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CARBOIDRATOS Disciplina: Bioquímica Professora: Bárbara Regina O que são carboidratos? Carboidratos são: Poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas O que são carboidratos? Fórmula geral: Cn(H2O)n Função: Estrutural (celulose e quitina) Função: Reserva (amido e glicogênio) 1) MONOSSACARÍDIOS Ex.: glicose, frutose, galactose. Carboidratos: classificação 2) OLIGOSSACARÍDIOS (di, tri, tetrassacarídios) Ex.: maltose, sacarose, lactose. 3) POLISSACARÍDIOS Ex.: quitina, celulose, amido, glicogênio. CARBOIDRATOS Moléculas orgânicas mais abundantes na face da terra Hidratos de carbono, glicídios, sacarídios, oses ou açúcares Sacarídio, do grego sakcharon = açúcar Fórmula geral: (CH2O)n “Hidratos de carbono” Alguns podem conter N, P ou S! FUNÇÕES Fonte de energia na dieta da maioria dos organismos Armazenamento de energia Componentes da membrana celular Componentes dos nucleotídeos Componentes estruturais de muitos organismos: Exoesqueleto de artrópodes Parede celular das células vegetais CLASSIFICAÇÃO Quanto ao número de subunidades: Monossacarídios (mono = um) Dissacarídios (2 monossacarídios) Oligossacarídios (até 12 monossacarídios) Polissacarídios (mais de 12 monossacarídios) São substâncias cristalinas, solúveis em água e adocicadas São insípidos, pouco solúveis/insolúveis e amorfos MONOSSACARÍDIOS Açúcares mais simples São os monômeros a partir dos quais são formados os outros grupos de carboidratos Podem ser classificados de acordo com: Grupo funcional Número de carbonos MONOSSACARÍDIOS Grupo funcional: Podem ser aldeídos (aldoses) ou cetonas (cetoses) aldeído cetona MONOSSACARÍDIOS De acordo com o número de átomos de carbono que contêm: 3 carbonos: trioses 4 carbonos: tetroses 5 carbonos: pentoses 6 carbonos: hexoses MONOSSACARÍDIOS Os monossacarídios mais simples são as duas trioses: Gliceraldeído e Diidroxiacetona MONOSSACARÍDIOS Os monossacarídios mais comuns na natureza são a glicose, a frutose e a galactose MONOSSACARÍDIOS Glicose: Açúcar presente no sangue Única fonte de energia para alguns tecidos de mamíferos e tipos celulares (hemácias, medula renal e cérebro) Origem: Dieta Glicogênio (fígado e músculo) Gliconeogênese MONOSSACARÍDIOS Frutose: Encontrados nas frutas, no mel Do latim fructus = fruta MONOSSACARÍDIOS Galactose: Encontrada no leite Componente da lactose Também conhecida como "açúcar do cérebro", presente nas membranas celulares do tecido nervoso MONOSSACARÍDIOS As pentoses ribose e desoxirribose são componentes dos nucleotídeos e dos ácidos nucleicos Encontrada no RNA Encontrada no DNA MONOSSACARÍDIOS Forma cíclica: Em soluções aquosas, os monossacarídios com 5 ou mais átomos de carbono ocorrem como estruturas cíclicas (anel) LIGAÇÃO GLICOSÍDICA Os monossacarídios se unem através de ligações covalentes chamadas de ligações glicosídicas Ocorre principalmente nas formas: α-1,4: ligação para abaixo do plano dos anéis ligando o C1 de um monossacarídeo com o C4 do outro monossacarídeo β-1,4: ligação acima do plano dos anéis ligando C1 de um monossacarídeo com o C4 do outro LIGAÇÃO GLICOSÍDICA Ligação glicosídica α-1,4 Ligação glicosídica β-1,4 Carbono anomérico: é todo carbono que está envolvido em uma ligação glicosídica Trioses (C3): Ex.: Gliceraldeído, diidroxicetona. Tetroses (C4): Ex.: Eritrose, treose, eritrulose Pentoses (C5): Ex.: Ribose, desoxirribose, arabinose, xilose, lixose, ribulose, xilulose Hexoses (C6): Ex.: Glicose, manose, galactose, frutose Monossacarídios: classificação Definição de isomeria: mesma fórmula molecular, mas fórmula estrutural (plana ou espacial) diferente. Isomeria Estrutural ou Plana Isomeria Espacial ou Estereoisomeria: Geométrica (cis/trans) Óptica (D/L) Monossacarídios: isomeria carbono quiral Monossacarídios: isomeria óptica Monossacarídios: enantiômeros D e L -OH na direita do C quiral: D -OH na esquerda do C quiral: L Monossacarídios: cetoses tipo D D ou L: observar o C quiral mais distante do grupo funcional (aldeído ou cetona) -OH na direita: D -OH na esquerda: L α D-Glicopiranose β D-Glicopiranose Monossacarídios: fórmula de Haworth α -OH (do C anomérico) para baixo na fórmula de Haworth Pirano: anel de 6 vértices Furano: anel de 5 vértices β -OH (do C anomérico) para cima na fórmula de Haworth Monossacarídios: Fischer para Haworth Mutarrotação: quando açúcares cíclicos em solução aquosa se transformam nas suas formas anoméricas α e β, até que um estado de equilíbrio, onde ambas as estruturas coexistem, seja alcançado. Açúcares Redutores: atuam como agentes redutores quando possuem grupo carbonílico ou cetônico livres, capazes de sofrerem oxidação (doarem elétrons) na presença de agentes oxidantes (Fe3+, Cu2+) em soluções. Monossacarídios: propriedades DISSACARÍDIOS Formados por dois monossacarídios unidos por ligação glicosídica Os dissacarídios mais comuns são a sacarose, a lactose e a maltose Dissacarídio Unidades formadoras (monossacarídios) Fonte Sacarose Glicose + Frutose Cana-de-açúcar, beterraba Lactose Glicose + Galactose Leite Maltose Glicose + Glicose Cereais Sacarose Lactose Maltose Intolerância à lactose OLIGOSSACARÍDIOS Polímeros pequenos de poucos monossacarídios unidos por ligações glicosídicas Ex.: Rafinose, formada por galactose, frutose e glicose POLISSACARÍDIOS A maioria dos carboidratos na natureza ocorre na forma de polissacarídios Diferem entre si: Tipos de unidades de monossacarídios repetitivas Tipos de ligação que as unem (α, β) Comprimento das cadeias Grau de ramificação das cadeias POLISSACARÍDIOS Homopolissacarídios: apenas um tipo de monossacarídeo Heteropolissacarídios: Dois ou mais tipos diferentes de monossacarídeos POLISSACARÍDIOS DE ARMAZENAMENTO (RESERVA) Servem como reserva de monossacarídios empregados como combustíveis pelas células: Amido (vegetais) Glicogênio (animais) AMIDO Reserva energética vegetal Contém dois tipos de polímeros da glicose: Amilose e amilopectina Unidos por ligações α14 Fontes: batatas, ervilhas, feijões, arroz, milho e farinha GLICOGÊNIO Reserva energética animal Altamente ramificado Encontrado principalmente no fígado e nos músculos POLISSACARÍDIOS ESTRUTURAIS São utilizados como elementos estruturais das paredes celulares vegetais e de exoesqueleto de animais: Celulose (vegetais) Quitina (animais) CELULOSE Polissacarídio mais abundante na natureza Substância fibrosa, resistente e insolúvel em água Encontrada na parede celular dos vegetais Homopolissacarídio não-ramificado Unidades de glicose unidas por ligações do tipo β 14 Não é digerida pelo organismo humano Fibra alimentar CELULOSE Por que digerimos o amido e não digerimos a celulose? Amido: ligações α14 Celulose: ligações β 14 O homem não possui uma enzima capaz de fazer quebrar as ligações β 14 da celulose, portanto, não digere essa molécula QUITINA Segundo polissacarídio mais abundante na natureza Principal componente do exoesqueleto dos artrópodes Homopolissacarídio não-ramificado N-acetilglicosamina HETEROPOLISSACARÍDIOS Parede celular das células bacterianas (peptidioglicano) Suporte à célula Matriz extracelular dos tecidos animais (heparina, ácido hialurônico) Proteção, forma e suporte para células, tecidos e órgãos Função Vegetal Animal RESERVA Amido Glicogênio ESTRUTURAL Celulose Quitina Polissacarídios: tipos Função Alga Bactéria ESTRUTURAL Ágar Peptidoglicano Homopolissacarídios: constituídos de um só tipo de monossacarídio Heteropolissacarídios: constituídos de mais de um tipo de monossacarídio Polissacarídios: amido Resíduos de D-glicose α14 Resíduos de D-glicose α14 com α16 Amilopectina Amilose Amilopectina Glicogênio Polissacarídios: glicogênio Mais ramificado Resíduos de D-glicose α14 com α16 Polissacarídios: celulose Resíduos de D-glicose β14 Glicoconjugados:proteoglicanos, glicoproteínas e glicolipídios Os glicoconjugados são moléculas biologicamente ativas de proteínas com glicosaminoglicanos (proteoglicanos), com oligossacarídeos ligados a uma proteína (glicoproteínas) e de carboidratos com esfingolipídios (glicolipídios). Os glicoconjugados participam de estruturas como a membrana celular e a matriz extracelular, além de serem portadores de informações, podendo fornecer o endereçamento de proteínas e reconhecimento célula-célula. Glicoconjugados: proteoglicanos Estrutura de um proteoglicano de uma proteína integral de membrana. Unidades de glicosaminoglicanos unidos a uma proteína de membrana ou secretada; componentes da matriz extracelular Interações entre as células e a matriz extracelular Glicoconjugados: glicoproteínas Unidades de oligossacarídios unidos a uma proteína; encontrados na superfície da M.P., na matriz extracelular, no Complexo de Golgi. Glicoconjugados: glicolipídios São esfingolipídios de membrana nos quais o grupo da cabeça é um oligossacarídio; encontrados no cérebro e nos neurônios, auxiliando na transdução do sinal celular. A INSULINA facilita a entrada da glicose nas células (onde ela será utilizada para a produção de energia) e o armazenamento no fígado, na forma de glicogênio. Ela retira o excesso de glicose do sangue, mandando-o para dentro das células ou do fígado. Isso ocorre, logo após as refeições, quando a taxa de açúcar sobe no sangue. Insulina e Glucagon Já o GLUCAGON funciona de maneira oposta à insulina. Quando o organismo fica muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no sangue cai muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que dá a sensação de fraqueza, tontura, podendo até desmaiar. Quando ocorre a hipoglicemia, o pâncreas produz o glucagon, que age no fígado, estimulando-o a “quebrar” o glicogênio em moléculas de glicose. Então, a glicose é enviada para o sangue, normalizando a taxa de açúcar. Insulina e Glucagon Insulina e Glucagon Diabetes Mellitus, ou simplesmente Diabetes, é um grupo de doenças metabólicas em que se verificam níveis elevados de glicose no sangue durante um longo intervalo de tempo. Diabetes A Diabetes Mellitus tipo 1 resulta da falta de produção ou de produção de quantidade insuficiente de insulina pelo pâncreas. Aparece quando o sistema imunitário ataca as células beta do pâncreas. A causa ainda não foi definida. O tipo de alimentação, o estilo de vida etc. não têm qualquer influência no aparecimento deste tipo de diabetes. Normalmente, se inicia na infância ou na adolescência. Diabetes A Diabetes Mellitus tipo 2 tem origem na resistência à insulina, uma condição em que as células do corpo não respondem à insulina de forma adequada. A principal causa é peso excessivo e falta de exercício físico. Parece haver uma diminuição na resposta dos receptores de glicose presentes no tecido periférico à insulina, levando ao fenômeno de resistência à insulina. As células beta do pâncreas aumentam a produção de insulina e, ao longo dos anos, a resistência à insulina acaba por levar as células beta à exaustão. Desenvolve-se frequentemente em etapas adultas da vida e é muito frequente a associação com a obesidade e idosos. Diabetes Diabetes Diabetes A Diabetes do tipo 1 deve ser tratada com injeções regulares de insulina. A Diabetes do tipo 2 pode ser tratada com medicamentos por via oral como metformina e glibenclamida, com ou sem insulina. Diabetes Diabetes Diabetes A Diabetes gestacional geralmente resolve-se por si própria após o nascimento do bebé. No entanto, se não tratada, pode causar problemas com a gravidez, incluindo macrossomia fetal (peso elevado do bebê ao nascer), malformações fetais e doença cardíaca congênita. Diabetes REVISANDO... Quais são as três macromoléculas utilizadas preferencialmente como fonte de energia pela célula? Glicídio, sacarídios, oses ou açúcares são sinônimos para que molécula? Qual o monossacarídeo utilizado pelas nossas células como fonte de energia? Existem duas pentoses que fazem parte da constituição dos nucleotídeos, que são as unidades estruturais dos ácidos nucleicos. Quais são elas? Em que tipo de ácido nucléico cada uma dessas pentoses pode ser encontrada? Qual a classificação dos monossacarídeos de acordo com seu grupo funcional e quanto ao número de carbonos? Que ligações unem os monossacarídios para formar os polissacarídios? O que são dissacarídeos? Que tipo de ligação forma essas moléculas? 8. Sobre os carboidratos, responda: Qual a classificação dos monossacarídeos de acordo com seu grupo funcional e quanto ao número de carbonos? Classifique os monossacarídeos abaixo, levando em consideração esses dois critérios: 9. Qual a composição dos seguintes dissacarídeos: Maltose Sacarose Lactose O que é a intolerância à lactose? Qual a sua causa e o que leva ao aparecimento dos seus sintomas? No que os polissacarídios diferem entre si? O que são polissacarídeos? Quais são os principais polissacarídeos estruturais e de reserva encontrados na natureza? Qual a forma e os locais de armazenamento de glicose no nosso organismo? Por que usamos o amido como fonte de energia e não celulose? Qual o monossacarídeo utilizado pelas nossas células como fonte de energia?
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