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84 Unidade IV Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 Unidade IV 5 10 15 20 7 MONITORAÇÃO AMBIENTAL 7.1 Monitoração ambiental: conceito e importância Aqui, veremos o conceito e a importância da monitoração ambiental para as organizações, e, adiante, veremos quais quesitos devem ser atendidos para que se considere a monitoração ambiental excelente. A monitoração ambiental pode ser conceituada como o levantamento de informações provenientes do ambiente com o qual a organização interage: clientes, concorrentes, governos, sociedades, mudanças culturais, tecnológicas etc. Moura (1999, p. 31) denomina-a de informação ambiental e a considera um recurso estratégico de grande importância, na medida em que permite à empresa definir a direção a ser seguida, o mercado-foco de atuação, o modo como a empresa deve se relacionar com o mercado, os desejos dos clientes, as ações da concorrência, as restrições impostas pelos governos (federal, estadual e municipal) e as pressões da sociedade, entre outros. E acrescenta que este tipo de informação é o insumo do processo de planejamento estratégico e a base para definição da estratégia de negócio dos objetivos empresariais e das políticas e diretrizes a serem seguidas. Zaccarelli (1996) considera que uma organização deve: • fazer a monitoração da estratégia de posicionamento, isto é, a busca e a seleção de informações, geralmente 85 Gestão das Informações Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 não espontâneas, referentes às ações e às reações dos concorrentes no que concerne aos assuntos pertinentes às subestratégias de posicionamento; • fazer a monitoração da estratégia competitiva, isto é, deve ocupar-se da busca e da seleção de informações, geralmente não espontâneas, referentes às ações e às reações dos concorrentes no que concerne aos assuntos pertinentes às estratégias competitivas; • fazer a monitoração da qualidade do negócio, isto é, a busca e a seleção de informações não espontâneas, referentes às ações e reações dos concorrentes no que concerne aos assuntos pertinentes à qualidade do negócio. 7.2 Monitoração da estratégia de posicionamento A estratégia de posicionamento tem por objetivo a busca de qualquer diferença na atuação na cadeia de valor que resulte em maior participação na distribuição do valor adicionado pela cadeia de valor. A organização, por meio da estratégia de posicionamento, muda sua relação com as demais empresas do negócio. Pertence ao escopo da estratégia de posicionamento tudo aquilo que dentro do mesmo negócio afete oponentes ou concorrentes: Concorrente é toda e qualquer empresa que dispute o mesmo consumidor ou o mesmo segmento de mercado numa cadeia de fornecimento. Oponente é toda empresa que opera na mesma cadeia de fornecimento, não disputando, porém, o mesmo consumidor. 5 10 15 20 25 86 Unidade IV Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 O diferencial mercadológico ou de posicionamento marca o modo de ação da organização na cadeia de valor e, portanto, não é geralmente percebida pelos clientes. A estratégia de posição (ou estratégia de participação na cadeia de valor) é relevante e exige a indispensável participação da alta administração. Mas a estratégia de posição só tem sentido se ela contribuir para qualquer vantagem competitiva. Em outras palavras: estratégia de posicionamento é a forma distinta, em relação aos concorrentes, de uma empresa ocupar determinado segmento de mercado, com vistas a facilitar vantagem competitiva. A monitoração da estratégia de posicionamento requer o domínio de alguns conceitos, conforme veremos a seguir. Cadeia de fornecimento A cadeia de fornecimento é o conjunto de empresas ligadas pela sucessão ou seriação de produtos ou serviços, em que os produtos produzidos por uma empresa são insumos da empresa seguinte na cadeia. Na cadeia de fornecimento (ou cadeia de valor), os produtos vão se transformando, ganhando valor maior. Importa levar em conta a posição que a empresa ocupa dentro da cadeia, em especial quanto à distribuição de lucros. Esta é uma informação valiosa que o sistema de informações necessita disponibilizar. A figura 17 mostra como o valor pago pelo consumidor, (neste exemplo $ 30) representa sempre o total de salários, lucros e impostos. Se (do ponto de vista das empresas) se denominar de custos adicionados as somas de salários e impostos, a diferença constitui os lucros das empresas na cadeia. Como tais lucros estão distribuídos? Essa é uma importante questão que a monitoração da estratégia de posicionamento deve responder. 5 10 15 20 25 30 87 Gestão das Informações Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 Produtor de matéria-prima Produtor Intermediário transportador Atacadista Varejista Consumidor Acréscimo de custos $1 $4 $2 $2 $4 Soma dos custos adicionado $ 13 Preço de venda ao consumidor $ 30 ------------- $ 17 - Deve ser a soma dos lucros Fonte: Zaccarelli (1996). Observar que uma mudança na estratégia de posicionamento pode implicar ampliar as atividades, ficando com os custos e lucros decorrentes da nova estratégia. O produtor pode passar a ser também intermediário transportador, passando a entregar seu produto ao atacadista; o atacadista pode passar a fazer a função do varejista, entregando diretamente os produtos ao consumidor. O exemplo da figura 18 mostra o posicionamento de um produtor de leite na cadeia de fornecimento para o leite. Figura 18: Cadeia de suprimento para o leite. ConsumidoresVarejo Feiras Indústria de derivados do leite Grande empresa de leite Produtor de queijos Produtor de leite Esterco Novilhas Bezerros e Vacas Cadeia de fornecimento para o leite Fonte: Zaccarelli (1996). 5 10 88 Unidade IV Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 O produtor de leite pode modificar a sua estratégia de posicionamento vendendo diretamente para produtor de queijos e para a indústria de derivados do leite. Para entender a estratégia de posicionamento, é preciso levar em conta, também, o conceito de negócio-padrão: estrutura de negócio típica ou dominante de um grupo de empresas ou de uma determinada indústria. Daqui se deriva o conceito de negócio subpadrão: estrutura de negócio de um pequeno grupo de empresas de uma determinada indústria que difere do negócio-padrão em um ou mais aspectos. Pela estratégia de posicionamento, a empresa foge das condições-padrão do negócio. No exemplo acima, no negócio- padrão, o produtor de leite vende para uma grande empresa de leite. Se o produtor de leite, em vez de vender para a grandeempresa, vender diretamente para o varejo, melhora a sua posição na cadeia – e sai das condições-padrão. Esta mudança afeta, sobretudo seu oponente – a grande empresa de leite. Zaccarelli (1996) afirma que o “oponente é o intermediário que deixou de ser servido”. É possível que tal oponente retalie. Observe-se que o consumidor não reconhece esta “guerra”. As modificações na cadeia de posicionamento podem representar integração de insumos/produtos que são de dois tipos: vertical e horizontal. A integração vertical consiste na compra de empresas fornecedoras ou empresas clientes. O objetivo dessa integração não é o de reduzir custos – embora isso possa ocorrer – mas o de obter regularidade, isto é, melhorar a qualidade do negócio. A integração vertical é toda aquela que envolve a aquisição (ou abertura) de empresa compradora ou fornecedora de insumos/produtos. Exemplo disso: fábrica de blocos que adquire fábrica de cimento, uma pedreira e uma mina de areia. 5 10 15 20 25 30 89 Gestão das Informações Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 A integração horizontal consiste na ampliação das atividades dentro do mesmo ramo. Por exemplo: empresa varejista de material de construção que vende areia, cal e cimento e adquire uma outra que vende pedras e uma outra que vende materiais diversos. Um outro conceito a ter em conta é o de cluster. Porter conceitua cluster como um conjunto de muitas empresas do mesmo tipo, caracterizado por atender total ou parcialmente dez condições: 1. concentração geográfica; 2. vários tipos de empresas e instituições de apoio na região; 3. alta especialização; 4. cooperação entre empresas e seus fornecedores; 5. aproveitamento de subprodutos; 6. reciclagem de materiais; 8. intensa disputa; 9. administração dinâmica e moderna; 10. defasagem tecnológica uniforme. Zaccarelli (1996, p. 98) aponta que a maioria dos tipos de empresas forma cluster e vão, então, ocorrer duas competições de tipos diferentes, porque são baseadas em diferentes vantagens competitivas: A. a competição dentro do cluster entre suas empresas; B. a competição das empresas do cluster com empresas de fora dele. O monitoramento da estratégia de posicionamento é um subconjunto da monitoração do ambiente empresarial e se ocupa da busca e da seleção de informações não espontâneas referentes às ações e reações dos concorrentes no que concerne 5 10 15 20 25 90 Unidade IV Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 aos assuntos pertinentes à estratégia de posicionamento, incluindo informações sobre: 1. alianças estratégicas; 2. integrações verticais; 3. integrações horizontais; 4. adaptação; 5. cooperação; 6. imitação; 7. reação; 8. controle da cadeia de suprimentos; 9. despistamento; 10. agressão. 7.3 Monitoração da estratégia competitiva A estratégia competitiva tem por objetivo obter uma posição competitiva melhor do que os concorrentes junto aos consumidores, isto é, melhorar a situação da empresa, em um determinado momento, em relação a seus concorrentes, decorrente da análise do perfil competitivo. Os conceitos mínimos associados à estratégia competitiva já foram formulados em capítulos anteriores. Ao analisar a estratégia competitiva, a alta administração deve considerar alguns elementos, tais como: • perfil competitivo, que é o conjunto dos fatores de competitividade de uma empresa e que sintetiza sua posição competitiva; • segmento do mercado, que é a parte do mercado em que se realiza o conjunto das relações de demanda e 5 10 15 20 25 91 Gestão das Informações Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 oferta de um conjunto determinado de produtos ou de serviços. Observar que enquanto na de posicionamento os termos dominantes são negócio e concorrentes, na estratégia competitiva são mercado e consumidores. A monitoração da estratégia competitiva requer a busca e a seleção de informações não espontâneas referentes às ações e reações dos concorrentes no que concerne aos assuntos pertinentes às estratégias competitivas, em especial ao estudo do perfil competitivo da própria empresa e dos perfis dos concorrentes. Zaccarelli (1996, p. 87) afirma que um perfil competitivo pode conter meia centena de fatores de competitividade, mas aproximadamente vinte fatores podem contribuir para as vantagens competitivas, e ilustra o conceito de perfil competitivo com um exemplo de uma pizzaria que considera: 1. atendimento dos garçons; 2. demora do pedido; 3. qualidade da pizza; 4. ambiente; 5. variedade do cardápio; 6. conservação e limpeza; 7. localização; 8. estacionamento; 9. preço. Cabe ao sistema de informações a obtenção e constante atualização dos perfis competitivos (da própria empresa e dos principais concorrentes) de forma a poder subsidiar a tomada de decisões da alta administração. 5 10 15 20 25 92 Unidade IV Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 Kin e Mauborgne (2000) fazem uso do perfil competitivo para ilustrar a busca de um novo valor por um hotel, usando os seguintes elementos do produto ou serviço: 1. instalações de alimentação; 2. estética arquitetônica; 3. saguões; 4. tamanho dos quartos; 5. disponibilidade dos recepcionistas; 6. mobília e amenidade nos quartos; 7. qualidade da cama; 8. higiene; 9. silêncio do quarto; 10. preço. O perfil competitivo da própria empresa e das empresas concorrentes, geralmente, tem a forma mostrada na figura 19. Figura 19: Exemplo de perfil competitivo ou curva de valor. São listados os elementos do produto/serviço que podem produzir vantagem competitiva. Perfil competitivo Elementos do produto/serviço 1 2 3 4 5 Instalações de alimentação Estética arquitetônica Saguões Tamanho dos quartos Disponibilidade dos recepcionistas Mobília a amenidades nos quartos Qualidade da cama Higiene Silêncio do quarto Preço Legenda Accor: Formule 1 Média dos hotéis duas estrelas Fonte: Kim; Mauborgne (adaptado). 5 10 15 93 Gestão das Informações Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 7.4 Monitoração da qualidade do negócio A qualidade do negócio é nível da potencialidade de sucesso ou de insucesso de uma empresa, determinado pela análise estrutural da indústria, de forma a qualificar o negócio numa escala cujos pontos terminais são definidos por mau negócio e bom negócio. Porter (1991) identificou cinco forças determinantes, cuja atuação, em conjunto, resulta em uma mesma base para o nível de lucratividade (baixa, média ou alta) das empresas no negócio. Um negócio ideal seria aquele que apresentasse: 1. altas barreiras para a entrada; 2. inexistência de barreiras paraa saída; 3. pequeno grau de rivalidade; 4. inexistência de produtos substitutos; 5. maior poder de negociação que os clientes e fornecedores. À análise para verificar a “qualidade de um negócio”, Porter deu o nome de Análise Estrutural da Indústria. Esta análise é um procedimento destinado a diagnosticar a qualidade de um negócio, com base em cinco forças determinantes que mensuram os componentes de sucesso e de insucesso de um negócio de uma empresa e dos seus concorrentes. O benefício da análise é conhecer quais são os componentes do sucesso ou insucesso do nosso negócio, a empresa e para todos os concorrentes. Borgatti Neto (2000, p. 43) chama atenção para o fato de que a análise das cinco forças deve ser independente de fatores de curto prazo, e, para tal, devem ser analisadas em profundidade as causas de cada força. 5 10 15 20 25 94 Unidade IV Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 Para se fazer cuidadosamente uma análise estrutural do negócio, deve-se avaliar os possíveis componentes de cada uma das cinco forças ou determinantes do sucesso (ou insucesso) do negócio. O sistema de informações, para possibilitar a análise ambiental quanto à qualidade do negócio, deve prover um conjunto de informações que podem ser estruturadas em torno de cada uma das cinco forças apontadas por Porter. O conceito de negócio está intimamente relacionado com a indústria em que tal negócio se situa. Um bom negócio possibilita que todas as empresas que estejam nele sejam bem-sucedidas. Existe uma tendência para que todas as empresas de um negócio tenham o mesmo nível de sucesso. Todas as cervejarias de um país, todas as franquias de fast-food, todas as editoras de livros etc. têm lucratividade semelhante entre si. Isso indica que existem determinantes para o sucesso (ou insucesso) que são comuns a todas as empresas do negócio ou ramo industrial. Eles afetam simultaneamente todas as empresas de um mesmo negócio. Não se pretende discutir aqui a análise da qualidade do negócio, mas apenas apontar os inúmeros indicadores pertinentes à mesma e que o sistema de informações deve continuamente prover. A monitoração da qualidade dos negócios, nas quais a empresa opera ou nos quais pretende entrar, requer informações quanto a: • barreiras (de entrada e de saída); • grau de rivalidade; • produtos substitutos; • poder de negociação (com clientes e com fornecedores). Barreiras Barreiras são dificuldades que qualquer empresa encontra para o ingresso ou para a saída de uma determinada indústria. 5 10 15 20 25 30 95 Gestão das Informações Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 A existência de barreiras para a entrada dificulta o surgimento de novos competidores para dividir o mercado, e, portanto, torna o “negócio bom”. A inexistência de barreiras para a saída, especialmente nos momentos de crise, facilita o fechamento de empresas, deixando as remanescentes com a maior fatia do mercado. O fechamento de um concorrente facilita a sobrevivência e o sucesso das empresas que resistiram às dificuldades do mercado. Importância das barreiras As barreiras de entrada têm uma importância alternativa em relação às de saída, já que as primeiras são mais importantes num mercado em crescimento, e as últimas são decisivas num mercado em crise (Zaccarelli, 1996). Barreiras de entrada são as dificuldades para o ingresso de empresas em uma determinada indústria; são algumas delas: • tamanho mínimo do empreendimento; • sofisticação tecnológica; • identidade da marca; • reputação da empresa; • complexidade da distribuição; • fontes de insumos; • normas governamentais; • retaliação esperada; • dificuldades para os clientes mudarem de fornecedor. Barreiras de saída são as dificuldades para o encerramento da empresa em uma determinada indústria, tais como: • número de concorrentes no mercado; 5 10 15 20 25 96 Unidade IV Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 • recuperação de investimentos; • despesas com fechamento; • restrições legais e sociais; • inter-relações estratégicas; • barreiras emocionais; • alternativas de outros negócios. Rivalidade É mais difícil ter sucesso quando os concorrentes disputam palmo a palmo sua posição no mercado atual e futuro. O grau de rivalidade é determinado, principalmente, pelas características da indústria, e, em menor grau, pela personalidade dos executivos (Zaccarelli, 1996). A rivalidade praticamente não envolve “fatores pessoais” dos executivos que comandam as organizações. São os seguintes os fatores da rivalidade: Fatores impessoais: 1. concorrentes todos equilibrados; 2. taxa de crescimento do negócio; 3. custos fixos relativos; 4. excesso crônico de capacidade instalada para o mercado; 5. diferenciação de produto ou marca; 6. módulo de acréscimo da capacidade. Fatores pessoais: 7. prestígio das pessoas. 5 10 15 20 97 Gestão das Informações Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 Produtos/Serviços substitutos O negócio ideal não possui produtos/serviços substitutos, que diminuem o tamanho e a natureza do mercado, dando outras opções aos clientes. Um bom produto/serviço substituto pode significar a extinção de todas as empresas que não se adaptarem no devido prazo. São fatores de substituição: 1. preço relativo / benefício relativo; 2. custo da mudança; 3. confiabilidade do substituto; 4. propensões emotivas. Poder de negociação Um maior poder de negociação que os clientes resulta em bons preços de venda. Um maior poder de negociação que os fornecedores resulta em bons preços de compra (Zaccarelli, 1996). Se as empresas de uma indústria não tiverem maior poder de negociação na cadeia de suprimentos, o lucro que poderiam gerar por sua atividade vai ser transferido para os clientes ou para os fornecedores, ou para ambos. São fontes de poder de negociação na compra e na venda: 1. alternativas para fornecer (para comprar); 2. volume relativo; 3. perecibilidade; 4. custos de estocagem; 5. custos de mudança de fornecedor (ou cliente); 6. disposição para negociar; 5 10 15 20 25 98 Unidade IV Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 7. possibilidade de “blefe”; 8. margem de negociação na cadeia de valor. 7.5 Gestão da monitoração ambiental Para que a monitoração ambiental, numa organização, seja considerada excelente, ela deve responder adequadamente e em níveis elevados ao seguinte conjunto de questões: A. Quanto à arquitetura e implementação da monitoração ambiental: • Como são determinadas as necessidades das informações referentes às estratégias competitiva, de posicionamento e à qualidade do negócio?• Quais são os critérios de seleção e os métodos de obtenção das informações referentes às estratégias competitiva, de posicionamento e à qualidade do negócio? • Como as informações referentes às estratégias competitiva, de posicionamento e à qualidade do negócio são utilizadas no planejamento estratégico (construção da visão de longo alcance)? • Como são os procedimentos e quais as tecnologias utilizadas para satisfazer as necessidades dos usuários das informações referentes às estratégias competitiva, de posicionamento e à qualidade do negócio, no que se refere à confidencialidade, à integridade, à disponibilidade e ao nível de atualização? B. Quanto ao ciclo de controle da monitoração ambiental: • Quais são os principais padrões de desempenho adotados nos processos de informações referentes às estratégias competitiva, de posicionamento e à qualidade do negócio? 5 10 15 20 25 99 Gestão das Informações Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 • Quais são os métodos de medição e análise do desempenho dos processos de informações referentes às estratégias competitiva, de posicionamento e à qualidade do negócio? • Quais são os indicadores de desempenho, a frequência e os responsáveis pelas informações referentes às estratégias competitiva, de posicionamento e à qualidade do negócio? • Como é assegurada a integridade das informações obtidas? C. Quanto ao ciclo de aprendizado da monitoração ambiental: • Como é feita a avaliação das práticas e dos padrões de desempenho de informações referentes às estratégias competitiva, de posicionamento e à qualidade do negócio? Quais os indicadores de desempenho e/ou outras informações qualitativas, a frequência e os responsáveis pela avaliação das informações referentes às estratégias competitiva, de posicionamento e à qualidade do negócio? • Quais foram as principais ações de melhoria e inovações introduzidas em decorrência das avaliações e do uso de informações referentes às estratégias competitiva, de posicionamento e à qualidade do negócio? A monitoração ambiental pode ser conceituada como o levantamento de informações provenientes do ambiente com o qual a organização interage: clientes, concorrentes, governos, sociedades, mudanças culturais, tecnológicas. Zaccarelli (1996) considera que uma organização deve fazer a monitoração da estratégia de posicionamento, da estratégia competitiva e da qualidade do negócio. 5 10 15 20 25 30 100 Unidade IV Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 O monitoramento da estratégia de posicionamento ocupa- se da busca e da seleção de informações não espontâneas referentes às ações e reações dos concorrentes no que concerne aos assuntos pertinentes à estratégia de posicionamento, incluindo informações sobre: 1. alianças estratégicas; 2. integrações verticais; 3. integrações horizontais; 4. adaptação; 5. cooperação; 6. imitação; 7. reação; 8. controle da cadeia de suprimentos; 9. despistamento; 10. agressão. A monitoração da estratégia competitiva requer a busca e a seleção de informações não espontâneas referentes às ações e reações dos concorrentes no que concerne aos assuntos pertinentes às estratégias competitivas, em especial ao estudo do perfil competitivo da própria empresa e dos perfis dos concorrentes. A monitoração da qualidade dos negócios, nas quais a empresa opera ou nos quais pretende entrar, requer informações quanto a: 1. barreiras (de entrada e de saída); 2. grau de rivalidade; 3. produtos substitutos; 4. poder de negociação (com clientes e com fornecedores). 5 10 15 20 25 101 Gestão das Informações Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 8 ANÁLISE CRÍTICA DO DESEMPENHO GLOBAL 8.1 Análise crítica do desempenho global da organização A análise crítica do desempenho global é fazer uma abordagem preliminar a conjuntos de indicadores. Este subcritério considera a análise do desempenho global da organização, e não o acompanhamento das atividades, processos e sistemas rotineiros. As análises do desempenho dos processos relativos ao produto, de apoio e de gestão não fazem parte do escopo do presente subcritério. Este subcritério ocupa-se da forma como é analisado criticamente o desempenho global da organização, isto é, a avaliação do progresso em relação às estratégias, planos e metas, apoiar a tomada de decisão e permitir a correção de rumos e a identificação de oportunidades para melhoria ou inovação. Para que a análise crítica do desempenho global da organização seja considerada excelente, ela deve responder adequadamente e em níveis elevados ao seguinte conjunto de questões: A. Quanto à arquitetura e implementação da análise crítica do desempenho global da organização: • Como é analisado criticamente o desempenho global da organização em relação às estratégias, aos objetivos e aos planos? • Quais são os indicadores de desempenho, as informações qualitativas, as informações comparativas e/ou as variáveis do ambiente externo que fazem parte da análise crítica do desempenho global? 5 10 15 20 25 102 Unidade IV Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 • Como os fatores que afetam o desempenho global são investigados? • Como são elaborados os planos de ações corretivas e preventivas? Como as conclusões da análise do desempenho global, incluindo-se os planos de ação e de melhoria, são comunicados às partes interessadas? • Como pode ser evidenciado o grau de aplicação dos principais processos da análise crítica do desempenho? • Quais são os principais padrões de desempenho adotados nos processos referentes à análise de desempenho global da organização? B. Quanto ao ciclo de controle da análise crítica do desempenho global da organização: • Quais são os métodos de medição e análise do desempenho dos processos referentes à análise crítica do desempenho? • Quais são os indicadores de desempenho, a frequência e os responsáveis pela medição e pela análise? Quais foram as principais ações corretivas e preventivas implementadas em decorrência das análises do desempenho? C. Quanto ao ciclo de aprendizado da análise crítica do desempenho global da organização: • Como é feita a avaliação das práticas e dos padrões de desempenho referentes ao ciclo de aprendizado? • Quais foram as principais ações de melhoria e inovações introduzidas em decorrência das avaliações e do uso de informações comparativas pertinentes? 5 10 15 20 25 103 Gestão das Informações Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 8.2 Resultados da organização No PNQ, o critério Resultados da Organização examina a evolução do desempenho da organização em relação à situaçãofinanceira, aos clientes, à sociedade, aos processos, aos fornecedores, às pessoas e ao ambiente organizacional. Isto é: o critério, na sua essência, verifica se a organização produziu resultados. Tal observação é feita por meio da evolução de indicadores. O sistema de informações não cuida intrinsecamente da análise dos resultados da organização, mas sim de prover métodos, dados e informações que possibilitem a análise crítica do desempenho da organização. Nesta seção, vamos abordar os tipos de indicadores que uma organização deve ter e que devem ser, portanto, de interesse do sistema de informações. Considerando que a maioria das organizações possui fins lucrativos, indicadores pertinentes aos resultados econômicos são abordados aqui. 8.2.1 Resultados financeiros O sistema de informações deve prover os resultados dos principais indicadores de desempenho relativos à situação financeira da organização, incluindo as metas estabelecidas e as informações comparativas pertinentes. Caso a organização possua duas ou mais unidades, o sistema de informações deve considerar cada unidade separadamente e o conjunto de todas, consolidando os resultados. No caso de unidade autônoma, cuja apresentação dos resultados financeiros é feita somente no nível corporativo, a sua contribuição individual para o resultado da corporação deve ser demonstrada. O sistema de informações deve prover indicadores direcionadores, tais como: margem bruta e geração de caixa 5 10 15 20 25 104 Unidade IV Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 e os indicadores resultantes, tais como rentabilidade sobre o patrimônio líquido, Valor Econômico Agregado (EVA), liquidez corrente e crescimento da receita. 8.2.2 Resultados relativos aos clientes e à sociedade O sistema de informações deve considerar indicadores referentes aos resultados relativos aos clientes, aos mercados e à sociedade, incluindo as metas estabelecidas e as informações comparativas pertinentes. Especialmente, devem ser considerados os seguintes tópicos: A. Resultados relativos aos clientes e aos mercados Os indicadores relativos aos clientes e aos mercados devem possibilitar que se estabeleçam os níveis correntes e as tendências dos principais indicadores relativos aos clientes e aos mercados, incluindo os indicadores resultantes e direcionadores, as metas estabelecidas, as informações comparativas pertinentes e os indicadores utilizados para avaliar as práticas de gestão e os padrões de desempenho. Os relatórios podem ser estratificados por resultados por grupos de clientes, segmentos de mercado e/ou tipos de produtos. Tais indicadores devem permitir que seja possível explicar resumidamente os resultados dos indicadores apresentados, esclarecendo as eventuais tendências adversas, as falhas na obtenção das metas e os níveis de desempenho abaixo dos referenciais escolhidos. Desta forma, devem ser incluídos, neste item, no que se refere aos clientes e aos mercados, os indicadores direcionadores, tais como reclamações, devoluções, valor relativo do produto, número de clientes visitados e número de inserções na mídia e os indicadores resultantes, tais como participação no mercado, imagem, conhecimento da marca, fidelidade dos clientes, insatisfação do cliente e satisfação dos clientes. 5 10 15 20 25 30 105 Gestão das Informações Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 B. Resultados relativos à sociedade Os indicadores relativos à sociedade devem permitir estabelecer os níveis correntes e as tendências de parâmetros referentes à sociedade, incluindo os indicadores resultantes e direcionadores, as metas estabelecidas, as informações comparativas pertinentes e os indicadores utilizados para avaliar as práticas de gestão e os padrões de desempenho. Tais indicadores devem permitir que sejam explicados resumidamente os resultados apresentados e esclarecidas eventuais tendências adversas, as falhas na obtenção das metas e os níveis de desempenho abaixo dos referenciais escolhidos. No que se refere à sociedade, devem ser incluídos os indicadores direcionadores, tais como investimento em atividades sociais, investimento em gestão ambiental e passivo ambiental e os indicadores resultantes, tais como imagem pública, custo ambiental e custo social. 8.2.3 Resultados relativos aos processos e fornecedores Os indicadores relativos aos processos e aos fornecedores devem permitir a análise dos desempenhos relativos aos produtos, aos processos e aos fornecedores, incluindo as metas estabelecidas e as informações comparativas pertinentes, devendo conter, pelo menos, os seguintes tópicos: A. Resultados relativos aos produtos e aos processos Indicadores capazes de proporcionar uma análise dos níveis atuais e as tendências dos produtos e dos processos, incluindo os indicadores resultantes e direcionadores, as metas estabelecidas, as informações comparativas pertinentes e os indicadores utilizados para avaliar as práticas de gestão e os padrões de desempenho. 5 10 15 20 25 30 106 Unidade IV Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 Tais indicadores devem possibilitar que se explique resumidamente os resultados dos indicadores apresentados, esclarecendo as eventuais tendências adversas, as falhas na obtenção das metas e os níveis de desempenho abaixo dos referenciais escolhidos. Devem ser apresentados indicadores que se refiram aos resultados dos produtos, aos processos relativos ao produto e aos processos de apoio, incluindo os indicadores direcionadores, tais como conformidade de projeto, geração de ideias de novos produtos, homologação de novos produtos, conformidade dos processos, desperdício e flexibilidade e os indicadores resultantes, tais como conformidade dos produtos, confiabilidade, tempo para recuperar o investimento em novos produtos e receita proveniente de novos produtos. B. Resultados relativos aos fornecedores Os indicadores referentes aos fornecedores devem permitir estabelecer os níveis atuais e as tendências relativos aos fornecedores, incluindo os indicadores resultantes e direcionadores, as metas estabelecidas, as informações comparativas pertinentes e os indicadores utilizados para avaliar as práticas de gestão e os padrões de desempenho. Tal conjunto de indicadores deve possibilitar que se explique resumidamente os resultados apresentados, esclarecendo as eventuais tendências adversas, as falhas na obtenção das metas e os níveis de desempenho abaixo dos referenciais escolhidos. No que se refere aos processos relativos aos fornecedores, devem ser incluídos os indicadores direcionadores, tais como eficácia do sistema de avaliação de fornecedores e relacionamento com fornecedores e os indicadores resultantes, tais como qualidade dos produtos e serviços fornecidos e produtividade das aquisições. 5 10 15 20 25 30 107 Gestão das Informações Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 8.2.4Resultados relativos às pessoas e ao ambiente organizacional Os indicadores relativos às pessoas e ao ambiente organizacional devem permitir a análise de desempenho relativo às pessoas e ao ambiente organizacional, incluindo as metas estabelecidas e as informações comparativas pertinentes. Os seguintes tópicos devem ser considerados: A. Resultados relativos às pessoas Indicadores capazes de estabelecerem os níveis atuais e as tendências relativas às pessoas, incluindo os indicadores resultantes e direcionadores, as metas estabelecidas, as informações comparativas pertinentes e os indicadores utilizados para avaliar as práticas de gestão e os padrões de desempenho. Os indicadores devem permitir que se explique resumidamente os resultados apresentados, esclarecendo as eventuais tendências adversas, as falhas na obtenção das metas e os níveis de desempenho abaixo dos referenciais escolhidos. Devem ser considerados indicadores direcionadores, tais como eficácia do treinamento, volume de treinamento, avanço na carreira, segurança no trabalho e rotatividade e os indicadores resultantes, tais como satisfação das pessoas, competências do pessoal e nível de retenção de talentos. B. Resultados relativos ao ambiente organizacional O conjunto de indicadores referentes ao ambiente organizacional deve permitir que se estabeleçam os níveis atuais e as tendências relativas ao ambiente organizacional, incluindo os indicadores resultantes e direcionadores, as metas estabelecidas, as informações comparativas pertinentes e os 5 10 15 20 25 108 Unidade IV Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 indicadores utilizados para avaliar as práticas de gestão e os padrões de desempenho. Tais indicadores devem possibilitar que se explique os resultados dos indicadores apresentados, esclarecendo as eventuais tendências adversas, as falhas na obtenção das metas e os níveis de desempenho abaixo dos referenciais escolhidos. No que se refere ao ambiente organizacional, devem ser incluídos os indicadores direcionadores, tais como habilidade dos líderes e os indicadores resultantes, como satisfação com a liderança e grau de implementação das estratégias. 8.3 Sistema de indicadores “Embora o sistema de informações deve prover indicadores”, Muscat (1994) afirma que é preciso identificar quais são as medidas mais importantes a serem feitas. E isso depende de objetivos e metas. E continua: E, como objetivos e metas mudam no tempo, pode ser necessário redefinir o conjunto de indicadores quando o contexto de operação se altera. Em síntese, cada empresa terá que realizar as medidas mais adequadas à sua situação e à sua visão de futuro. Para projetar um sistema de indicadores, Muscat (1994) recomenda as seguintes etapas: 1. Conhecer os objetivos que a empresa pretende atingir em certo prazo, como lucro e fatia do mercado. 2. Conhecer a estratégia competitiva (definida após o estudo do ambiente competitivo, da análise das competências existentes na organização e tendo em consideração o estilo empresarial. 5 10 15 20 25 109 Gestão das Informações Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 3. Fixar as características fundamentais que o produto da empresa deve apresentar para ter sucesso na competição com outros produtos. 4. Definir os fatores críticos de sucesso − os aspectos em que a empresa deverá, necessariamente, ter bom resultado para que a estratégia competitiva seja eficaz. 5. Identificar as variáveis que permitam medir os resultados em termos de fatores críticos do sucesso (tais variáveis constituem os indicadores básicos para a organização). 6. Os indicadores básicos são, em seguida, desdobrados para serem considerados pela organização toda de forma alinhada (após esta fase, estará projetado o sistema). Um projeto realizado para projetar e implantar o sistema de indicadores, conforme Muscat, pode ser visto na figura 20. Cabe observar que um sistema de indicadores coerente deriva dos objetivos que a organização pretende atingir − e tais objetivos, a longo prazo, são expressos adequadamente pela visão de futuro. Não há, portanto, como projetar um sistema de indicadores coerente se não se souber derivar os mesmos da visão de futuro. Infelizmente, a visão de futuro nem sempre é, em muitas organizações, expressa de forma quantitativa ou num formato que se aproxime de um perfil organizacional. Assim, é vital que o administrador do sistema de informações ou responsável pela gestão do conhecimento estruture a visão do futuro da organização de forma adequada e dela poder derivar e construir o adequado sistema de indicadores. 5 10 15 20 25 110 Unidade IV Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 Figura 20: Etapas principais requeridas para a implantação de um sistema de indicadores Objetos a atingir Estratégia competitiva Fatores críticos de sucesso Desdobramento dos indicadores Variáveis a medir (indicadores básicos) Sistema de indicadores gerenciais Estilo empresarial Características da empresa e seu ambiente Competências existentes Ambiente competitivo Fonte: Muscat, 1994 (adaptado). Foram apresentadas algumas características associadas à análise crítica do desempenho global da organização, ressaltando-se que o sistema de informações não cuida intrinsecamente da análise dos resultados da organização, mas sim de prover métodos, dados e informações que possibilitem a análise crítica do desempenho da organização. Desta forma, o sistema de informações deve produzir indicadores que permitam a análise dos resultados da organização. Tais indicadores são relativos: a. à satisfação dos clientes e do mercado; b. aos resultados financeiros; c. às pessoas; d. aos fornecedores; e. aos produtos e aos processos organizacionais. 5 10 15 111 Gestão das Informações Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 O projeto de um sistema de indicadores leva em conta um conjunto de etapas que se iniciam com a visão de futuro da organização. 9 CONCLUSÃO A Gestão das Informações opera e é importante na medida em que cuida de um dos elementos mais importantes de uma estrutura de negócio: a informação e sua gestão, seu processo de transformação que agrega valor, adiciona valor e contribui não só para a existência e evolução da empresa, bem como sua manutenção em vantagem competitiva no mercado, este extremamente agressivo. A cultura da informação tem sua importância e influencia em uma empresa mais moderna e adequada, em que a cultura da informação, de uma forma simplificada, é o modo como as pessoas utilizam a informação – informação esta difundida por tecnologia. As redes de computadores e os recursos de multimídia possibilitam a partilha da informação, mas, importante: não garantem o uso inteligente da informação. Encontramos aí o papel do administrador de sistemas de informação, como o principal elemento para desvendar a culturae os aspectos importantes para a sistematização e informatização dos processos, em que a primeira regra da cultura da informação, que é “a informação usada para aperfeiçoar processos, não para controlar pessoas”. Esta é a primeira regra de uma cultura organizacional com foco nos clientes (internos e externos); é a primeira regra de uma cultura da informação e que deve ser adequada à empresa. Informação estratégica usada como informação e vantagem competitiva, alavancando a empresa em busca de liderar o segmento de mercado sempre, com os tipos de vantagens competitivas, elencados para cada situação, bem como as fontes de vantagens competitivas, que alimentam e são indicativos para a orientação do negócio. Nesta abordagem, 5 10 15 20 25 30 112 Unidade IV Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 temos o conceito de sistemas de informação eficientes, em que, baseados em critérios do PNQ, temos como elencar e classificar as informações e sistemas de modo a conseguir os resultados almejados pela alta administração utilizando a informação estratégica como processo. A informação estratégica só não basta, daí a abordagem do conceito ampliado de informação estratégica em que a abrangência da empresa inserida no mercado e suas relações comerciais inter-relacionadas com o mercado, governo, clientes e fornecedores e o compromisso com as metas e resultados nos levam a considerar uma visão de futuro, buscando um perfil organizacional antecipado, estudamos a visão e os autores de estratégia e seus desdobramentos como a funcionalidade e gestão sistêmica que contribui para a correta gestão da estratégia. Sistema de informações como fonte de vantagem competitiva é o uso eficiente e correto das informações gerenciais e operacionais por meio de sistemas de informações gerenciais, em que estudamos a evolução dos sistemas integrados de gestão; as características de um SIG; a importância do ERP para as organizações; como utilizar um sistema ERP como fonte de vantagem competitiva, o desenvolvimento e a implantação de sistema de informação, seus benefícios e vantagens e, para o desenvolvimento deste, comentamos o uso de ferramentas CASE. Na conceituação de um sistema de informações excelente, utilizando o PNQ como referencial de excelência, demonstramos a aplicação e o uso de armas para se conseguir alcançar a excelência em gestão do conhecimento e análise aplicados à gestão das informações. A gestão do capital intelectual, conceituando e explicando seus termos técnicos e a gestão de marcas e patentes para preservar o ativo intangível, muito valioso e de difícil métrica, em 5 10 15 20 25 30 113 Gestão das Informações Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 que a não atenção a estas variáveis resulta em perdas algumas vezes irreparáveis. Monitoração ambiental, conceitos e importância para o entendimento e uso como uma estratégia de posicionamento, sua monitoração da estratégia competitiva, juntamente com a qualidade do negócio, dão resultados positivos e excelentes para manutenção no mercado e sua importância na gestão da monitoração ambiental, garantindo, assim, mercados externos, internos, atuais e futuros. A análise crítica do desempenho global da organização é ferramenta indicativa dos resultados da organização alcançados, através de um sistema de indicadores que avaliam e servem como réguas para as aferições. Este estudo nos leva a compreender os passos importantes que perfazem o escopo da gestão das informações aplicado à administração das unidades de negócios, em que, em uma visão moderna, estão informatizadas, utilizam redes de computadores e processam eletronicamente as informações, formadoras de parte do conhecimento organizacional, juntamente com a cultura organizacional e a formação do conhecimento organizacional, aplicado aos negócios, buscando vantagem competitiva e permanência no mercado, conseguindo ampliar a área de atuação e abocanhar fatias de mercado de modo a ampliar as receitas e, consequentemente, as margens de lucro, em uma abordagem sistêmica, demonstrando que existe muito mais ciência e tecnologia do que simples investimento em hardware e software, se não houver a gestão das informações em linha com as metas e diretrizes da organização em busca do futuro. Isto posto, demonstra-se a importância da gestão das informações no enfoque da administração moderna de empresas. 5 10 15 20 25 30 114 Unidade IV Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 Referências bibliográficas BATISTA, Emerson de Oliveira. Sistemas de informação. O uso consciente da tecnologia para o gerenciamento. São Paulo: Saraiva, 2004. CORRÊA, Henrique; et al. Planejamento, programação e controle da produção. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2001. COSTA, Manuel António Meireles da. Sistemas de Informação: quesitos de excelência dos sistemas de informações operativos e estratégicos. V. 1. Série: Indicadores Gerenciais São Paulo: Arte & Ciência, 2001. CRUZ, Tadeu. Sistemas de Informações Gerenciais – Tecnologia da Informação e a empresa do século XXI. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. GATES, Bill. A empresa na velocidade do pensamento. São Paulo: Schwarcz, 1999. LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane Price. Sistemas de Informação. 4. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999 MUSCAT, A. R. N., Uma aplicação da teoria da decisão ao estudo da localização industrial . São Paulo: USP, 1994 NANINI, Umberto J. V. O impacto dos sistemas de ERP na competitividade da empresa industrial de médio porte. Dissertação (Mestrado em Administração). Instituto de Ciências Sociais e Comunicação, Universidade Paulista, São Paulo, 2001. O’BRIEN, James A. Sistemas de informação e as decisões gerenciais na era da Internet. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. PORTER, Michael E. Estratégia competitiva – técnicas para análise de indústria e de concorrência. Rio de Janeiro: Campus, 1991. 115 Gestão das Informações Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 STAIR, Ralph M. Princípios de Sistemas de Informação – uma abordagem gerencial. Rio de Janeiro: LTC, 2005. Apêndice Perfil da empresa O perfil da empresa uma espécie de fotografia 3x4 mostrando as suas principais características. O papel do perfil da empresa é revelar aquilo que é pertinente e importante para a empresa. Deve ser sucinto e objetivo. Um roteiro típico para a sua elaboração é dado abaixo. 1. Descrição básica • Natureza do negócio: produtos e serviços. • Porte das instalações. • Principais mercados (local, regional, nacional ou internacional). • Principais clientes e requisitos especiais. • Quadro de pessoal (quantidade, nível etc.). • Principais equipamentos, instalações e tecnologias utilizadas. • Principais processos. 2. Requisitos dos clientes • Principais requisitos dos clientes (prazos, segurança, baixa toxidade, por exemplo). 116 Unidade IV Re vi sã o: A na M ar so n - Diag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 3. Relacionamento com fornecedores • Tipos e quantidade. • Principais fornecedores de bens e serviços e sua importância. 4. Aspectos competitivos • Situação no ramo perante a concorrência (porte relativo, ritmo de crescimento). • Quantidade e tipos de concorrentes. • Fatores críticos de sucesso como produtividade, redução de custo e inovação. Mudanças que estão ocorrendo no ramo e que afetam o mercado. 5. Outros aspectos importantes • Principais desafios como introdução de novas tecnologias, novos mercados, novas alianças surgindo no mercado etc. • Requisitos legais e regulamentares a que sua empresa está sujeita (saúde ocupacional, segurança, proteção ambiental etc.). • Mudanças na estratégia. • Aspectos específicos da empresa. 6. Histórico da qualidade na empresa • Sequência cronológica dos eventos mais significativos do desenvolvimento da qualidade na organização, isto é, a sua jornada em busca da excelência em relação aos clientes, ao desenvolvimento operacional e financeiro. 117 Gestão das Informações Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 118 Unidade IV Re vi sã o: A na M ar so n - Di ag ra m aç ão : L éo - 3 0/ 11 /0 9 - - 2ª R ev isã o: N íz ia - C or re çã o: M ár ci o - 04 /1 2/ 09 Informações: www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000