Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MASTITES Prof.Dra.Melina Yasuoka MASTITES (Mamites) Processo inflamatório da glândula mamária, que se caracteriza por alterações físicas e químicas do leite, bem como modificações no tecido glandular MASTITES (mamites) Etiologia • Fatores Determinantes (agentes microbianos) • Fatores predisponentes (facilitam instalação do agente) MASTITES Fatores determinantes Staphylococcus aureus Streptococcus agalactiae Mycoplasma bovis Streptococcus uberis Streptococcus disgalactiae Arcanobacterium pyogenes Enterobacteriacae E. Coli Aerobacter aerogenes Klebsiela pneumoniae Serratia sp. Enterococcus spp. 70 - 80% Mastite Contagiosa Mastites Ambientais MASTITES Fatores determinantes Outros agentes: Brucella spp, Mycobacterium spp, Pseudomonas spp, Salmonella spp, Pasteurella spp, Clostridium spp, Staphylococcus coagulase negativa Streptococcus spp. Fungos: Trichosporon spp.; Aspergillus spp. Leveduras: Candida spp; Criptococcus spp. Prototheca spp (alga). Vírus: pouca importancia MASTITES Fatores determinantes Tipo de infecção: Simples Associada Indeterminada Infecções associadas: Staphylococcus sp. X Streptococcus sp. Staphylococcus sp. X Arcanobacterium pyogenes Streptococcus sp. X Arcanobacterium pyogenes 77,5% 17,7% 4,8% 63,0% 29,6% 7,4% Birgel, 1982 MASTITES Fatores predisponentes 1. Fatores relacionados aos animais Descida do leite Vaca Normal neuro hipofise Contração mioepitelial Relaxamento do esfincter Descida do leite Stress Adrenal Não há descida do leite Retenção do leite Proliferação de bactérias ocitocina adrenalina MASTITES Fatores predisponentes Não há descida do leite Retenção de leite Multiplicação de microorganismos Mau estado nutricional Idade e Paridade da vaca Prevalência de quartos infectados aumenta com a idade Prevalência de infecção em novilhas é maior MASTITES Fatores predisponentes Fase inicial do período seco Primeiros dois meses de lactação Estágio da lactação MASTITES Fatores predisponentes Características da ordenha Diâmetro do canal do teto Maior orifício do teto • Maior nº de bact • Maior veloc. de ordenha • Melhor aproveitamento tempo de ocitocina 1. Fatores relacionados aos animais MASTITES Fatores predisponentes 1. Fatores relacionados aos animais Alterações morfológicas das mamas MASTITES Fatores predisponentes Alterações morfológicas dos tetos (formato e extremidades) 1) ótima forma: 8 a 10 cm; 2) em formato de garrafa; 3) teto cônico; 4) teto curto; 5) teto caído; 6) teto carnudo. 1. Fatores relacionados aos animais MASTITES Fatores predisponentes 2. Fatores relacionados ao ambiente e manejo A- Qualidade e manejo de instalações B- Práticas de ordenha • Clima • Sistema de alojamento • Cama dos animais • Eficiência dos ordenhadores • Funcionamento da ordenhadeira • Higiene da sala de ordenha PATOGENIA DAS MASTITES microorganismo 1ª fase: invasão 2ª fase: infecção 3ª fase: inflamação PATOGENIA DAS MASTITES Proteínas séricas Células H2CO3 cloreto > pH > eletrocondutividade agente < lactose < caseína < volume > celularidade • Ascendente • Hematógena (descendente) Critério Microbiológico – Epidemiológico: • Mamites contagiosas (transmitida de fêmea a fêmea): Streptococcus agalactiae; Staphylococcus aureus; Mycoplasma spp; Corynebacterium bovis • Mamites ambientais (transmissão independente da fêmea): Streptococcus spp: S. dysgalactiae, S. uberis; S. zooepidemicus; S. bovis; S. fecalis; Coliformes: Escherichia coli; Klebsiela spp; Enterobacter aerogenes; Pseudomonas aeruginosa; Fungos: Trichosporun spp; Aspergillus spp; Leveduras: Candida spp; Algas: Prototheca spp. CLASSIFICAÇÕES DAS MASTITES FI: outra fêmea contaminada FI: meio ambiente Cadeia Epidemiológica: CLASSIFICAÇÕES DAS MASTITES FI: outra fêmea contaminada Porta de entrada: orifício do teto • Mãos do ordenhador • ordenhadeira mal higienizada • Pós dipping contaminado • Uso de pano úmido de uma vaca pra outra Cadeia Epidemiológica: CLASSIFICAÇÕES DAS MASTITES FI: meio ambiente Porta de entrada: orifício do teto • ambiente • Material da cama • Umidade / temperaturas elevadas • Lesões CLASIFICAÇÕES DAS MASTITES Classificações: •CLINICA X SUBCLINICA •AGUDA X CRÔNICA •CATARRAL X APOSTEMATOSA X FLEGMONOSA CLASIFICAÇÕES DAS MASTITES Segundo as manifestações clínicas: Catarral; Apostematosa; Flegmonosa. Mastite Catarral Aguda Alterações da glândula Sinais de Processo Inflamatório Agudo Tumor – edema; Calor; Rubor; Dor; Perda da Função – Quebra do Leite Mastite Catarral Aguda Aspecto do leite Mantém aspecto de leite (grumos); Presença de pús ou sangue; > número de células somáticas; pH alcalino. Mastite Catarral Crônica Sinais de Processo Inflamatório Agudo desaparecem; Perda da Função – Quebra do Leite Endurecimento da Glândula Mamária (Fibrose) Alterações da glândula Mastite Catarral Crônica Mantém aspecto de leite (grumos); Presença de pús ou sangue; > número de células somáticas; pH alcalino. Aspecto do leite Mastite Apostematosa Alterações da glândula Alterações na forma – hipertrofia – atrofia; Abscessos intra-mamários – supurações; Endurecimento difuso – fibrose. Mastite Apostematosa Alterações no aspecto – AGALAXIA; Presença de pús (supurações; mau odor). Aspecto do leite Mastite Apostematosa Alterações sistêmicas Alterações do estado geral; Febre, inapetência, toxemia, bacteremia; Distúrbios Digestivos; Abscessos Hepáticos; Distúrbios do Aparelho Locomotor (Poliartrites, Laminites). Mastite Flegmonosa Sinais de Processo Inflamatório Dor INTENSA – inquietação – distúrbios de atitude. Cianose, temperatura – gangrena. Alterações da glândula Mastite Flegmonosa Diminuição – AGALAXIA; Perda da característica de leite (< 24 horas). aspecto seroso ou sero-sangüinolento com flocos – coliformes; aspecto sanguinolento sem grumos – Clostridium spp (gangrenas); Staphylococcus spp. Aspecto do leite Mastite Flegmonosa Alterações sistêmicas Quadro de Endotoxemia Grave: Congestão das Mucosas Aparentes; Vasos Episclerais Injetados; Distúrbios Cárdio-circulatórios; Distúrbios Respiratórios; Distúrbios Entéricos; Febre Alta; Desidratação. Diagnóstico das mastites Anormalidades físicas do úbere Inspeção e palpação Fibrose Edema Atrofia da glândula Cortesia: Prof. Dr. Fabio Pogliani, USP Cortesia: Prof. Dr. Fabio Pogliani, USP Diagnóstico das mastites Caneca telada / Tela de fundo escuro Descoloração, presença de coágulos, flocos e pus Amostra de cada quarto Secreção aquosa / coágulos ou flocos Presença de flocos ao final da ordenha Testes indiretos (Inspeção indireta) Diagnóstico das mastites A: familiar B: industrial Diagnóstico das mastites Vigilância Rebanho Individual Rebanho - Contagem de CCS do tanque de resfriamento - Estima prevalência da infecção e gravidade - Cultura bacteriana - Determina patógeno envolvido e plano de Ação recomendado pH – realizado em potenciômetro ou com papéis indicadores. O leite mamitoso apresenta um aumento do pH (leite sem alteração pH 6,4 a 6,8). Processo inflamatório Alteração da permeabilidade vascular Aumento da concentração de íons bicarbonato Diagnóstico das mastites – CMT 2ml Leite + 2ml de Reagente Rompimento de membranas celulares Grau de viscosidade da mistura Liberação de DNA Diagnóstico das mastites – CMT Diagnóstico das mastites Contagem de Células Somáticas Incluem todas as células presentes no leite (células de descamação da glândula mamária e as células de defesa (leucócitos). métodos quantitativos: - citometria de fluxo. Diagnóstico das mastites - Citometria de fluxo Contagem Eletrônica de Células Somáticas Diagnóstico das mastites Eletrocondutividade – é o resultado do conteúdo de íons presenteno leite, principalmente K+ e Cl-. No leite mamitoso observamos o aumento deste parâmetro (leite sem alteração de 4,0 a 6,0 mS/cm). Processo inflamatório Alteração da permeabilidade vascular Aumento da concentração de íons sódio e cloro Diagnóstico das mastites Outros testes indiretos Teores de cloreto – é o resultado do conteúdo de íons Cl- presentes no leite. No leite mamitoso há um aumento deste parâmetro (leite sem alteração - teores de cloreto variam de 90 a 130 mg/dL). A concentração de cloro e sódio é aproximadamente 4x maior no sangue que no leite Diagnóstico das mastites Teores de lactose – a lactose e o cloro são os responsáveis por manter a isotonicidade do leite. Aumento dos teores de cloreto no leite mamitoso provocam redução proporcional na síntese de lactose pelas células mamárias (leite sem alteração teores de lactose de 4,48 a 4,97 g/dL). Diagnóstico das mastites Exame Microbiológico – permite a identificação do agente etiológico da mamite, bem como pesquisar a sensibilidade do agente isolado à alguns antibióticos mais comumente utilizados (antibiograma). Diagnóstico das mastites Enfermidades da Glândula Mamária de Ruminantes Tratamento das mastites Terapia antimicrobiana parenteral Terapia antimicrobiana por infusões intramamárias Infusões intramárias – técnica eficiente e consagrada Seringas descartáveis ÚLCERA DA LACTAÇÃO Definição: formação ulcerosa de tamanho variável Etiologia: Stephanofilaria (S. dedoesi; S. assamensis; S. kaeli; S. stilessi) Sintomas clínicos: úlcera profunda de difícil cicatrização crostas sanguinolentas Supuração secundaria – Staphylococcus sp. Diagnóstico: Clínico inspeção Etiológico raspado da ulcera /punch Tratamento: organofosforado (local ou sistemico) 10g – 100mL de água OU 6% em pasta de vaselina OBRIGADA
Compartilhar