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Protagonismo Infanto-Juvenil no Currículo e na História Escolar

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Projeto de Extensão à Comunidade
Autoria: Cristina Miyuki Hashizume 
Tema 04
Protagonismo Infanto-Juvenil no Currículo e na História Escolar
Tema 04
Protagonismo Infanto-Juvenil no Currículo e na História Escolar
Autoria: Cristina Miyuki Hashizume
Como citar esse documento:
HASHIZUME, Cristina Miyuki. Projetos de Extensão à Comunidade: Protagonismo infanto-juvenil no currículo e na história escolar. Caderno de Ativi-
dades. Anhanguera Publicações: Valinhos, 2014.
Índice
© 2014 Anhanguera Educacional. Proibida a reprodução final ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica, resumida ou modificada em língua 
portuguesa ou qualquer outro idioma.
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ACOMPANHENAWEB
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CONVITEÀLEITURA
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PORDENTRODOTEMA
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CONVITEÀLEITURA
Conteúdo
Nesta aula, você estudará:
•	 A infância como período do desenvolvimento envolto por falsas imagens e mitos. 
•	 A infância como fase que deve ser entendida segundo contexto atual, que é bem diferente do que apresentam as 
teorias do desenvolvimentos tradicionais. 
•	 A juventude e a necessidade de o currículo escolar escutar as demandas desse grupo social. 
•	 O engajamento político dos jovens como forma de radicalizar os questionamentos sobre a morosidade dos currículos 
em acompanhar os fatos do dia a dia. 
Habilidades
Ao	final,	você	deverá	ser	capaz	de	responder	as	seguintes	questões:
•	 Por	que	a	 infância	 tem	sido	 tratada	como	um	mito,	uma	 fase	 intocável	pelas	 transformações	sócio-econômico-
culturais contemporâneas?
•	 Como trazer para o currículo escolar causas sociais que sejam efetivamente importantes aos jovens alunos?
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Protagonismo infanto-juvenil no currículo e na história escolar
A	História	da	infância1	remete	ao	espaço	dado	às	crianças	nos	diferentes	tempos	históricos.	Ariès	(1973)	historiciza	
como	a	infância,	ao	longo	dos	séculos,	teve	o	seu	espaço	e	significado	construído	a	partir	de	certos	valores	da	época.	A	
ideia	é	pureza	infantil,	por	exemplo,	trata-se	de	um	conceito	recente,	instituído	devido	à	necessidade	de	moralização	e	
respeito	à	criança	construídos	no	século	XVI,	o	que	ocorre	juntamente	com	um	movimento	pedagógico	moralista.	Ainda	
nessa	obra,	Ariès	(1973)	resgata	a	importância	dada	à	infância	e	a	transformação	no	tratamento	ao	longo	dos	séculos.	
Trata-se	de	uma	bibliografia	importante	para	quem	tem	interesse	pela	história	da	Escola	e	da	Infância.	
Da	mesma	forma,	Arroyo	(2011)	acredita	que	no	mundo	atual	a	infância	sempre	foi	vista	como	um	problema	privado	
dos	pais	das	crianças,	e	não	como	um	direito social.	Por	isso	foi	tão	difícil	o	reconhecimento	de	creches	para	famílias	
populares.	O	espaço	público	reconhecido	como	espaço	infantil	só	se	deu	mais	recentemente	quando	as	autoridades	
governamentais	concedem	as	creches	(EMEI’s)	como	direito	das	mães	para	que	possam	se	dedicar	ao	trabalho.	Da	
mesma	 forma,	 o	 autor	 denuncia	 que,	 por	 parte	 dos	 gestores	 e	 professores	 que	 lecionam	para	 a	 educação	 infantil,	
ainda	há	muita	dúvida	quanto	à	função	(se	social	ou	se	privada)	desse	nível	de	ensino.	Tendo	em	vista	largos	debates	
tecidos	a	respeito	da	educação	de	9	anos,	o	autor	traz	que	a	educação	infantil	tem	sido	usada	como	uma	preparação	
para	a	alfabetização	e	seriação	de	conteúdos	que	serão	 futuramente	ensinados	à	criança.	A	educação	 infantil	seria	
uma	preparação	para	o	ensino	escolar.	Tal	ânsia	pelo	conteudismo,	segundo	o	autor,	se	respalda	na	cobrança	da	mídia	
e	dos	gestores	de	educação	pelo	desempenho	nos	diferentes	níveis	de	avaliações	nacionais	(provinha	Brasil).	Com	
a	preocupação	com	o	conteúdo	a	ser	ministrado	a	essas	crianças,	deixa-se	de	lado	a	infância	e	as	possibilidades	de	
análise	e	vivências	dessa	fase	da	vida.	Esquece-se	que	a	criança	tem	suas	peculiaridades	e	nessa	fase	deve-se	prestar	
atenção	ao	que	de	diferente	a	primeira	infância	apresenta	em	relação	às	demais.	
Como	a	disciplina	 fala	dos	projetos	de	extensão	à	comunidade,	esse	 tema	é	 importante,	pois	 trata	de	modos	como	
os	 projetos	 realizados	 por	 estudantes	 de	 Pedagogia	 no	 entorno	 das	 universidades	 devem	 resgatar	 a	 história	 das	
comunidades, das crianças e dos adolescentes. 
1	 	Segundo	o	Dicionário	(Houaiss,	2001)	a	etimologia	da	palavra	infância	vem	do	latim	.	infantìa,ae,	que	significa	dificuldade	ou	inca-
pacidade de falar, mudez.
PORDENTRODOTEMA
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Sobre	a	adolescência,	Arroyo	(2011)	defende	o	protagonismo	adolescente-juvenil.	Atualmente,	o	lazer	situa-se	numa	
esfera	de	importante	significação	na	vida	em	sociedade,	vendo-o	como	um	momento	em	que	os	alunos-trabalhadores	
também	se	constróem	histórica,	social	e	culturalmente,	pelo	seu	conteúdo,	pelos	valores	que	são	experimentados,	pelas	
atitudes	vividas	e,	fundamentalmente,	pela	relação	cidadã	que	pode	ser	estabelecida	com	seu	espaço,	trabalho,	educação	
e	convivência	social.	O	Brasil	está	passando	por	profundas	transformações	demográficas,	 inclusive	por	significativas	
alterações	na	sua	estrutura	etária.	A	principal	variável	responsável	por	estas	mudanças	é	a	fecundidade,	cujo	declínio	
inscreve-se	entre	os	mais	rápidos	e	intensos,	recentemente	observados	entre	os	países	mais	populosos	do	mundo.	As	
modificações	estruturais	na	composição	etária	brasileira	são	de	natureza	tal	que,	segundo	se	deduz	das	estimativas	da	
ONU,	no	espaço	de	100	anos	entre	1950	e	2050,	a	proporção	da	população	acima	de	65	anos,	inicialmente	inferior	a	3%,	
atingirá	18%	ao	final	do	período,	o	que	exigirá	do	governo,	para	os	próximos	anos,	a	elaboração	e	execução	de	políticas	
públicas	voltadas	para	jovens	acima	de	15	anos	e	os	idosos.
A	formação	de	profissionais	(incluindo-se	o	professor)	para	atuar	em	diferentes	espaços	do	mercado	de	trabalho	tem	
motivado	o	surgimento	de	reflexões	interdisciplinares,	com	especial	atenção,	às	formas	de	cuidar	e	de	ensinar.	O	lazer	
e	as	atividades	sócioeducativas	juvenis	vêm	sendo	pensados	como	ponto	de	partida	para	analisar	a	sociedade	e	seus	
valores. 
Ser	jovem,	nos	dias	de	hoje,	é	se	deparar	com	situações	sociais precárias, como a pobreza, o desemprego, a falta de 
perspectivas	de	um	futuro	melhor.	Nesse	universo	de	relações,	os	jovens	atribuem	simbologias	à	vida,	alterando	a	cada	
momento	o	significado	de	cultura.	Nesse	sentido,	nesse	tema	4	(quatro),	pretende-se	debater	o	mundo	onde	os	jovens	
(re)inventam	formas	de	viver	e	convivências	grupais	para	tornar	a	realidade	bruta	dos	“fatos”	mais	interessante,	tolerável,	
divertida	e/ou	compreensiva.	É	de	suma	importância	compreendê-los	em	suas	formas	de	sociabilidade	e	modalidades	
de	apropriação	do	espaço	urbano.	Nesse	sentido,	são	importantes	protagonistas	nesse	estudo	pichadores,	grafiteiros,	
grupos	de	forrós,	grupos	de	hip	hop,	góticos,	dentre	outros.
PORDENTRODOTEMA
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Escola da Ponte 
•	 A	Escola	da	Ponte	tem	uma	série	de	práticas	pedagógicas	diferenciadas	que	dão	ao	aluno	a	
autonomia de participar mais das atividades escolares. 
Link para acesso: <http://elisakerr.wordpress.com/crianca-rupestre/escola-da-ponte/>.	Acesso	em:	01	ago.	
2014.
Poder na escola
•	 Leia este artigo sobre formas de discurso e poder na escola. 
Link para acesso: <http://www.scielo.br/pdf/cp/n114/a09n114.pdf>.	Acesso	em:	01	ago.	2014.
Reconstrução da história da infância
Leia	 este	 artigo	 de	Andrade	 (2007),	 que	 propõe	 uma	 reconstrução	 da	 história	 da	 infância,	
salientando o quanto as políticas públicas têm infantilizado e adotado posturas paternalistas e 
autoritárias	em	relação	às	crianças	das	camadas	pobres.
Link para acesso: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-80232007000200012&lang=p
t&tlng=>.	Acesso	em:	01	ago.	2014.
Contardo Caligaris
Assista	a	entrevista	concedida	pelo	psicanalista	Contardo	Caligaris,	(dividida	em	três	partes)	que	
fala	a	respeito	da	juventude	e	da	especificidade	de	se	tratar	com	essa	fase	do	desenvolvimento.
Link: <http://www.youtube.com/watch?v=j9ob9NRzFU4&feature=relmfu>.	Acesso	em:	01	ago.	2014.
Tempo:	7:55
ACOMPANHENAWEB
http://elisakerr.wordpress.com/crianca-rupestre/escola-da-ponte/http://www.scielo.br/pdf/cp/n114/a09n114.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-80232007000200012&lang=pt&tlng=
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-80232007000200012&lang=pt&tlng=
http://www.youtube.com/watch?v=j9ob9NRzFU4&feature=relmfu
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Instruções:
Agora,	chegou	a	sua	vez	de	exercitar	seu	aprendizado.	A	seguir,	você	encontrará	algumas	questões	de	múltipla	
escolha	e	dissertativas.	Leia	cuidadosamente	os	enunciados	e	atente-se	para	o	que	está	sendo	pedido.
AGORAÉASUAVEZ
Questão 1
Explique	por	que	Arroyo	(2011)	afirma	que	a	infância	privada	adentra	os	espaços	públicos.	Como	se	deu	esse	processo?	
Questão 2
Em	que	medida	o	ensino	de	9	anos	traz	à	tona	um	debate	acerca	da	infância	na	educação	básica?	Qual	é	o	posicionamento	de	
Arroyo	(2011)	a	respeito?	
Questão 3
De	que	forma	as	representações	sociais	sobre	a	infância	influenciam	a	construção	de	um	currículo	escolar?	
Questão 4
De	que	forma	a	Pedagogia	pode	ser	um	terreno	fértil	para	o	cultivo	das	representações	sociais	da	infância?	
Questão 5
Por	que	o	autor	propõe	ultrapassar	as	visões	e	promessas	messiânicas	no	que	diz	respeito	à	infância?
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AGORAÉASUAVEZ
Questão 6
O	que	Arroyo	(2011)	quer	dizer	quando	diz	que	a	Pedagogia	precisa	superar	visões	e	promessas	messiânicas?
Questão 7
Quem	são	os	adolescentes	que	devem	protagonizar	o	currículo	escolar?	
a) São	outros	distantes	da	velocidade	das	transformações	históricas.
b) São	jovens	que	se	transformam	nas	suas	formas	culturais,	de	valores,	de	formas	de	pensar.	
c) São	outros	que	estão	longe	de	todos.	
d) São	jovens	que	têm	características	universais	e	gerais.	
e) São	alunos	disciplinados	que	querem	aprender	as	lições.	
Questão 8
Sobre	a	inserção	dos	adolescentes	no	currículo	escolar,	são	corretas	todas	as	seguintes	afirmativas,	EXCETO:
a) Deve-se	partir	da	ideia	de	que	a	infância,	adolescência	e	juventude	são	sujeitos	de	direitos.	
b) Fazendo	adaptações	ao	currículo,	pode-se	dar	outros	significados	a	didáticas	de	aprender,	intervindo,	decidindo,	participando	
no como se ver, com que processos. 
c) Os	aprendizados	dos	docentes	em	relação	ao	modo	de	agir	no	mundo	dos	adolescentes	merece	centralidade	na	proposta	
pedagógica	curricular.	
d) É	necessário	dedicar	tempo	para	levantar	os	significados,	a	radicalidade	das	práticas	que	coletivos	de	educadores	inventam.	
e) É	importante	deixar	de	lado	as	visões	sobre	diversidade	sexual,	racial,	regional	e	ética.	
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AGORAÉASUAVEZ
Questão 9
São	corretas	todas	as	seguintes	alternativas	sobre	os	adolescentes	e	juventude	no	currículo,	EXCETO:
a) São	necessárias	políticas	afirmativas	para	o	reconhecimento	do	valor	dos	adolescentes.	
b) Cabe	ao	MEC	exigir	que	os	materiais	literários	utilizados	sejam	acompanhadaos	das	contextualizações	necessárias	a	evitar	
inferiorização	das	identidades	dos	mestre	e	educandos.	
c) As	 vivências	 da	 adolescência	 mostram	 a	 fragilidade	 do	 cientificismo	 progressista	 que	 predomina	 nos	 currículos	 e	 a	
superficialidade	das	noções	elementares	que	recebem	nos	anos	iniciais.	
d) É	possível	um	olhar	positivo	da	adolescência,	apesar	dos	sofrimentos	cotidianos.
e) É	necessária	uma	desordem	geral	e	social	nos	currículos.	
Questão 10
Sobre	os	dois	filmes	citados	na	parte	IV	do	livro	de	Arroyo	(2011)	é	possível	afirmar:
a) No	filme	“Os	esquecidos”,	Buñuel	conta	sobre	a	marginalização	de	crianças	de	todas	as	classes	sociais.	
b) “Os	esquecidos”	retrata	a	realidade	pobre	dos	Mexicanos,	a	partir	do	olhar	de	Buñuel.	
c) O	livro	“Capitães	de	areia”	retrata	a	infância	com	um	olhar	realista	e	positivo.	Deve	ser	evitado	tal	realismo	no	currículo	escolar.	
d) Buñuel	conta	a	história	dos	brasileiros	e	suas	dificuldades	no	filme	“Capitães	da	Areia”.	
e) Tanto	o	filme	“Os	esquecidos”	quando	o	livro	“Capitães	da	Areia”	são	manifestações	artísticas	que	fogem	ao	ideal	acadêmico	
a	respeito	da	imagem	do	jovem	real.	
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Nesse	tema	você	viu	que	a	infância	e	a	adolescência	são	fases	que	necessitam	de	estudos	aprofundados	por	parte	
de	professores	e	gestores	da	educação,	no	sentido	de	conhecer	melhor	com	quem	se	lida	no	dia	a	dia.	
Viu,	também,	que	é	possível	aproximar-se	desses	jovens,	de	modo	a	trazer	seus	hábitos	para	o	currículo	escolar.	
FINALIZANDO
ARIÈS,	Philippe.	História social da criança e da família.	Rio	de	Janeiro:	Zahar	Editores,	1973.
ARROYO,	Miguel	G.	Currículo: território em disputa.	Petrópolis,	RJ:	Vozes,	2011.
_____ . Oficio de Mestre:	Imagens	e	Auto-Imagens.	Petrópolis,	Rio	de	Janeiro.	Vozes,2000.	
HOUAISS, A.et alii. Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa.	Rio	de	Janeiro,	Instituto	Antônio	Houaiss/Objetiva,	
2001.
MEC.	ENADE.	Brasília,	2011.	
SANTOS, H. et al. Políticas públicas para a população negra no Brasil.	ONU,	1999.	[Relatório	ONU]
REFERÊNCIAS
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Ordenamento curricular:	Refere-se	a	práticas	escolares	disciplinadoras,	que	garantem	a	ordem,	disciplina	e	a	regula-
mentação	escolar.
Propedêutico:	Prepara,	introduz	(algo);	introdutório,	preliminar;	Que	visa	dar	ao	aluno	a	formação	geral	e	básica	para	
que	possa	ingressar	num	curso”.	
Ações afirmativas:	São	medidas	especiais	e	temporárias,	tomadas	ou	determinadas	pelo	estado,	espontânea	ou	com-
pulsoriamente, com o objetivo de eliminar desigualdades historicamente acumuladas.
Representações sociais:	Teoria	francesa,	iniciada	nos	anos	1960,	que	retrata	a	realidade	a	partir	do	senso	comum,	
da consciência coletiva.
GLOSSÁRIO
GABARITO
Questão 1
Resposta: Nessa	questão	o	aluno	deve	discutir	a	infância	vista	como	uma	questão	da	ordem	do	privado,	como	se	fosse	
um	problema	da	mãe	da	criança.	Ao	longo	dos	debates	sobre	direitos	sociais,	a	população	e	governantes	admitem	ser	
a	infância	uma	questão	social.	Portanto,	oferecer	creches,	EMEI’s	passa	a	ser	dever	do	Estado	e	direito	das	mães	para	
que estas possam se dedicar ao trabalho. 
Questão 2
Resposta: Nesta	questão	o	aluno	deverá	discutir	o	Ensino	de	9	anos	como	uma	política	pública	que	favoreceu	o	ingresso	
de crianças populares na escola, dando oportunidade para que essas pudessem assimilar melhor as normas e modo de 
funcionamento escolar. O autor, porém, questiona que a forma como vem praticado esse 1º ano escolar tem levado à 
antecipação	do	desenvolvimento	dessas	crianças,	tornando	o	ensino	propedêutico	e	pragmático.	
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Questão 3
Resposta: Nesta	 questão	 o	 aluno	 deve	 ressaltar	 que	 as	 representações	 sociais	 sobre	 a	 infância	 a	 colocam	numa	
posição	negativa:	a	infância	seria	uma	espécie	de	um	período	que	aguarda	a	chegada	de	uma	fase	mais	importante.	
Quando	essa	visão	não	é	a	hegemônica,	a	infância	é	isolada	de	todas	as	possibilidades	de	uso	do	espaço	público,	tendo	
em	vista	a	representação	social	de	uma	ingenuidade	e	pureza	que	caracterizariam	as	crianças.	Com	essas	visões,	as	
escolas	se	distanciam	da	realidade	das	crianças,	que	hoje	apresentam	um	perfil	bem	diferente.	A	falta	de	imagem	que	a	
escola	tenta	perpetuar	apenas	dificulta	a	possibilidade	de	atingir	a	criança	na	sua	realidade	e	nas	experiências	vividas	
cotidianamente. 
Questão 4
Resposta:	 Os	 professores,	 instrumentalizados	 das	 visões	 de	 senso	 comum	 existentes	 na	 sociedade,	 acabam	 por	
reproduzir as expectativas em torno de um imaginário irreal e ultrapassado acerca da infância. Dessa forma, se afastam 
da realidade vivenciada pela criança. 
Questão 5
Resposta: O autor defende que as crianças devem ser vistas como a realidade que se apresenta em seu redor. É contra 
a	visão	endeusada	e	falsa	da	inocência	pueril.	
Questão 6
Resposta:	O	 autor	 se	 refere	 a	 desconstrução	 da	 visão	 de	 uma	 pureza	 e	 inocência	 que	 não	 correspondem	 com	a	
realidade.	As	dificuldades	e	sofrimentos	da	dura	pobreza,	encontrados	nas	crianças	que	estudam	em	escolas	públicas,	
são	deixadas	de	lado	pelo	currículo	escolar.	
Questão 7
Resposta:	Alternativa	B.
Questão 8
Resposta:	Alternativa	E.
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Questão 9
Resposta:	Alternativa	E.
Questão 10
Resposta:	Alternativa	E.

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