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Respiratória 1 - Semiologia Respiratória

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Respiratória 1 – Semiologia Respiratória
Conceito: 
Entrevista com o paciente que tem como objetivo colher 
informações acerca do mesmo, estabelecer relação de 
confiança e apoio, além de fornecer informações e 
orientações. 
Anamnese: Identificação 
 Dados pessoais (nome, idade, sexo, profissão, 
ocupação, raça, naturalidade, etc.) 
 Queixa principal (QP): Motivo pelo qual procura o 
serviço. 
 História da doença atual (HDA): Relato claro e 
cronológico do ocorrido. (Localização, qualidade, 
intensidade, início, duração e frequência, 
situações em que aparecer, se agravam ou se 
atenuam, sintomas associados). 
 História patológica pregressa (HPP): 
Acontecimentos prévios importantes para o 
diagnóstico e o tratamento da moléstia atual. 
(presença de outras doenças; traumatismos, 
cirurgias e internações prévias; alergias e 
imunizações; medicações em uso, etc. 
 História familiar (HF): Hereditariedade; dados 
adicionais dos familiares. 
Sinais e Sintomas 
 Dispneia 
 Chiadeira ou Sibilo 
 Hemoptise 
 Tosse 
 Dor torácica 
 Cianose 
 Expectoração, etc. 
Estes são os sinais e sintomas comuns em 
doenças respiratórias. Na maioria das vezes, 
apresenta todos os sinais e sintomas numa 
mesma doença. 
 
 
Dispneia 
É a sensação subjetiva de desconforto respiratório que 
consiste de sensações qualitativamente distintas, as quais 
variam em intensidade. Esta sensação deriva de 
interações entre múltiplos fatores (fisiológicos, 
psicológicos, sociais e ambientais) e pode induzir 
respostas fisiológicas e comportamentais secundárias. 
Apresenta aumento do estímulo respiratório: 
 Subjetiva – Só paciente pode dizer; e Objetiva – 
paciente sem consciência das ações; 
 Tiragem intercostal – contrações mais fortes 
dos músculos; 
 Taquipnéia – Aumento da frequência 
respiratória; 
 Uso de musculatura acessória (cervical); 
 Esforço abdominal; 
 Cianose periférica e/ ou central; 
 Batimento de asas de nariz. 
Dor torácica 
Local: Parede torácica; Pleura parietal; Pulmões; Coração; 
Pericárdios; Vasos mediastinais; Mediastino; Esôfago; 
Diafragma; outros. 
Características: Localização, Irradiação; Caráter ou 
qualidade; Intensidade; Duração; Evolução; Relação com 
funções orgânicas; Fatores desencadeantes; Fatores de 
alívio; Manifestações concomitantes. 
 
 
Mecanismo da tosse 
Fases: Irritação; Inspiração; Compressão e Expulsão. 
Primeiro ocorre o estímulo, o receptor é sensibilizado, 
aferência, centro da tosse, inspiração rápida e profunda, 
fechamento da glote, contração dos membros 
expiratórios, abertura súbita da glote e fluxo aéreo é 
explosivo em alta velocidade. 
 
Expectoração 
 Volume ou quantidade é relativo. 
 Cor: branca, amarelada, esverdeada, marrom, 
rósea 
 Odor 
 Viscosidade (fluida, espessa, pedra) 
 Aspecto ou consistência 
o Serosa: (agua, eletrólitos, proteínas, 
pobre em células) ALERGIA 
o Mucóide (agua, eletrólitos, 
mucoproteinas + pequenos números de 
células. ALERGIA. 
o Purulenta: (rica em piócitos e com 
celularidade alta) INFECÇÃO LATENTE 
o Hemoptóica: (além desses elementos 
contém sangue) MAIS GRAVE 
Quando a cor escurece quer dizer que a secreção está 
se agravando. 
 
 
 
Hemoptise 
Eliminação com a tosse de sangue proveniente da 
traquéia, brônquios e pulmões. 
Principais causas: tuberculose, carcinoma broncogênico, 
bronquectasias, bronquite crônica exacerbada, 
tromboembolismo pulmonar. 
Não se pode atender paciente que apresenta hemoptise. 
Volta após 24h de sessar doença. 
 
Cianose 
Coloração azulada da pele e superfície mucosa atribuída 
a uma diminuição da quantidade de oxigênio ligado a 
hemoglobina. 
 Cianose central: Provocada por problemas 
pulmonares ou cardíacos. Hipoventilação alveolar; 
Problemas com as trocas gasosas; shunt 
arteriovenoso. (Leva a morte). 
 Cianose periférica: Diminuição de fluxo sanguíneo 
para os tecidos, fazendo chegar menos oxigênio 
ao mesmo. Ex: choque por baixo débito. A 
diminuição do fluxo pode ser apenas local. Ex: 
vasoconstrição arterial ou obstrução. Problema 
vascular. 
PERIFÉRICA CENTRAL 
 
 
Semiotécnica 
 Inspeção estática: Presença de cicatrizes; 
Tipos de tórax; Coloração da pele. 
 Inspeção dinâmica: Padrão respiratório; 
Tosse; Ritmo; Edema; Presença de tiragens; Uso 
da musculatura acessória. 
 Ausculta: Tipos de sons: 
- Som normal: Murmúrio vesicular sem ruídos 
adventícios MV-SRA. 
- Sons patológicos: Ruídos adventícios (roncos, 
crepitações, sibilos e estertores). 
 Palpação: Expansibilidade torácica; frêmito 
tóraco-vocal (som do 33). 
 Percussão: A percussão é feita entre as 
costelas, no espaço intercostal. 
Tipos de sons: Claro pulmonar; Timpânico, Maciço, 
Submaciço e Hipersonoridade. 
Inspeção – Tipos de Tórax 
Tórax normal; Tórax em túnel ou barril; Tórax cifótico; 
Tórax escavado; Tórax cariniforme (carinado) 
 
 
 
 
 
Ausculta pulmonar – sons anormais 
 Sibilos: Não alteram ao tossir; Indica obstrução; 
Expiratório; DPOC ou asma. 
 Estertor fino: Não alteram com a tosse; final 
da inspiração; Pneumonia e congestão pulmonar. 
 Estridor: Obstrução de via aérea superior; 
distúrbios agudos; inspiração. 
 Roncos: Via aérea proximal; alteram com a 
tosse; obstrução por secreção. 
 Estertor bolhoso: Inspiratório; alteram com a 
tosse; secreção.

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