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AGENTES ETIOLÓGICOS: Necator americanos e Ancylostoma duodenalis. HABITAT: intestino delgado (vermes adultos). MORFOLOGIA: 1- Necator americanos Corpo cilíndrico; Extremidade anterior curvada dorsalmente; Duas lâminas cortantes; Macho: 5-9mm; Fêmea: 9-11mm. 2- Ancylostoma duodenalis Corpo cilíndrico; Extremidade anterior curvada dorsalmente; 2-4 pares de dentes; Macho: 8-10 mm; Fêmea: 10-18 mm; CICLO BIOLÓGICO: O homem infectado libera ovos nas fezes Estas ficam ao ar livre e ocorre a embrionia dos ovos formando as larvas, ainda dentro do ovo (L1) L1 sai do ovo e se transoforma em L2 e em L3 (forma infectante) L3 pode ficar 3 semanas ao ar livre Penetra no indivíduo saudável pela pele, mucosa ou conjuntiva(contaminação ativa) Entra na circulação e vai para o coração Vai para o pulmão e nele se transforma em L4 Percorre traqueia, laringe e faringe O indivíduo pode tossir, eliminando a larva, ou então deglutir Ao deglutir, a larva vai para o intestino delgado, se transforma em L5, fixa-se ao intestino e vira adulta Ocorre a cópula, postura dos ovos e eliminação junto com as fezes do indivíduo. OBS! CONTAMINAÇÃO PASSIVA: Ao invés da penetração pela pele, o indivíduo também pode ingerir o alimento contaminado com larvas (L3). Aí, no intestino delgado, ocorre a transformação até a larva chegar a vida adulta. Por Monizy Moreira Ocorre de duas formas: o Penetração das larvas L3 (infectantes) na pele ou mucosa ----- ciclo pulmonar; o Intestinal: ingestão oral de larvas infectantes junto com alimentos ou água contaminados ---- apenas no nível intestinal Contaminação ativa: o Penetração ativa da larva pela pele (andar descalço): o Corrente sanguínea o Coração o Pulmão o Traqueia ----- esôfago o Intestino delgado Contaminação passiva: o Ingestão de larvas na 3º fase do desenvolvimento (L3); o Intestino delgado: -Rompimento da parede -Se aloja nas células de intestinais PATOGENIA Três tipos de agressão ao organismo: 1- Penetração e migração das larvas L3 2- Espoliação sanguínea o N. americanus retira ~0,06 mL ao dia o duodenalie retira ~0,15 – 0,30 mL ao dia o Perda diaria sofrida pelo paciente (100 a 1000 vermes): ~10 a 30 ml = perda de Fe ~5 e 15mg/sangue /dia 3- Lesão da mucosa o Formação de diversas úlceras (úlceras hemorrágias) Carga parasitária: o Menos de 50 vermes: infecção benigna o 50-200: pode desenvolver anemia o 200-500: infecção média o 500-1.000: infecção intensa o Acima de 1.000: muito intensa (100 a 250ml/sangue/dia) MECANISMOS PATOGÊNICOS CUTÂNEAS (período de invasão) o Reação urticariforme após a penetração das larvas o Erupções pápulo-eritematosas o Edema o Prurido intenso o Linfoadenopatias podem ocorrer o Infecções secundárias ---- pequenas ulcerações OBS! Alguns dias depois essas manifestações cessam PULMONARES (período migratório) o Alterações pulmonares Por Monizy Moreira o Febre o Tosse produtiva o Pneumonite alérgica o Síndrome de Loeffler INTESTINAIS (período de parasitismo intestinal) o A) Lesão da mucosa intestinal -Placa bucal + secreções esofágicas = dilaceração e maceração (fragmentos da mucosa) OBS! Toda vez que muda de lugar, repete-se a agressão ----- pequena ulceração que continua a sangrar. o B) Espoliação sanguínea: -Substâncias anticoagulantes nas secreções: facilita a perda de sangue. -A anemia causada pelo hematofagistmo é o principal sinal de ancilostomose. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: FASE AGUDA: o Migração das larvas (tecido cutaneo e pulmonar) e Instalação dos vermes adultos no intestino delgado Prurido na pele Eritema ou erupção papulo-vesiculosa Tosse seca ou com expectoração Febre (as vezes) Mal-estar abdominal Anorexia Náuseas Vômitos Febre ligeira FASE CRÔNICA: o Sinais e sintomas associados à atividade dos parasitos e decorrentes da anemia o -Indivíduos bem nutridos suportam cargas leves ou médias de vermes sem manifestações clínicas ou com poucos sintomas. Anemia (quadro clínico mais típico) Palidez Conjuntiva e mucosas descoradas Cansaço fácil Desânimo Fraqueza Tonturas Vertigens Dores muculares Cefaleia. o Muitas ulcerações hemorrágicas no nível da mucosa – Infecção secundária grave e edema com infiltração leucocitária o Deficiência de ferro -Consumo dos vermes -Úlceras hemorrágicas Por Monizy Moreira OBS! Os sinais primários (associados à atividade dos parasitos) cessam com o tratamento do paciente. OBS 2! Os sinais secundários (decorrentes da anemia) desaparecem após reversão da anemia (melhoria da dieta). COMPLICAÇÕES Hipoproteinemia Insuficiência cardíaca Anasarca (edema devido ao acúmulo de fluido) Pneumonite e hemorragia DIAGNÓSTICO CLÍNICO -Sintomas cutâneo + pulmonares + intestinais no últimos 30 dias LABORATORIAL -Parasitológico de fezes: ovos DIFERENCIAL -Anemia por outras etiologias TRATAMENTO Mebendazol Albendazol Pamoato de Pirantel OBS! Controle de cura: 7º, 14º e 21º dias após o tratamento MEDIDAS DE CONTROLE Atividades de educação em saúde com relação a hábitos pessoais de higiene; Instalação de sistemas sanitários para eliminação das fezes; Tratamento de pessoas infectadas Por Monizy Moreira APRESENTA-SE DE TRÊS FORMAS: 1- Cutânea 2- Visceral 3- Ocular EPIDEMIOLOGIA: Presença de cães e gatos em locais como praias, parques e praças públicas CONTROLE o Exames periódicos dos cães e gatos o Tratamento dos animais o Limitar o acesso dos animais em locais como praias, praças e parques infantis LARVA MIGRANS CUTÂNEA (LMC): o Dermatite serpiginosa e pruriginosa Agentes etiológicos: Ancylostoma caninum e Ancylostoma brazilienses L3 de A. caninum pode ser ingerida e ao atingir o ID pode migrar através das víceras --- síndrome de larva migrans visceral. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: -Local de penetração: lesão eritema papulosa; -Larvas produzem rastros salientes; -Infecção secundária (ato de coçar). DIAGNÓSTICO: -Exame clínico; -Anamnese; -Sintomas; -Aspectos dermatológicos da lesão. TRATAMENTO: -A infecção pode se resolver espontaneamente -A infecção pode se estender por semanas ou meses -Albendazol e Tiabendazol. Por Monizy Moreira LARVA MIGRANS VISCERAL (LMV) E OCULAR (LMO) o Síndrome determinada por migrações prolongadas de larvas de nemátodas comuns nos animais no organismo humano que atingem as vísceras, onde morrem sem chegar a fase adulta. o Quando as larvas migram para o globo ocular, tem-se a síndrome Larva migrans ocular (LMO). o Agentes etiológicos: Toxocara canis; Toxocara cati; A. caninum o MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: -Assintomática -Subagudos -Agudos o Quadro clássico (LMV): -Leucocitose -Hepatomegalia -Linfadenite o Quadro clássico (LMO): Unilateral Endoftalmia crônica Perda de visão (caso grave) Hemorragia retiniana- Catarata Lesões orbitais o DIAGNÓSTICO: Biopsia História do paciente ELISA Exame oftalmológico o TRATAMENTO (LMV): Albendazol Tiabendazol Mebendazol Antihistamínico o TRATAMENTO (LMO): Corticóide Por Monizy Moreira
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