empresa traz um grande 
exemplo de como manter uma organização empreendedora, investindo em 
Tecnologia da Informação, de maneira a buscar competitividade no mercado, em 
que no qual, domina. 
Quando o produto final sai da fábrica e chega na unidade (CENTRO DE 
DESTRIBUIÇÃO) passa pela portaria, após a liberação segue para o armazém, 
ocorre a conferencia da carga que chegou para saber qual foi o produto,

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