Buscar

Processo Penal II- Professora Márcia Leardini

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 32 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Processo Penal II- Márcia Leardini
21.02.18 Teoria da Prova:
Definição: Prova no processo penal é qualquer meio/ documento que sirva para formar o convencimento do juiz. Meio que sirva para demonstrar um fato e tenha idoneidade para convencer o juiz. 
Meios: Possui meio de provas regulamentados e meios não regulamentados que podem ser usados para convencer juiz (tipificados ou não), pelo fato do objetivo da prova ser buscar a verdade e se essa verdade pode ser alcançada por um meio de prova que não esteja regulamentado, pode utilizar.
As provas podem ser diretas (relação imediata com o fato do processo) ou indiretas (se relaciona com o fato a ser provado, mas por meio de outro elemento de ligação, conjunto de provas indiretas que concatenadas indicam a uma única solução possível, a lei permite condenação); oral ou documental (qualquer coisa, como papeis e objetos, que não seja uma prova oral); pericial.
Tipificados ou não - Diretas
 - Indiretas
 - Oral
 - Documental
 - Pericial
Por que pode ser tipificado ou não as provas (provas inominadas)? 
1. Pela relevância da busca da verdade no processo penal, o valor que tem é muito caro. A norma penal dá uma garantia de respeito.
2. A acusação não pode violar direitos fundamentais para isso, já a defesa é permitida a ampla defesa, não podendo ser limitada, poderá usar uma prova conseguida por meio a violação de direitos fundamentais materiais. 
Objetivo: Produzir um estado de certeza jurídica (dada por meio de uma verdade construída e uma verdade material porque não se abre mão da prova) na mente do julgador. No processo civil a verdade é formal.
Ônus da prova: Art 156 CPP – acusação, defesa e poderes instrutórios do juiz
O ônus da prova incumbe a quem alega. Quem alega, alega um crime, sendo esse uma conduta típica, antijurídica e culpável, precisa o promotor, por exemplo, analisar todos esses elementos? Existe presunção analítica de crime a quem incumbe. 
A tipicidade é um indício de antijuridicidade- trata-se de uma presunção iuris tantum (admite prova em contrário). O promotor não tem o dever de provar a antijuridicidade.
A culpabilidade possui 3 elementos: imputabilidade (mentalidade psíquica e sã). Ao promotor basta provas que você tem 18 anos), potencial consciência da ilicitude e inexibilidade de conduta diversa. Provando a maioridade fica presumido o resto, o resto é com a defesa, neste caso a defesa possui ônus de prova, sendo este um ônus diminuído, pelo fato do princípio da inocência e indubio pró réu (na dúvida em favor do réu).
Art 386 CPP
Poderes instrutórios do Juiz: Previstos na parte final do caput, inciso I e II do 156 CPP.
Poder instrutório do juiz: Pode o juiz antes da ação penal, na fase investigativa, ordenar provas relevantes e urgentes. “O juiz está fazendo a gestão de prova na fase de inquérito, devendo ter somente uma função de garantia”, por conta disso maioria dos autores dizem que esse inciso é inconstitucional. Além de violar o Princípio da inércia da jurisdição, imparcialidade do juiz. Se o MP requerer ou o delegado representar, pode o juiz judicializar a prova, mas não pode de ofício o juiz fazer.
Inciso II: durante o processo judicial, o juiz poderá de ofício, durante a ação penal, até antes de proferir a sentença, determinar diligencias probatórias para dirimir dúvida sobre ponto relevante. 
Aury Lopes Junior: O juiz não pode ter poder instrutório, na dúvida deve absolver.
Pachieli: O juiz deve ter poder instrutório, mas esse poder não pode ser complementar ou suplementar da acusação, o juiz não tem poder acusatório. Pode dirimir quando for utilizada em favor da defesa. Poder acusatório só o MP tem.
27.02.18
O que a lei diz? Pode determinar a produção de provas no caso de dirimir dúvida. Viola o sistema acusatório, pois se aproxima da inquirição (no sistema acusatório as 3 principais funções do processo estão divididas para 3 pessoas distintas; as partes produzem as provas, MP acusa e o juiz julga. Já o sistema inquisitório coloca a defesa e a acusação na mesma pessoa, o inquisitor exercia as 3 funções), a imparcialidade do juiz.
· No brasil não tem um sistema inquisitório, mas entrega alguns poderes da prova na mão do juiz, mas de forma bem limitada.
Art 212
Objeto: Os fatos principais e as circunstâncias da pena
P.Ú: Sobe os pontos não esclarecidos
Poderes instrutórios do juiz
Pachielli: O juiz pode sim determinar a produção de provas para suprir a deficiência da defesa. A investigação é um serviço de inteligência e no Brasil normalmente se limite a escutar testemunha. 
Aury: Não posso dispor da minha liberdade para o Estado. Para absolver não há limites para o estado, para ter um julgamento justo, pode o juiz pedir a produção de provas. 
Sistema de Apreciação das provas- sistema que adotamos sobre a valoração do juiz
· Prova legal ou tarifada: não é adotada no Brasil e por esse sistema a prova possui valor pré-constituído na lei. Ex: “A prova pericial vale mais do que a prova testemunhal”, tira do juiz a valoração das provas, a lei dá um valor para as provas. No brasil não há hierarquia de provas no processo penal, porém o processo penal admite a especificidade da prova (o crime material se revela através da perícia), conforme se vê no artigo 155 e 158 do CPP. 
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas na lei civil. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008) 
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
· Livre convicção intima (É o oposto da prova legal e tarifada, nenhuma prova vale mais do que outra e o julgador não precisa expor o motivo do seu convencimento. No plano da lei adotamos no tribunal do Júri).
· Livre convencimento fundamentado: Art 155, caput e 381, III CPP, art 5°, LXI, CF, Art 93, IX, Art 489 CPC. Protege alguns princípios constitucionais, como o democrático (art 1°)/ legalidade. Também protege a ampla defesa e o contraditório (não consigo impugnar uma decisão se não conheço os motivos dela). Da mesma forma viola a imparcialidade do juiz. Dou o valor que quero nas provas, mas deve ser fundamentada, justificada.
Art 5º,LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei;
Art 93, IX todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; 
Art. 155.  O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas na lei civil.               
Art 381,  III - a indicação dos motivos de fato e de direito em que se fundar a decisão; 
Art 489, § 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questãodecidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmul
a, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
 Michelle Taruffo: dois tipos de argumentação: a fundamentação justificativa (o juiz acha que a liberdade está fundamentada na escolha das provas para a sua decisão, pode não usar uma prova e simplesmente não explicar a razão disso) e a fundamentação decisória (analisa todas e explica porque está acolhendo uma prova e não outra).
Princípios relativos a prova:
1. Comunhão da prova: a prova uma vez produzida pertence ao processo e não a parte que produziu a prova.
2. Oralidade: A prova testemunhal ou o interrogatório do réu devem ser prestados oralmente em audiência. Testemunhas e o réu não podem trazer seus documentos em escrito, mas podem levar anotações sobre alguns aspectos aos fatos para memória
3. Concentração: as provas devem ser concentradas em audiência judicial (audiência una, mas pode o juiz dividir).
4. Identidade Física do Juiz ou da Imediatidade do Juiz com a prova: O juiz que residir a produção da prova deve proferir a sentença, salvo de tiver licenciado, promovido, alterado de comarca. A ideia é economia e celeridade de tempo.
Princípios Constitucionais relacionas a prova:
1. Ampla Defesa e Contraditório: É divisão da defesa em autodefesa e defesa técnica, Art 262 cpp (quando réu não tem advogado). 523 STF. Não restrição a provas, paridade de armas e vai exigir que o juiz não dê a defesa prazos muito curtos. Contraditório é oportunidade contradizer, deve dar tempo para que ela possa contradizer
“Nenhuma prova será apresentada em plenário até 3 dias antes do julgamento, mas a prova contrária deve concordar”.
Mas se a prova surge depois de julgado? Tem que judicializar a prova para apresentá-la. Habeas Corpus, mandado de segurança são ações do judiciário e não recurso.
Procedimento de produção antecipada de prova, vou na competência originária e protocolo o pedido. Meio de Prova
 Interrogatório Meio de defesa
Ampla Defesa Autodefesa Legitimidade recursal- 577
 Defesa técnica- fundamentada e probatória
Aula 06.03.18
O próprio réu pode recorrer das ações que lhe afetam e intima o advogado para apresentar razões.
A qualquer momento o réu pode fazer a retratação da confissão porque se trata de um meio de defesa. Art 197 CPP. O advogado junta um pedido nos autos. Podendo também a qualquer momento confessar, até mesmo em sede de recurso. Por que pode querer confessar? Devido a atenuante, que pode ser aplicado também pelos desembargadores nos recursos. 
Se o interrogatório também é meio de defesa o réu decide ou não se vai falar. A lei não determina um momento único para que o réu seja interrogado. Art 185. Momento no qual o juiz ouviu todas as testemunhas arroladas, o interrogatório vai ser o último ato, depois de interrogar as testemunhas de defesa e as testemunhas de acusação.
 Compareceu ao ato, mas fica em silêncio, pode depois ser ouvido? A maioria diz que sim
Interrogatório Comparece e confessa, pode a qualquer tempo se retratar
 Não intimado (não encontrado). O réu não pode deixar de ser intimado, nulidade processual
 Intimado, não comparece. Possui entendimento do STF que não pode ter condução coercitiva, mas tem juízes aplicando o art 260 dizendo que são testemunhas e não investigados, podendo então ser conduzindo coercitivamente.
 Aury diz que se o réu tem direito ao silêncio, o não comparecer seria um direito dele englobado. Pachieli, o réu tem direito ao silêncio, mas isso não engloba negar o chamamento processual. Gilmar mendes, diz que o art 260 é incompatível com a CF, sua posição é compatível com a de Aury Lopes Junior, considera que o investigado não pode ser conduzido coercitivamente.
Art 186 (o silêncio não é confissão e não pode ser arguida contra o réu) e o Art 198 (inconstitucional, diz que o silêncio do réu pode servir para convencimento do juiz). O réu só possui direito ao silêncio após ser qualificado, não pode mentir sobre quem é, só pode mentir sobre os fatos.
Art 218 CPP (condução debaixo de vara no caso das testemunhas, pelo fato do oficial de justiça ir buscar).
2. Princípio da vedação da prova ilícita- art 5°, LVI, CR e art 157 CPP
Definição da prova ilícita-> Diferente de prova ilegítima
Prova ilícita: prova obtida com violação da norma legal (queira entender infraconstitucional) e constitucional.
Antigamente:
Prova ilícita era aquela obtida com violação de direitos fundamentais materiais (gera desentranhamento e tem responsabilidade penal) e prova ilegítima era produzida, inserida ou valorada com violação de regra processual (gera repetição do ato e não gera responsabilidade penal).
Obs: Nulidade é uma ascensão decorrente de um vício de forma.
· Embora alguns doutrinadores falem que não há mais a diferença entre prova ilícita e ilegítima, ainda entende-se que há essa diferença exposta acima.
· “Toda prova ilícita decorre da violação de direito fundamental material, mas nem toda violação de direito fundamental material será prova ilícita. Quando a violação estiver amparada por ordem judicial validamente emitida ou quando amparada por excludente de ilicitude, arts 23, 24 e 25, cp, não será, obviamente ilícita”. EX: Art 5°, CF, inciso XI (a casa é um refúgio inviolável em caso de busca e apreensão, no caso de desastre e flagrante delito. Continua sendo uma violação, mas não é ilícita). 
· O policial para invadir sem mandado tem que fazer um relatório para poder com base nisso entendia ser um flagrante delito, tem que demonstrar com base no que entrou na casa. Se não conseguir demonstrar, deve pedir ao juiz o mandado. Art 240.
Aula 13.03.18
Exclusão de ilicitude da violação para produção da prova
· Ordem Judicial- legalidade/ reserva de jurisdição
A lei prevê que o juiz pode autorizar essa violação e prevê os limites. Mas se o juiz autorizar uma violação não prevista em lei ou além dos limites, a prova é ilícita. Ex: O juiz prorrogou a interceptação telefônica até dois anos, o razoável é no máximo 120 dias.
· Excludentes no art 23,CP
· Exercício regular do direito: qualquer um de nós que não seja autoridade pública pode dar voz de prisão de estiver em flagrante. Violo a liberdade de uma pessoa, mas estou no exercício regular de um direito.
· Estrito cumprimento de um dever legal: agentes públicos possuem deveres legais. A polícia quando prende alguém está no estrito cumprimento de um dever legal.
· Legitima defesa: Exige uma hipótese de agressão injusta. Todo e qualquer direito pode ser protegido em legítima defesa. Vai exigir que identifique a agressão atual ou eminente, podendo utilizar de meio moderado e necessário para repelir. Art 25
· Estado de necessidade: Mais fácil de se identificar no caso concreto. Pressuposto: conflito entre direitos (bem jurídicos) legítimos. Esse conflito cria situação de perigo atual ao direito e quem se vale do estado de necessidade não pode ter criado essa situação de perigo. Para salvar um direito o outro precisa ser sacrificado (é “razoável que seja”). O legislador vai considerar pelo bem da razoabilidade. Ex: é razoável levar o patrimônio para salvar a vida? Art24. O bem jurídico sacrificado deve ser de menor ou igual valor.
· O que nos importaé o estado de necessidade excludente de ilicitude. Ex: Se você for acusado de um crime sexual e tem evidências do ato sexual, pois vocês eram amantes, mas a amante se revoltou e o acusou de estupro. Pode o réu, por exemplo, contratar um investigador que irá grampear as interceptações telefônicas. Dois direitos legítimos a liberdade dele e a privacidade dela. Essa prova é legítima? Sim, não há outro meio e entre os dois direitos a liberdade do réu vale mais. Para produzir uma prova ou uma minorante pode o réu violar o direito de privacidade, a prova será legítima. Mas se ele fez o grampo e não descobriu nada? A conduta dele vai caracterizar crime de violação de interceptação telefônica.
Filme: A vida de David Gale
Admissão de prova ilícita
a. Contra o réu-> não pode. De lege data não pode, de lege ferenda (em proposta de lei) querem permitir se não houver intervenção estatal ou se não tiver má-fé do agente estatal. A inadmissibilidade, sem exceção, tem efeito pedagógico, para o MP, advogado, policial, etc, de maneira que nenhuma a prova ilícita poderá ser considerada. 
Ex: A vítima tem um vídeo que prova a inocência do réu, mas não quer entregar. Acontece que a casa dela foi invadida por bandidos e eles levaram a câmera. Os policiais foram acionados e prenderam os bandidos e junto com eles apreenderam o que tinha sido furtado. OS policiais estavam fazendo a avaliação das coisas furtadas quando percebem que a câmera há um vídeo que prova a inocência do réu, pode ser utilizado? Sim, pois apesar de ter sido conseguida de forma ilícita pelo furto dos bandidos
b. A favor do réu-> pode pelo princípio da proporcionalidade. Proíbo a prova ilícita, a regra é criada a favor do réu, não poderia usar isso para prejudica-lo. Também pelo princípio da proporcionalidade entre o efeito que se quer dar e a proteção da liberdade do cidadão frente ao estado.
Aula 14.03.18
Teoria dos frutos da árvore envenenada, §1, 157
 Criada por tribunais americanos, é muito common law, reforça o caráter pedagógico da inadmissibilidade da prova ilícita. “O fruto que nasce da árvore envenenada, envenenada está”. Não admite prova ilícita e nem prova que surgiu da ilicitude.
“São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, vai sofrer efeito da sua origem”.
As duas exceções do §1 não são tidas como relativização. Se não tem nexo de causalidade, não tem derivação, ou seja, não trata-se de uma exceção. Ou quando puderem ser derivadas de fonte independente da primeira.
Ex: Prova A é ilícita (grampo telefônico ilegal) e tenho uma prova B (derivada da A) e uma prova C lícita. Mas a informação sobre a prova B já existia através da prova C, ou seja, a B é lícita, pois tem relação, fonte independente com uma prova lícita.
O que deve tomar cuidado é com a palavra “puderem ser” para não abrir exceções para admitir prova que surgiu a partir da ilicitude.
Art. 157.  São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais
        § 1o  São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
        § 2o  Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova.                
        § 3o  Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente.               
        § 4o  (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
Teoria do encontro fortuito da prova: outra teoria norte americana, nosso legislador pegou as duas e tratou como uma só, remete a fato futuro, surgindo a possibilidade de se interpretar como um fato futuro incerto, mas não pode, esse fato futuro deve ser certo, ou seja, iria descobrir de qualquer maneira.
Essa teoria surgiu em um caso de sequestro nos EUA, prenderam um dos suspeitos e torturaram até este confessar o crime e indicar o lugar do cativeiro. Os outros agentes que também estavam fazendo a investigação desse mesmo caso, já tinham suspeitado daquele cativeiro pela investigação, já estavam realizando as buscas naquele local. Como teve tortura a prova é lícita ou ilícita? Como com os procedimentos lícitos a polícia já tinha suspeitado do cativeiro, a prova é lícita, foi um encontra fortuito.
DESENTRANHAMENTO DA PROVA
        § 3o  Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente.               
A violação de sigilo só pode no processo penal, não pode no processo civil. Art 5, XII, CF. Mas mesmo no processo penal não pode ser o primeiro elemento de investigação, deve ter provas que adotou outros elementos de investigação, mas nenhum deles conseguiu prova da materialidade do ato.
O novo CPP tem norma diferente disso, preclusa a decisão que reconhece a ilicitude da prova, a prova será desentrenhada e ficará arquivada em cartório enquanto servir para prova da violação do direito fundamental de alguém. (não posso mandar destruir uma prova que sirva como prova de uma violação).
§4 teve a redação vetada, dizia que o juiz que tomar conhecimento da prova ilícita, não poderá proferir a sentença, pois foi teria sido influenciado. O juiz só pode fundamentar a decisão em provas que estão nos autos e sua decisão deve ser fundamentada.
Aula 20.03.18: Provas em Espécie
1. Busca e Apreensão: tem natureza de medida cautelar probatória. 
]Tutela Provisória no CC: Garanta o direito para que ao final a sentença não seja mais eficaz e não tenha mais o direito. Fumus bon Iuris (probabilidade do direito indicado), antecipa isso por causa do Periculum in mora.
Cautelar Probatória Processo Penal
Fumus Comisse Delicti (Probabilidade da ocorrência do crime e de sua autoria) e periculum in mora (risco da decisão tardia). A busca e apreensão irá exigir esses dois requisitos. 
1. Objetivos: Pode ser investigativo e preventivo (a polícia tem algum dado da realidade que faz supor que você tem algum objeto para um crime, é preventivo). O poder de polícia é próprio do direito administrativo, poder fiscalizatório do estado. Tanto a busca pessoal e domiciliar podem ser de forma preventiva ou investigativa.
1.1 Preventiva: Já tem investigação em andamento, instaurada ou não. Não precisa ter o inquérito policial, desde que a polícia tenha deduzida a termo algum procedimento investigatório indicando a necessidade de uma busca e apreensão e irá apresentar ao juiz, mas normalmente a preventiva tem caráter pessoal. Ex; a polícia colheu dados, ficou de campana, após uma denúncia anônima, pode descrever os indícios que viu e pedir ao juiz a Busca e apreensão.
1.2 Investigativa: Tem que ter a materialidade do crime e eu quero a prova desse crime, essa busca, portanto, é investigativa, busca novos elementos para buscar a materialidade.
2. Espécies:
2.1 Pessoal: é a revista, busca feita na pessoa ou no seu automóvel, caso não more nele.
2.2 Domiciliar: Qualquer compartimento habitável.
3. Requisitos: 
3.1 Pessoal: Decorre do próprio poder de polícia. Preventiva: a pessoa está andando na rua e a polícia por fundada suspeita (art 240,§2) pensa que essa pessoa está armada. Mas essa “fundada suspeita” é muito ampla, podendo abrir espaço para arbitrariedade. A fundada suspeita, no Brasil, decorre, principalmente das polícias brasileiras.
Fundada Suspeita: Dado objetivo retirado da objetividade coisa. O problema é que no Brasil o fundado motivo é a roupa que você usa, a cor da sua pele, o bairro onde você mora.
“Manual de abordagem policial”. Se houve uma violação no fundado motivo, a professora aconselha a ir no MP de 1º grau denunciar, se não conseguir corregedoria do MP e por fim ao conselho nacional do MP.
3.2 Domiciliar: “Casa é asilo inviolável”. Art 240
Somentepode ser determinada pelo juiz, pois importa uma violação de domicilio, ou quando realizada sem mandado precisa se enquadrar em flagrante delito. Quando feito pela autoridade policial em abordagem exige justa causa. 
· É chamado de medida cautelar probatória, porque quem faz a busca não sabe o que vai encontrar, ele até pode ter a determinação ao executar a medida de encontrar uma droga uma arma, no qual é requerido algo específico, mas ele vai encontrar coisas inclusive que ele não estava procurando. Apreendida a coisa, essa apreensão vai permanecer no processo enquanto interessar como prova, aquilo que é buscado ou apreendido pode ou não voltar ao sujeito, quando não volta para ele, é porque é considerada ilícito, quando não interessa mais como prova é confiscado pelo estado.
· Sendo licito o que foi apreendido ele fica em posse do estado enquanto interessar como prova, depois é devolvido a quem tem direito (termo de restituição, ao proprietário). Exemplo: busca de um computador, ele poderá ser devolvido depois que ele não interessar como prova do processo, como se fosse o carro. A não ser que seja o próprio objeto do crime. 
Art. 240.  A busca será domiciliar ou pessoal.
        § 1o  Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para:
        a) prender criminosos;
        b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;
        c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos;
        d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso;
        e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu;
        f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato;
        g) apreender pessoas vítimas de crimes;
        h) colher qualquer elemento de convicção.
        § 2o  Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo anterior.
Busca e apreensão domiciliar – artigo 5°, XI, CF
Asilo inviolável – direito fundamental, que nela ninguém pode penetrar a não ser com consentimento do morador, salvo quando em casos de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro em estado de necessidade (excludente de ilicitude), ou por durante o dia por determinação judicial. 
· Consentimento do morador, obviamente exclui a ilicitude de qualquer busca e apreensão. Isso é difícil, pois o STF tem entendimento a respeito da entrada em domicilio sem mandado judicial, mesmo que haja consentimento do morador. Quer dizer que mesmo quando a polícia entre com o consentimento do morador, o que é encontrado lá pode ser considerado prova ilícita, e o STF está fazendo isso com o caráter pedagógico de jurisprudência, no entender que o morador consente está coagido, as vezes ele nem tem condições de negar, ou de saber que pode negar. Quando o consentimento é valido, tudo que se apreende é licito, porque não há violação da intimidade e da dignidade, porque está com a autorização.
Dados objetivos, indicativos do flagrante. EX: Se os policiais entram em uma casa tendo indicativos de tráfico de drogas, ficou analisando a casa, tirou dados concretos da realidade, entrou na casa mas não achou nada, vou punir? Não, apesar de ser uma conduta típica, há uma excludente de ilicitude putativa.
Erro de tipo retira o dolo. Ex: o sujeito vai caçar, vê um movimento, pensa ser um animal, atira supondo estar atirando em uma vaca, mas era uma pessoa. Falsa percepção da realidade, falsa percepção da conduta, retira o dolo. Se o erro decorrer de alguma imprudência, negligência ou imperícia a culpa continua e pode punir na forma culposa se o crime existir nessa forma.
Tipo penal: é modelo de conduta definido como crime
Art 20 §1: erro plenamente justificado pelas circunstâncias.
Há vários precedentes do STF que diz que se não tinha justificativa para entrar na casa, as provas apreendidas lá são ilícitas.
O mandado judicial-> ordem judicial fornecido por juiz competente, o mandado é lavrado por escrivão pela fé pública, indicar com precisão o local da busca, indicar o que se busca, nem sempre é com precisão, ex: todos os documentos (art 232) que possam ajudar na investigação- fumus comissi delicti
Devem apresentar todos os requisitos da lei, no qual a autoridade que pediu apresentou a necessidade da medida, e o juiz fundamentou a necessidade da medida ao deferir e a necessidade de cumprir, tendo que apresentar o menor prejuízo possível ao morador.
Art 245 CPP. Durante o dia, para o processo penal o dia é das 06 horas da manhã até as 18 horas da noite, diferente do processo civil que é das 06 às 20 horas. Fora desse horário não pode haver crime de desobediência, pode não abrir, tudo que a polícia apreender sem o consentimento, é prova ilícita. Pois a suspeitas do processo penal são sempre invasivas. 
Ex: estava buscando um carro, abri uma gaveta e encontrei uma arma, ilícito. Mas se estava procurando documentos, abri a gaveta e tinha uma arma, é válida.
· Busca e apreensão em pessoa – em automóvel equivale a busca pessoal, quando estou no meu automóvel revistam com a mesma autorização de que se revista a pessoa, não pode fazer essa revista por qualquer motivo, somente quando tiver fundada suspeita (justa causa), a autoridade pode fazer busca pessoal independente de mandado sempre que houver uma fundamentação e uma suspeita de crime. 
As circunstâncias que irão dizer se houve ou não abuso. A fundada suspeita tem que ser fundada em um dado concreto, não por mera deliberação. 
Quando a polícia vai realizar a busca em domicilio, primeiro faz busca na pessoa antes de entrar na casa, o que está buscando na casa pode estar na pessoa e não só isso, ela pode estar armada e reagir a intervenção da autoridade. Nesse caso está autorizada. 
Se é um mandado de prisão e eu tenho a informação fundamentada e real de que estou em outra domicilio, eu preciso juntar isso como uma informação no mandado e levar em juízo para que ele possa autorizar tal demanda. Exemplo: mandado de prisão contra a Marcia, mas sei e tenho informações suficientes para saber que ela está na casa da sua prima. Necessidade de fato idôneo. 
Se a polícia realizar sem fundada suspeita, poderá estar incorrendo em abuso de autoridade.
Aula 27.03.18
PROVA TESTEMUNHAL- A partir dos arts 202
É a Prova mais utilizada, mas menos confiável possível. Não conseguimos assimilar o todo, mas devemos falar dele. Deve transformar o que viu em linguagem, palavras que sejam suficientes para descrever aquilo que vimos. Soma-se ai o problema da memória, a tendência é esquecer, nossa memória é limitada. Temos flashes dos mementos, se espaçando cada vez mais com o passar do tempo, precisando usar mais ainda a linguagem para conectar a fala com o que temos de imagem. 
A testemunha é uma prova complexa, problemática, mas necessária. A testemunha é obrigada a depor, pode utilizar a condução coercitiva, sendo obrigada a dizer aquilo que sabe e o que lhe for perguntado. Não pode mentir, nem omitir, caracterizando crime de falso testemunho.
Art. 202.  Toda pessoa poderá ser testemunha.
        Art. 203.  A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a verdade do que souber e Ihe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde exerce sua atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes, ou quais suas relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando sempre as razões de sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua credibilidade.
        Art. 206.  A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível,por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
        Art. 207.  São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função (função pública. Juiz, promotor, MP, delegado), ministério (padre: não pode falar o que estudou em confissão, a não ser que a parte o desobrigue), ofício ou profissão (advogado, psicólogo), devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.
Os parentes próximos não são obrigados a depor, a não ser que essa seja a única prova.
Algumas pessoas são proibidas de depor- art 207
 Art. 208.  Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos( poderá ser ouvida, mas não insere sanção caso não fale a verdade, não responde por falso testemunho), nem às pessoas a que se refere o art. 206.
  Art. 209.  O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.
        § 1o  Se ao juiz parecer conveniente, serão ouvidas as pessoas a que as testemunhas se referirem.
        § 2o  Não será computada como testemunha a pessoa que nada souber que interesse à decisão da causa
Art. 214.  Antes de iniciado o depoimento, as partes poderão contraditar a testemunha ou argüir circunstâncias ou defeitos, que a tornem suspeita de parcialidade, ou indigna de fé. O juiz fará consignar a contradita ou argüição e a resposta da testemunha, mas só excluirá a testemunha ou não Ihe deferirá compromisso nos casos previstos nos arts. 207 e 208. Registra, mas mesmo assim colhe o depoimento, depois vai valorar.
Art. 221. O Presidente e o Vice-Presidente da República, os senadores e deputados federais, os ministros de Estado, os governadores de Estados e Territórios, os secretários de Estado, os prefeitos do Distrito Federal e dos Municípios, os deputados às Assembléias Legislativas Estaduais, os membros do Poder Judiciário, os ministros e juízes dos Tribunais de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal, bem como os do Tribunal Marítimo serão inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o juiz.   -> ISSO É UM GRANDE MOTIVO PARA ENROLAR O PROCESSO, OS GOVERNANTES SIMPLEMENTE NÃO RESPONDIAM OS OFÍCIOS E NÃO RESPONDIAM QUANDO INQUIRIDO PARA MARCAR UMA DATA.
Joaquim Barbosa: Precedente monocrático, é valido por um mês, se não marcar data, o juiz pode marcar.
 § 1o  O Presidente e o Vice-Presidente da República, os presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal poderão optar pela prestação de depoimento por escrito, caso em que as perguntas, formuladas pelas partes e deferidas pelo juiz, Ihes serão transmitidas por ofício.                         
        § 2o  Os militares deverão ser requisitados à autoridade superior.                          
        § 3o  Aos funcionários públicos aplicar-se-á o disposto no art. 218, devendo, porém, a expedição do mandado ser imediatamente comunicada ao chefe da repartição em que servirem, com indicação do dia e da hora marcados.   
A testemunha responde objetivamente sobre o passado, nunca sobre o que acha que vai acontecer no futuro, não expressa a sua opinião, achismos, não fornece opiniões pessoais dela. A não ser que esse achismo, opinião pessoal, for indissociável para contar o fato.
A testemunha não pode levar por escrito o seu depoimento, mas pode levar anotações para lembrar tudo o que precisa falar.
Testemunhas
Direta: vai depor sobre um fato que teve contato direto
Indireta: Não teve contato direto com aquilo, mas tem alguma informação que pode auxiliar na elucidação do fato. Testemunha do “ouvi dizer”
Própria: sabe alguma coisa o fato, seja se forma direta ou indireta
Imprópria: não sabe nada do fato, mas o seu depoimento pode auxiliar no esclarecimento do fato. Ex: depoimento de um perito.
Testemunha (presta o compromisso legal de dizer a verdade)
Informante (não presta compromisso legal de dizer a verdade)
Outro grupo de doutrinadores: Anula a classificação anterior. Divergência na doutrina. É uma classificação mais técnica, mas menos usual.
Testemunhas numerais (presta o compromisso legal de dizer a verdade)
Testemunhas informantes (não presta compromisso legal de dizer a verdade)
03.04.18
Oitiva do Ofendido: O ofendido não é testemunha, porque ele viveu o fato, é protagonista do fato e não testemunha. Quando ele é chamado no processo para falar sobre o fato, ele estará revivendo o fato, tomar cuidado para não tornar vítima quem já foi vítima.
Decorre do princípio democrático: todo poder emana do povo, por isso a publicidade do ato, para fiscalizar. Pode excepcionalmente o sigilo, quando há dados que precisam ser resguardados. 
O depoimento consta, mas não o nome da testemunha. O seu testemunho não vai ser sigiloso, somente o seu nome o será se tiver fundados receios da sua integridade física.
O ofendido como titular do bem jurídico lesado que protagonizou, ele pode pedir ao juiz tudo que ele disser pode ser considerado sigiloso. 
O depoimento do ofendido é obrigatório? Sim. Uma vez intimado o ofendido deve aparecer. Quando a titularidade é exclusiva da vítima. É possível condução coercitiva. Art 201,§1. A norma que foi violada é uma norma estatal.
Dever de verdade para o ofendido é o mesmo para a testemunha? A testemunha tem o dever de dizer a verdade. Art 342 CP. Mas o ofendido não responde, pois não está no tipo penal. Porém, poderá responder por denunciação caluniosa. Art 399 CPP. Pode mentir inventando o fato ou inventando a autoria. O simples fato de mentir e não gerar investigação nenhuma, não responderá por denunciação caluniosa. 
Calúnia: atribui o crime falsamente a alguém. Mas se isso gerar uma investigação criminosa, isso já é uma denunciação caluniosa. 
Em ação Penal Privada. Perempção: sou o polo ativo da ação, mas não vou na audiência e não justifico. Extinção da punibilidade.
Falsidade ideológica: ex: não inventa, nem imputa um fato a alguém, mas deliberadamente aumenta esse fato.
· Preservação dos Interesses do Ofendido. 
1. Direito pedir segredo de justiça no processo, para não precisar expor a intimidade dela.
2. Direito de pedir para não prestar depoimento na presença do réu. Duas situações: o réu ou o ofendido saem da sala. Quando a vitima sai, presta por videoconferência. 
3. Manda comunicar a vítima, mesmo quando não está habilitada como assistente de acusação. Tem direito de ser informada da data de audiência de instrução e julgamento e o interrogatório do réu.
4. A vítima tem legitimidade recursal, mesmo se não estiver, deve ser intimada da decisão. Se a vítima não estava no processo, o prazo dela para apelar é de 15 dias.
5. Direito a assistência psicológica.
Ação penal pública: art 268 e ss. Permite que ela ingresse no Processo ao lado do MP como assistente de acusação. Pode realizar todos os atos do processo.
Ação Penal privada: A vítima contrata advogado e entra com a ação
ACAREAÇÃO: quando há divergência entre interrogatório, declaração e depoimentos, O juiz pode determinar de oficio ou a requerimento das partes. Relevância relevante. Quem ingressa no processo para depoimento pode ser acarreada.
Como é feita? Separa os dois depoimentos já prestados, separam os pontos em conflitos. Coloca as duas uma do lado da outra. Vai começar a explorar o que disse para ver quem titubeia, caso nenhuma das partes queira mudar seu testemunho. Normalmente é feita quando terminado todos os depoimentos.
PROVA DOCUMENTAL
Documento é qualquer objeto, papel. O que não é perícia, nem prova oral é documento. No PP brasileiro perícia é aquela realizada por órgão judicial ou perícia determinada pelo juiz. Caso contrário é documento.
No Processo Penal posso juntar documentos quando quiser, inclusive na fase recursal. A lei não restringe o momento de juntar. Diferente do Processo Civil. A não ser em Recurso Especial, pois não são há reexame, mas sim uma revaloração. 
Apresenta para o juízo o documento original, caso o cartório não posso autentificar. Ex: Documento a lápis, com rasura.
Partesno processo:
1° Grau: MP e réu/defesa
2° Grau: Promotor e réu/defesa. O procurador de justiça não é parte, é custus legis (fiscal da lei).
Procurador de justiça não é parte, é custus legis (fiscal da lei). MP de segundo grau não é parte.
PROVA INDICIÁRIA OU INDIRETA: Art 339 CPP
Na nossa lei indício é prova. O CPP tem um capítulo que trata da prova indiciária. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada que tendo relação com o fato autorize por indução a conclusão de outra circunstância (prova indiciária).
Ex: Vítima foi encontrada morta no mato, há pegadas de sapato de determinado tamanho e formato. Vejo quais eram os desafetos e percebo que tinha um que esteve com a vítima naquele dia. Peço uma busca na casa da pessoa e encontro o sapato com o mesmo formato, tamanho e sujo do mesmo barro. A busca do tênis é circunstância conhecida e provada e o tênis é a prova indiciária.
A CITAÇÃO CONHECIDA E PROVADA FAZ DEDUZIR OUTRA CIRCUNSTÂNCIA. Desde que todas as circunstâncias conhecidas e provadas levem a só uma conclusão possível.
Aula 04.03.18
Interrogatório
Natureza: meio de prova e meio de defesa. Se fosse meio de prova o réu não teria direito ao silêncio e poderia ser obrigado a valor, sendo o silencio tomado contra ele. 
Possibilidade de usar o interrogatório para a sua defesa. O direito ao silencio tem a ver com a dignidade da pessoa humana, não sendo obrigado a falar de aspectos da sua vida que pode para o estado haver contra si. 
Direitos do Interrogado: 
1. Direito ao silêncio (não expor aspectos de intimidade e privacidade da minha consciência). 
2. Direito de advogado e direito a conversa privativa com o advogado antes de ser interrogado, mínimo de 30 min. 
3. Direito a ser ouvido.
Tempo e Lugar: No tempo há uma controvérsia doutrinária e jurisprudencial. Art 185: quando o réu compareceu, deixa em aberto dando a impressão de que a qualquer momento que ele apareça pode ser ouvido.
Citação (pode ser pessoal ou por edital)-> Quando é por edital suspende o processo, pois o réu não foi encontrado.
Quando a citação é pessoal, pode ser por mandado ou hora certa. O juiz declara a ausência, caso o réu não compareça.
Autores vão dizer que quando ausente, comparecendo, vai ser ouvido. Outros vão dizer que independente de ser ausente ou não, vai poder ser ouvido
 Confessa Total ou Parcial
Dia do Interrogatório---------Comparece Nega
 Silencio
 
 --------- Não comparece
Art 200. A confissão é retratável. Permite concluir que vai ser reinterrogado. 
Pode ter sido interrogado e depois quer ser reinterrogado novamente para confessar. Entende-se que pode.
O juiz não pode decidir com base em provas concedidas exclusivamente em inquérito. 
O CPP não estabelece um momento único de comparecimento do réu- doutrina majoritária. Mas há entendimento minoritário de que se o réu não compareceu, acabou sua chance de ser interrogado.
Lugar: A regra é que o interrogatório seja na sede do juízo, mas há exceções.
Exceções:
a) Precatória/ rogatória 
b) Vídeo conferência (expede precatório para vídeo conferência. Pode ter vídeo conferência em presídio também)
c) No lugar onde está o réu (o réu pode estar preso em outro lugar ou doente e impossibilidade de deslocar ao juízo. Pode deslocar o juízo para onde o réu está, mas é muito custoso para o estado, sendo exceção. Quando réu está preso comtempla a possibilidade do juízo ir até o presídio, pelo risco de arrebatamento de preso, além de ser mais custosa).
Forma: é oral e só excepcionalmente é escrito. Tem direito a prestar o interrogatório escrito: o presidente da república, residente do senado e da câmara dos deputados. Risco disso: alguém pode responder por ele.
Duas fases do interrogatório.
1. Na primeira parte ele individualiza o interrogatório, pergunta sobre o interrogado.
2. Sobre os fatos 
Medidas Cautelares no Processo Penal- 2º Bimestre
· Pessoais: São aquelas que recaem na pessoa do acusado
· Patrimoniais: O patrimônio dele ou já transferido a terceiro
Probatórias: São medidas tendentes a garantir e preservar provas: como busca em apreensão, quebra de sigilo telefônico, quebra de sigilo bancário.
· Pessoais: são de duas ordens
1. Prisão cautelar ou prisão sem pena: cautela é cuidado, sempre uma medida visando cuidar de um interesse (diferente de prisão pena- efetividade da justiça, executa uma decisão). 
Medida Cautelar de prisão se divide em 3: 
a. Flagrante (CPP)
b. Preventiva(CPP)
c. Temporária (lei 7960/89)
Princípios aplicáveis:
a. Devido Processo Legal- 5º, LIV. (ninguém será privado da liberdade e de seus bens sem o devido processo legal). Mas e a prisão em flagrante? Ato por meio do qual se dá início ao inquérito. CADA ATO TEM O SEU DEVIDO PROCESSO LEGAL. A prisão em flagrante é toda regulamentada na lei, desrespeita o devido processo legal se exerce o flagrante de forma diversa como o regulado.
Está respeitado o Processo Legal quando cumpre os requisitos daqueles atos.
A prisão em flagrante não é inconstitucional.
Prisão Pena (execução provisória e execução definitiva- não cabe mais recurso)
b. Inocência: 5º, LVIII: ninguém será considerado culpado até sentença penal transitada em julgado. De não ser submetido a pena antes do TJ.
c. Princípio da Proporcionalidade: decorre da interpretação sistemática. Se divide em necessidade (o próprio processo inteiro é ato de coerção estatal. A prisão preventiva ou qualquer medida cautelar é o extremo da gravidade, logo essa medida mais grave se submete a necessidade) e adequação (uma escolha entre opções- o que é mais adequado, vou olhar o rol de possibilidades a medida mais adequada para acautelar o que quero de forma menos gravosa).
Aury e Paccielli: Todo processo penal se submete a dois postulados constitucionais- orienta os princípios: máxima efetividade de direitos fundamentais e mínimo intervenção. 
Princípio da Vedação da proteção deficiente:
1. PRISÃO PREVENTIVA: 311 até 316 CPP
Natureza: Medida Cautelar. Art 288, §6-> é a última ratio da extrema ratio (o processo penal ao todo é uma medida extrema do estado). A prisão preventiva é a medida mais grave, deve verificar se não é possível medida diversa.
1.1 Pressupostos: Se dividem em dois:
1.1.1 Probatório: Fumus Comissi Delicti= prova da materialidade do crime e indícios suficientes de autoria. Art 312, última parte.
1.1.2 Pressuposto cautelar= Periculum libertatis: perigo em manter em liberdade. Art 312, primeira parte.
Interesses da Jurisdição: endo e extraprocessuais. Basta um dos 4, mas pode fundamentar em mais de um.
· Garantia da ordem pública: 
· Garantia da ordem econômica: Espécie da garantia da ordem pública. Ex: crimes 
· tributários, lavagem de dinheiro, evasão de divisas. Se referem a crimes contra a ordem econômica. 
· Aplicação da lei penal: fato concreto-> Fuga, ou porque já fugiu ou se for pego tentando fugir. 
· Conveniência da instrução criminar: Precisa de um fato concreto- tenta atrapalhar a prova. 
 
Interesses da Jurisdição endoprocessuais: Preservar e garantir a prova daquele processo e a eficácia daquela sentença. 
Extraprocessuais: Social. Acautelamento de interesse social, fora do processo.
Não basta o juiz citar o texto de lei, precisa dizer qual o fato direto que se amolda a esses pressupostos de cautela. 
2. Regra de tratamento: toda medida cautelar imposta deve ter medida autoriza
3. Medida diversa da prisão: Medidas de cautela diferente da prisão. Entrou no código em 2011. Ex: Tornozeleira eletrônica, proibir de deixar o país. 
Aula 25.04.18
Prazo jurisprudencial: 
O processo pode durar mais tempo que o processo.
Deduzo o prazo pela soma dos prazos dos atos.
Terminado o inquérito vai para o MP. 
Art 800 CPC 
Critérios: duração da persecução, conforme o procedimento.Procedimento # Processo. 
Procedimento pode ser: Art 394, CPP
· Ordinário- maior que 4 anos
· Sumário- até 4
· Sumaríssimo- até dois
· Especial
· 
O CPP foi reformado na parte de procedimento e a soma dos procedimentos ordinários agora dá 86 dias. O prazo de duração é um critério, a partir da execução da medida começa a contra o prazo de duração da medida protetiva. 
Excesso de Pena: Pode ser justificado na razoabilidade. Vai considerar complexidade do caso, atuação da defesa e inércia estatal. 
O que não pode acontecer é inércia estatal com o réu preso em preventiva. Se tive, não importa o crime, o excesso não está justificado.
Tem complexidade e tem atuação do estado é defendida a prisão pela razoabilidade.
Ex: Quando uma pessoa é doente mental- é inimputável. No curdo do processo ficou doente, mas ao tempo da conduta existia capacidade mental. Determina a suspenção do processo e do prazo prescricional até a doença cessar. A defesa está atravancando o processo- não é argumento 
Aula 02.05.18
Prisão domiciliar
· Na LEP (lei execução penal. Já existia a possibilidade da pessoa cumprir pena em casa, mas não falava isso na prisão cautelar, existia um vácuo na legislação que foi suprida pela lei 12.403/11 e foi alterada em 2016).
· No CPP-> lei 12403/11. Art 317 e 318. É aplicada em substituição da preventiva. O juiz deve decretar a preventiva e olhar no caso concreto que a pessoa pela sua peculiaridade não pode ficar no cárcere, então substitui pela prisão domiciliar.
· Não é uma medida diversa da prisão. É uma prisão, mas em casa.
Art. 317.  A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela ausentar-se com autorização judicial.              
Art. 318.  Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:     
I - maior de 80 (oitenta) anos (pela dignidade da pessoa humana);         
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;(também pode ser aplicada para pessoas idosas não presente no inciso I).             
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência (não precisa ser necessariamente a mãe ou o pai, mas sim uma pessoa que cuida de uma criança menor de 6 anos. Na segunda opção a deficiência deve ser debilitante);                 
IV - gestante;            
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos (deve morar na mesma casa que a mãe. Vai ficar em prisão domiciliar mesmo se dividir os cuidados com outra pessoa);            
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos.            
Parágrafo único.  Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo.        
IV,V e VI: Foram alterados em 2016
Antes:
IV: Gestante a partir do sétimo mês, salvo gravidez de risco.
Para cumprir pena grave pode mulher grávida, salvo se na LEP é gravidez de risco. 
V: A exigência anterior era que a mãe fosse a única a cuidar do filho.
VI: Foi incluído pela reforma de 2016
· Deve trazer prova inidônea da condição para prisão domiciliar.
· Pode de ofício determinar a preventiva e de ofício decretar a substituição, caso já provado essa condição.
PRISÃO ESPECIAL- 295 CPP
Só é admitida enquanto prisão cautelar, ou seja, não existe prisão especial para cumprir pena.
 Art. 295.  Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva:
        I - os ministros de Estado;
        II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios, o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários, os prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia       
 III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de Economia Nacional e das Assembléias Legislativas dos Estados;
        IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito";
        V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;           
        VI - os magistrados;
        VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da República;
        VIII - os ministros de confissão religiosa;
        IX - os ministros do Tribunal de Contas;
        X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo de incapacidade para o exercício daquela função;
        XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e Territórios, ativos e inativos
        § 1o A prisão especial, prevista neste Código ou em outras leis, consiste exclusivamente no recolhimento em local distinto da prisão comum.           
        § 2o Não havendo estabelecimento específico para o preso especial, este será recolhido em cela distinta do mesmo estabelecimento.             
        § 3o A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo, atendidos os requisitos de salubridade do ambiente, pela concorrência dos fatores de aeração, insolação e condicionamento térmico adequados à existência humana.         
        § 4o O preso especial não será transportado juntamente com o preso comum.               
        § 5o Os demais direitos e deveres do preso especial serão os mesmos do preso comum
· Antes era em sala de estado maior, hoje pode ser em cela especial.
Preso especial só pode dividir cela com preso especial.
Advogado, juízes e membros do MP têm direito a sala de estado maior.
Juízes de 1º grau e segundo grau têm decidido que pode ser em cela especial, caso não tenha sala.
PRISÃO EM FLAGANTE
Art. 302.  Considera-se em flagrante delito quem:
        I - está cometendo a infração penal;
        II - acaba de cometê-la;
        III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
        IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
1. Flagrante real ou próprio: Inciso I (está cometendo a ação, não tenho dúvida da autoria) e II (quem acaba de cometer o ato- perseguido logo após em situação que permita presumir a autoria ).
2. Flagrante ficto ou impróprio: Inciso III
3. Flagrante presumido: IV
Tourinho e Pachielli dizem que a única que dá certeza de autoria é a o Inciso I (está cometendo a ação, não tenho dúvida da autoria).
Art. 290.  Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o executor poderá efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à autoridade local, que, depois de lavrado, se for o caso, o auto de flagrante, providenciará para a remoção do preso.
        § 1o - Entender-se-á que o executor vai em perseguição do réu, quando:
        a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o tenha perdido de vista;
        b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha passado, há pouco tempo, em tal ou qual direção, pelo lugar em que o procure, for no seu encalço.
        § 2o  Quando as autoridades locais tiverem fundadas razões para duvidar da legitimidade da pessoa do executor ou da legalidade do mandado que apresentar, poderão pôr em custódia o réu, até que fique esclarecida a dúvida.
Logo após: perseguição logo após do crime
 Relação de imediatidade entre o início da perseguição e o crime
HIPÓTESES DE FLAGRANTE
4. IV-> Presumido
Em crime permanente: 303, CPP- posição do STF (evitar flagrante forçado, em que a pessoa crime hipótese de flagrante delito que não existia). O STF ficou preocupado que houvesse flagrante forçado por invasão de domicílio, então decidiu que pode invadir se tiver elementos fáticos substanciais, que verifiquem a possibilidade do flagrante delito e esses devem der documentados.
É encontrado, sem ter sido perseguido, na posse de papeis, armas, objetos que fazem presumir ser ele o autor da infração. 
Ex: O sujeito acabou de furtar o carro e parou em uma blitz. 
A jurisprudência não diz oque é o logo depois: pode pensar-se em algumas horas (1-2 horas).
Porte de drogas, armazenamento: enquanto está guardando, prolongando o delito. Pode ser preso em flagrante delito. Houve um momento de consumação, mas continuou praticando ato do tipo.
Crime permanente: Em permanente flagrante delito pelo inciso I, pois está prolongando o delito. Art 303
Quando alguém prende alguém em flagrante, a sua conduta de amolda a conduta típica do sequestro. Policial: escrito cumprimento do dever legal. 
Juiz e MP: podem, não possuem dever de prender, pois não possuem esse preparo. 
Não pode o juiz dar voz de prisão ao advogado quando este está realizando um dever/ direito seu. 
Quando se trata de qualquer pessoa dando voz de prisão de flagrante para outro, está em Exercício Regular de um Direito.
· A lei permite o uso da força moderada e necessária para vencer residência em flagrante.
· Art 301. O flagrante é para quem comete infração penal, ou seja, contravenção penal e crime doloso ou crime culposo.
· Se for menor de 18 anos é apreendido em flagrante. Maior de 18 anos pode ser preso, é lavrado auto de flagrante.
· Doença mental: para ser inimputável deve ser portadora da doença e a doença ter sido motivo da realização da conduta. Pode prender em flagrante delito até que se averigue a doença mental. 
 Autoridade Policial (deve realizar o flagrante- age no estrito
 Ativa cumprimento do dever legal e se não fizer: crime de precarização. 
 Art 319 CP (não é crime quando não tem como agir)
 MP- pode
Legitimidade Juiz- pode. Art 307.
 Art 301 CPP Qualquer pessoa- pode
 
 Passiva
Tipos de Flagrante:
1. Postergado/ Diferido: A polícia pode enxergar o crime acontecer, mas espera para dar flagrante em momento posterior. Tem previsão na lei 343/06, art 53, II (lei de drogas)- meio de investigação para identificar o maior número de pessoas e depende de autorização/comunicação do juiz. O juiz e o MP devem ter conhecimento para o policial não alegar que não deu prisão de flagrante, pois estava investigando para prender o maior número de pessoas.
A lei fala em autorização, mas é uma comunicação ao juiz. 
2. Flagrante Forjado/ preparado: "O flagrante preparado ocorre quando uma pessoa (agente provocador), policial ou qualquer do povo (inclusive o ofendido), induz o agente a praticar um ato criminoso, mas, concomitantemente, toma cautelas que tornam impossível a consumação da infração penal. É uma forma irregular de prisão
3. Flagrante Esperado: não tem previsão legal. Serve para qualquer crime e não apenas ao de drogas. Ex: hipótese em que o juiz defere a interceptação telefônica e sabe que vai ter um crime, aguarda começar a acontecer, início da execução para dar o flagrante. É reconhecido como ato válido pelo STF. 
4. Flagrante controlado
Aula 09.05.18
Associação criminosa: nome a antiga quadrilha é diferente de organização criminosa (estrutura organizacional dentro de uma forma de administração de empresa).
Lei da Organização criminosa: regulamenta meios de legislação, como a colaboração premiada. Traz a regulamentação do agente infiltrado e a ação controlada (Art 8°)
Ação Controlada: Consiste em uma investigação em parte contemplativa
Pode limitar até que ponto pode ficar observando 
· Meio investigativo que para ser eficaz, não prenderá em flagrante mesmo vendo o crime. Vai aguardar devido a ação controlada.
· “homem por detrás do homem”. Detrás tem quem mande. 
5. Flagrante provocado ou esperado: reconhecido como ilegal pelo STF. Súmula 145. Não há crime quando a preparação do flagrante torne possível a sua 
O STF (súmula 145 ) chama de preparado o que o Bittenncourt chama de provocado.
Art 17 CP- crime impossível (absoluta impropriedade do meio ou do objeto). 
Quando a polícia provoca e não vai deixar consumar, estamos diante de um crime impossível (para o STF).
Artigo 342 CPP.
Aula dia 22.05.18- Procedimento no Flagrante
Vai ser conduzida a delegacia mesmo se presa em flagrante. Formalidades para dar existência ao ato ou de dignidade da pessoa. 
1. Vai identificar se era hipótese de flagrante. Vai ter que estar escritos as circunstâncias da prisão, não só por quem prendeu, mas também do depoimento de quem foi preso.
Recibo do Preso: chegou na delegacia com o preso, pega recibo que entregou.
Se tiver machucados: lavra o ato constando o tipo de machucado e levam para fazer exame médico.
IML: 
Lavratura: 
· Presidencia do ato: delegado. Deve ter o nome do delegado e assinatura dele.
· Lavratura: escrivão. O escrivão é ad doc (nomeado para o ato) ou concursado público. A lavratura deve ser feita pelo escrivão, por fato de fé pública. Deve ser assinado pelo escrivão também.
· Oitiva de condutor e testemunha: Art 304. Na delegacia serão ouvidos o condutor e testemunha. Primeiro houve o condutor e o dispensa. A Jusrisprudência vem dizendo que não é necessário oitiva de testemunha quando há oitiva do condutor. Quando é a autoridade que faz a prisão em flagrante (delegado) ele lavra o auto, não há oitiva do condutor nesse caso.
· Interrogatório-> Dtos Silêncio 
 Comunicar alguém-> assist. de adv (art 5º, LV)
 Nota de culpa 
· Silêncio: Direito Fundamental, é obrigatório, art 63,64,65. O preso dve ser avisado que pode ficar em silencio e isso deve constar.
Prisão ilegal: relaxamento
· Preso não tem direito ao telefonema, é a polícia que faz esse chamado. Deve constar na lavratura do escrivão. Presunção de veracidade, se está escrito que fizeram tem essa presunção.
Tem 24 horas para informar da prisão. 
Tem direito a assistência da família e do advogado.
Na investigação não é obrigatório a presença de advogado, o delegado não é obrigado a nomear. Mas se tiver advogado, este acompanha o ato. Súmula vinculante 14.
· Nota de Culpa: o preso tem direito de saber quem é o responsável pela sua prisão e o seu interrogatório policial- vai contar o nome dele, o delegado, data da prisão, motivo e entrega para o preso. 
Se o preso for analfabeto ele lê o interrogatório e chama duas testemunhas (presenciaram a leitura e entrega da nota de culpa), o mesmo acontece caso o preso negue a assinatura da nota de culpa.
· Remessa de cópia- 24 hrs 
Art 306, §1: Vai para defensoria cópia se o sujeito não chamou ou indicou advogado, manda cópia também ao MP. 
O Conselho Nacional de Justiça decidiu dar efetividade do pacto de São José toda pessoa tem direito a audiência, criou por ato normativa a audiência de custódia (Juiz decide se vai soltar ao manter preso). 
Quando alguém é preso, a comunicação vai para Vara de Custódia. Fora do horário da vara, o Juiz de plantão pode aplicar o art 310.
· Não tem muita efetividade, normalmente não é escutado imediatamente- 24 horas.
· A audiência de custódia tem a finalidade aplica o art 306, dando o preso uma audiência. Não é um sumário de culpa.
Artigo 310 CPP.
I- Relaxar se for ilegal. Não aconteceu um uma das hipóteses possíveis de prisão preventiva, não foi presidido pelo delegado de polícia, não respeitou os direitos do preso, prisão em flagrante preparada.
Depois de 2011 o juiz relaxa, mas não pode decretar a preventiva. Converter é diferente de decretar, o juiz não pode decretar de ofício, mas pode de ofício converter se a hipótese foi legal de preventiva foi legal e há a necessidade de manter preso.
II- Converter em preventiva (prova da materialidade do crime e indícios de autoria), se houver necessidade de manter preso.
III- Conceder liberdade provisória, com ou sem fiança ou outra medida cautela diversa.
Antes de 2011: Se o juiz não relaxasse, homologava o flagrante. Depois de 2011 se não relaxar ouconverte em preventiva ou concede liberdade provisória, não pode mais só homologar. Força o juiz a ler o auto de flagrante.
Flagrante---- Juiz----- 310, II-------------- converte em preventiva.
Liberdade Provisória
Inciso 5º, LXV, CF
Apareceu no código a primeira vez condicionada a fiança. Num segundo momento, para os pobres foi concedido liberdade provisória para os presos sem fiança.
Chamava de provisório pela presunção de culpa.
CF: leio a presunção de inocência.
TODA PRISÃO É PROVISÓRIA, TODA LIBERDADE ÉA REGRA.
Liberdade Provisória
· Pressupõe a prisão em flagrante. Maneira de desfazer uma prisão em flagrante. É uma medida cautelar, pois submete o preso a obrigações previstas no artigo 327 e 328 CPP, se for sem fiança. Quando é com fiança se submete aos arts. 327,328 e 341, CPP.
· Mas se for pobre e tiver fiança, concede sem fiança, mas continua sujeito aos 3 artigos.
Aula dia 23.05.18
O juiz pode não ver a necessidade da fiança ou pelo fato de ser pobre.
Liberdade provisória com Fiança: não pressupõe flagrante, não é apenas uma condição de liberdade provisória. Tem previsão no 319, inciso VIII como medida cautelar diversa da prisão, como no art 310, III e 321 CPP (com fiança).
· Conceito finalidade (extrai a finalidade do próprio conceito). Quando a fiança apareceu ela era só condição de liberdade provisória. Hoje fiança é uma garantia real de comparecimento de indiciado ou acusado a todos os atos da persecução e de atendimento aos demais interesses da jurisdição.
Interesses da jurisdição: 283, II e 312 CPP. A fiança tem a mesma pretensão. Se o juiz não vê riscos ao interesse da jurisdição, não precisa estabelecer fiança.
Fiança: medida cautela diversa da prisão, não é mais condição para concessão de liberdade provisória tal e qual era quando surgiu no CPP em reforma processual da década de 70.
Reforma de 2011: Pretensão de reduzir as prisões provisórias, deu legitimidade ao delegado de arbitrar a fiança. Pode arbitrar nas situações que anteriormente ele não podia soltar, quando o crime tem pena máxima igualou menor a 4 anos.
Se pagar na delegacia a fiança, deve pegar o recibo do pagamento. Se o juiz entender que a fiança foi pouca pode expedir mandado de prisão para reforçar a fiança.
· Natureza
· Legitimidade para arbitramento
Critérios para arbitramento:
· Deve considerar os riscos
· Garantia: deve ter em conta o poder econômico. Nada-pouco-médio-muita a considerar a fortuna. Art 325 e 326.
Art. 325.  O valor da fiança será fixado pela autoridade que a conceder nos seguintes limites:                       
a) (revogada);                        
b) (revogada);                       
c) (revogada).                     
I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de infração cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo, não for superior a 4 (quatro) anos;                    
II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o máximo da pena privativa de liberdade cominada for superior a 4 (quatro) anos.                    
§ 1o  Se assim recomendar a situação econômica do preso, a fiança poderá ser:                        
I - dispensada, na forma do art. 350 deste Código;                  
II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); ou                     
III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes.                         
        Art. 326.  Para determinar o valor da fiança, a autoridade terá em consideração a natureza da infração, as condições pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado, as circunstâncias indicativas de sua periculosidade, bem como a importância provável das custas do processo, até final julgamento.
A fiança eventualmente pode ser usada para reparar o dano. Do lícito recebe a fiança, do dinheiro ilícito sequestra_> muito usado na lava jata.
Art. 341.  Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado
I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de comparecer, sem motivo justo;                      
II - deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do processo;   (O que é considerado obstrução do processo? Quando ficar constatado que o réu tentou obstruir)                       
III - descumprir medida cautelar imposta cumulativamente com a fiança;       Se o juiz impor a fiança junto com outra  coisa e você descumpre essa coisa.               
IV - resistir injustificadamente a ordem judicial. (Quais os limites? Mto genérica)
V - praticar nova infração penal dolosa. 
Art. 344.  Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança, se, condenado, o acusado não se apresentar para o início do cumprimento da pena definitivamente imposta.   
       
· Perda de metade do valor da Fiança para a União. A decisão de quebra da fiança é recorrível. Garantia de cumprimento no curso do processo, se não cumpriu, mesmo assim se for absolvido, vai ter perdido a metade da sua fiança da mesma forma.
· Se fugir perde a fiança.
Inafiançabilidade e prisão temporária
Aula 05.06.18
Fiança-> inafiançabilidade
Não é caso de relaxar, converter o flagrante em preventiva, é caso de conceder liberdade e impor medida cautelar diversa da prisão. 
Ex: seu crime é de drogas (inafiançável)- Vê que não tem necessidade de manter preso, mas não vai impor fiança por ser inafiançável.
A intenção do legislador era tornar mais grave.
Tortura, terrorismo, tráfico de drogas, os hediondos são todos inafiançáveis.
Estava com os olhos voltados para legislação do CPP original 
PRESUNÇÃO DE CULPA: não poderia ficar solto caso fosse
· Flagrante
· Condenado 1º grau
· Pronúncia
Surgiu na década de 70 a possibilidade de conceder liberdade provisória no flagrante só com fiança. Mesma coisa se condenado em 1º grau e pronúncia. A fiança era apenas condição para liberdade provisória.
Por conta disso dizer que o crime era inafiançável era a mesma coisa que dizer que era Insuscetível de liberdade provisória.
Depois surgiu a liberdade provisória sem fiança para aqueles que eram pobres.
2011- fiança agora é apenas mais uma medida cautelar diversa da prisão. Ou seja, do rol dos crimes inafiançáveis, a única medida que não pode ser utilizada é a fiança.
Ex: Foi preso em flagrante por lesão corporal, pagou fiança, ai no curso no processo ficou comprovado que era tortura (um crime inafiançável), deverá devolver o dinheiro pago.- TORNA-SE UM BENEFÍCIO.
PRISÃO TEMPORÁRIA- Previsão na Lei 7960/89. Pode ocorrer na fase de inquérito.
Existia prisão em flagrante, a preventiva e a autoridade tinha a possibilidade de determinar uma prisão para averiguação (época da ditadura).
Alguns dizem que a prisão temporária é um resgate da prisão para averiguação, mas depende de autorização judicial. 
Tem Natureza cautelar. Se submete a pressupostos de duas ordens:
1. Probatórios (art 1º, III): Quando houver qualquer prova/ informações no inquérito de direito quanto a autoria daqueles crimes, Fumus Comissi Delict. 
2. Cautelares (Art 1º, I- quando for imprescindível para realização do inquérito policial (sucesso da investigação) e II/ § único 313-> não ter identidade ou haver dúvidas). 
Cabimento Restrito: 
· Crimes que admitem
· Fase da Investigação no inquérito policial 
 - Legitimidade (se o delegado representar ou o MP requeres-havendo inquérito policial instaurado. Juiz não pode requerer de ofício)
- Prazo (a prisão temporária tem prazo previsto na lei, de 5 + 5dias ou 30+30 (crimes hediondos-8072/90)).
Antes de escoar o prazo, deve ir até o juiz e o juiz pode decretar a prorrogação. Caso não soltar, está previsto nos crimes de abuso de autoridade.
Ilegal- relaxa
Revogo- quando não tem motivo, porque prosseguir.
Acaba pelo decurso de tempo.
CAUTELARES PATRIMONIAIS/ REAIS
Art 91 CP: efeitos genéricos da condenação penal (automático, se impõe por força de lei).
a) Tornar certa a obrigação de reparar o dano
b) Perder, em favor da União, os proventos (veda enriquecimento ilícito, perde o que auferiu com o crime) do crime e os instrumentos do crime, desde que ilícitos (se for ilícito confisca. Se for lícito, depois do processo, devolve o instrumento).
· Conduta 
· Típica· Antijurídica (pressuposto da responsabilidade civil e pressuposto de crime) 
· Culpável.
A sentença Penal já reconhece o dano e o nexo de causalidade da Responsabilidade Civil, naqueles crimes que foi produzido um dano material/moral para ter Responsabilidade (causar dano).
Arts 63 (execução, no cível, de dever de reparar o dano) e 64, CPP=> ação civil e ex delicto.
Sentença Penal Condenatória: título executivo judicial no cível também.
Posso discutir no cível o quanto deve ser pago, pode majorar o valor mínimo de reparação.
Art 64. Ação de conhecimento restrito. Chama o responsável civil discutir o valor, pois a autoria, o dever de indexar já está decidido.
-Art 387, CPP=> Na sentença penal condenatória o juiz pode fixar valor mínimo para reparação do dano.
 QUER GARANTIR A EFICÁCIA DO ART 91.
Aula 06.06.18- Medidas cautelares recaem ao patrimônio para garantir o efeito civil da sentença penal.
1. Sequestro: 
1.1. Sequestro no Processo Civil: Tutela de urgência que recai sobre um bem em litígio. Fica com um depositário até o final da discussão do bem.
1.2. No processo penal é a medida que recai sobre os bens adquiridos com proventos da infração.
Em relação ao aumento patrimonial vai ser feito uma investigação do que decorreu do crime.
Ação de conhecimento (imputação da denúncia)---------------Sentença. 
Em regra, não cabe investigar o patrimônio do acusado no Processo Penal, como em lavagem de dinheiro.
Art 126 CPP: para sequestrar um bem deve haver indícios suficientes de que foi com proventos da infração. 
Pressupostos no Sequestro:
a. Fumus Comissi Delict. 126 CPP
b. Periculum in mora
c. Indícios da origem ilícita do bem. 126
O sequestro é do bem adquirido com proventos daquele crime que está sendo investigado, não vale bens adquiridos de outra infração. O estado para confiscar deve provar que o bem adveio daquela infração. 
Art 125: Bem imóveis 
Art 132: Bens móveis- cabe sequestro se não for caso de busca e apreensão- objeto sobre o qual recaiu a minha ação criminosa. A busca e apreensão de bem imóvel cabe quando o objeto é aquele alcançado com a infração.
· Tem uma finalidade dupla. 
a. Garante ressarcimento do dano. Interesse privado, pois a é interesse da vítima se ressarcir desse dano.
b. Garante o confisco do bem. Interesse público. 
· Legitimidade
Postular: delegado, MP, vítima ou de Ofício pelo juiz.
Crítica: Juiz pode decretar de ofício, mas não pode investigar a origem do provento. Ex: veio a informação no processo. Está obtendo um depoimento e vem a informação. Caso contrário, dependerá que o MP ou delegado requeiram.
· Recursos: começa a contar quando de modo inequívoco tomou conhecimento do ato. A decisão que decreta sequestro tem força definitiva (julga o mérito de uma questão incidental). Essa decisão é impugnada por Apelação, art 593, II.
· Pode também apresentar dois tipos de Embargos
· 129, CPP- 3º estranhos
· 130, CPP- avisado e 3º de boa-fé (comprou o bem do acursado pelo valor de mercado). O juiz só vai julgar depois do trânsito em julgado os embargos, se quiser o bem vai ter que depositar o valor. Caso declare ao final do processo que tem origem da infração, vai primeiro ressarcir a vítima e depois, se sobrar o terceiro de boa-fé.
· Má-fé: recebeu de presente ou comprou por preço muito menor que o de mercado.
O acusado embarga para dizer aquele sequestro é de bem de origem lícita, constrição superior.
Cabe mandado de segurança quando tem direito liquido e certo. Mas normalmente se dá por Apelação.
Art 91,§2 (acrescentado em 2002).
2. Hipoteca Legal- 134
Serve para garantir a reparação do dano a vítima. A vítima pode ser a fazenda pública (quando o crime for contra o estado), coletiva/ supraindividual (a coletividade é o titula do bem, ex: crimes contra o meio ambiente) ou individual (titular do bem jurídico lesado). 
STF declarou a inconstitucionalidade do art 142.
A vítima pobre é atendida pela defensoria pública- direito individual e direito coletivo. STF diz que o MP não pode postular.
Prof discorda: MP tem legitimidade para recorrer em juízo por danos morais e imateriais coletivos, como no CDC, lei da ação cível pública... Mas não pode requerer a medida que garante o dano, não é contraditório?
HIPOTECA LEGAL É BEM IMÓVEL
3. Arresto. Art 137
Serve para garantir a reparação do dano a vítima. É SUBSIDIÁRIO DA HIPOTECA, SERVE PARA BENS IMÓVEIS. Cabe a vítima pedir a hipoteca, se não encontrar bem imóvel ou em valor suficiente, pede o arresto de bem móvel.
A hipoteca é no CC garantia real do credor
Arresto- não é garantia real- será convertido em penhora (garantia real )na fase de execução.
Quando termina o processo a execução vai acontecer no cível, para que ele adote as providências. O sequestro executa no penal.
Tem arresto prévio- cautela da cautela 
Aula 12.06.18
Teoria das Nulidades:
Natureza: Tanto sanção como vício, sanção que decorre de um vício. Necessita do vício para ter sanção.
Vício: defeito de forma- conjunto de formalidades estabelecidas pelo legislador para um determinado ato. A formalidade é a maneira legal de realizar um ato. 
Aury: forma é garantia. As formas são instituídas coma finalidade de preservar direito.
Princípio da igualdade: paridade de armas, defesa da ampla defesa e contraditório. As formas são um tipo de limitação do estado.
Aury: Para ele violou a forma, tem nulidade. 
Pachieli: a forma não é um fim em si mesma. Se violou a forma, mas o direito que ela preserva não foi violado, não tem nulidade.
Forma: série de formalidades que unidas formam a forma que o ato deve ter.
NULIDADE É DEFEITO DE FORMA.
No direito materal: ato nulo (incapaz de produzir efeitos desde logo) e anulável (incapaz de produzir efeitos a partir de que é declarado a anulabilidade. Produz efeitos até que seja declarado nulo).
No Processo Penal ato viciado: ato nulo (como se fosse o anulável do direito civil). Toda nulidade processual depende de uma declaração judicial.
Classificação de atos viciados:
Ato inexistente: não se declara nulidade de ato inexistente. Não tem como repetir algo que não existe (ex\; sentença que não é assinada pelo juiz).
Ato Irregular: não se declara a nulidade de ato irregular, porque da irregularidade não ocorre violação de direitos. Determina na lei procedimentos, alguns não foram previstos em lei visando proteger direito, mas apenas orientações para formalizar o ato (ex: não assinar o termo é mera irregularidade, não significa dizer que teve violação de um direito)
Atos nulos: de ordem absoluta e relativa. Algumas formas previstas na lei ultrapassam os interesses das partes, para interessar o processo penal. Interessa toda e qualquer pessoa que venha a ser submetida ao processo penal, ordem pública.
Absoluta: a formalidade do ato foi instituída na garantia da ordem pública, interessando o seu respeito à atividade jurisdicional como atividade justa. Aquela formalidade determina o modo de atuação estatal, a sentença deve decorrência de um processo justo.
Relativa: A formalidade foi instituída no interesse primordial da parte. (ex: o juiz diminui o prazo, mas não falo nada e cumpro nesse período). 
	Absoluta
	Relativa
	1. Pode ser arguida depois do trânsito em penal condenatória. 
2. Pode ser declarada de ofício em qualquer jurisdição.
Revisão criminal (depois do trânsito em julgado). HC (pode arguir antes e depois do trânsito em julgado).
3. O prejuízo decorrente do vício é presumido.
	1. Tem prazo para arguir (preclusão)
2. Não sendo arguida pela parte se convalida.
3. O prejuízo precisa ser demonstrado pela parte. Diz qual é o prejuízo.
4. Não pode ser arguida por quem lhe deu causa.
 Hoje STJ, STF: não importa se a nulidade é absoluta ou relativa, a parte deve demonstrar qual foi o seu prejuízo.
Art 564, CPP-> rol das nulidades.
Nulidades em espécie. 
Exemplificativo de nulidades, outros dizem que é taxativo.
Aury: haverá nulidade absoluta sempre que houver violação a CF. 
Há diferenciação das absolutas e relativas.
Art 572 CPP: As nulidades previstas no art 564, inciso III, letra ...., considerar-se-ão sanadas

Continue navegando