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Ana Comin RESINAS COMPOSTAS: CONCEITOS INICIAIS: Consegue sanar qualquer tipo de restauração e em qualquer região da boca. A foto ativação deste material é essencial e deve ser elaborada de modo mais correto possível. O adesivo e a correta aplicação do mesmo é o que aumentará sua durabilidade. OBS: O selante é ionômero de vidro ou resina. PASSOS A SEGUIR: 1. Isolamento absoluto do campo 2. Condicionamento ácido prévio 3. Dentina 15 segundos 4. Esmalte 30 segundos 5. Aplicação do sistema adesivo 6. Fotopolimerização 7. Inserção por incrementos de resina composta 8. Fotoativação 9. Acabamento 10. Polimento DEFINIÇÕES E INDICAÇÕES: É uma mistura de dois ou mais materiais que são quimicamente diferentes e insolúveis entre si. (Bowen, 1972). Resina composta = polímero + cerâmica HISTÓRICO: Século XX: silicato. 1940-1950: resina acrílica. 1962: Dr. Bay: Bis-GMA e agente de ligação composto por silano orgânico -> união das partículas de carga e da matriz resinosa -> resina composta. INDICAÇÕES: Restaurações diretas. Classe I, II, III e IV Fraturas coronárias Diastemas que devem ser fechadas. Restaurações que devem ser trocadas por outras. Restaurações do tipo indiretas (onlay, inlay Cimentação adesiva Núcleos Base cavitária Selamento de fóssulas e fissuras (com a resina mais fluida, o selante). QUAIS SÃO SUAS VANTAGENS? 1. Estética 2. União com a estrutura dental (através do sistema adesivo) 3. Preparo conservador (por causa da hibridização) 4. Reforço do dente enfraquecido pelo preparo COMPOSIÇÃO: Composição: 1) Matriz orgânica (maior quantidade) 2) Partículas inorgânicas 3) Agente de união 4) Ativadores 5) Iniciadores 6) Inibidores 7) Pigmentos MATRIZ ORGÂNICA: A matriz orgânica de resinas compostas é constituída por monômeros, inibidores; modificadores de cor; sistema iniciador e ativador. Ana Comin Componente quimicamente ativo da resina composta. Inicialmente é um monômero fluido que é convertido em polímero rígido por uma reação de polimerização por adição. MONÔMEROS: São o principal componente da matriz orgânica das resinas. Tem a função de formar uma “massa” plástica para ser conformada na estrutura dentária perdida. A maioria deles constitui-se de dimetacrilatos aromáticos ou alifáticos. Dentre os monômeros temos Bis-GMA (biffenol glicidil metacrilato) e o UDMA (uretano dimetacrilato): SÃO DE ALTO PESO MOLECULAR. Os de BAIXO PESO MOLECULAR são: TEGDMA e EGDMA. Características: 1. ALTO PESO MOLECULAR 2. ALTA VISCOSIDADE 3. BAIXA FLEXIBILIDADE Conferem ao Bis-GMA um baixo grau de conversão à temperatura ambiente. Logo, os TEGDMA ou EGDMA são geralmente incorporados neste Bis-GMA, para reduzir sua viscosidade e melhorando a possibilidade de sua manipulação. Ademais, com essa mistura há possibilidade de maior incorporação de carga à matriz da resina e maior grau de conversão de monômeros em polímeros. CONTRAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO: A contração de polimerização é resultante da formação de macromoléculas através da união de monômeros de baixo peso molecular. Durante o ato, os monômeros se aproximam para forma cadeias de moléculas mais extensas e estabelecem ligações primárias e covalentes. QUANTO MAIOR O PESO MOLECULAR: menor a contração de polimerização. Logo, Bis-GMA possuem menor contração se comparada com a TEGDMA. REATIVIDADE: Capacidade do monômero estabelecer ligações covalentes primárias. Quanto mais reativo, maior o grau de conversão dos monômeros em polímeros. DEPENDE DE: 1. NÚMERO DE LIGAÇÕES INSATURADAS (C=C); 2. DISTÂNCIA ENTRE OS GRUPAMENTOS METACRILATOS; 3. FLEXIBILIDADE DA CADEIA POLIMÉRICA. Quanto mais longe os grupamentos metacrilatos estão, MAIOR FACILIDADE da molécula em se movimentar durante a polimerização e estabelecer ligações covalentes nas suas extremidades. ALÉM DISSO: A presença de 2 anéis benzênicos na parte central da molécula de Bis-GMA: restringe sua movimentação na polimerização. Sendo que somente um dos grupamentos de metacrilatos seja apto para as ligações covalentes simples. Por isso, há a associação da Bis-GMA com TEGDMA, com MAIOR incorporação de CARGA, aumentando o grau de conversão da matriz resinosa, e aumento das propriedades mecânicas. TOMAR CUIDADO: 1. POLIMERIZAR DE MODO EXONENCIAL: Se o foto for luz contínua: afastar pelos primeiros 10 segundos quando for aplicar. 2. FATOR CAVITÁRIO. 3. TÉCNICA INCREMENTAL. INIBIDORES: Uma pequena quantia (0,01%) de inibidores é colocada, para evitar a polimerização espontânea. OS MAIS COLOCADOS: BHT e hidroquinona. São bastante reativas com radicais livres: logo, se há exposição de luz acidental: elas interagem e impedem a continuação da polimerização. Podem, ainda, ajudar na durabilidade da resina: sua vida útil. Ana Comin SISTEMA INICIADOR E ATIVADOR: RESINAS COMPOSTAS ATIVADAS QUIMICAMENTE: 2 Pastas! Basta base: peróxido de benzoíla (iniciador) + amina terciária (pasta catalizadora): A ASSOCIAÇÃO GERA O INÍCIO DA REAÇÃO DE ADIÇÃO. RESINAS COMPOSTAS FOTOATIVADAS: Mais utilizadas atualmente. Consistência pastosa e adicionadas em bisnagas. Luz (ativador): 470nm Canforoquinona (iniciador) O olho humano enxerga entre 400 e 700nm. 470nm está na faixa azul. A canforoquinona se excita na presença da luz ultravioleta e quebra as duplas ligações de carbono. PARTÍCULAS INORGÂNICAS: Tem a função de aumentar as propriedades mecânicas das resinas compostas. Reduz a quantia de matriz orgânica: minimizando a contração de polimerização, alto coeficiente de expansão térmico linear (CETL) e sorção de água. Partículas de reforço e ̸ou fibras que se encontram dispersas na matriz. 1. Quartzo 2. Sílica coloidal 3. Dióxido de sílicio de pirogênico 4. Vidro de silicato de estrôncio ou bário 5. Vidro de dióxido de zircônio AUMENTA Resistência à compressão Resistência à tração Módulo de elasticidade Resistência à abrasão Dureza Radiopacidade REDUZ Contração de polimerização Absorção de água Coeficiente de expansão térmica Desgaste Amolecimento e manchamento AGENTE DE UNIÃO: Ɣ-metacriloxipropilmetoxi silano Permite a união efetiva entre a matriz resinosa e as partículas inorgânicas A união química entre as partículas de carga e matriz orgânica garante uma distribuição mais uniforme das tensões geradas quando, por exemplo, da incidência de cargas mastigatórias sobre a resina composta. Se houver falhas no estabelecimento desta união: fendas no corpo da matriz resinosa: perdades de partículas de carga: fendas que reduzem as propriedades mecânicas. Entrada de fluidos e adorção é facilitada, acelerando a degradação da resina. CORES: A cor não é material, ela é apenas uma sensação provocada por ondas eletromagnéticas que é absorvida pelos corpos. TEMOS: 1. MATIZ: relacionada com as cores do arco-íris. Escala VITA LUMIN CLASSICAL. 2. CROMA: pode ser definido como os níveis de saturação da cor. Quanto de pigmento foi incorporado ao material. 3. VALOR/BRILHO: Dimensão + dinâmica dos sólidos. Relaciona-se com a quantia preto e branco em um objeto. Quantia de tons cinza. EM PRÁTICA: Radiopacidade/Translucidez (mais cinza). PIGMENTOS Dióxido de titânio: matiz, luminosidade e saturação. Óxido de alumínio: controla a translucidez e opacidade. Outros óxidos metálicos: afetam a transmissão da luz. https://conhecimentocientifico.r7.com/eletromagnetismo/ Ana Comin SOBRE OS TIPOS DE RESINAS: MACROPARTICULADAS: Não existem mais; Década de 60; Se desgastavam fácil; Aspecto áspero; Não se escolhia a cor; Impolíveis; Desgaste em posteriores; Baixo coeficiente de expansão térmicolinear; Menor contração de polímeros; Alta resistência mecânica. MICROPARTÍCULADAS: Partículas de sílica coloidal 0,02 a 0,04 μm; Quantidade de carga pequena; 40% em peso ou 25% em volume; Década de 80; Muito utilizadas em dentes anteriores; Menor resistência mecânica (desvantagem); Alto coeficiente térmico linear; Maior contração de polimerização; Melhor lisura e polimento (vantagem). HÍBRIDAS Agentes de carga: vidros (Ba, Sr, Zr) + sílica coloidal; Média do tamanho das partículas: 0,6 a 1,0 um; Quantidade de carga: 75 a 80% em peso ou 60 a 65% em volume; Sílica coloidal: representa de 10 a 20% do total; Boa resistência mecânica se comparada às microparticuladas; Melhor polimento que as macroparticuladas; Utilizadas em restaurações anteriores. MICRO HÍBRIDAS Redução do tamanho das partículas: 0,4 a 0,8 μm; Aumento do conteúdo Melhorou a capacidade de polimento; Pode ser utilizada em todos os dentes; Não é o mais resistente e nem o melhor para polir, mas abrange todos os casos; Menor desgaste generalizado; Distribuição de carga mais uniforme, facilitando a polimerização. NANOPARTÍCULAS Material restaurador universal; Conteúdo de carga: 60% em volume; Partículas manométricas e nanoaglomerados; Excelentes propriedades mecânicas; Alta resistência ao desgaste; Boa lisura superficial; Manutenção do brilho e da anatomia oclusal por longos períodos; Utilizadas em todos os tipos de restauração. MICROPARTICULADA (QUARTZO): Praticamente não mais comercializada e seu uso deve ser evitado. Não apresenta nem mesmo a curto prazo resultados eficientes. Maioria ativada quimicamente. MICROPARTICULADAS (SÍLICA): Devem ser utilizadas em regiões em que a estética é primordial. Dentes anteriores são os alvos. Excelente lisura e brilho superficial. Não apresentam muitas propriedades mecânicas. NÃO DEVEM SER USADOS EM DENTES POSTERIORES E EM RESTAURAÇÕES CLASSE IV ANTERIORES, ao menos que seja em face vestibular. Ana Comin PARTICULAS PEQUENAS (VIDRO): Resinas para DENTES POSTERIORES. Excelentes propriedades mecânica, porém não alcançam a lisura superficial das resinas microparticuladas. POUCO COMERCIALIZADAS. HIBRIDAS (VIDRO+SÍLICA): Resinas de uso universal. Com excelentes prorpiedades mecânicas e lisura superficial. DENTES ANTERIORES + POSTERIORES. MICRO-HÍBRIDAS (VIDRO+SÍLICA): São resinas de uso UNIVERSAL e mais ATUAIS. Com excelentes prorpiedades mecânicas e lisura superficial. DENTES ANTERIORES + POSTERIORES! NANOPARTICULADAS (SÍLICA): Com excelentes prorpiedades mecânicas e lisura superficial. DENTES ANTERIORES + POSTERIORES! PROPRIEDADES MECÂNICAS A SE CONSIDERAR: 1. RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO. 2. RESISTÊNCIA À FLEXÃO E AO MODULO DE ELASTICIDADE. 3. DUREZA. FONTE: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5290617/mod_r esource/content/1/Capi%CC%81tulo%20Resina%20Comp osta%20-%20Materiais%20Restauradores%20Diretos.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5290617/mod_resource/content/1/Capi%CC%81tulo%20Resina%20Composta%20-%20Materiais%20Restauradores%20Diretos.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5290617/mod_resource/content/1/Capi%CC%81tulo%20Resina%20Composta%20-%20Materiais%20Restauradores%20Diretos.pdf https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5290617/mod_resource/content/1/Capi%CC%81tulo%20Resina%20Composta%20-%20Materiais%20Restauradores%20Diretos.pdf
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