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EVOLUÇÃO DA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS E BEBIDAS NO BRASIL

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EVOLUÇÃO DA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS E BEBIDAS NO BRASIL
A fabricação de produtos alimentícios no Brasil de 1808 ao início do século XX
Até 1808 houve restrição dos governantes ao desenvolvimento da produção industrial em território nacional, excetuando-se alguns produtos destinados ao consumo interno. Isso representou um atraso na adoção dos novos métodos de produção em curso no período da Revolução Industrial.  Mesmo após a revogação da proibição, em 1808, o crescimento da indústria nacional foi lento até o final do século XIX, com crescimento mais intenso no início do século XX, com 3258 empresas identificadas no primeiro censo de 1907.
De acordo com o censo industrial de 1920, ao início do século XX a indústria de alimentos já era bem representativa, com 2709 empresas de um total de 13336 empresas. O Quadro A relaciona o número de estabelecimentos recenseados em 1920, agrupados conforme diferentes segmentos industriais.
	Quadro A Número de indústrias alimentícias, Censo 1920, agrupadas por segmento industrial.
	Censo Industrial de 1920
	No Estabelec.
	 
	Total de estabelecimentos
	2709
	100,0%
	Cereais, chá e café
	1632
	60,2%
	Moagem de cereais
Beneficiamento de arroz
Torrefação e moagem de café
Beneficiamento de café
Beneficiamento de mate
	478
303
455
353
43
	 
	Laticínios
	322
	11,9%
	Manteiga e queijos
Congelamento de leite
Fabricação de leite condensado
	303
16
3
	 
	Derivados de trigo
	229
	8,5%
	Massas alimentícias
Biscoitos
	188
41
	 
	Óleos e gorduras
	150
	5,5%
	Banha
Óleos vegetais
	126
24
	 
	Chocolate e doces
	126
	4,7%
	Doces
Chocolate
	115
11
	 
	Carnes pescados e derivados
	99
	3,7%
	Conservas de peixe e de carne
Congelamento de carne
	91
8
	 
	Açúcares
	88
	3,2%
	Refinação de açúcar
	88
	 
	Diversos
	63
	2,3%
	Vinagre, massa de tomates etc.
	63
	
Quadro B Indústrias da alimentação conforme o Censo de 1920. Fonte: Recenseamento do Brasil, Volume V, Industria. Rio de Janeiro: DGE/Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, 1927.
O desenvolvimento das indústrias de alimentos e bebidas após 1930
Vários fatores são identificados como impulsionadores do processo de industrialização no Brasil, entre estes o ritmo de crescimento da economia, as políticas governamentais de apoio ao desenvolvimento industrial e substituição de importações, a 2ª Guerra Mundial, que reduziu o fluxo de importações, o crescimento acelerado da população urbana e crescimento da renda per capita, melhora da infraestrutura de transportes, energia e comunicações, atração do capital estrangeiro, entre outros.
Entre 1920 e 1950 verifica-se um grande aumento do número de estabelecimentos da indústria de alimentos, de 2709 para 32872 indústrias (Figura 1). Entre 1950 e 1960 o número manteve-se praticamente estável, voltando a crescer bastante de 1960 a 1970.  
Nas décadas seguintes houve oscilação na quantidade de empresas. Após 1995 houve mudança na metodologia de contabilização do número de estabelecimentos para os períodos seguintes. Entretanto, os dados atuais revelam que a indústria conta hoje com uma quantidade equivalente à verificada em 1985, ou seja, por volta de 35000 empresas, sem considerar as padarias. Conforme dados da FIESP/DEPECON (2016), o setor da indústria de transformação de produtos alimentícios compreende 45393 estabelecimentos.
A linha do tempo a seguir destaca o surgimento de várias indústrias de alimentos e bebidas no país, algumas das quais estão entre as 100 maiores empresas do setor alimentício na atualidade.
	 
	Empresas
	Atividades iniciais
	1887
	Moinho Fluminense
	Farinhas
	1891
	Companhia Antarctica Paulista
	Refrigerantes a partir de 1921 (produção de cervejas inicialmente)
	1891
	Neugebauer (Harald em 1982)
	Doces e biscoitos (chocolates em 1902)
	1898
	Indústrias Alimentícias Carlos de Brito (Peixe)
	Goiabada
	1901
	Matte Leão
	Chá mate
	1902
	Matarazzo
	Óleos vegetais
	1903
	Duchen
	Biscoitos
	1904
	Cini
	Refrigerantes (cervejas inicialmente)
	1905
	Bunge (com a Sociedade Anonyma Moinho Santista)
	Farinhas
	1905
	Selmi
	Massas alimentícias
	1911
	Cooperativa Central de Laticínios do Paraná (Batavo em 1928)
	Leite e derivados
	1917
	Vigor
	Leite condensado
	1921
	Nestlé
	Leite condensado
	1922
	Josapar
	Arroz
	1927
	Tostines
	Doces
	1929
	H. Meyerfreund e Cia (Garoto)
	Balas
	1934
	Perdigão
	Carnes e derivados
	1935
	Embaré
	Doce de leite, geleias, doces de frutas e sopas de legumes
	1936
	Padaria Imperial (M Dias Branco)
	Pães e biscoitos
	1941
	Coca-Cola Brasil
	Refrigerantes
	1942
	LDC Brasil (aquisição da empresa Coinbra)
	Açúcar, produtos cítricos, oleaginosas e café
	1947
	Sadia
	Carnes e derivados
	1950
	Piraquê
	Biscoitos
	1953
	Casa de Carnes Mineira (JBS)
	Carnes e Derivados
	1955
	Piracanjuba
	Leite e derivados
	1959
	Elegê
	Leite e derivados
	1960
	Sococo
	Coco ralado
	1963
	Camil
	Grãos
	1964
	Cargill
	Grãos
	1964
	Caramuru Alimentos
	Creme de milho
	1969
	Aurora Alimentos
	Carnes
	1977
	Amaggi
	Sementes e grãos
	1986
	Marfrig
	Carnes
	1992
	Indústria e Comércio de Carnes Minerva Ltda
	Carnes
	2001
	BRF (Fusão das empresas Perdigão e Sadia)
	Carnes, laticínios etc.
Anos 60 e 70: formação da estrutura de suporte à indústria de alimentos e bebidas
Com o crescimento da indústria de alimentos e bebidas não alcoólicas no Brasil, houve a necessidade de desenvolver uma estrutura de suporte em diversas áreas, especialmente nas áreas de ciência e tecnologia de alimentos, regulamentação da atividade industrial e formação profissional. Nessa época foram criados o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA), a Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos (sbCTA) e a primeira Faculdade de Tecnologia de Alimentos (FTA).
	1963
	
	Diante da necessidade da criação de um Instituto em tecnologia de alimentos, por iniciativa do governo paulista, em parceria com o governo federal e com a FAO, em 30 de agosto de 1963 foi criado o CTPTA, Centro Tropical de Pesquisas e Tecnologia de Alimentos. Subordinado à Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, e com convênio com a FAO, o CTPTA é organizado para o desenvolvimento de projetos e prestação de serviços técnico-científicos e de produção industrial. Em 1969, o CPTA é transformado em Instituto de Tecnologia de Alimentos - ITAL.
	
	1963
	
	A ABIA foi criada em 30 de outubro de 1963 com a missão de promover o crescimento da indústria de alimentos no país, de forma organizada e segura, provendo suporte nas áreas jurídica, econômica, trabalhista, tributária, legislativa, entre outras. A representação do setor se iniciou com o apoio técnico e econômico às negociações com o governo e com a Alalc.
	
	1966
	
	Em 1966 é criada a FTA, Faculdade de Tecnologia de Alimentos, que depois se tornou a Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp. A FTA foi a primeira instituição de ensino superior da área de alimentos e bebidas na América Latina, com o objetivo de formar pesquisadores científicos e profissionais qualificados para a indústria.
	
	1967
	
	A sbCTA, Sociedade Brasileira de Ciência e Tecnologia de Alimentos, foi criada em 1967 para atender às necessidade de capacitação, de aperfeiçoamento e de congregação dos profissionais da área de alimentos.

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