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A FORMAÇÃO, TRABALHO DOCENTE E A IDENTIDADE PROFISSIONAL DO DOCENTE DAEDUCAÇÃO INFANTIL Maria dos Santos Bruna Maria Pereira Professora-Tutora Externa Paula Graziele de Jesus Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Licenciatura em Pedagogia (PED1977) – Estágio I 25/11/2019 RESUMO Este trabalho objetiva apresentar informações acerca do Estágio Curricular realizadono curso de Licenciatura em Pedagogia, expondo a vivência no campo da Educação Infantil, tendo como lócus uma escola da rede municipalda cidade de Serra, no estado do Espírito Santo. A apresentação da configuração deste Estágio, bem como as suas vivências e impressões, teve o intuito de proporcionar, originalmente, o exercício da profissionalização docente e, ao mesmo tempo, conhecer as concepções das professoras de Educação Infantil a respeito das questões de formação, identidade profissional docentee práticas pedagógicas para a primeira infância. Como instrumentos metodológicos foram utilizados neste Estágio estudos bibliográficos, observações do cotidiano escolar, entrevistas, planejamentos e regências de classes. Os resultados alcançados no Estágio Curricularidentificar quais as práticas pedagógicas vêm sendo adotadas pelas professoras de Educação Infantil junto as crianças desse segmento e reconhecer a partir da prática pedagógica desenvolvida e vislumbrada em meio ao espaço escolar se essa prática está voltada para a especificidade das crianças da Educação Infantil. Destaca-se, portanto, a relevância do estágio, por proporcionar uma maior apreensão e compreensão de práticas pedagógicas adequadas e específicas ao alunado da Educação Infantil, uma vez que a docência na escola de Educação Infantil possui suas próprias especificidades. Palavras-chave: Docência.Educação Infantil. Formação.Identidade. 1 INTRODUÇÃO Em seu estudo, Drumond (2013) defende que o atual exercício da docência na Educação Básica implica em (re) pensar na formação inicial e na especificidade do trabalho docente na Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, e na construção da identidade do profissional que atua nessa modalidade educacional. Essa defesa baseia-se na constatação de que os professores da Educação Infantil, quase sempre, submetem suas crianças a processos de alfabetização e numeração, ou seja, as mesmas ações pedagógicas desenvolvidas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Daí a suposiçãode que ainda falta uma maior clareza do que seja o trabalho do educador da primeira infância e, os cursos 2 de formação de professores não estariam oferecendo subsídios para o futuro educadoratuarjunto as crianças da Educação Infantil. Assim sendo, podemos afirmar que a questão da formação inicial docente é extremamente importante para a apreensão e compreensão de práticas pedagógicas adequadas e específicas ao alunado da Educação Infantil, uma vez que a docência na escola de Educação Infantil possui suas próprias especificidades, tendo em vista que as crianças pequenas tem características singulares. Nessesentido, acreditamos que seja imprescindível ao futuro profissionalde Educação Infantil buscar aprimorar seus conhecimentos sobre formação e trabalho docente, além da construção daidentidade do educador infantil. Diante desta necessidade, este trabalhotraz Formação e profissionalismo docentecomo área de concentração. A escolha por essa área de concentração justifica-se por possibilitar a ampliação de saberes aos egressos do curso de Pedagogia sobre qual é de fato o trabalho docente e a identidade profissional do professor da Educação Infantil, o que pode contribuir para uma maior consciência, afirmação e conquista dos direitos das crianças pequenas e da qualidade educativa. Portanto, este trabalhoapresenta a seguinte temática como objeto de estudo “A formação, trabalho docente e a identidade profissional do docente daEducação Infantil”, tendo por objetivo explicitar as experiências vivenciadas durante o período do Estágio Curricular Obrigatório I em Educação Infantil, mediadas pela pesquisa de campo, viabilizando a observação da prática docente de professoras de Educação Infantil na Instituição Concedente do citado estágio. A Instituição escolhida, por ambas as alunas-estagiárias, para a realização deste Estágio Curricular, foi uma Creche da rede privada, situada no município de Serra/ES, localizada no bairro Cidade Continental, funcionando nos turnos matutino e vespertino. Atendia cerca de 376 crianças da Educação Infantil, distribuídas igualmente em seus dois turnos de funcionamento, formando um total de 20 turmas, sendo 10 em cada turno, comfaixa etária de 02 a 05 anos de idade. Em se tratando das condições físicas e materiais da Escola, evidenciamos que o CMEI investigado é bem estruturada e conservada, com salas arejadas e limpas. Dispõe destes espaços físicos:10 salas de aula amplas, 01 sala de vídeo, 01 sala de direção, 01 sala para os professores, 01 sala de secretaria, 01 sala das pedagogas, 02 banheiros para o uso das crianças, 01 banheiro para os funcionários, 01 cozinha equipada, 01 refeitório com mesas e cadeiras, onde é servido o almoço aos 3 alunos, 02 parquinhos descobertos,01 despensa e 01 depósito, onde são guardados materiais de limpeza e merenda. Cumpre esclarecermosainda que o referidoEstágio Curricular, expondo a vivência no campo na Educação Infantil, teve como objetivo geral conhecer as concepções das professoras de Educação Infantil a respeito das questões de formação, identidade profissional docentee práticas pedagógicas para a primeira infância. Já os objetivos específicos deste trabalho foram: identificar quais as práticas pedagógicas aplicadas com as crianças da Educação Infantil e;reconhecer a partir da prática pedagógica desenvolvida e vislumbrada em meio ao espaço escolar se essa prática está voltada para a especificidade das crianças da Educação Infantil. Feitas estas considerações introdutórias, pretende-se, no próximo tópico, trazer toda a fundamentação teórica deste trabalho, com base nos pensamentos de renomados autores que consideram em seus estudos e pesquisas a área de concentração e o objeto de estudo norteador do referido Estágio Curricular. 2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Feita a escolha e, posteriormente, a delimitação do tema, apresentamos Formação e profissionalismo docentecomo área de concentração e como objeto de estudo “A formação, trabalho docente e a identidade profissional do docente daEducação Infantil”, haja vista a realização do Estágio Curricular Obrigatório I: Educação Infantil. Nesse contexto, a escolha dessa área de concentração por ambas as alunas-estagiárias justifica-se pela singular oportunidade deampliar seus conhecimento sobre o próprio processo de formação docente para a Educação Infantil e também pela possibilidade de problematizar o cotidiano do trabalho docenteem uma Escola de Educação Infantil. Desta forma, buscamos primordialmente conhecer as concepções das professoras de Educação Infantil a respeito do processo deformação, trabalho e identidade do profissional docenteda primeira infância, bem como identificar as práticas pedagógicas dessasjunto as suas crianças e, ainda reconhecer se tais práticas estavam voltadas ou não para as necessidades específicas das crianças pequenas, visando ofertar uma qualidade educativa a essas crianças. 4 Dados estes esclarecimentos, apresentamos, a partir daqui, a fundamentação teórica, com base nos pensamentos de renomados autores que tratam da temática elencada. A questão da formação inicial de docente deEducação Infantil, do trabalho docente com a primeira infância e a construção da identidade profissional do educador infantil é objeto de discussão no próximo subtópico. 2.1 O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL E SUA IDENTIDADE PROFISSIONAL: A FORMAÇÃOINICIAL E O TRABALHO DOCENTE EM QUESTÃO Em virtude da formação em nível superior, sendo admitida a formação mínima em nível médio na modalidade Normal, a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional – LDBEN, Lei nº 9.394/96 (BRASIL, 1996), define como docentes os profissionais que atuam junto as crianças na faixa etária de 0 a 5 anos, possuindo, ou não, formação específica (DRUMOND, 2013). Além disso, a mesma autora recorda que, por decorrência da aprovação das novas Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Pedagogia (CNE/2006), ocorreu o reconhecimento e a legitimidade deste curso como o espaço de formação de professores de Educação Infantil e, também, dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (DRUMOND, 2013). Nessa perspectiva, entende-se que, os egressos dos cursos de Pedagogia, no decorrer do seu processo de formação docente inicial, irãose apropriar de um referencial teórico sólido, em relação aos saberes que permeiam a modalidade da Educação Infantil, proporcionando assim a oferta de conteúdos teóricos específicos sobre tal etapa escolar (DRUMOND, 2013). Ainda de acordo com Drumond (2013), nessa perspectiva, esses egressos se imbuiriam de uma complexidade de saberes em torno de como ocorre a organização pedagógica, quais situações e imprevistos que ocorrem nessa etapa escolar, sempre incluindo saberes sobre os atos de cuidar e de educar de uma criança pequena e, sobretudo, contemplando as especificidades dessa criança, dentre outros. Estes saberes, entendidos aqui como saberes específicos e especializados, se configuram como bem colocam Souza, Rodrigues e Gomes (2016, p. 6), “[...] naquela que se reivindica ser a identidade do profissional que atua na Educação Infantil”. Os cursos de formação de docentes de 5 Educação Infantil neste contexto representam um dos principais meios para construir e reconstruir a identidade profissional destes docentes (SILVA, 2003). As pesquisas sobre a identidade profissional docente na Educação Infantil como os de Drumond (2013), Olinda e Fernandes (2007) e Wajskop(2003), entre outros, constatam que, na maioria dos cursos de Pedagogia, as discussões sobre a Educação Infantil são ainda incipientes e obsoletas, uma vez que esses cursos continuam privilegiando discussões em torno da escola fundamental e da educação das crianças a partir dos seis anos deidade. É oportuna, ainda, a assertiva de Souza, Rodrigues e Gomes (2016), quando pontuam que os cursos de formação inicial dos profissionais de Educação Infantil sempre foram insatisfatórios quanto a construção e desenvolvimentos de competências profissionais e conhecimentos em seus aprendizes, tendo um impacto negativo nas práticas pedagógicas, que reconheçam e valorizem as diferentes vivências das suas crianças. Colaborando a discussão, em seu estudo Wajskop (2003), constata que, por vezes, em sala de aula da Educação Infantil ocorre o desenvolvimento de práticas educativas produzidas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental junto as crianças da Educação Infantil, deixando assim de considerar a sua faixa etária, o perfil socioeconômico-cultural, a realidade e o interesse dos educandos deste segmento educacional Concluindo seu pensamento, a autora argumenta que essas práticas acabam escolarizando as crianças pequenas, ao submetê-las precocemente a processos de alfabetização e numeração, tão próprios dos primeiros anos escolares (WAJSKOP, 2003). Tal abordagem reporta a Rocha (2011), quando coloca que, nesse contexto, há ainda pouca clareza no que tange à especificidade do trabalho docente junto as crianças da Educação Infantil. Sem sombra de dúvida, o docente de Educação Infantilnão pode abordar conteúdos e nem tampouco ter postura semelhante à postura que o professor possui com crianças dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, por exemplo (ROCHA, 2011). Notoriamente, coloca-se aqui, em conformidade com Olinda e Fernandes (2007), um grande desafio ao educador da infância: oferecer um ensino adequado ao perfil diferenciado do alunado da Educação Infantil, exigindo do profissional docente saberes que contemplem as características próprias desse segmento educacional. 6 É fato que aformação que o professor da Educação Básica possui, principalmente de Educação Infantil, influencia diretamente no processo de ensino e de aprendizagem dos seus alunos. Por essa e outras razões, faz-se cada vez mais necessário investir em processos de formação docente, no sentido de oferecer subsídios teóricos e práticos para uma ação competente no desenvolvimento do ofício do educador da infância. Resta ainda mencionar a pesquisa de Souza, Rodrigues e Gomes (2016), quando asseguram que a identidade profissional do docente de Educação Infantil, ou até mesmo a própria profissionalidade desse professor, vem sendo colocada em xeque pela necessidade e importância de novos conhecimentos, novas práticas pedagógicas e de uma nova pedagogia, em nome de uma formação docente mais adequada para atuar com crianças pequenas, considerando os saberes próprios desta etapa educacional. Por Drumond (2013, p. 185), pode-se mostrar claramente a real importância da (re) construção da identidade profissional do docente da infância, quando diz que: “[...]. A docência na Educação Infantil é diferente da docência na escola de Ensino Fundamental e isso precisa ser explicitado para que as especificidades do trabalho docente com as crianças pequenas, em creches e pré-escolas, sejam respeitadas e garantidas”. Como dito anteriormente, a falta de formação das profissionais foi reconhecida com a promulgação da LDBEN nº 9.394/96, em seu artigo 62. Desde então vendo sendo considerados novos desafios para a qualificação específica dos profissionais que trabalham diretamente com as crianças e para a melhoria da qualidade nas redes de Educação Infantil no Brasil. 2.2 A PRÁTICA EDUCATIVA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL É nesse contexto de discussão que deve-se colocar, conforme prevê Campos (2007), que o planejamento, o acompanhamento e a avaliação das ações educativas com as crianças pequenas, a observação, o registro e a documentação são práticas potencializadoras da ação do professor que trabalha com crianças bem pequenas. Para o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – RCNEI (BRASIL, 1998, p. 54), as orientações didáticas gerais, de modo geral, na Educação Infantil “[...] explicitam-se condições relativas à: princípios gerais do eixo; organização do tempo, do espaço e dos materiais; 7 observação, registro e avaliação”. Tratam-se de indicações e sugestões para subsidiar a reflexão e a prática do professor. Sobre isso, em seu estudo a autora Souza (202) assegura que os tempo e os espaços nas escolas de Educação Infantil devem ser organizados de forma adequada, além de possuírem materiais e equipamentos didáticos apropriados às aulas, estes devem propiciar momentos diferenciados, tendo em vista as necessidades e características das crianças em relação a sua faixa etária. Dentre essas necessidades, têm-se aquelas relacionadas ao repouso, alimentação, higiene de cada criança, levando-se também em conta sua faixa etária, características pessoais, seus conhecimentos e experiências, além de sua cultura e estilo de vida, de modo a promover o desenvolvimento integral das suas crianças (SOUZA, 2002). Diante dessas prerrogativas, cabe ao professor planejar a forma mais adequada de organizar os espaços e os materiais específicos constantes dentro da sala, considerando a promoção do desenvolvimento integral do pequeno aprendiz (CAMPOS, 2007). Tendo em mente esta realidade, Banhara (2011, p. 15) coloca que: [...] o planejamento pode facilitar o trabalho do docente, e que ele veio auxiliar o profissional da Educação Infantil, de forma que possa transmitir conhecimentos teóricos e nãoapenas ensinar como a criança deve agir em sociedade. Por isso, o profissional deve estar capacitado para poder equilibrar esses dois âmbitos, e socializar o cuidar com o educar. Dados esses contributos do planejamento na rotina diária do professor, mais especificamente do educador infantil, compreendeu-se que planejar o ensino e a aprendizagem é importante para o professor por inúmeros motivos. Tais motivos reportam ao papel do professor de planejar sempre, tendo em vista a possibilidade de promover a qualidade do atendimento às demandas da população da Educação Infantil. De acordo com o RCNEI (BRASIL, 1998, p. 58-59): A observação e o registro se constituem nos principais instrumentos de que o professor dispõe para apoiar sua prática. Por meio deles o professor pode registrar, contextualmente, os processos de aprendizagem das crianças; a qualidade das interações estabelecidas com outras crianças, funcionários e com o professor e acompanhar os processos de desenvolvimento obtendo informações sobre as experiências das crianças na instituição. Esta observação e seu registro fornecem aos professores uma visão integral das crianças ao mesmo tempo que revelam suas particularidades. 8 Feitas estas colocações teóricas, e dando continuidade ao trabalho, pretendemos, no próximo tópico, explicitar as experiências vivenciadas, tendo por base as atividades realizadas no período do Estágio Curricular, tais como: observações, regências de classe e aplicação de entrevistas com as professoras participantes da pesquisa, em meio aInstituição Concedente do citado estágio. 3 VIVÊNCIAS DO ESTÁGIO Nesta parte do trabalho, serão apresentadas as vivências do Estágio Curricular Obrigatório I – Educação Infantil, tendo por base as observações do cotidiano escolar e as práticas de ensino das professoras regentes de turma, além das entrevistas com essas docentes e a realização das regências de classe pelas alunas-estagiárias. Na fase das observações do cotidiano escolar, ambas as alunas-estagiáriaslevantaramas informações mais relevantes, em torno da organização, infraestrutura, funcionamento, rotinas, recursos humanos e materiais da Escola Concedente do referido estágio, constante no Projeto de Estágio. Além disso,realizaram leituras e análises do Projeto Político-Pedagógico (PPP) da Escola. Ainda nessa fase, foi possível conhecer as turmas e as professoras regentes de classe, com o foco na prática pedagógica desenvolvida e vislumbrada em meio ao espaço escolar e, ao mesmo tempo se essa prática estava voltada para a especificidade dascrianças pequenas, dentre outros aspectos. Já a fase de realização dos planejamentos de ensino, contou com asorientações e solicitações das professoras regentes, levando em conta as áreas de conhecimento como linguagem oral e escrita, conhecimento lógico-matemático, Ciências, Estudos Sociais, desenvolvimento corporal, plástico e musical, favorecendo desta maneira a formação integral da criança. Também foramaplicadas entrevistas com as participantes da pesquisa. Este instrumento continha dez questões abertas direcionadas as professoras de Educação Infantil, que se segmentavam na identificação das profissionais da educação e na temática elencada neste trabalho. Estas profissionais abrangeram 02 professoras com suas respectivasturmasdeEducação Infantil. A seguir, apresentamos a definição do perfil dessasprofessorasque contribuíram complementarmente na análise dessa pesquisa. 9 A professora Tamiris Souza de Oliveira atua no período do citado estágio com as crianças do Grupo 3C. Graduou-se em Pedagogia e possui Mestrado em educação. Neste CMEI está apenas há 01 ano e atua junto as crianças do Grupo 3C. Já a professora NatiellyHuguinim da Silva Scardini é graduada em Pedagogia e possui especialização em Educação Infantil. Atua com as crianças do Grupo 3D e trabalha neste CMEI há 02 anos. Ambas as professoras de Educação Infantil trabalham na área da educação há 05 anos e são efetivas. Fazem parte do quadro de professoras doturno matutino do campo pesquisado. Residem próximoa escola em que trabalhame buscam sempre realizar cursos de formação/atualização profissional. Os dados que se referem a formação acadêmica e o tempo de atuação com a área da educaçãorevelam que as professoras pesquisadas tinham boa formação acadêmica e experiência profissional, haja vista os cursos realizados e o período em que elas atuam na área da educação como docente. Também tinham bastante potencial para desenvolver um trabalho de ótima qualidade. Em relação ao perfil das turmas investigadas, pode-se dizer que cada turma era composta de 18 crianças na faixa etária entre 03 e 04 anos de idade. Estas crianças, em sua grande maioria, eram oriundos dos bairros Balneário de Carapebus, Manguinhos, Cidade Continental, e outros circunvizinhos a localidade da sede da escola. Feitos estes esclarecimentos, a partir daqui,serãorelatadas e analisadas, as principais observações em torno do processo de ensino-aprendizagem realizado em sala de aula pelos olhares das estagiárias, tendo em vista as vivênciasde campo por meio da realização do Estágio Curricular, e uma discussão sobre elas. Estas vivências de campo objetivaram a identificação das práticas pedagógicas adotadas pelas professoras regentes de classe de Educação Infantil junto as crianças pequenas, podendo a partir dessa prática vislumbrar em meio ao espaço escolar se a mesma estava voltada a especificidade dessas crianças. Dando início as observações em sala de aula, eu, Mariana, dirigi-me a sala de aula da turma professoraTamiris. Estando nela, fui apresentada às crianças da turma 3C pelaprofessorasTamiris, que também fezalguns esclarecimentos à turma em relação a minha presença. No geral, as crianças 10 ficaram cheias de contentamento por contarem com novas integrantes para interagirem, brincarem, aprenderem. Foi daí que percebi que a sala era bastante decorada com cores atrativas fazendo com que seus alunos se sentissem bem acolhidos e alegres. Era organizada em cantinhos de atividade ou áreas ou eixos de trabalho, como: área da lição, de recorte e colagem, leitura, jogos, artes e casinha. Sempreapós as atividades de rotina (entrada, café, rodinha, entre outras), a professoraTamirisexplicava para a turma a atividade do dia que seria desenvolvida nas áreas. Algumas atividades desenvolvidas de forma permanente, foram observadas durante as aulas, tais como: músicas, poesias, brincadeiras e jogos, roda de histórias, roda de conversas, modelagem, na chamadinha diária, por exemplo, trabalhava o alfabeto e os numerais, entre outras, todas previstas, de acordo com um tempo médio para realização de cada atividade e com definição do espaço escolar adequado para cada uma delas. Também observei que, de modo geral, as atividades eram diversificadas, concretas desafiadoras e integradas, visando propiciar as crianças situações significativas de aprendizagem.Ademais, as atividades sempre envolviam o aspecto lúdico, no sentido de propiciar aprendizagens significativas, bem como desenvolver a interação e a comunicação, dentre outros aspectos importantes para o melhor desenvolvimento dessas crianças. Cumpre dizerain da que observando a prática pedagógica dessa professora propriamente dita, evidenciei que ela tinha muito domínio de conteúdo. Possuía uma boa relação com os alunos, sendo atenciosa, carinhosa, cuidadosa, amiga, e, acima de tudo, muito profissional. Apresentava muita iniciativa e se empenhava no processo de construção do conhecimento das crianças,e, assim cumpria seu papel de uma mediadora da aprendizagem. E a constatação mais interessante foi a de que o trabalho docente desenvolvido pela professora Tamirislevava em conta as características e interesses de suas crianças. Dentre as atividades de preferênciae do interesse das crianças, estavam aquelas que envolviam letras e números, desenhos, pinturas, bloquinhos de madeira, boliche, dentre outras. As brincadeiras livre nos parquinhos mostraram também ser os momentos de maior interesse das crianças. Terminada a fase das minhas observações, posso dizer que a professora Tamiris utilizava estratégias diversificadas de ensino, como brincadeiras, jogos, sempre com a preocupação de 11 desenvolver aprendizagens significativas com a turma. Daí conclui que, a medida do possível, as práticas pedagógicas que vem sendo desenvolvidas em sala por essa professora de Educação Infantil estavam voltadas a especificidade das suas crianças pequenas. Sendo assim, os resultados obtidos, de forma geral, foram positivos, haja vista que as vivências proporcionaram identificar as práticas pedagógicas adotadas pelas professoras regentes de Educação Infantil junto as crianças pequenas e, a partir dessa prática vislumbrou-se se essa prática voltava-se a especificidade dessas crianças. Já na sala de aula da turma 3D da professora Natielly, eu, Marília, posso dizer que tive boa receptividade. Fui recebida com muito carinho principalmente pelas crianças. Neste contexto, foi perceber que as crianças eram bastante carinhosas também com a sua professora, apresentavam um comportamento tipicamente infantil, cujo grau de maturidade variava de acordo com a faixa etária e realidade de cada uma. Em meio ao processo de ensino-aprendizagem propriamente dito, os alunos eram muito ativos e participativos. Todas as atividades desenvolvidas pela professora Natielly foram sempre cumpridas pelas crianças. Elas eram bastante autônomas e desenvoltas, guardavam seus pertences em suas mochilas e lancheiras sozinhas sem ajudar de nenhum adulto. Muito curiosas e interessadas pelas aulas, e faziam diversas perguntas em sala de aula. Dentre as atividades desenvolvidas,foram observadas a roda de conversas. Nela, as crianças se organizam em círculo, sentadas no chão junto a professora Natielly. Após as crianças contarem suas vivências organizadamente, era desenvolvido o estudo do calendário, a chamada e também a propaganda das atividades que seriam desenvolvidas no decorrer da aula, e esta seram, de modo geral, eram caracteristicamente lúdicas, como jogos e brincadeiras. Já na hora da atividade, era o momento em que a professora Natielly organizavas atividades, com base nos conhecimentos de diferentes naturezas: conhecimentos físicos, conhecimentos lógico-matemáticos e conhecimentos sociais, estas atividades podem estar ligadas aos temas dos projetos, ou podem ser resultado do planejamento da professora. Em consonância, observei que a organização da sala pela professora Natiellypossibilitava as crianças movimentos e atuação com autonomia, as atividades também podiam ser realizadas em grupos e fora da sala. Para isso, ela planejava as atividades, organizava o tempo, o espaço e fornecia 12 os materiais necessários. Também faziam registros das observações mais relevantes, pensando no seu planejamento, sobretudo, em sugestões para subsidiar a sua prática como professora. A proposta pedagógica da professora Natielly estava de acordo com os princípios expostos no PPP do CMEI, isto é, fundamenta-se na Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos, no intuito de fazer a interação conteúdos-realidades sociais, articulando os aspectos políticos e pedagógicos, com ênfase tanto nas peculiaridades do CMEI quanto das necessidades e expectativas das crianças inseridas nela. Dadas estas e outras situações que foram observadas, a contento, pude evidenciar que a rotina educativa era o eixo norteador do trabalho da professora observada, o que propiciava as criançasa realização de atividades dinâmicas, um ambiente favorável ao desenvolvimento de seu interesse e gosto pela aprendizagem, ao integrar os conhecimentos de diferentes naturezas, e desenvolver atividades ludo-pedagógicas. Dessa forma, posso dizer que a maneira como a professora Natielly atuava em sala de aula, envolvia várias ações que estimulavame desestimulavam um interesse e envolvimento naturais dos alunos pelos estudos. Entretanto, notei que o foco do trabalho docenteera prepararsuas crianças para a aquisição da leitura e escrita, uma vez que as atividades envolviam o reconhecimento de letras do alfabeto, escrita do nome e contagem de números, para o desenvolvimento do raciocínio lógico- matemático. Dessa forma, os resultados deste estudo tornam-se muito interessantes quando apontam as escolas infantis necessitam superar a ideia da Educação Infantil como período de transição da pré- escola para o Ensino Fundamental, ou seja, momento de auxiliar na melhor prontidão para o período de alfabetização, que, comumente, inicia-se no 1º Ano do Ensino Fundamental, buscando mudança progressiva no conceito e na visão que se tem da educação com crianças pequenas. No que concernem aos instrumentos de avaliação usados no processo de ensino- aprendizagem, constatei que eram feitos registros das observações diárias da turma e as específicas de algumas crianças, recursos essenciais para o planejamento (diários ou semanais) subsequentes, e para a identificação de novas metodologias de ensino. Concluído o período das observações, foram realizadas as regências de aula por ambas as alunas-estagiárias, de acordo com os planejamentos elaborados segundo a orientação e supervisão 13 da professoras regentes de classe. Nestas regências, foram trabalhados e explanados os seguintes conteúdos: contando os numerais, identidade e autonomia infantil, linguagens artísticas: artes visuais, meio ambiente e cuidados com o corpo. Por ora, podemos dizer que as regências de aula transcorreram, a medida do possível, com muita tranquilidade e com o apoio educativo das professoras regentes de classe. Como recursos didáticos foram utilizados: quadro, folhas A4, lápis de cor, giz de cera, livros literários, vídeos, colas, mural da sala, papelão, desenho do caracol em um tecido ou papel, objetos variados, dentre outros. No que concerne ao método avaliativo, ambas as alunas-estagiárias utilizaram como instrumento de avaliação: observações coletivas e individual de forma a analisar a postura e participação dos alunos na realização das atividades propostas. Sempre levando em conta, o entendimento do aluno perante os conteúdos apresentados e, como eles interpretavam no decorrer da aula. Dando prosseguimento a este trabalho, vamos aos relatos descritivos das entrevistas realizadas com as professoras regentes de classee suas respectivas análises. A primeira questãofeitaas docentes entrevistadas foi: “Quais disciplinas ou conteúdos tidos como importante, no processo de formação, para o exercício da docência com as crianças pequenas? Vamos as respostas que foram obtidas, a partir de tal questionamento. As respostas das professoras pesquisadas indicaram Didática, Psicologia, Filosofia e Sociologiacomo as disciplinas teóricas mais importantes para a docência e prática profissional. E, ainda nessa questão, assinalaram desenvolvimento humano, função social da escola, experiência ou prática pedagógicacomo aqueles conteúdos relevantes e saberes específicos da docência. Outro dado muito relevante ainda levantado, a partir dos relatos das professoras pesquisadas, foi a de que os conhecimentos teóricos e práticos são os conhecimentos mais importante para a prática pedagógica na Educação Infantil. Uma das educadoras ainda em sua respostadeclarou que o seu curso de formaçãoinicial não lhe possibilitou suficientemente a apreensão de práticas pedagógicas para o exercício docente autônomo. Considerando a questão: “Para você: o professor de Educação Infantildeve ter uma formação diferenciada da formação dos profissionais da escola fundamental?”, obtivemos sim como resposta14 das professoras pesquisadas. Para ambas as professoras, se o professor lida com especificidades, interesses e necessidades diversas em sala de aula, nada mais do que certo que tenha uma formação diferenciada, justamente para saber lidar com todos estes aspectos. Já a quarta e quinta questão respectivamente feitas as docentes entrevistadas foram“O que levou você a optar pela docência como profissão?”. Analisadas as respostas, encontramos foram indícios de que as professoras regentes de classe escolheram esta profissão em função de gostarem de crianças e por terem afetividade. E a quinta questão visou complementar a quarta ao indagar: “Dentro da sua profissão, o que você mais se identifica e gosta de fazer?”. Percebemos, nos relatos descritivos, que essas professoras de forma unânime se identificam com as crianças da primeira infância e gostamde cantar, brincar, ler e contar histórias, ensinar, e acima de tudo, poder contribuir para o bom desenvolvimento integral das suas crianças. Apresentadas e analisadas estas vivências, e no final desta parte do trabalho, temos a sensação de que foram alcançados os objetivos traçados no citado estágio, com os alunos e coma formação docente das alunas-estagiárias, considerando o mesmo uma experiência essencial e transformadora. Na verdade, realizar um Estágio por si só já é uma oportunidade única e indispensável, para o futuro profissional. Dando continuidade ao trabalho, pretendemos, no próximo tópico, apresentar as impressões gerais do Estágio, sendo retomados os objetivos propostos, bem como os resultados mais significativos e as dificuldades e possibilidades levantadas em torno da realização doEstágio Curricular ObrigatórioI em Educação Infantil. 4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO A proposta principal do referido Estágio Curricular foi a de conhecer as concepções das professoras de Educação Infantil a respeito das questões de formação, identidade profissional docentee práticas pedagógicas para a primeira infância. Portanto, a partir daqui apresentam-se algumas impressões (considerações finais) advindas da realização do Estágio. Ao meu ver (Mariana), por meio da realização do Estágio, foi possível percebercomo é prática da docência e, sobretudo, auxiliou na reflexão do quanto é relevante refletir sobre a questão 15 da formaçãoinicial de docentes para a verdadeira construção da identidade profissional do docenteda Educação Infantil e simultaneamente para a garantia da qualidade e excelência do ensino e da aprendizagem ofertados as crianças pequenas. Já ao meu ver (Marília), a vivência propiciada em meio ao período de Estágio, ofereceu importantes considerações sobre a importância das práticas pedagógicas adotadas com as crianças da primeira infância. Destaca-se, portanto, a relevância do estágio, por proporcionar averiguar e identificar ações voltadas para melhorar a qualidade da educação e formação de crianças pequenas na verdade, a possibilidade de incluir as crianças com deficiência e as crianças autistas nos anos iniciais escolares. Finalmente, levou-nos a reflexõessobre como será o nosso dia-a-dia como professora em uma instituição de Educação Infantil. Pois, enquanto se está estudando apenas as teorias em sala de aula, não se tem realmente ideia do que é estar frente a uma classe e ser o responsável pela mediação do conhecimento às crianças, a responsabilidade é muito grande. REFERÊNCIAS BANHARA, Amanda Delgado. A importância do planejamento na Educação Infantil. [2011]. Disponível em: <http://amandabanhara.blogspot.com.br/2011/01/importancia-do-planejamento-na- educacao.html>. Acesso em: 27 set. 2018. BARBOSA, Marlene Emília Barison. Literatura Infantil, proposta interdisciplinar assegura interação entre conteúdos diversos. Revista do Professor, Porto Alegre, ano 23, n. 92, out./dez. 2007, p. 5-7 BRASIL.Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI): v. 1 e 2. Brasília, DF: MEC/SEB, 1998. CAMPOS, Maria de Lourdes. 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WAJSKOP, Gisela. Desafios da formação profissional do docente de Educação Infantil. Revista Pátio Educação Infantil, ano 1, n. 2, ago./nov. 2003. Farejador de Plágio - NÂO REGISTRADO - Analisando SOMENTE 50% do documento Relatório do arquivo: ESTÁGIO I MARÍLIA MONTARROIOS MATTOS E MARIANA VIEIRA SAGRILLO.docx em 43416 Use : 0 mojeek 0 dogpile 1028 Bing 17 647 Google 0 Google Acad 1 Wow Principais Sites - Analisar detalhadamente 20 | elo.br/scielo.php?script=sci_arttext RESUMO 1 INTRODUÇÃO Em seu estudo, Drumond (2013) defende que o atual exercício da docência na Educação Básica implica em (re) pensar na formação inicial e na especificidade do trabalho docente na Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, e na construção da identidade do profissional que atua nessa modalidade educacional. Essa defesa baseia-se na constatação de que os professores da Educação Infantil, quase sempre, submetem suas crianças a processos de alfabetização e numeração, ou seja, as mesmas ações pedagógicas desenvolvidas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Daí a suposiçãode que ainda falta uma maior clareza do que seja o trabalho do educador da primeira infância e, os cursos de formação de professores não estariam oferecendo subsídios para o futuro educadoratuarjunto as crianças da Educação Infantil. Assim sendo, podemos afirmar que a questão da formação inicial docente é extremamente importante para a apreensão e compreensão de práticas pedagógicas adequadas e específicas ao alunado da Educação Infantil, uma vez que a docência na escola de Educação Infantil possui suas próprias especificidades, tendo em vista que as crianças pequenas tem características singulares. Nessesentido, acreditamos que seja imprescindível ao futuro profissionalde EducaçãoInfantil buscar aprimorar seus conhecimentos sobre formação e trabalho docente, além da construção daidentidade do educador infantil. Diante desta necessidade, este trabalhotraz Formação e profissionalismo docentecomo área de concentração. A escolha por essa área de concentração justifica-se por possibilitar a ampliação de saberes aos egressos do curso de Pedagogia sobre qual é de fato o trabalho docente e a identidade profissional do professor da Educação Infantil, o que pode contribuir para uma maior consciência, afirmação e conquista dos direitos das crianças pequenas e da qualidade educativa. Portanto, este trabalhoapresenta a seguinte temática como objeto de estudo “A formação, trabalho docente e a identidade profissional do docente daEducação Infantil”, tendo por objetivo explicitar as experiências vivenciadas durante o período do Estágio Curricular Obrigatório I em Educação Infantil, mediadas pela pesquisa de campo, viabilizando a observação da prática docente de professoras de Educação Infantil na Instituição Concedente do citado estágio. 2 ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Feita a escolha e, posteriormente, a delimitação do tema, apresentamos Formação e profissionalismo docentecomo área de concentração e como objeto de estudo “A formação, trabalho docente e a identidade profissional do docente daEducação Infantil”, haja vista a realização do Estágio Curricular Obrigatório I: Educação Infantil. Nesse contexto, a escolha dessa área de concentração por ambas as alunas-estagiárias justifica-se pela singular oportunidade deampliar seus conhecimento sobre o próprio processo de formação docente para a Educação Infantil e também pela possibilidade de problematizar o cotidiano do trabalho docenteem uma Escola de Educação Infantil. Dados estes esclarecimentos, apresentamos, a partir daqui, a fundamentação teórica, com base nos pensamentos de renomados autores que tratam da temática elencada. A questão da formação inicial de docente deEducação Infantil, do trabalho docente com a primeira infância e a construção da identidade profissional do educador infantil é objeto de discussão no próximo subtópico. 2.1 O PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL E SUA IDENTIDADE PROFISSIONAL: A FORMAÇÃO INICIAL E O TRABALHO DOCENTE EM QUESTÃO
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