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- -1 PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO PSICOLOGIA E AMBIENTE ESCOLAR Doriana Dias Barros - -2 Olá! Você está na unidade Psicologia e ambiente escolar. Conheça aqui como é realizado o acompanhamento pedagógico e psicológico na escola. Compreenda os diferentes atores do processo ensino-aprendizagem. Conheça os espaços profissionais nos quais o psicopedagogo pode atuar. Estude a história da psicopedagia e como ela surgiu no Brasil. Bons estudos! - -3 1 Acompanhamento pedagógico e psicologia na escola A atividade de psicologia pode ser realizada em todos os espaços que podemos imaginar, mas, nesta unidade, vamos abordar especificamente a escola. De que forma a psicologia pode colaborar nesse processo ensino- ?aprendizagem É fato que sempre devemos lembrar que quando falamos de psicologia, falamos do e, como tal, éser humano necessário compreendê-lo como um todo e que seu mundo psíquico coordena várias das nossas capacidades, inclusive físicas e cognitivas. Dessa forma, ao se compreender os saberes da escola, a e a deveriam estar aliadas compedagogia psicologia mais parceria e clareza da real função do ambiente escolar. No entanto, veremos alguns conteúdos para reflexão do que realmente pertence a cada um dos dois saberes, assim como a interseção que se faz necessária para o melhor desempenho da educação na sociedade. - -4 1.1 O professor e a escola Antes de apresentar a propriamente dita, é importante identificar que a instituição onde opsicologia escolar psicólogo e os profissionais que formam a equipe estão inseridos é um ambiente de contradições, de relações de poder e outras questões que muito podem atrapalhar não só a entrada do profissional psicólogo, mas, mesmo sendo inserido, comprometer de forma negativa os resultados que se quer alcançar. Historicamente, é perceptível como a instituição escolar reproduz vindas da sociedade por meio dosideologias tempos. Tal espaço espelha as relações de poder, as escolhas para seguir trajetos convenientes e/ou mais cômodos para atender uma soberania de modo geral. A partir desse saber, é fato como a percepção da figura do professor encontra-se desgastada e desvalorizada, por meio de vários acontecimentos de desrespeito, baixos salários, pouco investimento nas suas formações, sejam de professores iniciantes ou de professores formados. Com esse recorte, a entrada do , muitas vezes, é vista como ameaçadora por ser entendidapsicólogo na escola como um papel de desvelar conflitos que se encontram subjacentes entre as várias relações pertinentes ao ambiente escolar. A escolha do professor por analisar seus alunos, decorre do paradigma de que este é o único responsável por sua turma e considera-se até mesmo um psicólogo para compreender as “mazelas” que ocorrem com seus estudantes. Além disso, é ele o com a turma, sem intermediários “concretos”, mas muitointerlocutor direto mais fortes, que são os ideológicos. Na presença de um psicólogo, o professor tem a consciência de que será abordado como um dos atores que o psicólogo precisará se aproximar para um melhor desempenho acadêmico. Mas será que esse é um desejo do docente? Sua fala é , pois ao mesmo tempo que acredita que a presença do psicólogo o ajudará nas questõesparadoxal junto aos seus estudantes, por outro relata que quem é o dono desse ambiente é ele, o professor. Outra questão Fique de olho A Gestão Escolar é de suma importância ao definir a trajetória de uma escola, seja pública ou privada. Você tem noção sobre o que seria uma gestão democrática ou mesmo uma gestão participativa? Um teórico interessante e atual sobre o assunto é José Carlos Libâneo. Como sugestão, há vários livros dele sobre o assunto, por exemplo: “Organização e Gestão da Escola: Teoria e Prática” ou, ainda, “Educação Escolar: Políticas, estrutura e Organização”. - -5 ainda sobre o professor é a relação direta dele com a gestão. Dependendo da gestão, ele realizará o que está sendo obrigado a fazer mesmo contra o que acredita, visto que necessita desse emprego ou até mesmo porque não compreende a razão do ensinar. Sendo assim, a psicologia escolar, ao se inserir no contexto acadêmico, precisa perceber o subliminar, o que não está aparente. - -6 1.2 Psicologia da educação e a psicologia escolar Ao realizarmos a distinção entre professor e psicólogo, verifica-se que há uma deturpação quanto à psicologia e . da educação psicologia escolar A primeira deveria ser abordada como a psicologia do desenvolvimento e seus aspectos cognitivos. É uma teoria que embasa o trabalho escolar levando em consideração os aspectos do desenvolvimento do estudante e deve ser inserida de acordo com a linha pedagógica escolhida pela escola. Não seria este o papel da psicologia no âmbito escolar, “fornecer” linhas metodológicas para o atendimento dos estudantes. Para justificar esse papel, a escola busca teorias como a de Wallon, por exemplo, que reforça a como eixo na sua teoria. Além disso, há de se compreender que seja qual for o eixo eleito, aafetividade instituição escolar encontra-se numa sociedade que está cercada por questões políticas, relações de trabalho, perfis familiares, formação dos profissionais, entre outras questões. Cunha e Yazlle (2002) consideram, por conseguinte, que a psicologia escolar ao se inserir em instituições escolares se prestará a ocorrências desafiadoras e cuja prática será permeada por demandas do .macrossistema A psicologia é inserida no sistema educacional, pois conforme várias de suas teorias de desenvolvimento, incluem as relações do ser humano com o mundo externo, propostas, por exemplo, de Vygostsky e Wallon. Reforçando essa ideia, Bozhovich (2009) afirma que o processo de desenvolvimento cognitivo não se traduz por uma linearidade, explicativa em si mesma e causal. Trata-se de um efeito da internalização de agentes externos aliados à em aspectos internos. É necessária uma organização de processos de integração etransformação individualidade do sujeito. Continuando, Campos e Francischini (2003, p.120) afirmam: [...] o processo de desenvolvimento consiste na internalização de regras, valores, modos de pensar e de agir ocorrentes nas interações sociais do cotidiano dos sujeitos, nas práticas sociais e discursivas que permeiam as instituições sociais (família, escola, igreja, trabalho...) e os meios de comunicação. Nessas interações, recorre-se aos instrumentos de mediação semiótica disponíveis na sociedade, entre os quais a linguagem ocupa posição privilegiada. Nessa ótica, percebemos a como condição para sua autonomia e essa condiçãointersubjetividade do indivíduo surge com proeminência nos contextos educacionais. Daí, mais uma vez, a presença da psicologia do desenvolvimento é atrelada aos ideais acadêmicos. A intersubjetividade do sujeito é constituída a partir da relação que estabelece com o outro e a esse tópico encontramos uma tendência no pensamento de . Conforme o próprio autor, Wallon (1941/2005, p. 215)Wallon - -7 afirma sobre a unidade do ser: “é contra a natureza tratar a criança fragmentariamente. Em cada idade, ela constitui um conjunto indissociável e original. Na sucessão das suas idades, ela é um único e mesmo ser em curso de metamorfoses”. Wallon defende ainda que: Na realidade, nunca pude dissociar o biológico do social, não porque os julgueis redutíveis um ao outro, mas porque me parecem no homem tão estreitamente complementares desde o seu nascimento, que é impossível encarar a vida psíquica sem ser sob a forma das suas relações recíprocas. (WALOON, 1941/2005, p. 14) Tal era sua certeza na intersubjetividade que para ele é impossível dizer se foi o homem que fez a sociedade ou se foi a sociedade que fez o homem. Como dito anteriormente, a escola seria o grande espaço para exercitar a intersubjetivamente do ser humano, seja em qualquer um dos papéis sociais nela inseridos: educadores, alunos e demais atores. É nesse espaço que os desafios surgem, as construções de novos conhecimentos ocorreme as novas emergem. Experimentamos o diálogo, a tolerância, a diversidade. É esse “processo psicológicooportunidades superior”, segundo Vygotsky e compartilhado por Wallon, que é aprimorado na escola, possibilitando “um sistema de sinais adaptável indefinidamente a novos significados” (WALLON, 1942/2008, p. 118). Assista aí https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2 /012bcaa02337d1da289b5ed0d6ad89a6 Após realizarmos com clareza o estudo dessas teorias, conseguiremos iniciar a identificação da psicologia escolar propriamente dita e reforçar aos profissionais da escola uma boa .formação docente Já compreendemos que somos instrumentos de transmissão de valores, pensamentos e atitudes e ao nos identificarmos com uma , ela estará presente na prática educativa todos os dias.perspectiva teórica Consequentemente, a escolha revelará a maneira pela qual faremos a nossa leitura de homem, de mundo e de educação. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/012bcaa02337d1da289b5ed0d6ad89a6 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/012bcaa02337d1da289b5ed0d6ad89a6 - -8 1.3 Funções da psicologia escolar Um dos grandes entraves do próprio exercício da psicologia escolar é o desconhecimento da área e seu desempenho, em geral, de todos os atores da escola. Vamos caminhar um pouco pela história e perceber que a dúvida acerca do território do psicólogo escolar também é contaminada pelos momentos e políticos .econômicos A relação existente entre a psicologia e a educação é antiga e é onde surgem as primeiras aplicabilidades da psicologia como tal (ANTUNES, 2002, 2008). Essa prática na escola e, em especial, no Brasil, teve sua base no e em conformidade com as transformações sociais e políticas mais liberais ocorridas nopadrão positivista início da “República Nova” (ANTUNES, 2012). Conforme Oliveira e Marinho Araújo (2009), a constituição da foi extremamenterelação psicologia-educação identificada por ações que tinham como desígnio a adaptação do sujeito ao contexto educacional. Tais ações apresentavam um modelo clínico de atuação através de psicodiagnósticos e avaliações psicológicas. Esse modelo clínico não atendia às reais necessidades escolares, inicialmente porque estava fundamentado em ideias norte-americanas e européias e porque a ênfase estava apenas em dificuldades de aprendizagem das crianças e dos jovens. O resultado tinha como premissa, por meio de instrumentalizações padronizadas, que o responsável pelo fracasso escolar se encontrava exclusivamente no seio familiar e no próprio estudante (ANTUNES, 2008). Sendo o , excluem-se todos os fatores intraescolares e condições sociais.aluno culpado Figura 1 - Criança responsável por seu comportamento escolar Fonte: Funny Solution Studio, Shutterstock, 2020. - -9 #PraCegoVer: A imagem mostra uma criança olhando para frente com um semblante confuso e mostrando o polegar de uma das mãos para cima, como sinal de positivo, e o outro polegar para baixo, como sinal de negativo. Somente a partir dos anos de 1970 surgem as primeiras críticas sobre esse modelo médico da atuação da psicologia escolar com foco nos problemas dos discentes. No inicio do milênio, aparecem estudos que tornam relevantes a necessidade de uma performance mais preventiva, mais interdisciplinar e por uma psicologia escolar mais crítica (ANTUNES, 2008). Atualmente, ainda percebemos muitas críticas desse modelo médico como uma , atéprática psicológica escolar mesmo porque na própria formação do psicólogo não há um espaço significativo de desenvolvimento dos saberes do profissional no cenário escolar. É de extrema importância que o psicólogo escolar possua conhecimento vasto dos temas da educação e do funcionamento da escola enquanto instituição especialista para que esses conhecimentos possam ser articulados. Com tantos esclarecimentos, acessos ao conhecimento e aprimoramento das análises críticas, é momento de redimensionar a ação da psicologia escolar e cultivar atividades que promovam a saúde e o desenvolvimento em todas as suas instâncias. do ser humano Com as mudanças ocorridas durante a história, a defasagem do trabalho da psicologia escolar e a própria escola tende a reduzir, mas ainda com muito equívoco desse espaço profissional. É comum ouvir que o profissional da psicologia está vinculado ao serviço social, aquele que conversa, que aconselha. Outro resquício de outrora é conceber a psicologia escolar como um interesse na avaliação dos alunos, no acompanhamento da inclusão do aluno na educação especial e nas intervenções em momentos de conflito e manejo comportamental. Na realidade imprecisa, o profissional psicólogo é identificado como um “especialista”, alguém que detém saberes e habilidades para resolver os problemas dos alunos, um auxiliar no processo educacional que só seria requisito num momento analisado como insolúvel. Isso significa que o psicólogo seria a última cartada para resolver algo que todos da escola já tentaram de alguma forma. Como podemos observar, a psicologia escolar ainda não teve seu espaço de atuação consolidado e precisa ser redefinido para todos nas instituições escolares, com a meta do exercício fundamentado numa prática psicológica mais , mais interdisciplinar e integrada na nossa realidade brasileira. preventiva Assim, amparada pelos pressupostos teóricos e estes, por sua vez, já unificados ao conhecimento educativo, a grande contribuição da psicologia escolar reside nos bastidores da instituição. Esse saber, contudo, não é o protagonista da escola tal como outros técnicos da instituição. Um grande aspecto de sua atuação no cenário escolar é promover oportunidades para o educador exercitar suas reflexões sobre sua atividade profissional e seu perfil pessoal com valores e pensamentos e sua construção de . Essa visão integrada desse educador-sujeito é possibilitada com o apoio, com a segurança que seconhecimento - -10 pode dispor da ação do psicólogo escolar para que o professor possa alcançar sua verdadeira autonomia na sala de aula. Apesar de outrora o foco ter sido o aluno, atualmente, o foco é o docente, para que ele esteja cada vez mais empoderado e instrumentalizado para uma intervenção de excelência junto ao alunado. Assim, ao se conscientizar de sua , encontra um sentido cada vez mais expressivo no seu fazeridentidade profissional pedagógico. Esse aprimoramento também engloba a ponderação e o conhecimento sobre o desenvolvimento humano, as teorias que amparam sua prática, possibilitando que ele possa trilhar com mais segurança o percurso de escolarização de seus estudantes, poupando os exagerados encaminhamentos aos profissionais de psicopedagogia. Além das questões intrínsecas das relações intraescolares, há algumas tarefas que se podem realizar junto aos estudantes, como desenvolver trabalhos de orientação vocacional e profissional com os alunos; ações preventivas apoiadas pelo corpo educacional como um todo no que se refere ao uso de drogas, sexualidade, ética, , agressividade etc. bullying Existe também o espaço para ampliar ações para aproximação das famílias, incentivar a participação de toda equipe da escola na construção de seu Projeto Político Pedagógico e empreender programas contínuos para melhoria das relações grupais, de modo que todos da equipe realizem suas ações em sintonia. Concluindo, mas não encerrando as reflexões, a psicologia escolar precisa focar na promoção da prevenção de entre as relações educacionais, promovendo o desenvolvimento de todos os atores presentes intra econflitos extramuros escolares. - -11 2 O psicólogo clínico e os problemas de aprendizagem Se compreendermos a aprendizagem como um processo permanente de relacionamento com o mundo, o psicólogo clínico a todo instante se depara com aprendizagens com aspectos significativos deturpados. Assim, precisamos questionar: “Qual é o momento queo psicólogo clínico não está intimamente relacionado com a aprendizagem?”. - -12 2.1 Psicologia clínica A psicologia é uma ciência que pode ter sua atuação em diversas esferas da vida do ser humano e dentre muitas a psicologia clínica é uma das alternativas e a mais conhecida. De forma mais específica, a psicologia clínica se remete ao estudo de transtornos mentais e suas manifestações psíquicas, quando se incluem ao mesmo tempo a prevenção, a psicoterapia, o aconselhamento, as avaliações, os encaminhamentos e outras intervenções. Na clínica, o sujeito encontra alguém para compreendê-lo em sua singularidade e o psicólogo proporciona a mediação entre a fala do sujeito e si mesmo. Nesse contexto, fazem parte de forma expressiva e participante do processo a escuta, a subjetividade, o O amplo número desofrimento psíquico, a aceitação incondicional e o comportamento propriamente dito. posturas metodológicas frente ao objeto de estudo, a , carrega o delicado manejo de técnicasmente humana para a promoção da saúde. Fora as diferentes teorias, as demandas também são extensas advindas de crianças, adolescentes, adultos, idosos, sempre com vistas a cooperar na recuperação do sujeito em sofrimento psíquico, na reorganização de seu , de sua saúde.bem-estar biopsicossocial Entendemos que a psicologia clínica se distingue das demais áreas psicológicas muito mais por uma maneira de pensar e atuar, do que pelos problemas que trata. O comportamento, a personalidade, as normas de ação e seus desvios, as relações interpessoais, os processos grupais, evolutivos e de aprendizagem, são objeto de estudo não só de muitos campos da psicologia como também das ciências humanas em geral. (MACEDO, 1984, p. 8) Historicamente, para Moreira (2007), a tem suas origens no modelo médico, queclínica em psicologia analisava e compreendia para, em seguida, intervir ou melhor, remediar, tratar, curar. Versava-se, portanto, em torno de uma e ainda bem distante dos aspectos sociais.prática higienista Segundo Teixeira (2007), a concepção clássica e inicial da psicologia clínica seria uma disciplina que tinha como preocupação a do indivíduo e o psicodiagnóstico, a terapia individual ou grupal operariaadequação psicológica no consultório particular sob o enfoque nos processos psicológicos e centrado numa relação dual na qual o indivíduo seria percebido como alguém a-histórico e abstrato. Era um momento em que havia uma ênfase em rotular e apontar algum tipo de para o sujeito. Dessapatologia forma, a história de vida, a escuta sensível e outras técnicas não eram utilizadas. - -13 Na atualidade, percebemos uma psicologia clínica envolvida com a compreensão dos ,desequilíbrios do homem da necessidade do seu bem-estar, excluindo uma patologização, embasando-se em um acolhimento e uma escuta ativa e aberta para melhorar os sofrimentos emocionais por meio de um processo psicoterápico. Cabe ressaltar que qualquer psicoterapia é um processo de e, para tal, pode-se buscar independente deautoconhecimento haver um estado de dor. O trabalho central desse profissional é esclarecer aquilo que realmente caracteriza o ser psicológico. Nesse quesito, ter um bom embasamento teórico-clínico é imprescindível para dar significado ao que é observado, bem como métodos estratégicos para conduzir o processo terapêutico com ética e ajudar na resolução dos .problemas Para serem desenvolvidas com seriedade, as profissões contam com códigos de ética que orientam as condutas profissionais. A psicologia, a partir de seu órgão de classe, o Conselho Federal de Psicologia e suas instâncias estaduais, tem em sua legislação o Código de Ética do Psicólogo, que pode ser encontro no site do Conselho Federal de Psicologia. Fique de olho - -14 2.2 Psicologia e os problemas de aprendizagem Se já obtemos o conhecimento de que a psicologia acolhe o indivíduo com sua dor emocional, qualquer dificuldade que se apresente, haverá o espaço psicoterápico para seu alívio. Dessa maneira, os problemas com a aprendizagem acarretam e vice-versa. São muitas as situações emocionais eproblemas emocionais comportamentais que se revelam como dificuldades na escola e se formalizam no insucesso escolar. Muitas observações podem ser feitas sob esse aspecto. Não são transparentes as origens de fracassos escolares em determinadas crianças que, por exemplo, apresentam resistências e bloqueios por medo e ansiedade frente ao processo ensino-aprendizagem. Eles podem ter sua origem nas próprias condições de vida de seu desenvolvimento, na sua estruturação pessoal de carências afetivas ou, até mesmo, por conta de suas fantasias ameaçadoras, características da vida mental da criança. Como a escola, com seus agentes educacionais, e a família não entendem a razão desses entraves na aprendizagem, múltiplos encaminhamentos são realizados para a avaliação psicológica da criança. Essa atitude acaba por não fornecer dados suficientes para avaliar os aspectos cognitivos e o funcionamento geral do estudante, pois a intenção primeira é de os adultos se excluírem da responsabilidade quanto a esse “distúrbio”. Assim, podem dizer que existe um problema e que é com a criança. Na verdade, o que se detecta em muitas situações é o aspecto cognitivo estar íntegro, mas o emocional nem tanto. No geral, não são as brechas cognitivas que se encontram comprometidas, e sim uma lacuna de que impede a disponibilidade plena da criança para aprender e conhecersegurança e bem-estar emocional coisas novas. Afinal de contas, qual criança não tem em si o perfil da curiosidade? Essa falta de vontade revela que a criança se encontra preenchida com algo que as perturbam e, assim, não existe espaço interno para nada além do que já vive em seu interior. Quem identifica e “denuncia” essas alterações é o professor que, em seguida, comunica aos responsáveis e, por não saberem como tratar desses distúrbios, buscam em conjunto o profissional habilitado para cuidar desses comportamentos inadequados, o . psicólogo clínico O profissional em questão irá realizar uma avaliação cognitiva e emocional da criança para que tenha subsídios para definir a melhor conduta e a necessidade ou não do acompanhamento psicoterápico. O que a realidade mostra é que, em sua maioria, a necessidade existe e ainda pode se realizar uma intervenção multidisciplinar. Quando a família se mostra receptiva e com prontidão para solucionar esse conflito expresso por dificuldades escolares, o desbloqueio do problema emocional ocorre do modo mais rápido e eficaz. Ainda assim, culpabilizar os pais ou a escola só trará prejuízo ao tratamento e tudo que prejudique essa solução, o que deve ser evitado, pois estamos frente a uma criança que se encontra em sofrimento. - -15 Na medida em que a criança não tem seus recursos cognitivos completamente maduros, alguns comportamentos devem ser encarados como uma forma de pedir , e não como atos indisciplinados. Podemos realçar algunsajuda como agressividade, apatia, inquietude, que precisa ser diferenciada de um quadro de hiperatividade, e outros. Essa é a maneira que a criança demonstra que algo a incomoda e, em especial, a agressividade demonstra a incapacidade de compreender o tempo, traçar estratégias de negociação, pouco vocabulário e muita concretude no seu mundo infantil. Quanto mais cedo a intervenção ocorrer, mais fácil será desfazer o bloqueio existente e quanto mais tarde, mais solidificado este estará e mais complexo será o tratamento. Além disso, pode ser nesse momento que outros quadros mais comprometedores poderão ser identificados, tais como , hiperatividade eSíndrome de Asperger outras comorbidades. Mesmo que esses diagnósticos surjam, é importante a busca de uma segunda opinião, pois é comum rotular as crianças inserindo em grupos que podem não corresponder à realidade. Ao contrário do início histórico da psicologia clínica, não é cabível patologizar uma criança e tratá-la pelo viés de sua “doença”. Finalizando, seja identificadoou não enquadramento em dificuldades específicas de aprendizagem, o psicólogo clínico tem o papel de entre os desconfortos emocionais e o bem-estar e a saúde de seu paciente, sejamediador esse criança ou adulto. Assista aí https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2 /29507e85f283952623304f1e9d874db8 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/29507e85f283952623304f1e9d874db8 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/29507e85f283952623304f1e9d874db8 - -16 3 Psicopedagogia A psicopedagogia é uma atuação profissional que requer seus próprios pressupostos teóricos e poderemos analisar não somente como uma possibilidade de atendimentos específicos de .dificuldades de aprendizagem A dificuldade de aprendizagem não é específica da escola. O processo educacional, na verdade, denuncia a que determinada disciplina exige. Por exemplo, se o estudante apresenta dificuldades emcapacidade cognitiva Geografia, será que a lacuna não estaria na carência de uma boa noção espacial? Pense nisso. - -17 3.1 O que é psicopedagogia? A princípio, podemos compreender a psicopedagogia como uma área da psicologia aplicada à pedagogia, mas não é isso que reflete a real função dessa área de conhecimento. Ao lembrarmos a entrada da psicologia na , identificamos a questão da atuação diagnóstica e de atendimento voltado para o aluno como um modeloescola clínico médico. Dessa feita, a Psicopedagogia emerge da necessidade de cooperar para a complexa questão dos problemas de e com as diversas interferências para esses obstáculos da aprendizagem, sejam de ordemaprendizagem biológica, cognitiva, emocional, social e, ainda, pedagógica. Não se pode reduzir a psicopedagogia como simples aplicação da psicologia à pedagogia. Essa seria uma tentativa de explicar o fracasso escolar por outros vieses e não somente pela psicologia e/ou pedagogia. Revendo a história, com a postura positivista dos anos 70, a foi utilizadadisfunção cerebral mínima (DCM) para rotular os estudantes com as mais distintas dificuldades e que não se enquadravam no sistema regular de ensino. Mostrando mais uma tendência de padronizar os indivíduos e excluir os que não dispunham das capacidades de confirmar as estratégias educacionais utilizadas. Como resultado, os aspectos orgânicos foram enfatizados para excluir o espaço de ordem psicológica e pedagógica. Num primeiro momento, a Psicopedagogia esteve, sim, focada no desenvolvimento de metodologias que atendessem aos portadores de dificuldades, para sua reeducação e a promoção do desaparecimento do .sintoma De acordo com Neves (apud BOSSA, 2007, p. 20), a Psicopedagogia, em seu início, foi empregada como uma tentativa que apontava a intersecção das áreas da psicologia e da pedagogia. Dentro dessa conotação adjetiva da psicopedagogia, alguns autores, principalmente pertencentes ao campo pedagógico, no final da década de 1970 e início da década de 1980, no Brasil, chamaram de atitude psicopedagógica o que em verdade era um psicologismo radical. Por isso, tratavam de denunciar a formação dos professores por eles cognominada de psicopedagógica. (NEVES, 1992 apud BOSSA, 2007, p. 20) Só nos anos 80 que a Psicopedagogia adotou uma conotação substantiva, conceitual, trazendo junto ao próprio nome essa , que se desdobra na prática.dualidade - -18 É concreta a relação da psicopedagogia com problemas de aprendizagem, mas atualmente amplia-se o acolhimento dos que não aprendem, mas também dos que aprendem. Essa inclusão deve-se à compreensão do fortalecimento do vínculo com a aprendizagem em si e da proposta de melhoria da qualidade de ensino. - -19 3.2 História e dificuldades de aprendizagem Sendo os processos de aprendizagem um objeto significativo da psicopedagogia, cabe caracterizar o termo “dificuldades de aprendizagem” por meio dos tempos. Começando pelos , conforme Bossaséculos XVIII e XIX (2007), as primeiras ações para tratar de crianças com dificuldades de aprendizagem ocorreram na França e eram realizadas por profissionais da Medicina, Psicologia, Psicanálise e Pedagogia. O atendimento a essa demanda revela educadores que até hoje mantêm sua significativa colaboração no processo de inclusão e de aprendizagem. É nesse período que surgem trabalhos como o de Pestalozzi, Claparède e outros pioneiros. Foram pesquisadores que tinham como linha de trabalho o atendimento aos problemas de aprendizagem atrelados às deficiências e com deficiências mentais existentes nesse procedimento.sensoriais Esses pioneiros também instituíram as para acolhimento dessas crianças com“primeiras classes especiais” retardo mental, inicialmente. Empreendimento que reforçava a concepção orgânica dos problemas de aprendizagem. Com a inserção de novos teóricos e novas propostas acerca do desenvolvimento do ser humano, alterou-se o conceito de , que basicamente era a doença mental. Iniciava-se um modelo mais moderno em queanormalidade a criança passa a ser analisada levando em conta seu ambiente familiar para buscar as causas para os problemas ou desajustes infantis. Foi um passo, mas ainda estavam no estudante as explicações para o fracasso escolar. A França teve uma vasta proliferação do interesse nessas crianças e em 1930 surge o Centro de Orientação , formado por uma equipe de médicos, educadores, psicólogos e assistentes sociais. E maisEducacional Infantil uma vez na França, funda-se o primeiro Centro Psicopedagógico com direção médica e pedagógica em 1946, por Boutonier e George Mauco. Tanto um Centro quanto o outro tentava vincular o conhecimento da Psicologia, da Psicanálise e da Pedagogia com o objetivo de consideradas portadoras de distúrbios, para que suas dificuldadesreeducação das crianças Fique de olho Para entender o cenário da época, existem dois filmes interessantes para assistirem observando as intenções do acolhimento de crianças com deficiências. Um é Para Sempre , de 1989, e o documentário sobre a educação funcional no filme ,Pestalozzi Édouard Claparède de 2011. - -20 fossem sanadas, colaborando para reinseri-las na escola e nos lares. Como a abordagem inicial era orgânica, as preocupações eram com as deficiências sensoriais (deficiência visual, auditiva, motora) e somente posteriormente a investigação se volta em diferenciar as dificuldades dos distúrbios. A história e suas modificações no conceito de deficiência encontram na um grande campo deArgentina pesquisas. A Argentina, então, até mesmo por proximidade geográfica, influencia diretamente o desenvolvimento da psicopedagogia no Brasil, fornecendo grandes autores estudiosos da aprendizagem, como: Sara Pain, Alícia Fernandez e Jorge Visca. Todos com muita representatividade até os dias atuais. Apesar de ser uma graduação surgida em Buenos Aires, Fernández (apud BOSSA, 2007, p. 42) afirma que a prática, a atividade psicopedagógica iniciou bem antes dos cursos de graduação. É importante realçar que o psicopedagogo precisa ser um investigador em qualquer nível de sua atuação, seja institucional ou clínico, visto que sua missão é estudar e propor estratégias de melhoria nas falhas no processo de aprendizagem. Nessa premissa, existe o caráter terapêutico e preventivo dentro desse plano e trabalho. Alicia Fernandez e Carmen Alicia Montti (apud BOSSA, 2007), assim, apresentam a Psicopedagogia como um conhecimento entre a educação e a saúde e as mudanças, quanto ao ponto de vista, atravessam de uma reduzida proposta reeducativa para a prevençãoefetiva dos problemas de aprendizagem. No Brasil, estudos anteriores realizados com crianças, com o surgimento do termo , equivalência do“dislexia” termo DCM com dificuldades de aprendizagens e outros, foram difundidos no nosso país, mas sob a ótica médica, psicológica, fonoaudiológica e pedagógica e, finalmente, alcançaram os veículos de comunicação e, consequentemente, a população leiga. Os neurologistas aoperceberem que as medicações não surtiam efeitos satisfatórios, buscaram por exames mais elaborados e, assim, a correlação de disfunção cerebral mínima e as dificuldades de aprendizagem precisavam ser revistas, era uma . problemática interdisciplinar Com esse movimento, fundaram-se, na década de 70, os primeiros cursos de especialização em Psicopedagogia, como de complemento da formação de Pedagogos e Psicólogos, que se encontravam em sintonia com os problemas de aprendizagem. Fique de olho Assim como muitos profissionais, o psicopedagogo também possui seu código de ética, que pode ser acessado pelo site da Associação Brasileira de Psicopedagogia. - -21 Antes dos cursos, grupos de estudos eram realizados e outros debates tendo as teorias inovadoras da Argentina como base. Esse país forneceu muitos modelos para o Brasil, tal como o Centro Médico de Pesquisas de Bueno . Fundamentados nele, alguns profissionais criaram em Porto Alegre o Centro de Estudos Médicos eAires Psicopedagógicos. Vários cursos foram formados e, em 1976, foram desenvolvidas na Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul duas especializações: na área de deficiências específicas da aprendizagem e na área dos excepcionais (deficiências mental, auditiva e visual). No entanto, por questões estruturais quanto aos profissionais e estágios, o prosseguimento do projeto foi interrompido. Profissionais como Dr. Nilo Fichtner, as psicopedagogas Sônia Fonseca, Sônia Lewis e Cibele Fagundes são profissionais importantes na implantação da psicopedagogia no Brasil. A saga continuava e encontros de psicopedagogos originaram a Associação Brasileira de Psicopedagogia do Rio Grande do Sul, que mais tarde deu origem à atual Associação Brasileira de(ABPp) Psicopedagogia. Todo esse trajeto demonstra que a psicopedagogia não é um saber “singular e acabado”, mas um saber a ser permanentemente ampliado e que se estabelece a partir da sua própria eficiência enquanto práxis característica dela. 3.3 O trabalho psicopedagógico Assista aí https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2 /e201caa0a93d53854cdd37a5cbf02f41 A Psicopedagogia ainda é uma práxis, ou melhor, uma prática fundamentada em referenciais teóricos. Seu trabalho pode ser desenvolvido de forma institucional ou clínica e independente do cenário onde ocorre, sua abordagem é sempre com um , pois o profissional “olhar clínico” busca compreender o significado de cada particularidade do caso que esteja a sua frente. Outro olhar necessário para a prática psicopedagógica é o da sempre ao trilhar caminhos, a partir daprevenção empatia, que os sujeitos envolvidos também possam percorrer. Ao falarmos de uma psicopedagogia institucional, apresentamos um profissional que atua na instituição como um todo, ou seja, se entrelaçam estratégias com todos os profissionais que nela atuam. A escola é o mais conhecido, mas outras instituições também são espaços para essa práxis, como hospitais e empresas. Sua colaboração na escola, de forma resumida, é ajudar os professores a planejar suas aulas para alcançar melhores resultados. Paralelo a essa intervenção, a atuação é mais vasta, identificando dificuldades https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/e201caa0a93d53854cdd37a5cbf02f41 https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/746b3e163a5a5f89a10a96408c5d22c2/e201caa0a93d53854cdd37a5cbf02f41 - -22 dos sujeitos do processo ensino-aprendizagem e propondo pedagógicas planos com preventivas eperformances /ou terapêuticas. Não devemos nos esquecer de que a é um misto da escola, família e sociedade e isso significaaprendizagem que, ao se trabalhar na escola, o psicopedagogo precisa considerar questões metodológicas, relacionais e socioculturais de quem aprende, de quem ensina ou de qualquer um que esteja envolvido com a aprendizagem. Tal postura se repete em outras instituições. Ambiente hospitalar Em hospitais, o profissional poderá desenvolver estratégias de aprendizagem com crianças hospitalizadas e poderá também estar mais próximo da equipe multidisciplinar dessa instituição, trocando conhecimentos e orientando os profissionais, tais como psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e médicos na forma de se relacionarem com esses pacientes. Ambiente empresarial Apesar de não ser muito comum, é possível ter a presença de um psicopedagogo no ambiente empresarial, pois poderá contribuir com a melhoria das relações existentes. Além disso, pode oferecer, de forma mais ampla, treinamentos, mirando no potencial de cada um, fortalecendo o uso das múltiplas inteligências. Ambiente clínico Quanto ao trabalho clínico, se caracteriza por um espaço físico, fixo para sanar problemas e costuma ser realizado de forma individual. Nesse panorama, sua função é oportunizar ao seu cliente a recuperação de sua capacidade de aprender. Essa função pode ser dividida em duas partes: anamnese e intervenção psicopedagógica. A é umaanamnese ferramenta de investigação que pode se utilizar de múltiplos recursos para se chegar ao diagnóstico e desenvolver um plano de ação para a intervenção propriamente dita. É uma busca pela compreensão do não aprendizado da criança, mas também a compreensão do como ela aprende, suas potencialidades e seus predicados. Ao se realizar as entrevistas com os responsáveis, várias informações são coletadas, mas a escuta sobre a dinâmica familiar é uma das melhores fontes de subsídios para a compreensão de todo osensível processo. De qualquer maneira, o foco do psicopedagogo é o em todas as esferas – atores, processo de aprendizagem relações e espaços – em que ela pode ocorrer. - -23 é isso Aí! Nesta unidade, você teve a oportunidade de: • compreender o que são dificuldades DE aprendizagem e dificuldades COM a aprendizagem; • identificar os diferentes atores do processo ensino-aprendizagem e que toda intervenção sempre precisa envolver todos; • conhecer os espaços profissionais de cada técnico enredado nos resultados da aprendizagem; • estudar mais alguns teóricos do desenvolvimento cognitivo; • relacionar a historicidade com os modelos de atendimentos clínicos e escolares. Referências ANTUNES, M. A. M. Psicologia e educação em periódicos brasileiros anteriores a 1962. 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