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MÉTODOS E SISTEMAS DE TREINAMENTO PROFA. DRA. ELIANE CUNHA GONÇALVES ATENDIMENTO AO CLIENTE https://prezi.com/ozxzqtcolw_g/musculacao-como-montar-o-treino/ https://prezi.com/ozxzqtcolw_g/musculacao-como-montar-o-treino/ REGRAS BASICAS DO TREINAMENTO 1. Primeiro te ́cnica depois sobrecarga. 2. Equili ́brio muscular 3. Treine com um objetivo 4. Especificidade. 5. Periodizac ̧a ̃o. 6. Descanso e recuperac ̧a ̃o. 7. Variabilidade 8. Regularidade. FATORES TÉCNICOS • REPETIÇOES • SET OU GRUPO (SET E SÉRIE) a) Iniciantes: 1 a 2 b) Intermediários: 2 a 4 c) Avançados: + 3 QUANTO AO OBJETIVO • a) Estético, perda de peso: 2 a 3 • b) Hipertrofia: 3 a 4 • c) força pura: + 4 FATORES TÉCNICOS • SÉRIES O número de séries depende do número de exercícios, dos grupamentos musculares em questão, fase de treinamento em que se encontra o aluno e do tipo de força: a. Séries básicas = 1 a 2 séries por exercício; b. Intermediárias = de 3 a 4 séries por exercícios; c. Avançada = mais de 5 séries. De acordo com Baechle e Groves (2000) e Fleck et al (1999), existe alguma controvérsia quanto ao fato de séries múltiplas (2 ou mais) serem melhores do que séries únicas, para desenvolver força, hipertrofia e/ou resistência muscular. FATORES TÉCNICOS • INTERVALO Tempo de Recuperação do Sistema ATP-PC 30 seg. 70% 1 min. 80% 2 a 3 min. 90% 5 a 10 min. 100% • FREQUENCIA DE TREINO FATORES TÉCNICOS • TIPO DE RESPIRAÇAO a) continuada b) ativa c) passiva d) bloqueada e) combinada. • VELOCIDADE DE EXECUÇAO lenta, média, rápida. FATORES TÉCNICOS • QUANTIDADE DE EXERCÍCIO POR GRUPO MUSCULAR Baixo volume = <5 séries por grupamento muscular por semana; Volume médio = 5 a 9 séries por grupamento muscular por semana; Alto volume = 10 séries ou mais por grupamento muscular por semana. QUANTIDADE DE EXERCÍCIO • Atualmente tem ocorrido um briga intensa entre os adeptos de treino com volume alto e os que pregam volume baixo. O volume alto tem defensores ilustres como William Kraemer e Steven Fleck, mas não se iluda com a palavra "alto", pois os treinos propostos por estes autores têm em média 25 séries por dia, dividido em duas sessões (double split), o que é considerado baixo para muitas pessoas. No outro extremo estão os adeptos do HIT (high intensity training) que usam volumes de 1 a 4 séries por semana!! Um volume tão baixo é compensado com técnicas de intensidade insuportáveis para a maioria das pessoas. QUANTIDADE DE EXERCÍCIO -SÉRIE • Lima (2009, p. 37-38), propõe um número semelhante de repetições para a hipertrofia: 5 a 12. Quanto ao número de séries, distribuí por nível de treinamento. Segundo ele, para os iniciantes deve-se aplicar 2 séries por exercício, para os intermediários 3 séries e para os avançados 3 a 4 séries. • Se considerado o princípio da variabilidade, pode-se acreditar que a variação dos estímulos seja mais importante que a realização em demasia de um mesmo exercício (LIMA, VICENTE PINHEIRO, 2009, p.38). • Fleck e Kraemer (2006, p184), defendem o uso de séries altas por músculo ou grupo muscular, ou seja, maiores que 3, quando o objetivo for a hipertrofia muscular. • Gentil (2008, p.110), propõe um volume total de 16 séries em um treinamento para o aluno iniciante, sendo indicados 4 a 8 exercícios, com uma ou duas séries cada e número de repetições acima de 12, visando o aprendizado dos movimentos. Ele destaca os volumes abusivos de séries para iniciantes, prática comum nas academias e que deve ser evitado. Para alunos com 1 a 2 meses de experiência, dependendo da evolução conseguida, o mesmo autor recomenda 8 a 20 séries por treinamento, sendo uma a três séries por exercício, 4 a 8 exercícios e repetições acima de 10. QUANTIDADE DE EXERCÍCIO -SÉRIE • Segundo Gentil (2008, p.120), o volume máximo de treino para um aluno intermediário deve ser de 20 séries por treinamento, sendo no máximo dois exercícios ou quatro séries para os grandes grupos musculares, à exceção da coxa. Para alunos avançados, segundo o mesmo autor, o máximo volume proposto por dia deve ser de 24 séries, sendo realizadas 8 séries para cada grupo muscular. • Temos que salientar que costumeiramente há um abuso no volume de treinamento por parte de praticantes de musculação, principalmente aqueles que buscam a hipertrofia. Além de prejudicar e muito os resultados, tornando seus treinos mais catabólicos que anabólicos, os atletas amadores e até mesmo profissionais podem ser vítimas de um estado de supertreinamento, ou overtraining, processo que pode levar a sérios problemas de saúde e que para ser revertido poderá levar meses. • Stoppani (2008, p18), esclarece que a execução de mais de 20 séries por grupo muscular, ou mais de 40 séries diárias, se executadas por um longo período, podem levar a um estado de super treinamento. CLASSIFICAÇAO DOS APARELHOS Aparelhos com sistemas de polias de raio invariável, como os puxadores, a cadeira de extensão dos joelhos, a cadeira de aduc ̧ão do quadril e outros. Este tipo de aparelhos, devido ao seu mecanismo, produz resistência dinâmica invariável. E o tipo de resistência encontrada na maioria dos aparelhos de musculac ̧ão e permanece inalterada durante toda a trajetória do movimento. A forc ̧a muscular obedece uma curva forc ̧a-ângulo previsível. A maior forc ̧a processa-se num ângulo ótimo, que varia de articulac ̧ão para articulac ̧ão. CLASSIFICAÇAO DOS APARELHOS • Aparelhos com polia exce ̂ntrica, que apresentam diferentes medidas do ponto de giro à borda, promovem resistência dinâmica variável. "Esta resistência sofre modificac ̧ão no peso durante todo o movimento, estando esta modificac ̧ão diretamente relacionada ao ângulo em que se encontra a articulac ̧ão”. (Nelson Bittencourt - 1985). Assim sendo, "proporciona esforc ̧o máximo de cada diferencial do arco do movimento articular completo”. (Jorge de Hegedus - 1974). CLASSIFICAÇAO DOS APARELHOS Aparelhos com o uso de um brac ̧o de alavanca munido de pesos que pendem livremente. Estes aparelhos oferecem uma resistência progressiva, onde na fase concêntrica do movimento, se observa um acréscimo progressivo de resistência e uma reduc ̧ão na fase excêntrica. CLASSIFICAÇAO DOS APARELHOS Utilizados amplamente no campo da reabilitac ̧ão músculo- articular, os aparelhos isocine ́ticos não proporcionam resistência excêntrica importante para melhorar a capacidade dos músculos. A resistência isocinética propicia na contrac ̧ão concêntrica, uma resistência proporcional à forc ̧a do movimento em execuc ̧ão, com velocidade constante. O ângulo em que se encontra a articulac ̧ão, interfere diretamente na resultante de forc ̧a. DESVANTAGEM DOS APARELHOS 1) Permitem pouca variac ̧ão da mecânica. 2) O número de exercícios é limitado. 3) Não envolvem na realizac ̧ão de exercícios um grande número de grupos musculares e vários segmentos. 4) Não há semelhanc ̧a mecânica desse tipo de exercício com os gestos atléticos, dificultando a "transferência adaptativa" para o desempenho. 5) Será necessário vários exercícios para exercitar os mesmos músculos trabalhados num exercício multissegmentar. 6) Os exercícios para um pequeno número de grupos musculares, são menos importantes na alterac ̧ão da composic ̧ão corporal e provavelmente nos lipídios sanguíneos, que os exercícios multissegmentores para um grande número de grupos musculares. Isso porque se produz mais trabalho (forc ̧a x distância = trabalho) ao se manipular pesos mais pesados e movimentos mais amplos em cada repetic ̧ão. 7) O peso adicional dos aparelhos, muitas vezes, é insuficiente para treinar indivíduos muito fortes. VANTAGEM DOS APARELHOS 01) Seguranc ̧a. Os alunos ficam menos expostos a contato com equipamento. 02) Maior velocidade e comodidade na troca de pesos pelo sistema de placas e pinos. 03) Economia de tempo e de espac ̧o. 04) Melhor apresentac ̧a ̃o este ́ticaem relac ̧a ̃o aos outros recursos, servindo como fator de motivac ̧a ̃o para os praticantes (Nelson Bittecourt - 1984). PESO LIVRE X APARELHO • mesmo peso não produz os mesmos ni ́veis de tensão em todo o percurso articular • Para os aparelhos: - Desenvolver determinados ni ́veis de forc ̧a e trofismo muscular. - - Tratamento fisioterapêutico de lesões musculares. - Isolamento de algum grupo muscular para o seu fortalecimento • Peso livre aumenta em até 20% a força muscular • LIMA et al. (2017) semelhança entre a força máxima • Peso livre tem maior ativação muscular (RUNGE, 2004) CLASSIFICAC ̧ÃO GERAL DOS ME ́TODOS DE TREINAMENTO • Métodos de Treinamento Alternado por Segmento • Métodos de Treinamento Localizado por Articulaça ̃o • Volume e Intensidade de Treinamento MÉTODO CONVENCIONAL Alternada por Segmento Número Exerci ́cio 01 Leg-Press 02 Supino 03 Exerci ́cio Abdominal 04 Puxada por trás no Pulley 05 Flexão plantar no Leg-press 06 Desenvolvimento por trás 07 Exerci ́cio Abdominal 08 Rosca Bi ́ceps direta Localizada por Articulação Número Exerci ́cio 01 Leg-Press 02 Flexão plantar no Leg-press 03 Supino 04 Puxada por trás no Pulley 05 Desenvolvimento por trás 06 Rosca Bi ́ceps direta 07 Exerci ́cio Abdominal 08 Exerci ́cio Abdominal ME ́TODO DE TREINAMENTO PARCELADO Dias da Semana Grupo Muscular Trabalhado Segunda e Quinta-feira Peito, ombro, tríceps, perna e abdome. Terça e Sexta-feira Coxa, perna, costas, bíceps, antebraço e abdome. Quarta, Sábado e Domingo Tempo de recuperação. SEG TER QUA QUI SEX SAB DOM 1asem A B A B A T.R. T.R. 2asem B A B A B T.R. T.R. 3asem A B A B A T.R. T.R. T.R. = Tempo de recuperação. EXEMPLO DE TREINAMENTO PARCELADO MÉTODO DE TREINAMENTO DUPLAMENTE PARCELADO MÉTODO DE TREINAMENTO TRIPLAMENTE PARCELADO MÉTODO DO “PUXE-EMPURRE” 1a Sessão de treinamento - Peitoral, deltóide, tri ́ceps braquial 2a Sessão de treinamento - Dorsais, bi ́ceps braquial, musculatura de antebrac ̧o 3a Sessão de treinamento - Coxa, Panturrilha Um dia de descanso (repouso) 4a Sessão de treinamento - Reiniciar o microciclo. Grupamentos musculares com maior inter-relação entre suas ações MÉTODO DA REPETIC ̧A ̃O ROUBADA • A repetic ̧a ̃o roubada se caracteriza pela participac ̧a ̃o de outros grupamentos musculares auxiliando o agonista principal, permitindo a manipulac ̧a ̃o de pesos mais elevados que os utilizados normalmente. MÉTODO DE REPETIC ̧A ̃O FORC ̧ADA • É a execuc ̧a ̃o de mais repetic ̧o ̃es de um exerci ́cio do que o indivi ́duo e ́ capaz de executar sem ajuda (LEIGHTON - 1987). ME ́TODO D.T.A. (DOR – TORTURA – AGONIA) • Trata-se da execuc ̧a ̃o ate ́ a exausta ̃o de um número de repetic ̧o ̃es de um exerci ́cio utilizando 60 a 70 por cento do peso ma ́ximo em apenas um grupo. A finalidade ba ́sica deste programa e ́ condicionar o atleta a tal ponto onde ele seria capaz de executar aproximadamente o mesmo número de repetic ̧o ̃es em cada exerci ́cio que seria exigido na performance de movimentos similares durante a competic ̧a ̃o atle ́tica. • ATÉ O PONTO FALHO MÉTODO DA PIRA ̂MIDE MÉTODO DA REPETIC ̧A ̃O PARCIAL • As contrac ̧o ̃es podem ser conce ̂ntricas completas e exce ̂ntricas incompletas, conce ̂ntricas incompletas e exce ̂ntricas completas, ou com ambas incompletas. ME ́TODO DO PIQUE DE CONTRAC ̧ÃO É a interfere ̂ncia num segmento de modo que seja aplicada maior resiste ̂ncia durante os últimos graus de conclusa ̃o do percurso articular de um exerci ́cio." (LEIGHTON, 1986). Para que isto ocorra, e ́ feita uma contrac ̧a ̃o isome ́trica de 2 a 4 segundos no ponto em que o músculo atinge o seu menor comprimento. ME ́TODO DA TENSÃO LENTA E CONTINUA • O me ́todo da tensa ̃o lenta e conti ́nua consiste em realizar a contrac ̧a ̃o conce ̂ntrica e a exce ̂ntrica, de cada repetic ̧a ̃o do exerci ́cio, de forma lenta, evitando os encaixes articulares ou pausas no movimento. O objetivo com esta forma de execuc ̧a ̃o e ́ manter a tensa ̃o conti ́nua na musculatura em ac ̧a ̃o. • O tempo de durac ̧a ̃o de cada repetic ̧a ̃o e ́ de 10 a 12 segundos, sendo que DARDEN (1985), WOLF (1984) e PETERSON (1 982) preconizam a execuc ̧a ̃o de uma repetic ̧a ̃o com 30 a 40 segundos. ME ́TODO DO SUPER-SET ME ́TODO DA SE ́RIE COMPOSTA • BISET • TRISET • SUPERSET MÉTODO DE PRÉ-EXAUSTA ̃O Exerci ́cios que envolvem os músculos do to ́rax (peitoral, dorsal largo, trape ́zio e delto ́ide), trabalham normalmente com a ajuda dos músculos do brac ̧o (bi ́ceps e tri ́ceps). Estes, por serem músculos menores e mais fracos, entram em fadiga antes que a musculatura tora ́cica tenha esgotado suas possibilidades energe ́ticas e, por isso, em alguns casos, na ̃o se desenvolvem adequadamente. MÉTODO DA SÉRIE GIGANTE • A se ́rie gigante e ́ bem parecida com o super-set ou o tri-set, pore ́m, mais intensa do que eles. Agrupa de quatro a seis exerci ́cios para um mesmo grupo muscular ou para dois grupos antago ̂nicos. MÉTODO PLIOMÉTRICO • O professor Nelson Bittencourt (1986) descreve a priometria como sendo "a utilizac ̧a ̃o de um grupamento muscular que, ativamente alongado, realizara ́ um trabalho conce ̂ntrico. MÉTODO DE REPETIC ̧A ̃O NEGATIVA • O me ́todo da repetic ̧a ̃o negativa e ́ um me ́todo para treinar a contrac ̧a ̃o exce ̂ntrica de um músculo. A contrac ̧a ̃o conce ̂ntrica na ̃o e ́ utilizada, sendo substitui ́da pela ac ̧a ̃o de dois ou mais ajudantes que colocam o peso na posic ̧a ̃o inicial da contrac ̧a ̃o exce ̂ntrica. O peso de treinamento varia de dez a vinte por cento a mais do que o utilizado para o mesmo número de repetic ̧o ̃es na contrac ̧a ̃o conce ̂ntrica. O número de repetic ̧o ̃es recomendadas por WEIDER (1986) varia de quatro a seis, e a sua periodizac ̧a ̃o deve ser uma vez por semana para evitar over-trainning. MÉTODO DROPSETS • Dropset, ou se ́rie descendente, pode ser caracterizado por tre ̂s passos, a realizac ̧a ̃o do movimento com te ́cnica perfeita ate ́ a falha conce ̂ntrica, a reduc ̧a ̃o da carga (em aproximadamente 20%) apo ́s a falha, e o prosseguimento do exerci ́cio com te ́cnica perfeita ate ́ nova falha. REFERENCIAS 1. Fleck SJ, Kraemer WJ. Designing Resistance Training Programs. Human Kinetics. 2004. 2. Delorme TL, Watkins AL. Techniques of progressive resistance exercise. Arch. Phys. Med. 1948; 29: 263-273. 3. Zinovieff A. Heavy resistance exercise: The oxford technique. Br. J. Phys. Med. 1951; 14: 129-132. 4. Delorme Tl, Ferris BG, Gallagher JR. Effect of progressive exercise on muscular contraction time. Arch. Phys. Med. 1952; 33: 86-97. 5. Delorme TL, West FE, Shriber WJ. Influence of progressive resistance exercises on knee function following femoral fractures. J. Bone. Joint. Surg. 1950; 32: 910-924. 6. Mcmorris RO, Elkins EC. A study of production and evaluation of muscular hypertrophy. Arch. Phys.Med. Rehab. 1954; 35: 354-358. 7. Salles BF, Silva JPMR, Oliveira D, Ribeiro FM, Sima ̃o R. Efeito dos métodos pira ̂mide crescente e pira ̂mide decrescente no nu ́mero de repetic ̧ões do treinamento de forc ̧a. Arq. Mov. 2008; 4: 23-32. 8. Willardson JM, Sima ̃o R, Fontana FE. The effect of load reductions on repetition performance for commonly performed multijoint resistance exercises. J. Strength. Cond. Res. 2012; 26: 2939–2945. 9. Bentes CM, Sima ̃o R, Bunker T, Rhea M, Miranda H, Gomes TM, Novaes JS. Acute effect of including a dropset method in different exercise orders on muscle strength in upper body. J. Human. Kinetics. 2012; 34: 115-121. 10. Novaes J. Ciência do Treinamento dos Exercícios Resistidos. Phorte, 2008. 11. Murphy E, Schwarzkopf R. Effects of standard set and circuit weight training on excess post-exercise oxygen consumption. J Appl Sport Sci Res. 1992; 6: 88-91, 1992. 12. Alcaraz PE, Perez-Gomez J, Chavarrias M, Blazevich AJ. Similarity in adaptations to high-resistancecircuit vs. traditional strength training in resistance- trained men. J. Strength. Cond. Res. 2011; 25: 2519–2527. 13. Romero-Arenas S, Blazevich AJ, Marti ́nez-Pascual M, Pérez-Gómez J, Luque AJ, López-Roma ́n FJ, Alcaraz PE. Effects of high-resistance circuit training in an elderly population. Exp. Gerontol. 2013; 48: 334-340. 14. Nobre M, Figueiredo T, Sima ̃o R. Influe ̂ncia do método agonista-antagonista no desempenho do treinamento de forc ̧a para membros inferiores. Rev. Bras. Presc Fisiol. Exerc. 2010; 4: 397-401. PELO TIPO DE ESTRESSE MUSCULAR ESTRESSE TENSIONAL/MECÂNICO • Está relacionado ao elevado nível de tensão imposto ao músculo pelo um treinamento com cargas externas elevadas. Características: Cargas elevadas: geralmente, maior que 60% de RM (Repetição Máxima). Poucas repetições: geralmente, menos que 8- 10 RMs. Intervalos longos: geralmente, entre 1 a 3 minutos. Ênfase nas ações excêntricas. O estímulo à síntese proteica miofibrilar através do estresse tensional se dá, principalmente, por dois fatores (Schoenfeld, 2010); Mecanotransdução e Microlesões. MECANOTRASDUÇÃO Transformação de energia mecânica (Contração Muscular) em sinalizações químicas MICROLESÕES Lesões microscópicas localizadas em estruturas celulares (Sarcolema, Sarcômero). ESTRESSE METABÓLICO • A utilização da glicose como fonte de energia através do metabolismo anaeróbio contribui para o aumento de metabólitos no meio intracelular (Lactato, H+) promovendo aumento da síntese proteica. O acúmulo de metabólitos leva também ao inchaço celular, fator que também contribui para o aumento da taxa de síntese proteica. Características: Cargas leves/moderadas: geralmente, menores que 60% de 1RM. Muitas repetições: geralmente, mais que 15RMs. Intervalos curtos: geralmente, menores que 1 minuto. Ênfase nas ações concêntricas e isométricas. Além disso, os tempos prolongados de contração muscular associados aos pequenos intervalos entre as séries, promovem um ambiente de isquemia e hipóxia no musculo, aumentando a produção de espécies reativas de oxigênio e elevando a secreção de hormônios atuantes no processo de hipertrofia muscular. MÉTODOS DE ENFASE TENSIONAL • REPETIÇAO NEGATIVA • REPETIÇOES FORÇADAS • REST-PAUSE REPETIÇAO NEGATIVA • Objetivos: enfatizar a fase excêntrica, no intuito de elevar os níveis de tensão e, consequentemente, a incidência de Microlesões e a Mecanotransdução. • Execução: o método é baseado na utilização de cargas maiores que 1RM (Supramáximas), no intuito de explorar os maiores níveis de tensão observado nas ações excêntricas; as cargas costumam variar entre 105 e 125% de 1RM; • para mobilização da carga, parceiros de treino auxiliam o levantamento da mesma na fase concêntrica e o praticante executa a fase excêntrica sozinho, frenando a mesma (controlando a velocidade); a execução deve se feita até a falha excêntrica. • Evidencias cientificas: Schoenfeld (2011) cita que grande parte das pesquisas que o treinamento excêntrico proporciona maiores ganhos em hipertrofia quando comparado ao treinamento concêntrico e isométrico. https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-35-638.jpg?cb=1491777147 REPETIÇAO NEGATIVA • Keogh et al.. (1999) comparou a eficiência de alguns métodos sobre variáveis agudas relacionadas a força e a hipertrofia e concluiu que o treinamento negativo pode ser interessante para hipertrofia, pois apresenta tempo sob tensão maior que outros métodos. • Roig et al. (2009) conduziram estudo de revisão com metanálise comparando a eficácia entre treinamento concêntrico e excêntrico sobre o aumento de massa muscular. • Os resultados sugerem que o treinamento excêntrico com cargas elevadas é mais eficiente que o concêntrico em promover aumento de perímetro e área de secção transversa muscular. https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-38-638.jpg?cb=1491777147 REPETIÇOES FORÇAS • Objetivo: prolongar o tempo sobre tensão diante da mobilização de cargas elevadas, utilizando auxílio de um parceiro de treino. • Execução: executa-se a serie do exercício até a falha concêntrica e a desse momento, realiza-se de 2 a 3 repetições adicionais com o auxílio de um parceiro de treino na fase concêntrica do movimento, • Sendo que a fase excêntrica é realizada sem auxílio; uma possível variação deste método consiste em continuar com o auxílio do colega na fase concêntrica até a falha excêntrica. https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-42-638.jpg?cb=1491777147 REPETIÇOES FORÇAS • Evidencias cientificas: Frois e Gentil (2011) conduziram estudo de revisão, no qual incluíram 5 artigos originais diretamente relacionado ao método. • A conclusão dos autores foi que tal método é eficiente em promover aumento da secreção de hormônios do crescimento (GH) e testosterona, além de impor mais estresse ao musculo que métodos tradicionais, gerando mais microlesões. REST-PAUSE • Objetivo: possibilitar o aumento no volume de treinamento sob condições de alta intensidade, através de pequenos intervalos de recuperação em meio a série. • Execução: utilizando cargas elevadas, realizar repetições até a falha concêntrica; descansar por 5 a 10 segundos e retomar a série, novamente até a falha concêntrica; esse procedimento pode ser repetido por 2 ou 3 vezes ou mesmo até a impossibilidade de execução de mais repetições. • Evidências cientificas: Marshall et al. (2012) compararam os efeitos de 3 métodos distintos no exercício de agachamento sobre ativação de músculos da coxa e quadril, além de verificarem o nível de fadiga após a execução. https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-50-638.jpg?cb=1491777147 REST-PAUSE • Os métodos foram: tradicional com intervalos longo de (5 séries de 4 repetições com 3 minutos de intervalo entre séries), tradicional com intervalos curtos (5 séries de 4 repetições com 20 segundos de intervalo entre séries), e pausa-descanso (execução até a falha, seguida de intervalo de 20 segundos e nova execução até a falha, repetindo até chegar a 20 repetições). A carga utilizada nos 3 métodos foi de 80% de 1RM. • O método pausa-descanso apresentou os maiores níveis de ativação muscular dentre os métodos, sem induzir maior fadiga após a execução. MÉTODOS DE ENFASE METABÓLICO • OCLUSAO VASCULAR (ISODINAMICO) • PICO DE CONTRAÇAO • SUPER SERIES • GVT – GERMAN VOLUME TRAINING • FST-7. FASCIA STRECH TRAINING OCLUSAO VASCULAR • Objetivo: elevar o estresse metabólico em treinamento com baixas cargas, através da realização de contração isométrica máxima previa à execução da série dinâmica. • Execução: sustentar por 15 a 20 segundos uma contração voluntária isométrica máxima no ponto de maior encurtamento (ou próximo dele) do musculo a ser treinado (a isometria não necessariamente precisa ser realizada no mesmo exercício que será executado posteriormente); imediatamente após a isometria, iniciar a execução dinâmica do movimento (para o mesmo grupo muscular) até a falha concêntrica, utilizando cargas leves a moderadas. • Evidencias científicas: Esse é um métodos propostos como alternativa ao Kaatsu Training, pois especula-se que a isometria sustentada previamente gera um estado de isquemia e hipóxia para a realização de repetições subsequente, sob essa condição. https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-58-638.jpg?cb=1491777147 OCLUSAO VASCULAR • Gentil et al. (2006ª) compararam os efeitos de diferentes métodos de treinamento sobre respostas agudas de lactado e características de carga. • O método ISODINÂMICO apresentou maior tempo sob tensão quando comparado aos métodos tradicionais (10RMs e 6RMs) e repetições forçadas,além de maior carga total mobilizada do que os tradicionais. Quanto ao lactado, todos os métodos investigados aumentaram significativamente os níveis em relação ao repouso, sem diferença estatística, entre eles. OCLUSAO VASCULAR • Cabe ressaltar que, apesar de não ser observada diferença estatística, os níveis absolutos do lactado foram maiores nos métodos ISODINÂMICO E PICO DE CONTRAÇÃO em Em outro estudo, Gentil et al. (2006b) confirmaram uma maior magnitude de estresse metabólico nos métodos ISODINÂMICO e PICO DE CONTRAÇÃO, observando níveis significativamente maiores de lactado sanguíneo em relação aos métodos de 10RMs e SUPERLENTO. PICO DE CONTRAÇAO • Objetivos: elevar o estresse metabólico em treinamentos com baixas cargas, através da realização de contrações isométricas em meio as repetições dinâmicas da série. • Execução: utilizando cargas leves a moderadas, executar a série proposta, realizando ações isométricas com duração de 2 a 3 segundos ao final de cada fase concêntrica; levar a execução até a falha concêntrica. • Evidências científicas: Gentil et al. (2006a;b) compararam os efeitos de diferentes métodos de treinamento sobre respostas agudas de lactato e características de carga. O método PICO DE CONTRAÇÃO apresentou resultados semelhantes ao ISODINÂMICO, podendo ser uma opção de substituição/variação. • Keogh et al. (1999) observaram que o método PICO DE CONTRAÇÃO proporcionou maior produção aguda de força concêntrica e níveis semelhantes de ativação muscular, força excêntrica e tempo sob tensão em relação ao método tradicional, no exercício supino. https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-67-638.jpg?cb=1491777147 PICO DE CONTRAÇAO • Evidências científicas: Gentil et al. (2006a;b) compararam os efeitos de diferentes métodos de treinamento sobre respostas agudas de lactato e características de carga. O método PICO DE CONTRAÇÃO apresentou resultados semelhantes ao ISODINÂMICO, podendo ser uma opção de substituição/variação. • Keogh et al. (1999) observaram que o método PICO DE CONTRAÇÃO proporcionou maior produção aguda de força concêntrica e níveis semelhantes de ativação muscular, força excêntrica e tempo sob tensão em relação ao método tradicional, no exercício supino. SUPERSERIES • Objetivos: aumentar o tempo de estímulo através da execução sequencial de exercícios para o mesmo grupo muscular, sem intervalo entre eles; estimular fibras musculares diferentes na mesma série, através da execução de exercícios diferentes para o mesmo grupo muscular. • Execução: executar 2 ou mais exercícios para o mesmo grupo muscular, de forma sequencial e sem intervalo entre eles. • As super séries podem ser classificadas como BI-SET (2 exercícios em sequencia), TRI-SET (3 exercícios) ou séries Gigante (4 ou mais exercícios). https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-71-638.jpg?cb=1491777147 https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-73-638.jpg?cb=1491777147 SUPERSERIES • Evidências Científicas: Ceola e Tumerelo (2008) investigaram os efeitos da série gigante sobre hipertrofia muscular aferida através de perimétrica, após 4 e 8 semanas de treinamento, comparando os resultados com o método tradicional. • Os resultados revelaram que os aumentos nos perímetros foram mais evidenciados nas primeiras 4 semanas de treinamento no método de séries gigante, porém, após 8 semanas, o método tradicional obteve resultado superior. • Os autores concluíram que, para aumentos rápidos na perimétria, o método parece eficaz, porém se o programa de treino exceder 4 semanas, o método perde eficiência em relação ao tradicional. https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-74-638.jpg?cb=1491777147 https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-76-638.jpg?cb=1491777147 SUPERSERIES • Uchida et al. (2006) compararam os efeitos dos métodos TRI-SET e MÚLTIPLAS SÉRIES (tradicional) sobre alterações estruturais e hormonais após 8 semanas de treinamento. • Os autores não observaram alterações significativas sobre as variáveis estruturais, porém constataram que o método tri-set impôs mais estresse ao organismo, elevando, de forma aguda e crônica, • os níveis séricos de cortisol e diminuindo a relação testosterona/cortisol. Já o método tradicional proporcionou ambiente hormonal mais favorável ao anabolismo. https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-77-638.jpg?cb=1491777147 GVT – GERMAN VOLUME TRAINING • Objetivos: elevar o estresse metabólico em treinamentos com cargas submáximas para 10RMs, através da realização de diversas séries com intervalo curto entre elas. • Execução: utilizando uma carga que permita realizar 10RMs sem falhar, executar 10 séries com intervalos de 15 a 30 segundos entre as séries. FST-7. FASCIA STRECH TRAINING • O treinamento FST-7 preconiza que o sujeito deva realizar sete séries de oito a 12 repetições e no intervalo de 30 segundos entre as séries o sujeito alonga o músculo exercitado. MÉTODOS MISTOS • DROP SET • PIRAMIDE CRESCENTE • PIRAMIDE DECRESCENTE • PRÉ-EXAUSTAO • PÓS EXAUSTAO • SST • FST-7. FASCIA STRECH TRAINING SÉRIES DESCENDENTES DROP-SET • Objetivos: aumentar o tempo sob tensão e o trabalho total, possibilitando a execução de mais repetições em virtude da diminuição das cargas em meio à séries; explorar estresse tensional no inicio da série e estresse metabólico, ao final da série. • Execução: iniciar com cargas elevadas, realizar repetições até a falha concêntrica; diminuir a carga (cerca de 10 a 20%) e, sem intervalo, retomar novamente a execução até a falha concêntrica; pode-se repetir o processo 2 ou 3 vezes ou até atingir o objetivo proposto. • Evidências científicas: Keogh et al (1999) verificam que, no drop-set, com a diminuição das cargas após fadiga, é possível manter um bom nível de ativação muscular por períodos prolongados, o que torna o método interessante para hipertrofia muscular. https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-89-638.jpg?cb=1491777147 SÉRIES DESCENDENTES DROP-SET • Gentil et al. (2006) compararam os efeitos de diferentes métodos de treinamento sobre respostas agudas de lactato e características de carga. • Os resultados revelaram que o drop- set produziram maior tempo sob tensão e sobrecarga total (volume total de carga mobilizada) em relação aos demais métodos estudados, sendo portanto um método eficiente em promover altos níveis de estresse muscular e, supostamente, hipertrofia subsequente. PIRAMIDE CRESCENTE • Objetivo: preparar a musculatura para suportar o aumento a intensidade no decorrer da sessão de treino, aumentando progressivamente a carga em cada série; explorar estresse metabólico no inicio do exercício e estresse tensional, ao final do exercício. • Execução: realizar a primeira série do exercício com cargas leves/moderadas; dar intervalo entre as séries e aumentar progressivamente a carga em cada série subsequente, diminuindo a quantidade de repetições; não existe regras para o aumento de carga, mas, geralmente, aumenta-se a carga entre 10 e 20%. • Evidências científicas: De Salles et al. (2008a) não observaram diferenças significativas no número de repetições entre os métodos piramidal crescente e decrescente com as mesmas configurações de carga. https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-96-638.jpg?cb=1491777147 PIRAMIDE CRESCENTE • No referido estudo, as cargas utilizadas foram de 70, 80 e 90% de 1RM no exercício de cadeira extensora, sendo queos sujeitos realizavam duas ordens de execução distintas. Mais leve para a mais pesada e vice-versa, utilizando intervalos fixos de 3 minutos entre as séries. • Charro et al., 2012 realizou um estudo comparando os efeitos de marcadores agudos de dano muscular. Os resultados não revelaram diferença entre os métodos piramidal crescente e o de múltiplas séries. • Gentil (2011) alerta para que, mesmo diante do aumento de cargas, as repetições sejam mantidas na zona recomendada para hipertrofia, afim de não desconfigurar o objetivo. https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-98-638.jpg?cb=1491777147 PIRAMIDE DECRESCENTE • Objetivos: aproveitar o estado de descanso inicial para mobilizar altas cargas, diminuindo as cargas com a progressão das séries, adequando-se à situação de fadiga; explorar estresse metabólico ao final do exercício. • Execução: executar a primeira série do exercício com cargas elevadas; da intervalo entre as séries e diminuir progressivamente a carga em cada série subsequente, aumentando a quantidade de repetições; não existe regra para a diminuição de carga, mas, geralmente, diminui-se a carga entre 10 e 20%. • Evidências Científicas: Gentil (2011) sugere que o aproveitamento da pirâmide decrescente seja melhor em relação à crescente, haja vista que cargas maiores são mobilizadas nas séries iniciais. Com a instalação da fadiga, as cargas são diminuídas e passa-se a enfatizar o estresse metabólico. https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-104-638.jpg?cb=1491777147 PRÉ-EXAUSTAO • Objetivo: como nos exercícios multiarticulares, vários grupos musculares são solicitados, a interrupção do exercício pode-se dar em decorrência da fadiga de músculos que não são considerados principais no exercício. • Execução: executar um exercício uniarticular previamente à execução de um exercício multiarticular envolvendo o mesmo grupo muscular. • Evidências Científicas: Augustison et al. (2003), ao analisarem o nível de ativação dos músculos reto femoral, vasto lateral e glúteo máximo em duas condições de execução do exercício de agachamento no hack: com pré- exaustão e sem pré-exaustão. • Os autores observaram menores níveis de ativação nos músculos do quadríceps durante o exercício de agachamento quando precedido pela extensão de joelhos, sem diferença significativa para glúteo máximo. https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-108-638.jpg?cb=1491777147 PRÉ-EXAUSTAO • (Gentil et al., 2007) verificou os efeitos da pré-exaustão sobre o padrão de ativação dos músculos peitoral, deltoide anterior e tríceps braquial em duas ordens de execução distintas: Peck Deck + Supino (Pré-exaustão) VS Supino + Peck Deck (Pós- exaustão). • Os autores verificam que na condição de Pré-exaustão, apesar de não mostrar alterações significativas, a ativação do peitoral apresentou delta de – 5,44% no supino, enquanto a ativação do tríceps aumentou significativamente em 33,67%, sem diferença para o deltoide. • Simão et al. (2012) concluem a ideia em um estudo de revisão sobre os efeitos da ordem de execução dos exercícios, afirmando que a pré- exaustão não é uma técnica efetiva quando se objetiva aumentar o recrutamento neuromuscular dos grandes grupos nos exercícios considerados “PRINCIPAIS”. PÓS EXAUSTAO • Objetivos: Proporcionar a continuação do estímulo ao músculo alvo (estresse metabólico), através da execução de exercício uniarticular, após a interrupção (por fadiga) do exercício multiarticular (estresse tensional). • Execução: executar um exercício uniarticular após a execução de um exercício multiarticular envolvendo o mesmo grupo muscular. • Evidências Científicas: Gentil et al. (2007) observou que a realização prévia do supino (antes do Peck Deck) possibilitou a execução de mais repetições no exercício em relação à ordem inversa. Considerando o supino como um dos exercícios principais, o método Pós-exaustão se torna mais interessante que o inverso. https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-118-638.jpg?cb=1491777147 PÓS EXAUSTAO • Além disso, os autores observaram que a ativação do peitoral na execução de Pós-exaustão tende a ser maior quando comparado à condição Pré- exaustão. • No entanto, Fisher et al. (2014) conduziram estudo, com duração de 12 semanas, comparando os efeitos de 3 intervenções distintas sobre força e massa magra de sujeitos treinados: Pré-exaustão sem intervalo entre os exercícios, Pré-exaustão com intervalo entre os exercícios e Pós-exaustão. • Os resultados revelaram que todos os métodos foram eficientes em aumentar os níveis de força, sem diferença estatística entre eles. Quanto à massa magra, nenhum dos métodos promoveu alterações significativas. https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-121-638.jpg?cb=1491777147 SST – SARCOPLASMA STIMULATION SYSTEM • Objetivo: Induzir na mesma série diferentes estímulos ao musculo treinado (tensional e metabólico), através da manipulação de cargas, da velocidade de execução das repetições e de ênfase nas fazer do movimento. • Execução: executar de 8 a 12RMs chegando a falha concêntrica, descansar de 10 a 20 segundos, retomar a realização das repetições até a falha concêntrica, da novamente o descanso e seguir novamente com as repetições até a falha concêntrica; • Na sequencia, sem mais descansos, retira-se uma pequena parte da carga e continua a executar as repetições fazendo a fase excêntrica lentamente (4 a 5 segundos) e a fase concêntrica o mais rapidamente possível, • ao falhar retira-se mais uma pequena parte da carga e continua o exercício de forma contraria a anterior, então ao falhar retira-se mais uma pequena parte do peso e mantem-se em isometria até a falha. https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-125-638.jpg?cb=1491777147 https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-127-638.jpg?cb=1491777147 MÉTODO INDETERMINADO • CIRCUITO CIRCUITO • Objetivo: Aumentar o gasto calórico, aumentar a participação do componente cardiorrespiratório e otimizar o tempo de sessão de treinamento. • Execução: Selecionar entre 6 e 10 exercícios (estações), prioritariamente multiarticulares; ordenar os exercícios de forma alternada por seguimento, realizar os exercícios sem ou com intervalo entre eles, • inserir pequenos intervalo de descanso no final de cada passagem que corresponde a uma série de cada exercício. Realizar 1,2,3 ou mais passagens de acordo com o objetivo da sessão de treinamento. • Pode-se estipular um numero fixo de repetições para cada exercício, adotar execução do exercício por tempo determinado ou realizar o exercício até a falha concêntrica. https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-132-638.jpg?cb=1491777147 https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-133-638.jpg?cb=1491777147 https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-134-638.jpg?cb=1491777147 CIRCUITO • Evidências Científicas: Wilmore et al. (1978) mostraram bons resultados à sua utilização. No referido estudo, os autores conduziram um programa de treinamento em forma de circuito, no qual homens e mulheres foram submetidos a 10 semanas de intervenção. • O circuito continha 10 exercícios, nos quais foram realizadas 3 passagens. A carga utilizada variou entre 40-55% de 1RM, sendo que era indicado que realizasse o máximo de repetições em 30 segundos, seguido de 15 segundos de intervaloentre os exercícios. • Ao final do estudo, os autores observam aumento significativo na massa magra, aumento no perímetro de braço flexionado e diminuição no somatório de dobras cutâneas, além de melhora na força e condicionamento cardiorrespiratório. • Vale enfatizar que a duração média das sessões de treino foi de 22,5 minutos. https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-135-638.jpg?cb=1491777147 https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-137-638.jpg?cb=1491777147 https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-138-638.jpg?cb=1491777147 CIRCUITO • Alcaraz et al. (2011) verificaram que o treinamento de circuito com cargas compatíveis com a execução de 6RMs promoveu resultados semelhantes sobre o aumento de massa muscular de homens treinados, em relação ao treinamento convencional (múltiplas séries), porém otimizando o tempo da sessão. • No que se refere ao gasto calórico durante e logo após a sessão de treino, Murphy e Schwaezkopf (1992) observaram que o circuito promoveu melhores resposta em relação ao formato tradicional. • Em suma, quando comparado ao método tradicional, De Salles e Simão (2014) concluem a ideia, afirmando que o método é interessante para promover hipertrofia muscular em magnitude semelhante, maximizar a redução do percentual de gordura e otimizar o tempo de treino. https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-139-638.jpg?cb=1491777147 https://image.slidesharecdn.com/cursomusculaodealtaintensidade-170409222429/95/curso-musculao-de-alta-intensidade-141-638.jpg?cb=1491777147 REFERENCIAS • De Salles, B.F. et al. 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