Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
04/11/2020 1 ENTORSE DE TORNOZELO NO ATLETA 04/11/2020 2 INTRODUÇÃO • A entorse é um movimento violento, com estiramento ou ruptura de ligamentos de uma articulação. • A entorse de tornozelo é uma das lesões musculoesqueléticas frequentemente encontradas na população ativa, que geralmente envolve lesão dos ligamentos laterais. ETIOLOGIA • Ocorre com maior frequência nos atletas de futebol, basquete e vôlei, correspondendo a cerca de 10% a 15% de todas as lesões do esporte. • A entorse do tornozelo pode evoluir com complicações, com vários graus de limitação funcional. 04/11/2020 3 04/11/2020 4 MECANISMO DE LESÃO • A estabilidade lateral do tornozelo é dada pelo mecanismo contensor dos ligamentos talo- fibular anterior, posterior e talo-calcâneo, associada ao terço distal da fíbula. 04/11/2020 5 MECANISMO DE LESÃO • O mecanismo de lesão habitual é a inversão do pé com flexão plantar do tornozelo, numa intensidade além do normal, que acontece geralmente ao pisar em terreno irregular ou degrau. MECANISMO DE LESÃO • Este movimento anômalo proporciona uma lesão que se inicia no ligamento talo-fibular anterior e pode progredir para uma lesão do ligamento calcâneo-fibular, com o aumento da energia do trauma. • A lesão do ligamento talofibular posterior é rara, ocorrendo apenas na luxação franca do tornozelo 04/11/2020 6 CLASSIFICAÇÃO • Baseada no exame clínico da área afetada e divide a lesão em três tipos: – grau 1- estiramento ligamentar; – grau 2-lesão ligamentar parcial; – grau 3-lesão ligamentar total; 04/11/2020 7 QUADRO CLÍNICO • Dor, • Edema localizado na face ântero-lateral do tornozelo, • Equimose mais evidente após 48 horas • Dificuldade para deambular. • Quanto mais grave a lesão, mais evidentes ficam os sinais. • A associação destes sintomas com o teste da gaveta anterior positivo permite caracterizar uma lesão grau 3 em 96% dos casos. 04/11/2020 8 QUADRO CLÍNICO • Vasos sanguíneos rompem-se e ocorre a formação de edema. • A articulação torna- se instável, hipersensivel e dolorida na movimentação. • O grau de incapacidade e dor aumentam durante as primeiras 2 a 3h após a lesão, isso ocorre devido a tumefação e ao sangramento DIAGNÓSTICO • Clínico; • Avaliação – História do trauma – Cinemática do trauma • Exames complementares; – Exames de imagem; • Radiografia • Tomografia Computadorizada • Ressonância Nuclear Magnética 04/11/2020 9 DIAGNÓSTICO • A necessidade de exames complementares para entorse de tornozelo baseia-se na suspeita de fraturas associadas. • Das radiografias realizadas em doentes com lesão de tornozelo, 85% são normais. – Com intuito de evitar radiografias desnecessárias, foram criadas regras (regras de Ottawa para tornozelo) que indicam a realização de radiografias apenas quando houver dor em pontos ósseos específicos ou na impossibilidade do apoio de marcha (pelo menos quatro passos). • Esta regra mostrou sensibilidade de 99,7%, porém com especificidade variável (10% a 70%) DIAGNÓSTICO • A ressonância magnética pode ser indicada nos casos de persistência da dor após três meses da lesão inicial, com o objetivo de investigar lesões associadas, como osteocondral, do impacto ântero-lateral e identificar lesões ligamentares crônicas 04/11/2020 10 TRATAMENTO • O objetivo do tratamento da lesão ligamentar do tornozelo • É o retorno às atividades diárias (esporte/trabalho), • Remissão da dor, inchaço • Inexistência de instabilidade articular. 04/11/2020 11 TRATAMENTOS • Tratamento Medicamentoso • Tratamento Cirúrgico • Tratamento Fisioterapêutico TRATAMENTO MEDICAMENTOSO • Analgéscos; • AINH • O uso de antiinflamatórios não-hormonais mostrou diminuição da dor e edema, com melhora precoce da função articular 04/11/2020 12 TRATAMENTO CIRÚRGICO • O tratamento cirúrgico comparado ao tratamento conservador não mostrou superioridade no retorno precoce à atividade física, apenas parece evoluir com menor instabilidade residual. • O tratamento deve ser feito de forma individualizada, avaliando-se cuidadosamente os riscos, que são maiores no tratamento cirúrgico. 04/11/2020 13 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO • Enfaixamento funcional, • Protocolo PRICE - Aplicação local de gelo, elevação do membro afetado • Proteção articular com imobilizador. 04/11/2020 14 04/11/2020 15 04/11/2020 16 04/11/2020 17 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO 1. Processo inflamatório (reduzir ao máximo) P.R.I.C.E. USP 2. Trofismo muscular E.E.N.M. (FES/ corrente russa) 04/11/2020 18 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Fortalecimento Isometrico / isotonicos baseado no tempo de cicatrização tecidual Ganho de ADM diario ativo / passivo Fortalecimento em CCA / CCF enfatizando os IQT’s (são sinergistas do LCA) Evitar translação da tíbia durante os exercícios Manter verticalizada durante a CCF. Mais tarde (6 a 8 semanas) • Introduzir exercícios em CCA ativo para todoas os movimentos. TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Exercícios proprioceptivos a partir da semana 8 Evoluindo até a semana 10-12. Evitar qualquer exercício de salto unipodal ou rotação por +/- 4 - 5 meses, ou até adquirir força e perimetria adequada. Gestual esportivo após testes ambulatoriais: Cama elática , balancinho, desequilibrios unipodais... 04/11/2020 19 TREINO SENSÓRIO-MOTOR 8 - 16 SEMANAS TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO Treino Pliométrico e Gestual esportivo Critérios para a alta: Saltos verticais Saltos horizontais ADM funcional Perimetria adequada Força adequada Segurança mútua (atleta e fisioterapeuta) 04/11/2020 20 FIM
Compartilhar