Prévia do material em texto
ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS B E N Z O D I A Z E P Í N I C O S → A L P R A Z O L A M C L O N A Z E P A M C L O R A Z E P A T E C L O R D I A Z E P Ó X I D O D I A Z E P A M E S T A Z O L A M F L U R A Z E P A M L O R A Z E P A M M I D A Z O L A M O X A Z E P A M Q U A S E P A M T E M A Z E P A M T R I A Z O L A M A N T A G O N I S T A B E N Z O D I A Z E P Í N I C O → F L U M A Z E N I L O U T R O S A N S I O L Í T I C O S → A N T I D E P R E S S I V O S B U S P I R O N A B A R B I T Ú R I C O S → A M O B A R B I T A L F E N O B A R B I T A L P E N T O B A R B I T A L S E C O B A R B I T A L T I O P E N T A L O U T R O S H I P N Ó T I C O S → A N T I - H I S T A M Í N I C O S D O X E P I N A E S Z O P I C L O N A R A M E L T E O N A Z A L E P L O N A Z O L P I D E M FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 1 • Agentes ansiolíticos e sedativo-hipnóticos são depressores do Sistema Nervoso Central (SNC) com efeitos semelhantes. • Fármacos ansiolíticos e sedativos promovem relaxamento; hipnóticos causam sono. • A diferença entre os efeitos depende principalmente da dosagem: grandes doses de ansiolíticos e sedativos causam sono, e pequenas doses de hipnóticos têm efeito ansiolítico ou sedativos. • Doses terapêuticas de hipnóticos administradas ao deitar podem ter efeitos sedativos residuais (“ressaca matinal”) no dia seguinte. FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 2 BENZODIAZEPÍNICOS Mecanismo de ação Ações Usos terapêuticos Usos terapêuticos São os ansiolíticos mais usados. Eles substituíram os barbitúricos e o meprobamato no tratamento da ansiedade e da insônia por serem fármacos considerados mais seguros e eficazes. Ainda que os benzodiazepínicos sejam comumente usados, eles não são necessariamente a melhor escolha contra ansiedade ou insônia. Certos antidepressivos com ação ansiolítica, como os inibidores seletivos da captação de serotonina (ISCSs), são preferidos em vários casos, e os hipnóticos não benzodiazepínicos e os anti- histamínicos podem ser preferíveis contra insônia. TOLERÂNCIA: diminuição da resposta com doses repetidas – ocorre quando o uso se estende por mais de uma ou duas semanas. A tolerância está associada a uma diminuição na densidade de receptores GABA. INDICAÇÕES: Diazepam: Ataques de pânico ou estado de mal epiléptico Lorazepam: Ataques de pânico Midazolam: na anestesia. Os alvos para as ações dos benzodiazepínicos são os receptores do ácido y-aminobutírico tipo A GABAa indiretamente. GABA → é o principal neurotransmissor inibitório no SNC. Os receptores do GABAa são compostos de uma combinação, no somatório de cinco subunidades A, B e Y inseridas na membrana pós- sináptica. Para cada subunidade existem vários subtipos (há seis subtipos da subunidade A). A fixação do GABA ao seu receptor inicia a abertura do canal iônico central, permitindo a entrada de cloro através do poro. O influxo do íon cloreto causa hiperpolarização do neurônio e diminui a neurotransmissão, inibindo a formação de potenciais de ação. Os benzodiazepínicos modulam os efeitos do GABA ligando-se a um local específico de alta afinidade (distinto do local de ligação do GABA), situado na interface da subunidade A e Y no receptor GABAa. Esses locais de ligação são denominados receptores benzodiazepínicos (BZ). Subtipos de receptores BZ comuns no SNC são designados de BZ1 ou BZ2 dependendo do local de ligação incluir uma subunidade A1 ou A2, respectivamente. Os benzodiazepínicos aumentam a frequência da abertura dos canais produzida pelo GABA. A ligação do benzodiazepínico ao seu receptor aumentará a afinidade do GABA por seus locais de ligação, e vice-versa. Os efeitos clínicos dos vários benzodiazepínicos se correlacionam bem com a afinidade de ligação de cada fármaco pelo complexo receptor GABA-canal de íon cloreto. Redução da ansiedade: Em doses baixas são ansiolíticos. A redução da ansiedade é atribuída à potenciação seletiva da transmissão gabaérgica em neurônios que têm a subunidade A2 em seus receptores GABAa, inibindo os circuitos neuronais no sistema límbico do cérebro. Efeito hipnótico/sedativo: têm propriedades sedativa e calmante, e alguns podem produzir hipnose (sono produzido “artificialmente”) em doses mais elevadas. O efeito hipnótico é mediado pelos receptores A1-GABAa. Amnésia anterógrada: A perda temporária da memória também é mediada pelos receptores A1-GABAa. A capacidade de aprender e formar novas memórias também é reduzida. Efeito anticonvulsivante: têm atividade anticonvulsivante. Esse efeito é parcialmente mediado pelos receptores A1-GABAa. Relaxamento muscular: Em doses elevadas, diminuem a espasticidade do músculo esquelético, provavelmente aumentando a inibição pré-sináptica na medula espinal, onde predominam os receptores A2-GABAa. O baclofeno é um relaxante muscular que parece atuar nos receptores GABA na medula espinal. Distúrbios de ansiedade: são eficazes no tratamento dos sintomas da ansiedade secundária ao transtorno de pânico, do transtorno de ansiedade generalizada (TAG), do transtorno de ansiedade social e por performance, do transtorno de estresse pós- traumático, do transtorno obsessivo-compulsivo e da ansiedade extrema encontrada, às vezes, em fobias específicas, como o medo de voar. Também são úteis no tratamento da ansiedade relacionada com depressão e esquizofrenia. Esses fármacos devem ser reservados para a ansiedade grave, e não devem ser usados para lidar com o estresse da vida diária. Devido ao potencial de viciar, eles devem ser usados somente por pouco tempo. Clonazepam, lorazepam e Diazepam (ação mais longa) são preferidos nos pacientes com ansiedade que pode exigir tratamento por tempo prolongado. Os efeitos ansiolíticos dos benzodiazepínicos são menos sujeitos à tolerância do que os efeitos sedativos e hipnóticos. Ocorre tolerância cruzada entre benzodiazepínicos e etanol. Para o transtorno de pânico, o alprazolam é eficaz para tratamentos curtos ou longos, embora possa causar reações de abstinência em cerca de 30% dos pacientes. Convulsões: Clonazepam é usado ocasionalmente como tratamento adjunto contra certos tipos de convulsões, e lorazepam e diazepam são fármacos de escolha no controle do estado epilético. Devido à tolerância cruzada, clordiazepóxido, clorazepato, diazepam, lorazepam e oxazepam são úteis no tratamento agudo da abstinência do etanol, reduzindo o risco de convulsões associadas à abstinência. Distúrbios musculares: Diazepam é útil no tratamento de espasmos dos músculos esqueléticos, como os que ocorrem no estiramento, e no tratamento da espasticidade devida a doenças degenerativas, como esclerose múltipla e paralisia cerebral. Distúrbios do sono: Poucos benzodiazepínicos são úteis como hipnóticos. Eles diminuem a latência para dormir e aumentam o estágio II do sono não REM (sem movimentos rápidos dos olhos). O sono REM e o sono de ondas lentas são diminuídos. No tratamento da insônia, é importante o equilíbrio entre o efeito sedativo necessário na hora de deitar e a sedação residual (“ressaca”) após o despertar. Os benzodiazepínicos comumente prescritos contra os distúrbios do sono incluem os de ação intermediária (temazepam) e os de curta ação (triazolam). O de longa ação (flurazepam) é raramente usado, devido a sua longa meia-vida, que pode resultar em sedação excessiva durante o dia e acúmulo do fármaco, especialmente em idosos. Estazolam e quazepam são considerados de ação intermediária e longa, respectivamente. Temazepam: é útil em pacientes que acordam frequentemente, que possuem insônia causada pela incapacidade de permanecer dormindo. Contudo, como o efeito sedativo máximo ocorre de 1 a 3 horas após a dose oral, ele deve ser administrado de 1 a 2 horas antes da hora prevista para deitar. Triazolam: é eficaz para tratarindivíduos que têm dificuldade em começar a dormir. Em poucos dias, desenvolve-se tolerância, e a retirada do fármaco, em geral, resulta em insônia de rebote. Não é um dos mais indicados e é mais usado de modo intermitente. Em geral, os hipnóticos devem ser usados por tempo limitado, geralmente menos de 2 a 4 semanas. Amnésia: Os fármacos de ação curta são empregados como pré-medicação para procedimentos desconfortáveis e que provocam ansiedade, como endoscopias e procedimentos odontológicos e angioplastia. Eles causam uma forma de sedação consciente, permitindo ao paciente atender certas instruções durante esses procedimentos. Midazolam é o benzodiazepínico usado para facilitar amnésia e causar sedação antes da anestesia. FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 3 BENZODIAZEPÍNICOS FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 4 Farmacocinética Efeitos adversos Ansiolíticos (diminui ansiedade) Sedativos * (indução do sono) Hipnótico (Flurazepam) Fármaco pré-anestésico Redução do tônus muscular (miorrelaxantes) e da coordenação Anticonvulsivantes (Clonazepam) Absorção e distribuição: são lipofílicos. São rápida e completamente absorvidos após administração VO, distribuem por todo organismo e entram no SNC. Alimentos diminuem a velocidade de absorção Duração de ação: A meia-vida é importante, pois a duração da ação pode determinar a utilidade terapêutica. Podem ser divididos em grupos de curta, média e longa ação. Os benzodiazepínicos de ação mais longa formam metabólitos ativos com meias-vidas longas. Contudo, com alguns benzodiazepínicos, a duração clínica da ação não se correlaciona com a meia- vida real (senão a dose de diazepam só poderia ser administrada em dias alternados, devido a seus metabólitos ativos). Isso pode ser devido à velocidade de dissociação do receptor no SNC e à subsequente redistribuição para os tecidos gordurosos e outras áreas. Destino: A maioria, incluindo o clordiazepóxido e o diazepam, é biotransformada pelo sistema microssomal hepático para compostos que também são ativos. Para esses benzodiazepínicos, a meia-vida aparente representa a soma das ações do fármaco principal e seus metabólitos. Os efeitos terminam não só por excreção, mas também por redistribuição. São excretados na urina como glicuronídeos ou metabólitos oxidados. Todos atravessam a placenta e podem deprimir o SNC do neonato, se forem administrados antes do parto. Seu uso não é recomendado durante a gestação. Os lactantes também podem ser expostos aos benzodiazepínicos pelo leite materno. Sedação e confusão. Ocorre ataxia em doses elevadas, impedindo as atividades que exigem coordenação motora fina, como dirigir automóvel. Pode ocorrer comprometimento cognitivo (diminuição da evocação de memória e da retenção de novos conhecimentos). Triazolam: apresenta rápido desenvolvimento de tolerância, insônia da madrugada e ansiedade durante o dia, bem como amnésia e confusão. Devem ser usados cautelosamente em pacientes com doença hepática e evitados em pacientes com glaucoma de ângulo fechado agudo. Álcool e outros depressores do SNC potencializam seus efeitos hipnoticossedativos. São consideravelmente menos perigosos do que os ansiolíticos e hipnóticos mais antigos. Como resultado, as doses excessivas raramente são letais, a menos que outros depressores do SNC, como etanol, sejam ingeridos simultaneamente. Dependência: Pode-se desenvolver dependência física e psicológica se doses elevadas forem administradas por longos períodos. Todos os benzodiazepínicos são fármacos controlados. A interrupção abrupta resulta em sintomas de abstinência, incluindo confusão, ansiedade, agitação, intranquilidade, insônia, tensão e (raramente) convulsões. Os benzodiazepínicos com meia-vida de eliminação curta, como o triazolam, induzem reações de abstinência mais abruptas e graves do que as observadas com os de eliminação mais lenta, como o flurazepam. Sedação, amnésia Descoordenação motora Lentidão do raciocínio, confusão mental Redução das funções fisiológicas e mentais Visão turva, náusea, vômito, desconforto epigástrico. Podem ocorrer tolerância e dependência física e psíquica Potencializa os efeitos do álcool Gestação (alguns são teratogênicos) Lactação (excretados no leite materno) Insuficiência hepática ou renal Apneia do sono Todos lipossolúveis e atravessam a BHE O efeito depressor do SNC → Dose dependente Ansiolíticos em doses relativamente baixas Sedativo-hipnóticos em doses mais altas Metabolizados pelo fígado em compostos ativos e/ou conjugados com ácido glicurônico Alto risco de dependência Mesmo em doses terapêuticas no tratamento prolongado (+ de 6 meses) Mais rápido com BDZ de alta potência (como Alprazolam e Lorazepam) Os BDZ de eliminação rápida (baixo t½) → Mais tendência a produzir dependência ou fenômeno de "rebote" (ansiedade, insônia) na suspensão do tratamento Os BDZ de eliminação lenta produzem mais sedação diurna Recomenda-se Dose efetiva mais baixa possível Menor tempo necessário FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 5 DIAZEPAM CLOBAZAM CLONAZEPAM MIDAZOLAM Indicações: Transtornos do pânico, ansiedade generalizada, ansiedade aguda situacional, síndrome de abstinência do álcool, insônia transitória, relaxante da musculatura esquelética, estado do mal epilético e sedação pré-anestésica (procedimentos de endoscopia) Contra-indicações: Glaucoma de ângulo fechado, miastenia grave, usuários de drogas, hepatopatia grave, depressão respiratória Precauções: evitar suspensão abrupta, uso de outros depressores do SNC. Deve ser ajustada a dose em idosos, em pacientes com insuficiência renal e hepática, ou debilitados, ou com capacidade pulmonar prejudicada. Gravidez e lactação. Risco D na gestação e contraindicado na lactação. Reações adversas: VO - são raras, sonolência, sedação, déficit de atenção. IV - altas doses reduzem a PA e resistência vascular periférica, e podem induzir parada respiratória Interações medicamentosas: fluconazol, fluoxetina, genfibrozila, isoniazida, ciprofloxacino, omeprazol, claritromicina, eritromicina, diltiazem, verapamil, digoxina Farmacocinética: absorção oral = 98% Início de ação: 30 min (VO) é detectado no sangue fetal e leite materno, tem metabolismo hepático, tem metabólitos ativos e não é removido por diálise Ansiedade, sedação, relaxamento muscular: iniciar 5-10 mg, 1x/dia, VO, à noite, aumentando progressivamente quando necessário; dose usual de 20 mg/dia, em 2 -4 tomadas. Em idosos, iniciar com 1-2 mg, 1-2x/dia; dose usual de 10 mg/dia. Síndrome de abstinência ao álcool: iniciar com 5 -10 mg, VO ou EV, a cada 2 horas. Retirar lentamente Tranquilização rápida de paciente agitado: 2-10 mg, EV, podendo ser repetido após 2-4 horas se necessário. Estado do mal epilético: 10 mg, EV, podendo ser repetido após 3-4 horas se necessário. Modo de administração: VO ou EV. Administrar os comprimidos com alimentos. A administração IM é errática. Indicações: ansiedade aguda, tratamento adjunto da epilepsia Contraindicações: Glaucoma de ângulo fechado, miastenia grave, usuários de drogas, insuficiência respiratória grave Posologia: Iniciar com 5-15 mg/dia. A dose pode ser ajustada até um máximo de 80 mg/dia de acordo com a necessidade. Modo de administração: VO. Pode ser administrado com ou sem alimentos. A retirada deve ser gradual (3 meses) para evitar ocorrência de sintomas de abstinência e de convulsões. Pacientes idosos ou com insuficiência respiratória devem utilizar em doses menores. Meia-vida: 18 horas para clobazam e 42h para seu metabólito ativo Eliminação: renal Ajuste para função hepática e renal: Evitar na IH grave e utilizar doses menores na IR. Efeitos adversos: sonolência, déficit de atenção, sedação, impulsividade, irritação. Interações: claritromicina, fluoxetina, verapamil Gestação e lactação: contraindicado.Tem sido utilizado no tratamento da epilepsia com segurança em crianças. Este benzodiazepínico parece comprometer menos a psicomotricidade e a atenção do que os demais. Pode causar dependência. Usos: transtorno do pânico, fobia social, mania aguda, acatisia induzida por neuroléptico, ansiedade generalizada, insônia, crises epiléticas tônico-clônicas, neuralgia de trigêmeo. Contraindicações: Glaucoma de ângulo fechado, miastenia grave, doença de Alzheimer, esclerose múltipla, primeiro e terceiro trimestre de gravidez, dependência química. Posologia: distúrbio do pânico: iniciar com 0,25-0,5 mg, até 3x/dia, aumentando se necessário 0,5 mg a cada 3 dias. Em idosos, iniciar com doses mais baixas e aumentar com cautela. Dose usual de 1-6 mg na fobia social e de 1-2 mg/dia no transtorno do pânico Epilepsia: iniciar com 0,5 mg, 3x/dia. A dose deve ser reduzida gradualmente para a retirada do fármaco. Modo de administração: VO. Pode ser ingerido com ou sem alimentos. Meia-vida: 20-50 h em adultos; em crianças 22-23h. Ajuste da função renal e hepática: Usar com cautela Gravidez e lactação: Categoria de risco D e não é recomendado na lactação. Usar com cautela em pacientes com episódios depressivos prévios, pois o clonazepam pode precipitar novas crises, e em pacientes com doença respiratória. Evitar o uso em pacientes drogaditos e/ou história de abuso de drogas Tem-se recomendado hemograma e provas de função hepática no tratamento de longo prazo. O uso de clonazepam e ácido valpróico tem sido relacionado a crises de ausência. Usos: insônia, sedação pré-procedimentos cirúrgicos e diagnóstico, indução e manutenção de anestesia, sedação prolongada em CTIs, estado de mal epiléptico. Contraindicações: Glaucoma de ângulo fechado, miastenia grave, insuficiência respiratória grave. Posologia: Indução do sono: 15 mg, VO, ao deitar; em caso de insônia terminal, dose no meio da noite. Sedação pré-procedimento: 15 mg, VO, 30-60 min antes do procedimento; 0,02-0,04 mg/kg, repetido a cada 5 min, conforme necessidade EV Estado de mal epilético: 0,2 mg/kg em bolus, EV, até 5 mg; ou 0,05- 0,3 mg/kg/h; ou 5-10 mg, IM Modo de administração: VO; para insônia, usar antes de deitar. A apresentação parenteral é para IM ou EV. Ajuste para função hepática e renal: a administração parenteral deve ser feita com cautela na IR. Não é necessário dose suplementar na hemodiálise. Gestação e lactação: Categoria de risco D na gestação e não é recomendado na lactação. Não há efeito residual no dia seguinte ao uso do midazolam Aparentemente não desenvolve tolerância e o sono melhora de qualidade mesmo após a retirada do medicamento. É por isso, o fármaco recomendado na insônia crônica por um prazo máximo de 30-90 dias. A eficácia e segurança em crianças estão estabelecidas O uso parenteral em idosos deve ser feito com cuidado em idosos e/ou com insuficiência respiratória, circulatória e rena,. Nessas situações reduzir a dose. Cautela no uso crônico em pacientes drogaditos e com transtornos graves de personalidade. BENZODIAZEPÍNICOS FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 6 FÁRMACO VANTAGENS DESVANTAGENS Clonazepam Clorazepato Uso potencial no tratamento crônico de crises Flurazepam Quazepam Esses fármacos menos potentes e eliminados de forma mais lenta não apresentam insônia de rebote na interrupção do tratamento Alprazolam Fármaco de escolha no tratamento dos distúrbios de pânico Lorazepam Temazepam Não requerem biotransformação de fase I, portanto têm menos interações com outros fármacos e são mais seguros em pacientes com insuficiência hepática Triazolam A interrupção com frequência resulta em insônia de rebote Baixa toxicidade por sobredose Não produzem indução enzimática → Baixo potencial de interações Baixa influência no sono REM →Melhora qualidade do sono Podem perturbar a função intelectual e a destreza manual Apresentam potencial de dependência e podem ocorrer convulsões na sua retirada ANTAGONISTAS DE RECEPTOR BENZODIAZEPÍNICO FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 7 FLUMAZENIL Mecanismo de ação Farmacocinética Efeitos adversos Único membro desta classe, é um imidazobenzodiazepínico Usado em casos de Intoxicação Uma dose total de 1 mg (injetável) de flumazenil, dada durante 1-3 minutos é com frequência, suficiente para abolir os efeitos de doses terapêuticas de benzodiazepínicos O processo de retirada dos benzodiazepínicos deve ser sempre feito de forma gradual. Os primeiros 50% da dose diária podem ser reduzidos de modo mais rápido, os 25% seguintes lentamente e os últimos 25% muito lentamente. Vale lembrar que a taxa de redução da medicação deve ser sempre adaptada a cada paciente. Antagonista competitivo do receptor GABA que pode rapidamente reverter os efeitos dos benzodiazepínicos. Está disponível apenas para administração intravenosa (IV). O início de ação é rápido, mas a duração é curta, com meia-vida de cerca de uma hora. Administrações frequentes podem ser necessárias para manter a reversão dos benzodiazepínicos de longa ação. A administração de flumazenil pode precipitar abstinência em pacientes dependentes, ou causar convulsões se um benzodiazepínico está sendo usado para controlar atividade convulsiva. Convulsões também podem ocorrer se o paciente ingere junto com antidepressivo tricíclico ou antipsicótico. Os efeitos adversos mais comuns são tonturas, náusea, êmese e agitação. OUTROS ANSIOLÍTICOS FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 8 ANTIDEPRESSIVOS BUSPIRONA Eficazes no tratamento da ansiedade crônica e devem ser considerados fármacos de 1ª escolha, especialmente em pacientes com inclinação para dependência ou vício. Fármacos de escolha no distúrbio do pânico (clomipramina e imipramina) Clomipramina: Útil no tratamento dos distúrbios obsessivo-compulsivo (TOC). Usados também em distúrbios de ansiedade generalizada (TAG) com elevada possibilidade de abuso de benzodiazepínicos. Posologia: VO, 25 mg/dia, inicialmente Aumentar para 100 mg durante as 2 primeiras semanas Até uma dose máxima de 250 mg/dia Escitalopram ou paroxetina (ISCSs) ou venlafaxina ou duloxetina (inibidores seletivos da captação de serotonina e norepinefrina – ISCSNs) → podem ser usados sós ou prescritos em associação com uma dosagem baixa de benzodiazepínico durante as primeiras semanas de tratamento. Após 4 a 6 semanas, quando o antidepressivo começa seu efeito ansiolítico, a dosagem de benzodiazepínico pode ser reduzida gradualmente. ISCSs ou ISCSNs→ têm menor potencial de gerar dependência física do que os benzodiazepínicos, tornando-se o tratamento de escolha contra o TAG. Ainda que apenas certos ISCSs ou ISCSNs tenham sido aprovados para o tratamento do TAG, a eficácia desses fármacos é provavelmente um efeito da classe. A escolha entre esses antidepressivos pode ser feita com base nos efeitos adversos e no custo. O tratamento com antidepressivos e benzodiazepínicos contra os transtornos de ansiedade é necessário por longo período, de modo a manter a vantagem alcançada e evitar recaídas. É útil no tratamento crônico da ansiedade generalizada (TAG) e tem eficácia comparável à dos benzodiazepínicos. Tem início de ação lento e não é eficaz para tratamento de curta duração ou para estados de ansiedade agudos. Ação Farmacológica: Agonismo parcial dos receptores de SER 5HT1A: → Atuação nos receptores pré-sinápticos (autoreceptores), diminui a frequência de disparos do neurônio serotonérgico pré-sináptico → Atuação como agonista parcial nos receptores pós-sinápticos, competindo com a SER por esses receptores e, consequentemente, diminui sua ação. Suas ações parecem mediadas pelos receptores de serotonina (5-HT1a), embora ela também tenha alguma afinidade pelos receptores D2 da dopamina e 5-HT2a da serotonina. Seu modo de ação difere do mecanismo de ação dosbenzodiazepínicos. A buspirona não tem as propriedades anticonvulsivantes e miorrelaxantes dos benzodiazepínicos → não induz sedação, prejuízo cognitivo ou psicomotor, dependência física e tolerância e não interage com o álcool. A frequência dos efeitos adversos é baixa, sendo os mais comuns cefaleia, nervosismo, náuseas e tonturas. Sedação e disfunções cognitivas e psicomotoras são mínimas, e a dependência é improvável. Não potencializa a depressão do SNC pelo etanol. Mostra menor interferência com as funções motoras, uma vantagem que é particularmente importante em pacientes mais idosos. Posologia: VO, 15 mg /dia, dividido em 3 tomadas, aumentada em 5 mg/dia a intervalos de 2 a 4 dias se necessário. Ajuste função hepática e renal: não recomendado. Gestação e lactação: categoria de risco B na gestação, não recomendado na lactação. Efeitos adversos: tontura, sonolência, confusão, nervosismo, fadiga, cefaleia, irritabilidade, náuseas, diarreia, rash, parestesia, visão borrada e incoordenação motora. Interações: Uso com ISRS pode causar síndrome serotonérgica. Não usar com IMAO pelo risco de crise hipertensiva. Meia-vida: 2-11h (média 2,4H) Eliminação renal e nas fezes. VANTAGENS: Útil no tratamento de longa duração contra a ansiedade crônica com sintomas de irritabilidade e hostilidade, não potencializa a depressão do SNC pelo etanol, baixo potencial de dependência. DESVANTAGENS: Início de ação mais lento (duas semanas ou mais) do que os benzodiazepínicos, não apresenta atividade anticonvulsiva ou músculo-relaxante e sua eficácia não é comprovada em crianças. BARBITÚRICOS FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 9 Mecanismo de ação Ações Usos terapêuticos Farmacocinética Efeitos adversos Eram a base do tratamento usado para sedar o paciente ou para induzir e manter o sono. Foram substituídos pelos benzodiazepínicos, principalmente porque os barbitúricos induzem a tolerância e a dependência física e estão associados a sintomas de abstinência graves. Todos os barbitúricos são substâncias controladas. Barbitúricos de ação muito curta como o tiopental, foram usados para induzir anestesia, mas são menos empregados atualmente devido aos novos fármacos com menos efeitos adversos. VANTAGENS: Rápido início de ação. DESVANTAGENS: induzem tolerância, enzimas biotransformadoras de fármacos e dependência física e apresentam graves sintomas de abstinência. Sua ação hipnoticossedativa se deve à interação com os receptores GABAa, potencializando a transmissão gabaérgica. O local de ligação dos barbitúricos no receptor GABA é diferente daquele dos benzodiazepínicos. Os barbitúricos potenciam a ação do GABA na entrada de cloreto no neurônio, prolongando o tempo de abertura do canal de cloreto. Além disso, podem bloquear os receptores excitatórios glutamato. Concentrações anestésicas de pentobarbital também bloqueiam os canais de sódio de alta frequência. Todas essas ações moleculares diminuem a atividade neuronal. São classificados de acordo com sua duração da ação. Tiopental→ ação ultracurta, atua dentro de segundos e tem uma duração de cerca de 30 minutos. Fenobarbital→ tem duração de ação maior que um dia. Pentobarbital, secobarbital, amobarbital e butalbital→ de ação curta, 3 a 8 horas. Depressão do SNC: Em doses baixas, produzem sedação (têm um efeito calmante e reduzem a excitação). Em doses crescentes, causam hipnose, seguida de anestesia (perda das sensações) e, finalmente, coma e morte. Não aumentam o limiar da dor e não têm propriedades analgésicas; eles podem inclusive exacerbar a dor. Seu uso crônico leva à tolerância. Depressão respiratória: suprimem as respostas à hipóxia e aos quimiorreceptores ao dióxido de carbono (CO2). A dosagem excessiva é seguida de depressão respiratória e morte. Anestésico: barbitúricos de ação ultracurta (tiopental) são usados por via IV para induzir anestesia, mas foram amplamente substituídos por outros fármacos. Anticonvulsivante: O fenobarbital tem atividade anticonvulsiva específica que se diferencia da depressão inespecífica do SNC. Ele é usado por longos períodos no controle das convulsões tônico-clônicas, mas pode deprimir o desenvolvimento cognitivo em crianças e diminuir o desempenho cognitivo em adultos. Deve ser usado apenas se outros tratamentos falharem. Pode ser usado no tratamento do estado epilético refratário. Hipnoticossedativo: são usados como sedativos leves para aliviar ansiedade, tensão nervosa e insônia. Quando usados como hipnóticos, eles suprimem o sono REM mais do que outros estágios. O uso contra insônia de modo geral não é mais aceito, devido aos efeitos adversos e ao potencial para tolerância. Butalbital é usado comumente em produtos associados (com paracetamol e cafeína ou com ácido acetilsalicílico e cafeína), como sedativo para ajudar no manejo de cefaleias por tensão ou enxaquecas. São bem absorvidos por administração VO e distribuem por todo o organismo. Todos os barbitúricos se redistribuem do SNC para as áreas esplâncnicas, para o músculo esquelético e para o tecido adiposo. Esse movimento é importante por causar a curta duração de ação do tiopental e derivados de ação curta similar. Os barbitúricos atravessam facilmente a placenta e podem deprimir o feto. Eles são biotransformados no fígado, e os metabólitos inativos são excretados na urina. Causam sonolência, dificuldade de concentração e preguiça mental e física. Os efeitos depressores do SNC são potencializados com os do etanol. Dosagens hipnóticas dos barbitúricos provocam “ressaca” que compromete a capacidade do paciente de atuar normalmente durante várias horas depois do despertar. Às vezes, ocorrem náuseas e tonturas. Induzem as enzimas microssomais citocromo P450 (CYP450) hepáticas. Sua administração crônica diminui a ação de vários fármacos que são biotransformados pelo sistema CYP450. São contraindicados em pacientes portadores de porfiria intermitente aguda. A retirada abrupta pode causar tremores, ansiedade, fraqueza, intranquilidade, náuseas e êmese, convulsões, delírio e parada cardíaca. A abstinência é muito mais grave do que aquela associada ao opioide e pode resultar em morte. Morte também pode ocorrer por dosagem excessiva. Intensa depressão respiratória está associada à depressão cardiovascular central e resulta em uma condição similar ao choque, com respiração superficial e infrequente. O tratamento inclui cuidados de apoio e descontaminação gástrica se a ingestão tiver sido recente. OUTROS HIPNÓTICOS FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 10 Compostos Z Zolpidem Zaleplona Eszopiclona Novos antagonistas dos receptores benzodiazepínicos Os compostos desta classe incluem a zopiclona e o zolpidem Embora não sejam estruturalmente relacionados uns com os outros e aos benzodiazepínicos, seu efeito terapêutico como hipnótico é devido aos efeitos agonistas no local BZD do receptor GABAa. Em comparação aos benzodiazepínicos, os compostos Z são menos eficazes como anticonvulsivantes ou relaxantes musculares, o que pode estar relacionado a sua relativa seletividade para receptores GABAa que contem a subunidade α1. Não é relacionado aos benzodiazepínicos estruturalmente, mas se fixa seletivamente ao receptor benzodiazepínico do subtipo BZ1. Não tem propriedades anticonvulsivantes ou miorrelaxantes. Ele apresenta poucos efeitos de abstinência e provoca insônia de rebote mínima. Com o uso prolongado, ocorre pouca tolerância. É rapidamente absorvido no TGI, tem rápido início de ação (20 a 30 minutos) e meia-vida de eliminação curta, cerca de 2-3 horas. Produz efeito hipnótico por cerca de 5 horas (6 a 8 horas). Também estão disponíveis um spray lingual e uma formulação de liberação prolongada. O comprimido sublingual éa formulação que pode ser usada para o despertar no meio da noite. Sofre oxidação hepática a produtos inativos, pelo sistema CYP450. Assim, fármacos como a rifampicina, que induzem esse sistema enzimático, encurtam a meia-vida do zolpidem, e fármacos que inibem a ioenzima CYP3A4 podem aumentar a sua meia-vida. É um fármaco aprovado para o tratamento da insônia a curto prazo (7 a 10 dias) Indicado para manejo de insônia em pacientes não responsivos ou intolerantes a BZD, Posologia: VO, 10 mg ao deitar EA: pesadelos, agitação, amnésia anterógrada, cefaleia, distúrbios gastrintestinais, tonturas e sonolência diurna. Diferentemente dos benzodiazepínicos, nas dosagens hipnóticas usuais, os fármacos não benzodiazepínicos zolpidem, zaleplona e eszopiclona não alteram significativamente os vários estágios do sono e costumam ser os hipnóticos preferidos. Isso pode ser devido à sua relativa seletividade pelo receptor BZ1. Pode ocorrer insônia de rebote durante uma noite ou duas após a interrupção do fármaco e pode haver sintomas de abstinência se for suspensa abruptamente após cerca de 1 semana de uso regular Não deve ser associado ao álcool ou a outros depressores do SNC devido ao aumento do risco de sedação excessiva e de depressão respiratória Gestação e lactação: Categoria de risco C na gestação. É secretado no leite materno, não recomendado na lactação. São substâncias controladas. Hipnótico não benzodiazepínico oral similar ao zolpidem. Contudo, causa menos efeitos residuais nas funções psicomotoras e cognitivas em comparação ao zolpidem ou aos benzodiazepínicos. Isso pode ser devido à sua rápida eliminação, com uma meia-vida de cerca de 1 hora. É biotransformado pelo CYP3A4. Zaleplona e Zolpidem: VANTAGENS: Causam insônia de rebote mínima, causam efeitos mínimos de abstinência, pouca ou nenhuma tolerância ocorre com o uso prolongado. DESVANTAGENS: Não apresentam propriedades anticonvulsivas ou músculo- -relaxantes. Hipnótico não benzodiazepínico oral que atua no receptor BZ1. Revelou-se eficaz contra insônia por até 6 meses. É rapidamente absorvido (tempo para o pico de 1 hora), extensamente biotransformado por oxidação e desmetilação pelo sistema CYP450 e excretado principalmente na urina. A sua meia-vida de eliminação é de cerca de 6 horas. Efeitos adversos: ansiedade, xerostomia, cefaleia, edema periférico, sonolência e gosto desagradável. VANTAGENS: Eficaz por até seis meses. DESVANTAGENS: Início de ação mais lento do que os benzodiazepínicos, não apresenta atividade anticonvulsiva ou músculo-relaxante. OUTROS HIPNÓTICOS FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 11 Zopiclona Ramelteona Anti-histamínicos Antidepressivos Hipnótico ideal Uso: insônia Posologia: 5-7,5 mg à noite. Em idosos iniciar com 3,75 mg. Modo de administração: VO, imediatamente ao deitar. Meia-vida: 5 h em adultos saudáveis e 7 h em idosos. Eliminação: urina e fezes. Cautela na IH, iniciar com 3,75 mg. Sem informação na IR. Efeitos adversos: boca seca, gosto amargo, cefaleia. Interações: o uso com outros depressores do SNC pode aumentar seus efeitos. Gestação e lactação: não recomendado. Agonista seletivo dos subtipos de receptores de melatonina MT1 e MT2. A melatonina é um hormônio secretado pela glândula pineal que auxilia na manutenção do ritmo circadiano subjacente ao ciclo sono- vigília normal. A indução e a promoção do sono parecem devidas à estimulação dos receptores MT1 e MT2 pela ramelteona. É indicada para o tratamento da insônia caracterizada pela dificuldade de “começar” a dormir (aumento da latência até dormir). Tem potencial de abuso mínimo e não foi observada evidência de dependência ou efeito de abstinência. Pode ser administrada por longos períodos. Efeitos adversos: tonturas, fadiga e sonolência. Pode aumentar os níveis de prolactina. VANTAGENS: Baixo potencial de abuso com efeitos de abstinência e dependência mínimos, pode ser usado por tempo prolongado. DESVANTAGENS: Somente tem efeitos mínimos nas medidas objetivas de eficácia de sono. Alguns anti-histamínicos com propriedades sedativas, como difenidramina, hidroxizina e doxilamina, são eficazes no tratamento dos tipos leves de insônia situacional. Contudo, eles têm efeitos indesejados (como os efeitos anticolinérgicos) que os tornam menos úteis do que os benzodiazepínicos e os não benzodiazepínicos. Alguns anti-histamínicos sedativos são comercializados em numerosos produtos de venda livre. O uso de antidepressivos sedativos com forte perfil anti-histamínico ocorre há décadas. Doxepina→ um tricíclico antigo com ação antidepressiva e ansiolítica por ISCSN, foi aprovada recentemente para o tratamento da insônia em doses baixas. Trazodona, mirtazapina e outros antidepressivos → tricíclicos antigos com forte propriedade anti-histamínica, são usados extrabula no tratamento da insônia. Deveria possibilitar a ocorrência de um sono com arquitetura normal, em vez de produzir um sono com padrão farmacologicamente alterado. Teria que ter início de ação rápido quando tomado ao deitar Uma ação suficientemente prolongada para facilitar o sono durante toda a noite e nenhuma ação residual na manhã seguinte. Não causaria efeitos no dia seguinte, seja ansiedade de rebote ou persistência da sedação, e não interagiria com outros medicamentos. Seu uso crônico não provocaria dependência insônia de rebote após a interrupção.