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0800 601 8686 | verbojuridico.com.br 1 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 2 2 PRÁTICAS COMERCIAIS ABUSIVAS ................................................................................................ 2 3 DA OFERTA ........................................................................................................................................ 4 3.1 Princípio da Vinculação da Oferta ........................................................................................... 4 3.2 Forma da Oferta ......................................................................................................................... 4 3.3 Princípio da Solidariedade ....................................................................................................... 5 4 DA PUBLICIDADE ............................................................................................................................. 6 5 COBRANÇA DE DÍVIDAS .................................................................................................................. 7 6 BANCO DE DADOS ............................................................................................................................ 8 7 QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................................................... 9 8 LEGISLAÇÃO CITADA ..................................................................................................................... 11 9 LISTA DE QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS ................................................................................. 13 0800 601 8686 | verbojuridico.com.br 2 1 INTRODUÇÃO Estudo das práticas comerciais abusivas, analisando as particularidades de cada um dos incisos do art. 39 do Código de Defesa do Consumidor, além de examinar a sanção que poderá ser aplicada ao fornecedor. Ainda, se estuda a oferta e a publicidade, entendendo a diferença entre esta última e a propaganda. Por fim, se examina a cobrança de dívidas por parte do fornecedor e os bancos de dados, como SPC. 2 PRÁTICAS COMERCIAIS ABUSIVAS O art. 6º, IV do CDC, que traz dos direitos básicos do consumidor, fala da prática comercial abusiva: Art. 6º São direitos básicos do consumidor: (...) IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; Se a lei estabelece como direito, caso o comerciante assim haja, estará ferindo um direito previsto. As práticas abusivas estão previstas no art. 39 do CDC, de forma exemplificativa: Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos; II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes; III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço; IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços; V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva; VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes; VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício de seus direitos; VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro); IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri- los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em leis especiais; X - (Vetado). X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de 22.10.1999, transformado em inciso XIII, quando da conversão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999 XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério. XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente estabelecido. XIV - permitir o ingresso em estabelecimentos comerciais ou de serviços de um número maior de consumidores que o fixado pela autoridade administrativa como máximo. Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento. O art. 66 do CDC traz a sanção penal para a prática de determinados crimes de consumo: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/1890-67.htm#art9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9870.htm#art39xiii 0800 601 8686 | verbojuridico.com.br 3 Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou omitir informação relevante sobre a natureza, característica, qualidade, quantidade, segurança, desempenho, durabilidade, preço ou garantia de produtos ou serviços: Pena - Detenção de três meses a um ano e multa. § 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patrocinar a oferta. § 2º Se o crime é culposo; Pena Detenção de um a seis meses ou multa. > Inciso I: O inciso I trata de dois direitos, quais sejam, venda casada e imposição de limites quantitativos. Na venda casada, o comerciante te vende uma coisa e você é obrigado a levar outra coisa (serviço, produto, etc.), como, por exemplo, em casa noturna se paga para entrar e é obrigado a ter consumação mínima. Já a imposição de limites quantitativos é a venda de um produto que só pode ser levado um número mínimo, ou máximo, a exemplo disso: promoção de 12 cervejas por um preço menor, mas o consumidor pode comprar apenas 12 cervejas, não pode comprar mais. Deve-se atentar para a imposição de limites quantitativos, por a lei traz a expressão “sem justa causa”, ou seja, é a possibilidade do fornecedor, dependendo do caso, impor limite, pois o direito de outros consumidores será lesado. Já a informação de, por exemplo, planos de torcida de futebol, onde, a depender do valor pago, terá direito a um ou mais ingressos, não é limitação quantitativa, pois o consumidor foi informado dos planos e escolheu qual iria querer, de acordo com as suas condições. > Inciso II: Os fornecedores atraem o consumidor em cima de uma oferta, tendo apenas um produto para vender em loja, deixando os outros produtos no estoque. Como fazer promoção de televisão, deixando apenas um número determinado de televisões em loja, e o resto das televisões em estoque. > Inciso IV: O legislador fala de fraqueza ou ignorância, levando em consideração a idade, saúde, conhecimento, condição social do consumidor para forçar a aquisição de bens, sendo considerada uma prática abusiva. Fraqueza, por exemplo, é publicidade para criança e idoso. A ignorância é a falta de conhecimento técnico sobre determinado assunto/coisa. > Inciso V: Exigir vantagem excessiva é o caso em que os postos de gasolina aumentaram agressivamente o preço dos produtos em razão da greve dos caminhoneiros em 2017. > Inciso VI: É obrigatória a elaboraçãode orçamento. O comerciante NÃO pode fazer o serviço sem antes elaborar o orçamento e ter a autorização do consumidor. > Inciso VIII: Por traz de todo fornecimento de produto ou serviço existe uma cláusula de segurança, por exemplo. Se o produto estiver em desacordo com essa norma, se está diante de prática abusiva. 0800 601 8686 | verbojuridico.com.br 4 > Inciso IX: A recusa de venda de produtos ou de prestação de serviços é uma prática abusiva. Ou seja, o fornecedor não pode negar a compra de um produto pelo consumidor. > Inciso X: Elevar sem justa causa o preço não quer dizer que o fornecedor não pode praticar um preço alto. O que não pode ocorrer é modificar o preço abruptamente pelo aproveitamento da mazela humana. > Inciso XI: A aplicação de índices diversos do contrato ou da lei é uma prática abusiva. Por exemplo, um contrato de financiamento de apartamento com multa de 20% é prática abusiva, pois está contrário a lei. se o que estiver estipulado em contrato for contrário a lei, não se aplica o estipulado em contrato! > Inciso XIV: Este inciso foi adicionado pela Lei n. 13.425/2017, conhecida como Lei Boate Kiss, onde, se um espaço permite apenas um número X de pessoas, o comerciante não pode colocar mais que o número permitido, caso contrário, estará em desacordo com a lei. 3 DA OFERTA A oferta está disciplinada nos artigos 30 a 35 do Código de Defesa do Consumidor – CDC. A oferta é todo o meio de informação suficientemente preciso, veiculado de qualquer forma (spam, e-mail, panfleto, anúncio por megafone). 3.1 Princípio da Vinculação da Oferta O CDC garante o princípio da vinculação da oferta. Uma vez ofertada, a oferta, automaticamente, se torna contrato/se torna parte integrante do contrato. Em razão disso, é possível requerer o cumprimento forçado da oferta. Vide art. 30 do CDC: Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. 3.2 Forma da Oferta A oferta deve conter informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa. A oferta é gênero de informação, da qual a publicidade é espécie. Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. Parágrafo único. As informações de que trata este artigo, nos produtos refrigerados oferecidos ao consumidor, serão gravadas de forma indelével. 0800 601 8686 | verbojuridico.com.br 5 Se o produto for importado e precisar de reparo, de alguma peça que quebrou, o CDC estabelece que: Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças de reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto. Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá ser mantida por período razoável de tempo, na forma da lei. Em relação aos produtos importados que saíram de linha ou cessaram a importação, há uma construção jurisprudencial, no sentido de que o fornecedor deve disponibilizar as peças por, no mínimo, 5 anos, após a saída de linha de produção de um produto. > Entrega de produtos (art. 33 do CDC): nas compras a distância, o fornecedor deve informar todos os dados do vendedor. Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone ou reembolso postal, deve constar o nome do fabricante e endereço na embalagem, publicidade e em todos os impressos utilizados na transação comercial. Parágrafo único. É proibida a publicidade de bens e serviços por telefone, quando a chamada for onerosa ao consumidor que a origina. (Incluído pela Lei nº 11.800, de 2008). Há a possibilidade de equiparação da compra por telefone à compra a distância. Assim, deve-se apresentar na parte externa da embalagem do produto o nome do fabricante e endereço. 3.3 Princípio da Solidariedade O CDC prevê a responsabilidade solidária entre o fornecedor e seus prepostos/representantes: Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes autônomos. Na hipótese de um consumidor sofrer um dano, em função da informação mal prestada por um preposto da empresa, incide o princípio da Solidariedade, o que possibilitará que a empresa responda solidariamente, pela falha de seu representante. Sanções impostas, no caso de descumprimento da oferta, estão previstas no art. 35 do CDC, senão vejamos: Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha: I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade; II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente; III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos. O art. 35 do CDC trata de direitos potestativos, ou seja, direitos que podem ser manifestados, sem a interferência da outra parte que, simplesmente, deverá sujeitar-se à manifestação do direito potestativo. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11800.htm#art1 0800 601 8686 | verbojuridico.com.br 6 4 DA PUBLICIDADE Inicialmente, deve-se destacar a diferença que há entre PUBLICIDADE e PROPAGANDA. A propaganda visa propagar uma mensagem, a difusão de uma ideia, enquanto que a publicidade visa, além da mensagem, o lucro. O art. 36 do CDC traz o conceito de publicidade: Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal. Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus produtos ou serviços, manterá, em seu poder, para informação dos legítimos interessados, os dados fáticos, técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem. A publicidade ilícita possui três espécies, conforme art. 37 do CDC: Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. § 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. § 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. § 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço. 1. Publicidade Enganosa (art. 37, §1º, CDC): é aquela que contém em seu teor mensagem falsa, seja de forma total ou parcial. Ela pretende falsear informações sobre determinado produto ou serviço, levando o consumidor a erro. Ela informa para enganar. Essa publicidade repercute de forma individual, isto é, embora a publicidade seja difusa, pode atingir negativamente apenas uma pessoa. Exemplo: televisão 4K vendida no Brasil, onde na loja, a imagem que passa na televisão é gravada em 4K, entretanto, a loja não avisa o consumidor que a tecnologia 4K não existe no Brasil. Deste modo, ao comprar a televisão, a imagem em casa não será iguala da loja. 2. Publicidade Abusiva (art. 37, §2º, CDC): é aquela que está próxima do abuso de direito. Esse tipo de publicidade pode ter repercussão muito maior, como, por exemplo: que estimule o medo, que se prevaleça da fraqueza ou ignorância do consumidor. É a publicidade a qualquer custo. Exemplo: propaganda de refrigerante, que diz para beber em família, não informando que é o pior produto para o ser humano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O abuso de direito é conhecido no Direito Civil como ilícito objetivo, pois, tem aspecto tangível, é perceptível, mediante a constatação de desvio social, econômico, da boa-fé e dos bons costumes. O abuso de direito é diferente do exercício regular de direito, pois o direito de um, termina quando inicia o direito do outro 0800 601 8686 | verbojuridico.com.br 7 indivíduo. Por exemplo, realizar uma blitz é o exercício regular do direito, mas, se esta for realizada com violência, essa conduta será considerada abuso de direito. O art. 187 do CC prevê o abuso de direito: Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 3. Publicidade por Omissão (art. 37, §3º, CDC): é aquela que deixa de informar sobre dado essencial relativo as características dos bens de consumo. Ela deixa de informar, para enganar. Exemplo: o vendedor de apartamentos deve informar onde nasce e se põe o sol, caso contrário, o comprador poderá ter depreciação/desvalorização no imóvel adquirido. PUBLICIDADE ENGANOSA PUBLICIDADE ABUSIVA PUBLICIDADE POR OMISSÃO Mensagem falsa. Informa para enganar Repercuti de forma individual Está próxima do abuso de direito Repercussão muito maior Estimula o medo Prevalece-se da fraqueza ou da ignorância do consumidor Repercute de forma geral Deixa de informar sobre dado essencial, relativo as características dos bens de consumo Ela deixa de informar, para enganar 5 COBRANÇA DE DÍVIDAS Frequentemente, constata-se que os fornecedores, no momento de fazer valer seus interesses, acabam confundindo o exercício regular do direito (a efetivação de uma cobrança) com o abuso de direito. A cobrança pode ser: > Abusiva (art. 42 do CDC): constitui abuso de direito, tendo como consequência o dano moral. Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça. O dano moral é a lesão a personalidade, ou seja, lesão ao nome, à intimidade, à honra (objetiva e subjetiva) e à existência. O que dá suporte a existência é o tempo. Existe a teoria do desvio produtivo, onde a empresa acaba por roubar/apropriar-se de tempo de vida da vítima, uma vez que desvia da sua função base para criar um meio de dificultar a saída do cliente. São situações intoleráveis, em que há desídia e desrespeito aos consumidores, que muitas vezes se veem compelidos a sair de sua rotina e perder o tempo livre para soluciona problemas causados por atos ilícitos ou condutas abusivas dos fornecedores. Para estas situações, há dano moral, ou seja, lesão à existência, e terá indenização por desvio produtivo. 0800 601 8686 | verbojuridico.com.br 8 > Indevida (art. 42, § único do CDC): nessa hipótese, o dano é patrimonial, pois a cobrança se dá por valores superiores ao que é realmente devido. Art. 42, Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável. É importante ressaltar que o consumidor terá o direito de receber o dobro da quantia a maior e não do valor do débito. 6 BANCO DE DADOS Banco de dados é uma empresa de armazenamento de informações dos consumidores inadimplentes, como SPC, SERASA. O nome do consumidor pode permanecer no banco de dados por até 5 anos, que iniciará a contagem a partir do vencimento do título. Porém, se for feito o pagamento, o fornecedor deve retirar o nome do consumidor do SPC/SERASA, pois os dados devem estar atualizados. Pressuposto de validade: notificação. O consumidor deve ser cientificado, por via própria (inserido na própria conta), do débito. 0800 601 8686 | verbojuridico.com.br 9 7 QUESTÕES COMENTADAS 01 (Fiscal de Defesa do Consumidor – Prefeitura de Uberlândia – FUNDEP – 2019) Um homem adquiriu uma geladeira de uma renomada loja varejista no município de Uberlândia, Minas Gerais. Após a entrega em sua casa, a geladeira apresentou um problema, impedindo seu funcionamento, ensejando uma causa de responsabilidade do fornecedor. Cuida-se de uma hipótese de A) cláusula abusiva. B) prática abusiva. C) vício do produto. D) fato do produto. Resposta: C Comentários: Cláusulas abusivas: São as cláusulas que colocam o consumidor em desvantagem nos contratos de consumo e, por disposição do art. 51 do CDC, são nulas de pleno direito. Práticas abusivas: Previstas no art. 39 do CDC, são comportamentos tidos como abusivos no mercado de consumo. Elas caracterizam-se como ilícitas, independentemente de se encontrar ou não algum consumidor lesado ou que se sinta lesado, ou seja, são ilícitas em si. Vício no produto: O vício ocorre quando há um descompasso entre o produto e o serviço oferecido e as legítimas expectativas do consumidor (intrínseco, in re ipsa). Ele atinge o produto. Fato do produto: O fato do produto ocorre quando há um dano ao consumidor, atingindo-o em sua integridade física ou moral (extrínseco). 02 (Juiz Substituto – TJ/PA – CESPE – 2019) No que se refere a publicidade de bens e serviços de consumo, teaser consiste na A) publicidade socialmente aceita, mesmo que contenha expressões exageradas. B) técnica publicitária que tem por objetivo inserir produtos e serviços nos meios de comunicação sem que haja declaração ostensiva da marca. C) publicidade que implica a utilização de aspecto discriminatório de qualquer natureza. D) publicidade que induz o consumidor a erro quanto a informações relevantes sobre produto ou serviço. E) mensagem que visa criar expectativa ou curiosidade no público acerca de determinado produto ou serviço. Resposta: E Comentários: O teaser pode ser definido como uma modalidade de publicidade provocativa, que tem por objetivo, num primeiro momento, chamar a atenção do consumidor para um produto ou serviço ainda não revelado integralmente, fazendo com que o público alvo fique curioso a seu respeito, e assim acompanhe a sequência da campanha publicitária promovida pelo fornecedor, até que finalmente o produto seja oficialmente anunciado. O vocábulo deriva do inglês to tease, que significa provocar. 03 (Juiz Substituto – TJ/AL – FCC – 2019) Para vender a roupa do herói Megaman, seu fabricante veicula anúncio na TV em que um ator sai voando pela janela e salva uma criança e seu cachorro em um imóvel pegando fogo. Essa publicidade, quando vista por crianças, A) é apenas enganosa, pois não é possível que uma publicidade seja ao mesmo tempo abusiva e enganosa pelas normas do CDC. B) é somente abusiva, pelo induzimento ao comportamento perigoso, pois toda criança saberá discernir o conteúdo falso do ator voando pela janela. C) será só abusiva, pois esta engloba a publicidade enganosa no conceito mais amplo da periculosidade da conduta e do aproveitamento da falta de experiência dos infantes. 0800 601 8686 | verbojuridico.com.br 10 D) é simultaneamente abusiva e enganosa; abusiva por eventualmente induzir a comportamento perigoso, por deficiência de julgamento e de experiência, e enganosa pelo conteúdo não verdadeiro de pessoa voando no salvamento publicitário. E) é lícita,pois além do aspecto lúdico não pode haver jamais restrições à liberdade de expressão, o que inclui a veiculação publicitária lastreada na fantasia. Resposta: D Comentários: O conceito de publicidade abusiva é amplo, relacionado à agressão de valores sociais, à presença de uma conduta socialmente reprovável de abuso. O par. 2º do art. 37 do CDC deixa claro que o rol de hipóteses é meramente exemplificativo (“dentre outras”), fazendo expressa referência a: - Publicidade dirigida a crianças: aquela que se aproveita da deficiência de julgamento e experiência da criança. Não se permitem anúncios que exortem diretamente as crianças ao consumo, que induzam as crianças a persuadir seus pais ou qualquer outro adulto a adquirir produtos ou serviços. Já a publicidade enganosa é aquela que contém informação falsa, total ou parcialmente, por ação ou por omissão, capaz de induzir o consumidor em erro. Nada obsta a que se tenha enganosidade e abusividade num mesmo anúncio publicitário. O CDC não exclui a possibilidade. E, ademais, as consequências para ambas são as mesmas, quais sejam, a possibilidade de imposição de contrapropaganda (sanção administrativa) e de configuração de crime de consumo. Em ambas, não se exige a intenção de enganar por parte do anunciante. Este é objetivamente responsável, sendo irrelevante averiguar sua conduta de boa-fé ou má fé. 04 (Defensor Público – DPE/DF – CESPE – 2019) A respeito da publicidade, das sanções criminais e das práticas contratuais abusivas em relações de consumo, julgue o item a seguir, tendo como referência a legislação pertinente e o entendimento dos tribunais superiores. Segundo entendimento da 3.ª Turma e da 2.ª Seção do STJ, em consonância com o Código de Defesa do Consumidor, a venda casada às avessas, indireta ou dissimulada, consiste no condicionamento da aquisição de um produto ou serviço principal à concomitante aquisição de outro produto, secundário, quando o propósito do consumidor é unicamente obter o produto ou o serviço principal. Resposta: Errado Comentários: É ilícita a venda casada ‘às avessas’, indireta ou dissimulada consiste em se admitir uma conduta de consumo intimamente relacionada a um produto ou serviço, mas cujo exercício é restringido à única opção oferecida pelo próprio fornecedor, limitando, assim, a liberdade de escolha do consumidor. O exemplo clássico é o da pipoca do cinema, pois, ao obrigar o consumidor a comprar dentro do próprio cinema todo e qualquer produto alimentício, a rede dissimula uma venda casada e, sem dúvida alguma, limita a liberdade de escolha do consumidor (art. 6o, II, do CDC), o que revela prática abusiva. Perceba que a empresa não obriga o consumidor a adquirir o produto, porém impede que o faça em outro estabelecimento. Desse modo, de forma indireta, dissimulada, “às avessas”, veda o ingresso dos consumidores em suas salas de exibição de filmes cinematográficos com produtos alimentícios que não os fornecidos por ela. O consumidor deve poder escolher livremente o produto ou o serviço que bem quiser, independentemente da aquisição concomitante de outros produtos e serviços oferecidos no mercado e por ele não desejados. 0800 601 8686 | verbojuridico.com.br 11 8 LEGISLAÇÃO CITADA CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Art. 6º São direitos básicos do consumidor: I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados; VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; IX - (Vetado); X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III do caput deste artigo deve ser acessível à pessoa com deficiência, observado o disposto em regulamento. Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado. Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. Parágrafo único. As informações de que trata este artigo, nos produtos refrigerados oferecidos ao consumidor, serão gravadas de forma indelével. Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças de reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto. Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá ser mantida por período razoável de tempo, na forma da lei. Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone ou reembolso postal, deve constar o nome do fabricante e endereço na embalagem, publicidade e em todos os impressos utilizados na transação comercial. Parágrafo único. É proibida a publicidade de bens e serviços por telefone, quando a chamada for onerosa ao consumidor que a origina. Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes autônomos. Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha: I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação ou publicidade; II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente; III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos. Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal. Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus produtos ou serviços, manterá, em seu poder, para informação dos legítimos interessados, os dados fáticos, técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem. Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. § 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz deinduzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sobre produtos e serviços. § 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. § 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço. § 4° (Vetado). Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da informação ou comunicação publicitária cabe a quem as patrocina. Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos; II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas 0800 601 8686 | verbojuridico.com.br 12 disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes; III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço; IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços; V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva; VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes; VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício de seus direitos; VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro); IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em leis especiais; X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de 22.10.1999, transformado em inciso XIII, quando da conversão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999 XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério. XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente estabelecido. XIV - permitir o ingresso em estabelecimentos comerciais ou de serviços de um número maior de consumidores que o fixado pela autoridade administrativa como máximo. Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento. Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor orçamento prévio discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem empregados, as condições de pagamento, bem como as datas de início e término dos serviços. § 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá validade pelo prazo de dez dias, contado de seu recebimento pelo consumidor. § 2° Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga os contraentes e somente pode ser alterado mediante livre negociação das partes. § 3° O consumidor não responde por quaisquer ônus ou acréscimos decorrentes da contratação de serviços de terceiros não previstos no orçamento prévio. Art. 41. No caso de fornecimento de produtos ou de serviços sujeitos ao regime de controle ou de tabelamento de preços, os fornecedores deverão respeitar os limites oficiais sob pena de não o fazendo, responderem pela restituição da quantia recebida em excesso, monetariamente atualizada, podendo o consumidor exigir à sua escolha, o desfazimento do negócio, sem prejuízo de outras sanções cabíveis. Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça. Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável. Art. 42-A. Em todos os documentos de cobrança de débitos apresentados ao consumidor, deverão constar o nome, o endereço e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ do fornecedor do produto ou serviço correspondente. Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes. § 1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas referentes a período superior a cinco anos. § 2° A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de consumo deverá ser comunicada por escrito ao consumidor, quando não solicitada por ele. § 3° O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados e cadastros, poderá exigir sua imediata correção, devendo o arquivista, no prazo de cinco dias úteis, comunicar a alteração aos eventuais destinatários das informações incorretas. § 4° Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores, os serviços de proteção ao crédito e congêneres são considerados entidades de caráter público. § 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor, não serão fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer informações que possam impedir ou dificultar novo acesso ao crédito junto aos fornecedores. § 6o Todas as informações de que trata o caput deste artigo devem ser disponibilizadas em formatos acessíveis, inclusive para a pessoa com deficiência, mediante solicitação do consumidor. Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do consumidor manterão cadastros atualizados de reclamações fundamentadas contra fornecedores de produtos e serviços, devendo divulgá-lo pública e anualmente. A divulgação indicará se a reclamação foi atendida ou não pelo fornecedor. § 1° É facultado o acesso às informações lá constantes para orientação e consulta por qualquer interessado. § 2° Aplicam-se a este artigo, no que couber, as mesmas regras enunciadas no artigo anterior e as do parágrafo único do art. 22 deste código. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/1890-67.htm#art9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/MPV/Antigas/1890-67.htm#art9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9870.htm#art39xiii 0800 601 8686 | verbojuridico.com.br 13 9 LISTA DE QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 01(Fiscal de Defesa do Consumidor – Prefeitura de Uberlândia – FUNDEP – 2019) Sobre as práticas abusivas previstas no Código de Defesa do Consumidor, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas. ( ) É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços enviar ou entregar ao consumidor qualquer produto ou fornecer qualquer serviço, se estiver inadimplente peranteo poder público municipal. ( ) É autorizado ao fornecedor de produtos ou serviços elevar, desde que com justa causa, o preço de produtos ou serviços. ( ) É autorizado ao fornecedor de produtos ou serviços condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço se tiver disponibilidade em estoque. ( ) É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços. Assinale a sequência correta. A) V F V F B) F V F V C) V F V D) F V F 02 (Juiz Substituto – TJ/RO – VUNESP – 2019) Para colocação dos seus produtos e serviços na economia, o fornecedor deve adotar práticas comerciais condizentes com as regras existentes no sistema jurídico de proteção ao consumidor, sendo certo que A) o fornecedor do produto ou serviço é subsidiariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes autônomos. B) o consumidor responde por acréscimos decorrentes da contratação de serviços de terceiros não previstos no orçamento prévio. C) se equiparam aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas em questão. D) o consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais. E) o ônus da prova da enganosidade ou abusividade da publicidade cabe ao consumidor. 03 (Fiscal de Proteção ao Consumidor – Prefeitura de Valinhos – VUNESP – 2019) O Código de Defesa do Consumidor – CDC disciplina a realização de publicidade de produtos e serviços por parte de seus fornecedores, na seguinte medida: A) deve ser veiculada de forma subliminar. B) não poderá ser considerada enganosa, por omissão. C) é considerada enganosa, se contém informação inteira ou parcialmente inverídica ou discriminatória. D) é considerada abusiva, se contiver informação exagerada sobre o produto ou serviço comercializado. E) o fornecedor manterá em seu poder, para informação dos legítimos interessados, os dados fáticos, técnicos e científicos que dão sustentação à mensagem. 04 (Fiscal de Proteção ao Consumidor – Prefeitura de Valinhos – VUNESP – 2019) É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, a partir das regras constantes no Código de Defesa do Consumidor – CDC, dentre outras práticas abusivas: A) condicionar o fornecimento de produto a limites quantitativos, ainda que por justa causa. B) recusar atendimento às demandas dos consumidores, ainda que sem disponibilidade de estoque. C) executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes. D) deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação, a não ser que haja expressa previsão contratual. E) permitir o ingresso em estabelecimentos comerciais de um número maior de consumidores que o fixado pela autoridade administrativa como máximo, salvo se não oferecer risco à segurança dos mesmos. 0800 601 8686 | verbojuridico.com.br 14 05 (Fiscal de Proteção ao Consumidor – Prefeitura de Valinhos – VUNESP – 2019) Assinale a afirmativa correta, no que diz respeito, à oferta de produtos e serviços no mercado de consumo realizada por fornecedores, conforme os ditames do Código de Defesa do Consumidor – CDC. A) Toda informação, suficientemente precisa ou não, veiculada por qualquer forma com relação a produtos oferecidos, obriga o fornecedor que a fizer veicular e integra o contrato que vier a ser celebrado. B) O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes autônomos. C) A apresentação de produtos deve assegurar informações claras e precisas, em língua portuguesa ou estrangeira, sobre suas características inseridas em um manual. D) Cessada a importação, os importadores ficam imediatamente desobrigados a assegurar peças de reposição. E) Fica autorizada a publicidade de serviços por telefone, quando a chamada for onerosa ao consumidor que a origina, desde que alertado sobre essa cobrança e demonstrado mediante gravação da conversa telefônica. 06 (Juiz Substituto – TJ/AL – FCC – 2019) Quanto à oferta de produtos e serviços nas relações de consumo, A) se cessadas sua produção ou a importação o fornecimento de componentes e peças de reposição deverá ser mantido por até um ano. B) as informações nos produtos refrigerados oferecidos ao consumidor deverão constar de catálogo à parte ou obtidas por meio de serviço de relacionamento direto com o cliente. C) é defesa sua veiculação por telefone, quando a chamada for onerosa ao consumidor que a origina. D) a responsabilidade que decorre de sua vinculação contratual e veiculação é subjetiva ao fornecedor. E) o fornecedor do produto ou serviço é subsidiariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes autônomos. 07 (Procurador Jurídico – Prefeitura de Cerguilho – VUNESP – 2019) Leia as seguintes situações: (i) Uma loja de departamento anuncia no jornal do bairro que qualquer peça do estoque tem preço de R$ 19,99, mas não esclarece que se trata do valor da parcela e não da peça toda; (ii) Uma academia de ginástica, em um anúncio pela internet, afirma que quem não frequentar suas dependências continuará sendo “gordo” e “pelancudo” e terá dificuldade em arrumar emprego pela aparência. Assinale a alternativa que demonstra corretamente como se classificam os anúncios. A) o item (i) se trata de publicidade enganosa comissiva. B) o item (ii) se trata de publicidade enganosa por omissão. C) os itens (i) e (ii) são publicidades abusivas. D) o item (i) traz caso de publicidade enganosa por omissão. E) o item (ii) é caso de publicidade abusiva por omissão. 08 (Promotor Substituto – MPE/SP – Banca Própria – 2019) A respeito da oferta de produtos ou serviços, é INCORRETO afirmar: A) Deve informar sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumidores. B) Deve assegurar informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de validade e origem. C) Deverá ser mantida por período razoável de tempo, quando cessadas a produção ou importação. D) As informações veiculadas não integram o contrato que vier a ser celebrado. E) O consumidor poderá exigir o cumprimento forçado da obrigação. 09 (Procurador Municipal – PGM Campo Grande – CESPE – 2019) Julgue o item seguinte, com base no Código de Defesa do Consumidor. Produtos remetidos ao consumidor sem sua prévia solicitação equiparam-se a amostras grátis, de modo que o consumidor não tem obrigação de pagar por eles. ( ) Certo ( ) Errado 10 (Procurador – Prefeitura de Apodi – FUNCERN – 2019) Acerca da oferta de produtos e serviços e sua publicidade, o Código de Defesa do Consumidor (Lei Federal nº. 8.078/1990) prescreve que 0800 601 8686 | verbojuridico.com.br 15 A) o ônus da prova da veracidade e correção da informação ou comunicação publicitária cabe a quem as patrocina. B) o fornecedor do produto ou serviço é subsidiariamente responsável pelos atos de seus prepostos ou representantes autônomos. C) os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças de reposição até seis meses após a fabricação ou a importação do produto. D) O fornecedor, na publicidade de seus produtos, não tem o dever de manter, em seu poder, para informação de interessados, os dados fáticos que dão sustentação à mensagem. 11 (Procurador – Prefeitura de Apodi – FUNCERN – 2019) O Código de Defesa do Consumidor (Lei Federal nº. 8.078/1990) trata, entre outras temáticas, das práticas abusivas ao consumidor. Sobre tais práticas, é correto afirmar queao fornecedor de produtos ou serviços A) é vedado exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva, salvo se apresentar fundamentação expressa. B) é permitido aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente estabelecido. C) é permitido, em todo caso, executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor. D) é vedado elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. 12 (Juiz Leigo – TJ/CE – Instituto Consulplan – 2019) O Código de Defesa do Consumidor – CDC estabelece uma série de práticas abusivas vedadas ao fornecedor de produtos e serviços. Marque a alternativa que NÃO contenha uma prática abusiva. A) Enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço. B) Recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque e, ainda, de conformidade com os usos e costumes. C) Prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços. D) Estabelecer que o consumidor pode desistir do contrato, no prazo de sete dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio. GABARITO 01.B 02.C 03.E 04.C 05.B 06.C 07.D 08.D 09.Certo 10.A 11.D 12.D
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