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23/10/2019 1 ALIMENTAÇÃO DE COELHOS E EQUINOS IZ 122 Problemas associados com a alimentação dos coelhos e equinos 1 Vinicius Pimentel Silva IZ- 122 • Coccidiose: causada por protozoário do gênero Eiméria • Eiméria hepática: Eimeria steidae - • Eimeria intestinal: Eimeria magna, Eimeria perforans e etc... • A Eiméria é um hospedeiro natural dos coelhos, em condições normais não causa problemas. Mas quando alteramos o ambiente intestinal (acidificação) ocorre proliferação exagerada, causando a doença. Doenças de coelhos IZ- 122 • Sintoma: ascite é o acúmulo de fluidos dentro da cavidade abdominal. Trata-se de um sinal que aponta para a possibilidade de doenças hepáticas, morte, pontos no fígado. • Tratamento: • Higienização das gaiolas e evitar contato de um animal contaminado com outro, • Evitar moscas • Produtos a base de sulfa na água de beber; • Fornecer fibra • Prevenção na ração peletizada - Aditivo Zootécnico melhorador de microbiota Doenças de coelhos IZ- 122 • Diarreias Enterites: • Distúrbio digestivo podem provocar alto índice de mortalidade. • Atinge todo o rebanho mas é mais frequente em animais jovens (31 a 70 dias). Doenças de coelhos IZ- 122 • Causas: variada; • destacando-se a qualidade da fibra (digestibilidade; capacidade de hidratação, poder tampão e etc.) grau de moagem, baixo teor de fibra na ração; • excesso de proteína na ração; • alimentos muito úmidos ou já em processo de deterioração (fermentados). • Estresse acentuado e mudanças bruscas na dieta. Doenças de coelhos IZ- 122 • Diversos tipos e, portanto, diferentes procedimento de controle: • Fezes diluídas de coloração verde escura: alimentos muito úmidos ou deteriorados ou mudança de ração de melhor qualidade para uma de pior. Retira-se o alimento causador, administra-se algum produto adstringente ou absorvente (folha de goiabeira, bananeira ou feno de qualidade). Tratamento imediato antes da desidratação e perda de apetite. Após, tratamento veterinário. • Fezes diluídas com presença de muco: Consumo de rações deficientes em fibra (qualidade ou quantidade) ou estresse intenso. A quantidade de muco é produzida para tamponar a acidez excessiva do ceco. Doenças de coelhos 1 2 3 4 5 6 23/10/2019 2 IZ- 122 • Fezes amarelas em animais lactentes: ingestão excessiva de leite e ninhada pequena. Ou, na maioria das vezes, as matrizes estão infectadas por bactérias do gênero Clostridium. • 1- Transferência de láparos: • 2- Suprir deficiência de fibra na ração da matriz e os filhotes transferidos Doenças de coelhos IZ- 122 • Fezes diluídas e líquido esverdeado: associado a corrimento nasal, ocular e estado febril e perda de apetite. • Infecção por bactérias do gênero Pasteurella que se localizam nos intestinos e vias respiratórias. • Causa: falta de higiene; umidade excessiva (cochos e instalações inadequadas) amônia no ambiente • Controle: por vacinação, controle dos fatores Doenças de coelhos IZ- 122 Doenças de coelhos IZ- 122 • Febre vitular: Uma falha no metabolismo endócrino-mineral, ligado a deficiência de cálcio, desbalanço mineral. • Sintomas: suspensão da produção de leite, paralização dos membros posteriores e prostração total. • Atinge: matrizes no final do período de gestação e inicio da lactação (primíparas). • Aplicação de cálcio: tratamento clínico veterinário Doenças de coelhos IZ- 122 • Timpanismo: causada pela ingestão de alimentos fermentados, ricos em amido, forragens com princípios tóxicos. • O animal fica com o ventre dilatado, perde apetite, fica prostrado e com dificuldade respiratória. • Pode-se administrar óleo/azeite via oral massagem abdominal. • Tratamento clínico veterinário. Doenças de coelhos IZ- 122 • Pontas de dente: animal deixa de comer e emagrece • Desgaste irregular dos dentes: • Causa: Consumo elevado de concentrado; Redução dos movimentos mastigatórios; maior incidência em animais atletas confinados. Cavalos - Boca 7 8 9 10 11 12 23/10/2019 3 IZ- 122 • Travagem: animal deixa de comer e emagrece • Inflamação do palato • Diastema: acúmulo de material entre os dentes Cavalos - Boca IZ- 122 •Úlceras gástricas: • Lesões na mucosa do epitélio gástrico, próximo a margem pregueada • Redução do tempo de pastejo • Redução da mastigação • Consumo excessivo de concentrado Estômago - cavalo IZ- 122 • Tratamento preventivo: redução do concentrado, controle do fornecimento de amido, fornecimento de alimento volumoso de qualidade para aumentar o tempo de mastigação e produção da saliva. Estômago - cavalo IZ- 122 • Cólica gástrica: • Produção excessiva de gases no estômago • Distensão gástrica; paralização do estômago • Rompimento gástrico e morte • Animais ansiosos • Consumo de concentrado em transportes por período prolongado • Baixo consumo de água • Grande quantidade de ração consumida em um trato • Animal que escapa da baia • Tratamento preventivo: controle no fornecimento de alimento concentrado por refeição: 500g de concentrado/100Kg de PV Estômago - cavalo IZ- 122 • Consumo excessivo de amido gera acidose na câmara fermentativa tanto do coelho quanto dos equinos: • Obesidade – laminite • Aumento da produção de ácido lático • Redução do pH cecal (coelho) e do ceco cólon dos equinos • Lesão na mucosa do epitélio • Absorção de endotoxinas • cólicas e laminites (inflamação dos vasos que irrigam o casco do cavalo) Consumo excessivo de amido IZ- 122 • Inflamação dos vasos que irrigam o casco Laminite Conclusões: correlações positivas entre índices de obesidade e a distância de afundamento da falange distal indicam que éguas Mangalarga Marchador também estão sujeitas à ocorrência de laminite associada à obesidade. MAGALHAES, J.F. et al. Estudo da correlação de medidas radiográficas indicadoras de laminite em éguas da raça Mangalarga Marchador com e sem sinais de sobrepeso. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. 2014, vol.66, n.4 pp.1023-1032. http://dx.doi.org/10.1590/1678-6544. 13 14 15 16 17 18 23/10/2019 4 IZ- 122 • Easy keppers • Alimentos doces – sweetfeed: melaço e etc • Escore corporal acima de 7 Obesidade – IZ- 122 IZ- 122 • Diarreia: • Causa desidratação; perda de eletrólitos; redução na absorção de nutrientes e consequente emagrecimento. • Mudança da pressão osmótica: • Bacteriana: mais comum em potros; possui cheiro característico. • Muito problemática em potros recém nascidos: • Estão susceptíveis aos desafios do ambiente (contaminações) e possuem pouca reserva nutricional com seus mecanismos de imunidade ainda em processo de estabelecimento. • Mudanças na microbiota intestinal mais frequentes Diarreia IZ- 122 • Valores médios e desvios padrão de consistência fecal de potros suplementados e não suplementados com inulina (FOS). • Suplementados Diarreia – Consistência fecal IZ- 122 • Valores médios e desvios padrão de consistência fecal de potros suplementados e não suplementados com inulina (FOS). • Não Suplementados Diarreia – Consistência fecal IZ- 122 • Os equinos absorvem mal o Ca e estima-se que a sua absorção esteja entre 75% nas categorias mais jovens e 50% nos adultos. • A absorção de Ca em equinos consumindo dietas de alfafa é de 75%, e quando comparado com as gramíneas (Bermudas) observa-se absorção de 40% (Nutrient... 2007). • Outros fatores influenciam na absorção do Ca como é o caso do Oxalato. • O oxalato dietético reduz a absorção do Ca drasticamente. A redução da absorção pode chegar a 66%, quando apenas 1% de oxalato estiver presente na dieta. Ca e P e fatores anti-nutricionais 19 20 21 22 23 24 23/10/2019 5 IZ- 122 • A concentração de oxalato tende a ser alta em forrageiras tropicais, agravando-se, pois também apresenta baixas concentrações de cálcio (Pagan, 2001). Ca e P e fatores anti-nutricionais IZ- 122 Categorias mais afetadas IZ- 122 Tabela 1. Gramíneas que apresentam elevadas concentrações de Oxalato Nome vulgar Concentração1 Nome científico Capim Buffel 1,06% Cenchrus cilaris Capim Colonião 2,14% Panicum spp. Capim Pangola 0,92- 2,3% Digitariadecumbens Gramas * Paspalum spp. Napier 1,6% Pennisetum spp. Setária 4,2 - 3,5% Setaria sphacelata; Setaria incrassate Quicuio 1,2% Pennisetum clandestinum Quicuio do Amazonas 1,6-1,8% Brachiaria humidicola 1 MS (%); Adaptado: Pupo (1989); Nunes et al. (1990); Pagan (2001); Nutrient... (2007). OXALATO IZ- 122 • A toxidez por oxalato foi avaliada em equinos no ensaio realizado por Swaroski et al. (2007b), onde comparam os níveis de oxalato e Ca dos capins Hermatria, Setária e Aruana. • Os estudos ainda são muito preliminares e são poucos que observaram o conteúdo em cálcio e oxalato do capim Aruana. Capim Aruana (Panicummaximum cv. Aruana) Autor PB1 EE1 FDN1 FDA1 LIG1 Ca1 P1 Oxal Valadares Filho et al.(2006) 5,31 0,9 79,8 45,0 * * * * Swaroski et al. (2007ab) * * * * * 0,35 0,37 2,16 IZ- 122 Prof. Fernando Queiroz de Almeida/UFRRJ Prof. Fernando Queiroz de Almeida/UFRRJ Osteodistrofia fibrosa Fonte: Fernando Queiroz/UFRRJ Fonte: Fernando Queiroz/UFRRJ IZ- 122 Arquivo Prof. Adalgiza/UFMG Osteodistrofia fibrosa 25 26 27 28 29 30 23/10/2019 6 IZ- 122 Osteodistrofia fibrosa IZ- 122 • O consumo de fibra nos equinos precisa ser proveniente de alimentos volumosos de qualidade, baixo teor de lignificação; • Os equinos são herbívoros seletivos • Coelhos também escolhem alimentos volumosos com composição de fibra de qualidade. • Fira rica em pectinas Tipo de fibra IZ- 122 • Compactação Cólica no intestino grosso IZ- 122 • Funcionamento normal do trato digestivo. • Saúde TGI • Microbiota • Peristaltismo • (Hintz et al., 1989; Moore-Colyer et al., 2003). • Previne distúrbios comportamentais (Pagan, 2001). Redução de alimento volumoso - Fibra IZ- 122 Efeitos na Saúde • As recomendações baseiam se na prevenção de distúrbios devido ao baixo fornecimento de fibra e fibra de baixa qualidade: • Cólica (Clarke et al., 1990) • Comportamentos estereotipados (Gilham et al., 1994) • Úlceras gástricas (Murray 1994) • Acidose (Argenzio et al. 1974; Medina et al., 2002). IZ- 122 • Manutenção dos movimentos mastigatórios: • Desgaste dos dentes • Escovação (evita formação de placas dentárias) • Produção de saliva e insere água na digesta • Evita estresse Importância da fibra - Equinos 31 32 33 34 35 36 23/10/2019 7 IZ- 122 Xavier 230719 - UFRRJ Importância da fibra - Equinos IZ- 122 Importância da fibra - Equinos •Evita estereotipias (vícios) •Morder madeira •Aerofagia •Dança do urso •Coprofagia •Comer cama IZ- 122 Estresse Fonte: Vinicius, Arquivo Pessoal Fonte: Jean – All Nova IZ- 122 Comportamento estereotipado - Vícios IZ- 122 16072019 dança do urso IZ- 122 Cólica por compactação 37 38 39 40 41 42 23/10/2019 8 IZ- 122 • Consumo de objetos estranhos, tecidos e etc; • Sais de extruvita, dieta básica, excesso de magnésio Enterólitos IZ- 122 • Ação das Micotoxinas nos equinos • Fumonisinas; aflatoxinas; Zearalenonas, Ocratoxinas • Leucoencefalomalácia: • Consumo de grãos e subprodutos de milho em equinos é a principal fonte contaminada com micotoxinas, principalmente a fumonisina, responsável por causar grave intoxicação e doença conhecida como leucoencefalomalácia equina (LEME) (Ross et al., 1991,1993; Câmara et al., 2008; Santos et al., 2013), como também associada a síndrome hepatotóxica (Voss et al., 2007). MICOTOXINAS IZ- 122 • Em determinadas épocas do ano e regiões, a escassez de forragem nas pastagens acarreta a suplementação dos animais com milho, concentrados que contém milho, rolão/farelo de milho e/ou resíduos da indústria de processamento do grão, o que favorece a ocorrência da doença (Mallmann et al., 1999; Ragsdal; Debey, 2003; Câmara et al., 2008; Santos et al., 2013). MICOTOXINAS IZ- 122 • A LEME é causada por fumonisinas, principalmente FB1, produzidas por F. verticillioides, com ação sobre o sistema nervoso central, causando sinais neurológicos súbitos decorrentes de necrose de liquefação da substância branca subcortical cerebral, com morte após evolução clínica de 4 a 72 horas, que pode estender-se por uma a duas semanas (Meireles et al., 1994; Méndez; Riet-Correa, 2007; Câmara et al., 2008; Santos et al., 2013). MICOTOXINAS IZ- 122 • O desenvolvimento do fungo e a produção de fumonisinas que são micotoxinas hidrossolúveis estáveis ao calor e resistentes a tratamento alcalino estão relacionados diretamente com a umidade e com a ocorrência de quedas de temperatura que causam choque térmico (Meireles et al., 1994; Méndez; Riet- Correa, 2007; Câmara et al., 2008; Santos et al., 2013). MICOTOXINAS IZ- 122 Zootecnia - UFRRJ Prof. Vinicius Pimentel Silva- CRMV-SP:02738/Z viniciuspimentel@ufrrj.br 44 45 46 47 48 49 mailto:viniciuspimentel@ufrrj.br
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