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Concurso de crimes e continuidade delitiva

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CONCURSO DE CRIMES E CONTINUIDADE DELITIVA 
Conceito: O concurso de crimes é sempre que se estiver diante de uma pluralidade de crimes. Ela pode ou não ter sido produzida por uma pluralidade de agentes. É a prática de dois ou mais crimes. 
As espécies do concurso variam com as circunstancias do caso concreto. 
O concurso pode ser: 
(I) MATERIAL: Pratica de dois ou mais crimes mediante mais de uma ação ou omissão. A sua consequência jurídica é o cúmulo material (somatório das penas)
(II) FORMAL: Pratica de uma só ação ou omissão. A sua consequência jurídica depende de ser um concurso formal PRÓPRIO ou IMPROPRIO.
(II.1) PRÓPRIO = Consequência é a exasperação (aumento de pena). Se caracteriza pela AUSÊNCIA de desígnio (desejo)
(II.2) IMPROPRIO = Cumulo material. Se caracteriza pela existência de desígnios autônomos
 Concurso x Conflito aparente de normas 
Não se aplicam as regras atinentes ao concurso de crimes quando estivermos diante de situações para as quais se apliquem as regras do conflito aparente de normas penais. Essas regras são os critérios de HIERARQUIA, CRONOLOGIA E ESPECIALIDADE, que são os critérios gerais do direito. Lembrando que o critério cronológico nem sempre a norma mais não prevalece devido ao instituto do in pejus/in mellius. 
A partir do momento que se tem uma lei que versa especificamente sobre determinado crime, como, por exemplo, no código de trânsito que traz o homicídio com o veículo automotor, pelo critério da especialidade se trabalhara com o do CBT e não do domicílio culposo do CP. 
CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS 
- Consunção/Absorção: O crime meio ficara absorvido pelo crime fim.
- Subsidiariedade: O crime mais grave prevalece em detrimento do crime menos grave.
- Alternatividade: Quando se esta diante de um crime descrito com vários núcleos verbais, um mesmo tipo incriminador abriga vários núcleos verbais. Nesses casos de tipos mistos alternativos, aquele que come mais de um tipo verbal, será considerado que se realizou apenas um crime, mas perceba que isso ainda pode pesar na pena. . Exemplo: lei de drogas.
SITUAÇÃO PRATICA 
No momento que o agente arromba a casa, entra e furta, em tese se estaria diante de três delitos, então surge a duvida: É UM CONCURSO ENTRE TRÊS CRIMES OU UM CONFLITO APARENTE? Vale a avaliação jurisprudencial, que diz que pelo critério da consunção o sujeito respondera pelo crime de furto qualificado e não por três crimes. 
PESQUISA → Identifique nas situações abaixo se estamos diante de um concurso de crimes ou de um mero conflito aparente de normas penais. 
a) Homicídio x Porte ilegal de armas 
b) Latrocínio x Porte ilegal de armas 
c) Falsidade documental x estelionato
d) Crime contra a saúde pública x crime contra as relações de consumo
e) Sonegação tributaria x Trafico ilícito de entorpecentes 
f) Corrupção x Lavagem de dinheiro/capitais 
Uma vez havendo conflito de normas, não se configura concurso de crimes 
PLURALIDADE DE ATO X PLURALIDADE DE CRIMES 
Nem toda pluralidade de atos envolvendo uma pratica criminosa, ensejara necessariamente um concurso de crimes. Já que este se caracteriza em todo caso por uma pluralidade de infrações penais. Significa dizer que é plenamente possível estarmos diante de unidade de crime e pluralidade de ato. 
↓ANALISE DAS SITUAÇÕES: Houve pluralidade de crimes OU de atos com unidade de crime? ↓ 
SITUAÇÃO 1: João, estudante da baiana, vai para a faculdade armado e na aula de Requião dispara contra 9 colegas causando a morte de todos. → Concurso material = são várias pessoas e vários tiros.
SITUAÇÃO 2: João, aluno da baiana, decide explodir a faculdade e fábrica no dia anterior potente artefato caseiro. Instala cada artefato em um andar da faculdade e após sair do prédio, aciona o detonador → Concurso formal com vários atos e uma só ação. 
SITUAÇÃO 3: Eu quero matar uma pessoa e dou 80 tiros/80 tesouradas → Veja que nessa situação, há um único crime, não há o concurso, é uma só ação, marcada por uma pluralidade de atos, ou seja, cada tesourada/tiro é um ato, mas, se está praticando só um crime. 
Quando se fala de uma só AÇÃO, no concurso material, pode ser caracterizado ainda que se tenha mais de um ato. 
Uma conduta, a depender do caso, essa uma só conduta poderá ensejar um concurso de crimes FORMAL ou apenas SÓ UM CRIME. 
É perfeitamente possível que VÁRIOS ATOS NÃO ENSEJAM UM CONCURSO DE CRIMES (Exemplo da situação 3).
Se eu mato uma pessoa só com 9 tiros, isso é um crime só. Se eu mato 9 pessoas com 9 tiros, é concurso material. Se eu mato 9 pessoas com um tiro só, há um concurso formal. 
Tentar matar uma pessoa várias vezes de várias formas: se há um intervalo entre as tentativas será um concurso de crimes material. Mas, se não há um intervalo, é um crime só marcado por uma pluralidade de atos, há um mesmo contexto fático temporal. 
No caso dos crimes permanentes, é SÓ UM CRIME. Exemplo: Eu sequestro uma pessoa e a mantenho em cativeiro por 1 ano, é apenas um sequestro marcado por vários atos. Mas, se eu, precisei subornar uma autoridade policial para que ela não me denunciasse ao longo desse sequestro é UM CONCURSO OU CONFLITO DE NORMAS? Se se aplica a consunção é apenas um crime, se não, se condena pela corrupção + sequestro. 
Perceba que há delitos que na sua própria natureza envolve violência, como no caso de roubo, não há roubo + lesão leves. Ou seja, ainda que existe crimes autônomos, elas integram a realização do crime fim. Exemplo: não há homicídio que não envolva lesão corporal. No caso da privação de liberdade não necessariamente envolve uma lesão corporal, então, daniela entende que envolve concurso, mas, não caracteriza constrangimento ilegal, pois, não há sequestro sem esse constrangimento. 
 Concurso material de infrações: Previsto no art 69 do CP. O agente, mediante de mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não. Se idênticos, falaremos em concurso HOMOGÊNEO, se diversos, falaremos em concurso heterogêneo. Como consequência jurídica para o concurso material de crimes trabalharemos com o critério do CUMULO MATERIAL. 
CUMULO MATERIAL = Somatório das penas. Exemplo: se eu mato alguém, depois estupro outra e lesiono outra. Eu responderei por cada uma das condutas e será somado a pena de cada um. Observe que cada um desses resultados não poderá ser agravado porque vários crimes foram cometidos no mesmo momento. Ressalva-se os 30 anos como MÁXIMO de cumprimento de pena. 
 Concurso formal: Verifica-se quando agente mediante uma só ação ou omissão (ainda que com pluralidade de atos), pratica dois ou mais crimes idênticos (homogêneo) ou não (heterogêneo). Apenas uma conduta. 
EXEMPLO: Câmara de gás, envolve só uma ação e uma pluralidade de atos. A ação criminosa é uma só, que é o ligar o gás na câmara, que isso sozinho executa 80-100 pessoas. É uma só ação produzindo um ou mais crimes. Preparar a substância, colocar as pessoas dentro, acionar o gás... vários atos com uma só conduta e a produção de vários crimes. 
Uma única conduta, ainda que envolva uma série de atos, produzindo dois ou mais crimes. 
Art 70 do CP coloca os dois tipos ↓ 
Concurso formal 
Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. 
CONCURSO FORMAL PRÓPRIO/PERFEITO: Ou há (I) AUSÊNCIA DE DESÍGNIO ou há (II) UNIDADE DE DESÍGNIO. 
AUSÊNCIA DE DESÍGNIO: Não há vontade do agente, logo, todos os resultados são culposos. Exemplo: Eu deixo meu carro sem trava do freio de mao, e atropelo três pessoas. Todos os resultados são culposos. 
UNIDADE DE DESÍGNIO: Um dos crimes é doloso e todos os outros são culposos. Exemplo: atiro em alguém com intenção de matar, e o estilhaço da bala machuca alguém. Há umhomicídio doloso e uma lesão culposa. 
CONSEQUÊNCIA JURÍDICA, o legislador decide que o sujeito NÃO vai responder pelo somatório, e sim, a partir do critério da exasperação = Aumento de pena. Esse sujeito que responderia por vários crimes, invés de somar a pena, pega-se UMA PENA SÓ e aumentar ela, desprezando todas as demais. E qual pena se escolhe? A MAIOR DELAS, que será agravada (exasperada). Exemplo: um sujeito que responderia por dois homicídios e duas lesões, pega-se a pena do homicídio (qualificado se fosse o caso, pois seria a maior), e essa pena, será exasperada DE UM 1/6 ATÉ ½, sendo que, o juiz valora de acordo com a gravidade dos resultados que foi produzido, o fato é que, tem que estar dentro desses parâmetros. 
Perceba que a intenção do legislador era criar algo mais benéfico do que o somatório. Perceba que surgiu uma grande discussão acerca disso no caso da BOATE KISS, que se a defesa emplaca como homicídios culposos, a pena será exasperada, e na pior das hipóteses ele pega o máximo do homicídio culposo, no caso 3 anos, exasperada no máximo (1/2) = 3 + 1,5 = 4 anos de prisão, podendo ser substituído. Mas, se fica entendido que houve DOLO EVENTUAL ao usar a espuma, será SOMADO, a pena de 230 homicídios. Perceba que o elemento subjetivo da conduta do agente ira mudar COMPLETAMENTE a dosimetria de pena. 
EXEMPLO NA DOSIMETRIA: Situação do tiro que mata e causa lesão leve culposa = 
Homicídio = 6 – 20 anos 
Lesão culposa = 2 meses a 1 ano 
Logo, ira escolher a pena do homicídio, e na melhor das hipóteses, ele ficará com a pena de 6 anos, exasperada em 1/6, resultando em 7 anos. 
Perceba que se fosse assim, o somatório ainda seria melhor, pois, resultaria em = 6 anos + 2 meses, Assim, coloca o paragrafo único do Art 70.
Art 70. Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste Código. 
Sendo exasperação o instituto criado para beneficiar o réu, ela não poderá prejudicalo, de modo que, o resultado da exasperação não poderá exceder o que seria resultante de um eventual somatório (Concurso material benéfico). 
Assim, no exemplo supracitado, trabalharia-se com o critério do somatório, como se fosse um concurso material improprio, logo, na melhor das hipóteses o sujeito teria sua pena aplicada em 6 anos e 2 meses. 
DICA = É muito usado em situações em que há uma grande disparidade de penas.
CONCURSO FORMAL IMPROPRIO/ IMPERFEITO: Há a existência de desígnios autônomos. Todos os resultados são dolosos. Como por exemplo o supracitado câmara de gás. 
A CONSEQUÊNCIA JURÍDICA é que o agente vai responder por cada um dos resultados. O famigerado CUMULO MATERIAL, há o somatório das penas (Art 70 pt final) 
QUESTÃO DE PROVA ANTIGA = Para matar A, o agente coloca um explosivo potente para derrubar o prédio e obviamente matar A. esse será um exemplo de concurso formal IMPROPRIO, pois há um homicídio com DOLO DIRETO + todos os outros com DOLO NECESSARIO. 
 Continuidade delitiva ou crime continuado: Verifica-se quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes, de mesma espécie, dentro de circunstancias semelhantes de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhanças. 
Crime continuado 
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. 
Perceba que na essência toda continuidade é um concurso material homogêneo, pois, mas, os dois ou mais crimes são da mesma espécie. A diferença é que, para que configure continuidade delitiva tenham-se MAIS REQUISITOS além dos crimes com mais de uma ação/omissão, produzindo dois ou mais crimes de mesma espécie: 
 Circunstancias semelhantes – REQUISITOS OBJETIVOS: Tempo, lugar, maneira de execução, outras. 
 Levando a uma consequência jurídica mais gravosa. 
Mas perceba que a continuidade delitiva levara a EXASPERAÇÃO, mas, de maneira mais gravosa, podendo a pena ser exasperada de 1/6 a 2/3, que é mais grave que a do concurso material 
MESMA ESPECIE:
Uma parte da doutrina crê que seria o MESMO BEM JURIDICO (Eu poderia ter continuidade delitiva entre roubo e extorsão, pois, envolvem ambos o patrimônio), mas, essa corrente é minoritária e jurisprudencialmente não aplicada. 
O aplicado na jurisprudência e majoritário na doutrina, entende como mesma espécie o MESMO TIPO INCRIMINADOR. Exemplo: furto – furto – furto, ou, homicídio – homicídio – homicídio. 
Nesse pensamento, haveria continuidade delitiva numa situação em que há furtos qualificados e simples? SIM, basta que seja o mesmo tipo, ainda que o tipo incriminador seja qualificado/privilegiadas e outros simples. 
CIRCUNSTANCIAS SEMELHANTES: 
DE TEMPO: Edição numero 17 jurisprudencia em tese item 2
2) A continuidade delitiva, em regra, não pode ser reconhecida quando se tratarem de delitos praticados em período superior a 30 (trinta) dias.
Ou seja, para o STJ, a continuidade de se configura em delitos não superiores a 30 dias E isso é absoluto? NÃO, há julgados do próprio STJ reconhecendo a continuidade em sonegações de imposto de renda, em que o intervalo de tempo é de um ano. 
DE LUGAR: Edição numero 17 jurisprudência em tese item 3 
3) A continuidade delitiva pode ser reconhecida quando se tratarem de delitos ocorridos em comarcas limítrofes ou próximas. Perceba que em regra, só se esta diante de crime continuado quando as infracoes são na mesma comarca. Mas, excepcionalmente os tribunais reconhecem em comarcas diferentes, quando foram comarcar limítrofes ou próximas. Exemplo: roubei vários carros em ssa e continuei roubando em feira de Santana, são comarcas próximas. Mas, se roubo carros em ssa, depois roubo de novo em recife, não será reconhecido.
MANEIRA DE EXECUÇÃO: Edição numero 17 jurisprudência em tese item 4 
4) A continuidade delitiva não pode ser reconhecida quando se tratarem de delitos cometidos com modos de execução diversos.
Exemplo: um sujeito que mata alguém a tiros e depois, mata outro queimado. 
OBSERVAÇÕES: 
 STJ – Edição número 17 da jurisprudência em tese: 5) Não há crime continuado quando configurada habitualidade delitiva ou reiteração criminosa. Há fortes criticas para isso, porque não foi criada pelo legislador. Como é um beneficio, o stj cria isso para restringir ainda mais. O sujeito que faz da prática daquele crime sua “profissão.” 
 No art 71, ela conceitua somente com critérios OBJETIVOS, mas, a JURISPRUDÊNCIA passou a exigir um vinculo SUBJETIVO/unidade subjetiva entre as condutas, por essa razão, que se diz, que há uma TEORIA MISTA, ou seja, objetivo + subjetivo. 
VINCULO SUBJETIVO = É preciso provar que havia um PLANO ÚNICO e a execução da conduta foi fracionada em varias praticas e delitos autônomos. 
EXEMPLO: Eu quero subtrair da Baiana um milhão de reais, então, eu desvio cada mês um valor. 
EXEMPLO 2: Quero lucrar roubando no carnaval, então, vou roubar um pouco de cada. 
Mas perceba que isso é muito difícil de ser provado, a intenção verdadeiramente desse critério é restringir a aplicação. Há um movimento de restrição de aplicação do instituto, porque, isso gera para o agente um beneficio muito grande. 
Perceba que esse movimento judicial é um ATIVISMO JUDICIAL. 
TEMPO DO CRIME: Sumula 711 do STF 
Súmula 711: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência. 
Nos crimes permanentes ou CONTINUADOS, em que a sucessão de leis se deu no curso da continuidade ou permanência, será aplicada a princípio, a lei vigente no momento em que CESSA a prática, ainda que mais gravosa. O STF crê não afetar o princípio da lei penal benéfica, pois, se depois do crime surgir outra lei e que seja benéfica, ela poderá ser aplicada. 
OBS: A prescrição nos crimescontinuados é calculada crime a crime. Além disso, tal calculo será feito sem o computo do acréscimo decorrente da continuação (súmula 497 do STF). 
Sumula 497: Quando se tratar de crime continuado, a prescrição regula-se pela pena imposta na sentença, não se computando o acréscimo decorrente da continuação. 
Perceba que o STF faz isso para não ter que começar a prescrição do dia do último crime. Cortando a continuidade delitiva, se eu estou diante de um sujeito que praticou diversos crimes continuados, se, os outros já estão prescritos e só se sobrou um crime a processar, será mais benéfico ao réu contar a prescrição crime a crime, começando a contar a prescrição antes da continuidade delitiva terminar. 
EXASPERAÇÃO MAIS GRAVOSA: Art 71 paragrafo único 
Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código. 
LEMBRE QUE A EXASPERAÇÃO TEM QUE ESTAR PARA BENEFICIAR. 
Aumenta a exasperação ate o triplo. 
Diante da atual redação do paragrafo único do art 71 fica sem efeito a antiga sumula 605 do STF que não admitia continuidade delitiva nos crimes contra a vida. 
UTILIZADO PARA CRIMES: 
 Dolosos 
 Com vítimas diferentes 
 Envolver violência ou grave ameaça 
 Exemplo: Situação de um marido que constantemente espanca a esposa, terá sua pena exasperada normalmente. Mas, se ele batesse na mãe e na filha, será exasperado até o triplo. Mas perceba que se fosse mais benéfico, seria considerado duas lesões diferentes com continuidades exasperada normalmente. 
MULTA: As penas são aplicadas de maneira distinta e integralmente. 
Multas no concurso de crimes 
Art. 72 - No concurso de crimes, as penas de multa são aplicadas distinta e integralmente. 
SITUAÇÃO PRATICA: Câmara de gás é concurso formal improprio, levando ao somatório de 80 homicídios. Mas, se eu tivesse pego uma arma e atirado uma vez em cada pessoa e matado as mesmas 80, seria uma continuidade delitiva.

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