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Resenha Crítica Fisioterapia na Saúde da Mulher

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
 
 
GISELLE FERREIRA DE AZEVEDO 
 
 
 
 
 
 
ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA UROGINECOLOGIA: TRATAMENTO DE 
MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ 
2020 
 
 
 
 
 
GISELLE FERREIRA DE AZEVEDO 
 
 
 
 
 
 
ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA UROGINECOLOGIA: TRATAMENTO DE 
MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO 
 
 
 
 
 
Resenha crítica apresentada à Universidade 
Estácio de Sá, como requisito para a graduação de 
Fisioterapia, sobre a abordagem fisioterapêutica na 
uroginecologia. 
 
Orientador(a): Thaís do Prado Pessanha Passos 
 
 
 
 
 
CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ 
2020 
 
 
 
 
 
ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA UROGINECOLOGIA: TRATAMENTO DE 
MULHERES COM INCONTINÊNCIA URINÁRIA DE ESFORÇO 
 
Giselle Ferreira de Azevedo 
Universidade Estácio de Sá 
giselleferreira27@yahoo.com 
 
 
SCHIMITH, FERNANDA. Abordagem fisioterapêutica no tratamento de mulheres com 
incontinência urinária de esforço. Ariquemes, RO: FAEMA, 2017. 36 páginas. 
 
 
A incontinência urinária é uma perda involuntária de urina pela uretra que ocasiona um 
problema social e higiênico, na qual modifica a qualidade de vida da pessoa, trazendo 
implicações sociais, levando a perda da autoconfiança, redução da auto estima, isolamento 
social, frustrações psicossociais, atingindo as questões sexuais, intervindo então, como já 
dito, na qualidade de vida. É um problema considerado comum, onde afetam mulheres de 
idades diversas. Segundo Caetano, a prevalência da incontinência urinária é 
significativamente maior em mulheres, fisicamente ativas e atletas de alto rendimento, por 
conta do grande esforço realizado durante o treinamento físico. Existem outros fatores que 
predispõe para ocasionar a incontinência urinária, prejudicando os músculos responsáveis 
pela continência na mulher, como o período gestacional e durante o parto. Com os distúrbios 
urinários detectados se torna necessário uma verificação clínica mais profunda para que se 
caracterize o diagnóstico correto. 
Existem diversos tipos de testes para investigar se há presença de incontinência urinária, 
como o de Padtest, que é um procedimento não invasivo, não oneroso, rápido e de fácil 
aplicação e extremamente eficaz, medindo os parâmetros, que são qualificados como até 1 
grama perda normal, 2 a 10 gramas caracterizado como perda leve e de 10 a 50 gramas como 
incontinência de maior gravidade. O mais frequente é a perda de urina pela uretra, quando a 
pressão vesical ultrapassa a uretral, na falta da atividade do músculo detrusor acompanhado 
do esforço físico, na qual acontece em casos que possui aumento da pressão intra-abdominal, 
como no exercício físico, tosse ou espirro. O diário miccional do paciente é importante para 
investigação e direcionamento do tratamento, pois existem vários diagnósticos, ocorrem 
casos em que o assoalho pélvico possui musculatura fraca, outro fator são as alterações 
posturais como anteroversão ou retroversão pélvica, entre outros que acabam agravando os 
sintomas da incontinência urinária de esforço. 
Arnold Kegel, médico ginecologista, foi o pioneiro ao utilizar exercícios na musculatura do 
assoalho pélvico feminino para o tratamento de incontinência urinária. Vamos enfatizar que 
para alcançar resultados é preciso saber a função do assoalho pélvico para trabalhar essa 
musculatura, antes de começar os procedimentos fisioterapêuticos é importante apresentar a 
paciente um programa de educação e conscientização corporal. 
 
mailto:giselleferreira27@yahoo.com
Agora, um questionamento importante: Por que o acompanhamento de um fisioterapeuta é 
indispensável no tratamento de uma incontinência urinária? Simples! Pois algumas mulheres 
não conseguem efetivar a contração apenas por comendo verbal exatamente por não terem 
consciência corporal, e como o fisioterapeuta tem conhecimento sob o assoalho pélvico, se 
torna indispensável. Atualmente existem várias modalidades fisioterapêuticas que podem 
auxiliar na melhora da funcionalidade da musculatura do assoalho pélvico, entre elas, a 
eletroestimulação, cinesioterapia, cones vaginais, biofeedback, reeducação comportamental. 
Vamos relembrar um pouco a anatomia do assoalho pélvico, que é constituído das estruturas 
que estão contidas entre a vulva e o peritônio, sendo bexiga, uretra e músculos do assoalho 
pélvico, incluindo o diafragma pélvico. Sendo assim, podemos concordar que o assoalho 
pélvico é o conjunto de partes moles que cerram a pelve e dão sustentação as víceras em 
posição vertical, sendo o músculo elevador do ânus, e o principal responsável pela continência 
urinária na mulher. 
Segundo Oliveira; Rodrigues; Paula, a incontinência urinária de esforço pode ser classificada 
em 3 tipos: 
• Tipo 1 – Perda urinária discreta, que se manifesta com a pessoa em posição ortostática 
quando faz muito esforço. 
• Tipo 2 - Perda urinária moderada, que é quando a uretra e a bexiga estão caídas, e 
ocorre quando a paciente faz esforço em pé. 
• Tipo 3 – Perda urinária severa, que é quando a bexiga e a uretra perdem a capacidade 
de contração, a pessoa perde urina em qualquer situação, mesmo ao esforço mínimo. 
 
Entre os vários tratamentos para a incontinência urinária, nos achados de Pereira et al., (2012) 
os autores ressaltam que o fortalecimento do assoalho pélvico é o procedimento mais eficaz, 
a terapêutica conservadora proporciona à mulher uma abordagem menos invasiva, não 
onerosa, aliviando o vasto desconforto. Os procedimentos mais conhecidos para a prevenção 
e tratamento da incontinência são os que foram criados e difundidos pelo já citado, Dr. Arnold 
Kegel, o ginecologista usou a cinesioterapia pela 1ª vez na atividade de fortalecimento dos 
músculos do assoalho pélvico, visando a melhora da força e função da musculatura, 
favorecendo o mecanismo da continência urinária. Observamos, que deste modo, a 
fisioterapia do assoalho pélvico tem o intuito de se dispor a evolução da musculatura do 
mesmo, realizando diversas técnicas importantes. Vamos falar sobre tais técnicas e seus 
principais objetivos: 
• Cinesioterapia: Tem como objetivo exercitar a musculatura do assoalho pélvico, 
visando o fortalecimento, sendo baseada em movimentos voluntários repetidos 
diversas vezes, proporcionando um aumento de força muscular. Fornecendo uma 
maior nutrição, melhorando a manutenção do tônus e trofismo muscular, por conta do 
aumento da irrigação na musculatura estriada esquelética do assoalho pélvico. 
• Biofeedback: É um aparelho que faz o monitoramento, através de sinais sonoros e 
visuais, quais os grupos musculares estão sendo trabalhados de forma a potencializar 
os exercícios do assoalho pélvico, este aparelho monitora eventos fisiológicos que a 
paciente é incapaz de apontar por si só. É realizado para obter o reconhecimento da 
musculatura esquelética abarcada no relaxamento e na contração uretral e da 
musculatura indireta envolvida no momento da micção. 
• Cones vaginais: São pesos que podem ser de 20 g a 70 g e permitem medir a força 
perineal com apoio do peso utilizado e a resistência durante o tempo que o peso é 
conservado na luz da vagina, podendo ainda averiguar se a paciente perde o cone no 
momento da realização de determinadas atividades que exija esforço. É um recurso 
auxiliar para o fortalecimento da musculatura em que estejam realizando exercícios 
pélvicos. 
• Eletroestimulação: É realizado por meio de eletroestimuladores intravaginais 
pequenos e práticos, a estimulação transvaginal é a frequência de corrente empregada 
que coíbe o músculo detrusor, diminuindo o número de micções e consequentemente 
o aumento da capacidade vesical, podendo estabelecer o aumento da força na 
contração do músculo elevador do ânus e do comprimento funcional da uretra. 
• Reeducação comportamental: São instruçõesminuciosas sobre informações básicas 
da anatomia e fisiologia urinária para adaptar estratégias de urge-inibições 
programadas, micções programadas, ajustes hídricos, alimentares, e assim, fazer a 
correção dos fatores agravantes. Como o diário miccional que auxilia no 
restabelecimento do ritmo miccional, onde a paciente é orientada a anotar o número 
de episódios de perda de urina, quantidade de líquido ingerido, se perdeu urina ao 
realizar algum esforço físico, volume de urina e número de micções ocorridas. 
 
Sendo assim, a atuação fisioterapêutica na incontinência urinária de esforço possui o objetivo 
de fortalecer o assoalho pélvico, melhorando a força de contração das fibras musculares, 
promovendo também a reeducação da musculatura do assoalho pélvico através da utilização 
de diversos recursos, citados a cima. 
Então, concluímos que a incontinência urinária de esforço é uma disfunção grave, porém com 
amplas opções de tratamento, com a abordagem fisioterapêutica sendo um dos principais 
métodos mais eficazes, podemos assim concordar que a fisioterapia possui um papel 
fundamental na prevenção, reabilitação e melhora da qualidade de vida do paciente, levando 
a cura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
• http://repositorio.faema.edu.br:8000/jspui/handle/123456789/1229 
• http://repositorio.faema.edu.br/bitstream/123456789/1229/1/SCHOMITH%2c%20F%
20%20ABORDAGEM%20FISIOTERAP%c3%8aUTICA%20DE%20MULHERES%20
COM%20INCINTIN%c3%8aNCIA%20URIN%c3%81RIA%20DE%20ESFOR%c3%87
O.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://repositorio.faema.edu.br:8000/jspui/handle/123456789/1229

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