Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM GESTÃO ESTRATÉGICA Fichamento de Estudo de Caso Luciano Dias da Silva Trabalho da disciplina GESTÃO DO CONHECIMENTO E DA INOVAÇÃO EMPRESARIAL Tutor: Prof. Andrea Quintella Bezerra Rio de Janeiro 2019 Estudo de Caso de Harvard: Ascensão e Queda da Nokia Referência: Juan Alcacer, Tarun Khanna, Christine Snively - 716-P06, 21 de fevereiro de 2014 Texto do Fichamento: O estudo de caso nos mostra a história entre a conquista da empresa Nokia no ramo de celulares até os desdobramentos suportados que quase culminou na falência da entidade, a empresa finlandesa de tecnologia e telecomunicações foi líder no mercado por mais de 15 anos. A história da empresa iniciou em 1865, primeiramente com atividades no segmento de madeiras, onde se tornou uma grande empresa, não apenas fabricando celulose, mas também com pneus, calçados, cabos e materiais elétricos. Iniciou-se na fabricação de telefones sem fios, atendendo inicialmente o governo, fabricava radiofones para carros, computadores e toda infraestrutura para redes de telefonia. Exatamente em 1992, a empresa focou sua fabricação nas telecomunicações e lançou o primeiro celular com tecnologia GSM, o famoso Nokia 1011. Em 1994 foi lançada a série 2100, que se revelou um sucesso nas vendas. A empresa inicialmente previa vender 400 mil unidades, mas as vendas atingiram 20 milhões, com isso, imediatamente a Nokia se tornou a líder mundial. A Nokia em 1999 lançou seu primeiro celular com acesso à Internet, o Nokia 7110, a câmara fotográfica veio com o primeiro aparelho Nokia 7650, em 2001, e no ano de 2002 veio o primeiro celular que permitiu captar vídeo, o Nokia 3650. Ainda em 2002 é lançado o primeiro celular com a tecnologia 3G, o Nokia 6650. A fabricação de celular assim como os demais produtos eletrônicos possui grande impacto no meio ambiente, além de extrair recursos naturais, a produção de celulares também gera substancias prejudiciais para o meio ambiente que podem impactar a vida. O descarte correto juntamente com a reciclagem de celulares pode diminuir a poluição do meio ambiente, reduzindo resíduos gerados nos diferentes processos produtivos. Toda essa visão ambiental se deu por conta das alianças estratégicas, a partir da fusão com várias empresas finlandesas e com ocupantes dos cargos de gestão com competência para fazê-la crescer. Assim foi à era do desenvolvimento da Nokia sob a liderança do engenheiro Kari Kairamo que ao tempo trabalhou para a expansão, manteve investimentos em pesquisa e desenvolvimento. Possuía uma postura ousada, evoluindo processos tradicionais. A empresa foi líder mundial e nenhuma empresa poderia contestar esse fato, mas infelizmente a falta de acompanhamento ao mercado tecnológico, que por sinal, tem sua mutação muito agressiva, fez com a empresa perdesse espaço para outros concorrentes. Nos anos 2000 começaram a surgir os sinais alarmantes para a empresa finlandesa, em 2004 começou a perder quota de mercado para os concorrentes, com uma declinada para 35%, mas é em 2007 acontece o evento marcante que viria a registraria o começo do fim do império da Nokia. A Apple lançou o primeiro iPhone e a partir disto a Nokia demonstrou seus resultados negativos, a empresa não conseguiu desenvolver um produto que pudesse competir em mercado com a Apple. Dentre os diversos motivos que originaram a queda da empresa, estava presente à conduta das pessoas que ocupavam cargos de gestão, que não se impacientaram para as evoluções ou até mesmo agiram com excesso de confiança, sem considerar o que estava acontecendo no mundo externo à empresa, cometeram erros nas decisões estratégicas em um período de inovação do mercado. Logo após a empresa ter perdido o posto de liderança nas vendas de smartphones para outras empresas em 2011, em 2012 também perdeu o posto em relação ao numero de celulares vendidos, além da baixa do lucro monetário também perdeu em quantitativos. Em varias contagens consecutivas a empresa contabilizou prejuízos, acumulando, desta forma, perdas de mais de 5 milhões de euros, o que acarretou em corte de pessoas e conduziram à forçosa venda da unidade de celulares, que representa atualmente cerca de metade das receitas, a outra parte das receitas é obtida com a unidade de equipamentos para telecomunicações, a Nokia Solutions and Networks, uma empresa com presença em Portugal e que foi em outros tempos uma parceria rescindida com a alemã Siemens. No momento em que o mercado já visualizava o fim da empresa, em setembro de 2013 uma nova história estreava e seria escrita para com muita determinação, voltar ao mercado de smartphones e ainda assim tentar competir com celulares Android e iOS. Uma das maiores empresas do mundo, a Microsoft, adquiriu toda a divisão mobile da parceira finlandesa pelo equivalente a quantia de R$ 17 bilhões. O que foi alterado é que a Nokia dou é que a foi agora submersa na Microsoft; passando assim a atuar como uma marca dentro de outra marca: assim como a divisão de fabricação, passou a ser toda da Microsoft. Mesmo com tudo para dar certo a parceria somente se manteve em pé por 18 meses, a absorção ficou desgastada pelo baixo desempenho no mercado, o nome da finlandesa começou a ser retirada dos aparelhos para deixar somente o nome do modelo Lumia, e a própria Microsoft desamparou a produção de novos modelos Windows Phone, que estava dentro dos aparelhos da Nokia. Após o termino da parceria a Nokia já não era do tamanho que era antes e o pouco que sobrou da empresa após a aquisição da Microsoft ficou bloqueada de comercializar celulares com a marca Nokia, isso durou dois anos, mas naquele instante ainda manteve alguns negócios ativos. A companhia de redes e infraestrutura Nokia Networks continuou a atuar e a fazer grandes parcerias com empresas de tecnologia, a Nokia Technologies nunca cessou o desenvolvimento de novos produtos. Em de maio de 2016 a Microsoft anunciou a liberação para a venda da divisão de celulares básicos oriundos da Nokia, a venda também agregaria a licença para utilizar a marca Nokia em novos celulares e dispositivos eletrônicos, à HMD Global, e as fábricas da antiga Nokia à FIH Mobile, uma subsidiária da Foxconn. Em simultâneo, a HMD Global, uma start-up finlandesa formada por antigos empregados da Nokia acertou com a empresa o direito de utilização da marca Nokia, bem como das suas patentes, em smartphones Android. Apesar da Nokia não ter conseguido acompanhar a cadência das evoluções tecnológicas que calhou na venda de sua divisão de smartphones para a Microsoft, se anulando dos aparelhos de gama mais baixa, a corporação nos dias atuais está se reinventando, com novas ideologias e produtos baseados na tecnologia, com outras finalidades mais atraentes, para usuários comuns e também para o meio empresarial. E como desde o início de sua história ocorreram alterações no ramo de negócio que deram certo, a empresa ainda aposta em novidades para alcançar novamente a liderança do mercado. Todas as empresas devem ter o foco de mercado, mas ao mesmo tempo não podem perder a visão de futuro, o meio tecnológico é um ambiente em mutação diária, o tempo para muito rápido quando se perde a conexão com a inovação. 1
Compartilhar