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TABELA - ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS

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ANSIOLÍTICOS 
E 
HIPNÓTICOS
B E N Z O D I A Z E P Í N I C O S → A L P R A Z O L A M C L O N A Z E P A M C L O R A Z E P A T E C L O R D I A Z E P Ó X I D O D I A Z E P A M 
E S T A Z O L A M F L U R A Z E P A M L O R A Z E P A M M I D A Z O L A M O X A Z E P A M Q U A S E P A M T E M A Z E P A M T R I A Z O L A M
A N T A G O N I S T A B E N Z O D I A Z E P Í N I C O → F L U M A Z E N I L
O U T R O S A N S I O L Í T I C O S → A N T I D E P R E S S I V O S B U S P I R O N A
B A R B I T Ú R I C O S → A M O B A R B I T A L F E N O B A R B I T A L P E N T O B A R B I T A L S E C O B A R B I T A L T I O P E N T A L 
O U T R O S H I P N Ó T I C O S → A N T I - H I S T A M Í N I C O S D O X E P I N A E S Z O P I C L O N A R A M E L T E O N A Z A L E P L O N A Z O L P I D E M
FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 1
• Agentes ansiolíticos e sedativo-hipnóticos são depressores do Sistema Nervoso 
Central (SNC) com efeitos semelhantes. 
• Fármacos ansiolíticos e sedativos promovem relaxamento; hipnóticos causam sono. 
• A diferença entre os efeitos depende principalmente da dosagem: grandes doses de 
ansiolíticos e sedativos causam sono, e pequenas doses de hipnóticos têm efeito 
ansiolítico ou sedativos.
• Doses terapêuticas de hipnóticos administradas ao deitar podem ter efeitos sedativos 
residuais (“ressaca matinal”) no dia seguinte.
FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 2
BENZODIAZEPÍNICOS
Mecanismo de ação Ações Usos terapêuticos Usos terapêuticos
São os ansiolíticos mais usados. 
Eles substituíram os barbitúricos e o 
meprobamato no tratamento da ansiedade e 
da insônia por serem fármacos considerados 
mais seguros e eficazes.
Ainda que os benzodiazepínicos sejam 
comumente usados, eles não são 
necessariamente a melhor escolha contra 
ansiedade ou insônia. Certos antidepressivos 
com ação ansiolítica, como os inibidores 
seletivos da captação de serotonina (ISCSs), 
são preferidos em vários casos, e os 
hipnóticos não benzodiazepínicos e os anti-
histamínicos podem ser preferíveis contra 
insônia.
TOLERÂNCIA: diminuição da resposta com 
doses repetidas – ocorre quando o uso se 
estende por mais de uma ou duas semanas. 
A tolerância está associada a uma 
diminuição na densidade de receptores 
GABA.
INDICAÇÕES:
Diazepam: Ataques de pânico ou estado de 
mal epiléptico 
Lorazepam: Ataques de pânico
Midazolam: na anestesia.
Os alvos para as ações dos benzodiazepínicos são 
os receptores do ácido y-aminobutírico tipo A 
GABAa indiretamente. 
GABA → é o principal neurotransmissor inibitório 
no SNC. Os receptores do GABAa são compostos 
de uma combinação, no somatório de cinco 
subunidades A, B e Y inseridas na membrana pós-
sináptica. Para cada subunidade existem vários 
subtipos (há seis subtipos da subunidade A). A 
fixação do GABA ao seu receptor inicia a abertura 
do canal iônico central, permitindo a entrada de 
cloro através do poro. O influxo do íon cloreto 
causa hiperpolarização do neurônio e diminui a 
neurotransmissão, inibindo a formação de 
potenciais de ação. 
Os benzodiazepínicos modulam os efeitos do 
GABA ligando-se a um local específico de alta 
afinidade (distinto do local de ligação do GABA), 
situado na interface da subunidade A e Y no 
receptor GABAa. Esses locais de ligação são 
denominados receptores benzodiazepínicos (BZ). 
Subtipos de receptores BZ comuns no SNC são 
designados de BZ1 ou BZ2 dependendo do local de 
ligação incluir uma subunidade A1 ou A2, 
respectivamente. 
Os benzodiazepínicos aumentam a frequência da 
abertura dos canais produzida pelo GABA. 
A ligação do benzodiazepínico ao seu receptor 
aumentará a afinidade do GABA por seus locais de 
ligação, e vice-versa. Os efeitos clínicos dos vários 
benzodiazepínicos se correlacionam bem com a 
afinidade de ligação de cada fármaco pelo 
complexo receptor GABA-canal de íon cloreto.
Redução da ansiedade: Em doses baixas são 
ansiolíticos. A redução da ansiedade é 
atribuída à potenciação seletiva da 
transmissão gabaérgica em neurônios que 
têm a subunidade A2 em seus receptores 
GABAa, inibindo os circuitos neuronais no 
sistema límbico do cérebro. Efeito 
hipnótico/sedativo: têm propriedades 
sedativa e calmante, e alguns podem 
produzir hipnose (sono produzido 
“artificialmente”) em doses mais elevadas. O 
efeito hipnótico é mediado pelos receptores 
A1-GABAa.
Amnésia anterógrada: A perda temporária da 
memória também é mediada pelos 
receptores A1-GABAa. A capacidade de 
aprender e formar novas memórias também é 
reduzida.
Efeito anticonvulsivante: têm atividade 
anticonvulsivante. Esse efeito é parcialmente 
mediado pelos receptores A1-GABAa.
Relaxamento muscular: Em doses elevadas, 
diminuem a espasticidade do músculo 
esquelético, provavelmente aumentando a 
inibição pré-sináptica na medula espinal, 
onde predominam os receptores A2-GABAa. 
O baclofeno é um relaxante muscular que 
parece atuar nos receptores GABA na medula 
espinal.
Distúrbios de ansiedade: são eficazes no tratamento 
dos sintomas da ansiedade secundária ao transtorno 
de pânico, do transtorno de ansiedade generalizada 
(TAG), do transtorno de ansiedade social e por 
performance, do transtorno de estresse pós-
traumático, do transtorno obsessivo-compulsivo e da 
ansiedade extrema encontrada, às vezes, em fobias 
específicas, como o medo de voar. Também são úteis 
no tratamento da ansiedade relacionada com 
depressão e esquizofrenia. Esses fármacos devem ser 
reservados para a ansiedade grave, e não devem ser 
usados para lidar com o estresse da vida diária. 
Devido ao potencial de viciar, eles devem ser usados 
somente por pouco tempo. Clonazepam, lorazepam e 
Diazepam (ação mais longa) são preferidos nos 
pacientes com ansiedade que pode exigir tratamento 
por tempo prolongado. Os efeitos ansiolíticos dos 
benzodiazepínicos são menos sujeitos à tolerância do 
que os efeitos sedativos e hipnóticos. Ocorre 
tolerância cruzada entre benzodiazepínicos e etanol. 
Para o transtorno de pânico, o alprazolam é eficaz 
para tratamentos curtos ou longos, embora possa 
causar reações de abstinência em cerca de 30% dos 
pacientes. 
Convulsões: Clonazepam é usado ocasionalmente 
como tratamento adjunto contra certos tipos de 
convulsões, e lorazepam e diazepam são fármacos de 
escolha no controle do estado epilético. Devido à 
tolerância cruzada, clordiazepóxido, clorazepato, 
diazepam, lorazepam e oxazepam são úteis no 
tratamento agudo da abstinência do etanol, reduzindo 
o risco de convulsões associadas à abstinência.
Distúrbios musculares: Diazepam é útil no tratamento 
de espasmos dos músculos esqueléticos, como os que 
ocorrem no estiramento, e no tratamento da 
espasticidade devida a doenças degenerativas, como 
esclerose múltipla e paralisia cerebral.
Distúrbios do sono: Poucos benzodiazepínicos são 
úteis como hipnóticos. Eles diminuem a latência para 
dormir e aumentam o estágio II do sono não REM 
(sem movimentos rápidos dos olhos). O sono REM e o 
sono de ondas lentas são diminuídos. No tratamento 
da insônia, é importante o equilíbrio entre o efeito 
sedativo necessário na hora de deitar e a sedação 
residual (“ressaca”) após o despertar. Os 
benzodiazepínicos comumente prescritos contra os 
distúrbios do sono incluem os de ação intermediária 
(temazepam) e os de curta ação (triazolam). O de 
longa ação (flurazepam) é raramente usado, devido a 
sua longa meia-vida, que pode resultar em sedação 
excessiva durante o dia e acúmulo do fármaco, 
especialmente em idosos. 
Estazolam e quazepam são considerados de ação 
intermediária e longa, respectivamente.
Temazepam: é útil em pacientes que acordam 
frequentemente, que possuem insônia causada pela 
incapacidade de permanecer dormindo. Contudo, 
como o efeito sedativo máximo ocorre de 1 a 3 horas 
após a dose oral, ele deve ser administrado de 1 a 2 
horas antes da hora prevista para deitar.
Triazolam: é eficaz para tratarindivíduos que têm 
dificuldade em começar a dormir. Em poucos dias, 
desenvolve-se tolerância, e a retirada do fármaco, em 
geral, resulta em insônia de rebote. Não é um dos 
mais indicados e é mais usado de modo intermitente. 
Em geral, os hipnóticos devem ser usados por tempo 
limitado, geralmente menos de 2 a 4 semanas.
Amnésia: Os fármacos de ação curta são empregados 
como pré-medicação para procedimentos 
desconfortáveis e que provocam ansiedade, como 
endoscopias e procedimentos odontológicos e 
angioplastia. Eles causam uma forma de sedação 
consciente, permitindo ao paciente atender certas 
instruções durante esses procedimentos. Midazolam
é o benzodiazepínico usado para facilitar amnésia e 
causar sedação antes da anestesia. 
FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 3
BENZODIAZEPÍNICOS
FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 4
Farmacocinética Efeitos adversos 
Ansiolíticos (diminui ansiedade) 
Sedativos * (indução do sono) 
Hipnótico (Flurazepam) 
Fármaco pré-anestésico 
Redução do tônus muscular (miorrelaxantes) e da coordenação 
Anticonvulsivantes (Clonazepam)
Absorção e distribuição: são lipofílicos. São rápida e completamente 
absorvidos após administração VO, distribuem por todo organismo e entram no 
SNC.
Alimentos diminuem a velocidade de absorção
Duração de ação: A meia-vida é importante, pois a duração da ação pode 
determinar a utilidade terapêutica. Podem ser divididos em grupos de curta, 
média e longa ação. Os benzodiazepínicos de ação mais longa formam 
metabólitos ativos com meias-vidas longas. Contudo, com alguns 
benzodiazepínicos, a duração clínica da ação não se correlaciona com a meia-
vida real (senão a dose de diazepam só poderia ser administrada em dias 
alternados, devido a seus metabólitos ativos). Isso pode ser devido à 
velocidade de dissociação do receptor no SNC e à subsequente redistribuição 
para os tecidos gordurosos e outras áreas. 
Destino: A maioria, incluindo o clordiazepóxido e o diazepam, é 
biotransformada pelo sistema microssomal hepático para compostos que 
também são ativos. Para esses benzodiazepínicos, a meia-vida aparente 
representa a soma das ações do fármaco principal e seus metabólitos. Os 
efeitos terminam não só por excreção, mas também por redistribuição. São 
excretados na urina como glicuronídeos ou metabólitos oxidados. Todos 
atravessam a placenta e podem deprimir o SNC do neonato, se forem 
administrados antes do parto. Seu uso não é recomendado durante a 
gestação. Os lactantes também podem ser expostos aos benzodiazepínicos 
pelo leite materno.
Sedação e confusão. Ocorre ataxia em doses elevadas, impedindo as atividades que exigem 
coordenação motora fina, como dirigir automóvel. Pode ocorrer comprometimento cognitivo 
(diminuição da evocação de memória e da retenção de novos conhecimentos). 
Triazolam: apresenta rápido desenvolvimento de tolerância, insônia da madrugada e ansiedade 
durante o dia, bem como amnésia e confusão. 
Devem ser usados cautelosamente em pacientes com doença hepática e evitados em pacientes 
com glaucoma de ângulo fechado agudo. 
Álcool e outros depressores do SNC potencializam seus efeitos hipnoticossedativos. 
São consideravelmente menos perigosos do que os ansiolíticos e hipnóticos mais antigos. Como 
resultado, as doses excessivas raramente são letais, a menos que outros depressores do SNC, 
como etanol, sejam ingeridos simultaneamente.
Dependência: Pode-se desenvolver dependência física e psicológica se doses elevadas forem 
administradas por longos períodos. Todos os benzodiazepínicos são fármacos controlados. A 
interrupção abrupta resulta em sintomas de abstinência, incluindo confusão, ansiedade, 
agitação, intranquilidade, insônia, tensão e (raramente) convulsões. Os benzodiazepínicos com 
meia-vida de eliminação curta, como o triazolam, induzem reações de abstinência mais abruptas 
e graves do que as observadas com os de eliminação mais lenta, como o flurazepam.
Sedação, amnésia 
Descoordenação motora 
Lentidão do raciocínio, confusão mental 
Redução das funções fisiológicas e mentais 
Visão turva, náusea, vômito, desconforto epigástrico.
Podem ocorrer tolerância e dependência física e psíquica
Potencializa os efeitos do álcool 
Gestação (alguns são teratogênicos) 
Lactação (excretados no leite materno) 
Insuficiência hepática ou renal 
Apneia do sono 
Todos lipossolúveis e atravessam a BHE
O efeito depressor do SNC → Dose dependente 
Ansiolíticos em doses relativamente baixas 
Sedativo-hipnóticos em doses mais altas
Metabolizados pelo fígado em compostos ativos e/ou conjugados com ácido glicurônico
Alto risco de dependência 
Mesmo em doses terapêuticas no tratamento prolongado (+ de 6 meses)
Mais rápido com BDZ de alta potência (como Alprazolam e Lorazepam)
Os BDZ de eliminação rápida (baixo t½) → Mais tendência a produzir dependência ou 
fenômeno de "rebote" (ansiedade, insônia) na suspensão do tratamento 
Os BDZ de eliminação lenta produzem mais sedação diurna 
Recomenda-se 
Dose efetiva mais baixa possível 
Menor tempo necessário
FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 5
DIAZEPAM CLOBAZAM CLONAZEPAM MIDAZOLAM
Indicações: Transtornos do pânico, ansiedade generalizada, 
ansiedade aguda situacional, síndrome de abstinência do álcool, 
insônia transitória, relaxante da musculatura esquelética, estado 
do mal epilético e sedação pré-anestésica (procedimentos de 
endoscopia) 
Contra-indicações: Glaucoma de ângulo fechado, miastenia 
grave, usuários de drogas, hepatopatia grave, depressão 
respiratória 
Precauções: evitar suspensão abrupta, uso de outros 
depressores do SNC. Deve ser ajustada a dose em idosos, em 
pacientes com insuficiência renal e hepática, ou debilitados, ou 
com capacidade pulmonar prejudicada. 
Gravidez e lactação. Risco D na gestação e contraindicado na 
lactação.
Reações adversas: VO - são raras, sonolência, sedação, déficit 
de atenção. 
IV - altas doses reduzem a PA e resistência vascular periférica, e 
podem induzir parada respiratória 
Interações medicamentosas: fluconazol, fluoxetina, genfibrozila, 
isoniazida, ciprofloxacino, omeprazol, claritromicina, 
eritromicina, diltiazem, verapamil, digoxina 
Farmacocinética: absorção oral = 98%
Início de ação: 30 min (VO) é detectado no sangue fetal e leite 
materno, tem metabolismo hepático, tem metabólitos ativos e 
não é removido por diálise 
Ansiedade, sedação, relaxamento muscular: iniciar 5-10 mg, 
1x/dia, VO, à noite, aumentando progressivamente quando 
necessário; dose usual de 20 mg/dia, em 2 -4 tomadas. Em 
idosos, iniciar com 1-2 mg, 1-2x/dia; dose usual de 10 mg/dia. 
Síndrome de abstinência ao álcool: iniciar com 5 -10 mg, VO ou 
EV, a cada 2 horas. Retirar lentamente 
Tranquilização rápida de paciente agitado: 2-10 mg, EV, podendo 
ser repetido após 2-4 horas se necessário. 
Estado do mal epilético: 10 mg, EV, podendo ser repetido após 
3-4 horas se necessário. 
Modo de administração: VO ou EV. Administrar os comprimidos 
com alimentos. 
A administração IM é errática.
Indicações: ansiedade aguda, tratamento adjunto da 
epilepsia 
Contraindicações: Glaucoma de ângulo fechado, 
miastenia grave, usuários de drogas, insuficiência 
respiratória grave 
Posologia: Iniciar com 5-15 mg/dia. A dose pode ser 
ajustada até um máximo de 80 mg/dia de acordo com a 
necessidade. 
Modo de administração: VO. Pode ser administrado com 
ou sem alimentos. A retirada deve ser gradual (3 meses) 
para evitar ocorrência de sintomas de abstinência e de 
convulsões. Pacientes idosos ou com insuficiência 
respiratória devem utilizar em doses menores.
Meia-vida: 18 horas para clobazam e 42h para seu 
metabólito ativo 
Eliminação: renal 
Ajuste para função hepática e renal: Evitar na IH grave e 
utilizar doses menores na IR. 
Efeitos adversos: sonolência, déficit de atenção, sedação, 
impulsividade, irritação. 
Interações: claritromicina, fluoxetina, verapamil
Gestação e lactação: contraindicado.Tem sido utilizado no tratamento da epilepsia com 
segurança em crianças. 
Este benzodiazepínico parece comprometer menos a 
psicomotricidade e a atenção do que os demais. 
Pode causar dependência. 
Usos: transtorno do pânico, fobia social, mania aguda, 
acatisia induzida por neuroléptico, ansiedade 
generalizada, insônia, crises epiléticas tônico-clônicas, 
neuralgia de trigêmeo. 
Contraindicações: Glaucoma de ângulo fechado, 
miastenia grave, doença de Alzheimer, esclerose 
múltipla, primeiro e terceiro trimestre de gravidez, 
dependência química. 
Posologia: distúrbio do pânico: iniciar com 0,25-0,5 mg, 
até 3x/dia, aumentando se necessário 0,5 mg a cada 3 
dias. 
Em idosos, iniciar com doses mais baixas e aumentar com 
cautela. 
Dose usual de 1-6 mg na fobia social e de 1-2 mg/dia no 
transtorno do pânico Epilepsia: iniciar com 0,5 mg, 3x/dia. 
A dose deve ser reduzida gradualmente para a retirada do 
fármaco. 
Modo de administração: VO. Pode ser ingerido com ou 
sem alimentos. 
Meia-vida: 20-50 h em adultos; em crianças 22-23h.
Ajuste da função renal e hepática: Usar com cautela 
Gravidez e lactação: Categoria de risco D e não é 
recomendado na lactação. 
Usar com cautela em pacientes com episódios 
depressivos prévios, pois o clonazepam pode precipitar 
novas crises, e em pacientes com doença respiratória. 
Evitar o uso em pacientes drogaditos e/ou história de 
abuso de drogas 
Tem-se recomendado hemograma e provas de função 
hepática no tratamento de longo prazo. 
O uso de clonazepam e ácido valpróico tem sido 
relacionado a crises de ausência.
Usos: insônia, sedação pré-procedimentos cirúrgicos e 
diagnóstico, indução e manutenção de anestesia, 
sedação prolongada em CTIs, estado de mal epiléptico. 
Contraindicações: Glaucoma de ângulo fechado, 
miastenia grave, insuficiência respiratória grave. 
Posologia: 
Indução do sono: 15 mg, VO, ao deitar; em caso de 
insônia terminal, dose no meio da noite. 
Sedação pré-procedimento: 15 mg, VO, 30-60 min antes 
do procedimento; 0,02-0,04 mg/kg, repetido a cada 5 min, 
conforme necessidade EV 
Estado de mal epilético: 0,2 mg/kg em bolus, EV, até 5 
mg; ou 0,05- 0,3 mg/kg/h; ou 5-10 mg, IM Modo de 
administração: VO; para insônia, usar antes de deitar. A 
apresentação parenteral é para IM ou EV.
Ajuste para função hepática e renal: a administração 
parenteral deve ser feita com cautela na IR. Não é 
necessário dose suplementar na hemodiálise. 
Gestação e lactação: Categoria de risco D na gestação e 
não é recomendado na lactação. 
Não há efeito residual no dia seguinte ao uso do 
midazolam
Aparentemente não desenvolve tolerância e o sono 
melhora de qualidade mesmo após a retirada do 
medicamento. É por isso, o fármaco recomendado na 
insônia crônica por um prazo máximo de 30-90 dias. 
A eficácia e segurança em crianças estão estabelecidas 
O uso parenteral em idosos deve ser feito com cuidado 
em idosos e/ou com insuficiência respiratória, circulatória 
e rena,. Nessas situações reduzir a dose. 
Cautela no uso crônico em pacientes drogaditos e com 
transtornos graves de personalidade. 
BENZODIAZEPÍNICOS
FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 6
FÁRMACO VANTAGENS DESVANTAGENS
Clonazepam
Clorazepato
Uso potencial no tratamento crônico de crises
Flurazepam
Quazepam
Esses fármacos menos potentes e eliminados de forma mais lenta não 
apresentam insônia de rebote na interrupção do tratamento
Alprazolam
Fármaco de escolha no tratamento dos distúrbios de pânico
Lorazepam
Temazepam
Não requerem biotransformação de fase I, portanto têm menos interações 
com outros fármacos e são mais seguros em pacientes com insuficiência 
hepática 
Triazolam
A interrupção com frequência resulta em insônia de rebote
Baixa toxicidade por sobredose
Não produzem indução enzimática → Baixo potencial de interações 
Baixa influência no sono REM →Melhora qualidade do sono 
Podem perturbar a função intelectual e a destreza manual 
Apresentam potencial de dependência e podem ocorrer convulsões na sua 
retirada
ANTAGONISTAS DE RECEPTOR BENZODIAZEPÍNICO
FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 7
FLUMAZENIL Mecanismo de ação Farmacocinética Efeitos adversos 
Único membro desta classe, é um 
imidazobenzodiazepínico
Usado em casos de Intoxicação
Uma dose total de 1 mg (injetável) de 
flumazenil, dada durante 1-3 minutos é com 
frequência, suficiente para abolir os efeitos 
de doses terapêuticas de benzodiazepínicos
O processo de retirada dos 
benzodiazepínicos deve ser sempre feito de 
forma gradual. 
Os primeiros 50% da dose diária podem ser 
reduzidos de modo mais rápido, os 25% 
seguintes lentamente e os últimos 25% 
muito lentamente. 
Vale lembrar que a taxa de redução da 
medicação deve ser sempre adaptada a 
cada paciente.
Antagonista competitivo do receptor GABA 
que pode rapidamente reverter os efeitos 
dos benzodiazepínicos. 
Está disponível apenas para administração 
intravenosa (IV). 
O início de ação é rápido, mas a duração é 
curta, com meia-vida de cerca de uma hora. 
Administrações frequentes podem ser 
necessárias para manter a reversão dos 
benzodiazepínicos de longa ação.
A administração de flumazenil pode 
precipitar abstinência em pacientes 
dependentes, ou causar convulsões se um 
benzodiazepínico está sendo usado para 
controlar atividade convulsiva. 
Convulsões também podem ocorrer se o 
paciente ingere junto com antidepressivo 
tricíclico ou antipsicótico. 
Os efeitos adversos mais comuns são 
tonturas, náusea, êmese e agitação.
OUTROS ANSIOLÍTICOS
FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 8
ANTIDEPRESSIVOS BUSPIRONA
Eficazes no tratamento da ansiedade crônica e devem ser considerados fármacos de 1ª escolha, especialmente em 
pacientes com inclinação para dependência ou vício.
Fármacos de escolha no distúrbio do pânico (clomipramina e imipramina)
Clomipramina: Útil no tratamento dos distúrbios obsessivo-compulsivo (TOC).
Usados também em distúrbios de ansiedade generalizada (TAG) com elevada possibilidade de abuso de 
benzodiazepínicos.
Posologia: VO, 25 mg/dia, inicialmente Aumentar para 100 mg durante as 2 primeiras semanas Até uma dose máxima 
de 250 mg/dia
Escitalopram ou paroxetina (ISCSs) ou venlafaxina ou duloxetina (inibidores seletivos da captação de serotonina e 
norepinefrina – ISCSNs) → podem ser usados sós ou prescritos em associação com uma dosagem baixa de 
benzodiazepínico durante as primeiras semanas de tratamento.
Após 4 a 6 semanas, quando o antidepressivo começa seu efeito ansiolítico, a dosagem de benzodiazepínico pode ser 
reduzida gradualmente. 
ISCSs ou ISCSNs→ têm menor potencial de gerar dependência física do que os benzodiazepínicos, tornando-se o 
tratamento de escolha contra o TAG. 
Ainda que apenas certos ISCSs ou ISCSNs tenham sido aprovados para o tratamento do TAG, a eficácia desses 
fármacos é provavelmente um efeito da classe.
A escolha entre esses antidepressivos pode ser feita com base nos efeitos adversos e no custo. 
O tratamento com antidepressivos e benzodiazepínicos contra os transtornos de ansiedade é necessário por longo 
período, de modo a manter a vantagem alcançada e evitar recaídas.
É útil no tratamento crônico da ansiedade generalizada (TAG) e tem eficácia comparável à dos benzodiazepínicos. 
Tem início de ação lento e não é eficaz para tratamento de curta duração ou para estados de ansiedade agudos. 
Ação Farmacológica: Agonismo parcial dos receptores de SER 5HT1A:
→ Atuação nos receptores pré-sinápticos (autoreceptores), diminui a frequência de disparos do neurônio 
serotonérgico pré-sináptico
→ Atuação como agonista parcial nos receptores pós-sinápticos, competindo com a SER por esses receptores e, 
consequentemente, diminui sua ação. 
Suas ações parecem mediadas pelos receptores de serotonina (5-HT1a), embora ela também tenha alguma afinidade 
pelos receptores D2 da dopamina e 5-HT2a da serotonina. 
Seu modo de ação difere do mecanismo de ação dosbenzodiazepínicos. 
A buspirona não tem as propriedades anticonvulsivantes e miorrelaxantes dos benzodiazepínicos → não induz 
sedação, prejuízo cognitivo ou psicomotor, dependência física e tolerância e não interage com o álcool.
A frequência dos efeitos adversos é baixa, sendo os mais comuns cefaleia, nervosismo, náuseas e tonturas.
Sedação e disfunções cognitivas e psicomotoras são mínimas, e a dependência é improvável. 
Não potencializa a depressão do SNC pelo etanol. 
Mostra menor interferência com as funções motoras, uma vantagem que é particularmente importante em pacientes 
mais idosos.
Posologia: VO, 15 mg /dia, dividido em 3 tomadas, aumentada em 5 mg/dia a intervalos de 2 a 4 dias se necessário.
Ajuste função hepática e renal: não recomendado. 
Gestação e lactação: categoria de risco B na gestação, não recomendado na lactação. 
Efeitos adversos: tontura, sonolência, confusão, nervosismo, fadiga, cefaleia, irritabilidade, náuseas, diarreia, rash, 
parestesia, visão borrada e incoordenação motora. 
Interações: Uso com ISRS pode causar síndrome serotonérgica. Não usar com IMAO pelo risco de crise hipertensiva. 
Meia-vida: 2-11h (média 2,4H) 
Eliminação renal e nas fezes. 
VANTAGENS: Útil no tratamento de longa duração contra a ansiedade crônica com sintomas de irritabilidade e 
hostilidade, não potencializa a depressão do SNC pelo etanol, baixo potencial de dependência.
DESVANTAGENS: Início de ação mais lento (duas semanas ou mais) do que os benzodiazepínicos, não apresenta 
atividade anticonvulsiva ou músculo-relaxante e sua eficácia não é comprovada em crianças.
BARBITÚRICOS
FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 9
Mecanismo de ação Ações Usos terapêuticos Farmacocinética Efeitos adversos
Eram a base do tratamento usado 
para sedar o paciente ou para 
induzir e manter o sono.
Foram substituídos pelos 
benzodiazepínicos, principalmente 
porque os barbitúricos induzem a 
tolerância e a dependência física e 
estão associados a sintomas de 
abstinência graves. 
Todos os barbitúricos são 
substâncias controladas.
Barbitúricos de ação muito curta 
como o tiopental, foram usados para 
induzir anestesia, mas são menos 
empregados atualmente devido aos 
novos fármacos com menos efeitos 
adversos.
VANTAGENS: Rápido início de ação.
DESVANTAGENS: induzem 
tolerância, enzimas 
biotransformadoras de fármacos e 
dependência física e apresentam 
graves sintomas de abstinência.
Sua ação hipnoticossedativa se 
deve à interação com os receptores 
GABAa, potencializando a 
transmissão gabaérgica. 
O local de ligação dos barbitúricos 
no receptor GABA é diferente 
daquele dos benzodiazepínicos. 
Os barbitúricos potenciam a ação do 
GABA na entrada de cloreto no 
neurônio, prolongando o tempo de 
abertura do canal de cloreto.
Além disso, podem bloquear os 
receptores excitatórios glutamato. 
Concentrações anestésicas de 
pentobarbital também bloqueiam os 
canais de sódio de alta frequência. 
Todas essas ações moleculares 
diminuem a atividade neuronal.
São classificados de acordo com 
sua duração da ação.
Tiopental→ ação ultracurta, atua 
dentro de segundos e tem uma 
duração de cerca de 30 minutos. 
Fenobarbital→ tem duração de 
ação maior que um dia. 
Pentobarbital, secobarbital, 
amobarbital e butalbital→ de ação 
curta, 3 a 8 horas.
Depressão do SNC: Em doses 
baixas, produzem sedação (têm um 
efeito calmante e reduzem a 
excitação). Em doses crescentes, 
causam hipnose, seguida de 
anestesia (perda das sensações) e, 
finalmente, coma e morte. Não 
aumentam o limiar da dor e não têm 
propriedades analgésicas; eles 
podem inclusive exacerbar a dor. 
Seu uso crônico leva à tolerância. 
Depressão respiratória: suprimem 
as respostas à hipóxia e aos 
quimiorreceptores ao dióxido de 
carbono (CO2). A dosagem 
excessiva é seguida de depressão 
respiratória e morte.
Anestésico: barbitúricos de ação 
ultracurta (tiopental) são usados por 
via IV para induzir anestesia, mas 
foram amplamente substituídos por 
outros fármacos. 
Anticonvulsivante: O fenobarbital tem 
atividade anticonvulsiva específica 
que se diferencia da depressão 
inespecífica do SNC. Ele é usado por 
longos períodos no controle das 
convulsões tônico-clônicas, mas pode 
deprimir o desenvolvimento cognitivo 
em crianças e diminuir o desempenho 
cognitivo em adultos. Deve ser usado 
apenas se outros tratamentos 
falharem. Pode ser usado no 
tratamento do estado epilético 
refratário.
Hipnoticossedativo: são usados como 
sedativos leves para aliviar 
ansiedade, tensão nervosa e insônia. 
Quando usados como hipnóticos, eles 
suprimem o sono REM mais do que 
outros estágios. O uso contra insônia 
de modo geral não é mais aceito, 
devido aos efeitos adversos e ao 
potencial para tolerância. 
Butalbital é usado comumente em 
produtos associados (com 
paracetamol e cafeína ou com ácido 
acetilsalicílico e cafeína), como 
sedativo para ajudar no manejo de 
cefaleias por tensão ou enxaquecas. 
São bem absorvidos por 
administração VO e distribuem por 
todo o organismo. 
Todos os barbitúricos se 
redistribuem do SNC para as áreas 
esplâncnicas, para o músculo 
esquelético e para o tecido adiposo. 
Esse movimento é importante por 
causar a curta duração de ação do 
tiopental e derivados de ação curta 
similar. 
Os barbitúricos atravessam 
facilmente a placenta e podem 
deprimir o feto. 
Eles são biotransformados no 
fígado, e os metabólitos inativos 
são excretados na urina.
Causam sonolência, dificuldade de 
concentração e preguiça mental e física. 
Os efeitos depressores do SNC são 
potencializados com os do etanol. 
Dosagens hipnóticas dos barbitúricos 
provocam “ressaca” que compromete a 
capacidade do paciente de atuar 
normalmente durante várias horas depois 
do despertar. Às vezes, ocorrem náuseas 
e tonturas. 
Induzem as enzimas microssomais
citocromo P450 (CYP450) hepáticas. Sua 
administração crônica diminui a ação de 
vários fármacos que são 
biotransformados pelo sistema CYP450. 
São contraindicados em pacientes 
portadores de porfiria intermitente 
aguda. 
A retirada abrupta pode causar tremores, 
ansiedade, fraqueza, intranquilidade, 
náuseas e êmese, convulsões, delírio e 
parada cardíaca. 
A abstinência é muito mais grave do que 
aquela associada ao opioide e pode 
resultar em morte. Morte também pode 
ocorrer por dosagem excessiva. Intensa 
depressão respiratória está associada à 
depressão cardiovascular central e 
resulta em uma condição similar ao 
choque, com respiração superficial e 
infrequente. O tratamento inclui cuidados 
de apoio e descontaminação gástrica se a 
ingestão tiver sido recente. 
OUTROS HIPNÓTICOS
FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 10
Compostos Z Zolpidem Zaleplona Eszopiclona
Novos antagonistas dos receptores benzodiazepínicos
Os compostos desta classe incluem a zopiclona e o 
zolpidem
Embora não sejam estruturalmente relacionados uns com 
os outros e aos benzodiazepínicos, seu efeito terapêutico 
como hipnótico é devido aos efeitos agonistas no local 
BZD do receptor GABAa.
Em comparação aos benzodiazepínicos, os compostos Z 
são menos eficazes como anticonvulsivantes ou 
relaxantes musculares, o que pode estar relacionado a 
sua relativa seletividade para receptores GABAa que 
contem a subunidade α1.
Não é relacionado aos benzodiazepínicos estruturalmente, mas se 
fixa seletivamente ao receptor benzodiazepínico do subtipo BZ1.
Não tem propriedades anticonvulsivantes ou miorrelaxantes. 
Ele apresenta poucos efeitos de abstinência e provoca insônia de 
rebote mínima. Com o uso prolongado, ocorre pouca tolerância.
É rapidamente absorvido no TGI, tem rápido início de ação (20 a 
30 minutos) e meia-vida de eliminação curta, cerca de 2-3 horas. 
Produz efeito hipnótico por cerca de 5 horas (6 a 8 horas).
Também estão disponíveis um spray lingual e uma formulação de 
liberação prolongada. 
O comprimido sublingual éa formulação que pode ser usada para 
o despertar no meio da noite.
Sofre oxidação hepática a produtos inativos, pelo sistema 
CYP450. 
Assim, fármacos como a rifampicina, que induzem esse sistema 
enzimático, encurtam a meia-vida do zolpidem, e fármacos que 
inibem a ioenzima CYP3A4 podem aumentar a sua meia-vida. 
É um fármaco aprovado para o tratamento da insônia a curto prazo 
(7 a 10 dias) 
Indicado para manejo de insônia em pacientes não responsivos ou 
intolerantes a BZD, 
Posologia: VO, 10 mg ao deitar 
EA: pesadelos, agitação, amnésia anterógrada, cefaleia, 
distúrbios gastrintestinais, tonturas e sonolência diurna. 
Diferentemente dos benzodiazepínicos, nas dosagens hipnóticas 
usuais, os fármacos não benzodiazepínicos zolpidem, zaleplona e 
eszopiclona não alteram significativamente os vários estágios do 
sono e costumam ser os hipnóticos preferidos. Isso pode ser 
devido à sua relativa seletividade pelo receptor BZ1. 
Pode ocorrer insônia de rebote durante uma noite ou duas após a 
interrupção do fármaco e pode haver sintomas de abstinência se 
for suspensa abruptamente após cerca de 1 semana de uso 
regular 
Não deve ser associado ao álcool ou a outros depressores do SNC 
devido ao aumento do risco de sedação excessiva e de depressão 
respiratória 
Gestação e lactação: Categoria de risco C na gestação. É 
secretado no leite materno, não recomendado na lactação. 
São substâncias controladas.
Hipnótico não benzodiazepínico oral similar ao zolpidem.
Contudo, causa menos efeitos residuais nas funções 
psicomotoras e cognitivas em comparação ao zolpidem
ou aos benzodiazepínicos. Isso pode ser devido à sua 
rápida eliminação, com uma meia-vida de cerca de 1 
hora. 
É biotransformado pelo CYP3A4.
Zaleplona e Zolpidem:
VANTAGENS: Causam insônia de rebote mínima, causam 
efeitos mínimos de abstinência, pouca ou nenhuma 
tolerância ocorre com o uso prolongado.
DESVANTAGENS: Não apresentam propriedades 
anticonvulsivas ou músculo- -relaxantes.
Hipnótico não benzodiazepínico oral que atua no receptor 
BZ1. 
Revelou-se eficaz contra insônia por até 6 meses. 
É rapidamente absorvido (tempo para o pico de 1 hora), 
extensamente biotransformado por oxidação e 
desmetilação pelo sistema CYP450 e excretado 
principalmente na urina. 
A sua meia-vida de eliminação é de cerca de 6 horas. 
Efeitos adversos: ansiedade, xerostomia, cefaleia, edema 
periférico, sonolência e gosto desagradável.
VANTAGENS: Eficaz por até seis meses.
DESVANTAGENS: Início de ação mais lento do que os 
benzodiazepínicos, não apresenta atividade 
anticonvulsiva ou músculo-relaxante.
OUTROS HIPNÓTICOS
FARMACOLOGIA - VERÔNICA TREVIZAN LAGNI 11
Zopiclona Ramelteona Anti-histamínicos Antidepressivos Hipnótico ideal 
Uso: insônia 
Posologia: 5-7,5 mg à noite. Em idosos iniciar 
com 3,75 mg. 
Modo de administração: VO, imediatamente 
ao deitar. 
Meia-vida: 5 h em adultos saudáveis e 7 h 
em idosos. Eliminação: urina e fezes. 
Cautela na IH, iniciar com 3,75 mg. Sem 
informação na IR. 
Efeitos adversos: boca seca, gosto amargo, 
cefaleia. Interações: o uso com outros 
depressores do SNC pode aumentar seus 
efeitos. 
Gestação e lactação: não recomendado.
Agonista seletivo dos subtipos de receptores 
de melatonina MT1 e MT2. 
A melatonina é um hormônio secretado pela 
glândula pineal que auxilia na manutenção 
do ritmo circadiano subjacente ao ciclo sono-
vigília normal. 
A indução e a promoção do sono parecem 
devidas à estimulação dos receptores MT1 e 
MT2 pela ramelteona. 
É indicada para o tratamento da insônia 
caracterizada pela dificuldade de “começar” 
a dormir (aumento da latência até dormir). 
Tem potencial de abuso mínimo e não foi 
observada evidência de dependência ou 
efeito de abstinência. 
Pode ser administrada por longos períodos. 
Efeitos adversos: tonturas, fadiga e 
sonolência. 
Pode aumentar os níveis de prolactina. 
VANTAGENS: Baixo potencial de abuso com 
efeitos de abstinência e dependência 
mínimos, pode ser usado por tempo 
prolongado.
DESVANTAGENS: Somente tem efeitos 
mínimos nas medidas objetivas de eficácia 
de sono.
Alguns anti-histamínicos com propriedades 
sedativas, como difenidramina, hidroxizina e 
doxilamina, são eficazes no tratamento dos 
tipos leves de insônia situacional. 
Contudo, eles têm efeitos indesejados (como 
os efeitos anticolinérgicos) que os tornam 
menos úteis do que os benzodiazepínicos e 
os não benzodiazepínicos. 
Alguns anti-histamínicos sedativos são 
comercializados em numerosos produtos de 
venda livre.
O uso de antidepressivos sedativos com forte 
perfil anti-histamínico ocorre há décadas. 
Doxepina→ um tricíclico antigo com ação 
antidepressiva e ansiolítica por ISCSN, foi 
aprovada recentemente para o tratamento da 
insônia em doses baixas. 
Trazodona, mirtazapina e outros 
antidepressivos → tricíclicos antigos com 
forte propriedade anti-histamínica, são 
usados extrabula no tratamento da insônia.
Deveria possibilitar a ocorrência de um sono 
com arquitetura normal, em vez de produzir 
um sono com padrão farmacologicamente 
alterado. 
Teria que ter início de ação rápido quando 
tomado ao deitar 
Uma ação suficientemente prolongada para 
facilitar o sono durante toda a noite e 
nenhuma ação residual na manhã seguinte. 
Não causaria efeitos no dia seguinte, seja 
ansiedade de rebote ou persistência da 
sedação, e não interagiria com outros 
medicamentos. 
Seu uso crônico não provocaria dependência 
insônia de rebote após a interrupção.

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