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Políticas Educacionais Autora: Rosângela de Oliveira Pinto Tema 05 Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN’s) seç ões Tema 05 Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN’s) Como citar este material: PINTO, Rosângela de Oliveira. Políticas Educacionais: Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN’s). Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções Tema 05 Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN’s) 5 CONTEÚDOSEHABILIDADES Conteúdo Nessa aula você estudará: • Os Parâmetros Curriculares Nacionais para a educação básica brasileira. • As Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação básica brasileira. • A proposta e principais características dos PCN’s e DCNEM’s. Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Guia prático da política educacional no Brasil: ações, planos, programas e impactos, do autor Pablo Silva Machado Bispo dos Santos, editora Cengage Learning, 2012. Roteiro de Estudo: Rosângela de Oliveira Pinto Políticas Educacionais 6 CONTEÚDOSEHABILIDADES Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN’s) Nesta aula, você estudará os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para a Educação Básica que representam uma política regulatória. Esses elementos de normatização estão baseados na Lei de Diretrizes e Bases da Educação no 9.394 de 1996, artigo nove, onde a União deve estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo a assegurar formação básica comum. Essa proposta reafirma o que a Constituição de 1988 já abordava em seu texto. Os Parâmetros Curriculares Nacionais e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Edu- cação Básica representam políticas educacionais a partir de discussões que questionavam a fragmentação do ensino que iniciaram no final da década de 1980 e durante a década de 1990. Para a educação básica, existem as Diretrizes Curriculares Nacionais consideradas como Lei e os Parâmetros Curriculares Nacionais consideradas como referências curriculares. • O que são e qual a proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais com foco no ensino fundamental? • O que são e qual a proposta das Diretrizes Curriculares Nacionais com foco no ensino médio? • Qual é o contexto em que os PCN’s e DCNEM’s são elaborados e publicados? LEITURAOBRIGATÓRIA 7 LEITURAOBRIGATÓRIA Nesta aula, será enfatizado, de acordo com Santos (2012), a estrutura e impactos político- teóricos dos PCNs para o ensino fundamental e as DCNs para o ensino médio. Os Parâmetros Curriculares Nacionais Os PCN’s para o ensino fundamental foram publicados em 1997 e de acordo com o documento introdutório, é Uma proposta flexível, a ser concretizada nas decisões regionais e locais sobre currículos e sobre programas de transformação da realidade educacional empreendidos pelas autoridades governamentais, pelas escolas e pelos professores. Não configuram, portanto, um modelo curricular homogêneo e impositivo, que se sobreporia à competência político-executiva dos Estados e Municípios, à diversidade sociocultural das diferentes regiões do País ou à autonomia de professores e equipes pedagógicas. (BRASIL, 1997, p. 13) Os PCN’s para o ensino fundamental estão divididos em volumes destinados às quatro primeiras séries do ensino fundamental e em volumes destinados às quatro séries finais do ensino fundamental. Esses documentos estão organizados em uma parte introdutória, os volumes destinados aos conteúdos específicos e os volumes destinados aos temas transversais. De acordo com Santos (2012, p. 53), alguns problemas com relação à proposta dos PCN’s existem desde a sua formulação, apresentando algumas contradições. Os PCN’s, apesar de declarar uma proposta flexível que considera a diversidade sociocultural das diferentes regiões do país e a autonomia de professores e equipes pedagógicas, desconsideram estas diversidades ao estabelecer um padrão nacional; fala-se em democracia, porém somente alguns professores de uma única escola foram convidados a participar do projeto, não sendo nem mencionado as universidades; e, fala-se de um currículo nacional, mas foi um projeto copiado, em grande parte, da Espanha. Santos (2012, p. 54) diz que há um consenso entre os educadores que os PCN’s seriam mais bem aproveitados se estivessem voltados para as necessidades locais e regionais dos professores e alunos, como por exemplo, melhores salários e formação continuada aos professores, e melhores condições das salas de aula, visando um ensino de qualidade. Uma questão importante a ser ressaltada nos PCN’s é a forma como a sua estrutura é pensada. As disciplinas comuns dos níveis escolares devem ser integradas a partir de uma 8 perspectiva interdisciplinar, na forma de temas transversais que perpassam os conteúdos das disciplinas. Porém, esta perspectiva na prática é complicada e nenhum treinamento e preparação foram oferecidos aos educadores. Outra questão importante a ser destacada é a lógica internacional presente na proposta dos PCN’s. A proposta de padronização curricular em todo o país está de acordo com a proposta feita pela Unesco na Conferência Mundial de Educação para Todos que aconteceu em 1990 na Tailândia, que é a planificação educacional em todo o mundo. As Diretrizes Curriculares Nacionais As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM’s) se estabelecem através da Resolução CEB/CES n. 03/1998. Esta Resolução é promulgada a partir da reforma do ensino médio no Brasil amparado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9.394/1996 e a Constituição Federal/1988. A Resolução CEB/CNE 03/1998 estabelece no primeiro artigo que tem como diretriz vincular a educação com o mundo do trabalho, a prática social, consolidando a preparação para o exercício da cidadania e proporcionando preparação básica para o trabalho. Essa orientação reflete a necessidade que a sociedade possui a partir da década de 1990 com a flexibilidade na organização do trabalho, a exigência de trabalhadores polivalentes capazes de desenvolver toda a sua potencialidade de aprendizagem e a necessidade do domínio dos novos códigos da modernidade. A reforma do ensino médio surge, no Brasil, portanto, como um dos itens prioritários da política educacional do governo federal, justificada pela necessidade de se adequar esse nível de ensino às mudanças postas “pela ruptura tecnológica característica da chamada terceira revolução técnico- industrial, na qual os avanços da microeletrônica têm um papel preponderante” (BRASIL, 1999, p.7), bem como pelas novas dinâmicas sociais e culturais constituídas no bojo desse processo de mudanças. (MARTINS, 2000, p. 74). As Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino médio estão estruturadas a partir de alguns princípios que são: a estética da sensibilidade, a política da igualdade e a ética da identidade. A estética da sensibilidade, de acordo com a Resolução CEB/CNE 03/1998, deverá substituir a repetição e padronização, estimulando a criatividade, o espírito inventivo, a curiosidade pelo inusitado e a afetividade. Segundo Santos (2012, p. 60), esta diretriz tem raízes nas LEITURAOBRIGATÓRIA 9 ideias de John Dewey, no sentido deque ambos propõem a curiosidade dos estudantes e o interesse pelo inusitado como elementos pedagógicos indispensáveis na ação escolar. Ainda, de acordo com Santos (2012, p. 61), as ideias de John Dewey propostas nos anos de 1950 por Anízio Teixeira e a equipe do Inep, previam a criação de escolas experimentais como núcleos de aplicação dos pressupostos pedagógicos (e filosóficos) do pragmatismo deweyano, hoje no texto das DCNEM’s não fica claro como será substituída a repetição e padronização nas ações educativas pela estética da sensibilidade. A proposta da ética da identidade, abordada na Resolução CEB/CNE 03/1998, busca superar dicotomias entre o mundo da moral e o mundo da matéria, o público e o privado, para constituir identidades sensíveis e igualitárias. Reconhecendo, desta forma, que existe, na política educacional brasileira, uma perspectiva dualista sobre estes conceitos. E, por fim, a política da igualdade descrita na Resolução CEB/CNE 03/1998 possui como ponto de partida o reconhecimento dos direitos humanos e dos deveres e direitos da cidadania. De acordo com Santos (2012, p. 63) é a proposta que mais se aproxima dos pressupostos de reconstrução individual propostos por Dewey por sinalizar fortemente a noção de democracia representativa e de democracia como sinônimo de cidadania republicana. Através das Diretrizes Curriculares Nacionais e os Parâmetros Curriculares Nacionais para a Educação Básica conceitos e perspectivas interessantes são introduzidos na Educação Básica, porém muitas contradições na aplicação destas políticas ainda são identificadas. LEITURAOBRIGATÓRIA 10 LINKSIMPORTANTES Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Acesse o site do Ministério da Educação e tenha mais informações sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação básica. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id= 293&Itemid=810>. Acesso em: 02 jan. 2014. A Secretaria da Educação Básica disponibiliza todos os documentos referentes aos PCN’s e DCN’s na aba publicações. Leia o artigo Diretrizes e Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino fundamental a partir das instâncias políticas do Estado, de Alícia Bonamino e Silvia Alícia Martínez. Revista Educação e Sociedade, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/es/v23n80/12937. pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. O artigo analisa os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para o terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental a partir de uma dupla perspectiva. Leia o artigo O ensino médio e as novas diretrizes curriculares nacionais: entre recorrências e novas inquietações, de Sabrina Moehlecke, Revista Brasileira de Educação, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v17n49/a02v17n49.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. O artigo identifica o que as novas diretrizes curriculares trazem de novo para a organização do ensino médio no Brasil. 11 LINKSIMPORTANTES Vídeos Assista ao vídeo Parâmetros Curriculares Nacionais. Disponível em: <http://www.youtube. com/watch?v=3znlSUzH2Zc>. Acesso em: 02 jan. 2014. O vídeo apresenta a proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. AGORAÉASUAVEZ Questão 1: Os PCN’s abordam a perspectiva interdisci- plinar, na forma de temas transversais que perpassam os conteúdos das disciplinas. Explique quais as principais diferenças en- tre os dois conceitos. Questão 2: Sobre os Parâmetros Curriculares Nacio- nais, pode-se considerar como verdadeiro: ( ) Documentos considerados referên- cias curriculares. ( ) Documentos considerados como Leis. ( ) São estruturadas a partir de alguns princípios que são: a estética da sensibili- dade, a política da igualdade e a ética da identidade. ( ) Proposta flexível a ser concretizada nas decisões regionais e locais sobre currí- 12 culos e sobre programas de transformação da realidade educacional. ( ) Os Parâmetros Curriculares Nacio- nais para o ensino fundamental estão or- ganizados em uma parte introdutória, os volumes destinados aos conteúdos espe- cíficos e os volumes destinados aos temas transversais. Assinale a alternativa que apresenta a se- quencia CORRETA, respectivamente: a) V – V – V – F – F. b) V – F – F – V – V. c) V – F – V – F – V. d) F – V – F – V – F. e) F – V – F – V – V. Questão 3: O documento introdutório dos Parâmetros Curriculares Nacionais define a sua pro- posta como: a) Uma proposta que desconsidera as diversidades locais e regionais. b) Uma proposta flexível, a ser concretizada nas decisões regionais e locais sobre currículos e sobre programas de transformação da realidade educacional empreendidos pelas autoridades governamentais, pelas escolas e pelos professores. c) Uma proposta de ensino fragmentada do ensino, dando continuidade à realidade dos anos de 1980. d) Uma proposta que busca superar dicotomias entre o mundo da moral e o mundo da matéria, o público e o privado, para constituir identidades sensíveis e igualitárias. e) Uma proposta que parte de alguns princípios que são: a estética da sensibilidade, a política da igualdade e a ética da identidade. Questão 4: Com relação às Diretrizes Curriculares Na- cionais para o Ensino Médio (DCNEM’s) é correto afirmar que: I. As DCNEM’s se estabelecem através da Resolução CEB/CES nº 03/1998. II. As DCNEM’s são dedicadas apenas ao ensino fundamental. III. As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica representam políticas educacionais a partir de dis- cussões que questionavam a interdis- ciplinaridade. IV. Estão estruturadas a partir de alguns princípios que são: a estética da sen- sibilidade, a política da igualdade e a ética da identidade. AGORAÉASUAVEZ 13 AGORAÉASUAVEZ V. As Diretrizes Curriculares Nacionais são consideradas como Lei. Estão CORRETAS somente as afirmações: a) II, III, IV. b) I, III, V. c) I, IV, V. d) II, III, V. e) II, IV, V. Questão 5: O que a Resolução CEB/CNE 03/1998 es- tabelece no seu primeiro artigo: a) A organização curricular de cada esco- la. b) Os princípios sobre os quais as DCNEM’s estão estruturadas. c) As propostas pedagógicas das esco- las e os currículos constantes dessas pro- postas. d) A organização das áreas do conheci- mento dos currículos do ensino médio. e) A vinculação da educação com o mun- do do trabalho, a prática social, consoli- dando a preparação para o exercício da cidadania e proporcionando preparação básica para o trabalho. Questão 6: As Diretrizes Curriculares Nacionais do En- sino Médio estão estruturadas a partir de três princípios, sendo um deles a política da igualdade. Explique qual é a proposta desse princípio. Questão 7: Descreva em quais aspectos as ideias de John Dewey se aproximam dos princípios em que as Diretrizes Curriculares Nacio- nais do Ensino Médio estão estruturadas (política da igualdade, ética da identidade e ética da sensibilidade). Questão 8: Descreva duas contradições que os Parâ- metros Curriculares Nacionais para o ensi- no fundamental apontam. Questão 9: Relate alguns fatores do contexto sócio, econômico e político em que os Parâme- tros Curriculares Nacionais e as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio são discutidas, elaboradas e aprovadas. Questão10: A Resolução CEB nº 3/1998 institui as Dire- trizes Curriculares Nacionais para o Ensino 14 AGORAÉASUAVEZ Médio e estabelece no primeiro artigo que tem como diretriz vincular a educação com o mundo do trabalho, a prática social, con- solidando a preparação para o exercício da cidadania e proporcionando preparação básica para o trabalho. Explique o que esta orientação reflete no Ensino Médio. Neste tema, você aprendeu sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais e as Diretrizes Curriculares Nacionais como políticas a partir da proposta dos currículos e seus conteúdos mínimos que consta na LDB 9394/1996. Compreendeu também a proposta dos PCN’s com foco no ensino fundamental e das DCN’s com foco no ensino médio. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! FINALIZANDO 15 BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais, 1997 Disponível em <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. BRASIL. RESOLUÇÃO CEB Nº 3, DE 26 DE JUNHO DE 1998. Disponível em <http:// portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rceb03_98.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. MARTINS. A. M. Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino médio: avaliação de documentos. Cadernos de Pesquisa, n. 109, p. 67-87, março de 2000. SANTOS, P. S. M. B. dos. Guia prático da política educacional no Brasil: ações, planos, programas e impactos. São Paulo: Cengage Learning, 2012. REFERÊNCIAS Parâmetros: se refere a uma característica que possibilita comparar algo. Diretrizes: se refere a um plano, um caminho, uma direção. Interdisciplinar: se refere a unificação do conhecimento, integração teórica e prática numa perspectiva da totalidade. Transdiciplinar: envolve valores, os olhares para a realidade e o pluralismo de ideias que atravessam o currículo. Pragmatismo: se refere a uma doutrina filosófica que possui o valor prático como critério de verdade. GLOSSÁRIO 16 Questão 1 Resposta: Interdisciplinaridade – envolve integração teórica e prática numa perspectiva da totalidade e as disciplinas interagem entre si em distintas conexões. Temas Transversais: envolve valores, olhares para a realidade, pluralismo de ideias e não há fronteiras entre áreas do conhecimento. Questão 2 Resposta: Letra B. Questão 3 Resposta: Letra B. Questão 4 Resposta: Letra C. Questão 5 Resposta: Letra E. Questão 6 Resposta: Este princípio possui como ponto de partida o reconhecimento dos direitos humanos e dos deveres e direitos da cidadania. Questão 7 Resposta: As proximidades das ideias de Dewey e os princípios das DCNEM’s são: ambos propõem a curiosidade dos estudantes e o interesse pelo inusitado como elementos pedagógicos indispensáveis na ação escolar e a noção de democracia representativa e de democracia como sinônimo de cidadania republicana. GABARITO 17 GABARITO Questão 8 Resposta: Os PCN’s apesar de declarar uma proposta flexível que considera a diversidade sociocultural das diferentes regiões do país e a autonomia de professores e equipes pedagógicas, desconsideram estas diversidades ao estabelecer um padrão nacional; fala-se em democracia, porém somente alguns professores de uma única escola foram convidados a participar do projeto, não sendo nem mencionado as universidades; e, fala-se de um currículo nacional, mas foi um projeto copiado, em grande parte, da Espanha. Questão 9 Resposta: Os Parâmetros Curriculares Nacionais e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica representam políticas educacionais a partir de discussões que questionavam a fragmentação do ensino que iniciaram no final da década de 1980 e durante a década de 1990. Neste período o Brasil vivia um período de redemocratização do país e promulgação da Constituição Federal de 1988 e as discussões para a LDB 9.394/1996. A proposta de padronização curricular em todo o país que consta na LDB está de acordo com a proposta feita pela Unesco na Conferência Mundial de Educação para Todos que aconteceu em 1990 na Tailândia, que é a planificação educacional em todo o mundo. Questão 10 Resposta: A necessidade de uma reforma do Ensino Médio que prepare um profissional polivalente capaz de desenvolver toda a sua potencialidade de aprendizagem e a necessidade do domínio dos novos códigos da modernidade; necessidade de adequar esse nível de ensino às mudanças postas “pela ruptura tecnológica característica da chamada terceira revolução técnico-industrial, na qual os avanços da microeletrônica têm um papel preponderante”, bem como pelas novas dinâmicas sociais e culturais constituídas no bojo desse processo de mudanças.