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AÇÃO MONITÓRIA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _______ VARA CÍVEL DA COMARCA DE SÃO LUÍS/MARANHÃO
MARCOS, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG.........., inscrito no CPF sob nº.........., residente e domiciliado em ..............., através de seu advogado inscrito na OAB sob nº.......... constituído nos autos , conforme procuração em anexo, com escritório profissional situado em .........., podendo ser contatado no e-mail eletrônico .........., vem perante Vossa Excelência com base no artigo 700 e seguintes do Novo Código de Processo Civil e a Lei 7357/85 propor
AÇÃO MONITÓRIA
em face de Kelvin, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG.........., inscrito no CPF sob nº.........., residente e domiciliado em ..............., de acordo com os fatos e fundamentos expostos a seguir:
DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
O autor da presente ação informa não possuir condições de arcar com custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento, razão pela qual se faz jus ao benefício da gratuidade de justiça nos termos do artigo 98 e seguintes do Novo Código de Processo Civil. 
DOS FATOS
Kelvin comprou de Marcos um automóvel pelo qual se comprometeu a pagar, mediante um cheque datado de 26/08/2018, o valor de quarenta mil reais. Kelvin reside na cidade de Diamantina, e Marcos na cidade de Brilhantina, ambas no Maranhão, e o cheque foi assinado na capital do estado, São Luís, onde o negócio jurídico foi realizado. O documento único de transferência (DUT) foi preenchido e assinado devidamente pelas partes, tendo Kelvin transferido o veículo para o seu nome junto ao órgão público competente. No entanto, após esses procedimentos, Kelvin entrou em contato com Marcos, requerendo que o cheque não fosse depositado naquele momento, visto que precisaria de mais tempo para garanti-lo junto à instituição financeira. Duas semanas depois, Marcos depositou em sua conta corrente o cheque, o qual foi devolvido por falta de fundos. Descontente com a situação, Marcos compareceu à residência de Kelvin, portando o cheque devolvido, com o intuito de desfazer o negócio. Kelvin informou-lhe, porém, que isso não seria possível, pois havia vendido o veículo e transferido o DUT a um terceiro. Após essa informação ter sido confirmada pelo órgão público competente, Marcos resolveu procurar solucionar seu direito no dia 25/05/2019 pela via legal cabível. 
DOS FUNDAMENTOS
De acordo com o artigo 784, I, do Novo Código de Processo Civil, o cheque é um título executivo extrajudicial. De acordo com a Lei nº 7.357/85, no artigo 33 c/c artigo 59 o cheque emitido se encontra prescrito por já ter se passado os 6 (seis) meses para prazo de apresentação de referido título extrajudicial, não cabendo sua cobrança através da ação de execução de título extrajudicial.
Contudo, o Novo Código de Processo Civil no seu artigo 700 e seguintes criou a Ação Monitória, passando a admitir que o autor reveja o pagamento de soma em dinheiro, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo. A prova escrita pode ser considerada qualquer documento que permita ao órgão judiciário deduzir a existência do direito reclamado.
Deste modo, é perfeitamente viável que o autor utilize da Ação Monitória para o recebimento da quantia devida, pois o título é prova escrita da dívida, cuja admissão é pacífica diante da redação da Súmula nº 299 do Superior Tribunal de Justiça, que afirma que  “é admissível a ação monitória fundada em cheque prescrito”. 
Ficando notada que a pretensão do autor está devidamente fundamentada nesta inicial, uma vez que apresentou o cheque prescrito devidamente assinado pelo réu.
DOS PEDIDOS
Por todo exposto, requer:
1) Que seja deferido o benefício da gratuidade de justiça com base no artigo 98 e seguintes do Novo Código de Processo Civil;
2) A citação do réu para que no prazo de 15 (quinze) dias pague, com a devida atualização do valor, a dívida nos termos do artigo 701 do Novo Código de Processo Civil; 
3) A total procedência do pedido do autor, uma vez evidente seu direito, com o pagamento do valor devido pelo réu acrescido da devida correção monetária e o pagamento de honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa nos termos do artigo 701 do Novo Código de Processo Civil;  
4) Constituir de pleno direito o título executivo judicial, independentemente de qualquer formalidade, se não realizado o pagamento e não apresentados os embargos previstos no art. 702;
5) Requer, ainda, a produção de todas os meios de prova em direito admitidas.
VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais).
Nestes termos,
Pede deferimento.
 São Luís/ MA, data.
 Advogado/ OAB.

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