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Aula 02 - Afecções da Glândula Mamária

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Universidade Federal de Mato Grosso
Campus Universitário de Sinop
Instituto de Ciências da Saúde
Medicina Veterinária 
Clínica Médica e Terapêutica de Ruminantes 
Prof. ª: Scheila Geiele Kamchen
Sinop-MT
2021
AFECÇÕES DA GLÂNDULA 
MAMÁRIA 
Importância da saúde do úbere
 Perdas na produtividade do animal;
 Perdas nas lactações subseqüentes;
 Muitas enfermidades são contagiosas;
Dependendo da gravidade pode levar o animal a óbito;
 Dentre as enfermidades, a mastite é a que causa
maiores perdas econômicas na pecuária de leite;
Estrutura e função da glândula mamária
Adaptado de FONSECA & SANTOS, 
2000
1- ligamento suspensório
medial
2 – membrana
delgada
FONSECA & SANTOS, 2000
INTRODUÇÃO
LIGAMENTOS SUSPENSÓRIOS MAMA
Ligamento lateral 
(Fibroso)
Ligamento médio 
(Elástico)Ligamento lateral 
(Fibroso)
Mama 
vazia
Mama repleta de leite
Anatomia da Glândula mamária
ÚBERE
Bovinos:
4 glândulas mamárias
Caprinos e ovinos:
2 glândulas mamárias
Independentes morfologicamente 
e funcionalmente uma das outras
Separação dos quartos
contralaterais – tecido
fibroelástico
Tamanho e volume da glândula mamária
Peso: 11 a 15 kg
Glandulas anteriores menores 
que as posteriores
Produz entre 25 a 50% menos 
leite que os quartos 
posteriores
Componentes do tecido secretor da 
glândula
•Tecido conjuntivo:
•Fibroso
•Adiposo
•Tecido secretor:
•Células epiteliais secretoras do leite
INTRODUÇÃO
Componentes do tecido secretor da 
glândula
•Cisterna da glândula
•Cisterna do teto
•Alvéolo
•Lóbulo
•Lobo
•Células mioepteliais
INTRODUÇÃO
Estrutura dos sistema de ductos da glândula mamária e alvéolo 
secretor
Adaptado de FONSECA & SANTOS,2000
SECREÇÃO LEITE
OCITOCINA
Estímulo p/ Liberação ???
Manipulação
Úbere
SECREÇÃO LEITE
ADRENALINA
VASOCONSTRIÇÃO
BLOQUEIO 
RECEPTORES
Estruturas da Glândula Mamária
Galactoforite 
Cisternite 
Telite
Enfermidades da Glândula Mamária
1. Alterações inflamatórias
2. Alterações morfológicas
3. Lesões traumáticas
4. Alterações circulatórias
5. Alterações tumorais
Alterações inflamatórias
ÚLCERA DA LACTAÇÃO
Definição: formação ulcerosa de tamanho variável
Etiologia: Stephanofilaria (S. dedoesi; S. assamensis; S. kaeli; S.
stilessi)
Sintomas clínicos: úlcera profunda de difícil cicatrização
crostas sanguinolentas
Supuração secundaria – Staphylococcus sp.
Diagnóstico: Clínico
Etiológico
inspeção
raspado da ulcera /punch
Tratamento: organofosforado (local ou sistemico) 
10g – 100mL de água OU 6% em pasta de vaselina
MASTITES (Mamites)
Processo inflamatório da glândula mamária, que
se caracteriza por alterações físicas e químicas do
leite, bem como modificações no tecido glandular
MASTITES (mamites)
Etiologia
•Fatores Determinantes 
(agentes microbianos)
•Fatores predisponentes 
(facilitam instalação do agente)
MASTITES
Fatores determinantes
Staphylococcus aureus 
Streptococcus agalactiae 
Mycoplasma bovis
Enterobacteriacae
Streptococcus uberis 
Streptococcus disgalactiae 
Arcanobacterium pyogenes
E. Coli
Aerobacter aerogenes 
Klebsiela pneumoniae 
Serratia sp.
Enterococcus spp.
70 - 80%
Mastite 
Contagiosa
Mastites 
Ambientais
MASTITES
Fatores determinantes
Outros agentes:
 Brucella spp, Mycobacterium spp, Pseudomonas spp, Salmonella 
spp, Pasteurella spp, Clostridium spp,
 Staphylococcus coagulase negativa
 Streptococcus spp.
 Fungos: Trichosporon spp.; Aspergillus spp.
 Leveduras: Candida spp; Criptococcus spp.
 Prototheca spp (alga).
 Vírus: pouca importancia
MASTITES
Fatores determinantes
Tipo de infecção:
Simples 
Associada 
Indeterminada
Infecções associadas:
Staphylococcus sp. X Streptococcus sp. 
Staphylococcus sp. X Arcanobacterium pyogenes 
Streptococcus sp. X Arcanobacterium pyogenes
77,5%
17,7%
4,8%
63,0%
29,6%
7,4%
Birgel, 1982
MASTITE = PREJUÍZO
1ª fase: invasão
2ª fase: infecção 
3ª fase: inflamação
Ordenhadera Ambiente Ordenhador Lesões nos tetos
TRANSMISSÃOAGENTE
PATOGENIA
PATOGENIA DAS MASTITES
• Mamites contagiosas (transmitida de fêmea a fêmea):
Streptococcus agalactiae; 
Staphylococcus aureus; 
Mycoplasma spp; 
Corynebacterium bovis
• Mamites ambientais (transmissão independente da fêmea):
Streptococcus spp: S. dysgalactiae, S. uberis; S. zooepidemicus; S.
bovis; S. fecalis;
Coliformes: Escherichia coli; Klebsiela spp; Enterobacter aerogenes; 
Pseudomonas aeruginosa;
Fungos: Trichosporun spp; Aspergillus spp; 
Leveduras: Candida spp;
Algas: Prototheca spp.
CLASSIFICAÇÕES DAS
MASTITES
Critério Microbiológico – Epidemiológico:
FI: outra fêmea contaminada
FI: meio ambiente
CLASSIFICAÇÕES DAS
MASTITES
Cadeia Epidemiológica:
FI: outra fêmea contaminada Porta de entrada: orifício do teto
• Mãos do ordenhador
• ordenhadeira mal higienizada
• Pós dipping contaminado
• Uso de pano úmido de uma vaca pra outra
Cadeia Epidemiológica:
CLASSIFICAÇÕES DAS
MASTITES
FI: meio ambiente Porta de entrada: orifício do teto
• Meio ambiente
• Material da cama
• Umidade / temperaturas elevadas
• Lesões
CLASIFICAÇÕES DAS
MASTITES
Classificações:
 Critério Anátomo-patológico:
 Parenquimatosa – atinge o tecido glandular;
 Intersticial;
 Mista;
 Segundo a evolução:
 Hiperaguda
 Aguda;
 Subaguda
 Crônica.
CLASIFICAÇÕES DAS
MASTITES
Segundo as manifestações clínicas:
 Catarral;
 Apostematosa;
 Flegmonosa.
Mastite Catarral Aguda
Alterações da 
glândula
Sinais de Processo Inflamatório Agudo
 Tumor – edema;
 Calor;
 Rubor;
 Dor;
 Perda da Função – Quebra do Leite
Mastite Catarral Aguda
Aspecto do 
leite
 Mantém aspecto de leite (grumos);
 Presença de pús ou sangue;
 > número de células somáticas;
 pH alcalino.
Mastite Catarral Crônica
 Sinais de Processo Inflamatório Agudo
desaparecem;
 Perda da Função – Quebra do Leite
Endurecimento da Glândula Mamária 
(Fibrose)
Alterações da 
glândula
Mastite Catarral Crônica
 Mantém aspecto de leite (grumos);
 Presença de pús ou sangue;
 > número de células somáticas;
 pH alcalino.
Aspecto do 
leite
Mastite Apostematosa
Alterações da 
glândula
 Alterações na forma – hipertrofia – atrofia;
 Abscessos intra-mamários – supurações;
 Endurecimento difuso – fibrose.
Mastite Apostematosa
 Alterações no aspecto – AGALAXIA;
 Presença de pús (supurações; mau odor).
Aspecto do
leite
Mastite Apostematosa
Alterações 
sistêmicas
 Alterações do estado geral;
 Febre, inapetência, toxemia, bacteremia;
Distúrbios Digestivos; Abscessos 
Hepáticos; Distúrbios do Aparelho 
Locomotor (Poliartrites, Laminites).
Mastite Flegmonosa
Sinais de Processo Inflamatório Agudo:
 Tumor, Calor, Rubor;
Dor INTENSA – inquietação –
distúrbios de atitude.
 Cianose,  temperatura – gangrena.
Alterações da
glândula
Mastite Flegmonosa
 Diminuição – AGALAXIA;
 Perda da característica de leite (< 24 horas).
aspecto seroso ou sero-sangüinolento 
com flocos – coliformes;
aspecto sanguinolento sem grumos –
Clostridium spp (gangrenas); 
Staphylococcus spp.
Aspecto do 
leite
Mastite Flegmonosa
Alterações 
sistêmicas
 Quadro de Endotoxemia Grave:
 Congestão das Mucosas Aparentes;
 Vasos Episclerais Injetados;
 Distúrbios Cárdio-circulatórios;
 Distúrbios Respiratórios;
 Distúrbios Entéricos;
 Febre Alta;
 Desidratação.
DIAGNÓSTICOS
Sinais Clínicos
Contagem Células 
Somáticas
Califórnia
Mastite Teste
Caneca Fundo Escuro
Diagnóstico das mastites
Diagnóstico das mastites
Anormalidades físicas do úbere
Inspeção e palpação
Fibrose
Edema
Atrofia da glândula
Prof. Dr. Fabio Pogliani, USP
Cortesia: Prof. Dr. Fabio Pogliani, USP
Diagnóstico das mastites
Caneca telada / Tela de fundo escuro
Descoloração, presença de coágulos, flocos e pus 
Amostra de cada quarto
Secreção aquosa / coágulos ou flocos 
Presença de flocos ao final da ordenha
Testes indiretos (Inspeção indireta)
Diagnóstico das mastites
A: familiar
B: industrialDiagnóstico das mastites
Vigilância
Rebanho
Individual
Rebanho
- Contagem de CCS do tanque de resfriamento
- Estima prevalência da infecção e gravidade
- Cultura bacteriana
-Determina patógeno envolvido e plano de 
Ação recomendado
Diagnóstico das mastites
Individual
Contagem de Células Somáticas
- CMT: California Mastitis Test (detecta celularidae e pH)
- método qualitativo = Capacidade dos agentes tensoativos
aniônicos (detergente) em destruir as células somáticas (lise
de membrana) e liberar o seu material genético (DNA)
provocando gelificação da mistura.
-Estimativa da CCS do leite; avalia a quantidade de DNA da
amostra.
Processo 
inflamatório
Alteração da 
permeabilidade 
vascular
■pH – realizado em potenciômetro ou com papéis indicadores. 
O leite mamitoso apresenta um aumento do pH (leite sem 
alteração pH 6,4 a 6,8).
Aumento da
concentração 
de íons 
bicarbonato
Diagnóstico das mastites
■ Contagem de Células Somáticas – CMT
2ml Leite + 2ml de Reagente
Rompimento de membranas celulares 
Liberação de DNA
Grau de viscosidade da mistura
Diagnóstico das mastites
■ Contagem de Células Somáticas – CMT
Diagnóstico das mastites
Interpretação da Prova California Mastitis Test –CMT ( Schalm et al., 1971)
nitidamente 
positivo
que deixa o centro do receptáculo descoberto durante a
movimentação. Quando os movimento circulares são interrompidos
a mistura se espalha de novo homogeneamente sobre toda a base do 
receptáculo, evidenciado-se estrias viscosas
Escore Descrição da Reaçãos Interpretação dos resultados
- - -negativo A mistura permanece líquida após a homogenização dos 0 a 200.000 células/ml, das quais 0 a 25%
componentes da reação são leucócitos polimorfonucleares
(+) - - Discreto aumento da viscosidade, mas sem tendência à formação de 150.000 a 550.000 células/ml, das quais 30
traços gel, a maior viscosidade pode ser melhor observada pela inclinação
da placa. Esta reação desaparece com a movimentação contínua do 
fluído
a 40% são leucócitos polimorfonucleares
+ - - Há aumento da viscosidade sem tendência a formação de gel, o que 400.000 a 1.500.000 células/ml das quais
fracamente
positivo
deixa o centro do receptáculo descoberto durante a movimentação da
mistura. A interrupção dos movimentos circulares permite que a 
mistura se distribua sobre o receptáculo, cobrindo seu fundo.
40 a 60% são leucócitos polimorfonucleares
+ + - A mistura torna-se, imediatamente, viscosa com a formação de gel, 800.000 a 5.000.000 de células/ml, das
quais 60 a 70% são leucócitos
polimorfonucleares
+ + +
fortemente 
positivo
Ocorre gelificação imediata e evidente com abaulamento convexo da
superfície da mistura no centro do receptáculo, durante a
movimentação. Geralmente, esse abaulamento se mantém, mesmo
após cessados os movimentos de homogenização. A viscosidade da
mistura é tão espessa que adere ao fundo do receptáculo
do que 
a 80% são
Contagem celular maior
5.000.000/ml, das quais 70
leucócitos polimorfonucleares
Diagnóstico das mastites
Contagem de Células Somáticas – CMT
• Vantagens:
• praticidade; 
facilidade; 
barato; 
resultado rápido.
• Desvantagens:
necessidade de pessoal treinado;
sofre influência da interpretação dos resultados 
(subjetividade).
Diagnóstico das mastites
■ Contagem de Células Somáticas
 Incluem todas as células presentes no leite (células de
descamação da glândula mamária e as células de defesa
(leucócitos).
Pode ser determinada por métodos quantitativos
- Prescott & Breed (1910) – contagem das células através de 
esfregaço de leite corado ;
- citometria de fluxo.
Diagnóstico das mastites
Fatores que afetam a CCS
 Idade da vaca;
- Vacas velhas tem contagem maiores
 Estágio de lactação;
- Maiores início da lactação e no final da lactação
 Estação do ano;
 Tipo de infecção (Stepto agalactiae x Staphilo aureus)
 Estresse térmico;
 Idade da amostra;
 Raça.
Diagnóstico das mastites
Contagem de Células Somáticas no Tanque
 Envio de amostras de leite periodicamente para 
laboratório especializado;
 Procedimento:
1) Aguardar a ordenha de todos os animais;
2) Manter o agitador do tanque ligado por pelo menos
10 minutos para homogeneização do leite;
3) Coletar o volume recomendado pelo laboratório, de
preferência pela parte superior do tanque, com
auxílio de um instrumento devidamente higienizado;
4) Homogeneizar a amostra de leite com o conservante
(dicromato de potássio) e acondicioná-la em
recipiente apropriado;
5) Envio para laboratório sem a necessidade de
refrigeração, no máximo em sete dias.
Diagnóstico das mastites
•
Contagem de Células Somáticas
 Utilizando os Resultados da Prova de Rebanho da CCS:
* Uma boa prova para monitoramento do estado 
geral do rebanho, assim como a qualidade do 
produto fornecido para o laticínio. Em muitos casos, é 
o ponto de partida para a assistência veterinária em 
uma propriedade.
Exames realizados no leite para diagnóstico de mamite
Utilizando os Resultados Individuais da CCS:
- identificação dos animais responsáveis pelo aumento da CCS
na prova de rebanho;
- seleção dos animais para realização da cultura microbiológica
do leite;
- seleção de animais para tratamento durante a lactação
- seleção de animais para secagem antecipada;
- descarte de vacas com mastite crônica;
- estratégia de segregação principalmente na ordenha =
ordenhar animais acometidos sempre por último.
Exames realizados no leite para diagnóstico de mamite
■Exame Microbiológico – permite a identificação do
agente etiológico da mamite, bem como pesquisar a sensibilidade
do agente isolado à alguns antibióticos mais comumente
utilizados (antibiograma).
Diagnóstico das mastites
Composição do leite Leite Normal % Leite com ↑ CCS %
Gordura 3,5 3,2
Lactose 4,9 4,4
Proteína total 3,61 3,56
Caseína total 2,8 2,3
Lactoferrina 0,02 0,1
Imunoglobulinas 0,1 0,6
Sódio 0,057 0,105
Cloreto 0,091 0,147
Potássio 0,173 0,157
Cálcio 0,12 0,04
Alterações na composição do leite devido ao 
processo de mamite.
Fonte: NMC, 1996.
Diagnóstico das mastites
Enfermidades da Glândula Mamária de Ruminantes
 Mamites ou Mastites:
 Prognóstico:
Depende de diagnóstico precoce
Mamite Catarral Aguda Bom Bom Bom
Mamite Catarral Crônica Bom Reservado Reservado
Mamite Apostematosa Reservado Mau Mau
Mamite Flegmonosa Reservado a Mau Reservado 
a Mau
Quanto ao
valor
Quanto à
vida
Quanto à
função
Reservado 
Mau 
(Gangrena)
Forma Clínica
Enfermidades da Glândula Mamária de Ruminantes
Tratamento das mastites
Estratégia de tratamento
Forma clínica apresentada e estado sanitário do rebanho 
Exatidão na identificação do animal +
Tratamento com antimicrobianos ou sem
Necessidade ou não de tratamento – parenteral ou intramamário 
Histórico de sanidade do úbere do rebanho
Conhecimento do agente é crucial sobre modo de terapia na 
lactação
Enfermidades da Glândula Mamária de Ruminantes
Tratamento das mastites
Terapia antimicrobiana parenteral
Reação sistêmica acentuada 
Glândula aumentada de tamanho
Terapia antimicrobiana por infusões intramamárias
Infusões intramárias – técnica eficiente e consagrada 
Seringas descartáveis
Frascos por infusão aquosa 
OBS: Debris inflamatórios
Enfermidades da Glândula Mamária de Ruminantes
Tratamento das mastites
AINEs
Efeito benéfico sobre gravidade dos sintomas (TºC; FC; Tamanho do 
úbere e dor)
• Cetoprofeno: 2g – IM + sulfadiazina e trimetoprim IM
• Fenilbutazona: 4g IV
• Flunixin meglumine: 1g IV
Terapia suporte
Esgotamento total da gl. Mamária + ocitocina (10 a 20 UI)
Toxemia e extensas lesões do tecido – líquidos isotônicos com glicose
Terapia hidroeletrolítica
Enfermidades da Glândula Mamária de Ruminantes
Tratamento das mastites
Mamite por fungos ou leveduras:
 ordenha (obrigatória);
 aplicação de ocitocina: 2 mL (ou 10 a 20 UI) IV;
 ordenha
Ordenhas frequentes: 5 a 6 vezes / dia
(eliminação das toxinas)
Enfermidades da Glândula Mamária deRuminantes
Tratamento das mastites
 Mamites catarrais:
 optar pela via intramamária;
repetição do tratamento depende da produção 
leiteira:
 < 15 litros por dia – SID;
 > 15 litros por dia – BID.
 duração do tratamento deve ser de no mínimo 3
dias;
 dose do medicamento deve ser proporcional a
gravidade do processo.
Enfermidades da Glândula Mamária de Ruminantes
Tratamento das mastites
Mamites catarrais:
 Penicilina: 500.000 – 1.000.000 UI
 Estreptomicina: 500 mg
 Gentamicina: 250 mg
 Tetraciclina: 500 mg
Mamites causadas por patógenos 
resistentes:
 Canamicina: 500 – 1.000 mg
 Lincomicina: 400 – 600 mg
 Cloxacilina: 500 mg
 Cefalosporina: 250 mg
Enfermidades da Glândula Mamária de Ruminantes
Tratamento das mastites
 Mamites apostematosas:
Tratamento Intramamário – finalidade: supressão da produção 
de pus:
 Antissépticos e Mucolíticos (eliminação da secreção)
 Amputação do teto (drenagem);
 Antibióticos (controle do processo infeccioso).
• Abertura da cisterna do teto
• Lavagem das cisternas com antisséptico
• Iodo a 2%
• Pomada com ictiol
Enfermidades da Glândula Mamária de Ruminantes
Tratamento das mastites
Mastite apostematosa
• Tratamento sistêmico
Antitóxicos: metionina + glicose IV;
 Reconstituinte: Ca, P e Complexo B;
 Antibiótico: controle de “metástases”.
Enfermidades da Glândula Mamária de Ruminantes
Tratamento das mastites
Mastite flegmonosa
Tratamento sistêmico:
 Geral:
 Antitérmico;
 Antitóxico;
 Sintomático.
Antibioticoterapia IV – IM:
 Penicilina: 50.000 UI/kg;
 Gentamicina: 6mg/kg.
 Tratamento intramamário:
 Gentamicina: 500 mg;
 Cefalosporina: 500 mg;
TERAPIA DA 
VACA SECA
Período Seco: Métodos de Secagem
■ Início: retirar o concentrado durante 7 a 10 dias
antes da secagem e oferecer volumoso de média
qualidade.
Formas de secagem
1) Interrupção abrupta da ordenha com ou sem
antibiótico de longa duração.
2) Ordenhas intermitentes com ou sem antibiótico de
longa duração.
Utilização de antibiótico no 
momento da secagem
 Infusão de antibióticos intra-mamários logo após a última
ordenha;
Altas concentrações de antibióticos em base lenta de
liberação;
-Sulfato de gentamicina
- Cloxacilina benzatina
-Eritromicina
-Penicilina
.
Cuidado para não usar em vacas com menos de 30 dias para
o parto (carência 30- 42 dias)
Recomenda-se a avaliação clínica da mama e de sua secreção láctea
em três momentos estratégicos:
1º momento: ao final da primeira semana do período seco 
2º momento: por volta do 15º dia do período seco
3º momento: entre 30º e 45º dia do período seco.
Nestes momentos deve-se proceder à inspeção e palpação da mama, bem 
como a avaliação das cisternas da glândula e do teto.
Traçar um plano de 
assistência veterinária
MONITORAMENTO DAS MASTITES
 Principais medidas que compõem o programa básico de controle 
de mamite:
 1) monitoramento clínico das mamas de vacas no 
período seco;
 2) tratamento dos casos clínicos;
 3) funcionamento adequado do sistema de ordenha;
 4) correto manejo de ordenha – princ. desinfecção dos 
tetos após a ordenha;
 5) descarte de vacas com mamite crônica;
 6) boa higiene e conforto na área de permanência dos 
animais.
Acomete tetas firmes e afiladas;
Ordenha exagerada ou pressão de vácuo excessiva;
Sem agente específico mas geralmente Fusobacterium
necrophorum e
• Staphylococcus aureus;
mastite secundária;
Tratamento: aplicação tópicas de pomadas ác. Salicílico 
10%, sulfato de
• cobre 5%;
MANCHA NEGRA
Enfermidades da Glândula Mamária
Geralmente associada a mastite estafilocócica, disseminada pela
mão do ordenhador;
Pústulas pequenas (2-4 mm de diâmetro);
Comumente na pele sem pêlos da base das tetas;
Pode disseminar para os tetos ou úbere em geral;
Além de todos métodos auxiliares sanitários fazer vacinação das
vacas com bacterina autógena de Staphylococcus aures presente na 
lesões;
IMPETIGO DO ÚBERE
Enfermidades da Glândula Mamária
Enfermidades da Glândula Mamária
1. Alterações inflamatórias
2. ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS
3. Lesões traumáticas
4. Alterações circulatórias
5. Alterações tumorais
Enfermidades da Glândula Mamária 
Alterações morfológicas
Imperfuração do orifício do teto
Def: ausência de abertura do teto
permanência de membrana no orifício do teto
Sintomas clínicos: 1ª lactação
Mama repleta de leite 
Ordenha impossível 
Teto não distendido
Atrofia do quarto mamário
Enfermidades da Glândula Mamária 
Alterações morfológicas
Imperfuração do orifício do teto
Diagnóstico: inspeção e palpação
Tratamento: perfuração com lanceta
Enfermidades da Glândula Mamária 
Alterações morfológicas
Atresia do orifício do teto
Def: estenose ou retração cicatricial do orifício do teto
Ocorrência: em qualquer lactação
Etiologia: espasmo da mm do esfíncter ou retração cicatricial
Sintomas clínicos Ordenha demorada e difícil 
Jato fino de leite
Vaca de “tirada dura”
Enfermidades da Glândula Mamária 
Alterações morfológicas
Atresia do orifício do teto
Diagnóstico: inspeção / baseado na dificuldade de ordenha
Prognóstico: reservado
Tratamento: dilatação por sonda
incisão com lanceta
Enfermidades da Glândula Mamária 
Alterações morfológicas
Incontinência láctea
Def: deficiência do esfíncter do orifício do teto/ impossibilidade 
de reter leite
Etiologia: paralisia do esfíncter / dilatação forçada / origem 
reflexa devido a ação da ocitocina antes da ordenha em animais 
condicionados
Sintomas clínicos: ejeção continua do leite sem controle
Enfermidades da Glândula Mamária 
Alterações morfológicas
Incontinência láctea
Diagnóstico: Inspeção
Tratamento:
Ordenhas sucessivas
Capas em dedo de luva ou anel de 
borracha
Enfermidades da Glândula Mamária 
Alterações morfológicas
Dilatação da cisterna do teto e / ou glândula
Definição: malformação hereditária ou devido a traumas 
determinando ocorrência de tetos de tamanho exagerado ou 
“mama de cabra”
Lesões traumáticas
Enfermidades da Glândula Mamária Lesões
Traumáticas
Feridas do teto
Definição: feridas transversais ou horizontais do teto que
atingem a derme com facilidade de sangramento
Etiologia: deficiência de ordenha, dentes do bezerro, excesso de
vácuo da ordenhadeira
Sintomas clínicos: Feridas sangrentas 
Sensibilidade evidente 
Ordenha difícil
Enfermidades da Glândula Mamária Lesões
Traumáticas
Feridas do teto
Diagnóstico: inspeção 
Prognóstico: bom 
Tratamento:
Anti-sépticos 
Antibióticos 
Cicatrizantes 
Intervenção cirurgica
Enfermidades da Glândula Mamária Lesões
Traumáticas
Dilaceração da extremidade do teto
Definição: feridas na extremidade do teto
Etiologia: pisão sobre o teto
Sintomas clínicos:
Diagnóstico: inspeção
Tratamento: amputação do teto
Hemorragia intensa
Saída persistente do leite
prognóstico: Ruim
Enfermidades da Glândula Mamária Lesões
Traumáticas
Fístulas lácteas
Definição: escoamento de leite por orifício não natural
Etiologia: congenita
adquirida
1ª lactação, sobre tecido glandular 
traumatismos; qquer lactação; nos tetos
Sintomas clínicos: saída de leite por via ectópica
Enfermidades da Glândula Mamária Lesões
Traumáticas
Fístulas lácteas
Diagnóstico Diferencial:
Pseudofistulas hipermastia – glandula extranumeraria 
hipertelia – tetos extranumerarios
Tratamento: cirúrgico
Alterações circulatórias
Enfermidades da Glândula Mamária 
Alterações circulatórias
Congestão mamária
Definição: retenção de sangue nos
vasos da glândula mamaria
Etiologia: processos inflamatórios –
final de gestação/parto
Sintomas clínicos: rubor, calor e
edema
Enfermidades da Glândula Mamária 
Alterações circulatórias
Congestão mamária
Diagnóstico: inspeção / ordenha
Tratamento: controle da ordenha
prevenção contra mastites
Enfermidades da Glândula Mamária 
Alterações circulatórias
Edema de glândula mamária
Etiologia:
Definição: aumento de volume por extravasamento do plasma 
para tecido intersticial e subcutâneo
• Não inflamatório:final de gestação, parto,
falta de ordenha
• Inflamatório: mastite
Sintomas clínicos: Godet +;
inflamatórios: sinais de inflamação
Tratamento: edema inflamatório tto. mastite
Enfermidades da Glândula Mamária 
Alterações circulatórias
Edema de glândula mamária
Diagnóstico: inspeção / ordenha
Tratamento: controle da ordenha
prevenção contra mastites
Alterações tumorais
Enfermidades da Glândula Mamária 
Alterações tumorais
cistos em glândula mamaria
Definição: circunscrito consequente a retenção de leite 
Etiologia: obstrução de ductos galactóforos por coágulos de
caseína ou por retração de tec conjuntivo de processos
inflamatórios
Sintomas clínicos: tumoração uni ou multilobulada
Diagnóstico: Inspeção e palpação / diferencial pela punção 
Tratamento: punção; limpeza com sol. antisséptica
Enfermidades da Glândula Mamária 
Alterações tumorais
Papilomas em glândula mamaria
Definição: formações verrucosas sobre tetos ou pele
Localização: externa ou intracanalicular 
Etiologia: Papovavírus (DNA)
Transmissão: contato direto; fomites contaminados
forma plana
Enfermidades da Glândula Mamária 
Alterações tumorais
Papilomas em glandula mamaria
Sintomas:
Diagnóstico: inspeção/palpação
Tratamento: autovacina ou vacinas comerciais (cultivo celular) 
remoção cirurgica
Formações fungiformes ou filiformes 
Isolados ou gde quantidade
Externo ou na mucosa
Dificultam ordenha – sangramento
OBRIGADA

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