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FACULDADE MULTIVIX
LETÍCIA MARIA DOS SANTOS JIMENEZ VALENTE
TRABALHO SEGUNDO BIMESTRE: TEMA ESQUIZOFRENIA
VITÓRIA
2020
Definição:
A esquizofrenia trata-se de um transtorno mental que causa sintomas positivos e negativos, conforme descrito por Camargo e Cosenza (orgs.):
“Nessas classificações, tal transtorno é caracterizado por um conjunto de sintomas positivos (alucinações, delírios, pensamentos e comportamentos bizarros) e negativos (alogia, anedonia, avolição, apatia, embotamento afetivo e retraimento social).” (2014, p. 2016).
Ela pode ser predominantemente de sintomas negativos ou predominar os sintomas positivos, sua manifestação pode diferir entre os pacientes.
Dentre esses sintomas positivos, o DSM-V indica que a pessoa precisa ter pelo menos um dos sintomas. Abaixo definição dos sintomas característicos:
As alucinações podem se manifestar no paciente podem ocorrer por meio da percepção auditiva e ou da visão. Conforme citado no DSM-V: 
“São vívidas e claras, com toda a força e o impacto das percepções normais, não estando sob controle voluntário. Podem ocorrer em qualquer modalidade sensorial, embora as alucinações auditivas sejam as mais comuns na esquizofrenia e em transtornos relacionados. Alucinações auditivas costumam ser vividas como vozes, familiares ou não, percebidas como diferentes dos próprios pensamentos do indivíduo.” (2014, p. 192).
Já os delírios são conteúdos de temas diversos que causam uma ideia fixa e conflitante. Seus temas geralmente podem ser:
“Delírios persecutórios (i.e., crença de que o indivíduo irá ser prejudicado, assediado, e assim por diante, por outra pessoa, organização ou grupo) são mais comuns. Delírios de referência (i.e., crença de que alguns gestos, comentários, estímulos ambientais, e assim por diante, são direcionados à própria pessoa) também são comuns. Delírios de grandeza (i.e., quando uma pessoa crê que tem habilidades excepcionais, riqueza ou fama) e delírios erotomaníacos (i.e., quando o indivíduo crê falsamente que outra pessoa está apaixonada por ele) são também encontrados. Delírios niilistas envolvem a convicção de que ocorrerá uma grande catástrofe, e delírios somáticos concentram-se em preocupações referentes à saúde e à função dos órgãos.” (2014, p. 192)
A desorganização do pensamento se dá através da fala e segundo o DSM-V (2014, p. 192) o indivíduo não consegue manter a coerência de sua fala, mudando de um assunto para o outro sem nexo ou em casos muito extremos pode estar tão afetado que é quase incompreensível ao ouvinte.
Comportamento motor grosseiramente desorganizado ou anormal (incluindo catatonia), esse primeiro segundo DSM-V (2014, p. 192) fala de comportamentos motores que podem se manifestar desde o mais tolo a agitação intensa que atrapalham a realização das atividades cotidianas bem como ao comportamento catatônico que diz respeito desde uma resistência a instruções, postura rígida e total falta de respostas verbais ou motoras em relação ao ambiente, atividade motora sem excessiva e sem causa óbvia e também movimentos estereotipados como caretas, olhar fixo, repetitivos, dentre outros.
Os sintomas negativos estão associados a perda de interesse e diminuição da interação social,segundo o DSM-V:
“A avolia é uma redução em atividades motivadas, autoiniciadas e com uma finalidade. [...] A alogia é manifestada por produção diminuída do discurso. A anedonia é a capacidade reduzida de ter prazer resultante de estímulos positivos, ou degradação na lembrança do prazer anteriormente vivido. A falta de sociabilidade refere-se à aparente ausência de interesse em interações sociais, podendo estar associada à avolia, embora possa ser uma manifestação de oportunidades limitadas de interações sociais.” (2014, p. 193)
Causas:
As causas da esquizofrenia ainda são desconhecidas, porém há algumas teorias que associam as causas a fatores internos e externos ao organismo. Segundo Silva (2006) A esquizofrenia pode ter causa genética; ou neuroquímica em decorrência ao abuso de substâncias psicoativas que podem causar alterações no sistema dopaminérgico; distúrbios do neurodesenvolvimento que estão ligados aos processos de desenvolvimento cerebral do feto; alterações estruturais no cérebro que foram observadas por estudos de imagens utilizando Tomografia Computadorizada e as teorias psicológicas que associam o desenvolvimento da esquizofrenia a partir de relacionamentos familiares patológicos.
 
Avaliação:
Segundo Camargo e Cosenza (et. all) (2014, p. 220) ocorria grande problemática na avaliação dos pacientes de esquizofrenia pois os testes neupsicológicos acabavam que avaliavam mais do que um domínio cognitivo simultaneamente o que levava a usar vários testes para avaliar a mesma função. Foi criado e validado para ser utilizado no Brasil uma bateria de testes neuropsicológicos padronizado chamada MATRICS Consensus Cognitive Battery (MC- CB) que compõe os seguintes testes: 
“Velocidade de processamento: Trail Ma- king Test (parte A); subtestes Simbol Coding e Category Fluency (nomear animais) da Brief Assessment of Cogni- tion in Schizophrenia (BACS); Vigilância e atenção: Continous Perfor- mance Test – Identical Pairs (CPT-IP); Memória de trabalho: Subteste não ver- bal Spatial Span e subteste verbal Letter- -Number Span (WMS-III); Aprendizagem e memória verbal: Hop- kins Verbal Learning Test – Revised (HVLT-R).” (Camargo e Cosenza (et. all), 2014, p. 220)
Intervenção:
Atualmente ainda não foi descoberto cura para a esquizofrenia, no entanto o seu tratamento gira em torno de intervenção farmacológica através do uso de antipsicóticos e acompanhamento psicoterápico.
Os fármacos antipsicóticos atípicos são utilizados para atenuar os sintomas psicóticos da esquizofrenia agindo sobre os sintomas positivos da doença, de forma a agir diretamente no sistema nervoso central, porém não demonstram efeitos quanto aos sintomas negativos da doença.
“Entre os sistemas dopaminérgicos cerebrais nos quais os antipsicóticos atuam, o mesocortical e o mesolímbico são os que provavelmente estão mais relacionados com a fi siopatologia da esquizofrenia. Já o bloqueio de receptores dopaminérgicos do sistema nigroestriatal é considerado responsável pelos efeitos extrapiramidais dos neurolépticos, enquanto a ação no sistema túberoinfundibular parece ser responsável pelos efeitos endocrinológicos causados por estas drogas” (Graeff & Guimarães, 1999, apud Silva, 2006, p. 273)
Todavia, os antipsicóticos típicos demonstram muitos efeitos colaterais, podendo chegar a até 90%, segundo Silva: 
“por bloquearem receptores dopaminérgicos estriatais, os antipsicóticos típicos podem produzir o aparecimento de efeitos adversos extrapiramidais. Estes incluem a síndrome de Parkinson, reações distônicas agudas, acatisia, acinesia e síndrome neuroléptica maligna.” (2006, p.274-275).
Por isso, (SILVA, 2006) estão sendo utilizados com maior frequência no tratamento os antipsicóticos atípicos, que tenham menos efeitos colaterais extrapiramidais e maior eficiência nos sintomas negativos da doença, alguns exemplos desses medicamentos utilizados são: clozapina, risperidona, dentre outros.
“Na clínica, a clozapina é igual ou superior aos antipsicóticos clássicos na melhoria dos sintomas positivos da esquizofrenia, mas também mostra efeitos em sintomas negativos. Além disso, 60% dos pacientes que não respondem a neurolépticos típicos podem apresentar melhora com o seu uso.” (Silva, 2006, p. 276).
O tratamento psicoterapêutico tem como maior importância a reabilitação psicossocial do paciente diagnosticado com a esquizofrenia.
“[...] o apoio psicoterapêutico e o treinamento de estratégias de enfrentamento e manejo de situações de vida ajudam o paciente a adaptar-se ao ambiente e a enfrentar o estresse, sendo que as intervenções familiares e sócio-profissionais modificam fatores ambientais de acordo com a capacidade do paciente.” (Silva, 2006, p. 276-277)
Mapa mental:
Referências Bibliográficas
ASSOCIATION, American Psychiatric. DSM-5: Manual Diagnóstico e Estatísticode Transtornos Mentais. 5º edição. Porto Alegre: Artmed: 2014. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582711835/cfi/6/30!/4/6/20/2@0:100. Acesso em: 04 de nov. 2020.
FUENTES, Daniel; MALLOY-DINIZ, Leandro F.; CAMARGO, Candida H.Pires & COSENZA, Ramon M. Neuropsicologia: teoria e prática. In: PERGORARO, Luiz, Fernando Louguim; CEARÁ, Alex de Toledo; FUENTES, Daniel. Neuropsicologia das Psicoses. 2º ed. Porto Alegre: Artmed 2014. p. 215-2020. disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582710562/cfi/1!/4/4@0.00:42.6. Acesso em: 04 de nov. 2020.
SILVA, Regina Cláudia Barbosa da. Esquizofrenia: uma revisão. Psicol. USP,  São Paulo ,  v. 17, n. 4, p. 263-285,    2006 . Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/pusp/v17n4/v17n4a14.pdf. Acesso em: 04 nov. 2020.

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