Buscar

Trabalho Direito Urbanístico sobre Brasília

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

COMPLEXO DE ENSINO SUPERIOR DE SANTA CATARINA 
FACULDADE CESUSC 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO 
 
 
 
 
 
 
LARISSA REBECA IZIDORO HESSIM DIN 91 
SABRYNNA SOUZA LOPES DID 91 
 
 
 
 
 
 
ASPECTOS JURÍDICOS E URBANÍSTICOS DE BRASÍLIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Florianópolis/SC 
2020 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho tem como objetivo traçar aspectos da implantação do 
planejamento urbano modernista de Brasília trazendo os seus resultados. Optamos 
por inicialmente dispor da leitura histórica de Brasília, como objeto de uma política 
nacional que visava à ampliação dos mercados consumidores internos e a integração 
da nação (construção de uma nacionalidade), por meio do que foi denominado de 
nacional-desenvolvimentismo do Plano de Metas. 
Então nessa linha, abordaremos também o aspecto urbanístico de Brasília 
de forma a consolidar o entendimento dos preceitos que marcaram o projeto 
urbanístico da nova capital e aqueles que acabaram por influenciar todo o processo 
de formação do aglomerado urbano. 
Também serão observados os aspectos jurídicos dessa cidade, elencando 
suas principais características e sua origem. E, ao fim desse trabalho, após 
observação da formação e evolução urbana da cidade de Brasília que foi implantada 
dentro de uma política nacional de desenvolvimento, será feita uma análise do 
planejamento urbano moderno de Brasília sob a ótica da interpretação de pensadores 
da formação da sociedade brasileira e do Estado brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 PLANEJAMENTO URBANO E A QUESTÃO AMBIENTAL 
 
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 prevê, em seu 
art. 30, inciso VIII, que compete aos Municípios “promover, no que couber, adequado 
ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e 
da ocupação do solo urbano”. 
Deste modo, a população cobra dos governantes, cada vez mais, medidas 
efetivas na elaboração do planejamento urbano, visando aliar desenvolvimento social 
e econômico sem deixar de respeitar as questões ambientais. Entretanto, é sabido 
que o crescimento populacional acentuado acarretou em uma ocupação desordenada 
do ambiente urbano, fazendo com que a legislação urbana não fosse respeitada, 
agravando problemas ambientais. 
Mais adiante, o art. 225, demonstra preocupação em relação ao meio 
ambiente ao estabelecer que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida [...]”. 
Sendo dever do Poder Público e da coletividade “defendê-lo e preservá-lo para as 
presentes e futuras gerações”. 
De acordo com Ana Junqueira e Lesley Leite (1994), apud Campos (2004), 
no âmbito municipal, 
A proposta de uma política municipal de meio ambiente deve 
basear-se em ampla análise das potencialidades dos recursos 
locais e considerar a situação da Administração Pública, os 
problemas vividos pelo município, as aspirações da população, 
e, principalmente, trazer uma visão abrangente de como tratar o 
desenvolvimento local a partir de caminhos socialmente mais 
justos e mais humanos. Trata-se de colocar o meio ambiente não 
como tema das ações setorizadas, mas referenciá-lo como 
condição básica para o desenvolvimento do município. 
(CAMPOS, p. 51, 2004). 
 
Segundo Edson Telê Campos (2004, p. 61), o Estatuto da Cidade (Lei 
10.527/01) serviu para regulamentar os artigos 182 e 183 da CF/88 e estabelecer 
normas de ordem pública e interesse social visando um espaço urbano sustentável 
mediante regulamento do uso da propriedade urbana. Em outras palavras, é uma “lei 
federal de desenvolvimento urbano, que é exigida constitucionalmente, e que 
regulamenta os instrumentos de política urbana que devem ser aplicados pela União, 
Estados e, principalmente, pelos municípios”. 
1.1 OS ASPECTOS URBANÍSTICOS 
O plano urbanístico feito por Lucio Costa e pelos outros arquitetos que 
concorreram ao concurso do Plano Piloto de Brasília na década de 1950 não foram 
os primeiros desenhos feitos para a futura capital que seria construída no interior do 
país. Foram feitas 32 propostas urbanísticas em 30 anos, de 1927 a 1957, sendo que 
atualmente 25 delas estão registradas no livro Projetos para Brasília: 1927 - 1957, 
escrito por Jeferson Tavares no ano de 2014. 
O planejamento de Brasília vem de longo prazo, e não se restringe só à 
escolha de sítios mais bem preparados, com boas condições topográficas, geológicas, 
geográficas e ambientais. Os espaços agrários, paulatinamente monopolizados para 
fins urbanos devem ser considerados em eventuais projetos ou programas de 
urbanização. 
 Brasilmar Nunes, em sua coletânea Brasília: a construção do cotidiano 
destaca que "Brasília é mais um plano urbanístico do que propriamente um plano 
urbano", pois "as interações humanas são aqui desproporcionalmente inferiores ao 
volume demográfico, fenômeno que decorre justamente da concepção urbanística 
adotada". 
A forma de concretizar o projeto urbanístico e o planejamento urbano 
identificado em Brasília guardam, em muito, similaridade com a forma concreta do 
Estado brasileiro. Inicia-se a obra sem projeto urbanístico, sem a propriedade fundiária 
resolvida, apenas com projetos arquitetônicos espalhados. Os projetos foram divididos 
em dois grupos: os elaborados nas décadas de 1920 e 1940 e os do Concurso do 
Plano Piloto elaborados em 1956 e 1957. 
As primeiras propostas urbanísticas para Brasília estão vinculadas aos 
interesses imobiliários despertados na região onde posteriormente seria a nova 
capital. Então, as últimas propostas foram feitas por profissionais, trazendo aspectos 
urbanos de uma cidade. 
Contudo, em 1956 JK toma posse como Presidente da República do Brasil 
com a promessa de construir a nova capital. O Presidente queria o projeto da capital 
modernizado. Foi lançado então o Edital do Concurso do Plano Piloto. 
 
 
 
O centro de Brasília é um território elitizado, rígido, e declarado “Patrimônio 
Cultural da Humanidade”. E, pela obra ter sido pensado de forma antecipada e 
pensada, fez de fato com que se tratasse de um projeto de grande importância na 
urbanização com relação aos interesses que geraram Brasília. 
A concepção urbana mudou o Brasil, contudo, é importante verificar sua 
relação na formação do espaço social de Brasília e em que seus princípios influíram. 
Ou seja, com relação ao projeto do Plano Piloto de Brasília de Lúcio Costa, é 
interessante destacar que, segundo Francisco Leitão, “não existem dúvidas quanto a 
impossibilidade de se identificar um momento histórico concreto quando o curso do 
Plano Piloto. 
Nas demais cidades há espaços flexíveis, que recebem população 
excedente, o operariado, os funcionários de baixo escalão dos governos federal e 
distrital, os habitantes de favelas "erradicadas". 
Pela obra ter sido pensado de forma antecipada e pensada, fez de fato com 
que se tratasse de um projeto de grande importância na urbanização com relação aos 
interesses que geraram Brasília. 
A concepção urbana mudou o Brasil, contudo, é importante verificar sua 
relação na formação do espaço social de Brasília e em que seus princípios influíram. 
Ou seja, com relação ao projeto do Plano Piloto de Brasília de Lúcio Costa, é 
interessante destacar que, segundo Francisco Leitão, “não existe dúvida quanto “à 
impossibilidade de se identificar um momento histórico concreto quando o 
detalhamento do PPB de Lúcio Costa possa ser considerado ‘acabado’ ou ‘definitivo’. 
O desenvolvimento se deu de maneira processual e gradativa”. 
E, segundo Antônio Carlos Carpintero, pode-se ver alterações conceituais 
como a reintrodução do “lote urbano como elemento jurídico e físico de propriedade” 
83, no caso da linha de casas das quadras 700 na W3 que percorre de norte a sul os 
setores de habitação coletiva, sendo esta última a que representava a unidade urbana 
a ser reproduzida.Trata-se de uma projeção de edifício no terreno, que foi reproduzido em 
toda a cidade, ao ponto que a parte térrea é liberado pelos pilotis, passando este a 
integrar o espaço de trânsito público. Cabe ressaltar que o térreo é de posse privada, 
porém possui domínio público. 
 
 
 
Fonte: BENEVOLO, Leornado. História da Arquitetura Moderna. São Paulo: Editora 
Perspectiva, 3ª edição, 1994. 
 
Ao ler esse mapa, é necessário dialogar sobre a Carta de Atenas (que em 
francês é chamada de Charte d’Athènes), esta foi escrita em 1933 e tinha como pauta 
planejamento urbano publicado pelo arquiteto suíço Le Corbusier. Esta foi baseada 
no livro Ville Radieuse (Radiant City) de Le Corbusier de 1935 e nos estudos urbanos 
feitos pelo Congrès International d’Architecture Moderne (CIAM) no início da década 
de 1930. 
Seu nome foi escolhido por conta da localização da quarta conferência do 
CIAM em 1933, que, devido à deterioração da situação política na Rússia, ocorreu no 
SS Patris com destino a Atenas a partir de Marselha. Conforme notamos, há uma 
adequação dos esquemas funcionais da Carta de Atenas ao desenho da cidade-
linear, afinal a cidade se desenvolve ao longo do Eixo Rodoviário e as funções são 
colocadas ordenadamente sobre ele. 
Já as quadras residenciais, conhecidas como “Superquadras”, que o Lúcio 
Costa denominou de “unidade de vizinhança”, são a expressão da cidade-jardim de 
Howard, por conta da sua imagem imediata. “A idéia de unidade de vizinhança, foi 
desenvolvida por Clarence Stein na década dos vinte deste século (XX), que deriva 
da cidade-jardim. Lúcio Costa usou de fato esta idéia como base para estruturação do 
problema habitacional. 
Não é intenção deste trabalho trazer uma análise profunda dos fatores 
influentes no pensamento de Lúcio Costa ao apresentar seu partido urbanístico para 
o Plano Piloto da capital federal, mas marcar que em sua concepção existiram muito 
mais influências do que apenas os escritos do CIAM. 
 
FIGURA II 
Projeto de Lúcio Costa apresentado para o concurso do Plano Piloto de Brasília - 1957 
 
 
 
Fonte: Relatório do Plano Piloto - Lúcio Costa/1957 
 
 
 Lúcio Costa definiu como escalas a serem adotadas no projeto do Plano Piloto, 
conforme se vê em cada uma delas: 
• Escala residencial: “é a escala onde se faz o cotidiano, que se configura ao 
longo das alas Sul e Norte do Eixo Rodoviário.” 
• Escala monumental: “é aquela concebida para conferir à cidade a marca efetiva 
de capital do País, estando configurada pelo Eixo Monumental, desde a Praça 
dos Três Poderes até a Praça do Buriti, incluindo os edifícios públicos e os 
espaços entre eles, assim como os monumentos cívicos que integram esse 
espaço, guarda-se aqui uma proximidade com elementos simbólicos de 
terraplenos. É o espaço do poder.” 
• Escala gregária: “caracterizada no espaço central de Brasília, em torno da 
intersecção dos Eixos Monumental e Rodoviário e configurado pela Plataforma 
Rodoviária e pelos Setores de Diversão, Comerciais e Bancários, Hoteleiros, 
Médico-Hospitalares, de Autarquias e de Rádio e Televisão, Sul e Norte, 
concebidos para serem locais onde se desenvolvem as atividades cotidianas 
diárias da população.” 
• Escala bucólica: “é a que resulta dos amplos espaços livres contíguos aos 
terrenos edificados, ou institucionalmente previstos para a edificação, à 
preservação paisagística e ao lazer, em todas as outras escalas, 
caracterizando-se pela predominância do verde, pela baixa densidade e pela 
horizontalidade da paisagem, que confere a Brasília um caráter de cidade-
parque. 
1.2 ASPECTOS JURÍDICOS 
 
O urbanismo proposto por Lúcio Costa reflete não só os princípios da 
arquitetura moderna dos CIAM. Segundo Gorovitz, Costa “parte de uma interpretação 
distinta da categoria escala humana” corbusiana expressa na Carta de Atenas onde 
“(...) a medida natural do homem deve servir de base a todas as escalas que estarão 
relacionadas à vida e às diversas funções do ser. Escala das medidas, que se 
aplicarão às superfícies ou às distâncias; escala das distâncias, que serão 
consideradas em sua relação com o ritmo natural do homem; escala dos horários, que 
devem ser determinados considerando-se o trajeto cotidiano do sol.” 
 O art. 41, do Código Civil traz que o Distrito Federal é pessoa jurídica de 
direito público interno. E a Constituição Federal de 1891 trouxe no seu art. 3º que essa 
pertenceria à União, localizada no planalto central da República. 
Com a Constituição de 1891, o Distrito Federal, continuou sendo a capital 
da União. A Constituição Federal de 1946, trouxe em seu art. 4º do Ato das 
Disposições Constitucionais Transitórias que a capital da União seria transferida para 
o planalto central do país. 
Hoje, o Distrito Federal é um ente federativo autônomo, e Brasília se situa 
dentro dele, que tanto é a capital Federal como a capital do próprio Distrito Federal. 
Constituindo enclave situado dentro do Estado de Goiás. 
Isso acaba por gerar um grande interesse por parte da ciência 
constitucional, no que diz respeito à natureza jurídica do Distrito Federal, porque o 
ente federativo traz características que ora o assemelham a Estados, e o assemelham 
a municípios. 
Para o Supremo Tribunal Federal (Pleno. ADI nº 3.756/DF. Rel.: Min. Ayres 
Britto. DJ. 21/06/2007): "O Distrito Federal é uma unidade federativa de compostura 
singular, dado que: a) desfruta de competências que são próprias dos Estados e dos 
Municípios, cumulativamente (art. 32, §1º, CF); b) algumas de suas instituições 
elementares são organizadas e mantidas pela União (art. 21, XIII e XIV, CF); c) os 
serviços públicos a cuja prestação está jungido são financiados, em parte, pela 
mesma pessoa federada central, que é a União (art. 21, XIV, parte final, CF)". 
Resta comprovado que, o Supremo Tribunal Federal notou nas 
características híbridas do Distrito Federal. Ato contínuo se pronunciou a Corte: 
"Conquanto submetido a regime constitucional diferenciado, o Distrito Federal está 
bem mais próximo da estruturação dos Estados-membros do que da arquitetura 
constitucional dos Municípios. Isto porque: a) ao tratar da competência concorrente, a 
Lei Maior colocou o Distrito Federal em pé de igualdade com os Estados e a União 
(art. 24); b) ao versar o tema da intervenção, a Constituição dispôs que a 'União não 
intervirá nos Estados nem no Distrito Federal' (art. 34), reservando para os Municípios 
um artigo em apartado (art. 35); c) o Distrito Federal tem, em plenitude, os três 
orgânicos Poderes estatais, ao passo que os Municípios somente dois (inciso I do art. 
29); d) a Constituição tratou de maneira uniforme os Estados-membros e o Distrito 
Federal quanto ao número de deputados distritais, à duração dos respectivos 
mandatos, aos subsídios dos parlamentares, etc. (§3º do art. 32); e) no tocante à 
legitimação para propositura de ação direta de inconstitucionalidade perante o STF, a 
Magna Carta dispensou à Mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal o mesmo 
tratamento dado às Assembleias Legislativas estaduais (inciso IV do art. 103); f) no 
modelo constitucional brasileiro, o Distrito Federal se coloca ao lado dos Estados-
membros para compor a pessoa jurídica da União; g) tanto os Estados-membros como 
o Distrito Federal participam da formação da vontade legislativa da União (arts. 45 e 
46)". 
Para José Afonso da Silva (O constitucionalismo brasileiro: evolução 
institucional. São Paulo: Malheiros, 2011, p. 307): "Como se vê, o Distrito Federal é o 
território em que se situa Brasília. Não é Estado, nem Município. Assume 
peculiaridade dentro do princípio de que, numa Federação, a sede do Governo 
Federal não deve estar sob a jurisdição de qualquer dos Estados que a compõem. 
Competem-lhe atribuições que são próprias de Estado e outras que são de natureza 
municipal. Tem natureza jurídica controvertida: semiestado, autarquia territorial,entidade estatal anômala. Foi considerado autarquia territorial. 
 Entende-se então que, Brasília é um "Estado", pois dispõe das características 
semelhantes aos vinte e seis Estados da Federação: tem uma Capital, tem 
competências (legislativas, administrativas e tributárias), além de estabelecer uma 
organização própria de Poderes e instituições, e esta responde diretamente à União. 
Além de ser "sui generis", por não ser um Estado, ao ponto que não é regida 
por Lei orgânica, além de possuir competências também de Municípios, e grande 
parte de sua organização foi feita pela União (como o Ministério Público, Poder 
Judiciário e Polícias, nos termos do art. 21, XIII e XIV, CF), sendo vedada sua divisão 
em Municípios. 
Há de se falar também nas "cidades-satélites", que se estabelecem no 
entorno de Brasília, e se tratam de Municípios, mesmo que a sua existência seria 
vedada ante o comando constitucional impeditivo de que o DF seja dividido em 
Municípios (art. 32, caput). Estes Municípios foram criados basicamente par serem 
núcleos habitacionais temporários enquanto Brasília era edificada, sendo conhecida 
como "cidade-dormitório". 
Brasília é um centro abastecido com saúde, educação e segurança pública, 
e órgãos do judiciário que entregam o almejado acesso à justiça, além de possuir um 
comércio local moderno e desenvolvido. Com isso, diversas pessoas das “cidades 
satélites” se deslocam diariamente para trabalhar em Brasília e no Distrito Federal. 
Algumas dessas "cidades satélites" como Taguatinga, Ceilândia e 
Sobradinho não possuem natureza autônoma de município, e sim de regiões 
administrativas geridas por agentes indicados pelo Governador do Distrito Federal. 
Contudo, mesmo que não se enquadre como município, não significa que não possua 
presença estatal que mais que a preocupação com sua configuração jurídico-política 
pensar na qualidade de vida dos seus habitantes. 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
Concluímos que, o processo de planejamento urbano modernista, no caso 
da nova capital federal, a própria expressão de um planejamento urbano descolado e 
moderno, e que a forma como Brasília foi povoada tornou-a plural, miscigenada e 
sincrética, representando a identidade de todo o Brasil. 
 A presença de núcleos planejados distribuídos à distância do Plano Piloto 
foi um marco fundamental das propostas para o Distrito Federal e tiveram modelos ou 
formas de concebê-los distintos. Ficou claro quanto a cidade-satélite, esta que foi 
primordial no processo de construção. Bem como resta claro a ênfase no Plano Piloto 
como expressão acabada do projeto da nova capital. E a grande quantidade de 
propostas que não foram apenas um complemento ao Plano Piloto, mas estavam 
intrinsecamente articuladas a ele, permitindo alterar o contexto do planejamento do 
território. 
Brasília segue então representada por um contexto histórico de muito 
planejamento e sabedoria, resta nítido que foi desenhada por grandes nomes deste 
país e merece todos os elogios que recebe por muitos críticos. É formada por milhares 
de brasileiros de diversas localidades do país, principalmente no tocante ao Nordeste 
e Minas Gerais, esta povoação veio com o intuito de construir a capital e buscar uma 
vida nova. 
E foram estes que, ficaram conhecidos como “candangos”, justamente pelo 
fato de serem os pioneiros, os que primeiro moraram na cidade entre 1960 e 1965. 
Essa junção de pessoas de todos os lugares do Brasil e do mundo, fazem com que 
Brasília seja considerada um dos maiores celeiros do mundo, acabando por se tornar 
uma grande junção de sotaques, sons e cores. As comidas em Brasília então acabam 
por ter todos os sabores e culturas brasileiras, por isso é muito especial. 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
Acesso na data 29/10/2020 no site: http://www.df.gov.br/historia/ 
 
Acesso na data 29/10/2020 no site: 
https://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/brasilia/trabalhos/OLIVEIRA_noPW.pdf 
 
Acesso na data 29/10/2020 no site: 
https://www.portalsaofrancisco.com.br/turismo/historia-de-brasilia 
 
Acesso na data 29/10/2020 no site: 
https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/198718/000901844.pdf?sequen
ce =1&isAllowed=y 
 
 
Acesso na data 29/10/2020 no site: 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-15292019000100026 
 
 
 
 
. 
 
 
 
 
	1.1 OS ASPECTOS URBANÍSTICOS
	CONCLUSÃO
	REFERÊNCIAS

Continue navegando