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In an op-ed published Thursday by the Los Angeles Times, Jay Famiglietti, a senior water scientist at the NASA Jet Propulsion Laboratory in California, painted a dire picture of the state’s water crisis. California, he writes, has lost around 12 million acre-feet of stored water every year since 2011. In the Sacramento and San Joaquin river basins, the combined water sources of snow, rivers, reservoirs, soil water and groundwater amounted to a volume that was 34 million acre-feet below normal levels in 2014. And there is no relief in sight. “As our ‘wet’ season draws to a close, it is clear that the paltry rain and snowfall have done almost nothing to alleviate epic drought conditions. January was the driest in California since record-keeping began in 1895. Groundwater and snowpack levels are at all-time lows” Famiglietti writes. “We’re not just up a creek without a paddle in California, we’re losing the creek too.” SCHLANGER, Z. Disponível em: <http://www.newsweek.com>. Acesso em: 04 out. 2017. [Fragmento] O texto aborda a crise hídrica na Califórnia, que é um dos maiores desafios enfrentados na atualidade por esse estado. Um dos fatores mencionados no texto que contribuíram para que se chegasse a essa situação é A. o desperdício decorrente da degradação do sistema de distribuição. B. a quantidade rarefeita de chuva nos meses de janeiro desde 1895. C. o nível baixo de precipitação em forma de neve na região do estado. D. a conclusão antecipada do período chuvoso nessa região dos EUA. E. o consumo desregrado pela população e indústria californianas. Alternativa C Resolução: A) INCORRETA – O texto aponta que os reservatórios californianos perderam cerca de 12 milhões de acre-pés de água (14,8 bilhões de metros cúbicos, aproximadamente) todos os anos desde 2011. Contudo, essa perda não é atribuída à degradação dos sistemas de distribuição, visto que eles não são sequer mencionados. B) INCORRETA – O artigo aponta que, no ano de sua publicação, o mês de janeiro havia sido o mais seco desde que as precipitações no estado começaram a ser aferidas, em 1895. Conclui-se, portanto, que a afirmativa da letra B é uma deturpação do que se diz no texto. IMOH C) CORRETA – O pesquisador da NASA, James Famiglietti, atribui, entre outras coisas, à baixa precipitação em forma de chuva e de neve o estado de extrema seca em que se encontra a Califórnia. D) INCORRETA – Não se menciona uma combinação dos reservatórios que abastecem a Califórnia como motivo da seca. O que se aponta no texto é que, nas bacias dos rios Sacramento e San Joaquin, toda a água da neve, de rios, de reservatórios, do solo e de lençóis freáticos combinada correspondeu a um total que estava 34 milhões de acre-pés abaixo do nível normal de 2014. E) INCORRETA – Embora o consumo desregrado possa ser inferido como um dos fatores da crise hídrica californiana, o texto não o menciona, motivo pelo qual essa alternativa não pode ser escolhida como resposta. QUESTÃO 02 The mighty Amazon might be sunk by the demand for instant gratification Hegemony never lasts in technology. The day the first pundit calls a tech superpower a dangerous monopoly, start looking for whatever is coming to overthrow it. This seems to be where we are with mighty Amazon.com. Amazon is still growing like crazy, about 20 percent year-over-year. But it’s not growing the way it used to. The company this month missed earnings and said its fourth-quarter revenue will be lower than expected. Plus, it seems to be suffering occasional brain farts, like its overly hasty 60 Minutes drone reveal and the introduction of its Fire phone. The Fire was a colossal misreading of consumers, as if McDonald’s launched a haggis sandwich and was puzzled when nobody bought it. Disponível em: <http://www.newsweek.com/business>. Acesso em: 21 mar. 2017. [Fragmento] A gigante de vendas Amazon.com destaca-se no comércio via Internet há muitos anos. Contudo, a empresa enfrentou questões problemáticas em 2014. Entre essas questões, o texto cita A. a consideração supervalorizada das demandas dos consumidores finais. B. a crítica à sua hegemonia feita por especialistas da área de tecnologia. C. a queda no faturamento da empresa no quarto trimestre do ano. D. o surgimento de práticas de venda mais eficazes que as da Amazon. E. o crescimento nas vendas de apenas 20% nos quatro anos anteriores. ARUC ENEM – VOL. 1 – 2018 LCT – PROVA I – PÁGINA 1BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO Alternativa C Resolução: A) INCORRETA – O texto não fala de uma consideração supervalorizada das demandas dos consumidores, mas, sim, de uma leitura equivocada – misreading –, o que levou a empresa a lançar o smartphone Fire, fracasso de vendas. B) INCORRETA – Essa alternativa distorce o que diz o primeiro parágrafo do texto. Nele, o autor afirma que um indicador de que uma grande empresa tecnológica vai começar a ruir é o fato de ela ser considerada um monopólio por especialistas. Isso não quer dizer, contudo, que foram as críticas que impediram o crescimento da Amazon em 2014. C) CORRETA – Um quarto de ano corresponde a três meses, isto é, um trimestre. Portanto, fourth-quarter pode ser traduzido como “do quarto trimestre”. Assim, a alternativa está de acordo com a seguinte passagem do texto: The company this month missed earnings and said its fourth-quarter revenue will be lower than expected. D) INCORRETA – O artigo não cita o surgimento de nenhuma prática de venda melhor que as da Amazon, logo a alternativa não se sustenta no texto. E) INCORRETA – O texto afirma que a Amazon teve um crescimento de 20% ano após ano, o que é algo positivo, e não uma questão problemática (a expressão growing like crazy – crescendo feito doida – deixa isso claro). QUESTÃO 03 Disponível em: <https://i.pinimg.com>. Acesso em: 09 out. 2017. Nesse cartum, a quebra de expectativa leva a um efeito de humor. Essa quebra ocorre porque A. a entrevistada atribui aos congressistas as características citadas pelo entrevistador. B. a entrevistada responde com impaciência às perguntas feitas pelo entrevistador. C. as personagens têm opiniões parecidas sobre o recebimento de ajudas financeiras. D. o entrevistador induz a entrevistada a criticar os membros do Poder Legislativo. E. o entrevistador emite um juízo de valor sobre os beneficiários de programas sociais. 2VØ7 Alternativa A Resolução: A) CORRETA – Ao questionar o que se deve fazer com “pessoas que recebem ajuda financeira do governo, mas são preguiçosas demais para trabalhar”, o entrevistador está se referindo aos beneficiários de programas sociais. Contudo, a mulher atribui essas características aos congressistas, dizendo que essas pessoas devem ser expulsas do Congresso. Isso gera uma quebra de expectativa, que, por sua vez, contribui para o efeito de humor irônico e crítico do cartum. B) INCORRETA – A mulher entrevistada estácom os braços cruzados e dá uma resposta inesperada, o que, de fato, demonstra certa impaciência, mas isso em si não gera uma quebra de expectativa. C) INCORRETA – Nota-se que as personagens têm opiniões marcadamente divergentes sobre os benefícios financeiros distribuídos pelo governo, visto que o entrevistador os considera um problema quando são recebidos pela população, e a mulher os vê como problema quando recebidos por políticos. D) INCORRETA – Não existem elementos textuais suficientes para afirmar que o entrevistador tenha buscado induzir a entrevistada a criticar os membros do Poder Legislativo. Além disso, o elemento textual que gera a quebra de expectativa não é esse, mas, sim, a resposta da entrevistada. E) INCORRETA – Embora o entrevistador de fato emita um juízo de valor sobre os beneficiários de programas sociais, não é isso que causa a quebra de expectativa no cartum, levando ao efeito de humor, mas, sim, o fato de a mulher atribuir esse juízo de valor aos congressistas. QUESTÃO 04 PARKER, J. Disponível em: <http://www.cagle.com/>. Acesso em: 22 dez. 2014. O cartum é um desenho humorístico de caráter crítico, retratando, de uma forma bastante sintetizada, algo que envolve o dia a dia de uma sociedade. O texto anterior provoca no leitor uma reflexão acerca da(o) A. atitude irresponsável e preguiçosa da juventude. B. desemprego de pessoas na faixa dos 30 anos. C. custo alto da formação universitária. D. postura altamente repressora dos pais. E. preferência dos jovens por viver na casa dos pais. IAØN LCT – PROVA I – PÁGINA 2 ENEM – VOL. 1 – 2018 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO Alternativa C Resolução: Como explica o enunciado da questão, os cartuns geralmente satirizam e / ou problematizam um aspecto de uma determinada sociedade. O cartum em questão, produzido por Jeff Parker, retrata um problema atual dos EUA, que é o endividamento dos jovens devido aos altos custos da formação superior e aos financiamentos estudantis. O texto também aborda o conflito de gerações que esse fato socioeconômico produz, pois os americanos mais velhos – que não tiveram, no passado, o mesmo problema com débitos estudantis que os jovens de 20 a 30 anos têm hoje – tacham as novas gerações de preguiçosas e irresponsáveis. Portanto, tendo em vista o que foi exposto anteriormente, pode-se afirmar que a alternativa A está incorreta, pois não descreve uma reflexão suscitada no leitor pelo texto, mas, sim, um preconceito geralmente nutrido pelos americanos mais velhos em relação aos mais jovens. A alternativa B também está incorreta, pois o tema do cartum não é o desemprego nos EUA, mas, sim, como dito anteriormente, os altos custos da educação superior naquele país e o consequente endividamento dos jovens na faixa etária dos 20 aos 30 anos. A alternativa C, por sua vez, está correta, pois a reflexão suscitada pelo cartum é justamente sobre o alto custo da formação universitária nos EUA. A alternativa D está incorreta, pois, embora os pais do jovem retratado no cartum o chamem de preguiçoso e irresponsável, a reflexão que o texto suscita não é exatamente sobre a postura repressora deles, mas, sim, sobre o conflito de gerações que, como explicamos anteriormente, decorre da atual conjuntura do ensino superior nos EUA. Por fim, a alternativa E está incorreta, pois os jovens americanos não preferem morar com os pais; eles simplesmente não têm opção, visto que estão endividados. QUESTÃO 05 Disponível em: <https://kingsjester.wordpress.com>. Acesso em: 05 out. 2017. Esse cartum aborda um aspecto sociopolítico dos Estados Unidos. Por meio dele, busca-se fazer uma crítica à falta de A. preocupação da população estadunidense com o aquecimento global. B. critério para o estabelecimento de prioridades pelo governo dos EUA. C. funcionários públicos para atender à população carente estadunidense. D. acesso a um serviço de saúde barato e de qualidade nos Estados Unidos. E. comprometimento do governo estadunidense com os problemas da população. Alternativa B Resolução: A) INCORRETA – O cartum não busca criticar a falta de preocupação da população dos EUA com o aquecimento global, mas, sim, apontar que, enquanto o governo se ocupa com esse problema, várias pessoas estão sem emprego e sem assistência. B) CORRETA – No cartum, vê-se uma fila de pessoas aguardando atendimento à porta de um “unemployment office” (agência responsável por ajudar os cidadãos a encontrar emprego). Afixadas na porta dessa agência, há duas placas indicando que o lugar estará fechado até que se resolvam os problemas do aquecimento global e da saúde. Com isso, faz-se uma crítica implícita à incapacidade da administração pública estadunidense de estabelecer prioridades para conseguir resolver o problema do desemprego, que também é urgente. C) INCORRETA – A crítica feita no cartum não é à falta de funcionários públicos para atender à população carente, mas, sim, ao empenho do governo estadunidense em resolver problemas que podem não ser tão urgentes quanto o do desemprego. D) INCORRETA – O cartum, na verdade, critica o esforço do governo estadunidense em resolver o problema do acesso à saúde em detrimento da busca por resolver o problema do desemprego. Portanto, a crítica não é à falta de acesso à saúde em si. E) INCORRETA – O aquecimento global e a saúde podem ser considerados problemas da população, e, tendo em vista que o cartum sugere que o governo do país está empenhado em resolvê-los, não se pode dizer que haja falta de comprometimento. A crítica que se faz no cartum, na verdade, é à falta de capacidade desse governo de fazer isso sem deixar de lado outro problema tão ou mais urgente, que é o desemprego. R3HA ENEM – VOL. 1 – 2018 LCT – PROVA I – PÁGINA 3BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 45 Questões de 01 a 05 (opção espanhol) QUESTÃO 01 Disponível em: <http://i.blogs.es/b243a6/650_1000_captura-20de-20pantalla-202012-12-11-20a-20las-2014.34.53/1366_2000.jpg>. Acesso em: 30 ago. 2016. A propaganda institucional divulga mensagens de cunho social, cultural ou cívico com a intenção de promover uma determinada ação em seu público-alvo. Essa propaganda institucional da Unicef tem por objetivo A. agradecer as doações realizadas às crianças em situação de desnutrição. B. noticiar as informações coletadas sobre a desnutrição infantil no mundo. C. incentivar o aumento das doações para o combate à desnutrição infantil. D. chocar seus interlocutores com os dados divulgados sobre a desnutrição. E. destacar a baixa expectativa de vida das crianças que sofrem de desnutrição. Alternativa C Resolução: A alternativa correta é a C, pois a propaganda da Unicef tem por objetivo estimular o leitor a contribuir com a causa, aumentando, assim, o número de doações para o combate à fome no mundo. As demais alternativas estão incorretas porque elas referem-se aos recursos utilizados na campanha para atingir o objetivo de captar doações. QUESTÃO 02 Las barras bravas representan un cáncer para el fútbol profesional de Argentina, el deporte nacional por excelencia. Ya cargan sobre sus espaldas nada menos que 301 asesinatos en batallas campales en los estadios y emboscadas por ajustes de cuentas. Pese a ello la sociedad no reacciona como sería necesario ante esa enfermedad colectiva. Ya se han probado varios antídotos y ninguno ha surtido efecto, desde el veto personalizado de ingreso a las gradas o la suspensión del estadio, hasta proscribir del partido a toda una afición. El último intento por frenar a las barras bravas ha sido un proyecto que propuso modificar el código penal e incluir la tipificación de los delitos y el monto de los castigos para los violentos. En principio parecía que el proyecto iba a pasar sin sobresaltos por la comisión de legislación penal del congreso de los diputados y luego sería debatido en el hemiciclo. El gobierno de la provincia de Buenos Aires mandó a su secretariode Deportes, Alejandro Rodríguez, en señal de respaldo a la medida. Sin embargo, en la reunión de comisión la diputada oficialista Diana Conti, ha salido con una reacción inesperada y ha planteado objeciones que pusieron todo marcha atrás. “El Frente para la Victoria (de la Presidenta Cristina Fernández) no está de acuerdo con estos proyectos” pues producen “una estigmatización del barrabrava”, ha argumentado. Y ha opinado que “el derecho penal no es una solución mágica” y se debe “ser cuidadosos con los aumentos de pena o una tipificación de los barrabravas”. Disponível em: <http://www.elmundo.es/internacional/2015/03/11/5500bf0422601d0d4 98b4575.html>. Acesso em: 10 maio 2015. O argumento que sustenta as objeções a tornar mais severa a punição de membros de torcidas organizadas na Argentina se baseia na premissa de que A. a sociedade rejeita a existência dessa doença coletiva. B. as medidas propostas para diminuir a violência se mostraram ineficazes. C. os membros de torcidas organizadas apresentam comportamentos diferenciados. D. o direito penal oferece soluções que parecem mágicas de maneira cuidadosa. E. a última tentativa para frear a violência nos estádios apontou novos caminhos para o êxito. 7IGQ ZMML LCT – PROVA I – PÁGINA 4 ENEM – VOL. 1 – 2018 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO Alternativa C Resolução: Segundo o texto, a deputada Diana Conti apresentou objeções ao projeto de modificação ao código penal com o argumento de que ele produzirá uma estigmatização dos membros de torcidas organizadas, e que alterar o direito penal não será uma solução mágica para a situação, razão pela qual deve-se ter cuidado com o aumento das penas e a tipificação dos barrabravas. Com base na argumentação da deputada, percebe-se que a lógica subjacente à sua posição é a de que uma tipificação levaria ao estigma de que todo membro de torcida organizada pratica atos de violência, o que não necessariamente é verdade. Portanto, a alternativa correta é a C. QUESTÃO 03 El Diccionario de la Lengua Española ya no es de la RAE, es de las 22 academias Al presentar la edición XXIII del Diccionario de la Lengua Española, Jaime Labastida señaló que hasta hace poco este libro era conocido popularmente como RAE (Real Academia Española), porque era en efecto el diccionario de esta institución. Hoy ya no lo es, pertenece a todas las academias y debemos llamarlo de otra manera, con otra sigla. Él lo llamó “DILE”. La lengua española es universal y no tiene centro, es policéntrica, en la que no se reconoce como correcta solo una de las normas lingüísticas. Cada una de las naciones posee la forma del habla que le es propia, su léxico y giros distintos. Y esto revela la actual edición del diccionario, precisó Jaime Labastida. […] Sin embargo, explicó que esta edición aún contiene algunos defectos como el no señalar los españolismos. Por ejemplo, dijo, la palabra “grifo”, en España describe a un animal y en México es la acepción de una persona que se intoxica con drogas, como la mariguana. Otro, añadió, es la palabra “bañador”, de que define a una persona que baña, pero el españolismo dice que es una prenda de una pieza usada para bañarse en playas. “En el diccionario estas dos palabras no tienen la marca de españolismo.” Estos defectos podrán subsanarse en próximas ediciones, “porque este diccionario, pese a todo, es el diccionario canónico de nuestra lengua, más ahora por la amplia colaboración de las 22 academias”. Disponível em: <http://www.cronica.com.mx/notas/2014/870345.html>. Acesso em: 10 dez. 2014 (Adaptação). Jaime Labastida aponta uma falha na última edição do Dicionário da Língua Espanhola, elaborado pelas 22 academias da língua. O erro fundamental a que se refere o membro da Academia Mexicana decorre da A. ausência da marca de espanholismos no dicionário. B. falta de participação das academias da língua. C. marcação de americanismos no dicionário. D. presença da sigla DILE no título do dicionário. E. prevalência do sentido ambíguo de algumas palavras. RQTG Alternativa A Resolução: No texto, Labastida apresenta a nova edição do dicionário da RAE, feita em colaboração entre as 22 academias de Língua Espanhola, porém, sinaliza que o dicionário possui defeitos, a saber, a falta de espanholismos – variações no uso e significado de algumas palavras entre os países hispanofalantes –, problema que pode ser corrigido nas próximas edições do dicionário colaborativo. Portanto, a alternativa correta é a A. QUESTÃO 04 Reloj biológico y horario de verano Todos tenemos un reloj interno llamado reloj biológico, biorritmo o reloj circadiano, que regula entre otros aspectos de nuestra vida el sueño y el hambre. El biorritmo está basado en las influencias del ritmo circadiano. Es decir que el ser humano y al parecer la mayoría de los seres vivos, están regulados por “un reloj biológico” que interactúa con la naturaleza y sus ciclos, como el día y noche y las estaciones, y repercute en los ciclos de sueño e insomnio, de apetito, de actividad hormonal, entre otros. Fisiológicamente lo más adecuado para la salud y el rendimiento del ser humano es acoplar de la mejor forma posible sus actividades más importantes al ciclo natural luz / obscuridad. El regulador de este reloj es la luz ya que cuando la retina capta el primer rayo de sol, manda la información al cerebro y éste envía docenas de órdenes al cuerpo. Para activarnos en el día el sistema endocrino segrega, entre otras, la hormona del estrés cortisol y por la noche, la melatonina para dormir. Por eso, cuando en verano amanece más temprano, lo lógico es recorrer el horario una hora antes, porque el cuerpo de forma natural se activará por la luz. Disponível em: <http://www.cronica.com.mx/notas/2015/892063.html>. Acesso em: 10 mar. 2016. [Fragmento] O texto informativo, veiculado no jornal Crónica, apresenta ao leitor explicações sobre o relógio biológico, além de orientá-lo a como proceder diante do efeito do horário de verão nesse mecanismo. A partir da leitura do texto, depreende-se o “relógio biológico” como: A. Informação de luz captada pela retina e enviada ao cérebro, que ativará o organismo. B. Sistema biológico exclusivo dos seres humanos, capaz de regular as atividades diárias. C. Mecanismo orgânico capaz de gerar uma ordem temporal nas atividades do indivíduo. D. Reconhecimento orgânico automático do melhor horário para realizar as atividades diárias. E. Adaptação humana das atividades mais importantes do dia ao ciclo natural de luz e escuridão. 66SW ENEM – VOL. 1 – 2018 LCT – PROVA I – PÁGINA 5BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO Alternativa C Resolução: De acordo com o texto, o ser humano e a maioria dos seres vivos possuem um relógio biológico interatuante com a natureza e seus ciclos. Esse mecanismo é regulado pela luz, que manda a informação ao cérebro, o qual, por sua vez, envia dezenas de ordens ao corpo, fazendo com que os indivíduos tenham uma ordem temporal em suas atividades obedecendo aos ciclos de luz e escuridão. Portanto, a alternativa correta é a C. A alternativa A é incorreta porque a luz é o regulador do relógio biológico, não o próprio relógio. A alternativa B é incorreta porque quase todos os seres vivos possuem relógio biológico. A alternativa D é incorreta porque o relógio biológico regula o sono e a fome, entre outros mecanismos, e não atua como um sistema de reconhecimento automático do melhor horário para realizar as atividades diárias. Por fim, a alternativa E é incorreta porque o relógio biológico não é uma adaptação humana para a realização de atividades importantes de acordo com os ciclos de luz e escuridão, e sim um mecanismo fisiológico inerente a quase todos os seres vivos que regula alguns processos no organismo. QUESTÃO 05 Un mercado de colores Poco más hay que decir del mercado de artesanías de Otavalo que se pone cada sábado por toda la ciudad,TIENES QUE VERLO. Es uno de los mercados de artesanías al aire libre más grandes de Latinoamérica. El colorido y originalidad de las piezas que se pueden encontrar es único, claro está que ahora abundan también los puestos con marroquinería china por doquier, pero teniendo en cuenta que Otavalo sigue siendo referente de fabricación de artesanía indígena para todo el mundo, aquí puedes encontrar casi de todo. Si llegas otro día que no sea el sábado, siempre encontraras en la plaza de los ponchos una exposición fija de los comerciantes locales. Si tienes algo que comprar de recuerdo, no dejes de pasear por este mercado, seguro que algo picas. Ojo con los niños el sábado es fácil de perderse por la cantidad ingente de personas que se mueven ese día, y por supuesto bolsas y mochilas de mano bien cerradas y en la parte delantera pues los carteristas hacen su agosto durante los sábados. Disponível em: <http://www.minube.com/rincon/mercado-de-otavalo-a1602#modal-78602>. Acesso em: 15 mar. 2016. O texto apresentado descreve um típico mercado artesanal indígena na cidade de Otavalo, no Equador. Além de elogiar o artesanato, o autor faz algumas recomendações e alertas aos leitores que pretendam visitar o mercado. O fragmento “[...] los carteristas hacen su agosto durante los sábados” sugere que, no mercado, os visitantes A. encontram uma exposição de carteiras. B. devem ficar atentos ao grande perigo de furtos. C. podem facilmente perder as crianças na multidão. D. encontram opções de lembranças para comprar. E. preferem comprar aos sábados do mês de agosto. Alternativa B Resolução: A expressão “hacen su agosto” significa lucrar aproveitando-se de uma situação, e “carteristas” refere-se a ladrões de carteiras. A última frase do texto alerta os leitores que pretendem visitar o mercado sobre o grande perigo de furtos aos sábados e orienta-os a deixarem suas bolsas e mochilas bem fechadas e posicionadas na dianteira do corpo, a fim de evitar furtos, de modo que a alternativa correta é a B. A alternativa A é incorreta porque o texto não diz que há exposições de carteiras no mercado. A palavra “carteirista” é usada para referir-se aos ladrões. A alternativa C é incorreta porque o fragmento indicado no enunciado está relacionado à frase “y por supuesto bolsas y mochilas de mano bien cerradas y en la parte delantera […] ”, e não à facilidade das crianças de se perderem, o que é indicado pela conjunção “pues”, que conecta a orientação à sua explicação. A alternativa D é incorreta porque faz referência a uma informação presente no texto, mas não tem nenhuma relação com o fragmento apresentado. A alternativa E é incorreta porque, como exposto anteriormente, o trecho destacado diz que os ladrões cometem muitos furtos aos sábados. GZ9J LCT – PROVA I – PÁGINA 6 ENEM – VOL. 1 – 2018 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO QUESTÃO 06 TEXTO I PORTINARI, C. Retrato de Carlos Drummond de Andrade. 1936. Óleo sobre tela. 72 × 58 cm. TEXTO II Confidência do Itabirano Alguns anos vivi em Itabira. Principalmente nasci em Itabira. Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. Noventa por cento de ferro nas calçadas. Oitenta por cento de ferro nas almas. E esse alheamento do que na vida é porosidade e [ comunicação. A vontade de amar, que me paralisa o trabalho, vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e [ sem horizontes. E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança [ itabirana. De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço: esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil, este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval; este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas; este orgulho, esta cabeça baixa... Tive ouro, tive gado, tive fazendas. Hoje sou funcionário público. Itabira é apenas uma fotografia na parede. Mas como dói! ANDRADE, C. D. Confidência do Itabirano. In: Sentimento do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012. 83FE Os dois textos representam o mesmo objeto: o primeiro é um retrato de Carlos Drummond de Andrade pintado por Candido Portinari, e o segundo é um texto poético em que o próprio poeta define a si mesmo. A respeito da abordagem, a diferença entre ambos, respectivamente, é que A. um esclarece quem é o retratado, e o outro busca mistificá-lo. B. um privilegia a objetividade, e o outro privilegia a expressividade. C. um expressa opiniões, e o outro distorce a realidade pelas palavras. D. um expõe uma visão social, e o outro traz uma justificativa à sociedade. E. um é composto por simbologias, e o outro é marcado por fatos históricos. Alternativa B Resolução: Ambos os textos retratam a mesma pessoa, o poeta Carlos Drummond de Andrade. A principal diferença entre ambos, à parte a linguagem artística empregada – pintura e literatura –, é que a obra de Candido Portinari apresenta uma abordagem que privilegia uma representação objetiva, próxima da realidade, enquanto em seu poema Drummond define a si mesmo de maneira subjetiva, com o foco em suas atitudes e características psicológicas. Portanto, está correta a alternativa B. A alternativa A está incorreta porque o eu lírico de Drummond não busca mistificar sua figura, no sentido de envolvê-la em aspectos ocultos e espirituosos; além disso, em ambos os textos, está claro quem é o ser retratado. A alternativa C está incorreta porque, ainda que o quadro de Portinari possa ser encarado como sua interpretação do poeta, o poema de Drummond não distorce a realidade, mas expressa o ponto de vista da voz poética. A alternativa D está incorreta porque a representação de Drummond no quadro não tem engajamento social de qualquer tipo, nem o poema funciona como uma justificativa do poeta para agir de uma maneira ou de outra. Por fim, a alternativa E está incorreta porque, ainda que possam ser encontradas simbologias no quadro de Portinari, o texto de Drummond não se baseia em eventos da História, mas em acontecimentos da vida do poeta, sobre os quais ele reflete. QUESTÃO 07 [...] Presumi que estavam muito contentes de ganhar o repouso de horas, pois tinham navegado na sela a noite toda. Um falou mais alto, aquilo era bonito e sem tino: – “Siruiz, cadê a moça virgem?”. Largamos a estrada, no capim molhado meus pés se lavavam. Algum, aquele Siruiz, cantou, palavras diversas, para mim a toada toda estranha: Urubu é vila alta, mais idosa do sertão: padroeira, minha vida – vim de lá, volto mais não... Vim de lá, volto mais não?... NIFU ENEM – VOL. 1 – 2018 LCT – PROVA I – PÁGINA 7BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO Corro os dias nesses verdes, meu boi mocho baetão: buriti – água azulada, carnaúba – sal do chão... Remanso de rio largo, viola da solidão: quando vou pr’a dar batalha, convido meu coração... ROSA, G. Grande sertão: veredas. 19. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. A presença de versos dentro do texto em prosa consiste numa característica da escrita de Guimarães Rosa, que, por meio dessa estratégia, no fragmento anterior, representa a mescla de A. oralidade da canção com narrativa escrita. B. informalidade da toada com língua padrão. C. descrição nos versos com narração em prosa. D. abordagem em primeira e em terceira pessoas. E. subjetividade da canção com objetividade da prosa. Alternativa A Resolução: Por meio da estratégia de representar os versos da canção dentro do texto, o autor apresenta uma mescla entre a cultura oral, percebida no ritmo da canção e nas construções típicas da oralidade, como “pra” e “volto mais não”, e a narrativa escrita. A alternativa correta é, portanto, a A. A alternativa B está incorreta porque tanto a narrativa quanto os versos apresentam elementos de linguagem informal; ainda assim, qualquer contraposição entre língua formal e informal não se dá pela mescla de gêneros literários, mas pelas escolhas linguísticas do autor. A descrição sugerida na alternativa C não está presente nos versos, pois eles são carregadosde lirismo. A mescla, portanto, não é de tipo descritivo e narrativo, e sim de lírico e épico. A alternativa D está incorreta porque também não é possível contrapor abordagem em primeira e em terceira pessoa, pois tanto a narrativa em prosa como os versos empregam essas pessoas do discurso, não sendo a mescla dos gêneros literários a ferramenta usada para tal. Por fim, a alternativa E também está incorreta porque sugere que haja objetividade na prosa, mas tanto os versos como a prosa são subjetivos. QUESTÃO 08 TEXTO I Nos sertões americanos, anda um povo desgrenhado: gritam pássaros em fuga sobre fugitivos riachos; desenrolam-se os novelos das cobras, sarapintados; espreitam, de olhos luzentes, os satíricos macacos. Súbito, brilha um chão de ouro: corre-se – é luz sobre um charco. XCWH A zoeira dos insetos cresce, nos valos fechados, com o perfume das resinas e desse mel delicado que se acumula nas flores em grãos de veludo e orvalho. MEIRELES, C. Romance I ou Da revelação do ouro. In: Romanceiro da Inconfidência. Porto Alegre: L&PM, 2011. TEXTO II O século XVII mal havia terminado, as finanças de Portugal estavam comprometidas com o elevado custo da administração do Império, e a agroindústria canavieira começava a sentir o peso da concorrência da cana plantada nas Antilhas e levada pelos holandeses expulsos do Brasil, a qual atingia duramente os engenhos de açúcar do Nordeste. Mas, em Salvador, o governador-geral do país, João de Lencastro, ainda se perguntava se a descoberta de lavras de ouro no sertão dos “Cataguás” era de fato um bom negócio para Coroa portuguesa. SCHWARCZ, L. M.; STARLING, H. M. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. [Fragmento] A descoberta do ouro na América portuguesa é o tema dos textos anteriores, os quais variam em forma e conteúdo, pois A. demonstram objetivos comunicativos diferentes. B. exigem a mobilização de diferentes conhecimentos. C. registram duas interpretações sobre um fato histórico. D. representam posicionamentos contrários sobre o evento. E. expõem, respectivamente, uma alegoria e um registro do fato. Alternativa A Resolução: Ainda que a temática dos textos seja a mesma, a descoberta do ouro na América Portuguesa, eles foram compostos com diferentes objetivos, o que fica claro na escolha, por parte dos autores, do gênero textual. O texto I, de Cecília Meireles, é um fragmento de um romance integrante de um romanceiro, coleção de obras narrativas em prosa ou em verso, muito populares na Península Ibérica por volta do século XV. Já o texto II é um fragmento de um texto acadêmico da disciplina História. Assim, percebe-se que a intenção de cada um dos textos é única, já que o primeiro tem o foco na forma da mensagem, ou seja, a língua é usada com criatividade pela autora, que se preocupa mais em como dizer do que com o que dizer, o que justifica a linguagem figurada predominante; e o segundo privilegia o relato fidedigno da realidade, com linguagem denotativa. Dessa forma, bem como são diferentes os objetivos comunicativos, são diferentes o público-alvo e a função social desses textos. Está correta, então, a alternativa A. As alternativas B, C e D estão incorretas porque os diferentes conhecimentos mobilizados pelos leitores e os posicionamentos dos autores não pressupõem distinção em forma ou conteúdo, já que poderiam ser coincidentes mesmo em gêneros diferentes. Por sua vez, a alternativa E está incorreta porque o texto de Cecília Meireles não é uma alegoria da descoberta do ouro, mas uma versão poética do fato. LCT – PROVA I – PÁGINA 8 ENEM – VOL. 1 – 2018 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO QUESTÃO 09 TODO MUNDO TEM UM CONHECIDO QUE FALA ASSIM. Seja o tio com pouca experiência online ou a vovó que acha que as letras grandes facilitam a leitura, em algum momento alguém vai tentar explicar para eles que, no mundo da Internet, o Caps Lock virou sinônimo de gritaria. Foi mais ou menos contra o uso indiscriminado do Caps Lock que um usuário do Twitter chamado Derek Arnold lançou o Dia Internacional do Caps Lock. Mais ou menos porque, como outras pseudocausas do Twitter, o objetivo era menos militante e mais para dar umas risadas. A regra era que todos passassem o dia todo escrevendo só em Caps Lock, independente da situação. Com o aumento das discussões acaloradas e do discurso de ódio na Internet, muitas caixas de comentários começaram a bloquear os que eram digitados todos em caixa alta. Nos jogos virtuais, quem escreve em maiúscula pode ser punido. Outras soluções tentaram ser mais criativas, como um projeto de plug-in que transforma frases raivosas digitadas em Caps em outras estranhas e aleatórias como “Eu gosto de pinguins roxos”. Se parece tudo besteira, saiba que o ódio ao Caps Lock não é apenas parte do folclore zueiro da Internet. Existem pelo menos duas campanhas oficiais, criadas por engenheiros de software, para fazer lobby pela extinção dele nos teclados, a CAPSoff e a antiCAPSLOCK, que consideram que o Caps Lock representa um saudosismo inútil e é uma falha fundamental na experiência do usuário. LEONARDI, A. C. Disponível em: <https://super.abril.com.br>. Acesso em: 24 out. 2017. [Fragmento adaptado] Ao discorrer sobre o uso do Caps Lock, o texto tem como objetivo A. divulgar o Dia Internacional do Caps Lock para provocar humor em usuários do Twitter. B. explicar por que essa ferramenta pode ser um indício de falta de educação virtual. C. discutir estratégias para cessar o uso desse recurso em jogos, fóruns e softwares. D. partir de uma premissa local até chegar a uma discussão de mobilização global. E. servir de suporte para difundir os resultados das campanhas oficiais online. Alternativa B Resolução: O texto tem como introdução uma breve contextualização sobre o que é usar caixa alta no ambiente virtual, em que se afirma que essa prática se tornou “sinônimo de gritaria”, portanto, um comportamento mal-educado. Ao longo do texto, a autora explica que a caixa alta incomoda tantos usuários que campanhas descontraídas, ou mesmo oficiais, foram criadas para bani-la, já que na linguagem virtual denota raiva ou exaltação, sentimentos manifestos, normalmente, em discussões. CRWX Assim, está correta a alternativa B. A alternativa A está incorreta porque o texto menciona a existência do Dia Internacional do Caps Lock, data criada ironicamente para combater a caixa alta, com o objetivo de provar que essa ferramenta incomoda muitos usuários; portanto, divulgar a data não é seu objetivo. A alternativa C está incorreta porque o texto não promove um debate acerca de como se evitar a caixa alta em jogos, fóruns online e softwares, mas mostra que o incômodo gerado é tanto que os próprios usuários têm recorrido a estratégias; portanto, o texto apenas as expõe. A alternativa D está incorreta porque partir de uma premissa local (uso de caixa alta por familiares) para uma global (uso de caixa alta por internautas em todos os ambientes virtuais) não é o objetivo do texto, mas uma estratégia argumentativa que cativa e contextualiza os leitores. Finalmente, a alternativa E está incorreta porque o texto não é um informe dos resultados obtidos pelas campanhas, as quais são mencionadas somente para corroborar o ponto de vista defendido: o incômodo causado pelo uso exacerbado da caixa alta em ambientes virtuais. QUESTÃO 10 Tentarei recrear meu espírito e recriar teu vício. Desatarei o laço da saudade que de lasso adoeceu. BANTIM, E. Disponível em: <http://www.gostodeler.com.br>. Acesso em: 26 out. 2017. Sobre as relações entre forma e significado nos vocábulos, considerando o texto anterior, identifica-se que A. “recrear” e “recriar” são diferentes em sentido e iguais em pronúncia. B. “recrear” e “recriar” são iguais na pronúncia e diferentes na grafia. C. “recrear” e “recriar” são diferentes em grafia e iguais em sentido. D. “laço” e “lasso”são iguais na pronúncia e diferentes na grafia. E. “laço” e “lasso” são iguais em sentido e em pronúncia. Alternativa D Resolução: As palavras “laço” e “lasso” são homófonas heterográficas, portanto, são iguais na pronúncia e diferentes na escrita, apresentando, ainda, sentidos diferentes: de acordo com o dicionário Michaelis online, “laço” é “um nó que se desata com facilidade, com uma ou mais alças”; e “lasso” é “aquele que está fatigado ou cansado”, que está acometido por lassidão. Portanto, está correta a alternativa D. HK87 ENEM – VOL. 1 – 2018 LCT – PROVA I – PÁGINA 9BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO QUESTÃO 11 Solitário Como um fantasma que se refugia Na solidão da natureza morta, Por trás dos ermos túmulos, um dia, Eu fui refugiar-me à tua porta! Fazia frio e o frio que fazia Não era esse que a carne nos conforta... Cortava assim como em carniçaria O aço das facas incisivas corta! Mas tu não vieste ver minha Desgraça! E eu saí, como quem tudo repele, – Velho caixão a carregar destroços – Levando apenas na tumbal carcaça O pergaminho singular da pele E o chocalho fatídico dos ossos! ANJOS, A. Eu e outras poesias. 3. ed. São Paulo: Livraria Martins Fontes Editora, 2011. O soneto de Augusto dos Anjos pertence ao gênero lírico porque a voz poética A. canta a tristeza dos poetas que morreram por amor. B. verbaliza figurativamente o amor e a rejeição sentida. C. homenageia a amada com atitudes de devoção doentia. D. invoca uma figura fantasmagórica para relatar a própria tragédia. E. simboliza com uma alegoria a abstração de amar e ser amado. Alternativa B Resolução: O gênero lírico é caracterizado por suas temáticas intimistas, em que a voz poética expõe seus sentimentos num texto permeado, normalmente, de linguagem conotativa, isto é, figurada. No soneto de Augusto dos Anjos, o eu lírico emprega comparações e metáforas para expor à sua amada seus sentimentos, revelando um amor desesperado, que não é retribuído e o faz se sentir como um corpo sem vida que perambula pela cidade nas noites frias. Está correta, portanto, a alternativa B. As outras alternativas estão incorretas porque não apontam características do gênero lírico ou porque interpretam incorretamente o texto. A alternativa A está incorreta porque a tristeza retratada é somente a do eu lírico, não a de outros poetas que também sofrem por um amor não correspondido. A alternativa C está incorreta porque o eu lírico não apresenta atitudes que homenageiam sua amada, mas que representam o desespero por encontrá-la ou chamar sua atenção. A alternativa D está incorreta porque a figura do fantasma não é invocada como numa epopeia, mas usada como comparação para representar os sentimentos do eu lírico. Finalmente, a alternativa E está incorreta porque o amor do eu lírico não é correspondido. RDPU QUESTÃO 12 Cadê teu suin-? Cadê teu repi- Quem é teu padri- Onde é que tu to- Cadê teu suin- Guitarra não po- Desista mole- Quem é que te indi- Cadê teu suin- CAMELO, M. Cadê teu suin-?. In: Bloco do eu sozinho. Los Hermanos. CD. Abril Music, 2001. [Fragmento] Para estruturar o texto da canção, o autor considerou, em todos os versos, A. a sílaba tônica da última palavra. B. o ditongo crescente na última palavra. C. o hiato na primeira e na última palavra. D. a posição da sílaba tônica em cada palavra. E. a ocorrência de semivogais na última palavra. Alternativa A Resolução: A última palavra de cada verso tem sua última sílaba suprimida, no entanto, a primeira palavra do verso seguinte inicia-se com a sílaba que completa a palavra anterior. A sonoridade do texto não é afetada porque a última palavra dos versos é paroxítona, acomodando a sílaba da palavra que inicia os versos, já que as primeiras palavras não têm sua primeira sílaba pronunciada de forma enfática. Assim, está correta a alternativa A. A alternativa B está incorreta porque não há ditongo nas últimas palavras. A alternativa C está incorreta porque não há hiato em todas as palavras que terminam os versos, somente em “suingue”. A alternativa D está incorreta porque somente a sílaba tônica das palavras que iniciam e terminam os versos são levadas em consideração, já que os versos não apresentam mesmo número de sílabas gramaticais nem poéticas. Por fim, a alternativa E está incorreta porque não há semivogais nas últimas palavras; em “suingue”, na sílaba “gue” há, na verdade, um dígrafo, já que “gu” denota um fonema somente. QUESTÃO 13 Segundo quadro (Uma sala da prefeitura. O ambiente é modesto. Durante a mutação, ouve-se um dobrado e vivas a Odorico, “viva o prefeito” etc. Estão em cena Dorotéa, Juju, Dirceu, Dulcinéa, Vigário e Odorico. Este último, à janela, discursa.) ODORICO Povo sucupirano! Agoramente já investido no cargo de prefeito, aqui estou para receber a confirmação, ratificação, a autenticação e por que não dizer a sagração do povo que me elegeu. (Aplausos vêm de fora.) 6SPA YXV5 LCT – PROVA I – PÁGINA 10 ENEM – VOL. 1 – 2018 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO ODORICO Eu prometi que o meu primeiro ato como prefeito seria ordenar a construção do cemitério. (Aplausos, aos quais se incorporam as personagens em cena.) GOMES, D. O bem-amado. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014. Rubricas, ou didascálias, são instruções cênicas que orientam a interpretação do texto dramático e situam a leitura. No fragmento de Dias Gomes, as rubricas são empregadas para A. justificar as ações de cada uma das personagens. B. descrever o ambiente e as ações de personagens. C. interromper a leitura para esclarecimentos do autor. D. narrar os acontecimentos paralelos à cena retratada. E. preencher lacunas discursivas deixadas pelo narrador. Alternativa B Resolução: As rubricas no texto de Dias Gomes vêm entre parênteses e são usadas para situar o lugar em que as cenas acontecem: “Uma sala da prefeitura. O ambiente é modesto.” Além disso, também mostram aos leitores quais personagens aparecem e o que estão fazendo em cena: “Estão em cena Dorotéa, Juju, Dirceu, Dulcinéa, Vigário e Odorico. Este último, à janela, discursa.” Portanto, está correta a alternativa B. A alternativa A está incorreta porque as rubricas não explicam o porquê de cada personagem desempenhar uma ou outra ação, já que a motivação de cada uma delas é explicada pelo próprio universo narrativo do texto. A alternativa C está incorreta porque, ainda que as rubricas possam ser entendidas como interrupções do autor do texto dramático, elas não apresentam qualquer tipo de esclarecimento, já que não há interlocução entre autor e leitores. A alternativa D está incorreta porque as rubricas devem ser consideradas como se estivessem fora do universo da trama; ainda, no texto de O bem-amado, elas não narram acontecimentos paralelos, mas se limitam a descrever o que acontece fora do ambiente em que a cena ocorre, sempre do ponto de vista dos personagens: “ouve-se um dobrado e vivas a Odorico”, “Aplausos vêm de fora”. Por fim, a alternativa E está incorreta porque não há narrador em textos dramáticos; assim, qualquer lacuna da narrativa não será preenchida pelas rubricas, cujo objetivo é descrever ou situar o ambiente e indicar a ação das personagens, uma vez que o texto principal consiste apenas em falas. QUESTÃO 14 Tenho uma tendência à prolixidade, uso mais palavras e frases do que o necessário e acabo me tornando enfadonho. Não existe nada pior do que ler um texto fastidioso. Por isso tentarei ser o mais conciso possível ao narrar esta história. FONSECA, R. Segredo e mentiras. In: Amálgama. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2013. Q11Ø No fragmento de Rubem Fonseca, os adjetivos “enfadonho” e “fastidioso” colaboram para A. marcar a atitude do narrador com relação à história, que é anunciada como desinteressante. B. quebrar a expectativa dos leitores, que iniciam a leitura esperando não apreciá-la. C. alertar os leitores sobre o conto,que carece de elementos literários rebuscados. D. demonstrar a falta de empatia do narrador pelo relato, que é feito por obrigação. E. comprovar a prolixidade do narrador, que anuncia e estende o início do relato. Alternativa E Resolução: Os adjetivos “enfadonho” e “fastidioso” caracterizam, nessa ordem, o narrador e seus textos. Assim, ao mesmo tempo que usa palavras de valoração negativa para definir a si mesmo e a seus escritos, ele repete o comportamento que critica, alongando desnecessariamente seu relato e atravancando a leitura. Portanto, esses vocábulos comprovam o que o narrador diz no fragmento. Da mesma forma, eles também têm sua aplicação comprovada pelo contexto em que se inserem. Está correta, então, a alternativa E. A alternativa A está incorreta porque a atitude demonstrada pelo narrador é de se estender muito em seus relatos, e não de os considerar desinteressantes. A alternativa B está incorreta porque, ao anunciar seu relato como prolixo, o narrador, na verdade, seduz seus leitores a continuarem a leitura e chegarem ao ponto em que se inicia a história, portanto não há quebra de expectativa. A alternativa C está incorreta porque nada no trecho comprova que o conto em análise dispensa elementos literários rebuscados; a própria técnica de alongar o início da história, aliás, pode ser considerada um aspecto trabalhado com o objetivo de descolar o texto de narrativas tradicionais. A alternativa D, por sua vez, está incorreta porque o narrador não é apático em relação a seu relato, o qual também não é feito por obrigação; o narrador expõe um julgamento negativo, na verdade, sobre a maneira como relata suas histórias. QUESTÃO 15 A trabalhadora doméstica Maria Sales passa a maior parte da semana morando na casa onde trabalha. Se precisasse sair de casa todos dias para ir ao trabalho, teria que percorrer diariamente cerca de 34 quilômetros para se deslocar. A baixa oferta de transporte público, o alto custo das passagens, a falta de infraestrutura – como sinalização e calçadas inexistentes – e a insegurança são fatores que tornam o sistema de mobilidade urbana ineficiente. Isso tudo resulta em problemas como maior tempo de deslocamento nos centros urbanos, excesso de veículos nas vias e consequentemente maior número de mortes no trânsito e mais poluição. SINIMBÚ, F. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br>. Acesso em: 21 out. 2017. [Fragmento] ØUIN ENEM – VOL. 1 – 2018 LCT – PROVA I – PÁGINA 11BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO A argumentação presente no texto permite a identificação da tese defendida pela autora, que corresponde à A. exploração das trabalhadoras domésticas que moram no trabalho. B. insegurança vivenciada pelos trabalhadores nos grandes centros. C. ausência de fiscalização do trabalho informal pela Justiça. D. precariedade das condições de vida urbana na atualidade. E. ineficiência do sistema de mobilidade urbana nas cidades. Alternativa E Resolução: A argumentação enumera diversos problemas como fatores que tornam o sistema de mobilidade urbana ineficiente – como baixa oferta de transporte público, o alto custo das passagens, a falta de infraestrutura e a insegurança – e exemplifica com o caso do deslocamento de uma trabalhadora doméstica. A tese do texto é, portanto, acerca da ineficiência do sistema de mobilidade urbana nas cidades, conforme aponta a alternativa E. A exploração sobre os trabalhadores e a falta de fiscalização do trabalho informal são questões sociais que não se aplicam ao texto, pois o caso da trabalhadora doméstica é citado apenas como exemplo das dificuldades enfrentadas para se chegar até o trabalho. Ficam invalidadas, assim, as alternativas A e C. A insegurança nos grandes centros urbanos, sugerida na B, é abordada no texto como um dos fatores que tornam precária a mobilidade urbana, e não como a tese do texto, o que invalida a alternativa. Por sua vez, a precariedade das condições de vida nos grandes centros, sugerida na D, não se aplica ao texto porque este trata de uma questão muito específica, a qual contribui para a precariedade das condições de vida, mas não é tão ampla. QUESTÃO 16 Oração ao tempo És um senhor tão bonito Quanto a cara do meu filho Tempo, tempo, tempo, tempo Vou te fazer um pedido Tempo, tempo, tempo, tempo Compositor de destinos Tambor de todos os ritmos Tempo, tempo, tempo, tempo Entro num acordo contigo Tempo, tempo, tempo, tempo VELOSO, C. Oração ao tempo. In: Cinema transcendental. Caetano Veloso. LP. Verve, 1979. [Fragmento] A construção dos versos da canção se baseia na utilização da figura de linguagem que cumpre o papel de A. comparar as belezas para exaltar a figura do filho. B. representar um ser divino sem mencionar o seu nome. C. atenuar o sentido do pedido para torná-lo mais aceitável. D. exagerar as características do ser invocado para agradá-lo. E. personificar o elemento inanimado para simular uma proximidade. MD6P Alternativa E Resolução: Os versos da canção apresentam uma prece feita pelo eu lírico à figura do tempo, à qual ele se dirige com elogios e anuncia que fará um pedido. A figura de linguagem utilizada pelo eu lírico na construção de seus versos pode ser identificada, portanto, como a personificação do ser inanimado “tempo”, para que seja feito o pedido e criada certa intimidade. A alternativa correta é, portanto, a E. A comparação, proposta em A, é uma figura de linguagem que não se associa às características da personificação, o que a invalida. A omissão do nome proposta em B se refere à figura elipse, o que a torna incorreta. A atenuação de sentido proposta em C, por sua vez, se refere ao eufemismo, o que também a torna incorreta. Por fim, o exagero proposto na alternativa D não se refere à personificação, e sim à hipérbole, o que também a invalida. QUESTÃO 17 Aula inaugural É verdade que na Ilíada não havia tantos heróis como na [ guerra do Paraguai... Mas eram bem falantes E todos os seus gestos eram ritmados como num balé Pela cadência dos metros homéricos. Fora do ritmo, só há danação. Fora da poesia não há salvação. A poesia é dança e a dança é alegria. Dança, pois, teu desespero, dança Tua miséria, teus arrebatamentos, Teus júbilos E, Mesmo que temas imensamente a Deus, Dança como David diante da Arca da Aliança; Mesmo que temas imensamente a morte Dança diante da tua cova. QUINTANA, M. Apontamentos de história sobrenatural. São Paulo: Globo Editora, 2005. [Fragmento] O título do poema de Mario Quintana sugere a apresentação de um conjunto de instruções a serem seguidas. A apresentação dessas instruções se caracteriza por A. ritmo e subjetividade. B. dramaticidade e encenação. C. grandiosidade e saudosismo. D. objetividade e menção a heróis. E. historicidade e referências mitológicas. Alternativa A Resolução: A divisão do texto em versos constrói um ritmo de leitura, uma musicalidade cuja importância é reiterada pelo conteúdo do verso “Fora do ritmo, só há danação”. Há também emotividade nos versos, que apresentam as instruções de maneira subjetiva, presumindo misérias e temores e sugerindo ao ministrante da aula que dance. EHCK LCT – PROVA I – PÁGINA 12 ENEM – VOL. 1 – 2018 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO A alternativa correta é, portanto, a A. A encenação sugerida na alternativa B é característica do gênero dramático, o que a invalida. No mesmo sentido, grandiosidade, conforme sugerido em C, referência objetiva a heróis, como proposto em D, e referências mitológicas, como presente em E são características do gênero épico, e não do lírico. QUESTÃO 18 Em maio de 2012, uma das quatro versões do quadro O grito, de Edvard Munch, foi leiloada em Nova York por 120 milhões de dólares. O recorde de preço de uma obra de arte, no entanto, não foi esse. Em fevereiro do mesmo ano, um Cézanne foi adquirido pela família real do Catar por 250 milhões de dólares. O quadro – Os jogadores decarta – tornou-se assim, até aquele momento, a mais cara obra de arte do mundo. Disponível em: <http://veja.abril.com.br>. Acesso em: 25 fev. 2014. No fragmento da notícia anterior, para se referir a uma obra de arte de Cézanne, usou-se a figura de linguagem chamada A metáfora. B hipérbole. C metonímia. D personificação E sinédoque. Alternativa C Resolução: Numa prática recorrente em textos sobre obras de arte, o autor decide por chamar a tela do pintor Paul Cézanne por apenas “um Cézanne”. A figura de linguagem que possibilita esse recurso é a metonímia, que consiste na utilização de um termo por outro, em que o sentido do termo original é estendido ao novo termo. Portanto, está correta a alternativa C. A alternativa A está incorreta porque não há uma comparação implícita entre “quadro de Paul Cézanne” e “um Cézanne”. A alternativa B está incorreta porque não há exagero intencional em “um Cézanne”. A alternativa D está incorreta porque também não há a atribuição de características ou ações humanas ao quadro de Paul Cézanne. Finalmente, a alternativa E está incorreta porque a sinédoque, embora possa ser considerada um tipo de metonímia, toma o todo pela parte ou a parte pelo todo. Já a metonímia designa uma realidade por meio de outra realidade que tenha relação com a primeira, o que é observado no texto em análise. QUESTÃO 19 Atitude sustentável Se você e sua família mudarem pequenas atitudes, e as tiverem como hábito, o mundo pode ser bem melhor. • Economize água e energia elétrica. • Recicle embalagens. • Separe o lixo e o deixe na coleta seletiva. • Plante árvores. • Recicle o papel e o utilize como rascunho. UWCØ MØIV • Não queime o lixo. • Quando for fazer compras, leve a sacola sustentável para o supermercado. Assim você evita de trazer inúmeras sacolas plásticas para casa. Disponível em: <http://www.atitudessustentaveis.com.br>. Acesso em: 21 out. 2017. O texto anterior pode ser caracterizado como exemplar da tipologia injuntiva porque A. descreve o conceito de sustentabilidade e as ações relacionadas. B. informa as pessoas sobre a possibilidade de um mundo melhor. C. explica as causas e consequências das atitudes sustentáveis. D. convence o leitor das vantagens de mudar atitudes e hábitos. E. apresenta um método para concretizar ações sustentáveis. Alternativa E Resolução: Textos injuntivos se caracterizam por apresentarem uma metodologia para a concretização de uma ação, no caso, para realizar atitudes sustentáveis. Assim, torna-se correta a alternativa E. A descrição proposta em A está incorreta por se adequar ao tipo descritivo. A informação sobre a possibilidade de um mundo melhor, proposta em B, e a explicação sugerida em C também não se aplicam por serem características do tipo expositivo. Por fim, o convencimento proposto em D é característica do tipo argumentativo, e não injuntivo. QUESTÃO 20 A humanidade demorou milhões de anos para inventar a linguagem escrita e vêm agora as portas das toaletes e a desinventam. Por que não escrever “homens” e “mulheres”, reunião de letras que proporciona a segurança da clareza e do entendimento imediato? Não. Algumas portas exibem silhuetas de calças e saias. Outras, desenhos de cartolas, luvas, bolsas, gravatas, cachimbos e outros adereços de uso supostamente exclusivos de um sexo ou outro. Milhões de anos de progresso da humanidade, até a invenção da comunicação escrita, são jogados fora, à porta das toaletes. E no entanto a palavra, a palavra escrita especialmente, continua sendo um estupendo meio de comunicação. Deixa-se um bilhete para um colega de trabalho dizendo “Fui para casa”, e vazado nesses termos, com o uso dessas três singelas palavrinhas, será sem dúvida de entendimento mais fácil e unívoco do que se desenhar uma casinha de um lado, um hominho de outro, e uma flecha indicando o movimento de um para a outra. Vivemos um tempo de culto da imagem. Esquece-se o valor inestimável da palavra. VTZI ENEM – VOL. 1 – 2018 LCT – PROVA I – PÁGINA 13BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO Lorde Thomson of Monifieth, um inglês que já presidiu a Independent Broadcasting Authority, órgão de supervisão do sistema de rádio e televisão na Grã-Bretanha, disse certa vez numa conferência que lamenta não ter surgido na história da humanidade primeiro a televisão, e depois os tipos móveis de Gutenberg. “Penso que imprimir e ler representam formas mais avançadas de comunicação civilizada do que a transmissão de TV”, afirmou. Esse lúcido inglês confessou que, em seus momentos sombrios, se sente incomodado com o pensamento de que a humanidade caminhou milhões de anos para voltar ao ponto de partida. Começou magnetizada pelos desenhos nas paredes das cavernas e terminou magnetizada diante da figura de alta definição nas paredes onde se embutem os aparelhos de televisão. TOLEDO, R. P. Disponível em: <https://oepilogo.wordpress.com>. Acesso em: 30 maio 2017. Partindo de uma afirmação genérica, o autor constrói uma linha de raciocínio que A. menciona Lorde Thomson of Monifieth de modo a expor e criticar atitudes conservadoras. B. pondera a crítica aos meios de comunicação modernos devido à importância que adquiriram. C. demonstra contrariedade e conformação com as mudanças na comunicação humana. D. questiona a representação de homens e mulheres por adereços e vestimentas ditos exclusivos. E. relaciona a preferência pelos recursos audiovisuais e pictográficos ao retrocesso da humanidade. Alternativa E Resolução: O autor, logo na primeira frase, afirma que a linguagem escrita vem sendo preterida em detrimento da visual, mesmo após milhões de anos para atingir a complexidade que apresenta hoje. Ele cita ainda portas de banheiros em estabelecimentos que usam imagens em vez de palavras para indicar o gênero dos usuários. Mais adiante, cita o exemplo de um bilhete, que é mais facilmente compreendido quando se privilegia o texto escrito, e não o imagético. Por fim, menciona Lorde Thomson of Monifieth, elogiando seu posicionamento sobre preferir a linguagem escrita à audiovisual. O objetivo do autor, assim, é mostrar que, ao se optar por imagens, a comunicação passa por um processo retroativo, já que, segundo ele, a linguagem verbal é mais sofisticada, conforme aponta a alternativa E. A alternativa A está incorreta porque o autor recorre a Lorde Thomson of Monifieth como discurso de autoridade. A alternativa B está incorreta porque o autor não condena os meios de comunicação modernos, mas, na verdade, mostra-se contrário ao fato de se sobreporem à comunicação por linguagem escrita. A alternativa C está incorreta porque o autor demonstra somente contrariedade às mudanças na comunicação humana, não se conformando com elas, portanto. Por sua vez, a alternativa D está incorreta porque, quando o autor cita a representação de homens e mulheres por ícones supostamente exclusivos dos gêneros, ele está apenas exemplificando uma das situações que o fazem refletir sobre o que, na sua opinião, é um retrocesso da comunicação humana; seu raciocínio, portanto, vai muito além desse questionamento. QUESTÃO 21 Disponível em: <http://sustentabilidadevida.blogspot.com.br>. Acesso em: 04 set. 2017. No texto publicitário anterior, são utilizados recursos verbais e não verbais para a construção de sentido, cujo tom é de A. ameaça, para o leitor sentir medo e abandonar hábitos egoístas. B. advertência, para mostrar ao leitor a vantagem de se mudar de atitude. C. desesperança, para conscientizar o leitor das consequências de seus atos. D. melancolia, para atingir a emoção do leitor e comovê-lo para a mudança. E. euforia, para incitar o leitor a adotar instantaneamente ações efetivas. Alternativa B Resolução: Os recursos verbais e não verbais presentes no texto consistem em imagens de árvores que mimetizam a forma dos pulmões humanos, associando natureza e respiração para a construção de seu sentido.O conteúdo verbal que acompanha a imagem reitera essa associação ao sugerir “Comece a preservar”, estabelecendo uma relação de causa e consequência entre a preservação da natureza e a continuidade da vida humana. A publicidade mostra, portanto, que existe uma vantagem em se mudar de atitude ao fazer uma advertência ao seu público-alvo, o que torna correta a alternativa B. Ao contrário do que propõe a alternativa A, o texto publicitário não visa acuar os leitores por meio de uma ameaça, pois não pretende causar medo nem afirma que seus hábitos são egoístas. A alternativa C também está incorreta porque não existe um tom de desesperança, já que a proposta de mudança de atitude mostra que há esperança de se reverter uma situação prejudicial à humanidade. No mesmo sentido, a alternativa D está incorreta por não haver indícios de melancolia no texto, pois essa publicidade não se dirige à emoção, e sim à razão dos leitores, promovendo a reflexão. Tampouco há euforia no texto, como sugerido na alternativa E, pois o tom utilizado é direto e objetivo. B8ZY LCT – PROVA I – PÁGINA 14 ENEM – VOL. 1 – 2018 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO QUESTÃO 22 O dinossauro Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá. MONTERROSO, A. O dinossauro. In: A orelha negra e outras fábulas. São Paulo: Cosac Naify, 2017. A objetividade do gênero conto é percebida em “O dinossauro”, do autor guatemalteco Augusto Monterroso, por meio do(a) A. ausência de finalização no clímax, decorrente do enfraquecimento de uma combinação de elementos. B. brevidade na abordagem dos tempos, pois, embora seja uma narrativa curta, há passado, presente e futuro. C. densidade no estudo psicológico da personagem, que aparece condensada para se adequar à extensão do texto. D. encadeamento de episódios autônomos, que condensa diversas ações individuais e as relaciona para compor o enredo. E. unidade de ação, pois a narrativa contém apenas uma célula dramática com um conflito que converge para um só ponto. Alternativa E Resolução: Analisando as afirmações feitas em cada uma das alternativas, vê-se que, em A, é sugerido que a finalização do conto não acontece no clímax, o que está incorreto e consiste em uma característica do romance. A alternativa B está incorreta porque afirma ser a brevidade na abordagem de passado, presente e futuro, o que não procede, visto que no conto há apenas uma cena no tempo presente. A alternativa C está incorreta porque o texto não se aprofunda na análise psicológica da personagem que acorda, e muito menos na do dinossauro. A alternativa D, por sua vez, sugere o encadeamento de episódios autônomos para compor o enredo como manifestação da objetividade do gênero, o que está incorreto, pois essa característica também se associa à complexidade do romance. Por fim, a alternativa E afirma corretamente que a objetividade se manifesta na unidade de ação, pois a narrativa contém apenas uma célula dramática com um conflito que converge para um só ponto, no caso, a personagem acordando e constatando que o dinossauro ainda estava no mesmo local de antes. QUESTÃO 23 [...] Meneses trazia amores com uma senhora, separada do marido, e dormia fora de casa uma vez por semana. Conceição padecera, a princípio, com a existência da comborça; mas, afinal, resignara-se, acostumara-se, e acabou achando que era muito direito. Boa Conceição! Chamavam-lhe “a santa”, e fazia jus ao título, tão facilmente suportava os esquecimentos do marido. Em verdade, era um temperamento moderado, sem extremos, nem grandes lágrimas, nem grandes risos. No capítulo de que trato, dava para maometana; aceitaria um harém, com as aparências salvas. Deus me perdoe, se a julgo mal. Tudo nela era atenuado e passivo. O próprio rosto era mediano, nem bonito nem feio. Era o que chamamos uma pessoa simpática. Não dizia mal de ninguém, perdoava tudo. Não sabia odiar; pode ser até que não soubesse amar. ASSIS, M. A missa do galo. In: Contos consagrados. Rio de Janeiro: Ediouro, 1998. [Fragmento] 3D5T VHBO No trecho do conto de Machado de Assis, predomina uma tipologia no primeiro parágrafo e outra no segundo, já que estes trazem, respectivamente, A. explicação de fatos e instrução sobre o temperamento de uma santa. B. recapitulação do enredo e explicação para as atitudes de Conceição. C. exposição da situação e argumentação para justificar o título “santa”. D. informação a respeito do enredo e elucidação da história da personagem. E. progressão de acontecimentos e caracterização da personagem. Alternativa E Resolução: O primeiro parágrafo consiste no encadeamento de acontecimentos que oferece um panorama da situação vivenciada pela personagem Conceição; já o segundo parágrafo apresenta uma descrição da personagem, elencando suas características. Assim, as tipologias predominantes são a narração e a descrição. A alternativa correta é, nesse sentido, a E. A explicação e a instrução sugeridas em A são características das tipologias expositiva e injuntiva, o que a invalida. A recapitulação e a explicação são características que não definem as tipologias em questão, o que torna a alternativa B incorreta. A exposição e a argumentação propostas em C são adequadas às tipologias expositiva e argumentativa, o que a torna incorreta. Por fim, a informação e a elucidação presentes em D se referem ambas ao tipo expositivo, o que também a invalida. QUESTÃO 24 Um leão ficou com raiva de um mosquito que não parava de zumbir ao redor de sua cabeça, mas o mosquito não deu a mínima. – Você está achando que vou ficar com medo de você só porque você pensa que é rei? – disse ele altivo, e em seguida voou para o leão e deu uma picada ardida no seu focinho. Indignado, o leão deu uma patada no mosquito, mas a única coisa que conseguiu foi arranhar-se com as próprias garras. O mosquito continuou picando o leão, que começou a urrar como um louco. No fim, exausto, enfurecido e coberto de feridas provocadas por seus próprios dentes e garras, o leão se rendeu. O mosquito foi embora zumbindo para contar a todo mundo que tinha vencido o leão, mas entrou direto numa teia de aranha. Ali o vencedor do rei dos animais encontrou seu triste fim, comido por uma aranha minúscula. ESOPO. Fábulas. São Paulo: Companhia das Letras, 1994. A fábula é uma narrativa curta, geralmente com animais personificados, que carrega um ensinamento moral. Sobre o texto anterior, infere-se que a moral defende que o A. oponente maior e mais forte pode ser vencido pelo cansaço. B. ato de persistência leva à vitória, mas deve ser mantida no futuro. C. vencedor deve ser humilde e guardar segredo de suas conquistas. D. sentimento da raiva leva à derrota, ainda que o inimigo seja menor. E. adversário de aparente menor importância pode ser o mais temido. 4ASB ENEM – VOL. 1 – 2018 LCT – PROVA I – PÁGINA 15BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO Alternativa E Resolução: Na fábula, o mosquito enfrenta o leão e o pica até que este se renda, exausto e dolorido, pois não consegue acertá-lo com uma patada, ferindo a si mesmo. O mosquito, então, vai embora para contar a todos sua vitória sobre o grande animal, mas cai em uma teia e é comido por uma pequena aranha. Apresenta-se, portanto, o pequeno mosquito como vencedor do grande leão e, depois, a pequena aranha como vencedora do mosquito, transmitindo-se o ensinamento de que o inimigo supostamente menos importante pode ser o mais perigoso, o que torna correta a alternativa E. Vencer o oponente pelo cansaço não se aplica ao caso do mosquito, que foi vencido de surpresa, o que torna incorreta a alternativa A. No mesmo sentido, a atitude persistente sugerida em B também está incorreta, porque a aranha não precisou insistir para vencer o mosquito, mas apenas ser paciente e esperar por ele. A sugestão de humildade para o vencedor, presente em C, está incorreta porque não foi o fato de o mosquito querer falar de sua vitória queo levou à derrota, e sim a pouca atenção dada às pequenas ameaças. Por fim, o sentimento de raiva que leva à derrota não se aplica, pois os animais derrotados não sentiram raiva, mas orgulho, o que invalida a alternativa D. QUESTÃO 25 Terça-feira, 29 de agosto Por que todo o mundo gosta de reprovar as coisas más que a gente faz e não elogia as boas? Eu e minha irmã nem parecemos filhas dos mesmos pais. Eu sou impaciente, rebelde, respondona, passeadeira, incapaz de obedecer e tudo o que quiserem que eu seja. Luisinha é um anjo de bondade. Não sei como se pode ser como ela, tão sossegada. Nunca sai de casa sem ir empencada no braço de mamãe. Não reclama nada. Se eu disser que já a vi reclamando um vestido novo, minto. E se ganha um vestido e eu quiser lhe tomar, ela não se importa. Pois todos me chamam de menina rebelde e ninguém elogia Luisinha. Vou escrever aqui o que eu fiz com ela e não tenho vergonha, porque é só o papel que vai saber. MORLEY, H. Minha vida de menina. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. Entre as características do texto que permitem identificá-lo como pertencente ao gênero diário, está o fato de ter sido escrito para ser A. esquecido pela própria autora. B. publicado em tempos posteriores. C. mantido como um registro privado. D. exposto a interlocutores específicos. E. descartado para preservar segredos. Alternativa C Resolução: Ao relatar que não tem vergonha de escrever o que fez “porque é só o papel que vai saber”, a autora mostra que escreveu o diário para ser lido apenas por si mesma, ou seja, para mantê-lo privado, distante das outras pessoas. XEY6 Está correta, portanto, a alternativa C. As alternativas A e E estão incorretas porque textos desse gênero são escritos justamente para que a autora possa se lembrar dos fatos relatados; ainda, diários costumam ser guardados em segredo, para garantir sua confidencialidade. Também estão invalidadas as alternativas B e D, já que textos do gênero diário não são escritos com o intuito de serem publicados ou expostos a outros leitores. QUESTÃO 26 Direciono este texto não aos meus pares – aqueles apaixonados por livros, que devoram as páginas para mergulhar em um novo mundo –, mas, sim, àqueles que não gostam de ler; que acham chato, monótono ou perda de tempo. Antes de tudo, é importante dizer que eu o entendo. Mais do que isso, até meus 13 anos, eu era como você: havia lido apenas alguns livros obrigatórios do colégio e não extraía qualquer prazer daqueles clássicos. Mas, apenas para retomar o conceito, acredito que os principais erros estão no momento e na abordagem das leituras escolares. A meu ver, o correto é que aquele que não gosta de ler comece por um texto mais simples, mais divertido, e, aos poucos, chegue a autores mais complexos e ricos na linguagem e no tema. MONTES, R. Disponível em: <https://oglobo.globo.com>. Acesso em: 21 out. 2017. [Fragmento adaptado] Considerando a intenção argumentativa do texto, percebe-se que seu autor se dirige aos leitores que não gostam de ler com o objetivo de A. compará-los às pessoas que gostam de ler e, por isso, adquirem mais conhecimento. B. persuadi-los da importância da leitura dos autores clássicos para sua formação. C. acolhê-los por meio da identificação consigo mesmo e com seu desgosto pela leitura. D. convencê-los de que sua resistência à leitura decorre de erros na abordagem escolar. E. aconselhá-los a realizar ao menos as leituras obrigatórias para as disciplinas do colégio. Alternativa D Resolução: Na argumentação construída, o autor identifica o leitor consigo mesmo, descrevendo seu ponto de vista sobre a leitura na época em que estava na escola e também não gostava ler. Assim, ele apresenta sua visão de que os principais erros estão no momento e na abordagem das leituras escolares, o que resulta em pessoas que creem não gostar de ler, já que, ainda muito jovens, são expostas a obras literárias muitas vezes densas e difíceis de ler, o que torna correta a alternativa D. Não há no texto uma comparação entre as pessoas que não gostam de ler e aquelas que gostam, e sim uma aproximação entre o leitor e o autor em sua adolescência, o que invalida a alternativa A. 68FT LCT – PROVA I – PÁGINA 16 ENEM – VOL. 1 – 2018 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO O autor também não busca persuadir sobre a importância da leitura dos autores clássicos, mas os cita para explicitar que, em sua adolescência, não extraía prazer algum dessas leituras, tornando incorreta a alternativa B. A intenção de acolher os leitores por meio da identificação consigo mesmo, como sugere a alternativa C, também está incorreta, pois essa identificação não tem o objetivo de acolher, mas de ser uma estratégia argumentativa para mostrar que é comum o desgosto pela leitura na época da escola devido a um equívoco na abordagem da disciplina Literatura. Por fim, não há no texto um aconselhamento para que os alunos realizem ao menos as leituras obrigatórias para as disciplinas do colégio, o que invalida a alternativa E. QUESTÃO 27 Um foguete, uma varinha mágica, um trem ou qualquer tipo de animal estão entre as muitas formas que um simples graveto pode tomar pela criatividade e imaginação (principalmente) das crianças. O exercício é importante para o desenvolvimento e para a construção autoral dos pequenos, e ter esta consciência ajuda os adultos a garantir que haja momentos livres de brinquedos prontos. “É preciso não planejar tantas atividades e não deixar tantas opções de brinquedos com uma função específica disponível”, afirma Tatiana Weberman, responsável pelo SlowKids, movimento que propõe a desaceleração para a infância. “Deixar menos opções, muitas vezes, é abrir uma porta para a criatividade e uma vastidão de possibilidades.” RODRIGUES, C. Disponível em: <http://www.cartaeducacao.com.br>. Acesso em: 21 out. 2017. [Fragmento] De acordo com a argumentação desenvolvida no texto, o ponto de vista defendido diz respeito ao A. planejamento de atividades monitoradas e objetivas que desenvolvem a criatividade. B. sistema educativo que propõe às crianças brincarem com brinquedos específicos. C. método que atende à demanda dinâmica e acelerada das crianças em brincadeiras. D. movimento que solicita aos pais suprimirem brinquedos como modo de educar as crianças. E. exercício que incentiva crianças a brincarem sem brinquedos com usos predeterminados. Alternativa E Resolução: A argumentação apresenta a declaração da responsável por um movimento que propõe a desaceleração da infância, segundo a qual “É preciso não planejar tantas atividades e não deixar tantas opções de brinquedos com uma função específica disponível”. Nesse sentido, o ponto de vista defendido no texto diz respeito ao incentivo às crianças a brincarem sem brinquedos com funções predeterminadas, como visto no primeiro parágrafo, em que às autora afirma ser importante as crianças exercitarem sua criatividade. YCLO Está correta, dessa forma, a alternativa E. Não há referências no texto ao planejamento de atividades monitoradas, como sugerido em A, o que a invalida. O texto não propõe a construção de brinquedos pelas crianças, conforme sugerido em B, e sim que brinquem com qualquer objeto. Como a autora sugere a desaceleração da infância, fica invalidada também a alternativa C, que propõe uma metodologia acelerada como a infância atual. Tampouco é solicitado aos pais que suprimam os brinquedos das crianças, como sugerido em D, e sim que apresentem brinquedos e objetos sem função predefinida, para estimular a criatividade. QUESTÃO 28 Romance XXXIV ou de Joaquim Silvério Melhor negócio que Judas fazes tu, Joaquim Silvério: que ele traiu Jesus Cristo, tu trais um simples Alferes. Recebeu trinta dinheiros... – e tu muitas coisas pedes: pensão para toda a vida, perdão para quanto deves, comenda para o pescoço, honras, glórias, privilégios. E andas tão bem na cobrança
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