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Processo Civil II

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CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 1 
 
PROCESSO CIVIL – PARTE II 
APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................. 10 
TEORIA GERAL DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS E NEGÓCIO JURÍDICO PROCESSUAL 11 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................................... 11 
2. PROCESSO E PROCEDIMENTO ............................................................................................. 11 
3. MODELOS PROCEDIMENTAIS COGNITIVOS ........................................................................ 11 
 PROCEDIMENTO COMUM ................................................................................................ 12 
 PROCEDIMENTO ESPECIAL ............................................................................................ 12 
4. MODELOS PROCEDIMENTAIS EXECUTIVOS ....................................................................... 12 
 PROCEDIMENTO COMUNS .............................................................................................. 12 
 PROCEDIMENTO ESPECIAL ............................................................................................ 12 
5. MODELOS PROCEDIMENTAIS DE URGÊNCIA ..................................................................... 13 
 ANTECEDENTES ............................................................................................................... 13 
 INCIDENTES ....................................................................................................................... 13 
6. REGRA DA SUBSIDIARIEDADE DO PROCEDIMENTO COMUM .......................................... 13 
7. FUNDAMENTO PARA ELEIÇÃO DO PROCEDIMENTO ESPECIAL ...................................... 13 
8. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS ............................................... 14 
9. CUMULAÇÃO DE PEDIDOS E PROCEDIMENTOS ESPECIAIS ............................................ 14 
10. TIPICIDADE, DÉFICIT PROCEDIMENTAL ........................................................................... 15 
11. FEXIBILIZAÇÃO PROCEDIMENTAL ..................................................................................... 15 
 FLEXIBILIZAÇÃO LEGAL ALTERNATIVA ......................................................................... 15 
 FLEXIBILIZAÇÃO LEGAL GENÉRICA ............................................................................... 16 
 FLEXIBILIZAÇÃO JUDICIAL .............................................................................................. 16 
 FLEXIBILIZAÇÃO VOLUNTÁRIA ....................................................................................... 16 
12. NEGÓCIO JURÍDICO PROCESSUAL ................................................................................... 17 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS.............................................................................................. 17 
 CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................................ 17 
12.2.1. Quanto à previsão legal específica ............................................................................. 17 
12.2.2. Quanto ao momento .................................................................................................... 18 
12.2.3. Quanto ao conteúdo .................................................................................................... 18 
 CONDIÇÕES GENÉRICAS DE ADMISSIBILIDADE ......................................................... 19 
12.3.1. Agente capaz ............................................................................................................... 19 
12.3.2. Objeto lícito .................................................................................................................. 19 
12.3.3. Forma ........................................................................................................................... 20 
12.3.4. Autonomia da vontade ................................................................................................. 20 
 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DE ADMISSIBILIDADE ....................................................... 20 
12.4.1. Capacidade específica das partes .............................................................................. 20 
12.4.2. Direitos que admitam autocomposição ....................................................................... 21 
 CONTROLE DA VALIDADE DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCESSUAIS ................. 21 
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS EM ESPÉCIE ............................................................................... 23 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................................... 23 
2. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO ........................................................................ 23 
 GENERALIDADES DE DIREITO MATERIAL .................................................................... 23 
 OBRIGAÇÕES CONSIGNÁVEIS ....................................................................................... 23 
 HIPÓTESES DE CABIMENTO ........................................................................................... 24 
2.3.1. Mora accipiens ............................................................................................................. 24 
2.3.2. Incognittio ..................................................................................................................... 24 
 CUMPRIMENTO DE SENTENÇA ÀS AVESSAS .............................................................. 24 
 EFEITOS DA CONSIGNAÇÃO ........................................................................................... 25 
 LEGITIMIDADE ................................................................................................................... 25 
 
 
CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 2 
 
2.6.1. Ativa.............................................................................................................................. 25 
2.6.2. Passiva ......................................................................................................................... 26 
 COMPETÊNCIA MATERIAL E TERRITORIAL .................................................................. 26 
 PROCEDIMENTOS ............................................................................................................. 27 
2.8.1. Consignação em pagamento extrajudicial .................................................................. 27 
2.8.2. Consignação em pagamento judicial........................................................................... 29 
 CONSIGNAÇÃO NOS CASOS DE INCOGNITTIO............................................................ 32 
 CONSIGNAÇÃO DE PRESTAÇÕES SUCESSIVAS ......................................................... 33 
 CONSIGNAÇÃO NA LEI DE LOCAÇÕES ......................................................................... 33 
 CONSIGNAÇÃO EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA ................................................................... 34 
3. AÇÃO DE EXIGIR CONTAS ...................................................................................................... 34 
 GENERALIDADES DE DIREITO MATERIAL .................................................................... 34 
 REGIME JURÍDICO ............................................................................................................ 34 
3.2.1. Dever legal de administrar ........................................................................................... 34 
3.2.2. Dever contratual de administrar................................................................................... 35 
 FIM DO RITO ESPECIAL DA AÇÃO DE DAR/PRESTAR CONTAS ................................ 35 
 COMPETÊNCIA .................................................................................................................. 36 
 LEGITIMIDADEDA AÇÃO DE EXIGIR CONTAS .............................................................. 36 
3.5.1. Legitimidade ativa ........................................................................................................ 36 
3.5.2. Legitimidade passiva ................................................................................................... 36 
 AÇÃO DE EXIGIR CONTAS E OBJETOS ......................................................................... 37 
 PROCEDIMENTO BIFÁSICO ............................................................................................. 37 
3.7.1. Petição inicial ............................................................................................................... 37 
3.7.2. Citação e resposta do requerido ................................................................................. 37 
3.7.3. Decisão interlocutória de mérito ou sentença ............................................................. 38 
3.7.4. Requerido presta as contas ......................................................................................... 38 
3.7.5. Requerido não presta as contas .................................................................................. 38 
3.7.6. Instrução pericial .......................................................................................................... 39 
3.7.7. Sentença, sucumbência e recurso .............................................................................. 39 
3.7.8. Ação dúplice ................................................................................................................. 39 
4. AÇÃO DE FAMÍLIA..................................................................................................................... 39 
 GENERALIDADES DE DIREITO MATERIAL .................................................................... 39 
 ROL EXEMPLIFICATIVO .................................................................................................... 39 
 AUDIÊNCIA INAUGURAL DE MEDIAÇÃO ........................................................................ 40 
 CITAÇÃO DO REQUERIDO SEM A CONTRA-FÉ ............................................................ 40 
 ESCUTA ESPECIAL ........................................................................................................... 41 
5. AÇÕES POSSESSÓRIAS.......................................................................................................... 41 
 GENERALIDADES DE DIREITO MATERIAL .................................................................... 41 
5.1.1. Propriedade .................................................................................................................. 41 
5.1.2. Posse ........................................................................................................................... 41 
5.1.3. detenção ....................................................................................................................... 42 
 DEFESA JURÍDICA DAS COISAS ..................................................................................... 42 
5.2.1. Propriedade (ius possiendi) ......................................................................................... 42 
5.2.2. Posse (ius possessionis) ............................................................................................. 42 
5.2.3. Detenção ...................................................................................................................... 43 
 AÇÕES POSSESSÓRIAS DE RITO ESPECIAL ............................................................... 43 
5.3.1. Espécies e fungibilidade .............................................................................................. 43 
5.3.2. Ação de força nova X ação de força velha .................................................................. 44 
 
 
CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 3 
 
5.3.3. Objetos da ação possessórias..................................................................................... 45 
5.3.4. Competência ................................................................................................................ 45 
5.3.5. Legitimação .................................................................................................................. 46 
 PROCEDIMENTO ESPECIAL DAS POSSESSÓRIAS INDIVIDUAIS ............................... 47 
5.4.1. Petição inicial ............................................................................................................... 47 
5.4.2. Admissibilidade ............................................................................................................ 48 
5.4.3. Liminar (Tutela de evidência) ...................................................................................... 48 
5.4.4. Contestação ................................................................................................................. 49 
5.4.5. Rito comum .................................................................................................................. 49 
 PROCEDIMENTO ESPECIAL DAS POSSESSÓRIAS E PETITÓRIAS NAS INVASÕES 
COLETIVAS ................................................................................................................................... 50 
6. AÇÃO MONITÓRIA .................................................................................................................... 50 
 GENERALIDADES DE DIREITO MATERIAL .................................................................... 50 
 NATUREZA DA MONITÓRIA NO BRASIL ......................................................................... 51 
 PRESSUPOSTOS ............................................................................................................... 51 
6.3.1. Prova escrita ................................................................................................................ 51 
6.3.2. Sem eficácia de título executivo .................................................................................. 51 
6.3.3. Contra pessoa capaz ................................................................................................... 51 
 CABIMENTO ....................................................................................................................... 52 
 PROCEDIMENTO MONITÓRIO ......................................................................................... 52 
6.5.1. Petição inicial ............................................................................................................... 52 
6.5.2. Juízo de admissibilidade .............................................................................................. 52 
6.5.3. Expedição de mandado monitório ............................................................................... 53 
6.5.4. Respostas do requerido ............................................................................................... 54 
6.5.5. Embargos ao mandado monitório ............................................................................... 55 
7. EMBARGOS DE TERCEIROS ................................................................................................... 57 
 CONCEITO .......................................................................................................................... 57 
 COMPETÊNCIA .................................................................................................................. 58 
 NATUREZA ......................................................................................................................... 59 
 PRAZO ................................................................................................................................ 59 
 LEGITIMIDADE PASSIVA .................................................................................................. 60 
 PROCEDIMENTO ...............................................................................................................60 
 SÚMULAS ........................................................................................................................... 61 
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL ..................................................................................... 63 
 PRINCÍPIO DA NULLA EXECUTIO SINE TITULO ............................................................ 63 
 PRINCÍPIO DA MÁXIMA EFETIVIDADE ............................................................................ 63 
 PRINCÍPIO DO MENOR SACRIFÍCIO ............................................................................... 64 
 PRINCÍPIO PATRIMONIALIDADE ..................................................................................... 65 
 PRINCÍPIO DA ATIPICIDADE DOS MEIOS ...................................................................... 66 
 PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE DA EXECUÇÃO ......................................................... 66 
 PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA ........................................................... 66 
 PRINCÍPIO DA BOA-FÉ E PROBIDADE PROCESSUAL ................................................. 67 
 PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE DA EXECUÇÃO ........................................................ 67 
3. PARTES NO PROCESSO DE EXECUÇÃO .............................................................................. 68 
 ATIVA .................................................................................................................................. 68 
3.1.1. Ordinária ....................................................................................................................... 68 
3.1.2. Ordinária derivada ou superveniente .......................................................................... 68 
3.1.3. Extraordinária ............................................................................................................... 68 
 
 
CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 4 
 
 PASSIVA ............................................................................................................................. 68 
3.2.1. Ordinária ....................................................................................................................... 69 
3.2.2. Ordinária derivada ou superveniente .......................................................................... 69 
3.2.3. Responsável tributário ................................................................................................. 69 
 LITISCONSÓRCIO E CUMULAÇÃO DE DEMANDAS EXECUTIVAS .............................. 69 
 INTERVENÇÃO DE TERCEIROS ...................................................................................... 70 
4. COMPETÊNCIA NA EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL ............................................ 70 
 EXECUÇÃO CIVIL .............................................................................................................. 70 
 EXECUÇÃO FISCAL........................................................................................................... 71 
 CONEXÃO ........................................................................................................................... 71 
5. REQUISITOS PARA REALIZAÇÃO DA EXECUÇÃO ............................................................... 72 
 INADIMPLEMENTO ............................................................................................................ 72 
 TÍTULO EXECUTIVO .......................................................................................................... 73 
6. CARACTERES DO TÍTULO EXECUTIVO ................................................................................ 73 
 CERTEZA ............................................................................................................................ 73 
 LIQUIDEZ ............................................................................................................................ 74 
 EXIGIBILIDADE................................................................................................................... 74 
7. TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS ............................................................................. 75 
 CONSIDERAÇÕES GERAIS .............................................................................................. 75 
7.1.1. Critério para eleição ..................................................................................................... 75 
7.1.2. Títulos abertos e títulos fechados ................................................................................ 75 
7.1.3. Rol exemplificativo ....................................................................................................... 75 
7.1.4. Títulos extrajudiciais ilíquidos ...................................................................................... 76 
7.1.5. Título extrajudicial estrangeiro ..................................................................................... 76 
7.1.6. Possibilidade de manejo da ação de conhecimento ................................................... 76 
7.1.7. Contra a Fazenda Pública ........................................................................................... 76 
8. TÍTULOS EM ESPÉCIE ............................................................................................................. 77 
 TÍTULOS DE CRÉDITO ...................................................................................................... 78 
8.1.1. Previsão legal ............................................................................................................... 78 
8.1.2. Letra de câmbio ........................................................................................................... 78 
8.1.3. Nota promissória .......................................................................................................... 78 
8.1.4. Duplicata ...................................................................................................................... 79 
8.1.5. Debênture..................................................................................................................... 79 
8.1.6. Cheque ......................................................................................................................... 79 
 ESCRITURA PÚBLICA OU DOCUMENTO PÚBLICO ASSINADO PELO DEVEDOR .... 80 
 DOCUMENTO PARTICULAR ASSINADO POR DUAS TESTEMUNHAS ........................ 80 
8.3.1. Eficácia executiva do contrato de abertura de crédito em conta corrente ................. 80 
 INSTRUMENTO DE TRANSAÇÃO REFERENDADO ....................................................... 81 
 CONTRATOS GARANTIDOS POR GARANTIA REAL OU PESSOAL ............................. 81 
 CONTRATO DE SEGURO DE VIDA EM CASO DE MORTE ........................................... 81 
 CRÉDITO DECORRENTE DE FORO E LAUDÊMIO ........................................................ 81 
 CRÉDITO DECORRENTE DE ALUGUEL DE IMÓVEL E ENCARGOS ........................... 82 
 CRÉDITO DE CONDOMÍNIO EDILÍCIO APROVADO EM CONVENÇÃO OU 
ASSEMBLEIA ................................................................................................................................. 82 
 CERTIDÃO DE DÍVIDA ATIVA ........................................................................................... 82 
 CERTIDÃO DE SERVENTIA NOTARIAL ........................................................................... 82 
9. RESPONSABILIDADE PATRIMONIAL ..................................................................................... 83 
 REGRAS GERAIS ............................................................................................................... 83 
 
 
CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 5 
 
9.1.1. Responsabilidade é do devedor .................................................................................. 83 
9.1.2. Responsabilidade é patrimonial...................................................................................84 
 TODOS OS BENS DO DEVEDOR RESPONDEM À EXECUÇÃO? ................................. 84 
9.2.1. Conceito de família e impenhorabilidade .................................................................... 85 
9.2.2. Possibilidade de renúncia voluntária à impenhorabilidade ......................................... 85 
9.2.3. Penhorabilidade de imóveis (bem de família) dados em garantia pelo fiador em 
locações 86 
9.2.4. Exceções às impenhorabilidades ................................................................................ 86 
 BENS DE TERCEIROS PODEM RESPONDER À EXECUÇÃO? ..................................... 88 
10. REGIME JURÍDICO ................................................................................................................ 90 
11. PROCEDIMENTO EXECUTIVO POR QUANTIA .................................................................. 91 
 PETIÇÃO INICIAL ............................................................................................................... 91 
11.1.1. Requisitos..................................................................................................................... 91 
11.1.2. Causa de pedir ............................................................................................................. 92 
11.1.3. Valor da causa ............................................................................................................. 92 
 ADMISSIBILIDADE ............................................................................................................. 92 
 CITAÇÃO ............................................................................................................................. 93 
 REAÇÕES DO EXECUTADO ............................................................................................. 94 
11.4.1. Pagamento ................................................................................................................... 94 
11.4.2. Parcelamento ............................................................................................................... 94 
11.4.3. Inércia ........................................................................................................................... 95 
11.4.4. Defesas ........................................................................................................................ 95 
 PENHORA, DEPÓSITO E AVALIAÇÃO ............................................................................. 96 
11.5.1. Bens não encontrados: ................................................................................................ 96 
11.5.2. Bens encontrados ........................................................................................................ 96 
 FORMALIZAÇÃO E AVERBAÇÃO DA PENHORA............................................................ 98 
 INTIMAÇÃO DA PENHORA ............................................................................................... 98 
 ATOS DE EXPROPRIAÇÃO............................................................................................... 98 
 SATISFAÇÃO DO CRÉDITO E CONCURSO .................................................................... 98 
 EXTINÇÃO DA EXECUÇÃO............................................................................................... 99 
PRECEDENTES .............................................................................................................................. 100 
2. DEVER DE OBSERVÂNCIA PELOS JUÍZES E TRIBUNAIS ................................................. 100 
 STF EM CONTROLE CONCENTRADO E SÚMULA VINCULANTE .............................. 101 
 IAC, IRDR E RECURSOS REPETIVOS ........................................................................... 101 
 SÚMULAS DO STF E DO STJ ......................................................................................... 101 
 ORIENTAÇÃO DO PLENÁRIO OU DO ÓRGÃO ESPECIAL QUE ESTÃO VINCULADOS
 102 
 INCIDÊNCIA DO ART. 10 E ART. 489, §1º DO CPC ...................................................... 102 
 AUDIÊNCIAS PÚBLICAS ................................................................................................. 102 
 POSSIBILIDADE DE MODULAÇÃO ................................................................................ 103 
 ALTERAÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA E ESPECÍFICA ............................... 103 
 PUBLICIDADE E ORGANIZAÇÃO DOS PRECEDENTES ............................................. 103 
3. APLICAÇÕES E QUESTÕES .................................................................................................. 103 
 EFEITO VINCULANTE/CONSTITUCIONALIDADE ......................................................... 103 
 REFLEXOS NO PROCEDIMENTO E NA ATUAÇÃO DOS SUJEITOS DO PROCESSO
 104 
3.2.1. Tutela provisória da evidência ................................................................................... 104 
3.2.2. Improcedência liminar do pedido ............................................................................... 104 
 
 
CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 6 
 
3.2.3. Dispensa de remessa necessária ............................................................................. 104 
3.2.4. Dispensa de caução para o cumprimento provisório ................................................ 105 
3.2.5. Atuação monocrática do relator ................................................................................. 105 
3.2.6. Julgamento monocrático de conflito de competência ............................................... 106 
3.2.7. Cabimento da reclamação ......................................................................................... 106 
3.2.8. Desistência da ação ................................................................................................... 107 
3.2.9. Motivação ................................................................................................................... 107 
4. JULGAMENTO DOS CASOS REPETITIVOS ......................................................................... 107 
ORDEM DOS PROCESSOS NOS TRIBUNAIS ............................................................................. 109 
1. DISTRIBUIÇÃO IMEDIATA ...................................................................................................... 109 
 PROTOCOLO DESCENTRALIZADO ............................................................................... 109 
 PREVENÇÃO .................................................................................................................... 109 
2. DEVERES-PODERES DO RELATOR ..................................................................................... 109 
3. FATO SUPERVENIENTE ......................................................................................................... 111 
4. EXTINÇÃO DO REVISOR........................................................................................................ 111 
5. INTIMAÇÃO PARA O JULGAMENTO ..................................................................................... 111 
6. ORDEM DOS JULGAMENTOS ............................................................................................... 112 
7. AMPLIAÇÃO DAS HIPÓTESES DE SUSTENÇÃO ORAL ..................................................... 112 
8. PRELIMINARES E VÍCIOS SANÁVEIS ................................................................................... 113 
9. PEDIDO DE VISA E PROFERIMENTO DO RESULTADO ..................................................... 113 
10. JULGAMENTO AMPLIADO .................................................................................................. 114 
TEORIA GERAL DOS RECURSOS ................................................................................................ 116 
1. DEFINIÇÃO .............................................................................................................................. 116 
 INCONFORMISMO MANIFESTADO NO MESMO PROCESSO ....................................116 
 TRÂNSITO EM JULGADO ................................................................................................ 116 
2. CLASSIFICAÇÃO ..................................................................................................................... 116 
 PARCIAL E TOTAL ........................................................................................................... 116 
 ORDINÁRIOS E EXTRAORDINÁRIOS ............................................................................ 116 
 FUNDAMENTAÇÃO LIVRE EFUNDAMENTAÇÃ VINCULADA ...................................... 117 
 PRINCIPAL E ADESIVO ................................................................................................... 117 
3. PRINCÍPIOS ............................................................................................................................. 117 
 DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO ..................................................................................... 117 
 COLEGIALIDADE ............................................................................................................. 118 
 RESERVA DE PLENÁRIO ................................................................................................ 118 
 TAXATIVIDADE................................................................................................................. 119 
 UNIRRECORRIBILIDADE ................................................................................................ 119 
 FUNGIBILIDADE ............................................................................................................... 120 
 VOLUNTARIEDADE ......................................................................................................... 120 
 DIALETICIDADE ............................................................................................................... 121 
 IRRECORRIBILIDADE EM SEPARADO DAS INTERLOCUTÓRIAS ............................. 121 
 CONSUMAÇÃO ................................................................................................................ 121 
 COMPLEMENTARIEDADE .............................................................................................. 121 
 VEDAÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUS ........................................................................ 121 
4. JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE ................................................................................................. 121 
 CABIMENTO ..................................................................................................................... 122 
 LEGITIMIDADE ................................................................................................................. 122 
 INTERESSE ...................................................................................................................... 122 
 TEMPESTIVIDADE ........................................................................................................... 122 
 REGULARIDADE FORMAL .............................................................................................. 123 
 PREPARO ......................................................................................................................... 123 
 
 
CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 7 
 
 INEXISTÊNCIA DE FATO IMPEDITIVO OU EXTINTIVO DO DIREITO DE RECORRER
 123 
5. EXTINÇÃO DO DUPLO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE DO RE E DO RESP ....................... 124 
6. EFEITOS ................................................................................................................................... 124 
 INTERPOSIÇÃO ............................................................................................................... 124 
6.1.1. Obstativo .................................................................................................................... 124 
6.1.2. Suspensivo ................................................................................................................. 124 
6.1.3. Regressivo ................................................................................................................. 125 
6.1.4. Diferido ....................................................................................................................... 125 
 JULGAMENTO .................................................................................................................. 125 
6.2.1. Devolutivo................................................................................................................... 125 
6.2.2. Translativo .................................................................................................................. 125 
6.2.3. Expansivo ................................................................................................................... 126 
6.2.4. Substitutivo ................................................................................................................. 126 
7. ROL DO ART. 994 DO CPC .................................................................................................... 126 
8. EFEITO NÃO SUSPENSIVO COMO REGRA ......................................................................... 126 
 CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO ...................................................................... 126 
 RETIRADA DO EFEITO SUSPENSIVO ........................................................................... 127 
9. PRAZOS ................................................................................................................................... 127 
10. PREPARO E POR DE REMESSA E RETORNO ................................................................ 128 
RECURSOS EM ESPÉCIE ............................................................................................................. 129 
1. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ............................................................................................. 129 
 CABIMENTO ..................................................................................................................... 129 
 DECISÃO OMISSA ........................................................................................................... 129 
 PRAZO .............................................................................................................................. 130 
 EFEITOS ........................................................................................................................... 130 
1.4.1. Interrupção do prazo para o recurso ......................................................................... 131 
1.4.2. Efeito suspensivo ....................................................................................................... 131 
1.4.3. Efeito modificativo (infringente) dos embargos ......................................................... 131 
 EMBARGOS PROTELATÓRIOS ...................................................................................... 132 
 PRÉ-QUESTIONAMENTO FICTO ................................................................................... 132 
 OBSERVAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 133 
2. RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL ......................................................................... 133 
3. APELAÇÃO............................................................................................................................... 133 
 CABIMENTO ..................................................................................................................... 133 
 JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE ......................................................................................... 133 
 POSSIBILIDADE DE APELAÇÃO CONTRA DECISÃO INTERLOCUTÓRIA ................. 134 
 EFEITO SUSPENSIVO ..................................................................................................... 135 
 EFEITO DEVOLUTIVO .....................................................................................................136 
 TEORIA DA CAUSA MADURA ......................................................................................... 136 
4. AGRAVO ................................................................................................................................... 137 
 CABINENTO ...................................................................................................................... 137 
4.1.1. Mérito do processo .................................................................................................... 137 
4.1.2. Rejeição da alegação de convenção de arbitragem ................................................. 137 
4.1.3. Incidente de desconsideração da personalidade jurídica ......................................... 138 
4.1.4. Rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua 
revogação ................................................................................................................................. 138 
4.1.5. Exibição ou posse de documento ou coisa ............................................................... 138 
4.1.6. Rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio ..................................................... 138 
 
 
CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 8 
 
4.1.7. Concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à 
execução ................................................................................................................................... 138 
4.1.8. Redistribuição do ônus da prova ............................................................................... 138 
4.1.9. Outros casos expressamente referidos em lei .......................................................... 138 
 ROL TAXATIVO? .............................................................................................................. 139 
 PRAZO .............................................................................................................................. 140 
 FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO DO AGRAVO ............................................................ 141 
 COMUNICAÇÃO DA INTERPOSIÇÃO DO AGRAVO ..................................................... 141 
5. AGRAVO INTERNO ................................................................................................................. 142 
 CABIMENTO ..................................................................................................................... 142 
 PRAZO .............................................................................................................................. 143 
 PROCESSAMENTO ......................................................................................................... 143 
5.3.1. Impugnação específica .............................................................................................. 144 
5.3.2. Retratação após contraminuta................................................................................... 144 
5.3.3. Vedação à decisão genérica ..................................................................................... 144 
5.3.4. Sanções ..................................................................................................................... 144 
 SUSTENTAÇÃO ORAL .................................................................................................... 145 
 OBSERVAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 145 
6. RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO ........................................................................ 145 
 CABIMENTO ..................................................................................................................... 145 
 PROCESSAMENTO ......................................................................................................... 145 
6.2.1. Interposição ................................................................................................................ 145 
6.2.2. Dissídio jurisprudencial e comprovação/inadmissão ................................................ 145 
6.2.3. Desconsideração de vício formal .............................................................................. 146 
 ADMISSIBILIDADE ........................................................................................................... 146 
 PEDIDO DE CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO ................................................. 148 
 INTERPOSIÇÃO CONJUNTA DE RE E RESP ................................................................ 148 
 PROFUNDIDADE DO EFEITO DEVOLUTIVO ................................................................ 149 
 AJUSTES NA REPERCUSSÃO GERAL .......................................................................... 150 
JULGAMENTO DE DEMANDAS REPETITIVAS ............................................................................ 151 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................... 151 
2. RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO CONTRA DEMANDAS REPETITIVAS ........ 151 
3. IRDR ......................................................................................................................................... 152 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 152 
 IRDR COMO TÉCNICA DE FORMAÇÃO DE PRECEDENTES OBRIGATÓRIOS ........ 153 
 IMPORTÂNCIA DA NATUREZA HÍBRIDA DO JULGAMENTO DE CAUSAS 
REPETITIVAS .............................................................................................................................. 155 
 REGRAS COMUM QUE COMPÕEM O SISTEMA DO IRDR E DOS RECURSOS 
REPETITIVOS .............................................................................................................................. 156 
3.4.1. Prevenção .................................................................................................................. 156 
3.4.2. Questões específicas ................................................................................................. 156 
3.4.3. Prazo para julgamento ............................................................................................... 156 
 CARACTERÍSTICAS PECULIARES DO IRDR ................................................................ 156 
 PRESSUPOSTOS PARA A INSTAURAÇÃO DO IRDR .................................................. 157 
3.6.1. Causa no tribunal ....................................................................................................... 157 
3.6.2. Efetiva repetição de processos.................................................................................. 157 
3.6.3. Risco de ofensa à isonomia e à segurança jurídica.................................................. 157 
3.6.4. Afetação da questão por Tribunal Superior ............................................................... 157 
 
 
CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 9 
 
 LEGITIMIDADE PARA A INSTAURAÇÃO ....................................................................... 158 
 PEDIDO DE SUSPENSÃO DOS PROCESSOS EM TERRITÓRIO NACIONAL ............ 158 
AÇÕES IMPUGNATIVAS ................................................................................................................ 159 
1. INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA – IAC ....................................................... 159 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS............................................................................................ 159 
 PROPÓSITOS DO IAC ..................................................................................................... 159 
 PRESSUPOSTOS ............................................................................................................. 159 
1.3.1. Relevante questão de direito ..................................................................................... 159 
1.3.2. Grande repercussão social ........................................................................................160 
1.3.3. Se não houver repetição de processos ..................................................................... 160 
 LEGITIMADOS .................................................................................................................. 160 
 PROCESSAMENTO ......................................................................................................... 160 
 COMPETÊNCIA ................................................................................................................ 160 
 PECULIARIDADES ........................................................................................................... 161 
2. AÇÃO RESCISÓRIA ................................................................................................................ 161 
 CONCEITO ........................................................................................................................ 161 
 CABIMENTO ..................................................................................................................... 161 
2.2.1. Decisão de mérito ...................................................................................................... 161 
2.2.2. Algumas decisões sem análise do mérito ................................................................. 162 
2.2.3. Violação de norma jurídica ........................................................................................ 162 
 JULGAMENTO LIMINAR DE IMPROCEDÊNCIA DA RESCISÓRIA .............................. 163 
 EMENDA DA RESCISÓRIA - INCOMPETÊNCIA ............................................................ 163 
 PRAZO DA RESCISÓRIA ................................................................................................. 164 
 LEGITIMIDADE ................................................................................................................. 164 
 OBSERVAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 165 
3. RECLAMAÇÃO ......................................................................................................................... 165 
 NATUREZA JURÍDICA ..................................................................................................... 165 
 HIPÓTESES DE CABIMENTO ......................................................................................... 165 
 HIPÓTESES DE NÃO CABIMENTO ................................................................................ 166 
 COMPETÊNCIA ................................................................................................................ 166 
 LEGITIMIDADE ................................................................................................................. 166 
 PROCEDIMENTO ............................................................................................................. 166 
 ATUAÇÃO DO RELATOR (CPC, ART. 989) .................................................................... 166 
 JULGAMENTO .................................................................................................................. 167 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 10 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Olá! 
Inicialmente, gostaríamos de agradecer a confiança em nosso material. Esperamos que seja 
útil na sua preparação, em todas as fases. A grande maioria dos concurseiros possui o hábito de 
trocar o material de estudo constantemente, principalmente, em razão da variedade que se tem 
hoje, cada dia surge algo novo. Porém, o ideal é você utilizar sempre a mesma fonte, fazendo a 
complementação necessária, pois quanto mais contato temos com determinada fonte de estudo, 
mais familiarizados ficamos, o que se torna primordial na hora da prova. 
O Caderno Sistematizado de Direito Processual Civil, está dividido em Parte I e Parte II, 
possui como base as aulas do Prof. Gajardoni e do Prof. Cassio Scarpinella Bueno. Com o intuito 
de deixar o material mais completo, utilizados as seguintes fontes complementares: a) Manual de 
Direito Processual Civil, 2017 (Daniel Assumpção); b) Curso de Direito Civil, 2018 (Didier). 
Na parte jurisprudencial, utilizamos os informativos do site Dizer o Direito 
(www.dizerodireito.com.br), os livros: Principais Julgados STF e STJ Comentados, Vade Mecum de 
Jurisprudência Dizer o Direito, Súmulas do STF e STJ anotadas por assunto (Dizer o Direito). 
Destacamos que é importante você se manter atualizado com os informativos, reserve um dia da 
semana para ler no site do Dizer o Direito. 
Como você pode perceber, reunimos em um único material diversas fontes (aulas + doutrina 
+ informativos + lei seca + questões) tudo para otimizar o seu tempo e garantir que você faça uma 
boa prova. 
Por fim, como forma de complementar o seu estudo, não esqueça de fazer questões. É muito 
importante!! As bancas costumam repetir certos temas. 
Vamos juntos!! Bons estudos!! 
Equipe Cadernos Sistematizados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 11 
 
TEORIA GERAL DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS E 
NEGÓCIO JURÍDICO PROCESSUAL 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Alguns autores negam a existência de uma teoria geral dos procedimentos especiais, uma 
vez que cada procedimento possui seu rito próprio. Contudo, para a maioria da doutrina, há 
inúmeras características comuns nos procedimentos especiais. 
Posteriormente, analisaremos algumas espécies de procedimentos especiais, salientando 
que foram selecionados os que mais caem em concurso público, não esgotando a matéria. Por isso, 
atente-se ao seu edital e, caso necessário, complemente os estudos. 
2. PROCESSO E PROCEDIMENTO 
O Brasil, posição amplamente majoritária, trata o processo como uma entidade complexa, 
composto por dois elementos distintos: relação jurídica processual e procedimento (rito). 
• Relação jurídica processual – conjunto de direitos, deveres, faculdades, ônus, 
obrigações, sujeições que ligam os sujeitos processuais (juízes, advogados, partes, MP, 
servidores etc.) entre si. Trata-se da faceta intrínseca do processo. Aqui, apenas a União 
irá legislar. 
• Procedimento/rito – é a forma como os atos processuais combinam-se no tempo (prazos 
para prática dos atos) e no espaço (ordem de cada ato do processo). União irá legislar 
acerca das regras gerais. 
É necessária a distinção entre processo e procedimento, tendo em vista que compete 
apenas a União legislar sobre processo no Brasil. Por outro lado, a competência para legislar sobre 
procedimento (rito) é concorrente entre a União (regras gerais), os Estados e o Distrito Federal 
(particularidades locais). 
Apesar da previsão expressa do art. 24, X e XI da CP, os Estados e o DF não legislam sobre 
procedimento para adaptar a sua realidade. Assim, acaba que a União concentra todas as questões 
que envolvem o processo e o procedimento. 
Por isso, aqui, iremos analisar apenas o disposto no CPC/15 que traz as regras gerais acerca 
do procedimento. Importante verificar se no Estado que prestará concurso há legislação 
regulamentando o procedimento (quase não há). 
3. MODELOS PROCEDIMENTAIS COGNITIVOS 
 
 
CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 12 
 
O CPC/15 disciplina o processo de conhecimento, o processo de execução e os processos 
de urgência, cada um com seu rito próprio. 
 PROCEDIMENTO COMUM 
Previsto no art. 318 e seguintes do CPC. 
Analisado na Parte I do CS de Processo Civil. 
 PROCEDIMENTO ESPECIAL 
Disciplinado no Livro I da Parte Especial do Código de Processo Civil. 
Possuem a finalidade de declarar o direito, através de um rito diferente do processo de 
conhecimento. 
Salienta-se que os procedimentos especiais são cognitivos, bem como, aqui, não se aplica 
o art. 334 do CPC (regra geral), salvo expressa previsão legal. 
4. MODELOS PROCEDIMENTAIS EXECUTIVOS 
O CPC/15 disciplina também os procedimentos doprocesso de execução. 
 PROCEDIMENTO COMUNS 
O processo de execução possui mais de um rito comum para os títulos judiciais e 
extrajudiciais. Observe: 
• Art. 523 e art. 824 – pagar quantia 
• Art. 536 e art. 814 – fazer e não fazer 
• Art. 538 e art. 806 – dar ou entregar 
 PROCEDIMENTO ESPECIAL 
Há, igualmente, ritos especiais no processo de execução, a exemplo da execução: 
• Alimentos (art. 528 e art. 911), 
• Contra a Fazenda Pública (art. 534 e art. 910) 
• Contra devedor insolvente (art. 1.052) – ultratividade da lei revogada, já que continua 
aplicando o CPC/73. 
 
 
CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 13 
 
5. MODELOS PROCEDIMENTAIS DE URGÊNCIA 
O CPC/15 disciplina, igualmente, os procedimentos do processo de urgência. 
 ANTECEDENTES 
Trata-se dos casos de tutela antecipada ou de tutela cautelar, em que o pedido de urgência 
é feito antes do início do processo. 
 INCIDENTES 
Ocorre quando, no curso do processo principal, há pedido de tutelas de urgências. Perceba 
que aqui não há um procedimento propriamente dito, tendo em vista que o pedido é feito por mera 
petição no processo em curso. 
6. REGRA DA SUBSIDIARIEDADE DO PROCEDIMENTO COMUM 
Nos termos do art. 318 do CPC, não havendo rito especial, aplica-se o procedimento comum 
subsidiariamente, inclusive ao processo de execução. 
Art. 318. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo 
disposição em contrário deste Código ou de lei. 
Parágrafo único. O procedimento comum aplica-se subsidiariamente aos 
demais procedimentos especiais e ao processo de execução. 
 
Assim, primeiro, em qualquer processo (conhecimento, execução e urgência), aplica-se o 
procedimento especial e, subsidiariamente, o procedimento comum específico de cada um. Caso 
não haja procedimento comum nos processos de execução, subsidiariamente, será aplicado o rito 
comum do processo de conhecimento. 
7. FUNDAMENTO PARA ELEIÇÃO DO PROCEDIMENTO ESPECIAL 
Há inúmeros fundamentos acerca da escolha do procedimento especial, passando, 
obviamente, por opção política ligada ao direito material em debate ou condição específica das 
partes. 
Obs.: Parte da doutrina, chama a escolha do legislador de TUTELA DIFERENCIADA ou 
PROTEÇÃO DIFERENCIADA. 
• CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO – devedor quer cumprir a obrigação; 
• INVENTÁRIO E PARTILHA – óbito do de cujus; 
teastte
Realce
teastte
Realce
teastte
Realce
 
 
CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 14 
 
• JUIZADOS ESPECIAIS – pequena complexidade da demanda, aferida a partir do valor 
da causa; 
• AÇÃO DE ALIMENTOS – tutela o direito à vida, por isso o rito é célere. 
E assim cada procedimentos especiais possuem os seus fundamentos. 
Alguns autores entendem que a regra de criação de procedimentos especiais pelo legislador 
é reflexo do princípio da adequação (derivado do princípio do devido processo legal). 
8. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS 
Em regra, no Brasil, os procedimentos especiais são fungíveis, ou seja, são substituíveis 
pelo procedimento comum. Assim, por exemplo, pode-se ajuizar uma ação possessória pelo rito 
comum. 
Excepcionalmente, há procedimentos especiais infungíveis, em que não poderá haver a 
substituição pelo procedimento comum. Em regra, ocorre quando a tutela jurisdicional ficar 
impossível de ser obtida com o uso do rito comum, a exemplo do rito do inventário e da partilha; do 
procedimento de divisão e remarcação de terras e do rito previsto na Lei de Falências. 
9. CUMULAÇÃO DE PEDIDOS E PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 
É, perfeitamente possível, cumular na mesma demanda mais de um pedido, desde que 
observados os requisitos legais, quais sejam: 
• Identidade de partes; 
• Compatibilidade entre os pedidos; 
• Competência do juízo; 
• Compatibilidade procedimental. 
O CPC prevê que quando um dos pedidos seguir rito especial a parte deverá usar o rito 
comum, podendo ser aplicado as regras diferenciadas do procedimento especial. Assim, por 
exemplo, o pedido de rescisão de contrato cumulado com o pedido de consignação em pagamento, 
seguirá o rito comum. 
Art. 327. É lícita a cumulação, em um único processo, contra o mesmo réu, 
de vários pedidos, ainda que entre eles não haja conexão. 
§ 1o São requisitos de admissibilidade da cumulação que: 
I - os pedidos sejam compatíveis entre si; 
II - seja competente para conhecer deles o mesmo juízo; 
III - seja adequado para todos os pedidos o tipo de procedimento. 
§ 2o Quando, para cada pedido, corresponder tipo diverso de procedimento, 
será admitida a cumulação se o autor empregar o procedimento comum, sem 
prejuízo do emprego das técnicas processuais diferenciadas previstas nos 
teastte
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CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 15 
 
procedimentos especiais a que se sujeitam um ou mais pedidos cumulados, 
que não forem incompatíveis com as disposições sobre o procedimento 
comum. 
10. TIPICIDADE, DÉFICIT PROCEDIMENTAL 
Em regra, os modelos procedimentais (processo de conhecimento, processo de execução e 
processo de urgência) trabalham com a tipicidade, ou seja, são rígidos, devendo seguir exatamente 
o disposto em lei. 
Em tese, não há espaço para mesclar os ritos e nem adaptar conforme as necessidades de 
cada caso. Contudo, é inegável que existe um déficit procedimental, uma vez que as relações 
jurídicas de direito material evoluem em uma velocidade maior do que os procedimentos, sendo 
incapaz de tutelar determinadas circunstância, a exemplo do poliamorismo. 
11. FEXIBILIZAÇÃO PROCEDIMENTAL 
Diante do déficit procedimental, a doutrina sustenta que é possível a flexibilização do 
procedimento, consequência do princípio da adaptação. Assim, toda vez que o modelo típico do 
procedimento não for adequado para tutelar o direito em debate, o juiz e as partes devem 
adaptar/flexibilizar o procedimento. 
A seguir veremos os quatro modelos de flexibilização 
 FLEXIBILIZAÇÃO LEGAL ALTERNATIVA 
Tratava do padrão adotado pelo CPC/73. 
É a adaptação autorizada em lei, que irá indicar as opções de calibração disponíveis para 
serem usadas pelo juiz. 
Citam-se, como exemplos: 
a) Providencias preliminares (art. 348 e seguintes do CPC) – após a contestação o juiz 
possui cinco opções: 
o Especificar as provas que serão corrigidas 
o Dar réplica ao autor no prazo de 15 dias, quando o réu alega fato modificativo, 
extintivo ou impeditivo 
o Se o réu preliminares, o autor terá o prazo para manifestar-se e corrigir eventuais 
vícios 
o Julgamento antecipado, se for o caso 
o Saneamento do processo 
teastte
Realce
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Realce
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Realce
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CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 16 
 
b) Opções do relator (art. 932) 
o Inadmissibilidade do recurso 
o Negar provimento monocraticamente 
o Dar monocraticamente provimento ao recurso 
o Enviar para julgamento pelo colegiado 
 FLEXIBILIZAÇÃO LEGAL GENÉRICA 
A lei reconhece a possibilidade de o juiz fazer a calibração, mas não pré-indica as opções. 
Está prevista no art. 139, VI do CPC, de forma mitigada, já que só poderá ser utilizada para 
ampliar prazos e para inverter a ordem de produção das provas. 
Art. 139, VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos 
meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a 
conferir maior efetividade à tutela do direito; 
 FLEXIBILIZAÇÃO JUDICIAL 
É típico caso de ativismo judicial. 
Ocorre nos casos em que o juiz adapta o procedimento, mesmo não havendo previsão legal. 
Atualmente, é o que ocorre com a dispensa da audiência de conciliação e mediação fora dos casos 
legais, a exemplo da falta de conciliador e mediação. 
O Enunciado 35 da ENFAM admite. Observe: 
En. 35 ENFAM - Além das situações em que a flexibilizaçãodo procedimento 
é autorizada pelo art. 139, VI, do CPC/2015, pode o juiz, de ofício, preservada 
a previsibilidade do rito, adaptá-lo às especificidades da causa, observadas 
as garantias fundamentais do processo. 
 
Salienta-se que a flexibilização judicial deverá ser fundamentada. 
 FLEXIBILIZAÇÃO VOLUNTÁRIA 
Prevista no art. 190 do CPC, in verbis: 
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, 
é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento 
para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus 
ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o 
processo. 
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das 
convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos 
casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que 
alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. 
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CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 17 
 
 
O art. 190 do CPC criou uma etapa de neoliberalismo no Brasil, consequentemente, mitigou 
o hiperpublicismo processual. Passa- se a permitir que as partes deliberem acerca da flexibilização 
do rito, algo que antes era regrado apenas pela lei ou adaptado pelo juiz. 
Perceba que a vontade das partes passa a ser uma fonte de norma processual, ao lado da 
CF e das leis. 
À luz do princípio da adaptação, as partes poderão fazer convenções sobre o procedimento, 
ampliando e diminuindo os prazos, inserindo ou suprindo etapas, através de cláusula geral de 
negócio jurídico processual 
12. NEGÓCIO JURÍDICO PROCESSUAL 
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
No direito material o negócio jurídico é qualquer manifestação de vontade tendente a 
adquirir, modificar ou resguardar direitos. Quando a manifestação de vontade estiver relacionada 
com os atos processuais, teremos o negócio jurídico processual. 
Há no processo civil convenções processuais, ou seja, uma convergência de vontade das 
partes para resolver alguns temas, a exemplo do foro de eleição, da convenção de arbitragem. São, 
contudo, raras situações. 
 CLASSIFICAÇÃO 
12.2.1. Quanto à previsão legal específica 
a) Típicos 
Possuem previsão expressa na lei, podem ser: 
teastte
Realce
teastte
Realce
 
 
CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 18 
 
 
b) Atípicos 
Não possuem previsão legal, podendo serem criados com base no art. 190 do CPC. Apenas 
para os negócios jurídicos processuais bilaterais. 
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, 
é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento 
para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus 
ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o 
processo. 
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das 
convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos 
casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que 
alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. 
12.2.2. Quanto ao momento 
a) Pré-processual 
É o negócio celebrado antes do processo, a exemplo do foro de eleição. É permito que as 
partes alterem as regras processuais antes do processo. 
Assemelha-se à cláusula compromissória da arbitragem. 
b) Processual 
É o negócio jurídico celebrado no curso do processo, após o conflito. 
Assemelha-se ao compromisso arbitral. 
12.2.3. Quanto ao conteúdo 
a) Convenções sobre o procedimento 
UNILATERAIS
•Desistência do recurso 
(art. 988)
•Reconhecimento 
jurídico do pedido (art. 
487, III, a)
•Renúncia ao recurso 
(art. 999)
•Renúncia ao direito que 
se funda a ação
BILATERAIS
•Foro de eleição (art. 
63)
•Suspensão do 
processo por vontade 
das parte (art. 313, II)
•Convenção sobre o 
ônus da prova (art.373, 
§3º)
•Convenção de 
arbitragem (art. 485, 
VIII)
•Convenção de escolha 
de perito
PLURILATERAIS
•Sucessão do alienante 
ou cedente pelo 
adquirente ou 
cessionário da coisa 
(art. 109)
•Calendarização (art. 
191)
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CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 19 
 
As partes podem convencionar mudanças no procedimento, a fim de adaptar a sua causa, 
a exemplo da ampliação ou diminuição de prazos. 
b) Convenções sobre relações jurídicas 
Possibilidade de as partes convencionarem sobre ônus, poderes, faculdades e deveres 
processuais. 
Citam-se, como exemplos, a convenção de que não haverá denunciação à lide, de que não 
haverá recurso. 
 CONDIÇÕES GENÉRICAS DE ADMISSIBILIDADE 
Para que as partes possam celebrar as convenções processuais, devem ser observadas 
algumas condições. 
As condições genéricas foram retiradas do direito civil, pois a convenção processual é um 
negócio jurídico, como qualquer outro. Por isso, respeitando as devidas adaptações, serão 
analisados: o agente capaz, objeto lícito, forma prescrita em lei e autonomia da vontade. 
12.3.1. Agente capaz 
O agente capaz só pode celebrar negócio jurídico processual daquilo que é seu, ou seja, 
seu direito, sua obrigação, seu ônus, seu dever. Assim, o agente não pode convencionar sobre 
direitos, deveres, ônus e obrigações alheias. 
As partes podem convencionar que o juiz não produzirá prova de ofício? Não! Será uma 
convenção inválida, pois se trata de direito não seu. Podem, contudo, convencionar que elas não 
produzirão prova. 
ENFAM - 36) A regra do art. 190 do CPC/2015 não autoriza às partes a 
celebração de negócios jurídicos processuais atípicos que afetem poderes e 
deveres do juiz, tais como os que: a) limitem seus poderes de instrução ou 
de sanção à litigância ímproba; b) subtraiam do Estado/juiz o controle da 
legitimidade das partes ou do ingresso de amicus curiae; c) introduzam novas 
hipóteses de recorribilidade, de rescisória ou de sustentação oral não 
previstas em lei; d) estipulem o julgamento do conflito com base em lei diversa 
da nacional vigente; e e) estabeleçam prioridade de julgamento não prevista 
em lei. 
 
Salienta-se que as partes não podem convencionar que o denunciado à lide não irá recorrer. 
Mas podem convencionar que elas não irão recorrer. 
12.3.2. Objeto lícito 
Possui previsão no Código Civil, bem como na Lei de Arbitragem. 
Objeto lícito significa um conteúdo mínimo que todo processo precisa ter, o qual não pode 
ser objeto de negociação pelas partes. É como se fosse o núcleo mínimo do processo civil 
constitucional. 
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CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 20 
 
Por exemplo, não se pode modificar as regras de competência constitucional; as partes não 
podem convencionar que não haverá defesa. 
Nesse sentido, o Enunciado 37 da ENFAM: 
37) São nulas, por ilicitude do objeto, as convenções processuais que violem 
as garantias constitucionais do processo, tais como as que: a) autorizem o 
uso de prova ilícita; b) limitem a publicidade do processo para além das 
hipóteses expressamente previstas em lei; c) modifiquem o regime de 
competência absoluta; e d) dispensem o dever de motivação12.3.3. Forma 
O art. 190 do CPC não fala de forma. Portanto, teoricamente, a forma seria livre. 
Contudo, utilizando-se a forma oral pré-processual haverá sério problema, perdendo o 
sentido. Por isso, o melhor é que sejam escritas, aplica-se o art. 63, §1º para integralizar (não é 
pacífico). 
Nesse sentido, o Enunciado 39 do ENFAM: 
39) Não é válida convenção pré-processual oral (art. 4º, § 1º, da Lei n. 
9.307/1996 e 63, § 1º, do CPC/2015) 
12.3.4. Autonomia da vontade 
As partes devem manifestar sua vontade de forma livre, sem embaraços. 
Com a finalidade de preservar a autonomia da vontade, o art. 190 do CPC, estabelece três 
situações em que o negócio jurídico será invalido, sendo incapaz de gerar efeitos. São eles: 
a) Convenção nula: vícios de consentimento e vícios sociais. 
b) Inserção de cláusula abusiva em contrato de adesão. 
c) Manifesta vulnerabilidade de alguma das partes. 
Obs.: quando é celebrada sem advogado, gera uma presunção relativa de vulnerabilidade. 
Art. 190. Versando o processo sobre direitos que admitam autocomposição, 
é lícito às partes plenamente capazes estipular mudanças no procedimento 
para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus 
ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o 
processo. 
Parágrafo único. De ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das 
convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos 
casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que 
alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. 
 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS DE ADMISSIBILIDADE 
12.4.1. Capacidade específica das partes 
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CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 21 
 
A expressão “plenamente capaz”, contida no art. 190 do CPC, segundo o enunciado 38 do 
ENFAM, é sinônimo de absolutamente capaz. Assim, nem mesmo assistido ou representado a parte 
poderia fazer uma convenção. 
38) Somente partes absolutamente capazes podem celebrar convenção pré-
processual atípica (arts. 190 e 191 do CPC/2015). 
 
Destaca-se que outra corrente defende que expressão “plenamente capaz” não quer dizer 
nada, a parte deve apenas ter consciência da sua autonomia da vontade. Portanto, aquele que for 
representado ou assistido poderá realizar a convenção, como ocorre no direito material. 
12.4.2. Direitos que admitam autocomposição 
Ao fazer referência a direitos que admitem autocomposição, a legislação passou a admitir 
que alguns direitos que não forem patrimoniais, a exemplo dos direitos coletivos, poderão ser objeto 
de convenção processual. 
Igualmente, nos casos em que envolvem a Fazenda Pública, desde que exista lei 
autorizando a celebração de acordo. 
O MP também pode celebrar convenções processuais, inclusive no próprio TAC. Apesar do 
disposto no art. 17, §1º da Lei de Improbidade Administrativa, o CNMP possui resolução autorizando 
a celebração de TAC nas ações de improbidade, consequentemente, poderá haver convenção 
processual. 
Não há vedação para as convenções processuais no âmbito do Direito do Consumidor, 
atentando-se apenas para os contratos de adesão. 
Por fim, destaca-se que nos dissídios individuais do trabalho, a Resolução 203 do TST afirma 
que não pode haver convenção processual, uma vez que o direito do trabalhador é indisponível. 
Contudo, a Reforma Trabalhista inseriu o art. 507-A na CLT, permitindo arbitragem em âmbito 
trabalhista, por consequência, não há sentindo vedar o negócio jurídico processual. 
 CONTROLE DA VALIDADE DOS NEGÓCIOS JURÍDICOS PROCESSUAIS 
De acordo com o parágrafo único do art. 190, o juiz poderá fazer o controle de ofício ou a 
requerimento das partes, quando o negócio jurídico é apresentado. 
Salienta-se que o juiz não precisa homologar a convenção processual para que tenha 
validade, nos termos do art. 200 do CPC, salvo em relação à desistência da ação. Assim, perceba 
que o juiz controla apenas a validade dos negócios jurídicos processuais, mas não defere, indefere 
ou homologa. 
Art. 200. Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou 
bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou 
extinção de direitos processuais. 
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após 
homologação judicial. 
 
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CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 22 
 
Por fim, destaca-se que pelo regramento do art. 190 do CPC, qualquer procedimento poderá 
ser objeto de convenção pelas partes. Desta forma, é possível que haja procedimentos especiais 
decorrentes de lei e procedimentos especiais voluntários – decorrentes da vontade das partes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 23 
 
PROCEDIMENTOS ESPECIAIS EM ESPÉCIE 
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Inicialmente, salienta-se que abordaremos aqui os principais procedimentos especiais, não 
esgotando todos os contidos no CPC. Desta forma, é importante conferir os procedimentos que o 
edital do seu concurso cobra e, caso necessário, fazer a complementação. Muitas vezes, a simples 
leitura atenta dos dispositivos legais (art. 539 a art. 768 do CPC) é suficiente para a resolução das 
questões objetivas. 
Lembrando que há procedimentos especiais previstos na legislação extravagante, a 
exemplo da busca e apreensão. 
2. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
 GENERALIDADES DE DIREITO MATERIAL 
O legislador cria procedimentos especiais na medida em que haja um direito material que 
precisa ser tutelado de forma especial. 
Na consignação em pagamento a situação atípica é o ajuizamento da ação pelo devedor 
com o intuito de cumprir a obrigação, já que o credor não quer. 
Destaca-se que a consignação em pagamento possui duplo regramento, uma vez que está 
prevista no Código Civil e no Código de Processo Civil. Há, ainda, regras herotópicas, ou seja, 
regras processuais previstas no CC, a exemplo do local do pagamento (regra de competência – art. 
337). 
 OBRIGAÇÕES CONSIGNÁVEIS 
Para os civilistas, há apenas a obrigação de fazer ou não fazer e a obrigação de dar ou 
entregar. Já para os processualistas, há também a obrigação de dar quantia. 
Com a consignação em pagamento visa-se o depósito, a fim de que o devedor se 
desincumba da obrigação. Diante disso, perceba que, nos termos dos arts. 539 do CPC e do art. 
334 do CC, ocorrerá a consignação em pagamento apenas nos casos das obrigações de 
dar/entregar e na de dar quantia. Portanto, não caberá nas obrigações de fazer e não fazer, tendo 
em vista a impossibilidade fática. 
CPC - Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro 
requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa 
devida. 
 
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CS – PROCESSO CIVIL PARTE II 24 
 
CC - Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito 
judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma 
legais. 
 HIPÓTESES DE CABIMENTO 
As hipóteses de cabimento da consignação em pagamento são definidas pelo direito material 
(art. 335 do CPC). 
2.3.1. Mora accipiens 
Trata-se da mora na aceitação da obrigação, sempre que o credor recusar receber, sumir, 
for incapaz, negar a quitação, será possível ajuizar uma ação de consignação em pagamento, nos 
termos dos arts. 335, I, II e III do CC. 
Art. 335. A consignação

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