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HIPERTENSÃO (HAS) NOS IDOSOS

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HIPERTENSÃO NOS IDOSOS
Metas:
A meta de pressão arterial sistólica é ≤ 140 mmHg para idosos com < de 80 anos.
No entanto, devemos ter cuidado com tratamentos anti-hipertensivos muito agressivos nos idosos, pois uma PAD <70 mmHg pode ser deletéria. 
Tratamento:
O tratamento da hipertensão arterial sistêmica (HAS) nos idosos deve iniciar quando PAS ≥ 140 mmHG para os < 80 anos e PAS ≥ 160 mmHG para os > 80 anos. 
O tratamento da HAS deve incluir mudanças de hábitos, como alimentação saudável com redução do consumo de sal e prática de exercícios físicos moderados com acompanhamento. 
Todas as classes de anti-hipertensivos recomendadas para adultos podem ser utilizadas nos idosos, com preferência para diuréticos e bloqueadores do canal de cálcio para a hipertensão sistólica isolada. 
É importante iniciar a terapia com um fármaco em doses baixas e aumentar gradativamente, bem como preferir medicação que permita menor número possível de tomadas diárias.
Entre os diuréticos, os tiazídicos, como a hidroclorotiazida, são uma boa opção, pois são mais suaves e com maior tempo de ação. Outras classes que podem ser usadas são os inibidores da ECA, os bloqueadores do receptor de angiotensina, os beta bloqueadores e os bloqueadores dos canais de cálcio. 
Caso não haja controle da pressão arterial com o fármaco escolhido, deve-se aguardar pelo menos um mês antes de aumentar a dose ou associar outro fármaco. 
DIABETES NOS IDOSOS
Metas: 
As metas de controle glicêmico para idosos podem ser mais flexíveis do que para adultos, devendo-se individualizar o tratamento. As metas estabelecidas pela American Diabetes Association (ADA), International Diabetes Federation (IDF) e International Association of Gerontology and Geriatrics (IAGG) são: 
· HBA1C < 7,5% (podendo ser aceito um alvo menos rigoroso de <8%)
· Glicemia de jejum <150 mg/dl
· Glicemia pós-prandial < 180 mg/dL,
Tratamento:
O tratamento da diabetes nos idosos deve iniciar com mudanças nos hábitos de vida, incluindo alimentação saudável e prática de atividades físicas moderadas com acompanhamento. Nos casos de hiperglicemia leve a moderada, orientar sobre essas mudanças nos hábitos, não sendo necessário já iniciar o tratamento medicamentoso. 
Reavaliar em 3 a 6 meses e caso não tenha alcançado um controle adequado da glicemia, iniciar o uso de metformina. 
Dar preferência para a formulação de liberação prolongada, após o jantar, na menor dose possível e com aumento gradual. Deve-se ter atenção com os pacientes com diminuição da função renal ao iniciar o uso da metformina. 
Caso o paciente não consiga controlar adequadamente a glicose, pode-se associar outro fármaco. Entre as outras classes de medicamentos, pode-se citar as sulfonilureias, as glitazonas, análogos e agonistas do receptor de GLP-1, inibidores da dipeptidil peptidase 4.
Quanto ao uso da insulina, está indicado quando glicemia > 280 mg/dL acompanhada de poliúria, polidipsia, perda de peso e astenia. Iniciar com insulina de ação intermediária (NPH) ou com análogos de ação prolongada (glargina U100, glargina U300, detemir ou degludeca).

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