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CURSO DE PEDAGOGIA PROJETOS E PRÁTICA DE AÇÃO PEDAGÓGICA – GESTÃO DA EDUCAÇÃO EM AMBIENTES ESCOLARES E NÃO ESCOLARES POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2 PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA O DESEQUILÍBRIO DOS NÍVEIS SOCIAIS DENTRO DA ESCOLA Ana Beatriz Xavier Amici RA: 1835084 Ribeirão Preto, SP 2020 1. TEMA: A Desigualdade Das Classes Sociais Dos Alunos Na Escola e Suas Consequências 2. SITUAÇÃO- PROBLEMA: Desde sempre, a desigualdade de classe sociais entre os alunos na escola é um tema bastante comentado, e com certeza delicado para se trabalhar. Pois o aluno que possui menores condições financeiras tem menores condições de aprendizagem na escola, por diversos obstáculos que esse aluno menos favorecido possa ter, como exemplo, não ter acesso à internet em casa para estudar ou fazer um trabalho escolar, ter que trabalhar em horário de escola para ajudar os pais, ou trabalhar fora do período escolar, mas dificultando a criança a se concentrar na sala de aula, pelo cansaço físico e emocional. Enquanto o que possui melhores condições, acaba tendo um desempenho melhor. Por seu estilo de vida, ser mais confortável. Pensando nisso, foi criado este projeto para despertar e elaborar melhores ideias que contribuam para a qualidade de vida nos estudos desses alunos. 3. JUSTIFICATIVA: Mais precisamente nas escolas públicas, a desigualdade de classe socias entre os alunos no ambiente escolar traz grandes impactos negativos para todos eles (especialmente aos que possuem poucas condições financeiras). Pois com a pobreza, a injustiça social é evidente. Existem diversos fatores que podem interferir negativa ou positivamente no processo de aprendizagem do aluno. Entre eles, destacam-se aspectos ambientais, econômicos, sociais, afetivos, psicológicos, emocionais e familiares. Fatores como condições habitacionais, sanitárias, de higiene e de nutrição também são considerados determinantes para a aprendizagem do aluno na escola e fora dela. Uma criança mais desprovida de uma qualidade de vida melhor, pode se sentir inferior aos outros alunos, se sentir incapaz, pode desenvolver uma personalidade agressiva e vulnerável, e isso atrapalha também em seu desenvolvimento escolar. Para María Caridad Araujo (2017), as pessoas em situação de pobreza têm menos recursos, e isso pode influenciar os filhos dessas pessoas em sua formação acadêmica. Pois a pobreza está ligada a resultados ruins, de bem-estar e desenvolvimento infantil. Crianças com rendimentos mais baixos, ou que tenham pais com níveis de escolaridade menor, possuem uma certa carência, seja em sua alimentação, seu desenvolvimento cognitivo e linguagem, cuidados infantis, a disponibilidade de materiais escolares, brinquedos, jogos e lazer saudável. Ser rico é melhor que nascer inteligente, afirma estudo. (Foto: Creative Commons / StockSnap) 4. EMBASAMENTO TEÓRICO: Melhor dizendo, a pobreza é um fator mediador que coloca em risco a oportunidade para as crianças alcançarem seu potencial de desenvolvimento. Especialistas estimam que existam mais de 200 milhões de crianças em todo o mundo que correm esse risco. Algo que já foi estudado, e comprovado que tem resultados positivos, é realizar programas voltados para o desenvolvimento infantil nas escolas, que são focados para crianças mais carentes. Executar este plano com uma boa qualidade, auxiliaria e resultaria em melhoras de comportamento e desenvolvimento da criança. E com certeza, também mudar o futuro delas. Um exemplo emblemático do artigo de Maria Caridad Araujo (2017), na América Latina e no Caribe é um programa piloto feito na Jamaica. Um grupo de crianças desnutridas entre nove e 24 meses de idade recebeu visitas domiciliares de uma hora por semana durante 24 meses. Nestas visitas, a equipe de saúde da comunidade trabalhava com a criança e sua mãe em um currículo estruturado para promover a aprendizagem por meio de jogos e interações de boa qualidade, isto é, proporcionando um ambiente receptivo, acolhedor e sensível. Vinte anos mais tarde, as crianças que receberam este programa tiveram resultados substancialmente melhores do que as crianças semelhantes: eles tinham um QI mais alto, haviam alcançado níveis mais elevados de educação, tinham rendimentos maiores, demonstraram melhor saúde mental e tiveram menos episódios de comportamento violento. Este foi um programa de apoio aos pais por meio de visitas domiciliares, com foco https://blogs.iadb.org/desarrollo-infantil/2014/07/29/pobreza/ em crianças desfavorecidas e que foi capaz de mudar suas trajetórias de desenvolvimento e suas vidas. Um exemplo de método desse processo do plano, seria ter uma assistente social, psicóloga escolar, e um funcionário da área da saúde focarem dentro da escola, na vida dessas crianças. Fazendo um acompanhamento diário de suas rotinas na escola, e auxiliando quando forem para suas casas. E também, com o apoio dos pais das crianças que é de extrema importância, para que em casa, os pais mesmo possam dar continuidade a esse processo. Muitos pais de alunos, que possuem condições financeiras mais baixas, não possuem tanto tempo em casa, para dar atenção a seus filhos, não tem uma boa estrutura para educar, devido ao fato da pobreza ser presente diariamente em suas vidas, os pais também possuem menos tempo, dinheiro, e recursos cognitivos e emocionais, para atender as necessidades de seus filhos. Sabendo disso, é fundamental, que o corpo docente escolar possa auxiliar essas crianças, e fazer com que elas tenham total atenção e cuidados na escola, para que todo esse plano possa dar certo. 5. PÚBLICO-ALVO: Gestão escolar, docentes, professores, pais e alunos de toda a escola. 6. OBJTIVO GERAL: É responsabilidade da escola trabalhar e desenvolver reflexões que contribuam para o crescimento e qualidade de vida dos alunos dentro da escola. O foco desta intervenção será a gestão escolar orientar e trabalhar com os pedagogos de forma que busquem possibilidades na escola que transformem melhorias para esses alunos que possuem dificuldades financeiras, e garantir uma melhor educação para os mesmos dentro da escola, garantir que eles saiam da escola, tendo aprendido igualmente como uma criança que tenha melhores condições. E que possa ter as mesmas chances e capacidade futuras do que qualquer outra criança de uma classe social mais elevada. Realizar métodos que auxiliem o melhor desempenho desses alunos mais carentes, para que futuramente eles possam ter a oportunidade de crescer e se desenvolver com maiores chances de fazerem parte da sociedade como pessoas do bem, que tenham mais oportunidades para conseguirem empregos, e profissões. 7. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Promover encontros individuais e semanais para o psicólogo escolar com os alunos mais carentes; • Fortalecer valores, justiças e respeito pelos alunos; • Prover uniformes gratuitos para todos os alunos; • Organizar um cardápio adequado a uma alimentação saudável e sustentável; • Convidar os pais de todos os alunos para reuniões onde serão discutidos assuntos para melhorias e reflexões; • Orientar os professores a sempre dialogar com seus alunos e acompanhar a vida dos mesmos; • Providenciar reforço escolar; • Preparar uma van escolar para os alunos que possuem dificuldades financeiras para chegar até o ambiente escolar; • Fazer com que o aluno se sinta protegido, especial e respeitado como cidadão na escola; • Criar métodos focados em desenvolver alunos mais carentes • Produzir programas na escola, que ajudem os alunos a se desenvolverem com mais qualidade. • Fazer com que todos os alunos se sintam iguais como seres humanos dentro da escola. • Realizar atividades após o horário de aula, como esportes, aulas de dança, artesanatos, aulas de música e reforço escolar, cinemas, e lanches, para que os alunospassem mais tempo na escola, e tendo uma rotina com uma educação de qualidade. 8. PERCURSO METODOLÓGICO • Realizar uma reunião com a presença da gestão escolar, diretor, coordenador, monitores, psicóloga e professores. • Convocar os pais de todos os alunos da instituição para a reunião sobre melhorias, reflexões e sugestões. • Cada professor será responsável pela reunião na sala de aula com os pais de alunos de sua turma. • Orientar os alunos sobre o assunto e ouvir os alunos que quiserem se expressar. • Monitorar o uso de uniformes e a alimentação saudável de todos. • Inspecionar os alunos no reforço escolar. • Acompanhar o psíquico dos alunos com a psicóloga. • Organizar uma escala de atividades educativas, interativas com lazer para as crianças em um período oposto do horário de aula. • Realizar um horário somente para reforço escolar. 9. RECURSOS: • Uniformes; • Alimentação adequada para o horário de aula; • Van escolar; • Apostilas; • Material escolar fornecido pela escola; • Profissionais capacitados; • Instrumentos musicais para aulas; • Som para aulas de dança; • Tintas, pincéis, quadros para artesanatos • Linhas de crochê, linhas de bordados, agulhas para artesanatos; • Filmes, pipocas; • Lanches para horários de atividades de lazer; 10. CRONOGRAMA: Por se tratar de uma intervenção delicada e a longo prazo de ser melhorada, o projeto será realizado diariamente, terá início no começo do ano no primeiro semestre e só terminará no último semestre com os resultados dos alunos. 11. AVALIAÇÃO: A avaliação acontecerá de forma contínua ao longo dos bimestres e semestres. E terá no fim do último bimestre do ano letivo, uma prova geral onde iremos acompanhar como as melhorias e a dedicação de todos no espaço escolar contribuiu para a evolução dos alunos e o quanto eles aprenderam, em especial, a evolução dos alunos que possuem uma escassez e dificuldades em sua qualidade de vida fora da escola. Também será identificado, o que os alunos conseguiram aprender em suas aulas de lazer, com instrumentos, aulas de dança, artesanatos e como isso transformou a rotina deles durante o ano letivo de uma forma melhor, e incentivou em suas personalidades de uma forma positiva. E assim conseguiremos analisar o quanto conseguimos alcançar o objetivo desta intervenção. 12. PRODUTO FINAL: No final deste projeto, que ocorrerá no fim do ano letivo se realizará uma comemoração na escola para todos os alunos, pais, professores, gestão e direção escolar. Que envolverá uma exposição de trabalhos dos alunos realizados durante o ano todo, artesanatos feitos por eles, apresentação de dança, música tocada por eles, e também fotos do ano letivo, para acompanhar toda a trajetória e evolução. A fim de se prestigiar o esforço e resultados de todos, e o que se foi ensinado, para essas melhorias ao longo do ano que se passou. 13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: https://www.mundodasmensagens.com/final-ano-alunos/. https://blogs.iadb.org/brasil/pt-br/como-pobreza-influencia-vida-de-uma-crianca/ https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2018/10/novo-estudo-desmistifica- o-conceito-da-meritocracia-na-sociedade.html https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2088/como-ajudar-alunos-com-dificuldades- de- aprendizagem http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=2170-livro- unir-2009&Itemid=30192 https://direcionalescolas.com.br/educacao-para-reduzir-as-desigualdades- sociais/#:~:text=Para%20reduzir%20a%20distor%C3%A7%C3%A3o%20na,de%20i ncentivos%20federais%20ou%20estaduais.&text=Sem%20falar%20na%20qualidad e%20de,de%20desigualdades%20sociais%20e%20regionais. https://pensaraeducacao.com.br/pensaraeducacaoempauta/os-impactos-da-pobreza-na- educacao-escolar/ https://brasilescola.uol.com.br/psicologia/psicologo-na-escola.htm https://www.fipe.org.br/Content/downloads/publicacoes/bif/2015/bif418-29-37.pdf. https://www.mundodasmensagens.com/final-ano-alunos/ https://blogs.iadb.org/brasil/pt-br/como-pobreza-influencia-vida-de-uma-crianca/ https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2018/10/novo-estudo-desmistifica-o-conceito-da-meritocracia-na-sociedade.html https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2018/10/novo-estudo-desmistifica-o-conceito-da-meritocracia-na-sociedade.html https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2088/como-ajudar-alunos-com-dificuldades-