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Micologia
Prof.ª Msc. Camila Amato Montalbano
Doutoranda do PPGDIP-UFMS
Fungos
Seres vivos eucarióticos, com um só núcleo, como
as leveduras, ou multinucleados, como se observa entre os fungos filamentosos ou bolores. 
Citoplasma com mitocôndrias e retículo endoplasmático rugoso. 
Heterotróficos e se nutrem de matéria orgânica morta (fungos saprofíticos) ou viva (fungos parasitários). 
Suas células possuem vida independente e não se reúnem para formar tecidos verdadeiros. 
Conhecidos popularmente como mofos e bolores. 
Algumas espécies são parasitas de plantas ou animais
Importância dos fungos
Importância: antibióticos, destacando-se a penicilina sintetizada a partir de metabólitos do fungo Penicillium chrysogenum. 
Esteroides e hormônios para crescimento vegetal são oriundos também deles
Um dos exemplos notáveis da utilização dos metabólitos fúngicos na medicina é a administração de ciclosporina em pessoas submetidas a transplantes. Essa substância foi isolada a partir de fungos de solo (Tolypocladium inflatum e Cylindrocarpon lucidum) na década de 1970.
Reprodução do fungos
Assexuada
Sexuada
Reprodução assexuada
Brotamento: célula parental forma um broto na sua superfície externa  o núcleo da célula parental se divide em dois e um dos núcleos migra para o broto forma-se parede celular entre o broto e a célula parental, separando-os. Algumas leveduras produzem brotos que não se separam e formam uma pequena cadeia de células chamada de pseudo-hifa ou pseudo-micélio.
Fragmentação da hifa: as hifas crescem por alongamento das extremidades. Um fragmento quebrado pode alongar-se para formar uma nova hifa.
Esporos assexuais: formados pelas hifas, quando germinam, se tornam clones do indivíduo parental.
Reprodução sexuada
Heterotálicas: apresentam gametas de células doadoras (+) e de células receptoras (-) localizadas em talos separados ou quando apresentam ambos os sexos, mas estes são autoincompatíveis. 
Homotálicas ou hermafroditas são representadas por
 indivíduos que produzem gametas (+) e (-) autocompatíveis no mesmo talo. 
O esporo sexual resulta de três etapas:
Plasmogamia: um núcleo haploide de uma célula doadora penetra no citoplasma da célula receptora.
2. Cariogamia: os núcleos e se fundem para formar um zigoto diploide.
3. Meiose: o núcleo diploide origina um núcleo haploide (esporos sexuais, dos quais alguns podem ser recombinantes genéticos).
Meningite fúngica ou Criptococose
Causada por fungos do gênero Cryptococcus, sendo as espécies patogênicas principais para os seres humanos o Cryptococcus neoformans e o Cryptococcus grubbi. 
Áreas contaminadas por fezes de pássaros, especialmente pombos, sendo que a transmissão ocorre principalmente pela inalação de fezes secas contaminadas. 
Os fungos inalados se proliferam em pessoas imunocomprometidas, disseminando-se para o SNC e causando meningite.
Candidíase
Vulvovaginal mais comum e pode ser doença sexualmente transmissível ou não
Candida spp. faz parte da microbiota vaginal normal. 
A Candida albicans é a responsável por 80-92% dos episódios de candidíase vulvo-vaginal, mas também pode ser por Candida glabrata e Candida krusei. 
Irritação, coceira intensa, descarga espessa, coalhada e amarela, com cheiro fermentado ou sem odor.
Condições predisponentes para a infecção oportunista incluem o uso de contraceptivos, gestação, diabetes não controlado e uso de antibióticos de amplo espectro.
Micoses de pele
Os fungos que colonizam os pelos, as unhas e a camada mais externa da epiderme são chamados de dermatófitos, porque crescem a partir da queratina presente nesses locais.
Três gêneros de fungos estão envolvidos nas micoses cutâneas: Tricophyton, Epidermophyton e Microsporum.
Pele
A pele é o órgão mais acessível do corpo, facilmente traumatizável e sujeito à infecção, sendo composta de duas camadas: epiderme e derme. 
Os folículos pilosos, as glândulas sebáceas e as glândulas sudoríparas se abrem para a superfície cutânea. Abaixo da derme está a camada subcutânea adiposa, sob a qual se localiza a fina membrana fáscia que recobre os músculos, ligamentos e outros tecidos conjuntivos.
Bactérias aeróbias produzem ácidos graxos a partir do sebo, inibindo o crescimento de muitos outros microrganismos 
Pele
As áreas do corpo que possuem maior umidade, como as axilas e a região entre as pernas, têm populações maiores de micróbios, os quais metabolizam as secreções provenientes das glândulas sudoríparas e são os principais responsáveis pelo odor corporal. 
Uma levedura, a Malassezia furfur, é capaz de crescer em secreções oleosas da pele, sendo responsável pelos casos de caspa.
Tipos de micoses
(1) micoses superficiais ou cutâneas
(2) subcutâneas
(3) sistêmicas, profundas ou viscerais
(4) oportunistas.
Coleta e transporte
Raspado cutâneo ou de unhas, pelos, cabelos, biópsia de tecido, secreções, exsudato de lesões ulcerativas, etc. 
Materiais secos placas de Petri estéreis,
Secreções e biópsias armazenados em frascos apropriados. 
As amostras coletadas devem ser mantidas em temperatura ambiente até processamento em laboratório.
Como preparar para análise?
A pele e a mucosa com erosão local de infecções causadas
por leveduras ou outros fungos
O material é colocado entre lâmina e lamínula com uma gota de hidróxido de potássio 10% a 20%, com ou sem o branco de calcoflúor, que é um corante específico para parede celular dos fungos, detectado com microscópio de fluorescência. Amostras de unhas e pelos podem ser examinados da mesma forma. 
Cultura Ágar Sabouraud e Ágar Mycosel, ou outro ágar que suprima o crescimento de bolores e bactérias, com incubação à temperatura ambiente e leitura da cultura em quinze ou vinte dias. 
Como preparar para análise?
Fungossão identificados com base na morfologia da colônia, na morfologia microscópica e, em alguns casos, em exigências nutricionais.
Micoses subcutâneas e viscerais inoculação traumática com material contaminado, podem ser analisados como os de pele superficial mas o melhor é com uso de corantes específicos para paredes celulares fúngicas, como a metenamina-prata de Gomori ou nigrosina, que cora a parede celular de negro, ou o ácido periódico-Schiff, que confere uma coloração vermelha à parede. 
Como preparar para análise?
Alternativamente, o fungo pode ser identificado por coloração com anticorpo fluorescente. 
Culturas: métodos mais confiáveis para o estabelecimento do diagnóstico. Ágar Sabouraud contendo antibióticos antibacterianos e incubadas de 25 a 30°C, com posterior verificação da conversão do fungo para sua forma leveduriforme em 37°C.
Atividade
O exame direto para diagnóstico de infecções causadas por fungos consiste em avaliar a amostra clínica microscopicamente, entre a lâmina e a lamínula, utilizando reagentes e/ou corantes para a visualização das estruturas fúngicas. Embora o exame direto seja conclusivo para o diagnóstico de algumas micoses, na maioria das vezes, esse exame não é suficiente para a identificação do agente etiológico. Observe as imagens a seguir e resposta às questões propostas:
»» Quais os tipos de micose que os microrganismos identificados na análise microscópica apresentada à esquerda podem causar?
»» Quais as principais características desses fungos e das doenças que causam?
»» A micose representada à direita pode ser causada por algum
microrganismo identificado na primeira figura? Discuta.
»» Que tipo de amostra pode ser usado para a realização de exame microscópico?
»» Como coletar amostras para exame diagnóstico no segundo caso?
Cultura de pele (abcessos e exsudatos) e biópsias
Infecções de pele e queimaduras feridas que abrem a porta a outros microrganismos. 
Microbiota do próprio paciente e/ou pelos microrganismos do meio ambiente .
Cultura somente de amostra superficial pode levar a erros, biópsia de tecido profundo é o método de diagnóstico mais indicado. 
Também coletar também amostras de áreas adjacentes à queimadura.
OBRIGADA!!!!!
montalbano.c@hotmail.com

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