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Obstrução Intestinal

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OBSTRUÇÃO INTESTINAL - HAM MILENA BAVARESCO 
 
INTRODUÇÃO 
▪ A obstrução intestinal consiste no 
impedimento de propagação do conteúdo 
gastro-entero-cólico pelo trato gastrointestinal. 
 
▪ Podemos classifica-la quanto ao nível (alto ou 
baixo), ao grau (completa ou incompleta), ao 
estado de circulação sanguínea (simples ou 
estrangulada), à evolução (aguda ou crônica), 
à localização (intramural, extramural ou 
intraluminal) e à causa (mecânica, vascular ou 
funcional). 
 
 
ETIOLOGIA 
▪ A obstrução intestinal pode decorrer de causas 
variadas, dividimos então em 3 grupos 
principais: 
o Causas extraluminais: aderências, 
hérnias, neoplasias e abscessos; 
 
o Causas intrínsecas à parede do intestino: 
tumor primário, congênita, inflamatória, 
infecciosa, neoplasia, trauma, etc. 
 
o Causas de obstrução intraluminal: cálculo 
biliar, bezoar, corpo estranho, etc. Dentre 
elas, as causas mais comuns de obstrução 
intestinal alta são as aderências, 
decorrente de cirurgias anteriores, e as 
hérnias. 
 
▪ Nas obstruções baixas as causas mais 
comuns são os tumores colorretais e volvo de 
sigmoide. 
 
CLÍNICA 
▪ No início do quadro, há aumento da motilidade 
e da contratilidade intestinal com o objetivo de 
vencer a obstrução, estando presente então a 
diarreia. 
 
▪ Após longo esforço do intestino, caso a 
obstrução não seja vencida, encontraremos 
uma dilatação intestinal com diminuição da 
motilidade e dos ruídos hidroaéreos. 
 
▪ Dependendo do local da obstrução, podemos 
observar diferentes mecanismo de 
desidratação e perda de eletrólitos. 
 
OBSTRUÇÃO INTESTINAL - HAM MILENA BAVARESCO 
 
▪ Na obstrução alta, há presença de vômitos, o 
que consiste na perda de água e cloro e na 
elevação do pH. 
 
▪ Na obstrução baixa, há maior acúmulo de 
líquido com consequente aumento da pressão 
intra-abdominal e diminuição do fluxo 
sanguíneo. 
 
▪ Além desses achados, são comuns dor 
abdominal em cólica, vômitos, náuseas e 
obstipação. 
 
▪ Estes aparecem de acordo com o local da 
obstrução e o tempo de instalação, podendo 
variar em uma mesma doença. 
 
▪ No exame físico, podemos notar sinais e 
sintomas da desidratação, palidez, 
taquicardia, hipotensão. 
 
▪ A febre pode ou não estar presente. 
 
▪ À palpação, o abdômen encontra-se 
distendido e, no início do quadro, pode haver 
borborigmo (peristalse audível). 
 
▪ Além de ser possível encontrar sinais de 
peritonite, como uma defesa abdominal ao 
toque. 
 
▪ Já no exame físico podemos descartar hérnias 
e massas palpáveis, como diagnósticos 
diferenciais. 
 
 
EXAMES COMPLEMENTARES E 
DIAGNÓSTICO 
▪ O diagnóstico de obstrução intestinal é 
geralmente definido pela clínica (anamnese e 
exame físico), porém a radiografia simples de 
abdômen pode confirmar e definir melhor o 
local da obstrução, assim como achar a causa. 
 
▪ Existem alguns achados específicos que 
podem ser vistos na radiografia, como alças 
dilatadas sem evidência de distensão do cólon 
e múltiplos níveis hidroaéreos (empilhamento 
de moedas). 
 
 
▪ Quando o diagnóstico não consegue ser 
confirmado pela radiografia, podemos lançar 
mão da tomografia computadorizada. 
 
▪ A TC se mostrou sensível para as obstruções 
altas e totais. 
 
▪ Ela permite o encontro da localização exata e 
da causa da obstrução. Além de conseguir 
visualizar causas extrínsecas e achados de 
estrangulamentos. 
 
▪ Em alguns casos é considerada a enteróclise, 
sonda duodenal com o objetivo de injeção de 
ar e bário para definir o local e a causa da 
obstrução baixa. 
 
▪ Porém, devem ser avaliados a hipotenacidade 
do intestino, seu grau de dilatação, condições 
adversas do paciente e grau de experiência do 
radiologista. 
 
▪ O ultrassom se mostrou como opção para 
detecção de obstrução em mulheres grávidas 
para substituir a radiação. 
 
▪ Além dos exames mais complexos, os exames 
laboratoriais são úteis para o 
acompanhamento do grau de desidratação, 
OBSTRUÇÃO INTESTINAL - HAM MILENA BAVARESCO 
 
devendo ser solicitados rotineiramente para 
avaliação e correção dos desequilíbrios. 
 
TRATAMENTO 
▪ No início do tratamento, a reposição 
intravenosa de solução salina isotônica deve 
ser incialmente implantada para corrigir a 
desidratação. 
 
▪ O débito urinário serve como parâmetro de 
correção do desequilíbrio e deve ser 
monitorado continuamente. 
 
▪ A passagem de sonda nasogástrica e manter 
o paciente em jejum devem ser avaliados; 
 
▪ Posteriormente, os eletrólitos devem ser 
corrigidos de acordo com a sua necessidade, 
sem, no entanto, causar novos problemas. 
Além disso, a antibioticoterapia de amplo 
espectro é feita de forma profilática. 
 
▪ Pacientes com obstrução devem ser tratados 
cirurgicamente de acordo com o local e a 
causa da obstrução, salvo alguns casos que 
podem ser tratados clinicamente. 
 
▪ Existem 5 tipos de abordagem: extraluminal, 
enterotomia para retirada de corpos estranhos 
da luz, ressecção intestinal, operações de 
desvio de trânsito e operações de 
descompressão. 
 
▪ Quando se trata de obstrução por aderência, 
deve ser realizado seu corte. 
 
▪ Nas hérnias encarceradas, reduz-se a hérnia e 
fecha-se o defeito. 
 
▪ Caso a causa seja uma neoplasia, deve-se 
procurar métodos alternativos de acordo com 
a progressão do mesmo, podemos intervir 
fazendo desde uma ressecção a um 
tratamento não cirúrgico em casos mais 
graves, por exemplo. 
 
▪ Pacientes com distensão leve, obstrução 
proximal ou parcial ou suspeita, podem ser 
submetidos à laparoscopia, já que a mesma 
oferece diversos benefícios em relação à 
laparotomia.

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